UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE

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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE MEIO AMBIENTE EM CRISE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: OS NOVOS RUMOS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL Por: Ana Paula de Alencar Vieira Professor Orientador: Antônio Fernando Vieira Ney Rio de Janeiro - RJ 2004

2 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE MEIO AMBIENTE EM CRISE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: OS NOVOS RUMOS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL Ana Paula de Alencar Vieira Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como condição prévia para a conclusão do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Docência do Ensino Superior. Rio de Janeiro - RJ 2004

3 3 AGRADECIMENTOS A Deus, por me permitir existir. A minha família, especialmente meus pais, pois sem eles não estaria aqui. A minha amiga Leila Clara pelo incentivo e companheirismo durante o curso. À Universidade Cândido Mendes. Ao orientador Professor Antônio Ney. Aos demais professores e colegas do Curso. A todos os que direta ou indiretamente contribuíram para a realização desta pesquisa.

4 4 DEDICATÓRIA Aos ambientalistas e educadores ambientais que trabalham anônima e, arduamente, em prol da natureza e que serão os responsáveis pelos resultados tão sonhados pela sociedade que busca o desenvolvimento sustentável.

5 5 RESUMO O grande crescimento demográfico aliado ao acelerado processo de urbanização e a incessante industrialização provocaram mudanças nos padrões de consumo do homem e nas relações estabelecidas entre o homem e a natureza, o que vem colocando em risco a continuidade da vida no planeta. O crescimento econômico em bases capitalistas apresenta um custo sócioambiental que pode ser traduzido em sérios problemas ambientais, como poluição, destruição da camada de ozônio, efeito estufa, desmatamento, desertificação, extinção de espécies, exaustão dos recursos naturais, produção de lixo, entre outros. Além da crise ambiental, são observados problemas sociais, como concentração de renda, pobreza, fome, violência e exclusão social. Desse modo, a Educação Ambiental surgiu como instrumento fundamental para o exercício da cidadania, para o desenvolvimento da conscientização ambiental e a implementação do desenvolvimento sustentável, visando criar uma sociedade mais justa, participativa e reflexiva, preocupada com a preservação do meio ambiente e a melhoria da qualidade de vida das gerações presentes e futuras. Este trabalho apresenta uma caracterização histórica e conceitual do tema no âmbito mundial e nacional, considerando as legislações pertinentes e a forma como vem sendo sistematizada no currículo escolar brasileiro. Além disso, procura mostrar o novo papel da Educação Ambiental, seu caráter interdisciplinar, ético e transformador, que ultrapassa o simples reducionismo das questões ambientais e exige práticas pedagógicas mais inovadoras, capacitação dos professores e compromisso do poder público para que seja possível desenvolver uma educação para sustentabilidade, voltada para formação do cidadão com consciência crítica, capaz de interferir na sua realidade de forma responsável e solidária.

6 6 EPÍGRAFE... Não podemos cometer o erro de subordinar a luta em defesa da natureza às mudanças nas estruturas injustas de nossa sociedade, pois devem ser lutas interligadas e simultâneas, já que de nada adianta alcançarmos toda a riqueza do mundo, ou toda a justiça social que sonhamos, se o planeta tornar-se incapaz de sustentar a vida humana com qualidade (Vilmar Berna Como Fazer Educação Ambiental).

7 7 METODOLOGIA Diante da intensa degradação do meio ambiente, agravada nas últimas décadas pelo aumento demográfico, emissão de gases poluentes de várias naturezas, industrialização, desmatamentos e poluição da água potável, a Educação Ambiental se tornou o principal instrumento que possibilita o resgate ou a elaboração de valores fundamentais do cidadão, proporcionando uma relação mais solidária e cooperativa dos seres humanos entre si e com o meio ambiente. A principal função do trabalho educacional com o tema Meio Ambiente é contribuir para a formação de cidadãos conscientes, aptos a decidir e a atuar na realidade sócio-ambiental de modo comprometido com a vida para garantir a existência de um meio ambiente saudável com boa qualidade de vida e bem-estar de cada um e da sociedade local e global. O delineamento adotado para o desenvolvimento da presente pesquisa foi caracterizado por um estudo teórico através de uma pesquisa bibliográfica realizada a partir de um levantamento da literatura já publicada, na forma de livros, revistas, periódicos, dissertações, teses e Internet, objetivando esclarecer conceitos relativos ao tema. Numa iniciativa inovadora, pretende-se trabalhar a Educação Ambiental como instrumento de transformação cultural e social, à luz os princípios de eqüidade social e prudência ecológica, com base numa relação harmoniosa sociedade natureza e no fortalecimento da solidariedade com as atuais e futuras gerações (VIOLA et al 1995).

8 8 SUMÁRIO RESUMO 05 INTRODUÇÃO 09 CAPÍTULO I Evolução histórica da Educação Ambiental Internacional 12 CAPÍTULO II Evolução histórica da Educação Ambiental Brasileira 31 CAPÍTULO III Evolução Conceitual da Educação Ambiental 45 CAPÍTULO IV A crise ambiental 54 CAPÍTULO V Educação Ambiental e Cidadania 73 CAPÍTULO VI Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável 79 CAPÍTULO VII Os novos rumos da Educação Ambiental no Brasil 88 CONCLUSÃO 101 BIBLIOGRAFIA 105 ANEXOS 109

9 9 INTRODUÇÃO A relação homem natureza ocorre através de um dinâmico e contínuo processo de construção. Nesse processo, o homem vem agindo de forma predatória sobre a natureza e o meio ambiente, desprezando o fato de que são finitos os recursos naturais do planeta, sem nenhum compromisso moral com o equilíbrio dos ecossistemas e com as gerações futuras. O crescimento acelerado da população do planeta juntamente com o intenso processo de industrialização, urbanização e o desenvolvimento tecnológico, ocorrido no último século e acentuado após a 2ª guerra mundial, impôs a criação de novas opções de consumo ao homem, gerando muitos problemas ao meio ambiente e conseqüentemente ao próprio ser humano. Tais mudanças tecnológicas e industriais definiram historicamente as transformações culturais das sociedades contemporâneas. Por exemplo, as relações capitalistas entre produção e consumo se intensificaram e o mercado cresceu, aumentando o número de produtos disponíveis para consumo. No entanto, a produção dos bens de consumo é apenas voltada para o bem-estar e o conforto daqueles que podem consumir. Apesar do progresso tecnológico e científico, o desenvolvimento econômico em bases capitalistas tem um custo sócio-ambiental que deve ser considerado. Observa-se a exaustão dos recursos naturais, a concentração da renda e a criação de níveis de exploração e pobreza indesejáveis Então, é necessário refletir sobre as seguintes perguntas: Até que ponto esse desenvolvimento é sustentável? Até que ponto o modelo de sociedade que estamos construindo é sustentável? O que podemos ou devemos fazer para construir uma sociedade sustentável? Infelizmente, o homem ainda continua interferindo em ciclos da natureza que levaram de milhões a bilhões de anos interagindo em harmonia e que contribuíram para formar as atuais condições de vida do planeta. Tais

10 10 intervenções humanas têm se traduzido em problemas como: extinção de espécies, mudanças climáticas, poluição do solo, das águas, do ar, exaustão de recursos naturais, desertificação, intensa produção de lixo e agravamento das condições de saúde da população mundial. Nos últimos anos a questão ambiental vem sendo amplamente discutida em conferências e congressos internacionais, bem como entre diversos segmentos da sociedade, embora ainda sejam necessários ações e programas educativos que desenvolvam a consciência ecológica e conduzam a uma convivência harmônica do homem com a natureza. Aliado às inúmeras medidas preventivas e punitivas estabelecidas pela legislação, surge então, a Educação Ambiental como elemento fundamental na luta pelo desenvolvimento sustentável, pela preservação e melhor ocupação do meio ambiente. A consciência dos riscos sócio-ambientais derivados dos avanços da modernidade possibilita a elaboração de processos pedagógicos que promovam mudanças de comportamentos, atitudes e ações políticas do plano local ao global, em direção a um projeto de sociedade capaz de conciliar desenvolvimento econômico, justiça social e preservação ambiental. Assim, a sociedade do futuro sob a perspectiva da sustentabilidade deverá ser, portanto, uma sociedade mais reflexiva, preocupada com a qualidade de vida e com o futuro de todos os seres vivos. Através da abordagem interdisciplinar da Educação Ambiental aplicada no Ensino Fundamental, é possível atingir uma camada representativa da sociedade, cuja faixa etária é muito jovem e que apresenta potencial ideal para a absorção de novos conceitos de preservação e ocupação do espaço geográfico, bem como a formação de uma consciência ecológica e crítica em torno das questões sócio-ambientais. Devido à natureza complexa dos problemas sócio-ambientais, a Educação Ambiental deve ser ampliada e integrada em todos os níveis do ensino formal e, portanto, deve ultrapassar os limites do espaço escolar para

11 11 que se transforme num instrumento de formação de cidadania e de ampliação da consciência humana e social. Além disso, os currículos e metodologias didáticas devem ser reexaminados, os professores devem ser formados e atualizados profissionalmente, já que serão os condutores dos processos de ensino aprendizagem na dimensão ambiental. A presente investigação tem como objetivo principal identificar o novo papel da Educação Ambiental diante da crise ambiental global e dos princípios do desenvolvimento sustentável. Assim, para alcançar o objetivo geral considerou-se relevante: Pesquisar a evolução histórica e conceitual da Educação Ambiental. Identificar os principais problemas ambientais e suas conseqüências. Relacionar o papel da Educação Ambiental na formação da cidadania e na construção de sociedades sustentáveis. Identificar os novos rumos da Educação Ambiental no Brasil em relação às práticas pedagógicas, à formação de docentes e à legislação pertinente. Esta pesquisa teve como eixo norteador realizar uma análise crítica sobre a Educação Ambiental como prática social na dimensão dos princípios da sustentabilidade e da formação da cidadania, abordando seu papel nas relações entre Educação e Meio Ambiente. Além disso, este trabalho tece algumas considerações acerca dos documentos e legislações nacionais e internacionais sobre Educação Ambiental, a fim de apresentar a importância de sua incorporação na instituição educacional em todos os níveis de ensino, a necessidade de revisão das práticas pedagógicas e de capacitação dos diferentes profissionais da área educacional.

12 12 CAPÍTULO I EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL INTERNACIONAL

13 13 1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL INTERNACIONAL Desde que os mais distantes antepassados do homem surgiram na Terra, eles vêm transformando a natureza. Inicialmente, essa transformação causava um impacto irrelevante sobre o meio ambiente, uma vez que havia poucos seres humanos vivendo no planeta, como também o homem não possuía tecnologias que lhe permitissem fazer grandes transformações na natureza. Dessa forma, durante muitos séculos, a ação humana sobre o meio ambiente restringia-se à interferência em algumas cadeias alimentares em função da caça de animais e da colheita de vegetais para seu consumo e sobrevivência. Com a descoberta do fogo, de como cultivar alimentos e criar animais, o homem passou a se fixar em determinados lugares, tornando-se mais sedentários. Gradativamente alguns impactos ambientais começaram a ser observados devido à derrubada das florestas e à prática da agricultura e da pecuária. Segundo JANNUZI (1989), já começaram a se fazer notar: alterações em algumas cadeias alimentares, como resultado da extinção de espécies animais e vegetais; erosão do solo, como resultado de práticas agrícolas impróprias; poluição do ar, em alguns lugares, pela queima das florestas e da lenha; poluição do solo e da água, em pontos localizados, devido ao excesso de matéria orgânica. Durante séculos de existência do homem no planeta, os avanços tecnológicos foram muitos lentos, assim como o crescimento da população. Os impactos sobre o meio ambiente eram considerados praticamente irrelevantes e quase sempre localizados. No entanto, com a revolução industrial iniciada a partir do século XVIII, a população passou a crescer num ritmo acelerado e paralelamente ocorreram avanços na ciência e em tecnologia, o que aumentou cada vez mais a capacidade do homem em intervir na natureza.

14 14 A segunda metade do século XX (período pós-guerra) foi historicamente caracterizado pela explosão tecnológica, acompanhada de um considerável aumento na velocidade da degradação ambiental, principalmente nos países industrializados e desenvolvidos. As nações em desenvolvimento também contribuíram para a degradação do meio ambiente à medida que se tornaram fornecedoras de matéria-prima para esse crescimento tecnológico. Dessa forma, os impactos ambientais cresceram rapidamente, começando a provocar desequilíbrios em escala global, colocando em risco a sobrevivência da humanidade. A partir dos anos 60, a Biologia começa a ganhar terreno e, com ela, a Ecologia. O termo Ecologia foi proposto em 1869 pelo biólogo alemão Ernst Haeckel, e deriva de duas palavras gregas: oikos, que quer dizer morada, e logos, que significa estudo. A Ecologia começa sendo um novo ramo das Ciências Naturais e seu estudo passa a sugerir novos campos do conhecimento, como, por exemplo, a Ecologia Humana, na qual o homem é o centro nas suas relações com outros seres vivos e com o próprio ambiente. O surgimento da Ecologia como a ciência que estuda as relações dos seres vivos entre si e com o ambiente possibilitou o entendimento dos princípios de organização dos ecossistemas. O ecossistema é o ponto de partida para o entendimento mais amplo do meio ambiente e de sua preservação através dos tempos. O ecossistema é todo conjunto formado por um ambiente inanimado (solo, água, atmosfera) e os seres vivos que o habitam, sendo que a destruição e até a simples alteração de um único elemento num ecossistema pode comprometer o sistema como um todo. É importante lembrar que os ecossistemas têm incrível capacidade de regeneração e recuperação contra eventuais impactos esporádicos, descontínuos ou localizados, muitos dos quais provocados pela própria natureza, mas a agressão causada pelo homem é contínua, não dando chance nem tempo para a regeneração do meio ambiente (Geografia: Espaço Geográfico e Globalização, 1997).

15 15 Por volta da metade do século XX, ao conhecimento científico da Ecologia somou-se um movimento ecológico voltado inicialmente para a preservação de grandes áreas de ecossistemas não alterados pela intervenção antrópica, o que levou a criação de parques e reservas ecológicas. Isso era visto muitas vezes como uma preocupação romântica dos ecologistas, já que dificultava a exploração econômica dos recursos naturais. Os movimentos ecológicos foram os primeiros movimentos sociais de preocupação com o meio ambiente que, atualmente, são denominados movimentos ambientalistas. Esses movimentos de defesa do meio ambiente lutam para reduzir o acelerado ritmo de destruição dos recursos naturais ainda preservados e buscam alternativas que conciliem, a conservação da natureza com a qualidade de vida das populações que dependem dessa natureza. Segundo LEONARDI (1997), preocupações para com as questões da degradação da natureza apareciam juntamente com outras críticas que a juventude fazia quanto ao estilo de vida, valores, comportamentos da sociedade consumista e depredadora. Foi uma época em que os movimentos alternativos, como movimentos hippies com seus usos e costumes, lutando por paz e amor, num repúdio à Guerra do Vietnã e à depredação da natureza, trouxeram ao mundo o despertar para esta consciência. Um dos grandes marcos que contribuíram para o despertar da consciência ecológica surgiu com a publicação do livro Primavera Silenciosa, em 1962, pela jornalista americana Rachel Carlson, que alertava sobre os efeitos danosos de inúmeras ações humanas sobre o ambiente, como por exemplo, o uso de pesticidas na agricultura. Essa publicação promoveu o despertar dos leitores para os problemas ambientais, tornando-se um clássico do ambientalismo contemporâneo. No ano de 1965, na Conferência em Educação, da Universidade de Keele, a expressão Environmental Education foi usada e ouvida pela primeira vez na Grã-Bretanha. Segundo DIAS (1998), neste evento aceitou-se

16 16 que a Educação Ambiental deveria se tornar um elemento essencial na Educação de todos. No entanto, na época, a Educação Ambiental foi vista como conservação ou ecologia aplicada, conduzidas pela biologia. Estes fatos, entre outros, levaram à criação do Clube de Roma, em 1968 que trouxe à tona diversos problemas, especialmente os voltados à questão ambiental e populacional, os quais tinham que ser abordados de forma a estabelecer relações entre o conteúdo global e o local. Identificaram naquele momento cinco fatores limitantes da expansão humana no planeta: demografia, produção agrícola, recursos naturais, produção industrial e poluição. Em 1972, foi realizada a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, em Estocolmo (Suécia), onde os países desenvolvidos demonstraram a preocupação com a escassez de recursos naturais e as mudanças climáticas e propuseram o controle de iniciativas desenvolvimentistas. Segundo o autor GUIMARÃES (1991), a Conferência de Estocolmo reflete a preocupação, sobretudo do mundo desenvolvido com a vulnerabilidade dos ecossistemas naturais. Sua ênfase estava nos aspectos técnicos da contaminação provocada pela industrialização acelerada, pela explosão demográfica e pela expansão do crescimento urbano. Na verdade, a agenda da Conferência de Estocolmo ressaltava temas e interesses dos países desenvolvidos e já industrializados. Houve reações de países em desenvolvimento (inclusive do Brasil), sob o argumento de que eles precisavam de desenvolvimento e não de controle ambiental, e de que se a poluição é inevitável, eles também possuíam direito de poluir. Alertavam para o fato de que os países desenvolvidos estavam propondo o controle ao crescimento econômico após terem atingido altos níveis de crescimento e de degradação de seus próprios recursos. Além disso, diziam que as nações já industrializadas queriam manipular o crescimento econômico dos países em desenvolvimento com argumentos ecológicos.

17 17 É importante registrar que, em Estocolmo, foi a primeira vez que se pensou no planeta como um todo, considerando o caráter global das questões sobre o meio ambiente. Produziu-se uma série de documentos que, de certa forma marcaram o início dos trabalhos sobre as questões ambientais a nível mundial, como também saíram indicações para a criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente PNUMA (1973) com objetivo de educar o cidadão comum, como o primeiro passo que ele deve tomar para manejar e controlar seu meio ambiente. A recomendação nº 96 reconhece o desenvolvimento da Educação Ambiental como elemento crítico para combate à crise ambiental do mundo. Com objetivo de discutir as formas de promover melhorias na qualidade da Educação Ambiental, foi realizado em Belgrado (Iugoslávia), em 1975, o Seminário Internacional sobre Educação Ambiental, promovido pela Organização das Nações Unidas para a Ciência e Cultura UNESCO, o qual resultou na famosa Carta de Belgrado. Neste encontro foram formulados os princípios e orientações para o Programa Internacional de Educação Ambiental (PIEA), que passa, então, a existir oficialmente. Segundo o autor DIAS (2000), a Carta de Belgrado preconizava a necessidade de uma nova ética global, capaz de promover a erradicação da pobreza, da fome, do analfabetismo, da poluição, da exploração e dominação humana, e censurava o desenvolvimento de uma nação às custas de outra, acentuando a premência de formas de desenvolvimento que beneficiassem toda a humanidade. Em seqüência às recomendações da Conferência de Estocolmo, foi promovida pela UNESCO em associação com o PNUMA, no ano de 1977, em Tbilisi (Geórgia, antiga União Soviética), a Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental, que constituiu um dos pontos culminantes das diretrizes e objetivos da Educação Ambiental em âmbito mundial, já que estabeleceu os princípios orientadores da Educação Ambiental e remarcou seu caráter interdisciplinar, critico, ético e transformador.

18 18 Este evento é considerado um dos mais importantes dentre os demais, pois representa um marco na evolução da Educação Ambiental. A produção mais significativa foi a Declaração sobre a Educação Ambiental, um documento onde se apresentavam os objetivos, as finalidades, os princípios orientadores e as estratégias para o desenvolvimento da Educação Ambiental e elege o treinamento de pessoal, o desenvolvimento de materiais educativos, a pesquisa por novos métodos, o processamento de dados e a disseminação de informações, como estratégias mais urgentes para o desenvolvimento da Educação Ambiental. Segundo DIAS (2000), "as recomendações da Conferência de Tbilisi (1977) sobre os objetivos e os princípios orientadores da Educação Ambiental devem ser consideradas como os alicerces para a Educação Ambiental em todos os níveis, dentro e fora do sistema escolar". Apesar de ocorrido há muito tempo e da realização de outros encontros internacionais, muitos dos princípios orientadores da Educação Ambiental a ser desenvolvida nas escolas continuam válidos nos dias atuais. Resumidamente, os principais princípios são: Considerar o meio ambiente em sua totalidade: em seus aspectos natural e construído, tecnológicos e sociais, não apenas ecológica, à margem dos problemas sociais. Constituir um processo permanente e contínuo durante as fases do ensino formal, no qual os indivíduos e a comunidade formam consciência do seu meio e adquirem o conhecimento, os valores, as habilidades, as experiências e a determinação que os torna aptos a agir. Aplicar um enfoque interdisciplinar, aproveitando o conteúdo específico de cada área, de modo que se consiga uma perspectiva global da questão ambiental. Examinar as principais questões ambientais do ponto de vista local, regional, nacional e internacional. Concentrar-se nas questões ambientais atuais e naquelas que podem surgir, levando em conta uma perspectiva histórica.

19 19 Insistir no valor e na necessidade da cooperação local, nacional e internacional para prevenir os problemas ambientais. Promover a participação dos alunos na organização de suas experiências de aprendizagem, dando-lhes a oportunidade de tomar decisões e aceitar suas conseqüências. Estabelecer, para os alunos de todas as idades, uma relação entre a sensibilização ao meio ambiente, a aquisição de conhecimentos, a atitude para resolver os problemas e a clarificação de valores, procurando, principalmente, sensibilizar os mais jovens para os problemas ambientais existentes na sua própria comunidade. Ajudar os alunos a descobrir os sintomas e as causas reais dos problemas ambientais. Ressaltar a complexidade dos problemas ambientais e, em conseqüência, a necessidade de desenvolver o senso crítico e as atitudes necessárias para resolvê-los. Utilizar os diversos ambientes com a finalidade educativa e uma ampla gama de métodos para transmitir e adquirir conhecimento sobre o meio ambiente, ressaltando principalmente as atividades práticas e as experiências pessoais. Considerando os problemas que o meio ambiente impõe à sociedade contemporânea e levando em conta o papel que a educação pode e deve desempenhar para a compreensão e a busca de soluções de tais problemas, várias recomendações foram definidas para contribuir no desenvolvimento da Educação Ambiental, em âmbito regional, nacional e internacional. Algumas recomendações (trechos do documento da UNESCO Declaração sobre a Educação Ambiental extraídos da obra de DIAS, 2000) são citadas abaixo: Recomendação nº 1 a) Ainda que seja óbvio que os aspectos biológicos e físicos constituem a base natural do meio humano, as dimensões sócio-culturais e econômicas e os valores éticos definem, por sua parte, as

20 20 orientações e os instrumentos com os quais o homem poderá compreender e utilizar melhor os recursos da natureza com o objetivo de satisfazer as suas necessidades; b) A Educação Ambiental é o resultado de uma reorientação e articulação de diversas disciplinas e experiências educativas que facilitam a percepção integrada do meio ambiente, tornando possível uma ação mais racional e capaz de responder às necessidades sociais; c) Um objetivo fundamental da Educação Ambiental é lograr que os indivíduos e a coletividade compreendam a natureza complexa do meio ambiente natural e do meio ambiente criado pelo homem, resultante da integração de seus aspectos biológicos, físicos, sociais, econômicos e culturais, e adquiram os conhecimentos, os valores, os comportamentos e as habilidades práticas para participar responsável e eficazmente da prevenção e solução dos problemas ambientais, e da gestão da questão da qualidade do meio ambiente; d) O Propósito fundamental da Educação Ambiental é também mostrar, com toda clareza, as interdependências econômicas, políticas e ecológicas do mundo moderno, no qual as decisões e comportamentos dos diversos países podem ter conseqüências de alcance internacional. Neste sentido, a Educação Ambiental deveria contribuir para o desenvolvimento de um espírito de responsabilidade e de solidariedade entre os países e as regiões, como fundamento de uma nova ordem internacional que garanta a conservação e a melhoria do meio ambiente; e) Uma atenção particular deverá ser dada à compreensão das relações complexas entre o desenvolvimento sócio-econômico e a melhoria do meio ambiente; f) Com esse propósito, cabe à Educação Ambiental dar os conhecimentos necessários para interpretar os fenômenos complexos que configuram o meio ambiente; fomentar os valores éticos, econômicos e estéticos que constituem a base de uma autodisciplina, que favoreçam o desenvolvimento de comportamentos

21 21 compatíveis com a preservação e melhoria desse meio ambiente, assim como uma ampla gama de habilidades práticas necessárias à concepção e aplicação de soluções eficazes aos problemas ambientais; g) Para a realização de tais funções, a Educação Ambiental deveria suscitar uma vinculação mais estreita entre os processos educativos e a realidade, estruturando suas atividades em torno dos problemas concretos que se impõem à comunidade; enfocar a análise de tais problemas, através de uma perspectiva interdisciplinar e globalizadora, que permita uma compreensão adequada dos problemas ambientais; h) A Educação Ambiental deve ser concebida como um processo contínuo e que propicie aos seus beneficiários graças a uma renovação permanente de suas orientações, métodos e conteúdos um saber sempre adaptado às condições variáveis do meio ambiente; i) A Educação Ambiental deve dirigir-se a todos os grupos de idade e categorias profissionais: Ao público em geral, não-especializado, composto por jovens e adultos cujos comportamentos cotidianos têm uma influência decisiva na preservação e melhoria do meio ambiente. Aos grupos sociais específicos cujas atividades profissionais incidem sobre a qualidade desse meio. Aos técnicos e cientistas cujas pesquisas e práticas especializadas constituirão a base de conhecimentos sobre os quais deve-se sustentar uma educação, uma formação e uma gestão eficaz, relativa ao ambiente. j) O desenvolvimento eficaz da Educação Ambiental exige o pleno aproveitamento de todos os meios públicos e privados que a sociedade dispõe para a educação da população: sistema de educação formal, diferentes modalidades de educação extra-escolar e os meios de comunicação de massa;

22 22 k) A ação da Educação Ambiental deve vincular-se à legislação, às políticas, às medidas de controle e às decisões que o governo adote em relação ao meio ambiente. No ano de 1987, dez anos depois da Conferência de Tbilisi, foi também promovido pela UNESCO/PNUMA, o Congresso Internacional de Educação Ambiental em Moscou (União Soviética), onde se reuniram os países membros da ONU com intenção de avaliar nos últimos dez anos quais foram os progressos e as dificuldades existentes na implementação dos programas de Educação Ambiental. Este congresso também teve o objetivo de traçar, a partir das necessidades e prioridades estabelecidas, uma estratégia internacional de ação e formação ambientais para a década de 90. O encontro em Moscou produziu um documento intitulado "Orientações, objetivos e ações para a estratégia internacional em Educação Ambiental e Formação Ambiental", o que reafirmou os objetivos e princípios orientadores já propostos na Conferência de Tbilisi, em Neste documento constam itens como: Acesso à informação, Pesquisa e experimentação, Programas educacionais e materiais de ensino, Treinamento de docentes, Educação técnica e vocacional, Educando e informando o público, Educação Universitária geral, Treinamento de especialistas, Cooperação internacional e regional e a sugestão de um outro congresso a ser realizado em É inquestionável a importância da Conferência de Tbilisi, no entanto, foi somente em Moscou que houve a participação irrestrita de educadores ambientais e se enfatizou o treinamento de docentes como principal fator para o desenvolvimento da Educação Ambiental. Nestes treinamentos devem ser enfatizadas as relações entre desenvolvimento e meio ambiente para que estes profissionais possam entender as conseqüências da intervenção do homem sobre o ambiente. Também em 1987, foi divulgado o Our Common Future (Nosso Futuro Comum), o relatório da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e

23 23 Desenvolvimento, também conhecida por Comissão Brundtland porque foi presidida pela primeira ministra da Noruega Gro Harlem Brundtland. Essa comissão, criada pela ONU como um organismo independente (1983), tem o objetivo de reexaminar os principais problemas do meio ambiente e do desenvolvimento, em âmbito planetário e assegurar que o progresso humano seja sustentável por meio do desenvolvimento, sem comprometer os recursos ambientais para as futuras gerações. O relatório trata de preocupações, desafios e esforços comuns como a busca do desenvolvimento sustentável, o papel da economia internacional, população, segurança alimentar, energia, indústria, desafio urbano e mudança institucional. Segundo GUIMARÃES (1991), os problemas do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável se encontram diretamente relacionados com os problemas da pobreza, da satisfação das necessidades básicas, de alimentação, saúde e habitação e de uma matriz energética que privilegie as fontes renováveis no processo de inovação tecnológica. Em 1990, foi realizada a Conferência Mundial sobre Educação para Todos Satisfação das Necessidades Básicas de Aprendizagem, em Jomtien (Tailândia), o que resultou na Declaração Mundial sobre Educação para Todos, que apresenta no Artigo 1º: A satisfação dessas necessidades confere aos membros de uma sociedade a possibilidade e, ao mesmo tempo, a responsabilidade de respeitar e desenvolver sua herança cultural, lingüística e espiritual, de promover a educação de outros, de defender a causa da justiça social, de proteger o meio-ambiente e de ser tolerante com os sistemas sociais, políticos e religiosos que difiram dos seus, assegurando respeito aos valores humanistas e aos direitos humanos comumente aceitos, bem como de trabalhar pela paz e pela solidariedade internacionais em um mundo interdependente. Em 1991, foi revisada a Estratégia Mundial para Conservação (EMC). A revisão foi realizada pelos patrocinadores da EMC, pelo Programa das Nações Unidas para o Meio ambiente (PNUMA), pelo Fundo Mundial para

24 24 a Natureza (WWF) e pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). Contou com a participação de cientistas, organizações ambientalistas e entidades governamentais, que examinaram e consolidaram as informações das experiências das diversas estratégias de conservação. O resultado foi o documento "Cuidando do Planeta Terra: uma estratégia para o futuro da vida". Dentre os princípios gerais e planos de ações estabelecidos destacamos o seguinte trecho deste documento, pela sua importância para a Educação Ambiental: Para adotar a ética de vida sustentável, as pessoas têm de reexaminar seus valores e alterar seu comportamento. A sociedade deve promover valores que apóiem esta ética, desencorajando aqueles que são incompatíveis com um modo de vida sustentável. Deve-se disseminar informação por meio da educação formal e informal, de modo que as atitudes necessárias sejam amplamente compreendidas. Em 1992, foi realizada no Rio de Janeiro (Brasil) a II Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio 92), com a participação de cerca de 180 países e ainda inúmeras organizações não governamentais. É considerada a maior conferência global da ONU de toda a sua história. A Agenda 21, o principal documento resultante desse evento, reúne propostas de ações e estratégias que promovem a qualidade de vida e o desenvolvimento sustentado ao longo de todo século XXI. A II Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio 92) apresentava os seguintes objetivos: a) Examinar a situação ambiental do mundo e as mudanças ocorridas depois da Conferência de Estocolmo. b) Identificar estratégias regionais e globais para ações apropriadas referentes às principais questões ambientais. c) Recomendar medidas a serem tomadas a níveis nacional e internacional referentes à proteção ambiental através de política de desenvolvimento sustentável. d) Promover o aperfeiçoamento da legislação ambiental internacional.

25 25 e) Examinar estratégias de promoção de desenvolvimento sustentável para a eliminação da pobreza nos países em desenvolvimento, entre outros. Depois de vinte anos da Conferência de Estocolmo, a Conferência Rio 92 representou um avanço nas discussões sobre o progresso humano, seu consumismo característico e acima de tudo as bases que deverão nortear a sustentabilidade humana no futuro. Além disso, tornou-se mais pública a concordância internacional de que é necessária uma profunda reflexão sobre a relação homem-natureza, até agora baseada no uso desenfreado dos recursos naturais e na falta de consciência da população em relação à degradação do meio ambiente e à qualidade de vida humana. Em paralelo a Conferência Rio 92, realizou-se o Fórum Global das Organizações Não Governamentais, reunindo cerca de 4000 entidades civis de todo o mundo, tendo como resultado, o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, onde foram delineados princípios e diretrizes gerais para o desenvolvimento de trabalhos com a temática Meio Ambiente, conforme apresentados abaixo: A educação é um direito de todos; somos todos aprendizes e educadores. A Educação Ambiental deve ter como base o pensamento crítico e inovador, em qualquer tempo ou lugar, em seus modos formal, nãoformal e informal, promovendo a transformação e a construção da sociedade. A Educação Ambiental é individual e coletiva. Tem o propósito de formar cidadãos com consciência local e planetária, que respeitem a autodeterminação dos povos e a soberania das nações. A Educação Ambiental não é neutra, mas ideológica. É um ato político. A Educação Ambiental deve envolver uma perspectiva holística, enfocando a relação entre o ser humano, a natureza e o universo de forma interdisciplinar.

26 26 A Educação Ambiental deve estimular a solidariedade, a igualdade e o respeito aos direitos humanos, valendo-se de estratégias democráticas e da interação entre as culturas. A Educação Ambiental deve tratar as questões globais críticas, suas causas e inter-relações em uma perspectiva sistêmica, em seu contexto social e histórico. Aspectos primordiais relacionados ao desenvolvimento e ao meio ambiente, tais como população, saúde, paz, direitos humanos, democracia, fome, degradação da flora e fauna, devem se abordados dessa maneira. A Educação Ambiental deve facilitar a cooperação mútua e eqüitativa nos processos de decisão, em todos os níveis e etapas. A Educação Ambiental deve recuperar, reconhecer, respeitar, refletir e utilizar a história indígena e culturas locais, assim como promover a diversidade cultural, lingüística e ecológica. Isto implica uma visão da história dos povos nativos par modificar os enfoques etnocêntricos, além de estimular a educação bilíngüe. A Educação Ambiental deve estimular e potencializar o poder das diversas populações, promovendo oportunidades para as mudanças democráticas de base que estimulem os setores populares da sociedade. Isto implica que as comunidades devem retomar a condução de seus próprios destinos. A Educação Ambiental valoriza as diferentes formas de conhecimento. Este é diversificado, acumulado e produzido socialmente, não devendo ser patenteado ou monopolizado. A Educação Ambiental deve ser planejada para capacitar as pessoas a trabalharem conflitos de maneira justa e humana. A Educação Ambiental deve promover a cooperação e do diálogo entre indivíduos e instituições, com a finalidade de criar novos modos de vida, baseados em atender às necessidades básicas de todos, sem distinções étnicas, físicas, de gênero, idade, religião ou classe. A Educação Ambiental requer a democratização dos meios de comunicação de massa e seus comprometimentos com os interesses

27 27 de todos os setores da sociedade. A comunicação é um direito inalienável e os meios de comunicação de massa devem ser transformados em um canal privilegiado de educação, não somente disseminando informações em bases igualitárias, mas também promovendo intercâmbio de experiências, métodos e valores. A Educação Ambiental deve integrar conhecimentos, aptidões, valores, atitudes e ações. Deve converter cada oportunidade em experiências educativas de sociedades sustentáveis. A Educação Ambiental deve ajudar a desenvolver uma consciência ética sobre todas as formas de vida com as quais compartilhamos este planeta, respeitar seus ciclos vitais e impor limites à exploração dessas formas de vida pelos seres humanos. Além da elaboração da Agenda 21, outros documentos foram aprovados durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, tais como: Declaração do Rio de Janeiro sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, onde constam os princípios fundamentais aprovados pelos participantes do evento. Convenção sobre Mudanças Climáticas, onde faz referência a emissão de gás carbônico. Declaração de Princípios sobre Florestas. Convenção sobre a Biodiversidade, relativa à preservação de espécies e o direito de patentes dos produtos que tenham como matéria-prima, as espécies do planeta. A Agenda 21 foi o principal documento da Conferência Rio 92 e recebeu esta denominação porque se refere às preocupações com o futuro da humanidade durante o século XXI. Foi um programa de ações recomendado aos governos, agências de desenvolvimento, órgãos das Nações Unidas, organizações não governamentais e sociedade civil de um modo geral, para ser colocado em prática a partir de sua aprovação, em 14 de junho de 1992, e implementado ao longo deste século.

28 28 Segundo BARBIERI (2000), a Agenda 21 é um documento longo, com mais de 800 folhas, dividido em quatro seções, com quarenta capítulos, divididos da seguinte forma: Seção I, com sete capítulos que tratam das dimensões sociais do desenvolvimento sustentável; Seção II, sem título, com quatorze capítulos que abordam as dimensões ambientais; Seção III dedica nove capítulos aos principais grupos sociais, mulheres, jovens, populações indígenas, trabalhadores, empresários, ONGs, autoridades locais e outros com participação direta para se obter o desenvolvimento sustentável; Seção IV refere-se aos meios para implantar os programas e as atividades recomendadas nas seções anteriores (recursos financeiros, transferência de tecnologia, educação, etc.). A Agenda 21 é vista como um sistema de planejamento ou gestão organizacional estratégica que serve de guia para as ações do governo e de todas as comunidades que procuram desenvolvimento sem com isso destruir o meio ambiente. Da mesma forma que os países se reuniram e fizeram a Agenda 21, as cidades, os bairros e as escolas também podem fazer a Agenda 21 Local. As bases metodológicas do Plano de Ação Agenda 21 Local estão incluídas no capítulo 28 da Agenda 21Global O capítulo 36 da Agenda 21 (Anexo I) é de grande importância já que se refere à educação onde propõe um esforço global para fortalecer atitudes, valores e ações que sejam ambientalmente saudáveis e que apóiem o desenvolvimento sustentável por meio da promoção do ensino, do aumento da conscientização pública e do treinamento. Um grande encontro mundial foi a Conferência Internacional sobre Educação Ambiental e Sociedade, realizada pela UNESCO na cidade de Thessaloniki, Grécia, entre 8 a 12 de dezembro de 1997, onde foi gerado um documento intitulado de "Educação para um Futuro Sustentável". Alguns

29 29 pontos deste documento afirmam que ainda são válidas e não foram explorados os planos de ação e as recomendações do Encontro de Belgrado sobre Educação Ambiental (1975), da Conferência Intergovernamental em Educação Ambiental em Tbilisi (1977) e do Congresso Internacional de Educação e Formação Ambiental em Moscou (1987). Através da Conferência de Thessaloniki é reconhecido que após os cinco anos passados desde a II Conferência sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (1992), a Educação Ambiental não foi desenvolvida de forma eficiente. Além disso, para aumentar a conscientização ambiental e mudar comportamentos visando a sustentabilidade, é necessário um processo de aprendizagem coletiva, parceria e diálogo entre governos, meios acadêmicos, organizações não governamentais e outros setores da sociedade, como também uma reorientação das práticas educativas envolvendo todos os níveis de educação formal, não-formal e informal em todas as nações. Em 2002, foi realizada em Johannesburg (África do Sul), a Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+10). A cúpula, organizada pela ONU, reuniu vários participantes, incluindo chefes de Estado e de Governo, outras autoridades oficiais, empresários e representantes da sociedade civil e organizações não governamentais, com o objetivo de avaliar mudanças ocorridas nos dez anos passados desde a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio 92). A Rio+10 teve como objetivo encontrar soluções para a pobreza e a degradação do meio ambiente, como também avaliar e dar continuidade o que foi proposto na Rio 92. Foi constatado que dez anos após o último encontro pouca coisa foi feita, mesmo depois da elaboração e assinatura da Agenda 21. Os principais temas abordados foram: água potável, energia, clima, biodiversidade, saúde e pobreza. A Tabela 1 apresenta, em ordem cronológica, os principais eventos internacionais relacionados à Educação Ambiental.

30 30 Tabela 1: Principais Eventos Internacionais sobre Educação Ambiental ANO DESCRIÇÃO Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Estocolmo/Suécia). Seminário Internacional sobre Educação Ambiental (Belgrado/Ioguslávia). Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental (Tbilisi/Geórgia). Congresso Internacional sobre Educação Ambiental (Moscou/Rússia). Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, (Relatório Brundtland Nosso Fórum Comum). Conferência Mundial sobre Educação para Todos (Jomtien/Tailândia) Rio 92: II Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio de Janeiro/Brasil). Conferência Internacional sobre Meio Ambiente e Sociedade (Thessaloniki/Grécia). Rio+10: Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (Johannesburg /África do Sul).

31 31 CAPÍTULO II EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL BRASILEIRA

32 32 2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL BRASILEIRA O Brasil, além de ser um dos maiores países do mundo em extensão, é dono de uma das maiores biodiversidades, possuindo inúmeros recursos naturais de fundamental importância para todo o planeta, desde ecossistemas importantes como as suas florestas tropicais, o pantanal, o cerrado, os mangues e restingas, até uma grande quantidade de água doce disponível para o consumo humano. Analisando a história brasileira, considera-se que a preocupação com a natureza iniciou em 1932 quando foi realizada a Primeira Conferência Brasileira de Proteção à Natureza no Museu Nacional. No entanto, dentre os países dotados de ricas florestas, o Brasil era o único que não possuía um código florestal. Logo, em 1934, o Decreto transformou em Lei o Anteprojeto do Código Florestal de Alguns anos depois, foi criada a primeira unidade de conservação do Brasil, o Parque Nacional de Itatiaia (1937), e dois anos mais tarde, também foi criado o Parque Nacional do Iguaçu (1939). Durante do "milagre econômico" dos anos 70, o Brasil contrariava as tendências internacionais de proteção ao meio ambiente, já que o regime militar deu sustentação para o crescimento econômico a qualquer custo, sem nenhuma preocupação ambiental. Além disso, a questão ambiental era juridicamente fragmentada e desenvolvimentista. Apesar disso, durante a ditadura militar, temos a edição de leis de proteção da flora (Lei nº 4.771/65 Código Florestal), da fauna (Lei nº 5.197/67 Proteção à Fauna e Decreto-Lei nº 221/67 Proteção à Pesca), de regulamentação da exploração mineral (Decreto-Lei nº 227/67 Código de Minas) e da função social da terra (Lei nº 4.504/64 Estatuto da Terra). Ao mesmo tempo em que no Brasil a visão jurídica ainda tratava o meio ambiente de forma fragmentada, começaram a surgir discussões entre

33 33 países sobre o papel do estado e das leis na questão ambiental global Tais discussões demonstraram a preocupação com a escassez de recursos naturais e com as mudanças climáticas. Um marco dessas discussões foi a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada em Estocolmo, em Devido a sua postura de crescimento econômico a qualquer custo, sem preocupação ambiental, o Brasil recebeu uma onda de críticas de outros países. No entanto, o governo brasileiro colocou-se na defensiva, espalhando a opinião de que a defesa do meio ambiente seria uma espécie de conspiração das nações desenvolvidas para impedir o crescimento do país. Mesmo mantendo esta posição defensiva, em 1972 o Brasil mandou uma delegação oficial a Estocolmo e assinou, sem restrições, a Declaração da ONU sobre o Meio Ambiente Humano. No mesmo período, o professor João Vasconcellos Sobrinho começou um trabalho regional a partir da Universidade Federal Rural de Pernambuco, incorporando características do que mais tarde se chamaria Educação Ambiental. Vasconcellos Sobrinho tornou-se famoso a partir de 1972, quando iniciou a campanha para trazer de volta o pau-brasil ao nosso patrimônio ambiental. Esta planta, que deu o nome ao país, foi considerada extinta em No entanto, em 7 de dezembro de 1961, a promulgação de uma nova lei transformou o pau-brasil em Símbolo Nacional. Graças à ação do professor, houve uma larga produção e distribuição de mudas de pau-brasil em todo o país. Em 1973, a Presidência da República criou a Secretaria Especial de Meio Ambiente SEMA, dentro do Ministério do Interior, convidando o biólogo e professor Paulo Nogueira Neto para comandá-la. Foi o primeiro organismo brasileiro, de ação nacional para a gestão integrada do meio ambiente, tendo como principais atribuições, o controle da poluição e a Educação Ambiental.

34 34 Como já foi mencionado no Capítulo I, na Carta de Belgrado (1975) foram estabelecidos as metas e princípios da Educação Ambiental e também foram formulados os princípios e orientações para o Programa Internacional de Educação Ambiental (PIEA). Assim, em 1976, a Secretaria do Meio Ambiente (SEMA) criou os cursos de Pós-Graduação em Ecologia nas Universidades do Amazonas, Brasília, Campinas, São Carlos e o Instituto Nacional de Pesquisas Aéreas em São José dos Campos. Logo após a realização da Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental, em Tbilisi (1977), onde foram definidos os princípios orientadores e estratégias para o desenvolvimento da Educação Ambiental, em âmbito regional, nacional e internacional, o Conselho Federal de Educação CFE tornou obrigatória a disciplina de Ciências Ambientais em cursos Universitários de Engenharia Sanitária, em 1978, onde já inseriam as matérias de Saneamento Básico e Saneamento Ambiental. Em 1979, o Departamento de Ensino Médio do MEC, em parceria com a CETESB publicam o documento Ecologia Uma proposta para o Ensino de 1º e 2º graus. Apesar do Brasil não ter participado da Conferência Internacional de Tbilisi, em 1977, um pouco antes, reuniu um grupo de especialistas para produzir o primeiro documento oficial do governo brasileiro sobre este tema. Assinado pela Secretaria Especial do Meio Ambiente, e pelo Ministério do Interior, o documento "Educação Ambiental" já introduzia princípios e objetivos adotados em Tbilisi. O documento define que: "o objetivo específico do processo de Educação Ambiental é criar uma interação mais harmônica, positiva e permanente entre o homem e o meio criado por ele e que, para isso, se deveria considerar o ambiente ecológico em sua totalidade: o político, o econômico, o tecnológico, o social, o legislativo, o cultural e o estético; na educação formal. Para completar, informava-se que "não poderá ser mantida a tradicional fragmentação dos conhecimentos ministrados através de disciplinas escolares consideradas como compartimentos estanques (KRASALCHIK).

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