Boletim Epidemiológico

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1 Editorial... 1 Vigilância Casos LV... 2 Plano Muncipal Controle LV... 4 Mapa Coleta Flebotomíneos.. 4 Estudo dos Flebotomíneos... Tabela Notificações... 8 Secretário Municipal de Saúde Erno Harzheim Coordenador da Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde Anderson Araújo Lima Chefe da Equipe de Vigilância das Doenças Transmissíveis Benjamin Roitman Membros da Equipe de Vigilância das Doenças Transmissíveis Adelaide K. Pustai, Ana Salete de G. Munhoz, Andréia R. Escobar, Benjamin Roitman, Ceura B. C. Souza, Elisangela da S. Nunes, Fabiane Saldanha B.Demenghe, Isete M. Stella, Laís H. Lanziotti, Letícia P. Muller, Lisiane M. W. Acosta, Marcelo Rodrigues, Márcia C. Sant anna, Maria da Graça S. de Bastos, Maria de Fátima P. de Bem, Marilene R. Mello, Maristela Fiorini, Maristela L. de Aquino, Melissa S. Pires, Olino Ferreira, Patrícia Z. Lopes, Raquel C. Barcella, Rosane S. Gralha, Roselane C. da Silva, Selane C. da Silva, Sandra R. da Silva, Simone Sá B.Garcia, Sonia Eloísa O. Freitas, Sonia R. Coradini, Sonia V. Thiesen, Vera L. Ricaldi Jornalista Responsável Patrícia Costa Coelho de Souza MTb DRT/RS Sugestões e colaborações podem ser enviadas para: Av. Padre Cacique, EVDT Menino Deus - Porto Alegre - RS Acesso a esta e a edições anteriores: bit.ly/boletinsepidemiologicos 5 Boletim Epidemiológico Equipe de Vigilância das Doenças Transmissíveis Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre Editorial Em 29 de setembro de 2016, foi confirmado em Porto Alegre o primeiro óbito em decorrência de leishmaniose v i s c e r a l h u m a n a ( L V H ) a u t ó c t o n e, e m p a c i e n t e residente na região do Morro Santana, zona Leste da Capital. Em fevereiro e maio, outros dois óbitos foram confirmados em função da doença. Os três pacientes tinham idades diferentes uma menina de 1 ano e sete meses, um homem de 46 anos com histórico de tuberculose e uma idosa de 81 anos, assintomática para LVH. Em 7 de outubro, poucos dias depois do primeiro óbito confirmado, foi instalada uma Sala de Situação no âmbito da C o o r d e n a d o r i a G e r a l d e Vigilância em Saúde e outros setores da Secretaria Municipal de Saúde e, depois, com participação de outros órgãos da prefeitura, para acompanhar a situação. Ações ambientais, levantamento entomológico do v e t o r, c a p a c i t a ç ã o d e profissionais da rede municipal de saúde do território e de outras gerências distritais, estabelecimento de novos fluxos de atendimento na A t e n ç ã o P r i m á r i a, levantamento e coleta de exames de cães da região e abrigagem de cães positivos para leishmaniose visceral Jun/17 65 canina (LVC), visando diminuir o risco de transmissão da doença e diagnóstico precoce foram a l g u m a s d a s a ç õ e s d e s e n c a d e a d a s, a l é m d e reuniões técnicas, inclusive com representação do Ministério da Saúde e construção do Plano Municipal de Intensificação das Ações de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral. Este boletim especial traz uma descrição desta situação e p i d e m i o l ó g i c a. N e s s a s páginas, o leitor encontrará relatos sobre o trabalho de monitoramento do vetor, o m o s q u i t o - p a l h a o u flebotomíneo, que vem sendo feito na cidade desde 2010, quando foram observados os primeiros casos de LVC, na Agronomia e em partes da região Sul da cidade, passando pela análise dos três casos humanos recentes, mapa que permite a localização dos casos, da coleta de flebotomíneos e de confirmação de LVC e chegando ao resumo do Plano Municipal recém-construído. A LVH traz para a rede municipal de saúde u m n o v o c e n á r i o d e s d e setembro de 2016, que alerta para a necessidade de um acompanhamento permanente da situação por parte dos órgãos de saúde pública da nossa cidade. Boa leitura. Boletim Epidemiológico 65 Junho

2 Vigilância dos Casos de Leishmaniose Visceral Humana em Porto Alegre nos Bairros Morro Santana e Jardim Carvalho Sônia Valladão Thiesen- Médica Veterinária Responsável Técnica Leishmaniose Visceral Humana, Sônia Regina Coradini - Chefe do Núcleo da Doenças Transmissíveis Aguda, Andrei Fernandes da Rocha - Residente de Vigilância em Saúde Introdução A Leishmaniose visceral é uma antropozoonose causada por protozoários do gênero Leishmania, transmitidos ao homem através da picada de insetos do gênero Lutzomya infectados. É uma doença infecciosa grave, caracterizada por febre prolongada, fraqueza, palidez, hepatoesplenomegalia, anemia, plaquetopenia e leucopenia. O período de incubação no homem pode variar de 10 dias a 24 meses, com média de 2 a 6 meses. O diagnóstico é feito através de provas sorológicas para indivíduos imunocompetentes (Teste Rápido) ou biópsia de medula. A Leishmaniose Visceral Humana (LVH) é uma doença de notificação compulsória que tem evolução grave e pode evoluir para o óbito em algumas semanas quando não tratada. Sendo assim o diagnóstico deve ser feito o mais rápido possível para que o tratamento seja instituído prontamente. Segundo o Manual de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral, no Brasil a LV inicialmente possuía um caráter eminentemente rural, entretanto vem se expandindo para áreas urbanas de médio e grande porte devido ao intenso processo migratório, pressões econômicas e pauperização, ou seja, urbanização desordenada e intensa, redução do espaço ecológico da doença e consequente expansão das áreas endêmicas para o ambiente urbano. Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Santarém (PA), Fortaleza (CE) e Campo Grande (MT) são alguns exemplos da periurbanização e a urbanização desse agravo, destacando surtos e epidemias que incidem há mais de dez anos nas regiões Centro-Oeste, Nordeste, Norte e Sudeste. Na região Sul, os estados do Paraná e Santa Catarina não notificaram casos de LVH, porém a realidade é diferente no estado do Rio Grande do Sul, onde municípios como São Borja, Uruguaiana e Itaqui apresentaram casos autóctones. No município de Porto Alegre nenhum caso de Leishmaniose Visceral Humana autóctone havia sido notificado até o ano de 2016, quando foi notificado o primeiro caso que evolui para óbito. No ano de 2017 até a Semana Epidemiológica 25, foram notificados 18 casos, destes, 2 foram confirmados e 16 descartados. Os três casos confirmados evoluíram para o óbito, ou seja, a letalidade foi de 100%%, sendo que o parâmetro de letalidade estabelecido pelo MS é de 10 a 19% dos casos. A incidência da doença foi de 0,2 casos para cada habitantes ou de 1,9 casos para cada habitantes na Gerência Distrital Leste/Nordeste, atual área de transmissão do agravo. Descrição dos Casos Humanos Os três casos de Leishmaniose Visceral Humana de Porto Alegre foram diagnosticados da mesma forma. Os pacientes chegaram às emergências dos hospitais com manifestações diversas, já evoluindo com gravidade e não houve, em nenhum dos três casos, suspeita clínica da doença. Boletim Epidemiológico 65 Junho O diagnóstico de todos os casos ocorreu através de aspirado de medula óssea para investigar citopenias. Importante ressaltar que o terceiro caso apresentava na internação, fígado e baço normais nos exames de imagem e ausência de febre. O que havia em comum entre os casos e que possibilitou o diagnóstico, além do emagrecimento, foram anemia e plaquetopenia importantes (os três apresentando hemoglobina baixa e menos de plaquetas no primeiro exame após a internação). A investigação do primeiro caso de LVH, no município de Porto Alegre, teve início no ano de 2016, quando a Equipe de Vigilância das Doenças Transmissíveis (EVDT), durante a busca ativa realizada no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), foi notificada através de uma lâmina de aspirado de medula com resultado positivo para LVH. A paciente, de 1 ano e 7 meses de idade, moradora do bairro Protásio Alves, na área de atuação da unidade de saúde Laranjeiras, vinha, há aproximadamente 4 meses, apresentando episódios alternados de febre sem diagnóstico preciso em suas consultas, até que deu entrada no Pronto Atendimento Bom Jesus, onde foi realizado hemograma acusando plaquetopenia e anemia importantes, sendo transferida para a emergência. O aspirado de medula foi realizado e na lâmina foram observados os parasitas da LV. A paciente iniciou o tratamento com Anfotericina lipossomal, mas em pouco tempo evoluiu para o óbito. Linha do tempo investigativa do 1 caso de LVH, apresentada nos Seminários Integradores de Apresentação de Casos da CGVS. O segundo caso teve a investigação iniciada após o óbito do paciente, em fevereiro de 2017, quando o Hospital de Clinicas de Porto Alegre (HCPA) notificou o caso de LVH em paciente de 43 anos, morador do bairro Jardim Carvalho e coberto pela Unidade de Saúde Milta Rodrigues. O usuário tinha histórico de tuberculose e recidiva, por esse motivo, acreditava-se que os sintomas estariam relacionados com esse agravo, até a internação no Pronto Atendimento Bom Jesus e a transferência para o HCPA por agravamento do quadro clínico. O aspirado de medula foi realizado e na lâmina foram observados os parasitas da LV. Foi instituído o tratamento com Anfotericina lipossomal, mas em pouco tempo evolui para óbito. 1 Manual de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral. Brasília, 2014

3 - Reunião com os serviços de saúde da Gerência Distrital de Saúde Leste/Nordeste; - Elaboração de instrumento de busca ativa de sintomáticos, para utilização nas visitas domiciliares em áreas dos serviços de saúde com ocorrência de casos. Referência - 1.Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de vigilância e controle da leishmaniose visceral 1. Ed.; 5. Reimp. Brasília: Ministério da Saúde, Linha do tempo investigativa do 2 caso de LVH, apresentada nos Seminários Integradores de Apresentação de Casos da CGVS. O terceiro caso de LVH teve sua investigação iniciada em maio de 2017 quando a equipe recebeu a ligação da patologista do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), notificando a suspeita em paciente de 81 anos, através de uma biópsia de medula. A paciente era moradora da Rua Aristides Rosa, próximo do domicílio do segundo caso, residia dentro dos 50 metros onde foram realizadas medidas de controle ambiental. Em atendimento na Unidade de Saúde São Carlos, que opera em horário estendido, a paciente referiu tontura e inapetência, quinze dias após deu entrada no HNSC, onde na avaliação hematológica houve suspeita de Leucemia. O aspirado de medula foi realizado e na lâmina foram observados os parasitas da LV, iniciado o tratamento com Anfotericina lipossomal, com evolução para óbito. Linha do tempo investigativa do 3 caso de LVH, apresentada nos Seminários Integradores de Apresentação de Casos da CGVS. Ações pela Equipe de Vigilância de Doenças e Transmissíveis - Emissão de alerta epidemiológico para os serviços de saúde da cidade; - Investigação de todos os casos suspeitos de LVH e monitoramento do desfecho clinico, através de busca ativa das informações nos serviços de saúde; - Visitas domiciliares nos casos de óbitos confirmados; - Participação, construção e divulgação para toda a rede de atenção a saúde de Porto Alegre, de notas técnicas e fluxos estabelecidos para o manejo da doença; - Participação da Sala de Situação para LVH em Porto Alegre; Seminário de Integração Ensino-Serviço como Estratégia para o Compartilhamento de Saberes Autores: Andrei da Rocha, Caroline Mello, Getúlio Dornelles Souza e Sônia Regina Coradini A principal atividade teórica para os residentes da Escola de Saúde Pública da Ênfase de Vigilância em Saúde, no campo da CGVS, é constituída de Seminários Integradores de Apresentação de Casos, onde cada residente expõe uma temática do próprio campo de trabalho a partir das experiências vivenciadas nas equipes em que estão inseridos. A atividade é aberta ao público interno (funcionários, estagiários e residentes) e externo (servidores de outras esferas e residentes de outros programas). No mês de junho foi apresentado o seminário abordando o tema: Leishmaniose Visceral - o que há por trás dos dados, pela residente da Equipe de Vigilância de Roedores e Vetores e pelo residente da Equipe de Vigilância de DoençasTransmissíveis. O Seminário contou com a participação de muitos profissionais e estudantes e foi dividido em duas partes, sendo a primeira com abordagem na sala de situação para Leishmaniose, as características da área de transmissão e a descrição em formato de linha do tempo dos casos humanos de Leishmaniose Visceral em Porto Alegre, para, posteriormente, o público ser dividido em quatro grupos, distribuídos de maneira randomizada e seis servidores atuarem como facilitadores, integrando os grupos com materiais de apoio. A proposta foi discutir coletivamente as ações de vigilância em saúde pública relacionado à Leishmaniose Visceral e apresentar as conclusões de cada grupo aos demais. Os quatro eixos norteadores das discussões foram: o controle vetorial; a complexidade do ambiente social; controle de reservatórios e por fim o papel da Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis no atual cenário da LeishmanioseVisceral Humana. A metodologia utilizada permitiu que profissionais de diferentes áreas da saúde pública se apropriassem do cenário epidemiológico e das ações realizadas pela CVGS no contexto da Leishmaniose Visceral. Ainda possibilitou que os participantes pudessem colaborar com suas opiniões sobre o tema dentro da perspectiva técnica e concluir que as ações se efetivam de maneira integrada e coletiva, levando em consideração a complexidade da rede de atenção, o controle da área de transmissão e os condicionantes e determinantes sociais. Boletim Epidemiológico 60 Fevereiro

4 A confirmação dos casos de leishmaniose visceral humana na Capital levou a Secretaria Municipal de Saúde, a construir o Plano Municipal de Intensificação das Ações de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral, cujo conteúdo propõe a partir da definição da estratificação de risco, intensificar as ações de vigilância em saúde e controle da doença na capital. No documento, publicado na íntegra no Menu Plataforma de Publicações/Observatório da Vigilância, no site da Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde ( no link _ doc/ lvh_ plano_ de_ intensificacao_ final. pdf são apresentadas as ações para a organização e execução dos serviços, bem como o método para o acompanhamento e avaliação das atividades realizadas e capacitações de recursos humanos. Este Plano em como objetivo principal a organização e o p l a n e j a m e n t o d a s a ç õ e s p a r a a r e d u ç ã o d a morbimortalidade por Leishmaniose Visceral e para o planejamento de futuras intervenções. Destaca-se, no documento, a importância da estratificação de risco para a intensificação das ações de vigilância em saúde e do controle da doença em Porto Alegre. Na visita técnica do representante do Ministério da Saúde nos dias 15 e 16 de fevereiro de 2017, após exaustiva discussão sobre o tema, foi indicado o Plano Municipal de Intensificação das Ações de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral (2010) de Araguaína/TO como documento para subsidiar a elaboração do Plano em Porto Alegre. A definição de metas e ações foi dividida em cinco blocos temáticos, com a indicação dos responsáveis pela execução e seus objetivos 1. Vigilância Epidemiológica e Assistência área técnica da SMS, CGVS e rede de serviços de saúde. Plano Municipal de Intensificação das Ações de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral Coordenação da CGVS/SMS/POA Proporcionar a melhoria do diagnóstico e tratamento dos pacientes com LV Notificar e investigar os casos suspeitos de LV humana Proporcionar a melhoria do diagnóstico e tratamento dos pacientes com Notificar e investigar os casos suspeitos de LV humana 2. Ações de Educação e Mobilização Social - assessoria comunitária CGVS, Unidade de Saúde Local, CAR e comunidade Conhecer a comunidade da área de/com risco de transmissão de LV Informar/esclarecer a comunidade dos riscos de transmissão da doença e das medidas de prevenção e de controle que podem ser tomadas Traçar, em conjunto com a comunidade, um plano de mobilização. 3. Vigilância Entomológica e ControleVetorial CGVS Pesquisar o vetor nas áreas de risco de transmissão de LV Reduzir o contato do vetor com a comunidade exposta ao risco de transmissão Pesquisar a presença de vetores nos casos caninos e humanos de LV Monitorar a presença de vetores nos casos humanos de LV em áreas novas da cidade Boletim Epidemiológico 65 Junho Vigilância e Controle de Reservatórios CGVS Realizar inquérito sorológico de cães na área de ocorrência de casos humanos de LV Realizar inquérito sorológico em cães notificados em Porto Alegre, em áreas com risco de transmissão. Realizar recolhimento e eutanásia de cães positivos para os casos com proprietários que não optarem pelo tratamento autorizado pelo MS 5.Serviços Municipais de Infra Estrutura, Manejo e Proteção Ambiental Articulação intersetorial para melhoria das condições sanitárias e sociais da população O acompanhamento e a avaliação do Plano Municipal de Intensificação das Ações de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral foram realizados por meio da Sala de Situação, grupo de trabalho intersetorial da PMPA, coordenada pela Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde da SMS. O acompanhamento das ações, realizado em reuniões semanais da Sala de Situação além de, a cada 30 dias, terem sido realizadas reuniões de avaliação das metas. As ações foram executadas no período de janeiro a maio de Coleta de flebotomíneos em armadilhas luminosas, cães diagnosticados com LV no período de 2010 a 2017 e áreas com casos humanos da LV Áreas com coleta de flebotomíneos vetores da LV

5 Estudo dos Flebotomíneos ( diptera:psychodidae) em área com Leishmaniose Visceral Humana, no Bairro Morro Santana - Porto Alegre- RS Autores: Getúlio Dornelles Souza, Luiz Felippe Kunz Junior, Rosa Maria Jardim Silveira de Carvalho, Liane Oliveira Fetzer, Elinéa Barbosa Cracco, Arminda Cardoso, Caroline Mello dos Santos, Lais Vieira Peixoto, Cristiano Lunkes, Denise Borges Mazzilli, Juliana Quetlen do Amaral Trespach, Lisiane Araujo Ulbrich, Patrícia Costa Coelho de Souza, Marcia Radaieski Cunda, William Weber Carpes, Rúbia Elen Esméris, PaulaTupinambá Kusiak Fernandes (Equipe devigilância de Roedores evetores) Introdução A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é uma doença infecciosa, causada por diferentes espécies de protozoários do gênero Leishmania, transmitida pela picada das fêmeas infectadas de várias espécies de insetos flebotomíneos. Casos humanos autóctones da LTA foram confirmados em Porto Alegre de 2002 a 2015, somando 26 casos, em moradores de diferentes bairros, com presença de mata nativa e características de área rural. Estudos de levantamento de flebotomíneos e incriminação de vetores foram realizados nas áreas de transmissão (Gonçalves, 2003; Souza et al., 2008; Pita-Pereira et al., 2009; Pita-Pereira et al., 2011; 1Souza et al., 2015, 2Souza et al., 2015). A leishmaniose visceral (LV) é uma doença infecciosa grave, transmitida para o ser humano, cães e outros animais, nas áreas urbanas e rurais das Américas, principalmente pela picada das fêmeas de Lutzomyia longipalpis, infectadas com Leishmania infantum (Brasil, 2006). Essa enfermidade foi diagnosticada em cães, residentes do bairro Lageado, em Porto Alegre, em 2010, desencadeando investigação dos vetores (Prefeitura de Porto Alegre, 2010). Dois anos depois, uma outra parte do bairro foi avaliada quanto à fauna flebotomínica devido à confirmação de outro cão acometido pelo mesmo agravo (3Souza et al., 2015). Em 2014, após confirmação da LV em cão do bairro Agronomia, novo estudo de flebotomíneos, com um ano de amostragem, foi efetuado naquela área. Os flebótomos identificados foram Psathyromyia lanei, Brumptomyia sp., Pintomyia fischeri, Migonemyia migonei e Nyssomyia neivai. Fêmeas de Pi. fischeri coletadas no bairro foram enviadas para o Centro de Pesquisas René Rachou (MG), em 2015, e diagnosticadas com Le. infantum, por meio da técnica da PCR, apontando esta espécie como importante na transmissão da doença aos cães. A partir confirmação de cães com LV, em canil do bairro Belém Novo, no final de 2015, foi executado mais um levantamento anual de insetos. As espécies coletadas e determinadas foram Ny. neivai, Pi. fischeri, Mi. migonei e Brumptomyia sp., sendo que Ny. neivai atingiu 93,16% dos exemplares amostrados. Em todo esse período de estudo dos vetores das leishmanioses, 2003 a 2016, nos bairros de Porto Alegre com presença de mata nativa, nunca foi encontrada a espécie Lu. longipalpis. Em setembro de 2016, a Equipe de Vigilância das Doenças Transmissíveis, da Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde (CGVS), da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre, enviou um alerta epidemiológico para profissionais e rede de saúde municipal, informando o primeiro caso autóctone da leishmaniose visceral em paciente, residente no bairro Morro Santana, cuja doença evoluiu, levando-o a óbito. Em 2017, mais dois casos humanos foram confirmados no bairro Jardim Carvalho, contíguo ao Morro Santana. A Equipe de Vigilância de Roedores e Vetores (EVRV), objetivando investigar os flebotomíneos existentes na área e colaborar no controle da doença, iniciou um levantamento entomológico na área. Material e Método As capturas dos insetos foram realizadas de outubro/2016 a maio/2017, utilizando 10 armadilhas luminosas com iscas luminosas (tipo CDC), durante três noites consecutivas, por mês, distribuídas em cinco residências. Cada domicílio foi amostrado com duas armadilhas: uma colocada dentro de casa (intradomicílio) e a outra no pátio, próxima a algum animal doméstico (peridomicílio). Estas casas estão situadas dentro ou muito próximas da cratera de uma pedreira desativada, no Morro Santana, e são circundadas ou parcialmente encobertas por mata nativa. A partir de fevereiro, alguns flebotomíneos foram capturados no intradomicílio. Por isso, no mês de março foi realizada aplicação de inseticida residual conforme preconizado pelo Ministério da Saúde, em todas as residências dentro do raio de 50 metros, e nas moradias com cães positivos dentro de um raio de 200 metros do caso. Os flebotomíneos coletados foram identificados no Laboratório de Entomologia Médica da EVRV, através das chaves dicotômicas de Galati (2016). Resultados e Discussão Na área foram capturados 437 flebotomíneos (179 machos e 258 fêmeas) pertencentes as seguintes espécies: Migonemyia migonei (183), Lutzomyia gaminarai (127), Pintomyia fischeri (89), Brumptomyia sp ( 34) e Psathyromyia lanei (4) (Tabela 1). Mg. migonei foi a mais abundante, representando 41,88% dos flebotomíneos coletados, seguida por Lu. gaminarai (29,06%) e Pi. fischeri (20,37%). Enquanto Brumptomyia sp. e Pa. lanei foram as menos capturadas. As três primeiras espécies somadas atingem 91,31% dos insetos. Cabe ressaltar a ausência de Nyssomyia neivai, espécie esta encontrada em maior quantidade que as demais em bairros com transmissão da LTA, em Porto Alegre. Tabela 1. Espécies de flebotomíneos coletados de outubro de 2016 a maio de 2017, com 10 armadilhas luminosas (tipo CDC), na área da Pedreira, bairro Morro Santana, Porto Alegre, RS Boletim Epidemiológico 65 Junho

6 O gráfico 1 apresenta o número de flebotomíneos, por mês de captura. A maior frequência de flebotomíneos coletados ocorreu no mês de fevereiro. Há tendência de um segundo pico de coleta em maio, pois nos meses subsequentes, junho, julho e agosto, com a chegada do inverno, a temperatura tenderá a ficar mais baixa, determinando a queda nas populações desses insetos. Gráfico 1. Número de flebotomíneos coletados, de outubro/2016 a maio/2017, com 10 armadilhas luminosas (tipo CDC), na área da pedreira, bairro Morro Santana, Porto Alegre, RS A tabela 2 mostra a quantidade e as espécies de flebotomíneos encontradas no intradomicílio e peridomicílio das residências, no período de fevereiro a maio de No ambiente interno das residências foram capturadas três espécies: Pi. fischeri, Mg. migonei e Lu. gaminarai. Esta última alcançou 90,4% dos espécimes detectados dentro de casa. Enquanto, no recinto externo, foram localizadas cinco espécies: Pi. fischeri, Mg. migonei, Lu. gaminarai, Brumptomyia sp. e Pa. lanei. No ambiente externo, houve o predomínio de Mg. migonei (45,79%), seguida por Pi. fischeri (26,01%) e Lu. gaminarai (17,58%). Tabela 2: Número, espécies e percentagem de flebotomíneos coletados no intradomicílio e peridomicílio de residências, de fevereiro a maio de 2017, localizadas na área da pedreira, Bairro Morro Santana - Porto Alegre, RS Mg. migonei e Pi. fischeri são espécies dotadas com notável grau de antropofilia (Rangel & Lainson, 2003), que podem ser capturadas em matas residuais das áreas marginais das cidades, em anexos de animais domésticos e paredes internas do domicílio humano (Aguiar & Medeiros, 2003). Essas espécies, juntamente com Nyssomyia neivai, apresentaram os maiores quantitativos de captura, em levantamentos de flebotomíneos realizados em Porto Alegre (Souza et al., 2008; Prefeitura de Porto Alegre, 2010; 1Souza et al., 2015; 2Souza et al., 2015) e Florianópolis, SC (Dias et al., 2013). Além disso, aumentando os indicativos de relevância de Pi. fischeri e Mg. migonei na transmissão da LV, ambas foram encontradas infec tadas por Boletim Epidemiológico 65 Junho Le. infantum, por meio da técnica da PCR-multiplex. A primeira espécie foi coletada em Porto Alegre em 2015 (análise nocentro de Pesquisas René Rachou Dr. Andrade Filho, J.D.), e a segunda espécie, em São Vicente Férrer, PE (Carvalho et al., 2010) e La Banda, na Argentina (Salomón et al., 2010), áreas estas com confirmação de casos caninos e/ou humanos dessa doença e sem a presença de Lu. longipalpis. Guimarães et al. (2016) afirmam que Mg. migonei faz parte das espécies de flebotomíneos permissivas competentes a várias espécies de Leishmania spp., demonstrando em estudos laboratoriais que ela é altamente suscetível ao desenvolvimento de L. infantum, e concluem que esta descoberta, juntamente com a sua conhecida antropofilia, abundância em focos da LV e a infecção natural por L. infantum, constituem importantes evidências de que é outro vetor desse parasita na América Latina. Já Galvis- Ovallos et al. (2017), considerando a grande atração de Pi. fischeri por cães, sua suscetibilidade para infecção por L. infantum, sua expectativa de vida infectante e predominância em Embu das Artes, SP, apresentam evidências deste inseto como um vetor potencial desse parasita na região. Lu. gaminarai é uma espécie endêmica da região Sul do Brasil, frequentemente capturada em fendas nas rochas e grutas (Aguiar & Medeiros, 2003). Em Porto Alegre, foi coletada no peridomicílio (Souza et al., 2008) e na mata nativa (2Souza et al., 2015). Esta espécie não é incriminada como veiculadora de leishmânias e arborviroses (Aguiar & Medeiros, 2003). No entanto, a proximidade filogenética de Lu. longipalpis (morfologicamente as fêmeas das duas espécies são iguais), suscitaria a necessidade de investigar o seu comportamento em relação à possibilidade de atuar como vetor de L. infantum (Silva et al., 2008). No presente estudo é notável a grande quantidade de exemplares de Lu. gaminarai coletada no intradomicílio, facilitando a possibilidade de alimentação de sangue desses insetos nas pessoas e a transmissão do agente etiológico. Por outro lado, a presença desta espécie em cidades da região oeste do RS, como Alegrete, São Nicolau, São Luiz Gonzaga, não corresponde a zonas de transmissão da leishmaniose visceral no estado. Assim, estudos laboratoriais mais aprimorados seriam necessários para comprovação da competência vetorial de Lu. gaminarai. Brumptomyia sp. e Pa. lanei foram pegas somente no peridomicílio. Pa. lanei possui características silvestre e semidoméstica, habita ocos e copas de árvores em áreas marginais e anexos de animais domésticos, e não é incriminada como veiculadora das leishmanioses e arborviroses (Aguiar & Medeiros 2003). Ainda de acordo com estes autores, as espécies de Brumptomyia sugam o sangue de dasipodídeos (tatus), são encontradas sempre em folhas caídas no solo florestal e nas tocas destes animais, e não são importantes na epidemiologia da leishmaniose tegumentar americana e visceral. No local preconizado para aplicação de inseticida, foram tratados 45 imóveis. Após o controle químico, seria esperada a diminuição da quantidade de exemplares

7 coletados no levantamento. No entanto, as coletas realizadas em abril e maio (Gráfico 1) objetivando à vigilância do vetor e avaliação do efeito do veneno, nos domicílios monitorados, resultaram em 42 e 109 flebotomíneos amostrados. Tais resultados foram superiores aos 39 espécimes capturados em março, no mesmo local e com mesma metodologia, antes da aplicação de inseticida nos domicílios. Em maio, cabe destacar o quantitativo de flebotomíneos capturados em uma única residência, construída junto à muralha da pedreira, onde foi aplicado inseticida nas paredes internas e externas. Após a introdução de dois cães de grande porte no pátio, foram coletados 70 flebotomíneos no peridomicílio e 2 no intradomicílio. Dessa forma, ficou evidenciado que o controle químico nessa área, cujas residências são circundadas ou estão dentro da mata nativa, não pareceu ser efetivo, pois há grande disponibilidade de recintos domésticos e silvestres e condições ambientais favoráveis, onde os insetos podem alimentar-se, refugiar-se e procriar. Fêmeas de todas as espécies, coletadas na pedreira, foram enviadas para FIOCRUZ (MG), visando à detecção da infecção natural por Le. infantum, e, consequentemente, subsidiar no entendimento da participação desses insetos no ciclo de transmissão. Até o momento, em Porto Alegre, não foi encontrada Lu. longipalpis. No entanto, as análises da PCR efetuadas em flebotomíneos, procedentes do bairro Agronomia (2015), no Centro de Pesquisas René Rachou (MG), mostraram positividade para Le. infantum na espécie Pi. fischeri. Este resultado, corroborado pelas conclusões de Galvis-Ovallos et al. (2017), aponta esta espécie como importante na transmissão dessa doença na capital gaúcha. Além disso, as espécies Mi. migonei, pela alta frequência na área e reconhecida competência permissiva à infecção de Leishmania spp., e Lu. gaminarai, pela abundância no intradomicílio, podem também estar implicadas na difusão desse agravo no município. Referências Bibliográficos Aguiar, G. M. & Medeiros, W. M. Distribuição Regional e Hábitats das Espécies de Flebotomíneos do Brasil. In: Rangel, E. F. & Lainson, R. Flebotomíneos do Brasil. Rio de Janeiro: Fiocruz. p , Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de vigilância e controle da leishmaniose visceral / Ministério d a S a ú d e, S e c r e t a r i a d e Vi g i l â n c i a e m S a ú d e, Departamento de Vigilância Epidemiológica. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, p.: il. Carvalho, M.R.; Valença, H.F.; Silva, F.J.; Pita-Pereira, D.; T. de Araújo Pereira, C. Britto, R.P. Brazil, and S.P. Brandão Filho. 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