VI-038 AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS PRODUZIDOS PELA INDÚSTRIA SALINEIRA DO RIO GRANDE DO NORTE

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1 VI-038 AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS PRODUZIDOS PELA INDÚSTRIA SALINEIRA DO RIO GRANDE DO NORTE David Batista Bezerra Engenheiro Civil/UFRN. Especialista em Segurança do Trabalho e Gestão da Qualidade Total (CT/UFRN). Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica da UFRN e Professor Adjunto da UFRN/Campus de Macau. Luiz Pereira de Brito Engenheiro Civil/UFRN, Mestre em Engenharia Química/UFRN, Doutor em Engenharia Sanitária e Ambiental/UPM Espanha e Professor Adjunto da UFRN. Endereço: Rua Martins Ferreira, 21, Centro Macau/RN - CEP: Brasil - Tel: (84) davidbbezerra@bol.com.br RESUMO O Trabalho trata de um estudo dos impactos ambientais produzidos pela indústria salineira encravada na região norte litoral do Rio Grande do Norte, limitada entre os municípios de Grossos a Galinhos. Essa faixa concentra praticamente toda produção norte-rio-grandense de sal, destacando-se o município de Macau como maior núcleo produtor. Todas as grandes salinas ( Henrique Lage e ALCALIS em Macau, Norsal em Areia Branca, ALCALIS e F. SOUTO em Mossoró e Diamante em Galinhos) surgiram a partir da incorporação de pequenas salinas que no passado recente identificavam a região. Exatamente esse processo de expansão acelerada do setor, que ocorreu com vigor no final dos anos sessenta e meados da década de setenta, associado à chegada da moderna tecnologia que mecanizou abruptamente as salinas, provocaram impactos ambientais significativos. Entre os impactos adversos encontrados, causados pela indústria salineira das estações de tratamento sobre o meio ambiente físico destacam-se: fechamento de cursos naturais, devastação de manguezais, inundação e salinização de extensas áreas férteis, incremento na velocidade dos ventos pela retirada da cobertura da vegetação nativa, mudança na umidade do ar decorrente da evaporação das águas do circuito das salinas, choque no ecossistema marinho, com alteração do habitat e conseqüente migração e/ou morte de peixes, moluscos e crustáceos, e, também, o desaparecimento de parte da fauna terrestre. Em relação ao meio antrópico os impactos negativos significativos foram: desemprego em massa, não requalificação da mão-de-obra, êxodo populacional, redução nos serviços de saúde e da previdência social na região, degradação das habitações e do patrimônio cultural, alterações negativas no índice de qualidade de vida e queda acentuada de outros indicadores sociais dos municípios pesquisados. No total foram identifcados 70 (setenta) impactos significativos produzidos por esse setor industrial, sendo 59 (cinquenta e nove) negativos, 8 (oito) positivos e 3 ( três) indefinidos. Foram propostas no trabalho medidas mitigadoras para todos os impactos adversos identificados, como também programas de monitoramento com o objetivo de proporcionar informações sobre a qualidade e oportunidade das medidas adotadas. PALAVRAS-CHAVE: Industria Salineira, Impactos Ambientais, Efluentes Líquidos, EIA, RN. 1. APRESENTAÇÃO A lei maior do país exige, na forma da lei, que para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental seja elaborado, a que se dará publicidade (CF, art. 225, IV). Na busca de disciplinar essa exigência constitucional, o artigo 6º da Resolução CONAMA 01/86, diz que o ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL desenvolverá, no mínimo, quatro fases bem distintas: o diagnóstico da realidade ambiental atual, a análise dos impactos trazidos pela intervenção na área projetada, a proposta de medidas mitigadoras e o sistema de monitoramento indicado para cada situação. Esse estudo preliminar de AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS PRODUZIDOS PELA INDÚSTRIA SALINEIRA DO RIO GRANDE DO NORTE, evidentemente deparou-se com a seguinte situação: as salinas já estão em operação, impondo que inferências e pesquisas históricas fossem feitas na caracterização do diagnóstico observado na fase anterior a implantação do empreendimento industrial. Ao encontrar essa dificuldade inicial, o fato de estudar os impactos ambientais para um projeto de salinas em ABES Trabalhos Técnicos 1

2 plena operação, traz uma relativa facilidade na análise desses impactos, na discussão de propostas das medidas mitigadoras e no sistema de monitoramento a ser usado, vez que os possíveis impactos já aconteceram ou estão se processando. Com esse registro, o trabalho ousa fazer um estudo dos impactos na indústria salineira encravada na região norte do litoral do Rio Grande do Norte, limitada entre os municípios de Grossos a Galinhos. Essa faixa concentra praticamente toda produção norte-rio-grandense de sal, destacando-se o município de Macau como maior núcleo produtor. Todas as grandes salinas (Henrique Lage e ALCALIS em Macau, Norsal em Areia Branca, ALCALIS e F. SOUTO em Mossoró e Diamante Branco em Galinhos) surgiram a partir da incorporação de pequenas salinas que no passado recente identificavam a região. Exatamente esse processo de expansão acelerada (ver anexo I) do setor que ocorreu com grande vigor no final dos anos sessenta e meados da década de setenta, associado a chegada da moderna tecnologia que mecanizou abruptamente as salinas e construiu um portentoso Porto Ilha em Areia Branca para escoamento da produção excedente, provocaram impactos ambientais significativos que, infelizmente, pela falta da consciência ecológica dos empreendedores e a omissão dos poderes públicos, as seqüelas e os danos ambientais até hoje ainda são observados. Embora de modo paradoxal, a ocorrência dessa degradação ambiental causada aos meios biótico e abiótico na região, abre um espaço para uma análise segura dos indicadores ambientais decorrentes e elaboração de medidas mitigadoras fundamentadas na realidade apresentada, subsidiadas pelo novo momento que a sociedade vive, onde a legislação ambiental no Brasil apresenta grandes avanços e os órgãos públicos e instituições não governamentais se insurgem em defesa do meio ambiente em todos os recantos do mundo. Nesse contexto, registre-se o avanço da tecnologia e da informática, que criam ferramentas de grande valia para o controle e monitoramento dos impactos ambientais, possibilitando a intervenção imediata em situações criminosas onde os danos são observados. O estudo ora desenvolvido, na realidade procurou após as inferências necessárias, buscar possíveis respostas para os impactos causados na indústria salineira tais como: fechamento de cursos naturais d água; devastação de manguezais; inundação e salinização de extensas áreas com solos férteis; incremento na velocidade dos ventos pela retirada da cobertura da vegetação nativa; mudança na umidade do ar decorrente da evaporação das águas do circuito das salinas; choque no ecossistema marinho, com alteração do habitat e conseqüente migração e/ou morte de peixes, moluscos e crustáceos, e, também, o desaparecimento da fauna rica que povoava a região. Segue, ainda, questionando o tratamento dado ao meio antrópico, com desemprego em massa, a não requalificação da mão-de-obra, o êxodo populacional, a questão da saúde e da previdência na região, a degradação das habitações e do patrimônio cultural, as alterações negativas no índice de qualidade de vida e a queda acentuada de outros indicadores sociais dos municípios pesquisados. Com certeza, o trabalho não conseguirá explicações convincentes e definitivas para algumas intervenções, todavia tenta trilhar alguns passos precursores nessa direção. 2. OBJETIVOS 2.1 GERAIS Coletar informações que sintetizem uma Avaliação dos Impactos Ambientais Produzidos pela Indústria Salineira do Rio Grande do Norte. Sistematizar dados ambientais que possam subsidiar novas pesquisas em áreas específicas no processo industrial salineiro de nosso estado ESPECÍFICOS Configurar a realidade apresentada pela indústria salineira do Rio Grande do Norte no tratamento dado a questão ambiental. Viabilizar a elaboração detalhada de um diagnóstico ambiental que indique a degradação ambiental decorrente da atividade salineira no Rio Grande do Norte, com inferência sobre o passado, configuração do presente e busca de indicativos para casos futuros. Conquistar dados que assegurem informações científicas concernentes aos impactos ambientais gerados pelo processo de expansão da indústria salineira do RN. Estudar a degradação ambiental no entorno das cidades produtoras de sal marinho. 2 ABES Trabalhos Técnicos

3 Avaliar os impactos ambientais gerados na indústria salineira e propor medidas mitigadoras em casos específicos. Indicar sistemas de monitoramento visando reverter casos em que a degradação ambiental exige intervenção imediato do fator humano para sua recomposição. Resgatar o debate sobre a qualidade de vida e os impactos ambientais gerados nos meios biótico e abiótico do entorno das regiões produtoras de sal. Detectar, caso existam, o estágio do Sistema de Gestão Ambiental em curso em algumas empresas da área salineira, bem como à disposição de outras na implantação. 4. JUSTIFICATIVA Com freqüência a imprensa falada e escrita noticia agressões ambientais ocorridas na região salineira do Rio Grande do Norte, encravada no litoral norte do estado e limitada entre os municípios de Galinhos e Grossos. O caso dos manguezais da Salina Amarra Negra, localizada em Galinhos, chamou mais atenção da opinião pública, inclusive com demanda judicial. Macau, Areia Branca e Mossoró, municípios pólos dessa atividade industrial, com experiências variadas dos impactos causados na região a partir da mecanização das salinas e entrada em operação do Porto Ilha, pela tradição história do ramo salineiro, evidentemente foram os mais atingidos. O desemprego em massa e a expansão acelerada da produção, com a venda das pequenas salinas, incorporadas pelo oligopólio concentrador de riquezas que formou a nova realidade empresarial da atividade, chocaram à todos. O meio antrópico foi atingido de modo insensível e irresponsável, gerando um bolsão de miséria na região como nunca antes observado. Essa situação, inclusive, gerou diversas teses a nível de pós-graduação, desenvolvidas por alunos e professores das universidades, bem como abriu um amplo leque de pesquisa para a comunidade científica do estado. Os impactos causados no meio antrópico tornaram o processo mais visível, provocando, então, atenção da imprensa e dos estudiosos no assunto. Todavia, outro aspecto violento foi atacado, sem que se saiba com mais detalhes os danos ocorridos: a agressão ambiental provocada pela indústria salineira nesse rápido e brusco processo de crescimento. A paisagem, a proteção natural dos manguezais das margens de rios e gamboas, sofreram alterações significativas ou não? O ar, o clima, o solo, os recursos hídricos, enfim, o meio físico foi trabalhado adequadamente, num processo de respeito a legislação ambiental e a doutrina inovadora, predominantemente preservacionista, que disciplina crescimento associado ao respeito a natureza? O meio biológico, que sempre sustentou a região graças a riqueza da vida marinha, como se adaptou aos impactos ambientais sofridos? Os municípios, focos urbanos geradores de todo processo de avanço tecnológico, adequaram-se preventivamente com atualização na legislação local, desenvolvimento de programas de educação ambiental e eficiente sistema de monitoramento, fiscalização e controle responsável das alterações ocorridas no ecossistema em seu entorno? É verdade que a vegetação nativa de grandes áreas foram devastadas, dunas foram removidas, cursos d água e gamboas foram bloqueadas ou desviados, terrenos agricultáveis salinizados, manguezais dizimados e a qualidade de vida fortemente alterada na maioria desse municípios que sediam as indústrias salineiras? Podemos traçar um diagnóstico ambiental no presente em que nível? Que avanços significativos, que exemplos podemos citar, de empresas envolvidas com a atividade e que cumprem os princípios básicos de respeito à natureza? Essas e outras questões exigem respostas, que num projeto embrionário de pesquisa, com visitas técnicas, coleta de dados, entrevistas, busca de registros documentais e investigação científica, fundamentam o presente trabalho. Enfrentar esses desafios e tentar documentá-los, são as trilhas que balizaram os autores na busca de um estudo preliminar de AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS PRODUZIDOS PELA INDÚSTRIA SALINEIRA DO RIO GRANDE DO NORTE. 5. ÁREA DE ABRANGÊNCIA A Avaliação dos Impactos Ambientais na Indústria Salineira foi concentrada na faixa litorânea do Rio Grande do Norte, compreendida entre os municípios de Galinhos à Grossos, com estudos mais acurados nos municípios pólos da região e líderes da produção brasileira de sal: Macau, Mossoró e Areia Branca. ABES Trabalhos Técnicos 3

4 6. METODOLOGIA DE TRABALHO O trabalho foi desenvolvido, inicialmente, com um resgate histórico da indústria salineira, compilando dados e informações que envolvam questões de ordem econômica, política, social e ambientalista da atividade. Passo seguinte, pesquisa de campo com visitas técnicas aos municípios produtores de sal, com inspeção e registro fotográfico e/ou fitas de vídeo, que mostraram-se imprescindíveis para avaliação e análise dos resultados. Paralelo a isso, naturalmente, a pesquisa bibliográfica se desenvolveu com fins de geração de informações científicas ligadas à atividade produtiva de sal e seus reflexos com a visão ambientalista. Entrevistas com moradores da região, trabalhadores de salinas, pescadores, empregados do setor, gestores da atividade e autoridade públicas regionais ou locais, foram armas usadas que demonstraram ser de vital importância na montagem do diagnóstico ambiental e na elaboração de propostas. Outro recursos aplicado, foi a participação em reuniões comunitárias, eventos técnicos ou palestras que tratassem de alguma maneira a questão ambiental na indústria salineira. Finalmente, minutas sistemáticas do desenvolvimento do trabalho foram repassadas para avaliação crítica, fato que gerou permanente atualização do trabalho face a contribuição brilhante de colegas, profissionais da área e professores envolvidos. 7. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO Como base de estudo, as dissertações de Mestrado já produzidas enfocando temas ligados a indústria salineira do Rio Grande do Norte, foram decisivas. Revistas, trabalhos e textos técnicos publicados, também. Estudos de Impactos Ambientais, com destaque para os ligados as salinas, evidentemente foram de uma valia incomensurável (exemplo do EIA/RIMA recentemente elaborado para o PÓLO GÁS-SAL). Do mesmo modo, pesquisas em Relatórios Periciais exigidos pelo poder judiciário para querelas ambientais envolvendo o setor. Dados de Órgãos Oficiais ou de Instituições Privadas que trabalham seriamente o meio ambiente, especialmente os ligados à costa marítima, certamente deram contribuição com alguns números que são repassados nesse estudo. Evidentemente, nada poderia se fazer nesse trabalho sem o recurso dos livros publicados sobre o tema, sejam eles de natureza geral ou específica. A bibliografia básica listada ao final, tenta resumir as principais fontes de pesquisas usadas para esse fim. 8. DESTAQUES DA BASE LEGAL DO EIA A Constituição Federal, ao estabelecer no seu art. 225 que Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para a presente e futuras gerações, dentre os caminhos que apresenta para esse fim, dispõe no parágrafo primeiro, inciso IV do mesmo artigo, exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade. Ao trabalhar esse tema que desde o primeiro Encontro das Nações, promovido pela ONU em Estocolmo ( Suécia), 1972, cada vez mais desperta à todos o quanto é importante preservar o meio ambiente, o legislador federal brasileiro, via Lei 6.938/81 estabeleceu a Política Nacional do Meio Ambiente e contemplou a avaliação dos impactos ambientais ( art. 9º, III) como um dos seus instrumentos. Objetivando cumprir essa lei, o CONAMA através da Resolução nº 01, de , deu tratamento mais orgânico ao EPIA, eis que estabeleceu as definições, as responsabilidades, os critérios básicos e as diretrizes gerais para uso e implementação da Avaliação de Impacto Ambiental, como um dos instrumentos da Política Nacional de Meio Ambiente (PETERS, 2000). Naturalmente, o respeito da Competência Legislativa e Político-Administrativa dos entes da Federação, impõese. Venha da União ( privativa/concorrente), do Estado (concorrente) ou do Município ( suplementar), que agirão conforme estabelecido em normas próprias, adaptadas a cada realidade que se apresenta. Vale salientar o 4 ABES Trabalhos Técnicos

5 poder comum para esses entes, que além do de polícia, podem multar, licenciar, fiscalizar, embargar e interditar ações que apresentem potenciais ou reais riscos ambientais, sempre amparados pela Constituição Federal em vigor. 9. A INDUSTRIALIZAÇÃO DO SAL MARINHO O mar é uma verdadeira jazida inesgotável de matéria-prima acumulada, apresenta um teor de pouco mais de 3,0 % ( três por cento) do mineral cloreto de sódio ( NaCl), que a indústria salineira se dedica a recuperar. Ainda, contém cerca de 0,75 % ( setenta e cinco décimos por cento) de outros sais e os restantes 96,25( noventa e seis inteiros e vinte e cinco décimos por cento) são constituídos de água (ROCHA et al, 1998). Para produzir sal marinho no presente, em geral, potentes estações de bombeamento fazem a captação diretamente do mar, de gamboa ou foz de rio (pequenas salinas ainda permanecem captando água do mar por comportas, aproveitando o período de enchentes das marés) inundando grandes áreas, chamadas de evaporadores, com lâmina d água na faixa de 1,0 metro e densidade média de 3,5 ºBé. Essas águas, pela ação dos ventos e elevadas temperaturas, deslocam-se geralmente acompanhando a topografia do terreno impermeável, apresentam acelerado processo de evaporação que elevam sua densidade até 10 ºBé. Geralmente por gravidade, as águas seguem um circuito preestabelecido para nova área intermediária denominada de concentradores, que com lâmina d água menor, sinalizam a redução no processo de evaporação, porém intensificam o ritmo na precipitação de sulfato de cálcio hidratado ( malacacheta ), circulando nessa área até atingir a densidade na ordem de 25 ºBé, quando a precipitação do cloreto de sódio ( NaCl) passa a predominar e então são lançadas em área específica (cristalizadores) para o processo final do fabrico do sal. Na área de cristalização devidamente preparada com cercos regulares, separados entre si e abastecidos com lâminas d água de 30 a 40 cm, a salmoura densa fica produzindo sal na ordem de 1 mm de precipitação/dia (média em condições normais da região salineira) até atingir a densidade de 28,5 º Bé. Processada a melhor fase de produção de Cloreto de Sódio ( sal ), depois de percorrer distâncias que em algumas salinas passam de 40 km, a água é finalmente descartada e lançada de volta ao mar (as conhecidas águas-mães ou águas residuais de salinas, ricas em magnésio, potássio, bromo e outros sais). A colheita nos cristalizadores com lâminas de sal na ordem de 30/40 cm, é feita mecanicamente nas grandes salinas, quando máquinas colhedeiras lançam sal em caçambas que conduzem para o sistema de lavagem. Após o empilhamento em verdadeiras montanhas, que de fato funcionam como parte de mais um processo no beneficiamento visando perda de impurezas, devidamente curado, finalmente o sal é transportado em grandes embarcações para o Porto Ilha de Areia Branca, que daí por navios cargueiros, abastecem as regiões sul/sudeste do país ou ao mercado externo. Sobre o mercado, a título de registro, válido é lembrar FLORÊNCIO ( 1983), quando diz ser indústria química o principal consumidor que, incrementada no Brasil no final dos anos 50, usa o sal como matéria-prima em 105 dos seus cerca de 150 produtos. O beneficiamento do sal para uso no consumo humano ou na pecuária, praticamente se resume a dois processos: moagem e refino. Esse setor, seja no Rio Grande do Norte ou estados próximos, geralmente é abastecido por via rodoviária. Apesar dos avanços tecnológicos nesses processos, residualmente é a maior fonte de geração de empregos no ramo salineiro. 10. O CONTEXTO HISTÓRICO DO SAL Em material publicitário, a ALCÁLIS MACAU, dá o seguinte enfoque histórico: O Sal é uma substância essencial ao homem e indispensável a todas os tipos de vida animal. A sua produção e utilização podem ser encontradas em ilustrações e escritos que datam do início da civilização. A salga dos alimentos já era costume bastante difundido no Egito, cerca de anos da era Cristã. Os gregos e os romanos utilizavam o sal também como moeda para suas operações de compra e venda. A palavra latina salário deriva do sal, uma vez que em sal se pagava uma parte do ganho das legiões romanas. Ainda hoje, um dos principais acessos de Roma se chama Vila Salaria, pois era por esse caminho que chegavam as caravana trazendo sal para a capital do império. ABES Trabalhos Técnicos 5

6 De modo geral, nossos historiadores registram que no Brasil, antes da chegada dos colonizadores portugueses, os índios que aqui habitavam já se utilizavam de sal extraídos das águas do mar e das cinzas de sementes de plantas nativas, como por exemplo da jara açu ( ya-ra), aguapé (awa-pewa) e taquara ( ta kwar). Outros ainda informam que o início da exploração de sal no Brasil ocorreu no Nordeste, em uma sesmaria cujos solos não se prestavam à agricultura, haja vista o visível afloramento de sais em sua superfície. Nessa direção, CASCUDO (1982) assegura que A história do sal no Rio Grande do Norte encontra seu primeiro registro escrito no documento que Jerônimo d Alburquerque escreveu a seus filhos a 20 de agosto de 1605 descrevendo as salinas formadas espontaneamente a 40 léguas ao Norte, posteriormente identificadas como localizadas em Macau. Desde esta época de colonização o sal já ocupava um papel importante na economia da região. Segue e informa que em 1627, Frei Vicente escreveu: O sal se coalha em tanta quantidade que podem carregar grandes embarcações todos os anos, porque assim como se tira um, se coalha e cresce continuamente outro. Consensual é a avaliação do Mestre de que ao abrir a exportação para a região sul do país, o comércio de sal tornou-se mais competitivo, com significativo impulso em 1808, quando o rei D. João VI, impossibilitado de receber sal de Portugal, assinou Carta Régia que liberou de quaisquer imposições a extração de sal no Brasil. Com a retirada de impostos, o incremento na produção foi imediato e a geração de empregos nas salinas foi um fato salutar, não obstante a reação do governador da capitania. Todavia, com oferta pequena, as importações tiveram de continuar até 1934, sendo retomadas somente em 1963, com a inundação do parque salineiro do RN, como reforça FLORÊNCIO ( 1983). 11. A INDÚSTRIA SALINEIRA NO BRASIL O monopólio exercido pela Coroa portuguesa, dificultava a exploração de sal marinho no Brasil. A pequena oferta do produto mantinha a demanda insatisfeita e os preços elevadíssimos, tanto que o Governador do Estado do Rio de Janeiro, alegando carestia, mandou que fosse comercializado o sal de Cabo Frio durante o ano de 1698 e anos seguintes, mas que houvesse cautela para não prejudicar o sal importado da Coroa. Após a quebra do monopólio por D. João VI, outra interferência importante no ramo salineiro veio a ocorrer em 1940 com a criação do Instituto Nacional do Sal, que regulou o mercado com regimes de quotas, permitindo o escoamento da safra de todos os produtores, especialmente dos pequenos e médios. Esse sistema funcionou a contento enquanto o consumo de sal no país era baseado na alimentação humana, pecuária, indústrias de couro e chasqueadas. Com a chegada da indústria de álcalis e química, em 1957, a demanda de sal recrudesceu e o sistema de quotas desestabilizou-se. Para piorar, as condições climáticas de 1961/63 destruíram cerca de 280 mil toneladas de sal estocadas e o alagamento de 12 unidades produtoras, fazendo com que o sistema de quotas fosse abolido dada a oferta insatisfeita do mercado, obrigando a importação de toneladas de sal em No dia 20/09/83, expondo na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Norte, o então Deputado Federal e sócio-proprietário da Salina Amarra Negra, Antônio Florêncio, assim resumiu esse fato: Em 1961, o parque salineiro do Rio Grande do Norte, que na época se dividia apenas em duas regiões a de Macau e a de Areia Branca- foi praticamente destruído pelas enchentes. Com a continuidade da crise, o Governo criou em 1967 a Comissão Executiva do Sal (CES) com a finalidade de formular, orientar, coordenar e fiscalizar a política econômica do sal e extinguiu o Instituto Nacional do Sal. O desenvolvimento da indústria química do Brasil, exigiu a modernização e ampliação das salinas, o que o veio a ocorrer a partir de 1970, basicamente no Rio Grande do Norte. O aumento da produção, decorrente, também, da fusão entre salinas, contou com forte contribuição do Governo, via repasse de incentivos fiscais e financeiros, através da SUDENE, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, BNDES, etc. Com a mecanização das salinas também houve o emprego de técnicas modernas de produção de sal que permitiram elevar a produtividade de 40 kg/m2 para 180 / 280 kg/m2, independência das forças da natureza com a utilização de motobombas, escoamento de águas de chuvas, etc., uso de cristalizadores maiores, em substituição aos pequenos, rigoroso controle da densidade da salmoura em todas as suas etapas do processo, 6 ABES Trabalhos Técnicos

7 colheita mecanizada, lavagem do sal grosso e exames periódicos da qualidade do produto em laboratórios próprios. Como os recursos para a modernização eram vultosos, o número de salinas em 1970 caiu de 562 para apenas 227 em apenas uma década (1980) e já em 1984 este número cairia ainda mais alcançando uma quantidade mínima de 33 salinas e que perdura até hoje, apesar de 92 % da produção de sal do Estado se encontrar nas mãos de, apenas, 8 grandes empresas e 83 % de responsabilidade dos 4 maiores grupos nacionais (FROTA OCEÂNICA, SOUTO, ANHEMBI e GIORGI). Paradoxalmente, vale fechar este enfoque histórico, de avanços e retrocessos, resgatando outra informação repassada, na Assembléia, pelo Deputado Antônio Florêncio (1983) : Esta, portanto, a situação da nossa indústria salineira: há uma crise por excesso de produção. 12. OS MUNICIPOS PRODUTORES DO RN Do livro Terras Potiguares, Marcus César Morais ( UFRN, 1998), pode-se coletar as seguintes informações sobre os municípios produtores de sal do Rio Grande do Norte: 12.1 Galinhos Com nome surgido naturalmente da boca do povo, numa referência ao pequeno tamanho dos peixes-galos existentes na área, a população desenvolveu-se a partir de uma produtividade econômica baseada no pescado, na produção farta de sal, e na cultura de algodão e sisal. Através da Lei número 2.838, de 26 de março de 1963, Galinhos desmembrou-se de São Bento do Norte, e tornou-se município. A cidade de Galinhos está localizada no Litoral Norte do Estado, na chamada Região Salineira, limitando-se com os municípios de Jandaíra, São Bento do Norte, e Guamaré. Distante 174 quilômetros da capital, Galinhos tem uma área territorial de 333 quilômetros quadrados, onde vivem, na atualidade, 1 mil e 500 pessoas. A força turística da região repercute no município através das salinas naturais que formam verdadeiras pirâmides, das Praias de Galinhos e do Farol, das comidas típicas com destaque para o peixe ao molho de coco e da agradável viagem de barco entre a cidade e a Ilha de Protagil Guamaré A área passou a ser conhecida como Guamaré, que vem da palavra água maré, por estar localizada às margens das marés dos Rios Miassaba e Aiatoá. A região recebeu a presença do homem branco nos idos de 1605, com a passagem de Capitão Pero Coelho. A pequena comunidade continuou se desenvolvendo graças à pesca abundante e à existência de salinas naturais na área.. No ano de 1837, os moradores da localidade pediram a criação da Vila Imperial de Guamaré, mas não foram atendidos pela Assembléia Legislativa. Muito tempo depois, em 7 de maio de 1962, através da Lei número 2.744, Guamaré foi desmembrado de Macau, tornando-se um novo município do Rio Grande do Norte. A cidade de Guamaré está localizada na Região Litoral Salineira, a 166 quilômetros de distância da capital, com uma área territorial de 278 quilômetros quadrados, onde vivem 7 mil pessoas Macau A povoação foi iniciada na Ilha de Manoel Gonçalves, através dos portugueses interessados na exploração e no comércio de sal, abundante na região. Mas a Ilha de Manoel Gonçalves começava a sofrer, no ano de 1825, o processo de invasão das águas do oceano atlântico, impossibilitando a permanência de moradores na área. Foi aí que encontraram outra ilha, mas bem localizada, ensejando melhores condições para a instalação de residências e da própria povoação. A agradável ilha descoberta e pronta para ser habitada recebeu o nome de Macau, originário da palavra chinesa Amangao, que significa porto de Ama, a deusa dos navegantes. Macau, o ABES Trabalhos Técnicos 7

8 porto de Ama, com o passar do tempo e com o desaparecimento completo da antiga Ilha de Manoel Gonçalves, foi crescendo e se desenvolvendo, consolidando-se como um forte povoado às margens do oceano atlântico. Crescendo cada vez mais, impulsionado pela grande produção de sal, Macau foi desmembrado de Angicos e tornou-se um novo município potiguar, no dia 2 de outubro de 1847, de acordo com a Lei provincial nº 158 e foi emancipado politicamente pela Lei Provincial nº 761, de 09 de setembro de Localizado no litoral norte do Estado, na chamada Região do Baixo Açu, o município de Macau está a 190 quilômetros de distância da capital, tendo uma área de 750 quilômetros quadrados, onde residem 26 mil pessoas Porto do Mangue O povoamento teve inicio nas proximidades de um pequeno porto marítimo localizado à beira de um mangue. A movimentação cotidiana do porto conseguiu atrair para a localidade várias famílias de trabalhadores em atividades marítimas, dando origem a um pequeno arruado que mais tarde se tornaria cidade. Devido sua localização, o povoado situado dentro dos limites do município de Carnaubais recebe o nome de Porto do Mangue. Seu crescimento deveu-se à prosperidade alcançada com a pesca, a extração vegetal e o cultivo de pequenas lavouras. A emancipação política de Porto do Mangue chegou após uma luta que contou com a participação de toda comunidade e de várias lideranças regionais. No dia 28 de dezembro de 1995, através da Lei número 6851, Porto do Mangue teve suas terras deslembradas de Carnaubais, tornando-se mais um município do Rio Grande do Norte. Localizado no litoral norte do Estado, na chamada Região Salineira, o município de Porto do Mangue está a 280 quilômetros da capital, tendo uma área territorial de 332 quilômetros quadrados e um contigente populacional de aproximadamente 3 mil e 100 pessoas Areia Branca Vários colonos pescadores decidiram se estabelecer na região chamada Areias Brancas, na histórica ilha de Maritacaca, nos idos de Estava nascendo um futuro município, exatamente numa ilha que não existe mais, porque, com o crescimento da cidade, vários aterros foram feitos, e o que era ilha transformou-se em península. As Areias Brancas com vocação produtiva voltada para a pesca e o sal, receberam durante o período da grande seca, entre os anos de 1877 e 1879, muitos sertanejos dedicados à atividade do campo, que se estabeleceram no povoado e passaram a trabalhar na agricultura. Em 16 de fevereiro de 1892, pelo Decreto Estadual número 10, o povoado de Areia Branca foi desmembrado do vizinho de Mossoró e, em 24 de outubro de 1927, foi elevado à categoria de cidade. Localizada na região onde o sertão chega ao mar, Litoral Norte do Estado, na chamada Zona Salineira, o município de Areia Branca está a 330 quilômetros da capital e tem uma área de 374 quilômetros quadrados, onde vivem habitantes Mossoró Os primeiros sinais de movimentos de brancos na região ocorreram nos idos de 1600, devido à existência de salinas na área. Mas o povoado começa mesmo a partir da construção de uma capela na Fazenda Santa Luzia, de propriedade do Sargento Mor Antônio de Souza Machado. O povoado passou a se chamar Mossoró no ano de 1842, nome derivado de Monxoxó, índios da nação os Cariris, habitantes pioneiros na região. Outros estudiosos defendem que a palavra Mossoró é oriunda do termo Mororó, nome de uma árvore resistente do Rio Grande do Norte. 8 ABES Trabalhos Técnicos

9 Em 15 de março de 1852, através da Lei número 246, Mossoró deixou de pertencer a Açu e se tornou o mais novo município do Rio Grande do Norte. O município de Mossoró está localizado na Região Salineira, Médio Oeste Potiguar, a 276 quilômetros da capital, com uma área de quilômetros quadrados onde residem 210 mil habitantes Grossos A terra de Grossos foi uma das primeiras áreas do Região Oeste a ter a presença do homem branco. Sua área localizada à margem esquerda do Rio Mossoró, já figurava em mapas nos séculos XVI e XVII.O território de Grossos foi intensamente disputado, em demorado conflito judicial, pelos Estados do Rio Grande do Norte e Ceará. Trinta e três anos depois da localidade passar a pertencer legalmente ao Rio Grande do Norte, no dia 11 de dezembro de 1953, através da Lei número 1.025, Grossos, juntamente com o distrito de Tibau, desmembrou-se de Areia Branca, tornando-se município. Grossos localiza-se na Região Oeste do Estado, a 324 quilômetros de distância da capital, com uma área territorial de 139 quilômetros quadrados, onde residem 7 mil e quinhentos habitantes. 13. ALGUNS DADOS ECONÔMICOS E SOCIAIS DOS MUNICÍPIOS Tentando apresentar uma situação comparativa entre os municípios listados, é interessante avaliar o quadro abaixo que busca retratar em um índice único, seus principais indicadores dos aspectos sociais e econômicos. quadro 01classificação sócioeconômica dos municipios - rn( 1996) NºOrd Munic Educa Saúde Água Teleco Veícul ICMS Energi Valor Razão Média Índice Final Produ Depen 01 Natal ,00 02 Mosso ,00 98,59 08 A Bra ,44 76,20 14 Macau ,44 70,27 17 Gross ,78 68, Galinh ,56 27, Guam ,22 27,28 Fonte: IDEC/CEP Obs: Porto do Mangue não foi pesquisado Na mesma direção, o quadro a seguir tenta caminhar. O destaque observado é a comparação entre posições alcançadas pelos municípios pesquisados para os anos de 1980 e 1996, refletindo a ascensão e queda de alguns. quadro 2- comparação entre a classificação dos municípios realizada em 1980 e 1996 Rio Grande Do Norte Nº Ordem Municípios Posição em Comparação entre as Posições 01 Natal Mossoró Areia Branca ( + ) 04 Macau ( - ) 05 Grossos ( + ) 06 Galinhos ( + ) 07 Guamaré ( + ) Fonte: IDEC/CEP ABES Trabalhos Técnicos 9

10 Já direcionado para questões vinculadas a produção de sal, onde a pluviometria participa de forma bastante decisiva, o quadro seguinte apresenta dados que permitem, também, estabelecer um comparativo entre os municípios. quadro 3 - dados pluviométricos ano de 1997 Município DADOS PLUVIOMÉTRICOS ACUMULADOS NO ANO Normal Observado Desvio ( mm) Desvio ( % ) Galinhos - 362,9 - - Areia Branca 611,8 527,3 (-) 84,5 (-) 13,8 Guamaré 871,3 349,7 (-) 521,6 (-) 59,9 Macau 548,2 449,5 (-) 98,7 (-) 18,0 Fonte: Anuário Estatístico do RN 1998/ IDEC 14. A PRODUÇÃO DE SAL NO PAÍS Para enriquecer os dados pertinentes a produção de sal no Brasil, certamente é de grande valia repassar alguns detalhes e números absolutos e relativos, por estados e municípios, destacando a participação global e individual de cada, nos anos de 1998 e Dos quadros apresentados, logo chama a atenção a queda da produção brasileira, que sai de toneladas para , numa quebra de safra de quase toneladas, em apenas um ano. Certamente essa perda pode não ser significativa para estados como Rio de Janeiro, Ceará e Piauí, pelo fato de participarem apenas com 1,97 %, 1,50 % e 0,76 % da produção de sal do país, no ano de Todavia, para o Rio Grande do Norte, que contribuiu com toneladas, 95,77 % de todo sal produzido no Brasil, o choque é por demais considerável. Macau, participando com quase 35 % da produção nacional de sal, evidentemente recebeu os devidos reflexos dessa queda. Por outro lado, Galinhos apresenta-se como contra ponto nessa avaliação, vez que diferentemente do quadro nacional que caiu significativamente, o desempenho da Salina da Amarra Negra mostra um crescimento respeitável, já indicando frutos, certamente, da postura inovadora do grupo que assumiu seu controle acionário, que, inclusive, até deu nova denominação à salina: Diamante Branco. Aumentar de 9,44 % para 12,63 % a participação de Galinhos num quadro de queda apresentado a nível nacional para o setor, é um feito digno de registro para o Sistema de Gestão da Empresa, que desponta como já foi citada, pela conquista da ISO 9002 ( Gestão da Qualidade) e investe com bastante afinco na busca de mais uma certificação pioneira, desta feita, a ISO (Sistema de Gestão Ambiental). Com um desempenho desse e valorizando a visão de desenvolvimento sustentável, nada mais do que justo o registro e o destaque ora encartado, de modo proposital e provocativo, para que outras salinas sigam o exemplo, que sempre será digno de nota, inobstante o passado conturbado que marca a história da salina, especialmente no acampo ambiental. Os números apresentados pelo sindicato representativo das indústrias, configuram com exatidão o quadro produtivo em todo país, com destaque para a produção isolada de cada município do estado do Rio Grande do Norte. Válido é, então, repassar, na íntegra, os dados obtidos, informalmente, em sua sede no município de Mossoró. SIESAL SINDICATO DA INDÚSTRIA DA EXTRAÇÃO DO SAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE PRODUÇÃO DE SAL MARINHO ANO DE 1998 ( EM TONELADAS) PRODUÇÃO NO BRASIL: RIO GRANDE DO NORTE CIDADE PRODUÇÃO % por município % acumulado RN País RN País Observações 10 ABES Trabalhos Técnicos

11 Mossoró ,87 32,44 33,87 32,44 Areia Branca ,82 13,24 47,69 45,68 Grossos ,27 6,00 53,96 51,68 Macau ,39 34,85 90,35 86,53 Guamaré ,21 0,20 90,56 86,73 Galinhos ,44 9,04 100,00 95,77 Total ,00 95, RIO DE JANEIRO ,00 1, CEARÁ ,00 1, PIAUI ,00 0, Obs: O estado do Rio de Janeiro produz salmoura na quantidade suficiente para uma produção de toneladas de sal refinado, assim distribuído; Salinas Perinas Refinaria Nacional de Sal Cia. Nacional de Álcalis Total PRODUÇÃO DE SAL MARINHO NO RIO GRANDE DO NORTE ANO DE 1998 POR MUNICIPIOS E SALINAS - PRODUÇÃO DO RN: TON MOSSORÓ SALINA PRODUÇÃO % Participação % Participação (ton) Munic Acum RN Acum Salina Uirapuru ,77 9,77 3,31 3,31 Salina Fco. Menescal/Guanabara ,67 71,44 20,89 24,20 Salina Pitulico ,89 74,33 0,98 25,18 Salina São Camilo ,91 79,24 1,66 26,84 Salina Larsal Salina Maranhão ,34 96,58 5,87 32,71 Salina Remanso ,42 100,00 1,16 37,87 Total ,00-33,87 - OBS. GROSSOS SALINA PRODUÇÃO % Participação % Participação (ton) Munic Acum RN Acum Salina Caenga ,70 15,70 0,98 0,98 Salina Marisco ,54 42,24 1,66 2,64 Salina Piabinha ,98 67,22 1,57 4,21 Salina Coqueiros ,56 68,78 0,09 4,30 Salina Boi Morto ,73 87,51 1,17 5,47 Salina Córrego ,49 100,00 0,80 6,27 TOTAL ,00-6,27 - OBS. ABES Trabalhos Técnicos 11

12 AREIA BRANCA SALINA PRODUÇÃO % Participação % Participação (ton) Munic Acum. RN Acum. Salina Serra Vermelha ,40 3,40 0,47 0,47 Salina Irmãos Filgueira ,13 4,53 0,15 0,62 Salina Morro Branco ,25 25,78 2,94 3,56 Salina Casqueira ,25 30,03 0,59 4,15 Salina Pedrinhas/Ventura ,35 38,38 1,15 5,30 Salina Iracema ,83 41,21 0,39 5,69 Salina Augusto Severo ,12 43,33 0,29 5,98 Salina Miramar ,67 100,00 7,84 13,82 Total ,00-13,82 - OBS. MACAU SALINA PRODUÇÃO % Participação % Participação (ton) Muni Acum. RN Acum. Salina Araguassú Salina Dois Irmãos ,99 6,99 2,54 2,54 Salina Soledade ,54 10,53 1,28 3,82 Salina Unidos ,20 58,73 17,54 21,36 Salina Imburanas ,35 99,08 14,70 36,06 Salina PRODUSAL Salina Sertão ,27 99,35 0,09 36,15 MASAL ,65 100,00 0,24 36,39 Adelino Honório Ilha de Cambuca Total ,00-36,39 - OBS. GUAMARÉ SALINA PRODUÇÃO % Participação % Participação Muni Acum RN Acum Salina Camurupim Salina Nildo Salina Igreja ,27 27,27 0,06 0,06 Salina França ,46 72,73 0,09 0,15 Salina Dr. Silvio Procópio Salina Larsal Salina Querubino ,27 100,00 0,06 0,21 Salina Maria Brito Salina Assueiro Salina Lagoa Seca Total ,00-0,21 - OBS. GALINHOS SALINA PRODUÇÃO % Participação % Participação Munic Acum RN Acum Salina Diamante Branco ,00 100,00 9,44 9,44 Total ,00-9,44 - TOTAL GERAL Observações 12 ABES Trabalhos Técnicos

13 SIESAL SINDICATO DA INDÚSTRIA DA EXTRAÇÃO DO SAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE PRODUÇÃO DE SAL MARINHO ANO DE 1999 ( EM TONELADAS) RIO GRANDE DO NORTE CIDADE PRODUÇÃO % Participação % Acumulado RN País RN País Mossoró ,34 27,40 28,34 27,40 Areia Branca ,44 14,93 43,78 43,33 Grossos ,62 5,43 49,40 47,76 Macau ,90 36,64 87,30 84,44 Guamaré ,07 0,06 87,37 84,46 Galinhos ,63 12,23 100,00 96,69 Total RIO DE JANEIRO ,32 % 98,01 % CEARÁ ,32 % 99,33 % PIAUI ,67 % 100,00 % TOTAL GERAL NO PAÍS Observações Obs: O estado do Rio de Janeiro produz salmoura na quantidade suficiente para uma produção de toneladas de sal refinado, assim distribuído; Salinas Perinas Refinaria Nacional de Sal Cia. Nacional de Alcalis Total PRODUÇÃO DE SAL MARINHO NO RIO GRANDE DO NORTE ANO DE 1999 POR MUNICIPIOS E SALINAS MOSSORÓ SALINA PRODUÇÃO % Participação % Participação (ton) Muni Acum. RN Acum. Salina Uirapuru ,51 14,51 4,11 4,11 Salina Fco. Menescal ,13 61,64 13,36 17,47 Salina Pitulico ,22 64,86 0,90 18,37 Salina São Camilo ,08 76,94 3,43 21,80 Salina Larsal Salina Guanabara Salina Maranhão ,96 97,90 5,94 27,74 Salina Remanso ,10 100,00 0,60 28,34 Total OBS. GROSSOS SALINA PRODUÇÃO % Participação % Participação (ton) Muni Acum. RN Acum. Salina Caenga ,14 21,14 1,19 1,19 Salina Marisco ,02 47,16 1,46 2,65 Salina Piabinha ,52 79,68 1,83 4,48 Salina Coqueiros OBS. ABES Trabalhos Técnicos 13

14 Salina Boi Morto ,23 93,91 0,80 5,28 Salina Córrego ,09 100,00 0,34 5,62 TOTAL AREIA BRANCA SALINA PRODUÇÃO % Participação % Participação (ton) Muni Acum. RN Acum. Salina Serra Vermelha ,36 6,36 0,98 0,98 Salina Irmãos Filgueira ,89 7,25 0,14 1,12 Salina Morro Branco ,92 34,17 4,16 5,28 Salina Casqueira ,92 40,09 0,91 6,19 Salina Pedrinhas ,35 50,44 1,60 7,79 Salina Iracema ,50 53,39 0,46 8,25 Salina Augusto Severo ,22 55,61 0,34 8,59 Salina Miramar ,39 100,00 6,85 15,44 Total OBS. MACAU SALINA PRODUÇÃO % Participação % Participação (ton) Muni Acum. RN Acum. Salina Araguassú Salina Dois Irmãos ,44 8,44 3,20 3,20 Salina Soledade ,01 11,45 1,14 4,34 Salina Unidos ,03 51,48 15,17 19,51 Salina Imburanas ,21 99,65 18,27 37,88 Salina PRODUSAL Salina Sertão ,31 100,00 0,12 37,90 Salina MASAL Salina Adelino Honório Salina Cristal Total OBS. GUAMARÉ SALINA PRODUÇÃO % Participação % Participação (ton) Muni Acum. RN Acum. Salina Camurupim Salina Nildo Salina Igreja Salina França ,00 100,00 0,07 0,07 Salina Dr. Silvio Procópio Salina Larsal Salina Querubino Salina Maria Brito Salina Assueiro Salina Lagoa Seca Total OBS. GALINHOS SALINA PRODUÇÃO % Participação % Participação (ton) Muni Acum. RN Acum. Salina Diamante Branco ,00 100,00 12,63 12,63 Total OBS. 14 ABES Trabalhos Técnicos

15 TOTAL GERAL toneladas 15. ESTUDO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS 15.1 DIAGNÓSTICO / FASE DE IMPLANTAÇÃO DAS INDÚSTRIAS SALINEIRAS NO RN FATOR AMBIENTAL COMPONENTE VALORES INTRÍNSECOS ATUAIS OBSERVADO 1. MEIO FÍSICO 1.1 ABIÓTICO CLIMA Qualidade do ar Ar característico da região semi árida do litoral do estado, quente e seco predominantemente, sem poluição aparente. Ventos Moderados e constantes, velocidades com registros de 5,0 a 8,0 m/s. Temperatura Oscilando entre 24 ºC a 35 ºC. Média de 27,2 º C. Insolação Na faixa de a horas/ano. Umidade Típica do litoral com influências das massas de ar vindas do sertão. Umidade relativa do ar na média anual de 68 %. Evaporação Acentuada, com média de mm/ano. Pluviometria Irregular e freqüentemente baixa, na faixa de 500 mm/ano, com estatísticas indicando picos invernosos em ciclos de 10 anos SOLO Composição Formação calcária (formação Jandaíra), grupo Barreiras, Dunas e Aluvião. Restingas e argilas em extensas áreas ligadas ao mar. Permeabilidade Impermeáveis e alagadiços, ao longo da faixa litorânea. Clara definição das áreas de marismas e apicuns. Uso Agropecuária em terras altas. Para o processo produtivo de sal, nas áreas baixas, revelam-se como ideais. Topografia Relevo plano, com poucas variações e baixas altitudes. Forte e bela presença de dunas ao longo da orla marítima RECURSOS HIDRICOS Água marinha Despoluída, largamente usada por pescadores e salineiros, com fácil acesso e salinidade na ordem de 3,0/3,5 ºBé. Cursos d água Rios e gamboas navegáveis, livres para uso comum. Pouca ocorrência de obras civis nas margens. Paisagem preservada. Águas subterrâneas Dunas armazenam grandes jazidas de água potável, com largo uso pela população, que enfrenta escassez nos núcleos urbanos. Efluentes gerados pelas águas residuais das salinas, lançadas pelas muitas salinas Águas- mães de pequeno porte que formam a região, em razão do volume produzido e a distribuição eqüitativa no retorno aos cursos d água, apresenta-se como compatível e sem ameaças imediatas aos ecossistemas. Bacia hidrográfica Com poucas barreiras, retroalimentam o sistema hidrológico da região e drenam bem em períodos de enchentes. Águas superficiais Pouca ocorrência, com baixa retenção. Lençol freático pouco salinizado, permitindo uso da água para fins não domésticos. 1.2 BIÓTICO ABES Trabalhos Técnicos 15

16 1.2.1 FLORA Vegetação Nativa Manguezais Imburanas FATOR AMBIENTAL COMPONENTE OBSERVADO Carnaubais FAUNA Fauna marinha Fauna terrestre Habitat 2. MEIO PAISAGÍSTICO Colheita artesanal Moinhos de vento Cinturão verde Pirâmides de sal Embarcações Salinas Plantas halófilas, típicas de ambiente hiper salino. Nas partes baixas, marginais aos rios, destacam-se as espécies: Tresine portucoloides e Batis marítima, conhecidas vulgarmente por pirixiu e a Sesuvium portulacostrum ( bredo). A caatinga nordestina, também se apresenta com forte ramificações nas terras altas. Densas florestas de mangues, com predominância dos tipos Sapateiro (Rhizuphora mangle Lin) e Canoé ( Avicennia shcauna Staff). Preservados, destacam-se ao longo dos cursos d água., pelo seu rico ecossistema e habitat natural da fauna costeira. Tem largo uso na construção de casas e barracos, nas obras de salinas, na pecuária e na atividade pesqueira. Árvores de tronco robusto, resistente as variações climáticas, de fácil manejo, espalhadas em grande quantidade por toda região. Com largo uso nas comportas de salinas, esquadrias e outros fins, em abundância, tem seu nome identificando o núcleo urbano/industrial de uma das maiores salinas do estado: Salina Imburanas, do grupo Henrique Lage, em Macau. VALORES INTRÍNSECOS ATUAIS Planta típica da região, de porte elevado, resistente as variações climáticas e boa performance no uso em obras de salinas, tais como portos de embarque, pontes, ranchos, etc. Também com grande aplicação na construção civil, a produção de cera garante verdadeiras florestas que, inclusive, emprestam o nome para um município da região salineira, situado no limite oeste de Macau: : Carnaubais. Rica variedade de peixes e crustáceos. Nas gamboas, a reprodução de camarão, das ostras e dos caranguejos, é visível. Os mariscos afloram em todos os lugares. A biodiversidade apresentada na área parece ser inesgotável. Aves em revoada como garças, bico torto, marrecos e massaricos são observadas. Galinha do mangue e o guaxinin, também são comuns entre as diversas espécies que povoam a região. Em Macau, um núcleo urbano de pescadores Rico e variado, com densa população, onde o ciclo reprodutivo da vida na costa marítima do litoral norte do estado, apresenta-se como exemplo natural de um ecossistema preservado. Trabalho do homem no corte, lavagem e transporte do sal, com uso de balaios, chibancas, carros-de-mão, pás, picaretas, pranchas de madeira (como suportes e guias do transporte) e piracas para o serviço noturno. Montes de sal espalhados completam o visual. Parceiros das enchentes das marés e da topografia do terreno, os moinhos de vento são presenças obrigatórias nas salinas para o abastecimento e fluxo da água do mar no fabrico de sal. Muitos, pelo porte e sistema construtivo, atraem imediata atenção. Os manguezais, densos e robustos, na interação com os rios e gamboas, formam um verdadeiro cinturão verde protetor da vida, impondo-se como paisagem típica da região salineira. Trabalhadas pelo homem e enfileiradas ao longo das salinas, as pirâmides mostram os estoques de sal colhido. De longe podem ser vistas e admiradas. Barcaças de madeira, carregadas de sal e conduzidas por potentes barcosreboques motorizados, no cotidiano transporte para navios ancorados na costa marítima e relativamente próximos das salinas. Destacam-se os estaleiros com embarcações em construção ou manutenção e os ancoradouros distribuídos em diversos pontos dos rios. Barcos de pescadores, com velas de panos içadas e impulsionadas pelos ventos, fecham o belo cenário. Pequenas salinas (Grossos, destaca-se com mais de 500), próximas dos núcleos 16 ABES Trabalhos Técnicos

17 urbanos, com circuito próprios, límpidas águas, moinhos de vento, barracões, homens extraindo, carregando e empilhando sal em brancas pirâmides, e contingentes que em cidades como Macau passam de milhares, marcam vigorosamente as características típicas da região salineira do Rio G. do Norte. 3. MEIO ANTRÓPICO 3.1 POPULAÇÃO Densidade populacional Dinâmica populacional Qualidade de vida FATOR AMBIENTAL COMPONENTE OBSERVADO Forte densidade urbana nos municípios sedes das salinas, com crescimento permanente. Por exemplo, em 1960, o IBGE indica que Macau tem um grau de urbanização de 73,82 % contra 37,6 % para todo estado do Rio Grande do Norte. Registra, também, Macau com uma densidade demográfica na área urbana de 53,2 habitantes por hectare. A conciliação do trabalho no campo em período de inverno com a atividade salineira no verão, garante uma forte dinâmica populacional nos municípios sedes da salinas, que no período de colheita de sal, tem sua população praticamente duplicada. A geração do emprego pela atividade salineira, com uso de mão-de-obra não qualificada na colheita do sal, garante um excelente padrão na qualidade de vida da população. Trabalhadores envolvidos no transporte marítimo do sal, com relativa especialização, apresentam indicadores invejáveis considerando a realidade de outros municípios brasileiros. VALORES INTRÍNSECOS ATUAIS 3.2 ATIVIDADES ECONÔMICAS Em harmonia com a atividade salineira, a pesca destaca-se pela sua histórica fonte geradora de emprego e renda na região. A costa marítima, com suas praias, Pesca rios e gamboas, preservada, apresenta uma biodiversidade rica e um ecossistema que garante o ciclo da vida marinha de forma impressionante. A forte circulação monetária decorrente dos empregos gerados pela industria salineira, reflete no comércio em crescimento notável, robusto, com oferta de Comércio produtos diversos e em larga escala, comparáveis a centros avançados de algumas regiões do país, considerando a realidade presente. Ainda incipiente, apesar da beleza da costa marítima e do visual gerado pela Turismo salinas. Ainda não se observa estímulos governamentais para esse ramo de perspectivas seguras, nem tão pouco a iniciativa privada avança nessa área. Predominância do ramo salineiro, com o beneficiamento (moagem e refino) se associando a extração do sal como fontes de destaques. O aproveitamento do sal Indústrias como matéria-prima (caso da indústria química) não se apresenta como fato real na região. Processo de colheita do sal essencialmente manual: em suas respectivas tiras o trabalhador usa chibancas, enxadas e pás para formação de rumas nos cristalizadores e em seguida retirar com carros-de-mão de madeira ou balaios sua Colheita de sal produção, que são conferidas em alqueires e empilhadas nas pirâmides distribuídas nas vias de acesso. Ë a principal fonte geradora de emprego da mãode-obra não qualificada. 3.3 INFRA-ESTRUTURA Estradas precárias e construídas sobre terrenos com pouca capacidade de suporte, caracterizam a região. O acesso marítimo, ainda livre de grandes obstáculos Vias de acesso construídos pelo homem, com cursos d água naturalmente dragados pelo intenso tráfego de embarcações, facilitam o escoamento da produção pelo mar. As costas marítimas de Macau e Areia Branca, dominam o escoamento da produção, tanto para o mercado interno como para o externo, envolvendo Porto Marítimo processos rústicos de transferência do sal diretamente das barcaças para os navios, com uso intensivo de mão-de-obra. ABES Trabalhos Técnicos 17

18 Rede d água Rede de esgoto Transportes Núcleo urbanos Energia Aterro sanitário Praticamente inexistente. Nas terras altas, em áreas de formação arenosa, com dunas em abundância, a água para o consumo humano, em algumas salinas se encontra com relativa facilidade. Cacimbas e carros-pipa representam as fontes de abastecimento das salinas. Algumas tem o privilégio da proximidade de água doce (Rio Açu/Piranhas), como é o caso da Salina H. Lage, em Macau. Também inexistente. Não se observa ação efetiva nesse campo, característica, infelizmente, predominante em todos os municípios produtores de sal. Fossas negras e despejos de resíduos sólidos e líquidos nos rios são fortemente praticados por todas as salinas, firmando-se como mais um indicador da ausência de política de gestão ambiental junto aos salineiros. Via terrestre, com pouco uso, especialmente pela dificuldade de acesso as salinas, exige que em veículos menores o sal seja transportado e beneficiado em unidade nas cidades pólos, destacando-se Mossoró. Via marítima, intenso, com embarcações carregando nas salinas e descarregando nos navios fundeados na costa marítima. Algumas salinas, para sua mão-de-obra especializada, tem seu próprio núcleo urbano, com casas, escolas, alojamentos, comércio e até igrejas. A cidade sede do município e a zona rural, apresentam acelerado processo de crescimento urbano. Mossoró e Macau, destacam-se. As salinas, em sua grande maioria, usam a energia eólica para captação de sua matéria-prima, a água do mar. Os moinhos de vento, se encarregam disso. Outras, já usam moto-bombas a explosão para esse fim. Verdadeiras usinas termoeléctricas começam a aparece em salinas de maior porte. Verdadeiros lixões, sem manejo técnico algum são vistos em todos os núcleos urbanos, sejam nas salinas ou nas zonas rurais e urbanas dos municípios produtores de sal. Nem um simples isolamento da área é observado. FATOR AMBIENTAL COMPONENTE OBSERVADO VALORES INTRÍNSECOS ATUAIS 3.4 PATRIMÔNIO CULTURAL Casarões dos ricos proprietários de salinas, com seus respectivos escritórios são vistos em todos os municípios. Alguns destacam-se pela beleza e o valor de sua Prédios históricos arquitetura colonial. O comércio também segue a mesma linha. A agressividade do ambiente salino, exige permanentes restaurações. O côco de roda, praticado pelos salineiros em seus momentos de lazer, Folclore compete com os Pastoris. Fandango e bumba meu boi, também são destaques em períodos festivos. Extensas áreas com espelho d água de cores variadas, brancas espumas e pirâmides de sal, com salinas no entorno das cidades e um intenso movimento de Salinas pessoas, especialmente no período de colheita, formam um precisos valor de ordem cultural próprio da região. 3.5 RECREAÇÃO E LAZER Áreas públicas Praias Vastas áreas disponíveis para recreação e lazer, predominantemente a prática do futebol. Praças com boa arborização e dotadas de espaços para apresentações artísticas, onde em datas santificadas e feriados festivos, shows públicos acontecem. A rotina da presença dominical da filarmônica municipal ao entardecer, são marcadas com um bom público, especialmente crianças e jovens. Livres, sem poluição, as praias com extensas áreas para recreação lazer, constituem ponto de grande freqüência por todos. O cordão de dunas no entorno 18 ABES Trabalhos Técnicos

19 e pesca nas gamboas e rios próximos, oferecem outro atrativo para um turismo ainda incipiente. A população flutuante dos trabalhadores na atividade salineira, é usuária mais comum. Rios Clubes e Cinemas EDUCAÇÃO Indicadores Educacionais Qualificação Com margens protegidas por grandes e densos manguezais, os rios com rica fauna marinha e variadas espécies animais que convivem no habitat dos mangues, apresenta espaços arenosos que permitem além do atrativo passeio de barco, a caça, pesca e a à prática de natação. Galpões improvisados oferecem espaços para festas, concorridas pela circulação monetária gerada pelas salinas. Cinemas, com boas acomodações, exibem uma boa programação de filmes e shows com artistas de nome nacional em cidades pólos como Macau, Areia Branca e Mossoró. Ensino de referência na região, garantido pelo afluxo de profissionais que buscam empregos nas salinas e na área de serviços. Famílias com bom poder aquisitivo, mantém filhos estudando em centros avançados, muitos dos quais retornam para o exercício profissional na cidades sedes. Indicadores educacionais como concursos públicos e nível de ensino com unidades de grandes centros, marcam a região. Famílias com poder aquisitivo diferenciado, mantém seus filhos em centros avançados ( Rio de Janeiro, Recife e Natal, as cidades mais procuradas), gerando um relativo êxodo educacional. Alguns, depois de graduados, retornam à sua terra para o exercício de suas atividades profissionais. Outros, não. Programas de educação profissional ainda incipiente. O SESÍ faz sistemáticos cursos, para clientela jovem. Trabalhadores com baixo nível de especialização marcam os municípios. Natal e Mossoró destacam-se como centros supridores de mão-de-obra qualificada para a região. A criação do ensino ginasial, seguido de pedagogia e contabilidade, marcam a busca do município de Macau em suprir essa carência, numa iniciativa liderada pela Igreja católica na Segunda metade dos anos 50. FATOR AMBIENTAL COMPONENTE OBSERVADO VALORES INTRÍNSECOS ATUAIS 3.7 SOCIAIS Organização social Representação política Sindicalismo forte, com trabalhadores aglutinados nos municípios de Macau, Mossoró, Grossos e Areia Branca, no final dos 60. Ao lado do sindicato dos salineiros (com maior número de associados), impressiona o nível de organização social gerado pelos sindicatos dos marítimos, conferentes, estivadores, arrais, alvarengueiros e motoristas. De maneira geral, todos apresentam indicadores externos de um bom padrão de vida, com uma boa assistência social extensiva aos familiares e moradores da região. O poder sindical, com conquistas significativas dos trabalhadores, muitas delas conseguidas pelo instrumento da greve, está incorporado a cultura laborativa e empresarial da região. Macau dos anos 60, com três deputados na Assembléia Legislativa, eleitos com os votos decorrentes do nível consciência política gerado pela organização sindical da atividade salineira, é um exemplo típico do poder desse ramo industrial. O médico José Varela, antes de assumir o governo do estado, trabalhou e residiu por anos seguidos em Macau. Dix-Sept, ilustre representante de Mossoró, recebeu decisivo apoio da região salineira para sua eleição de ABES Trabalhos Técnicos 19

20 Previdência Seqüelas sociais Município pólo Nível de emprego governador. Fragmentada, com o governo ainda se organizando e oferecendo serviços de boa qualidade. Os sindicatos, politicamente organizados, complementam com serviços extras especialmente na área de saúde ( exames especializados, médicos, remédios, ambulâncias, equipamentos de proteção individual, etc), deixando os operários de salina sindicalizados em situação invejável perante outras classes operárias. Segurança pública em risco, com assassinatos e desordens, se incorpora a outros indicadores negativos trazidos pela geração de renda nos municípios pólos: alcoolismo, prostituição, roubos e custo de vida em elevação já preocupa as autoridades locais. O crescimento acentuado, gerado pela indústria salineira, coloca os municípios sedes como pólos de desenvolvimento, com indicadores acima da média do estado, especialmente o populacional. Evidentemente, associado a isso, outros indicadores já se destacam, sejam de caráter positivo ou negativo. Pode se considerar como situação de pleno emprego no período de colheita de sal, onde a importação de mão-de-obra de outras regiões do estado é um fato corriqueiro. As estatísticas oficiais não registram, todavia essa é a visão que é apresentada praticamente como unanimidade pelos pesquisadores sociais que estudam essa questão na região. 3.8 SAÚDE PÚBLICA Salubridade da área Programas de governo Indicadores Acidentes de trabalho Ambiente insalubre, com forte exposição do trabalhador as intempéries: ventos fortes e secos, clima árido, umidade elevada no ar e no solo, temperaturas altas e insolação significativa. Freqüentes casos de doenças de pele e visão, associadas ao acentuado desgaste pela agressiva atividade, comprometem em muito a expectativa de vida dos trabalhadores. Programas de distribuição de alimentos, como rotineiramente ocorre no Nordeste brasileiro, é linha básica das ações governamentais na região. Políticas prevencionistas de saúde pública só são notadas quando em casos de vacinação em massa. No geral, sente-se uma completa ausência de programa de governo nessa área. Números ainda pobres nos registros oficiais. Os afastamentos do trabalho, e a crescente procura pela previdência já alertam para a urgência de medidas governamentais visando o monitoramento e o tratamento seguro dessa questão. O ambiente insalubre, com um trabalho agressivo e exposição acentuada ao risco, leva a constante ocorrência de acidentes na atividade laborativa de salinas. Casos mais graves, as vezes fatais, ocorrem no transporte de sal das barcaças para os navios. O movimento dos guinchos com pesadas tinas de ferro carregadas de sal, nas operações de carrego e descarrego, é uma condição de risco grave. A extração manual de sal nas salinas, também. FATOR AMBIENTAL COMPONENTE OBSERVADO 3.9 NÚCLEO URBANO Moradias Urbanização VALORES INTRÍNSECOS ATUAIS Sem acompanhamento técnico, algumas mostram a agressividade da região salina, com alvenarias corroídas pela umidade, rebocos caídos e uma aparência de comprometimento em toda sua estrutura. Outras não. No geral, o núcleo da cidade sede, distante das salinas, apresentam moradias com boa qualidade, especialmente daqueles mais abastados. Destaca-se a diferença construtiva e o aspecto de conservação das moradias dos núcleos das salinas. Algumas, ótimas. Outras, em estado deplorável. De modo idêntico, a diferença é notável, variando para cada salina. A preocupação com a urbanização das cidades sedes é respeitável. A oferta para a população de espaços urbanos arborizados e com uma boa estrutura de lazer é 20 ABES Trabalhos Técnicos

21 Localização Serviços um fato que merece destaque em algumas cidades. Todavia, a drenagem não recebe tratamento igual, principalmente quando se vê que não acompanha o ritmo de pavimentação das vias públicas nessas cidades. Os núcleos urbanos, relativamente distantes das salinas, tem seu espaço físico preservado, apesar de se notar o avanço do desmatamento e a ocupação irregular de áreas no seu entorno. Ainda não são observados agressões ambientais nesses núcleos advindas da atividade salineira, que exijam medidas reparadoras urgentes. O circuito d água de grau (águas das salinas para fabrico do sal) nas imediações já preocupa. De boa qualidade para a época. Profissionais médicos residentes nos municípios, bem remunerados especialmente pela atividade salineira, dão tranqüilidade a população. Casas bancárias, órgãos do governo, sistema de transporte e escolas fecham um quadro que pode ser considerado de boa qualidade para a realidade presente MATRIZ DE LEOPOLD AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS ANÁLISE DA SENSIBILIDADE FATOR AMBIENTAL COMPONENTE OBSERVADO 1. MEIO FÍSICO 1.1 ABIÓTICO CLIMA CARACTERIZAÇÃO DOS IMPACTOS Nº ORDEM DESCRIÇÃO DOS IMPACTOS ABES Trabalhos Técnicos 21

22 Qualidade do ar Ventos Temperatura Insolação Umidade Evaporação Pluviometria SOLO Composição Permeabilidade Ar, Si, Mp, Pr, Pe, Rc, -, Ex, In, Co, 1, Fi Ar, Si, Mp, Pr, Pe, Rc, -, Ex, In, Cr, 2, Fi Na, Cu, Lp, Pr, Pe, Iv, -, Ex, In, Cr, 3, Fi Na, Cu, Mp, Ce, Pe, Iv, -, Ex, In, Mo, 2, Fi Ar, Si, Mp, Ce, Tp, Rc, -, Lc, Di, Sv, 2, Fi Na, Si, Mp, Ce, Pe, Iv, -, Lc, Di, Mo, 2, Fi 06 Na, Si, Im, Pr, Tp, Iv, +, Lc, Di, Mo, 3, Fi 07 Ar, Cu, Im, Ce, Pe, Iv, -, Lc, Di, Cr, 4, Fi Ar, Cu, Lp, Ce, Pe, Iv, +, Lc, Di, Cr, 1, Fi Alterada pela carga de partículas no ar, sejam advindas da intensa evaporação das águas do circuito das salinas ou de poeiras geradas por extensas áreas em desuso no processo produtivo. Áreas planas, com poucas barreiras, formam corredores artificias que dão significativa contribuição no acréscimo da velocidade dos ventos na região. Grandes áreas sem cobertura vegetal, muitas das quais transformadas em cristalizadores de sal, contribuem para absorção e reflexão dos raios solares, que influenciam na temperatura ambiente da região. Observa-se, também, variações relativamente significativas. A luminosidade excessiva que gera danos a saúde da população, chocase com o lado benéfico trazido pela expansão e o aumento da produtividade nas salinas, decorrentes do nível de insolação natural na região. A evaporação das águas nas salinas, elevam a umidade do ar na região, com seus efeitos observados na qualidade de vida da população (doenças pulmonares, redução da vida útil de automóveis e dos aparelhos eletro-eletrônicos, bem como nas construções em geral). O incremento de outros fatores climáticos gera, também, a expansão significativa da evaporação na região, com conseqüente repercussão na densidade das águas estuarinas dos rios. Normalmente baixa, todavia as acentuadas variações ( secas e enchentes), repercutem tanto na estabilidade do setor industrial como nas comunidades desabrigadas pelas inundações, em núcleos urbanos despreparados para esse fato. A salinidade do solo, impõe uma completa alteração na composição do solo, que se reveste de intensa camada de material gerado pela percursos das águas na produção do sal.. A argila característica da região salineira, recebe contribuição significativa no processo de impermeabilização do solo, em 22 ABES Trabalhos Técnicos

23 Uso FATOR AMBIENTAL COMPONENTE OBSERVADO Ar, Cu, Mp, Ce, Tp, Iv, -, Lc, Di, Mo, 2, Fi CARACTERIZAÇÃO DOS IMPACTOS Nº ORDEM decorrência dos sedimentos introduzidos pela água do mar que cobre vastas terras. Salinizado, o solo redefine seu uso para fins específicos na produção de sal ou atividades da marinocultura. DESCRIÇÃO DOS IMPACTOS Topografia Ar, Cu, Lp, Pr, Pe, Rc, -, Lc, Di, Se, 1, Fi 11 O relevo plano da região, amplia-se com a expansão das salinas que busca, com ao auxílio da gravidade, usar ao máximo a energia eólica na longa caminhada da água desde sua captação no mar à sua disposição final nos cristalizadores RECURSOS HIDRICOS Águas marinhas Cursos d água Águas subterrâneas Águas-mães Ar, Cu, Mp, Ce, Pe, Rv, +, Lc, Di, Co, 2, Fi Ar, Cu, Lp, Ce, Pe, Rv, -, Ex, Di, Cr, 4, Fi Na, Si, Lp, Ce, Tp, Iv, -, Lc, Di, Mo, 2, Fi Ar, Cu, Mp, Ce, Tp, Rv, -, Lc, Di, Co, 2, Fi O Porto Ilha de Areia Branca, construído em 1974, a 20 km da cidade, representa um referencial da intervenção do homem nesse ambiente marinho, decorrente da indústria salineira. O tráfego de navios e barcaças de grande porte, incorpora-se a paisagem, com suas agressões e riscos ambientais associados. Rios são desviados, outros barrados. Obras civis (Pontes e Portos de embarque de sal) modificam a paisagem nas margens dos cursos d água. Gamboas são aterradas, compromete-se um habitat marinho de valor inestimável. Barcos a vela de pescadores convivem com grandes embarcações motorizadas que trafegam carregadas de sal. A expansão das salinas, incorpora áreas próximas de núcleo urbanos, elevando seu lençol freático. Desaparecem as terras altas e com elas alguns poucos pontos de água subterrânea passíveis de uso para consumo humano. Na cidade de Macau, com menos de metro de profundidade, o lençol salinizado aflora. Produzidas em quantidades elevadas pelas grandes salinas geradas pela incorporação das pequenas, a centralização das descargas desses efluentes para os cursos d água, apresenta-se como ponto de risco na poluição e degradação ambiental do ABES Trabalhos Técnicos 23

24 Bacia hidrográfica Águas superficiais FATOR AMBIENTAL COMPONENTE OBSERVADO Ar, Si, Lp, Pr, Pe, Iv, -, Lc, Di, Mo, 2, Fi Ar, Si, Im, Ce, Pe, Rc, -, Lc, Di, Se, 3, Fi CARACTERIZAÇÃO DOS IMPACTOS Nº ORDEM ecossistema da região. Em algumas salinas, manguezais no entorno desses locais foram atingidos e a salinidade do curso d água elevada ao ponto de comprometer a fauna e flora. A construção de reforçados paredões na expansão das salinas, as protege de enchentes. Todavia, além de mudarem a formação da bacia hidrográfica, alteram os cursos naturais de descarga dos rios na época de chuvas e geram a perspectiva real de riscos para inundações em núcleos urbanos desprotegidos para esse fim. As grandes salinas resultantes da incorporação de grandes áreas fazem desaparecer pequenos açudes e riachos. A infiltração das águas das salinas também modificam a qualidade espelhos d água da região. DESCRIÇÃO DOS IMPACTOS 1.2 BIÓTICO FLORA Vegetação Nativa Manguezais Imburanas Carnaubais Ar, Si, Im, Ce, Pe, Iv, -, Lc, Di, Se, 3, Fi Ar, Cu, Im, Ce, Pe, Rc, -, Lc, Di, Sv, 4, Fi Ar, Si, Lp, Pr, Tp, Rv, -, Lc, Di, Co, 1, Fi Ar, Cu, Lp, Pr, Tp, Rv, -, Lc, Di, Cr, 3, Fi O isolamento e inundação de grandes áreas em terras baixas, com água do mar para o fabrico do sal, acabam esse tipo de vegetação nativa no seu interior. Sobrevivem, as localizadas as margens dos rios e gamboas. De igual modo, praticamente todas as salinas, em sua expansão, sacrificam grandes áreas de mangues, comprometendo fortemente o ecossistema marinho da região, com reflexos danosos na fauna e flora marinha e migração da atividade pesqueira. O uso intensivo nas obras de salinas, de modo predatório e sem replantio sistematizado, associado ao desmatamento trazido pela incorporação de novas áreas ao circuito das salinas, já mostram a rarefação da planta na região. O declínio do valor econômico da cera, o uso intensivo de carnaúbas em obras de salinas e conseqüente perda de áreas de plantio, indicam a sensível redução dessa espécie 24 ABES Trabalhos Técnicos

25 1.2.2 FAUNA Fauna marinha Fauna terrestre Habitat FATOR AMBIENTAL COMPONENTE OBSERVADO Ar, Cu, Lp, Ce, Pe, Rv, -, Ex, Di, Cr, 4, Fi Ar, Cu, Lp, Ce, Pe, Rv, -, Ex, Di, Cr, 4, Fi Ar, Cu, Lp, Ce, Pe, Rv, -, Ex, Di, Cr, 4, Fi CARACTERIZAÇÃO DO IMPACTO MEIO PAISAGÍSTICO Colheita artesanal Moinhos de vento Ar, Si, Mp, Ce, Pe, Iv, -, Ex, Di, Cr, 4, So Ar, Si, Im, Ce, Pe, Rc, +/-, Lc, Di, Co, 4, So Nº ORDEM verificada na região. Sensível redução do pescado nos rios e gamboas modificados pela expansão das salinas. Algumas espécies tornaram-se raras. A pesca livre do peixe, em escala econômica, só em alto mar. As extensas áreas cercadas pelas salinas em expandidas, apresentam uma invejável população marinha, porém de domínio privado. O camarão e o peixe desses cercos, pelo sabor diferenciado, atingem grande valor no mercado. Aves migratórias no entorno das salinas, já não são vistas com rebanhos em revoada como antes. Raramente se vê guaxinin, galinha do mangue, massaricos e garças. A perda das florestas de mangues alterou profundamente essa realidade. A alteração nesse ecossistema é visível. A redução dos manguezais e o cercamento de extensas áreas pelas salinas, modificou sensivelmente o habitat da fauna na região. Peixes e crustáceos já não são ofertados com tanta freqüência na região. Tamanho, sabor e peso da fauna marinha, por exemplo, são indicadores facilmente observados entre o pescado oriundo de cercos das salinas e daquele cultivado no habitat natural dos rios e gamboas. DESCRIÇÃO DOS IMPACTOS Homens escarificando sal com chibancas e transportando em carros de mão para pirâmides junto aos cristalizadores, só nas pequenas salinas é que ainda observa-se essa colheita manual. Com a mecanização, a realidade que se apresenta é máquinas colhendo, caminhões transportando, com tratores e esteiras mecânicas empilhando sal em enormes montanhas. A presença do homem é reduzidíssima. Sem uso, substituídos por potentes conjuntos moto-bombas eletrificados, permanecem, em ABES Trabalhos Técnicos 25

26 Fauna terrestre Habitat FATOR AMBIENTAL COMPONENTE OBSERVADO 2. MEIO PAISAGÍSTICO Colheita artesanal Moinhos de vento, Ex, Di, Cr, 4, Fi rios e gamboas modificados pela expansão das salinas. Algumas espécies tornaram-se raras. A pesca livre do peixe, em escala econômica, só em alto mar. As extensas áreas cercadas pelas salinas em expandidas, apresentam uma invejável população marinha, porém de domínio privado. O camarão e o peixe desses cercos, pelo sabor diferenciado, atingem grande valor no mercado. Aves migratórias no entorno das salinas, já não são vistas com rebanhos em revoada como antes. Raramente se vê guaxinin, galinha Ar, Cu, Lp, Ce, Pe, Rv, - 23 do mangue, massaricos e garças. A, Ex, Di, Cr, 4, Fi perda das florestas de mangues alterou profundamente essa realidade. A alteração nesse ecossistema é visível. Ar, Cu, Lp, Ce, Pe, Rv, -, Ex, Di, Cr, 4, Fi CARACTERIZAÇÃO DO IMPACTO Ar, Si, Mp, Ce, Pe, Iv, -, Ex, Di, Cr, 4, So Ar, Si, Im, Ce, Pe, Rc, +/-, Lc, Di, Co, 4, So 24 Nº ORDEM A redução dos manguezais e o cercamento de extensas áreas pelas salinas, modificou sensivelmente o habitat da fauna na região. Peixes e crustáceos já não são ofertados com tanta freqüência na região. Tamanho, sabor e peso da fauna marinha, por exemplo, são indicadores facilmente observados entre o pescado oriundo de cercos das salinas e daquele cultivado no habitat natural dos rios e gamboas. DESCRIÇÃO DOS IMPACTOS Homens escarificando sal com chibancas e transportando em carros de mão para pirâmides junto aos cristalizadores, só nas pequenas salinas é que ainda observa-se essa colheita manual. Com a mecanização, a realidade que se apresenta é máquinas colhendo, caminhões transportando, com tratores e esteiras mecânicas empilhando sal em enormes montanhas. A presença do homem é reduzidíssima. Sem uso, substituídos por potentes conjuntos moto-bombas eletrificados, permanecem, em algumas salinas, apenas como marco 26 ABES Trabalhos Técnicos

27 Cinturão verde Pirâmides de sal Embarcações Salinas Ar, Cu, Mp, Ce, Pe, Rv, -, Lc, Di, Cr, 4, So Ar, Si, Mp, Ce, Tp, Rc, -, Ex, Di, Co, 1, So Ar, Si, Im, Pr, Pe, Rc, -, Ex, Di, Co, 4, So Ar, Si, Lp, Ce, Pe, Rc, -, Ex, Di, Co, 2, So histórico relembrando uma época recente em que o homem tanto usava a energia eólica no processo de fabrico de sal. Noticia-se iniciativas isoladas de pesquisas para a volta do uso dessa energia na atividade produtiva das salinas. Pela vastidão, alguns permanecem intactos. Outros foram erradicados pelo descontrolado expansionismo de algumas salinas. Os manguezais que caracterizam esse cinturão verde da região, apesar de agredidos e ameaçados em pontos estratégicos de alguns municípios, ainda resistem. O caso da destruição dos manguezais na salina Amarra Negra alertou as autoridades e opinião pública, que se acha mais vigilante. Desapareceram, encontradas apenas em pequenas salinas. As montanhas de sal nas grandes salinas, no geral, não acompanham as pirâmides. Todavia, o empilhamento mecânico sistematizado de uma das grandes salinas, busca copiar essa forma, que tecnicamente ajuda na cura e drenagem das impurezas do sal. Apenas grandes embarcações, algumas com capacidade de até toneladas trafegam na região. A redução desse tráfego e a centralização dos serviços de docagem e manutenção em Areia Branca é outro fato notável. Só na festa dos navegantes, nas cidades que sediam grandes salinas, saudosos marítimos revêem esses barcos. A incorporação das pequenas salinas pelos grandes conglomerados econômicos, fez desaparecer a paisagem típica das salinas na região. O município de Grosso possuía mais de 500, para menos 30 produzindo no presente. Basta lembrar que tem salina que é resultante da incorporação de outras 30. A paisagem atual é de grandes cercos com espelhos d água de cores variadas, colheita mecanizada e montanhas de sal, em cidades que sediam grandes salinas. As pequenas salinas, cada vez mais ABES Trabalhos Técnicos 27

28 tornam-se raras. CARACTERIZAÇÃO DO IMPACTO FATOR AMBIENTAL COMPONENTE OBSERVADO MEIO ANTRÓPICO Nº ORDEM DESCRIÇÃO DOS IMPACTOS 3.1 POPULAÇÃO Densidade populacional Dinâmica populacional Qualidade de vida 3.2 ATIVIDADES ECONÔMICAS Pesca Comércio Ar, Cu, Mp, Pr, Tp, Rc, -, Lc, Di, Mo, 2, So 31 Ar, Cu, Im, Ce, Tp, Rc, -, Lc, In, Se, 3, So 32 Ar, Cu, Im, Ce, Tp, Rv, -, Lc, Di, Cr, 4, So Ar, Cu, Lp, Ce, Pe, Rc, -, Ex, Di, Cr, 4, Ec Ar, Si, Mp, Ce, Tp, Rc, -, Lc, Di, Co, 2, Ec A mecanização da salinas, gerando desemprego em massa, reverteu para o negativo o crescimento populacional dos municípios sedes. Macau, por exemplo, apresenta a mesma população de 30 anos atrás: habitantes. O desemprego reverteu o quadro migratório. O êxodo urbano nos municípios sedes apresenta-se como drástico. Sem poder voltar para o campo, muitas famílias migraram para outros centros, destacando-se Natal como cidade que mais recebeu gente vinda dessas cidades. A queda na qualidade vida é um fato devastador na população. Sem saber fazer outra coisa, trabalhadores da atividade salineira ( em especial aqueles envolvidos no transporte e carrego marítimo, com melhor remuneração) entram em desespero, alguns indo à loucura. Incrédulos no passado, resignados no presente, muitos ainda lembram os bons tempos da fase áurea do sindicalismo de conquistas da época. Com a redução das áreas de pesca, incorporadas as salinas, cada vez mais essa atividade se compromete. A absorção dos desempregados pela mecanização, é cada vez mais difícil de ser compatibilizada. A escassez da fauna marinha decorrente da agressão ao seu habitat e a dificuldade de pescar nas áreas cercadas e nas gamboas da região, ampliam os problemas no meio antrópico para sobreviver. Setor com reflexos diretos decorrentes do desemprego em massa na região salineira. Macau, maior produtor do RN, cidade que 28 ABES Trabalhos Técnicos

29 Turismo Ar, Si, Lp, Pr, Tp, Rv, -, Lc, Di, Co, 1, Ec CARACTERIZAÇÃO DO IMPACTO FATOR AMBIENTAL COMPONENTE OBSERVADO Indústrias Colheita de sal 3.3 INFRA-ESTRUTURA Ar, Si, Mp, Pr, Tp, Rc, +/-, Ex, Di, Cr, 2, Ec Ar, Cu, Lp, Ce, Pe, Rv, +, Ex, Di, Cr, 4, Ec 36 Nº ORDEM mais sentiu, inclusive com o fechamento de lojas concessionários de veículos novos e 3 agências bancárias privadas. Setor de serviços que mais gera empregos no mundo, sinaliza como forte gerador de renda na região, com o atrativo apresentado pelas dunas remanescentes, manguezais, salinas e praias inexploradas, vias de acesso e comunicação em expansão. Ainda incipiente, gera expectativa no projeto do governo estadual chamado Costa Branca, financiado pelo Banco Mundial. Anuncia-se investimentos em infra-estrutura turística num trecho que inclui de Galinhos à Grossos, exatamente toda região salineira. DESCRIÇÃO DOS IMPACTOS Moagem e refino do sal nas cidades. Mossoró a que mais avançou, com relocação dessa atividade para as salinas, é a que mais sente o impacto no emprego. No aspecto ambiental, a redução do tráfego de veículos pesados na cidade, do ruído e do pó em suspensão, é um fato positivo. Os salineiros ainda mantém suas indústrias de beneficiamento do sal, que usam muita mão-de-obra, próximas aos centros de consumo sediados no Sul/Sudeste. Todavia, observa-se mudança nessa postura., o que é o bom sinal. Máquinas colhedeiras (as primeiras importadas da França), tratores, caçambas, equipamentos de lavagem e empilhamento de sal, num processo que a cada se moderniza, marcam a colheita presente nas salinas, com reduzido uso do fator humano no processo. A especialização da mãode-obra é outro ponto que a realidade impõe, exigindo muito das vezes a importação de profissionais de outros centros urbanos. ABES Trabalhos Técnicos 29

30 Vias de acesso Porto Marítimo Ar, Si, Lp, Ce, Pe, Rc, +, Ex, Di, Cr, 4, Fi Ar, Si, Im Ce, Pe, Rc, +/-, Ex, Di, Cr, 4, Ec Novas estradas, algumas barram gamboas e cursos d água, num dano ambiental visível. Manguezais também são agredidos. Por outro lado, a melhora do acesso as salinas é ascendente. Vias de contorno para o desvio tráfego pesado do centro das cidades são executadas, todavia muitas ainda se ressentem da ausência dessa alternativa fundamental. Com entrada (1974) em operação do Porto Ilha de Areia Branca, que centraliza o carrego de navios de todas as salinas do estado ( concluindo a modernização e o desemprego geral no setor), exige que cada uma faça as devidas melhoras em seus portos de embarque. As construções desses Portos, agridem os rios, principalmente quando se nota alguns desativados, sem a devida retirada de suas ruínas que ameaçam os corpos d água. Rede d água Ar, Cu, Mp, Ce, Pe, Cv, +, Lc, In, Cr, 2, So 41 Grandes salinas tem seu próprio sistema de abastecimento d água. H. Lage em Macau, desde 1970 tem sua vila industrial com rede de distribuição e estação de tratamento, captando água do rio Açu, distante 5 km. As cidades sedes com pouca oferta de água doce, tem problemas históricos. Macau, só ganhou sua rede em 1982, graças ao ufanismo da instalação da Fábrica de Barrilha. Guamaré e Galinhos, ainda tem rede e Mossoró recentemente recebe reforço na oferta, graças a adutora que traz água da Barragem Armando Ribeiro, sediada em Açu. CARACTERIZAÇÃO DO IMPACTO FATOR AMBIENTAL COMPONENTE OBSERVADO Nº ORDEM DESCRIÇÃO DOS IMPACTOS 30 ABES Trabalhos Técnicos

31 Rede de esgoto Transportes Núcleo urbanos Ar, Si, Lp, Ce, Pe, Rc, +, Lc, Di, Co, 2, So Ar, Si, Mp, Ce, Tp, Rc, -, Lc, Di, Co, 1, So Ar, Cu, Mp, Ce, Pe, Rv, +, Lc, Di, Cr, 3, So A salina H. Lage apresenta-se como pioneira nessa área. Todavia, agride o ambiente ao lançar, sem tratamento algum, os efluentes no Rio dos Cavalos. O lençol freático quase ao nível da superfície é um fator limitante para o uso de fossas negras que é a pratica comum em todos os núcleos urbanos das salinas da região. A rede de esgoto da cidade de Macau, é anunciada para ser inaugurada em 2000, atendendo cerca de 70 % do perímetro urbano. O intenso tráfego pesado, principalmente de carretas carregadas de sal passando pelas ruas no interior da cidades, geram danos à pavimentação, aumento na emissão de gás carbônico e poeira, como também do ruído. A mudança das moagens e refinarias para dentro das salinas, vem reduzindo esses transtorno, todavia, na maioria das cidades esse problema ainda persiste. O impacto decorrente da proximidade das áreas alagadas das salinas aos núcleos urbanos, com reflexos na vida útil de eletrodomésticos, moradias, qualidade de vida e saúde dos habitante, mostra-se como grave. Associe-se o incremento no nível e na salinidade do lençol freático nesses núcleos, motivados por essa fato.. Energia Ar, Cu, Im, Ce, Pe, Rv, -, Lc, Di, Co, 4, Ec 45 A eliminação do uso da energia eólica em todas as salinas, muitas das quais se utilizando da poluente energia termo elétrica gerada por motor díesel, sobressai-se como mais um exemplo de desenvolvimento não sustentado praticado pelo setor. A energia limpa e renovável ( eólica e solar) que a natureza contempla a região, não tem o devido aproveitamento como o observado em países do primeiro mundo. A notícia da revisão dessa postura, com projetos para a moderna aplicação da energia eólica, com comercialização do excedente, anima os salineiros. ABES Trabalhos Técnicos 31

32 Aterro sanitário Ar, Cu, Lp, Ce, Pe, Rv, -, Lc, Di, Cr, 4, So 46 A prática dos lixões, perigosamente próximos dos núcleos urbanos, sem o devido isolamento e controle é o que caracterizam essas salinas. As cidade, também. Tímidos aterros controlados começam a aparecer. A salina Diamante Branco, sucessora da Amara Negra, sediada em Galinhos, após conquistar a certificação ISO 9002 no seu programa de Gestão da Qualidade, inova na busca da certificação ambiental (Série ISO 14000), onde o aterro sanitário se insere como um dos pré-requisitos. CARACTERIZAÇÃO DO FATOR AMBIENTAL IMPACTO COMPONENTE OBSERVADO PATRIMÔNIO CULTURAL Prédios históricos Museu Ar, Si, Lp, Ce, Pe, Ir, -, Lc, Di, Cr, 4, So Ar, Cu, Lp, Ce, Pe, Rv, -, Lc, Di, Co, 1, So Nº ORDEM DESCRIÇÃO DOS IMPACTOS A agressividade do ambiente salino, compromete a preservação de alguns prédios que antes sediavam importantes escritórios de salinas. Por igual razão, prédios em ruínas ou demolidos, são apenas lembrados em fotos da época áurea do sal. Em Macau, a derrubada da Escola Duque de Caxias e das residências e armazéns de ricos proprietários de salinas é sempre lamentada de forma unânime por seus habitantes. Em Macau, a iniciativa de duas pessoas preserva a história das salinas e do mar da região, mantendo penosamente seus museus, com apetrechos e equipamentos usados nas salinas do passado. A fauna e a flora marinha da região, geraram um museus específico. Em Natal, a salina Diamante Branco mantém o Museu do Sal, em convênio com a UFRN. 32 ABES Trabalhos Técnicos

33 Folclore Salinas 3.5 RECREAÇÃO E LAZER Áreas públicas Praias Ar, Cu, Lp, Ce, Pe, Rv, -, Lc, Di, Co, 1, So Ar, Cu, Lp, Ce, Pe, Rv, -, Ex, Di, Cr, 4, So Ar, Cu, Im, Ce, Pe, Rc, -, Lc, Di, Cr, 2, So Ar, Cu, Lp, Ce, Pe, Rv, -, Ex, Di, Cr, 4, So CARACTERIZAÇÃO DO IMPACTO FATOR AMBIENTAL COMPONENTE OBSERVADO Nº ORDEM Perda praticamente que total das danças típicas e dos eventos marcantes na região. A festa de Nossa Senhora dos Navegantes, com a procissão marítima capitaneada pelas grandes embarcações do presente, assegura valores culturais, especialmente em Areia Branca, que a cada ano ver essa evento crescer. Macau, desprovida dessas barcaças, tenta manter a tradição, recorrendo a sua realidade que é a existência de bom número de barcos de pesca e não mais de carrego de sal. Incorporadas ao patrimônio cultural da região, com o desaparecimento das pequenas pela ascensão da grandes, parte dos valores históricos desses municípios é profundamente alterada. A perda para incorporação ao circuito d água das salinas, de áreas que antes eram utilizadas para a prática de esportes, ainda repercute junto aos moradores de alguns municípios. A busca desses espaços enfrenta dificuldades maiores, quando se constata em Municípios como Macau e Areia Branca, a ocupação praticamente que total de seu perímetro urbano e o domínio das terras circunvizinhas não pertence ao poder público e sim aos salineiros. A população cobra medidas mitigadoras, na busca de novos espaços. O isolamento de áreas de salinas, gera barreiras de acessos à alguns espaços praianos, dificultando o principal lazer que natureza oferece na região. O domínio de nobres áreas de praias inexploradas pelo turismo, com possíveis sinais de pretensão para especulação imobiliária, é outro fator limitante observado. As praias abertas, com grande afluência pública, já exigem uma política de educação ambiental para seus freqüentadores. DESCRIÇÃO DOS IMPACTOS ABES Trabalhos Técnicos 33

34 Rios Clubes e Cinemas Ar, Si, Im, Ce, Pe, Rv, -, Ex, Di, Cr, 4, Ec Ar, Cu, Mp, Pr, Tp, Rv, -, Lc, In, Co, 1, So Junto com as gamboas, formam os canais de navegação e meio de sobrevivência dos pescadores da região. O barramento e o desvio de cursos de alguns pelas salinas, gera alteração no habitat do ecossistema, com suas conseqüências. Movimentos organizados em algumas cidades, já conquistam a reabertura de canais e tem recebido o apoio do Ministério público na vigilância desse problema. Indicador vinculado ao padrão de vida da população, o fechamento de alguns clubes nesses municípios é um fato comum. O cinema, com a mudança de costumes e a concorrência da tv, sofreu maior impacto, com o desaparecimento total em quase todas as cidades da região EDUCAÇÃO Indicadores Educacionais Qualificação Ar, Si, Mp, Ce, Pe, Rv, -, Lc, Di, Co, 4, So Ar, Cu, Lp, Ce, Pe, Rv, -, Ex, Di, Co, 2, So O desemprego reverte o quadro migratório para região, com a oferta de profissionais qualificados cada vez menor. Os reflexos na educação são notórios. Indicadores como sucesso no vestibular, filhos da região estudando em outros centros, classificação em concursos públicos, despencam. A presença de um Campus da UFRN em Macau, vindo pela promessa da Barrilha, ainda é um fator de referência. A estadualização e expansão da UERN sediada em Mossoró é outro fato promissor. Com uma população despreparada para outros fins pela histórica monocultura de sal na região, o desemprego exige requalificação. O poder ainda é negligente, mantendo cursos tradicionais e com longa duração. O sistema SESI/SENAI, mais eficiente e com largo domínio nessa área, age ainda de modo muito tímido. Não se observa um arrojado programa para reversão desse quadro. 3.7 SOCIAIS 34 ABES Trabalhos Técnicos

35 Organização social Representação política Ar, Cu, Mp, Ce, Pe, Rc, -, Lc, Di, Cr, 3, So Ar, Cu, Mp, Ce, Pe, Rc, -, Ex, Di, Cr, 4, So CARACTERIZAÇÃO DO IMPACTO FATOR AMBIENTAL COMPONENTE OBSERVADO Previdência Seqüelas sociais Município pólo Nível de emprego Ar, Cu, Lp, Ce, Pe, Iv, -, Ex, Di, Cr, 4, So Ar, Cu, Im, Ce, Pe, Iv, -, Ex, Di, Cr, 4, So Ar, Cu, Mp, Ce, Pe, Rv, -, Ex, Di, Co, 2, So Ar, Si, Im, Ce, Pe, Rc, -, Ex, Di, Cr, 4, So Nº ORDEM Com sindicatos praticamente extintos, a perda do poder da classe de trabalhadores no ramo salineiro é vertiginosa. O que se nota é organização patronal e desmobilização radical na classe trabalhadora. A mudança do poder de mobilização para a classe patronal é notória, com reflexos até na Câmara Alta do país, elegendo um de seus representantes para Deputado Federal. Junto aos trabalhadores de salina, um indicador dessa perda de representação política pode ser refletido no caso da região polarizada por Macau, que desde anos 70 não mais elege um dos seus para a Assembléia Legislativa. DESCRIÇÃO DOS IMPACTOS Atingida em cheio pela desesperada busca de amparo do batalhão de desempregados da região. De certo modo, é quem atua amenizando as s desse grave problema social. Aposentadorias precoces, na sua grande maioria por invalidez, são comuns em todos os municípios, com natural destaque para Macau. Migração abrupta da população, êxodo população, redução da qualidade de vida e agravamento do quadro social, são alguns dos aspectos sociais fartamente registrados em pesquisas de estudiosos dessa questão na região salineira, após a expansão e mecanização. A liderança dos municípios pólos já não mais se faz sentir como antes, revertida pela descentralização do poder econômico e político. O afluxo de moradores das cidades vizinhas, sem o trabalho no sal, mostra-se reduzido. Queda radical, sem perspectiva de reversão imediata. O desemprego é generalizado. Até o presente seus reflexos permanecem. A omissão e ausência de políticas públicas para amenizar esses impactos é imperdoável. O projeto Serra do Mel, ABES Trabalhos Técnicos 35

36 3.8 SAÚDE PÚBLICA Salubridade da área Ar, Cu, Mp, Ce, Pe, Rv, -, Ex, Di, Cr, 4, So 63 De elevado grau de insalubridade, sem o poder fiscalizador dos sindicatos, os problemas de saúde dos trabalhadores remanescentes no setor avolumam-se. Destacam-se os casos de saúde s vinculados à visão e pele. Problemas respiratórios são registrados, inclusive em moradores de núcleos urbanos próximos das salinas. Pulmões e aparelhos auditivos de trabalhadores das moagens de sal, também são atacados de modo prejudicial. Programas de governo Indicadores Ar, Si, Im, Ce, Pe, Rv, -, Ex, Di, Cr, 2, So Ar, Cu, Lp, Ce, Pe, Rv, -, Lc, Di, Co, 2, So A ausência de uma política prevencionista especialmente de acidentes de trabalho, é reclamada por todos. A fiscalização, seja da Delegacia do Trabalho ou de órgãos do Ministério de Saúde é deficitária ou inexistente. Pior ainda quando se foca ações do Governo do estado. A nível municipal, do mesmo modo. Urge a necessidade de mudança nesse quadro. De modo geral, terrível. Agravado pelo desemprego, a desnutrição, mortalidade infantil, expectativa de vida e renda per capta, assustam qualquer analista. A concentração da renda nas grandes salinas, dominadas por ricos proprietários residentes em outros estados, é um fato inquestionável e drástico. FATOR AMBIENTAL COMPONENTE OBSERVADO CARACTERIZAÇÃO DO IMPACTO Nº ORDEM DESCRIÇÃO DOS IMPACTOS ABES Trabalhos Técnicos 35

37 Acidentes de trabalho Ar, Cu, Mp, Ce, Tp, Rv, -, Lc, Di, Mo, 2, So 66 Até mutilação voluntária, que se associam ao desespero do trabalhador na busca do amparo na previdência, são registradas. Todavia, estudos da FUNDACENTRO, avaliando as indústrias salineiras, destacam a visão,, a audição e a pele como pontos mais vulneráveis e atingidos pela atividade laborativa nas salinas, sejam as artesanais ou mecanizadas. 3.9 NÚCLEO URBANO Moradias Urbanização Localização Serviços Ar, Si, Mp, Pr, Pe, Rc, -, Ex, Di, Mo, 2, Fi Ar, Cu, Lp, Ce, Pe, Rv, -, Lc, In, Sv, 2, Fi Ar, Si, Lp, Pr, Pe, Rv, -, Lc, Di, Mo, 1, So Ar, Si, Im, Pr, Tp, Rv, -, Lc, Di, Mo, 2, Ec Solo salinizado, com lençol freático superficial e a proximidade das águas de salinas, são fatores decisivos na perda da qualidade das moradias. Exigem constantes restaurações e/ou técnicas construtivas específicas para a região, difíceis de ser aplicadas face a perda do poder aquisitivo gerado pelo desemprego nas salinas. A salinidade do solo elimina quase que por completo um dos pontos fortes de qualquer programa de urbanização: arborização. Frágil nesse aspecto, observam-se núcleos de resistentes algarobas e acácias. Os deficientes espaços públicos também requerem permanentes restaurações. A expansão que aproxima demasiadamente as salinas dos núcleos urbanos das sedes municipais, é um ponto gerador de danos ambientais ao meio antrópico, em todos seus aspectos intrínsecos. Redução acentuada do serviços, sejam de caráter publico ou privado. Hospitais, casas bancárias, órgãos do governo, fecham suas portas. Basta conversar com qualquer macauense, por exemplo, para ouvir o refrão: a cidade do já teve. 36 ABES Trabalhos Técnicos

38 SIGLAS INDICADAS NA CARACTERIZAÇÃO DOS IMPACTOS: 1 = Natureza ( Artificial =Ar e Natural = Na) 2 = Propriedade (Simples = Si, Sinérgico = Sn e Cumulativo = Cu) 3 = Manifestação ( Imediato = Im, Médio Prazo = Mp e Longo Prazo = Lp) 4 = Certeza ( Certo = Ce e Provável = Pr) 5 = Temporalidade ( Permanente = Pe e Temporário = Tp) 6 = Reversibilidade ( Reversível = Rv, Irreversível = Iv e Recuperável = Rc) 7 = Resultado ( Positivo = +, Negativo = - e indefinido = +/-) 8 = Influência ( Extenso = Ex e Localizado = Lc) 9 = Fator Afetado ( Direto = Di e Indireto = In) 10 = Gravidade ( Crítico = Cr, Severo = Sv e Moderado = Mo, Compatível = Co) 11 = Magnitude ( 0 = Nula, 1= baixa, 2 = Média, 3 = Alta e 4 =Crítico) 12 = Tipo do Meio (Social = So, Econômico = Ec e Físico = Fi) ABES Trabalhos Técnicos 37

39 MEDIDAS MITIGADORES/SISTEMA DE MONITORAMENTO PARA AS INDÚSTRIAS SALINEIRAS NO RN IMPACTO PROPOSTAS PARA Nº ORDEM MEDIDAS MITIGADORAS SISTEMA DE MONITORAMENTO 1. MEIO FÍSICO 1.1 ABIÓTICO CLIMA Política de incentivo para salinas que relocarem 01 áreas alagadas, próximas dos núcleos urbanos. Legislação local definindo limites. Plantio de árvores no entorno dos núcleos urbanos, formando amortecedores naturais dos ventos. 02 Construção de barreiras artificiais, executadas conforme projetos que respeitem a paisagem local Plantio de árvores e disseminação de projetos que valorizem espelhos d água doce, principalmente nos espaços públicos de recreação e lazer. Campanhas educativas para proteção da visão e horários de riscos acentuados na exposição solar. Distribuição de EPI para trabalhos ao ar livre. Legislação municipal disciplinando limites para operação do circuito d água das salinas no perímetro urbano dos municípios. Incentivo para possíveis remanejamento de áreas que geram danos sensíveis. Além do disposto para o impacto anterior, execução de canais que aduzam águas que viabilizem o equilíbrio da salinidade dos rios. Preservar os atuais canais naturais de drenagem das águas de enchentes. Exigir estudos técnicos para novas expansões, que assegurem que esse ponto não oferece riscos aos núcleos urbanos no entorno SOLO Limitar as áreas de salinas, com um plano diretor 08 específico. As áreas alagadas, circundadas com paredões de 09 argilas, que garantem que são estanques. Uso específico em áreas de salinas ou para marinocultura. O capeamento de estradas com a 10 malacacheta retirada como subproduto do processo, deve ser uma prática permanente. 11 As terras altas, especialmente as dunas, com fixação por cobertura vegetal, devem ser preservadas em sua topografia natural, face expansão das salinas RECURSOS HIDRICOS Balizamento das águas marinhas, especialmente as do trajeto de barcaças que levam o sal para o Porto Ilha de Areia Branca. Educação ambiental para os marítimos envolvidos, é outro ponto fundamental. Reabertura de alguns canais dos rios e gamboas, ou execução de obras que permitam a recirculação das águas que garantam a sobrevivência do ecossistema marinho agredido. Estação meteorológica computadorizada, pública, no entorno das cidades, medindo a qualidade do ar, velocidade dos ventos, temperatura, insolação, umidade, evaporação e pluviometria. Os dados coletadas com divulgação em mural visível e disponíveis para imprensa. Análises sistemáticas do solo, em pontos específicos, inclusive com sondagens. Fazer, também, registros fotográficos periódicos. Visitas técnicas para inspeção in loco, naturalmente sempre devem ser feitas. Parceira com a Agência da Capitania dos Portos. Análises das águas, acompanhando especialmente densidade, insolúveis, salinidade e demais indicadores associados. Vistorias periódicas, com a apresentação de relatórios acessíveis a população em geral. ABES Trabalhos Técnicos 39

40 IMPACTO PROPOSTAS PARA Nº ORDEM MEDIDAS MITIGADORAS SISTEMA DE MONITORAMENTO Ficar incorporada as medidas vinculadas ao controle das expansão de áreas de salinas nas proximidades dos núcleos urbanos. O perfeito isolamento dessas áreas, que evitem percolação do lençol é ponto decisivo nessa questão. Exigir que as salinas tenham mais de um ponto para lançamento das águas residuais, resguardando distâncias e pontos previamente definidos em estudos para esse fim. Estímulo ao projeto de magnésio metálico para o reuso dessas águas. Definição dos corredores naturais para drenagem das águas, com conseqüente proibição de uso para outros fins. Obras de contenção nos núcleos urbanos. Isolamento e preservação dos mananciais ainda disponíveis, com legislação estimulando essa ação. Poços com coletas para análise da água. Construção de uma matriz histórica com os dados obtidos. Análises sistemáticas desses efluentes. O manguezal e água do curso d água receptor, com avaliações qualitativas e quantitativas em toda sua extensão. Registros fotográficos e fiscalização pelos órgãos oficiais. Demarcação das bacias. Idêntico sistema adotado para o impacto anterior. 1.2 BIÓTICO FLORA FAUNA Replantio em terras altas ainda preservadas. Cercamento dessas áreas para controle no uso agrícola. Política de replantio e proibição de obras que sacrifiquem manguezais na região. Estímulo ao replantio. Isolar áreas da caatinga que ainda preservam essa planta. Além do estímulo ao replantio, estabelecimento de quotas para uso. Áreas de procriação da fauna, especialmente as gamboas sempre ficarão livres, comunicadas com o mar. A captura em fase de crescimento deve ser proibida. Proibição total, por tempo determinado, da caça na região. Estimulo a criação em cativeiro, para produção em larga escala, tentando reproduzir ao máximo o habitat típico da região. Levantamento das espécies remanescentes, com expedição de relatórios semestrais registrando grau de expansão e cobertura na área pesquisado. Além do recomendado para o impacto anterior, visitas periódicas e documentação fotográfica. Levantamentos anuais, com estudos extras sempre que denúncias sejam apresentadas. Obrigatoriedade de comunicação aos órgãos oficias do município quando usadas pelas salinas. Controle do pescado, com registro dos barcos e apetrechos em uso na região. Parceria de trabalho com a Marinha. Avaliação anual da medida e registro das espécies que integram o ecossistema da região. Registros da produção, com avaliação da adaptação das espécies as inovações científicas aplicadas. 2. MEIO PAISAGÍSTICO Apoio e estímulo diferenciado as pequenas salinas 25 que ainda usam processo artesanal de colheita. Apoio e estímulo para o retorno uso da energia 26 eólica nas salinas. Restauração e operação dos moinhos ainda existentes nas grandes salinas. Campanhas educativas e facilidade de acesso nos 27 rios que ainda preservam os manguezais. Cadastramento e reuniões periódicas com os proprietários e salineiros. Documentação fotográfica e registros oficiais. Vistorias periódicas, reuniões comunitárias e registros fotográficos. 40 ABES Trabalhos Técnicos

41 IMPACTO PROPOSTAS PARA Nº ORDEM MEDIDAS MITIGADORAS SISTEMA DE MONITORAMENTO Apoio ao pequeno salineiro e estímulo dessa prática pelas grandes salinas, que podem apresentar gigantescas pirâmides de sal. Incorporar o trajeto atual das embarcações na rota do turismo da região salineira. Exigir das grandes salinas no entorno dos núcleos urbanos, recompor uma salina típica para perpetuação de sua história. Apoio aos pequenos salineiros. Registros fotográficos e turismo acentuado. Freqüência e controle do turismo. Cadastramento e localização das salinas em pontos previamente definidos pelo poder público. Visitas sistemáticas. IMPACTO PROPOSTAS PARA Nº ORDEM MEDIDAS MITIGADORAS SISTEMA DE MONITORAMENTO 3. MEIO ANTRÓPICO 3.1 POPULAÇÃO Políticas públicas de geração de renda, com reabilitação profissional para seus habitantes. 31 Investimentos com prioridade para obras que usam de modo intensivo a mão-de-obra não qualificada. De igual modo, com campanha educacional 32 mostrando a nova realidade da região. Requalificação profissional e estímulos na geração 33 de pequenas empresas, especialmente na área de serviços. O turismo como ponto de partida. Censo Demográfico e Amostragens Domiciliares, com pesquisas específicas sistemáticas. Divulgação dos indicadores obtidos e medidas tomadas pelo poder público e/ou da sociedade em geral para reversão de posições negativas. 3.2 ATIVIDADES ECONÔMICAS Cursos para o beneficiamento do pescado, 34 valorizando a questão ambiental. Parceria com as salinas, com pescas programadas em suas áreas por pescadores credenciados. Apoio aos pequenos negócios, valoriza esse aspecto. 35 Parceria com SEBRAE e outras instituições especializadas para esse fim. Sempre tendo o mar como grande referencial do mercado local. Campanhas públicas mostrando as belezas naturais 36 da região, expondo a vasta costa marítima e as salinas da região.. Apoio público à infra-estrutura, em especial às vias de acesso e hotelaria. 37 Estímulo oficiais para indústrias que façam o beneficiamento do sal e do pescado na região. 38 Apoio e incentivo às salinas que façam colheitas com uso intensivo do fator humano. Cadastro geral e participação das Associações dos Pescadores nas negociações, com reuniões públicas envolvendo autoridades, salineiros e população em geral. 3.3 INFRA-ESTRUTURA Ampliação e sinalização das vias, com obras que 39 permitam o fluxo d água e a navegabilidade os pescadores. 40 Estabelecer a concorrência, viabilizando o carrego de navios na costa marítima de cada cidade pólo. Acabar com o monopólio do Porto-Ilha. Documentação fotográfica e mapas com cadastros oficiais das obras executadas e/ou em andamento. Acompanhamento das operações do Porto Ilha de Areia Branca, avaliando desempenho, comparando com experiências do carrego de navios na costa marítima próxima das salinas nas cidades sedes. ABES Trabalhos Técnicos 41

42 IMPACTO PROPOSTAS PARA Nº ORDEM MEDIDAS MITIGADORAS SISTEMA DE MONITORAMENTO Ampliar a rede de abastecimento d água para todos os núcleos urbanos, nas salinas e cidades pólos. Estender para as áreas de potencial turístico. Priorizar construção de redes de esgotos nos núcleos urbanos, com tratamento via lagoas de estabilização e reuso dos efluentes para fins agrícolas Criar vias de contorno nas cidades para o tráfego pesado. Estimular as salinas para centralização em áreas definidas de suas unidades de beneficiamento do sal, para posterior escoamento via terrestre. Espaços urbanos que respeitem a distância das áreas alagadas das salinas. Construções adaptadas a realidade agressiva da região salineira. Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano para todas as cidades. Indicadores de saúde pública e análise sistemática da água em todas as suas fases, da captação a distribuição final. De igual modo, para o esgoto e o destino final de seus efluentes, especialmente os lançados em cursos d água. Mapas, cadastro e controle estatístico do tráfego na região. Balanças de controle de carga em pontos estratégicos. Divulgação dos resultados. Equipe técnica local preparada para autorização prévia na construção de obras, respeitando sempre a legislação e os padrões estabelecidos. IMPACTO PROPOSTAS PARA Nº ORDEM MEDIDAS MITIGADORAS SISTEMA DE MONITORAMENTO Estímulo para o uso de energia eólica e solar. Avançar nas técnicas e obras que abastecem as salinas pelo fluxo das marés, com redução acentuada do uso de energia elétrica. Construir aterros sanitários nas salinas e nas cidades pólos. A cobertura dos resíduos sólidos poder ser feita com efluentes do processo de beneficiamento do sal. 3.4 PATRIMÔNIO CULTURAL Tombamento pelo poder público local e/ou estadual de prédios declarados como patrimônio cultural dos municípios. Apoio na restauração e conservação. Estímulo para que todas as cidades tenham Museu que valorize a história das salinas. Em Macau, urge que o poder público assuma o existente, dando-lhe mais apoio técnico e infra-estrutura adequada. Integrar os municípios, com encontros regionais para apresentações dos grupos folclóricos locais ligados a história das salinas, tais como roda de coco, fandango, pastoris e outros. Incorporar as festas marítimas da região ao calendário turístico do estado. Apoio as pequenas s e estímulo para que as grandes salinas mantenham, mesmo sem fins lucrativos, espaços que retratem sua história. 3.5 RECREAÇÃO E LAZER Exigência legal de espaços urbanos para recreação e lazer da população, inclusive desapropriando alguns sobre domínio das grandes salinas, usados com nítidos fins especulativos. Delimitação e construção de novas vias de acesso às praias. Plano diretor para uso dessas terras, incorporado a questão turística e à preservação ambiental. Cadastro das salinas que fazem essa pratica ambiental para divulgação e apoio. Sistematizar visitas técnicas de especialistas e interessados. Cadastro, registro fotográfico e divulgação. Levantamento geral, cadastramento e parceria com a União para fiscalização. Divulgação e avaliação pública dos resultados. 42 ABES Trabalhos Técnicos

43 IMPACTO PROPOSTAS PARA Nº ORDEM MEDIDAS MITIGADORAS SISTEMA DE MONITORAMENTO EDUCAÇÃO Após avaliação técnica, reabrir passagens em rios e gamboas que tem seus ecossistema ameaçado. Trabalho conjunto do Poder público com a iniciativa privada. Apoio para que empresários do setor invistam nas cidades. A realidade impõe cinemas com espaços mais reduzidos e confortáveis. Clubes, com espaços livres e áreas de recreação, se possível, próximas das áreas de potencial turístico, tipo praias, etc. Diagnóstico da realidade visando ampliar a oferta de novos cursos para a região, com mais vagas no vestibular da UFRN/UERN e estímulo ao ensino profissionalizante, com cursos de curto duração, são medidas com resultados imediatos. Exigir programas de programas de requalificação profissional pelo poder público. Sempre com educação ambiental incorporada. Reativar o Campus da UFRN ou instalar unidades avançadas da UERN ou CEFET é o caminho natural. Um Centro Profissional do Estado ou do sistema FIERN/CNI é outro. Censos Escolares, pesquisas educacionais e estudos de mercado de trabalho. Divulgação dos concursos públicos e resultados, também. IMPACTO PROPOSTAS PARA Nº ORDEM MEDIDAS MITIGADORAS SISTEMA DE MONITORAMENTO 3.7 SOCIAIS Estímulo a sindicalização dos trabalhadores 57 remanescentes nas salinas. Associações comunitárias Cadastro geral e pesquisas in loco. também. Trabalho de conscientização política do povo e Composição política dos membros dos 58 renovação dos líderes locais. Poderes Legislativo e Executivo. Especialmente os de mandado eletivo e suas bases políticas A requalificação profissional certamente reduzirá a busca incessante do trabalhador salineiro pelo benefício previdenciário prematuramente. Políticas públicas para contenção do êxodo populacional e campanhas educativas. Parceria com os municípios envolvidos para uma ação conjunta no combate aos problemas que são comuns. De igual modo, ampliar parceria com órgãos especializados nessa questão, sejam públicos ou privados. Estabelecer prioridades de ação. 3.8 SAÚDE PÚBLICA Ação mais eficaz do Ministério do Trabalho, exigindo uso de EPI pelos trabalhadores. A 63 população também deve ser alertada da insalubridade da região, especialmente dos riscos de saúde na visão, pele e aparelho respiratório. Extensivo ao indicado para a situação anterior, exigindo-se, todavia, a participação de políticas 64 públicas também dos poderes tanto a nível estadual como municipal. Coleta de dados junto a Previdência Oficial. Divulgação dos resultados. Censos e pesquisas especializadas. Indicadores sociais apresentados nos municípios da região e divulgados pelos órgãos competentes. Indicadores sociais apresentados nos municípios da região e divulgados pelos órgãos competentes. ABES Trabalhos Técnicos 43

44 IMPACTO PROPOSTAS PARA Nº ORDEM MEDIDAS MITIGADORAS SISTEMA DE MONITORAMENTO Políticas públicas específicas, com participação e apoio dos empresários do setor salineiro. Distribuição de EPI adequados, especialmente na proteção a visão e a pele. Nas industrias de beneficiamento do sal, atenção especial para o sistema respiratório e aparelho auditivo dos trabalhadores envolvidos. 3.9 NÚCLEO URBANO Impermeabilização das fundações, evitando 67 percolação do lençol freático salinizado. Visitas domiciliares e cadastramento. Revestimento cerâmico nas moradias agredidas. 68 Registros fotográficos e cadastramento, Com canteiros elevados, cria-se uma área possível com forte estímulo ao uso pela do plantio de árvores com raízes rasas, permitindo população desses espaços, que um programa de arborização e urbanização de exercendo a cidadania, naturalmente espaços públicos. monitora. Apoio institucional para salinas que respeitem distâncias dos núcleos urbanos. Bom programa de requalificação profissional, com financiamento oficial e apoio ao trabalhador com potencial empresarial. LEGENDAS Números de Ordem que fazem referências aos impactos observados. Cadastramento e divulgação dos resultados pelos poderes públicos locais CONCLUSÃO Da análise de tudo que foi exposto e possível de detectar, seja via pesquisa bibliográfica, entrevista ou visita in loco nas salinas, o trabalho, que lista 70 (setenta) impactos significativos gerados por este setor, sendo 59 (cinqüenta e nove) negativos, 8 (oito) positivos e 3 (três) indefinidos, pode delinear algumas conclusões, que naturalmente não encerram em si mesmas, as quais assim podem ser resumidas: 1. A sina histórica da intervenção governamental no setor, que vem desde o Brasil colônia de Portugal, com quotas e privilégios de mercado, política que até hoje parece infernizar a organização industrial brasileira. 2. A importância da indústria salineira para o Rio Grande do Norte, evidenciada pela produção de mais de 95 % do sal brasileiro ( 100 % do sal de qualidade). 3. Como cada vez mais torna-se importante o conceito de Desenvolvimento Sustentável, clarificado no caos social gerado no setor com o desenvolvimento trazido para as salinas pela mecanização e operação do Porto Ilha de Areia Branca. 4. A certeza de que os impactos ambientais gerados, em especial os decorrentes da expansão descontrolada das salinas, ocorridos nos anos 60, foram caracterizados por uma completa omissão e ( o que é pior) até apoio oficial dos órgãos governamentais. 5. Exemplos localizados como os de Grossos e Macau, que reduziram, respectivamente, de 500 e 100, para menos de 10 salinas em cada município, indicam de imediato e sem a necessidade de grandes estudos científicos, o quanto se agrediu ambientalmente os meios em todos seus aspectos. 6. O meio antrópico, razão e base de sobrevivência da região, ainda não se recuperou dos impactos gerados no setor salineiro, clamando até hoje por medidas mitigadoras que, inclusive, recebe nesse trabalho algumas pretensiosas propostas. 7. A pesca, base econômica da região, pela sua tradição histórica, mesmo fortemente alterada, apresenta-se, todavia, como um dos sustentáculos na fixação do homem na região, exigindo apenas políticas públicas ou privadas que estabeleçam respectivas prioridades. 8. Os manguezais, flora privilegiada da região salineira, permanecem ameaçados, sejam pela possibilidades de novas expansões nas salinas, pelos pólos turísticos programadas ou pelas fazendas de camarão que começam a aparecer em substituição as pequenas salinas. 44 ABES Trabalhos Técnicos

45 9. A constatação do quanto urge de mudanças radicais nos poderes públicos locais, com revisão da legislação ambiental, formação de equipes especializadas e estruturação na fiscalização e monitoramento das atividades desenvolvidas pelas salinas na região. 10. Com a devida exceção da regra, a ausência de Sistema de Gestão Ambiental nas salinas, bem como do uso de Auditorias Ambientais como políticas de desenvolvimento sustentável em praticamente todas. 11. A proximidade das áreas de salinas dos núcleos urbanos, com os problemas daí decorrentes, apresenta-se como carente de avaliação e estímulo para correção e controle na maior brevidade possível. 12. A evidente conclusão de que a gravidade dos impactos ambientais gerados (negativos em sua grande maioria), concentra-se no expansionismo descontrolado das salinas, mostrando o quanto é danoso a ausência de políticas públicas que valorizem essa questão. Por fim, a convicção que se estabelece após avaliação do trabalho em apreço, é de que tudo, mas tudo mesmo, teria sido diferente caso imperasse na década de 60, a visão e as normas predominantes no momento. Com certeza o meio ambiente seria tratado com mais respeito e o conceito de desenvolvimento sustentável poderia ser aqui retratado como exemplo positivo ocorrido na região. O que não aconteceu para a indústria salineira, infelizmente 18. BIBLIOGRAFIA 1. AUDIO, Franz Victor Rudio. Introdução ao projeto de pesquisa científica. 25ª ed. Petrópolis: Vozes, ANDRADE, Maria Margarida de. Como preparar trabalhos de pesquisas para cursos de pósgraduação. São Paulo: Atlas, ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO RN - Centro de Estudos e Debates. Exposição do Deputado Federal Antônio Florêncio de Queiroz, AVELINO, Gilberto et al. Notas sobre a região de Macau. Natal: PRAEU/UFRN, Coleção Textos Acadêmicos/Projeto Camundá. 5. BARROS, Benito Maia Barros. Macauísmos: lugares e falares macauenses. Macau: Gráfica Santa Maria, BRANDÃO, Inácio de Loyola. Manifesto verde. São Paulo: Círculo do Livro, BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Administração municipal para o meio ambiente. Brasília: BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. A implantação da educação ambiental no Brasil. Brasília: Coordenação de Educação Ambiental, BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Roteiro de análise econômica para o programa nacional de gerenciamento costeiro. Brasília: BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Programa Nacional de Educação Ambiental PRONEA. Brasília, p. 11. BRASIL Ministério do Meio Ambiente. Para que o futuro do planeta seja azul: princípios da lei de recursos hídricos. 2ª ed. Brasília: Secretaria de Recursos Hídricos, BRASIL Ministério do Meio Ambiente. O caminho das águas. 2ª ed. Brasília: Secretaria de Recursos Hídricos, 1999 ABES Trabalhos Técnicos 45

46 13. BRASIL Ministério do Meio Ambiente. Guia do educador. 2ª ed. Brasília: Secretaria de Recursos Hídricos, BRASIL Ministério do Meio Ambiente. Água, meio ambiente e vida. 2ª ed. Brasília: Secretaria de Recursos Hídricos, BRASIL Ministério do Meio Ambiente. Agenda 21 o caso do Brasil. Brasília: Secretaria de Recursos Hídricos, BRITO, Luiz Pereira. Avaliação de impactos ambientais. Natal: UFRN, Apostila de Curso. 17. BRITO, Luiz Pereira. Sistema de Gestão Ambiental: ISO Natal: UFRN, Apostila de Curso. 18. CÂMARA, Carlos Leopoldo da Câmara. Produção de sal por evaporação solar. Natal: Antena Edições Técnicas Ltda., COSTA, Ademir Araújo da. Tecnologia e desemprego: o caso da região salineira de Macau. Natal: UFRN. CCHLA, Reprodução da Dissertação de Mestrado, apresentada a UFRJ. 20. CARVALHO, Vitor Celso de & RIZZO, Hilderly Grassi. A zona costeira brasileira: subsídios para uma avaliação ambiental. BRASÍLIA: Ministério do Meio Ambiente, COSTA, Célia Maria Oliveira da. Estudos gravimétricos, volumétricos e de troca iônica na determinação de sulfato em águas mães das salinas do Rio Grande do Norte. Natal: PRAEU/UFRN, Reprodução da Dissertação de Mestrado apresentado a USP. 22. CASCUDO, Luis da Câmara. Notas históricas sobre o sal potiguar. Mossoró: Fundação Guimarães Duque, 1982 ( Coleção Mossoroense). 23. DANTAS, Hélio. Memórias de Macau. Natal: Gráfica Santa Maria, 1998, 222 p. 24. FERNANDES, Aparício. Macau: canto de amor e saudade. Rio de Janeiro: Campeão, FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS. Gestão ambiental no Brasil experiência de sucesso. São Paulo, p. 26. FERRÃO, P. C. Introdução à gestão ambiental - a avaliação do ciclo de vida dos produtos. IST Press. Lisboa p. 27. GUIMARÃES, Iveraldo. Os veleiros do infinito: crônicas do planeta azul. Rio de Janeiro: Lidador, GOVERNO DO RIO GRANDE DO NORTE. Plano de desenvolvimento de Macau Plano Diretor de Macau. 29. GUIMARÃES, Iveraldo et al. Relatório técnico-pericial sobre a salina amarra negra. Processo nº 2.175/89 Ré: Salina Amarra Negra S/A e Autor: Ministério Público Federal. 30. HATEN, Edson José de Barros et al. Levantamento de riscos profissionais na indústria de extração, beneficiamento e transporte do sal marinho. Recife: MTb- FUNDACENTRO, IDEC. Anuário estatístico: Rio Grande do Norte Natal: IDEC: Classificação socioeconômica dos municípios: Rio Grande do Norte. Natal, IBGE. Anuário estatístico brasileiro. Brasília: LOYOLA, Cleuler de Barros & XAVIER, Hélia Nacif. Município, desenvolvimento e meio ambiente. 2º ed. Rio de Janeiro: IBAM, ABES Trabalhos Técnicos

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