DOSSIER DE PATOLOGIA DOENÇAS DA TIRÓIDE

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "DOSSIER DE PATOLOGIA DOENÇAS DA TIRÓIDE"

Transcrição

1 DOSSIER DE PATOLOGIA DOENÇAS DA TIRÓIDE Maio de 2008

2 Índice Tiróide Normal pág. 3 Exames à Tiróide pág. 4 Hipertiroidismo pág. 6 Hipotiroidismo pág. 8 Nódulo da tiróide pág. 9 Tiroidites pág. 11 Carcinoma medular da tiróide pág. 13 Cancro da tiróide pág. 14 Tiróide e gravidez pág. 16 Doenças da tiróide na criança pág. 18 Doenças da tiróide no idoso pág. 20 Alterações subclínicas da tiróide pág. 22 Tratamento com iodo radioactivo pág. 24 Cirurgia pág. 26 Glossário pág. 28

3 Tiróide Normal A tiróide é uma glândula que se localiza na região anterior do pescoço, à frente da traqueia e abaixo da "maçã de Adão". (Figura 1). A tiróide tem a forma de uma borboleta encontrando-se os 2 lobos (direito e esquerdo) unidos pelo istmo. O seu peso, em circunstâncias normais, é de apenas cerca de 25g. Figura 1 A tiróide produz várias hormonas sendo as mais importantes a triiodotironina (T3) e a tiroxina (T4). A actividade da tiróide é regulada por outra hormona produzida pela hipófise, a TSH. A produção da TSH é, por sua vez, estimulada por uma hormona (TRH) produzida numa parte do cérebro chamada hipotálamo. As concentrações das hormonas tiroideias no sangue também influenciam a produção de TSH pela hipófise (Figura 2). Figura 2 - "+" estimulação, "-" inibição Quando a produção de T3 e T4 pela tiróide diminui (hipotiroidismo) a produção de TSH pela hipófise aumenta e pelo contrário se a tiróide produz hormonas em excesso (hipertiroidismo) a produção de TSH pela hipófise diminui. Deste modo o organismo tenta manter os níveis de hormonas tiroideias no sangue dentro dos valores normais. Estas hormonas podem ser medidas no sangue o que permite fazer o diagnóstico das situações de mau funcionamento da tiróide. Para a produção das hormonas a tiróide capta iodo do sangue e combina-o com um aminoácido, a tirosina. A T3 tem 3 moléculas de iodo em cada molécula da hormona e a T4 tem 4. Embora a tiróide produza alguma T3 (20%) ela liberta sobretudo T4 (80%). A T3 é muito mais activa que a T4. Uma grande parte da T3, que actua a nível das células de todo o organismo, resulta da conversão de T4 em T3 em vários órgãos fora da tiróide. As hormonas tiroideias têm funções muito importantes em todo o corpo incluindo um papel fundamental no crescimento. Estes diversos efeitos são mais facilmente compreendidos considerando as consequências do hipertiroidismo e do hipotiroidismo bem como do caso particular do hipotiroidismo congénito. Além das células foliculares que produzem as hormonas tiroideias, T3 e T4, encontram-se na tiróide outras células que sintetizam a calcitonina e que são chamadas células C ou parafoliculares. Estas células são particularmente importantes porque podem dar origem a alguns tumores com características particulares, os carcinomas medulares da tiróide. A calcitonina

4 Exames à tiróide Hormonas tiroideias As hormonas tiroideias são medidas no sangue, não sendo necessário o jejum. Tal como a maioria dos doseamentos hormonais deverão ser efectuados em laboratórios de referência. A sua execução é morosa, pelo que, a obtenção dos resultados não é imediata. Podem ser doseadas a TSH, as hormonas tiroideias totais (T3 e T4) e as suas fracções livres. A determinação da TSH com os métodos actuais de elevada sensibilidade, é suficiente na maioria dos casos, para avaliar eventuais alterações hormonais. Os outros doseamentos são pedidos analisando as situações caso a caso. Vários medicamentos e doenças não tiroideias podem interferir no doseamento das hormonas tiroideias. Na mulher, em que a doença tiroideia é muito frequente, a gravidez e o uso de contraceptivos orais, interfere com o doseamento das hormonas tiroideias totais Anticorpos antitiroideus Os anticorpos antitiroideus, são também doseados no sangue. Estão geralmente presentes nas doenças auto-imunes (tiroidite pós-parto, tiroidite de Hashimoto, hipotiroidismo, doença de Graves-Basedow, etc...). Ecografia tiroideia Após a realização da história clínica e observação física que inclui a palpação do pescoço, em caso de suspeita, sobretudo da presença de nódulos, o seu médico irá, muitas vezes, pedir uma ecografia. A ecografia é um exame não invasivo, inócuo e de fácil realização, que permite a avaliação morfológica e estrutural da tiróide, isto é: Permite saber as dimensões e os contornos da glândula e caracterizar as alterações estruturais, ou seja presença de nódulos, o seu número (um só nódulo ou vários?), dimensões, composição, se são sólidos ou líquidos (quistos) e a sua relação com as estruturas vizinhas. Através da ecografia é possível avaliar a presença de adenomegalias (gânglios aumentados de volume). A ecografia pode ser utilizada para orientar as punções aspirativas. Habitualmente a presença de múltiplos nódulos é sugestiva de uma situação benigna. Apesar do baixo custo, como todos os exames auxiliares de diagnósticos devem ser efectuados de forma criteriosa, pois a sensibilidade do método ao permitir o achado de micronódulos (nódulos com diâmetro inferior a 1cm), na sua quase totalidade benignos, é causa de ansiedade e aumenta os custos de exames subsequentes, na maioria dos casos desnecessários. Citologia Aspirativa A citologia aspirativa com agulha fina permite diagnosticar tumores (benignos e malignos) através da punção da lesão, com uma agulha fina (mais fina que uma agulha de punção endovenosa), aspiração de líquido e/ou células que, após serem espalhadas numa lâmina e coradas, são analisadas ao microscópio. Esta técnica é diferente da biópsia, que pressupõe a colheita de tecido, enquanto que com a citologia aspirativa a amostragem é feita através de células. Não necessita de anestesia prévia, internamento, é muito rápida (5min) e não é dolorosa. Praticamente não tem contra-indicações, o que torna um exame exequível em doentes com situações clínicas muito debilitantes.

5 Faz-se em nódulos palpáveis e em nódulos não palpáveis apenas com controlo imagiológico (ecografia). Cintigrafia A cintigrafia ou gamagrafia tiroideia é um exame disponível apenas em centros hospitalares de referência e que mais raramente poderá ser utilizado, na avaliação de doença da tiróide. É sobretudo útil, no seguimento de doentes com tumores malignos, avaliação de metástases, sendo igualmente útil em patologia benigna, nomeadamente no diagnóstico de hiperfunção da tiróide. Fig. 1 - Cintigrama em que se observa a existência de uma lesão hipofixante (nódulo frio) São usados vários radiofármacos ou seja substâncias químicas que contêm elementos radioactivos (radionuclidos: iodo 131, tecnécio-99, etc.). Fig. 2 - Cintigrama em que se observa a existência de uma lesão hiperfixante (nódulo quente) Alguns radiofármacos são utilizados para tratamento de determinadas doenças, tais como: hipertiroidismo e tumores malignos da tiróide.

6 Hipertiroidismo O hipertiroidismo é uma doença devida ao excesso de hormonas tiroideias em circulação, habitualmente produzidas na tiróide. Pode provocar uma grande variedade de sintomas de diferentes graus de gravidade. Os mais comuns são: ansiedade e irritabilidade, cansaço, particularmente muscular (braços, coxas, dificuldade em levantar objectos ou subir escadas), tremores, palpitações, sudação, emagrecimento, por vezes muito acentuado, caracteristicamente com aumento de apetite, alterações menstruais, no caso do sexo feminino. Figura 1 - Manifestações clínicas de hipertiroidismo A causa mais frequente de hipertiroidismo (cerca de 70-80%) é uma doença auto-imune conhecida como bócio tóxico difuso ou doença de Graves. Não se sabe porque é que o sistema imunitário inicia uma produção de anticorpos que estimulam a tiróide levando à libertação de uma quantidade elevada de hormonas tiroideias para a circulação. Pode atingir ambos os sexos mas é mais frequente nas mulheres entre os 20 e os 40 anos. A tiróide pode aumentar de volume (bócio) de modo marcado. Alguns doentes desenvolvem alterações oculares, conhecidas como oftalmopatia, que muitas vezes é visível devido à protusão dos globos oculares (pode ser unilateral) provocando alteração estética que incomoda o doente. Pode provocar lacrimejo, irritação local, conjuntivite e alterações da visão. A existência de um ou vários nódulos da tiróide que, por vezes são visíveis, se tornam hiperactivos (autónomos) são a segunda causa mais importante de hipertiroidismo. Estes nódulos produtores, em excesso, de hormonas tiroideias são conhecidos como nódulos quentes, nódulo tóxico (no caso de ser só um) ou bócio multinodular tóxico se forem vários. Outras causas, menos frequentes, são as tiroidites linfocíticas e pós-parto que devido à inflamação da tiróide, que se torna dolorosa, levam transitoriamente a um estado de hipertiroidismo. São, também, doenças auto-imunes. A tiroidite pós-parto pode ocorrer alguns meses após o parto. As queixas podem ser arrastadas (meses) e frequentemente evoluem para hipotiroidismo, provocando fadiga e aumento de peso devido à diminuição de hormonas tiroideias em circulação. A tiroidite subaguda ou granulomatosa, de origem virusal, provoca um bócio doloroso. Neste caso, há também um hipertiroidismo transitório. Existem outras causas menos frequentes mas salienta-se que a ingestão excessiva de hormona tiroideia, por tratamento incorrecto ou de modo voluntário, pode provocar estados de hipertiroidismo. Diagnóstico Perante uma suspeita clínica de hipertiroidismo o diagnóstico deverá ser apoiado por doseamentos laboratoriais. É necessário dosear os valores em circulação das hormonas tiroideias (T3 livre e T4 livre) que estão habitualmente elevadas e a TSH que se encontra diminuída. Esta pode ser a única alteração laboratorial num hipertiroidismo inicial. Outros

7 exames poderão ser necessários como doseamentos mais específicos ou técnicas de imagem como a ecografia ou a cintigrafia da tiróide. Tratamento Há vários tratamentos possíveis. A melhor opção terapêutica, discutida com um endocrinologista, deverá levar em consideração vários factores como sejam o tipo de hipertiroidismo, a sua gravidade, a idade ou história de alergias do doente. Deverá ser sempre discutida com o doente que será devidamente informado dos riscos e benefícios de cada tipo de tratamento. Há medicamentos, conhecidos como antitiroideus, que diminuem a quantidade de hormonas tiroideias em circulação e que são o metimazol e o propiltiouracilo. Raramente têm efeitos indesejáveis mas devem ser utilizados com precaução e com apoio especializado. As doses a utilizar são muito variáveis dependendo de cada caso clínico. Fármacos conhecidos como b -bloqueantes são úteis logo que é feito o diagnóstico porque melhoram alguns dos sintomas do hipertiroidismo apesar de não reduzirem a produção de hormonas tiroideias. Deverão ser suspensos quando a doença está controlada. O iodo radioactivo permite lesar as células da tiróide levando à diminuição da capacidade de produzir hormonas tiroideias conseguindo-se uma normalização da quantidade de hormonas tiroideias em circulação. É administrado por via oral, entra em circulação e é captado pela tiróide que se encontra hiperactiva. Nas semanas seguintes o iodo com radioactividade vai lesando lentamente as células da tiróide. Durante este período pode ser, ainda, necessário manter tratamento com medicamentos e vigilância médica. Em alguns casos há necessidade de repetir, mais tarde, este tratamento. Frequentemente a tiróide, passados alguns meses ou anos, fica com a sua função diminuída, situação conhecida como hipotiroidismo. Nestes casos, de fácil controlo, é necessário o tratamento com comprimidos de hormona tiroideia durante o resto da vida pois a tiróide fica definitivamente lesada. Alguns doentes necessitam de tratamento cirúrgico que consiste na remoção de parte da glândula tiroideia no caso de nódulo tóxico ou na sua totalidade no caso de doença de Graves e de bócio multinodular tóxico. Nos casos de remoção total o doente fica em hipotiroidismo ou seja com diminuição das hormonas tiroideias circulantes, necessitando de tratamento com hormona tiroideia para toda a vida. A decisão para este tipo de terapêutica deve ser ponderada criteriosamente pelo endocrinologista e pelo cirurgião que deverá ter experiência neste tipo de cirurgia. Nos casos de tiroidites o tratamento é apenas sintomático podendo ser utilizados vários tipos de medicamentos como analgésicos eventualmente até corticosteróides.

8 Hipotiroidismo O hipotiroidismo é uma situação que resulta de uma produção insuficiente ou mesmo nula de hormonas tiroideias pela tiróide. As causas mais frequentes de hipotiroidismo são: a remoção cirúrgica, parcial ou total, da tiróide; doenças inflamatórias ou imunológicas de que são exemplo as tiroidites; o tratamento com iodo radioactivo; certos medicamentos receitados para tratamento da depressão e de arritmias cardíacas. A falta de TSH, que surge em certas doenças cerebrais, é uma das causas raras de hipotiroidismo. Todas estas causas provocam diminuição das hormonas tiroideias: ou porque a glândula foi retirada por tratamento cirúrgico, ou porque foi danificada (lesada), com consequente incapacidade funcional, ou porque há bloqueio da produção das hormonas tiroideias na glândula ou da sua libertação para o sangue, ou finalmente porque a tiróide deixou de ser estimulada por falta de TSH. Sintomas As hormonas tiroideias são fundamentais para o normal funcionamento do nosso corpo e a sua falta a nível dos tecidos e órgãos provoca o aparecimento de queixas e sinais que podem ser mais ou menos evidentes, dependendo do grau do hipotiroidismo e do seu tempo de evolução. As queixas e sinais (Figura 1) não são específicos da doença e podem ser muito diversas: cansaço, cabelo seco, queda de cabelo, pele pálida e rugosa, dificuldade em tolerar o frio, dores ou cãibras musculares, dificuldade de concentração ou memorização, depressão, sonolência, aumento de peso, irregularidades menstruais, diminuição da fertilidade, diminuição da capacidade para o trabalho, obstipação (prisão de ventre) e em situações mais graves pode aparecer falência do coração (insuficiência cardíaca) e mesmo coma. Figura 1 - Manifestações clínicas de hipotiroidismo Diagnóstico A confirmação do diagnóstico faz-se por análise da TSH e da tiroxina (T4) no sangue; habitualmente a TSH está aumentada e a T4 baixa. No chamado hipotiroidismo subclínico as queixas acima referidas estão ausentes, a TSH está aumentada mas a tiroxina tem um valor normal. Há contudo situações em que é necessário recorrer a outros exames além dos referidos para se esclarecer a causa da doença. Tratamento O tratamento do hipotiroidismo faz-se utilizando comprimidos de tri-iodotironina (T3) ou de tiroxina (T4), mas esta última é geralmente a preferida porque é suficiente tomá-la apenas uma vez por dia. Por vezes o hipotiroidismo pode ser transitório e só nesses casos o tratamento não é para toda a vida. A quantidade (dose) de medicamento necessário varia de doente para doente e tem que ser periodicamente acertada pelo Endocrinologista de acordo com o exame clínico e os resultados das análises hormonais porque as necessidades podem variar ao longo da vida. Durante a gravidez, por exemplo, as doses têm frequentemente que ser aumentadas. A prescrição de doses superiores ou inferiores às necessárias têm inconvenientes para a saúde.

9 Nódulo da tiróide Nódulos da tiróide são "caroços" que aparecem frequentemente no interior da glândula. Pelo menos uma em cada 15 mulheres e um em cada 60 homens em Portugal, tem um nódulo da tiróide que pode ser sentido ou como o seu médico diz pode ser palpado. Os nódulos da tiróide são grupos de células que crescem anormalmente no interior da tiróide. Eles podem também ser quistos que são cavidades cheias de líquido ou então inchaços provocados por inflamação da tiróide. A maior parte dos nódulos da tiróide não são cancro e muito poucos interferem com a saúde de quem os tem. No entanto, há três pontos que devem ser esclarecidos sempre que uma pessoa tem nódulos na tiróide. 1. Será que o meu nódulo é cancro? 2. Será que o nódulo é tão grande que está a empurrar outro órgão do pescoço? 3. Será que a minha tiróide está a fabricar hormonas a mais ou a menos? Sintomas A maioria dos nódulos não provocam quaisquer queixas. São habitualmente detectados por acaso pelos doentes, pelo médico ou durante uma ecografia feita por outras razões. Em casos raros, os nódulos podem provocar dor na parte da frente do pescoço que parece vir da mandíbula ou da orelha. Se se trata de um nódulo grande pode provocar alguma impressão com o engolir de comida sólida ou líquida. Mais raramente ainda os nódulos podem provocar tosse ou mesmo falta de ar se apertam a traqueia. Estas queixas podem ser provocadas por nódulos malignos ou benignos. Quando um nódulo da tiróide é detectado, deve ser estudado por um médico que saiba os problemas que podem provocar. Os endocrinologistas são médicos especializados no tratamento de doentes com alterações das glândulas endócrinas. Estudo e exames a fazer Palpando o seu pescoço, o seu médico vai determinar a localização, tamanho e consistência do nódulo. É importante saber se se trata de um só nódulo ou de vários, dado que quando é mais de um é habitualmente uma situação benigna chamada bócio multinodular. Quase sempre irá fazer uma ecografia que vai permitir ao seu médico saber se há apenas um nódulo ou se são vários, se são sólidos ou líquidos (quistos) se o resto da glândula está maior que o habitual e se as células aparentam estar a funcionar normalmente. Poderá também ter de fazer colheita de sangue para saber o nível das suas hormonas tiroideias, ou seja se a sua tiróide está a trabalhar regularmente ou não. Conforme o parecer do médico poderá necessitar de fazer uma citologia aspirativa. Este exame, também chamado biópsia, não provoca dor significativa. As células aspiradas são estudadas ao microscópio por um especialista e é então possível sabermos se se trata de um nódulo benigno, maligno ou se é um nódulo que terá de ser operado para haver certeza que é benigno. Ocasionalmente, se se trata de um quisto, é possível aspirar o líquido do seu interior. Há outros exames que mais raramente poderão ser feitos para melhor esclarecer a sua situação tais como cintigrafia ou cintilografia, medição dos anticorpos contra a tiróide no sangue e outros.

10 Tratamento O tratamento irá depender do resultado dos exames. Mais frequentemente, se o nódulo não é cancro e não é muito grande ser-lhe-á proposto um tratamento médico. Este tratamento consiste num medicamento que irá tentar reduzir as dimensões do nódulo. Embora uma grande parte destes nódulos não mingúem o risco de crescerem ao ponto de precisarem de cirurgia, é reduzido. Há outros tipos de tratamento que lhe poderão ser propostos tais como iodo radioactivo se a sua tiróide está a trabalhar de mais ou em risco de isso acontecer. Poderá também ser-lhe falado da necessidade de cirurgia ou porque os nódulos são muito grandes provocando compressão noutros órgãos ou porque a citologia não deu a certeza absoluta de se tratar de uma situação benigna.

11 Tiroidites O termo tiroidite refere-se a qualquer tipo de processo inflamatório, com envolvimento da tiróide. Se atendermos à origem e à evolução deste processo patológico podemos considerar de uma os seguintes tipos mais frequentes de tiroidites: Tiroidite aguda infeccforma simplificada iosa Tiroidite subaguda de De Quervain Tiroidite crónica auto-imune A tiroidite crónica esclerosante de Riedel é muito rara. Podem ocorrer ainda fenómenos de tiroidite em relação com a exposição cervical a radiações externas e nos casos de tratamento da tiróide com iodo radioactivo. Tiroidite aguda infecciosa A infecção da tiróide é rara. Diversos factores poderão contribuir para a protecção da glândula tiroideia contra a infecção; destaca-se a rica vascularização e a boa drenagem linfática, o conteúdo elevado de iodo (com possível efeito bactericida) e a separação física clara das outras estruturas adjacentes. A infecção é facilitada quando há uma doença subjacente da glândula ou quando há uma intervenção cirúrgica da tiróide ou dos órgãos vizinhos. A infecção das diversas estruturas cervicais pode atingir por continuidade a glândula tiroideia. De referir ainda a possibilidade de a infecção da tiróide ser provocada por via sanguínea e a partir de focos de infecção localizados em locais distantes, tais como a pele, as vias respiratórias, o aparelho génito-urinário ou o tubo digestivo. As tiroidites infecciosas podem ser provocadas por diversos tipos de agentes: bactérias, fungos, parasitas ou vírus. As tiroidites bacterianas são as mais frequentes. Na tiroidite bacteriana aguda supurativa os sinais e sintomas mais frequentes são para além da dor, rubor, calor e inchaço locais, a febre, a dor ao engolir e a rouquidão. Em geral não existe mau funcionamento da tiróide (hipotiroidismo ou hipertiroidismo) neste tipo de tiroidites. A distinção entre a tiroidite infecciosa (nomeadamente a forma bacteriana aguda) e outras formas de tiroidite e com processos inflamatórios de estruturas adjacentes pode ser difícil. O tratamento da tiroidite bacteriana, uma doença potencialmente grave, deverá ser o mais precoce possível e inclui a utilização de antibióticos cuja escolha deve ser guiada pelos resultados do exame bacteriológico do material das lesões. Nos casos em que há formação de um abcesso, poderá ser necessária uma drenagem cirúrgica. Tiroidite subaguda de De Quervain A tiroidite subaguda de De Quervain é uma forma rara de tiroidite com um início mais arrastado que a forma bacteriana. Esta tiroidite também é denominada tiroidite granulomatosa ou tiroidite de células gigantes. Nesta doença uma infecção virusal poderá ser o factor precipitante ou mesmo causal. Ocorre preferencialmente entre os 20 e os 60 anos e é 3 a 6 vezes mais frequente na mulher. É mais habitual o seu diagnóstico nos meses de verão. A tiroidite é muitas vezes precedida por uma infecção respiratória. Esta entidade caracteriza-se pela dor e inchaço da tiróide (em geral assimétrica), por vezes com febre e outros sintomas gerais tais como falta de forças, dores musculares, anorexia e emagrecimento.

12 O mau funcionamento da tiróide faz parte do quadro clínico, com uma fase inicial de tirotoxicose, seguida da normalização da função tiroideia a que se pode seguir em cerca de 20-30% dos casos, uma fase em geral transitória de hipotiroidismo. O tratamento é dirigido ao alívio dos sintomas e pode incluir a toma de anti-inflamatórios não esteróides (aspirina, ) e/ou corticosteróides. Importa realçar a natureza benigna desta doença que é autolimitada, com resolução espontânea e sem sequelas ao fim de algumas semanas ou meses, mesmo sem qualquer tratamento. Tiroidite crónica auto-imune A tiroidite crónica auto-imune é como o nome indica uma forma crónica de tiroidite que do ponto de vista clínico pode ter pouca sintomatologia e passar mesmo despercebida. A sua origem é imunológica e está relacionada com fenómenos de auto-imunidade, com autoagressão da tiróide pelo sistema imunitário do próprio indivíduo. Poderão ser factores precipitantes ou desencadeantes da tiroidite auto-imune alguns medicamentos. A tiroidite crónica é uma doença comum, 4 vezes mais frequente na mulher e cuja frequência aumenta com a idade. Existem muitas vezes familiares com bócio, alterações do funcionamento da tiróide e/ou diagnóstico de tiroidite crónica auto-imune. A doença caracteriza-se pela presença no sangue de anticorpos antitiroideus, nomeadamente anticorpos antitiroglobulina e antiperoxidade tiroideia. A tiroidite crónica auto-imune pode estar associada a mau funcionamento da tiróide. Pode evoluir com alguma frequência com hipotiroidismo e mais raramente com uma tirotoxicose transitória (tiroidite silenciosa). O hipotiroidismo deverá ser tratado com hormona tiroideia (levotiroxina). A tirotoxicose pode surgir num doente com tiroidite crónica auto-imune, em relação com uma situação denominada tiroidite silenciosa. Nos doentes com tiroidite auto-imune pode ainda haver ocasionalmente um aumento das hormonas tiroideias em circulação, por hipertiroidismo. Uma variante da tiroidite silenciosa é a denominada tiroidite pós-parto. Nas tiroidites silenciosa e pós-parto pode haver uma fase de hipotiroidismo transitório após o episódio inicial de tirotoxicose. Em geral estas tiroidites, pela natureza passageira da disfunção tiroideia que lhes está associada, poderão não necessitar de qualquer tratamento específico. Os indivíduos com o diagnóstico de tiroidite crónica auto-imune, deverão ser avaliados regularmente do ponto de vista funcional através de análises, para detectar e tratar precocemente um hipotiroidismo nos casos sem disfunção tiroideia conhecida e para monitorizar e ajustar o tratamento com hormona tiroideia nos casos com hipotiroidismo.

13 Carcinoma medular da tiróide Nas últimas décadas os cientistas têm vindo a investigar alterações genéticas que podem provocar doenças, entre as quais o cancro. Descobriu-se que um subgrupo de cancros é devido à hereditariedade. Este tipo de cancros é causado por alterações genéticas (mutações) que se transmitem de pais para filhos. Existem exames laboratoriais capazes de detectar essas mutações, através da análise dos genes que permitem identificar os indivíduos com predisposição genética para desenvolver essa doença. A MEN 2 ("Multiple Endocrine Neoplasia") é uma doença hereditária caracterizada pelo aparecimento de tumores em várias glândulas endócrinas (tiróide, supra-renais e paratiróides) levando ao desenvolvimento de carcinoma medular da tiróide (CMT), feocromocitoma e hiperparatiroidismo. A MEN 2 é dividida em 3 subgrupos de acordo com as glândulas afectadas: MEN 2A - Famílias com indivíduos afectados com CMT, feocromocitoma e hiperparatiroidismo MEN 2B - Famílias com indivíduos afectados com CMT, feocromocitoma e lesões nas mucosas da boca denominados neuromas mucosos CMTF (carcinoma medular da tiróide familiar) - Quando existem 3 ou mais indivíduos do mesmo lado da família em que a única manifestação da doença é o CMT. A manifestação clínica mais precoce e mais comum dos MEN 2 é o CMT. Em 1993 uma equipa de cientistas descobriu que a MEN 2 e o CMTF são causadas por alterações específicas num gene chamado RET. Essas alterações genéticas são chamadas mutações e provocam o funcionamento anormal do gene RET. Cada ser humano tem duas cópias de cada gene, uma herdada da mãe e a outra herdada do pai. A cópia que é herdada pelos filhos é transmitida ao acaso Por este motivo quando um dos pais é portador de uma mutação no gene RET, as probabilidades dos descendentes herdarem uma cópia do gene RET com a mutação, de entre as duas cópias do progenitor portador, são de 50%. Tal significa que os familiares em 1º grau de um portador da mutação têm 50% de hipóteses de ter herdado a mutação. Se o teste é positivo, a tiroidectomia profiláctica está indicada para a maioria das pessoas afectadas. A cirurgia profiláctica previne o cancro da tiróide pois o órgão é removido antes do seu desenvolvimento. Como a expressividade da MEN 2 é variável, mesmo dentro da mesma família, só alguns desenvolvem feocromocitoma e hiperparatiroidismo. Periodicamente deve ser realizada a medição da excreção urinária de catecolaminas (hormonas produzidas em quantidade aumentada pelo feocromocitoma). Em indivíduos com níveis anormais de catecolaminas ou sintomas sugestivos de feocromocitoma devem ser realizados estudos radiológicos na tentativa de encontrar um tumor na supra-renal. A medição dos níveis de cálcio e paratormona (hormona produzida pelas paratiróides e que regula o metabolismo do cálcio), permite uma vigilância adequada para o hiperparatiroidismo.

14 Cancro da tiróide O diagnóstico de cancro da tiróide é assustador para a maior parte das pessoas, pela sua associação com dor e morte. Na verdade o prognóstico desta doença é geralmente excelente, porque: A cirurgia é curativa na maioria dos casos. Praticamente não causa dor ou incapacidade. O tratamento é geralmente eficaz. Geralmente apresenta-se sob a forma de um nódulo da tiróide. Ocasionalmente o cancro da tiróide pode apresentar-se sob a forma de um gânglio linfático cervical aumentado, rouquidão por compressão do nervo da voz (nervo laríngeo recorrente), ou dificuldade na deglutição ou respiração devido à obstrução do esófago ou laringe. Noventa por cento dos cancros da tiróide são formas diferenciadas, e têm um bom prognóstico. Há 2 tipos de cancro diferenciado: papilar e folicular. O exame anatomopatológico de tiróides consideradas normais pode revelar áreas mínimas de cancro papilar.estes cancros microscópicos parecem não ter tendência para crescer e por esse motivo não têm importância clínica. São clinicamente importantes quando aparecem sob a forma de nódulo da tiróide, porque podem continuar a crescer e espalhar-se pelo organismo. O cancro papilar da tiróide compreende 70 a 80% dos cancros da tiróide. O que fundamentalmente determina o prognóstico dos doentes é a extensão da doença original, as dimensões do tumor e a idade do doente. Cerca de 85% dos doentes cujo tumor primário é intratiroideu (confinado à tiróide) têm um excelente prognóstico, a taxa de mortalidade aos 25 anos é de 1%. Isto significa que passado 25 anos apenas 1 em cada 100 doentes faleceu de cancro da tiróide. A grande maioria dos doentes estão permanentemente curados. O prognóstico pode não ser tão favorável em doentes com idade superior a 50 anos ou um tumor de dimensão superior a 4 cm. O prognóstico é mais reservado quando o cancro se estende para fora da tiróide, invade a cápsula da glândula e atinge os outros tecidos do pescoço. Num pequeno número de casos, o cancro pode disseminar-se pelo sangue para locais à distância nomeadamente pulmão e osso. Estes tumores à distância (metástases) podem ser tratados com iodo radioactivo. O cancro folicular da tiróide compreende 10-15% dos cancros da tiróide e parece ocorrer em idades mais avançadas que o cancro papilar. O cancro folicular parece ter um comportamento mais agressivo que o cancro papilar da tiróide. Num terço dos doentes o tumor é minimamente invasivo com um excelente prognóstico. Em 2/3 dos doentes o cancro folicular é mais invasivo. Pode-se espalhar pelo sangue e atingir locais à distância nomeadamente pulmão e osso. Geralmente o prognóstico é melhor em idades jovens que em indivíduos com mais de 50 anos. Tratamento O tratamento primário para os cancros da tiróide é a cirurgia. Para as formas agressivas do cancro folicular e papilar a abordagem inicial é a remoção de toda a glândula tiróide (tiroidectomia total). Tratando-se de cancro papilar intratiroideu de menores dimensões e cancro folicular minimamente invasivo poderá não ser necessária uma cirurgia tão extensa. Visto que o prognóstico destas formas de cancro diferenciado é excelente independentemente da abordagem cirúrgica, não há regras absolutas no tratamento cirúrgico. O iodo radioactivo é usado para o tratamento do cancro diferenciado da tiróide agressivo que

15 apresenta invasão dos tecidos que rodeiam a tiróide ou locais à distância (pulmão e osso). Pode também ser usado para complemento da tiroidectomia nas formas menos agressivas. É baseado no facto que as células malignas da tiróide captam o iodo 131 e são por ele destruídas. Em condições normais as células do cancro da tiróide captam apenas diminutas quantidades de iodo (ou 131I). No entanto quando a TSH está muito aumentada, as células malignas da tiróide são capazes de captar quantidades significativas de 131I. Esta dose elevada de 131I, destroi as células malignas da tiróide sem lesar os tecidos que as rodeiam. Portanto para efectuar tratamento com 131I é necessário que previamente a tiróide tenha sido toda ou praticamente toda retirada. Se após a tiroidectomia total ou quase total, um cintigrama com 131I, revela tumor residual no pescoço ou metástases à distância, o doente necessita de terapêutica com iodo radioactivo para destruir as células malignas. Porque este tratamento é seguro e eficaz é também usado nos casos de cancro diferenciado menos agressivo. Nestas situações é usado para destruir pequenos restos tiroideus que se mantêm após a cirurgia. Esta abordagem pode melhorar o prognóstico e tornar mais fácil a detecção de recorrência tumoral pelo doseamento de tiroglobulina. Em alguns casos mais agressivos pode ser necessária radioterapia externa. A quimioterapia geralmente não é eficaz. Obviamente se a tiróide foi total ou quase totalmente removida, tem que ser administrada hormona tiroideia para que o organismo se mantenha normal. Vários estudos demonstraram que os carcinomas da tiróide recidivam mais frequentemente nos doentes que não tomam esta medicação. As doses de hormona devem ser ajustadas pelo médico de acordo com as características particulares do doente. Em doentes com formas mais agressivas de carcinoma diferenciado pode ser necessária uma maior dose de modo ao doseamento de TSH ser indetectável. Seguimento do carcinoma diferenciado da tiróide É fundamental o seguimento periódico, porque as recorrências tumorais podem aparecer muitos anos após uma cirurgia bem sucedida. Nas consultas de seguimento é importante a clínica e o exame físico com particular atenção para a palpação da região cervical. Podem ser necessários outros exames nomeadamente o RX do tórax, ecografia da tiróide e cintigrama da tiróide com 131I. É também fundamental a monitorização regular da tiroglobulina. Esta substância é produzida e libertada pela célula tiroideia normal e também pelo célula maligna do cancro da tiróide. Após tiroidectomia total, o seu nível é muito baixo. Um nível elevado ou a subir da tiroglobulina implica persistência ou crescimento tumoral, mas não está obrigatoriamente associada a um mau prognóstico. Um nível de tiroglobulina elevado alerta o médico para a necessidade de efectuar outros exames para a detecção de recidiva tumoral.

16 Tiróide e gravidez De um modo geral, o hipertiroidismo, o hipotiroidismo e o aparecimento de nódulos da tiróide, são mais frequentes nas mulheres do que nos homens. A razão não está ainda bem definida, mas parece estar dependente da acção das hormonas femininas. Paralelamente, as mulheres têm um risco maior de padecerem de doenças auto-imunes. Duas das doenças da tiróide mais frequentes são auto-imunes: a tiroidite de Hashimoto e a doença de Graves. Este tipo de doenças é provocado por alterações no sistema imunitário. Habitualmente, o sistema imunitário defende-nos contra germes (bactérias) e vírus, fabricando anticorpos. Nas doenças auto-imunes o organismo fabrica anticorpos contra os seus próprios órgãos. As doenças do sistema imunitário tendem a aparecer em vários elementos da mesma família. Doenças da tiróide durante a gravidez A tiróide aumenta de volume (bócio) durante a gravidez, quase sempre entre 10 a 30%, mas este bócio não se traduz em qualquer problema desde que as hormonas estejam normais. Se for notado que tem um nódulo, pode fazer uma citologia (picada-biópsia) para ver a respectiva natureza. A gravidez está associada a alterações, quase sempre normais e reversíveis, quer do doseamento de hormonas tiroideias, quer das dimensões da glândula. Como vimos, a tiróide aumenta de tamanho durante a gravidez, ou seja, aparece bócio, o que não significa que haja alteração da produção hormonal. No entanto, podem realmente surgir aumento ou diminuição da função tiroideia. As mulheres que engravidam podem não notar os sintomas clássicos da doença, porque muitos deles aparecem também na gravidez normal. Por exemplo, uma grávida pode sentir calor, cansaço, nervosismo ou mesmo apresentar tremor das mãos. Uma observação do seu médico e o doseamento hormonal nessa altura, permitem informar do que se está a passar. Uma mulher grávida com doença da tiróide é tratada de uma maneira diferente do homem, ou da mulher não grávida. Por exemplo, materiais radioactivos que são vulgarmente utilizados nos exames de estudo ou no tratamento destes doentes, nunca devem ser utilizados numa mulher grávida. Também a altura de uma citologia, cirurgia, ou mesmo os medicamentos para tratar o hipertiroidismo, são especiais durante a gravidez. Deve discutir todas as suas dúvidas com o médico endocrinologista que a deverá seguir durante este período. Diagnóstico Só o seu médico lhe pode diagnosticar com certeza a existência de uma doença da tiróide. De qualquer modo, poderá estar atenta a alguns dos sintomas que já foram referidos. O seu médico irá fazer a sua história clínica e observação física, bem como o doseamento das hormonas da tiróide no sangue. Tratamento A gravidez não permite todo o tipo de tratamentos, porque o seu médico terá de ter em conta a segurança do seu filho. Tal como na gravidez, o iodo radioactivo não pode ser usado se está a amamentar. Poderá fazer citologias e poderá ser medicada com segurança com: -Antitiroideus - medicamentos usados no hipertiroidismo para parar a produção de hormonas. -Comprimidos de hormona tiroideia - medicamentos que vão fornecer ao seu organismo a quantidade certa que a sua tiróide não é capaz de fabricar.

17 Tiroidite pós-parto A tiroidite pós-parto é uma forma temporária de tiroidite. Surge em 5 a 9% das mulheres depois de darem à luz uma criança. Os sintomas são habitualmente pouco acentuados. No entanto, pode aparecer noutra gravidez posterior. Os sintomas duram normalmente 6 a 9 meses. Com esta inflamação, a tiróide liberta primeiro todas as hormonas que tem armazenadas. Quando estas hormonas entram na circulação do sangue provocam hipertiroidismo. Pode notar que o seu pescoço está alargado (bócio), que sente o coração a bater mais rápido e que está muitas vezes ansiosa e com calor. Alguns meses depois, tudo volta ao normal. Também pode acontecer que a tiróide não volte a trabalhar, ou seja, que fique hipotiroideia. Se isto acontecer, poderá sentir-se mais cansada que habitualmente, fraca e com frio persistente. O tratamento da tiroidite pós-parto vai depender da decisão do especialista que a segue e será mantida em vigilância por um período prolongado, mesmo que tudo regresse à normalidade. As doenças da tiróide no filho Se você ou alguém da sua família tem tiroidite de Hashimoto ou doença de Graves, há uma probabilidade maior de o seu filho vir a ter uma destas doenças. Para além destas duas doenças da tiróide, há outras que também poderão estar associadas. Poderá falar sobre isso com o seu médico. Mesmo que a sua tiróide seja normal, provavelmente sabe que 1 em cada crianças pode nascer com uma tiróide que não trabalha (hipotiroidismo congénito). Se o problema não é tratado, a criança pode ficar com atraso físico e mental. É portanto fundamental assegurar-se de que o seu filho fez o "teste do pezinho". Neste teste, pelo doseamento de uma das hormonas que controla a tiróide (TSH), é possível diagnosticar todas estas crianças e começar o tratamento nos primeiros dias de vida, o que garante que elas venham a crescer normalmente.

18 Doenças da tiróide na criança Habitualmente, o que leva a suspeitar de doença da tiróide são as queixas relacionadas com a produção diminuída (hipotiroidismo) ou aumentada (hipertiroidismo) de hormonas tiroideias ou o aparecimento de bócio, isto é, aumento de volume da glândula tiroideia, muitas vezes visível na base do pescoço, na face anterior. Hipotiroidismo A causa mais frequente de hipotiroidismo na infância e adolescência é a tiroidite linfocítica crónica, também conhecida por tiroidite de Hashimoto. É uma doença provocada pela destruição das células que produzem hormonas tiroideias levada a cabo pelo próprio organismo (doença auto-imune). É mais frequente no sexo feminino, nas crianças com diabetes e pode estar associada a outras doenças auto-imunes e doenças provocadas por alterações dos cromossomas, como por exemplo a Síndrome de Down. Frequentemente há familiares com doenças da tiróide. Outras causas de hipotiroidismo são as malformações da tiróide, as alterações na produção de hormonas tiroideias, certas doenças do cérebro e a toma de medicamentos como os utilizados no tratamento da epilepsia. A carência de iodo e a ingestão de alimentos que provocam bócio, aparentemente não são problema em Portugal. As queixas instalam-se de modo insidioso. As crianças afectadas são reconhecidas por apresentarem bócio ou por serem baixas para a idade e terem obesidade ligeira. Se o hipotiroidismo for acentuado e de longa duração a criança pode aparentar "cara de bebé" e proporções do corpo alteradas (membros pequenos em relação ao tronco). Os sintomas típicos de hipotiroidismo, que podem não ser evidentes, incluem adinamia (criança "parada"), intolerância ao frio, obstipação, pele e cabelo secos e olhos "papudos". O aproveitamento escolar não está afectado, a não ser que o défice de hormonas tiroideias se tenha iniciado antes dos 3 anos de idade. As crianças com hipotiroidismo costumam apresentar atraso do desenvolvimento sexual. O diagnóstico do hipotiroidismo é fácil e o tratamento, que consiste na toma de hormonas tiroideias, é simples e eficaz. Hipertiroidismo A quase totalidade dos casos de hipertiroidismo nas crianças é devida à Doença de Graves. Também é uma doença auto-imune, mas ao contrário do que sucede na tiroidite de Hashimoto, aqui é o próprio organismo que estimula a tiróide a produzir hormonas em excesso e de forma descontrolada. O excesso de hormonas tiroideias é responsável pela quase totalidade dos sintomas. A maioria dos doentes apresenta bócio, tremor, suores abundantes, batimentos cardíacos acelerados, emagrecimento apesar do aumento do apetite, intolerância ao calor e insónias. Irritabilidade fácil e dificuldades de concentração podem prejudicar o rendimento escolar. Pode existir atraso no desenvolvimento sexual e as meninas já menstruadas podem deixar de ter menstruação. A criança pode ter olhos saídos e muito abertos e brilhantes. O tratamento consiste, numa primeira fase, na administração de medicamentos que diminuem a produção das hormonas tiroideias. Bócio simples O aumento difuso de volume da tiróide, sem alterações da sua função, é a doença mais frequente nestas idades. Atinge mais as meninas e surge a maioria das vezes em idade

19 escolar. É conveniente investigar a causa do bócio. Muitas vezes regride sem qualquer tratamento. Quando o bócio é doloroso, pode tratar-se de uma doença infecciosa. Nódulos da tiróide Os nódulos da tiróide são raros neste grupo etário. Os tumores benignos e malignos, os quistos do canal tiroglosso e as tiroidites linfocíticas são causas possíveis de nódulos da tiróide. As crianças expostas as radiações (tratamento de algumas doenças ou acidentes, como o da central nuclear de Chernobyl) são um grupo de risco que deve ter vigilância adequada. Existe um tipo particular de tumores da tiróide (carcinoma medular) que pode afectar vários elementos da família; quando surge um caso, os familiares são aconselhados a proceder ao rastreio da doença.

20 Doenças da tiróide no idoso Os problemas da tiróide são frequentes em pessoas com idade superior a 60 anos. Neste grupo etário podem ter uma apresentação e evolução particulares. Por esse motivo são, por vezes, de difícil diagnóstico. Hipertiroidismo É comum nos doentes idosos. Na maior parte dos casos os sintomas são típicos: nervosismo, palpitações, hipersudorese, tremor e perda de peso. Noutras situações os sintomas de hipertiroidismo podem ser escassos. Pode estar ausente o nervosismo, intolerância ao calor, aumento do apetite e o bócio (aumento do volume da tiróide). O metabolismo aumentado associado à perda do apetite condiciona uma perda de peso marcada, sendo frequente a suspeita clínica de depressão ou neoplasia antes do diagnóstico correcto. Nos doentes idosos a apatia e a falta de forças são sintomas frequentes. As análises ao sangue revelam um aumentam da concentração das hormonas tiroideias e níveis baixos de TSH. Nos doentes idosos a coexistência de outros problemas médicos pode levar a determinada particularidade no tratamento. Devido à segurança e simplicidade de administração o tratamento de eleição é quase sempre o iodo radioactivo. Em doentes idosos particularmente com doença cardíaca subjacente angina de peito ou arritmias cardíacas - está frequentemente indicada a administração de antitiroideus de síntese antes do tratamento com iodo radioactivo. Do mesmo modo o uso de um medicamento b-bloqueador impede algumas da acções das hormonas tiroideias no organismo diminuindo a gravidade dos sintomas. Em algumas situações, pode ser preferível o tratamento inicial com antitiroideus de síntese propiltiouracilo e metimazol. Geralmente o tratamento apenas é eficaz enquanto é administrado, sendo a recaída frequente após a suspensão. Devido a este facto, e também pela possibilidade de certos efeitos secundários graves (diminuição dos glóbulos brancos), estes medicamentos são menos utilizados. Raramente a cirurgia é indicada no tratamento do hipertiroidismo. Pode ser necessária no caso de um aumento marcado da tiróide com sintomas compressivos - dificuldade na deglutição ou na respiração. Hipotiroidismo O sinal mais precoce é um aumento da TSH. O hipotiroidismo é frequente nos indivíduos idosos. Grandes estudos populacionais demonstram que uma em cada dez mulheres com mais de 65 anos tem um valor de TSH elevado. A grande maioria não tem qualquer sintoma, no entanto pode ser o início de uma falência da tiróide. É fundamental o seguimento regular destas situações. Os sintomas de hipotiroidismo podem ser semelhantes ao processo de envelhecimento, daí, por vezes, a dificuldade de diagnóstico. É uma situação que se instala muito lentamente, passando despercebida. É frequente o doente consultar vários médicos antes do diagnóstico correcto. Os sintomas mais frequentes são: falta de forças, lentificação, voz rouca, pele seca, aumento de peso, intolerância ao frio, surdez, cãibras, formigueiros, desequilíbrio na marcha, anemia, obstipação O diagnóstico de hipotiroidismo pode ser difícil com base apenas no exame físico. Determinadas características nos doentes ou seus familiares directos podem sugerir o diagnóstico. A presença de diabetes juvenil, artrite reumatóide, anemia perniciosa, manchas brancas na pele (vitíligo) e peladas no cabelo aumenta a probabilidade de uma deficiência da tiróide.

21 As análises ao sangue revelam um aumento da concentração de TSH, com as hormonas tiroideias - T3 e T4 baixas. Pode haver apenas um aumento da TSH com T3 e T4 normais. Frequentemente são detectados anticorpos dirigidos contra componentes da tiróide. A presença de T3 e/ou T4 diminuídas com TSH elevada requer tratamento. Desconhece-se se um aumento isolado da TSH necessita de terapêutica. O tratamento deve ser iniciado com doses baixas com um aumento gradual até à normalização da TSH. Num doente com doença cardíaca, pode ser necessário começar o tratamento com doses muito pequenas e aumentar muito lentamente. O hipotiroidismo quando é diagnosticado frequentemente já tem muitos meses ou anos de evolução, de modo que o organismo já está adaptado, sendo todo o seu funcionamento lentificado. Se a substituição se efectua com doses demasiado elevadas, pode levar a uma sobrecarga excessiva para o organismo e sobretudo para o coração. É fundamental o seguimento regular do doente.

22 Alterações subclínicas da tiróide A disfunção subclínica da tiróide caracteriza um conjunto, quase sempre sem sintomas, de alterações da tiróide diagnosticadas pelo exame imagiológico (mais frequentemente a ecografia) ou pelo estudo laboratorial da função tiroideia Podemos incluir na disfunção subclínica da tiróide: nódulos não palpáveis (incidentalomas da tiróide) hipertiroidismo subclínico hipotiroidismo subclínico. Incidentalomas da tiróide São nódulos não palpáveis da tiróide, identificados de forma ocasional e fortuita, através de exames imagiológicos do pescoço (ecografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética) realizados, quase sempre, com outras indicações clínicas que não a doença da tiróide. Os nódulos não palpáveis da tiróide são comuns, mais frequentes com a idade e podem ser identificados pela ecografia em 30% a 50% da população em geral. Podem ter dimensões variáveis sendo habitualmente de pequenas dimensões ou seja com diâmetro inferior a 10 mm. O estudo citológico dos nódulos não palpáveis só está recomendado se tiverem um diâmetro superior a 10 mm, se houve irradiação prévia da cabeça ou pescoço, há familiares com carcinoma medular da tiróide ou existem gânglios cervicais clínica ou ecográficamente suspeitos. Normalmente, a presença de nódulos da tiróide com diâmetro inferior a 10 mm, na ausência dos factores de risco mencionados, não tem grande importância clínica, podendo ser recomendada apenas uma vigilância clínica periódica. Hipertiroidismo subclínico O diagnóstico do hipertiroidismo subclínico caracteriza-se pela presença de TSH suprimida (abaixo do limite inferior do normal) com T3 livre e T4 livre dentro do normal. Frequentemente a T3 livre e a T4 livre situam-se na metade superior do normal. A causa mais frequente de hipertiroidismo subclínico é a toma de uma dose diária excessiva de levotiroxina. Outras causas frequentes são: adenoma hiperfuncionante da tiróide, doença de Graves em início ou com evolução clínica ligeira, tiroidite do pós-parto, tiroidite subaguda e ingestão de produtos com iodo. Habitualmente, a maioria dos indivíduos com hipertiroidismo subclínico não refere sintomas. Em alguns há a presença de sintomas subtis de hipertiroidismo, principalmente quando a T3 livre e T4 livre se encontram próximo do limite superior da normalidade. Dois grupos populacionais merecem referência particular: a mulher após a menopausa e as pessoas com idade superior a 65 anos. O hipertiroidismo subclínico pode constituir um factor de risco para a osteoporose na mulher pós-menopáusica que não faz tratamento hormonal de substituição, apesar de não estar documentado um aumento do número de fracturas. Nos indivíduos com idade superior a 65 anos e hipertiroidismo subclínico a principal preocupação é o aumento do risco cardiovascular e nomeadamente de arritmias. No tratamento do hipertiroidismo subclínico não tem sido fácil estabelecer um consenso. Quando tem origem na toma de uma dose excessiva de levotiroxina é unânime a recomendação de proceder a um ajuste mais perfeito da dose a administrar. Nas outras situações será sempre conveniente fazer, antes de uma eventual decisão terapêutica, um período de seguimento com repetição dos doseamentos, uma vez que, em 50% dos doentes com níveis suprimidos da TSH, há normalização espontânea da TSH sem intervenção terapêutica. Igualmente importante é determinar a causa do hipertiroidismo pois algumas situações são transitórias e apenas requerem tratamento sintomático. A intervenção terapêutica reúne consenso quando ocorre em indivíduos de idade avançada, com sintomas frequentemente de natureza cardiovascular e na dependência de disfunções tiroideias que

DOENÇAS DA TIRÓIDE. Figura nº1 Localização da Tiróide e da Hipófise

DOENÇAS DA TIRÓIDE. Figura nº1 Localização da Tiróide e da Hipófise DOENÇAS DA TIRÓIDE O que é a Tiróide? A Tiróide é uma glândula situada na base do pescoço imediatamente abaixo da maçã de Adão (fig.nº1) e é constituída por dois lobos unidos por uma parte central chamada

Leia mais

CAMPANHA PELA INCLUSÃO DA ANÁLISE MOLECULAR DO GENE RET EM PACIENTES COM CARCINOMA MEDULAR E SEUS FAMILIARES PELO SUS.

CAMPANHA PELA INCLUSÃO DA ANÁLISE MOLECULAR DO GENE RET EM PACIENTES COM CARCINOMA MEDULAR E SEUS FAMILIARES PELO SUS. Laura S. W ard CAMPANHA PELA INCLUSÃO DA ANÁLISE MOLECULAR DO GENE RET EM PACIENTES COM CARCINOMA MEDULAR E SEUS FAMILIARES PELO SUS. Nódulos da Tiróide e o Carcinoma Medular Nódulos da tiróide são um

Leia mais

TIREÓIDE. O que é tireóide?

TIREÓIDE. O que é tireóide? TIREÓIDE O que é tireóide? A tireóide é uma glândula em forma de borboleta, situada no pescoço, logo abaixo do ossinho do pescoço, popularmente conhecido como gogó. A tireóide produz um hormônio capaz

Leia mais

CANCER DE MAMA FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO

CANCER DE MAMA FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO CANCER DE MAMA FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO OS TIPOS DE CANCER DE MAMA O câncer de mama ocorre quando as células deste órgão passam a se dividir e se reproduzir muito rápido e de forma

Leia mais

Cefaleia crónica diária

Cefaleia crónica diária Cefaleia crónica diária Cefaleia crónica diária O que é a cefaleia crónica diária? Comecei a ter dores de cabeça que apareciam a meio da tarde. Conseguia continuar a trabalhar mas tinha dificuldade em

Leia mais

O QUE É? O NEUROBLASTOMA. Coluna Vertebral. Glândula supra-renal

O QUE É? O NEUROBLASTOMA. Coluna Vertebral. Glândula supra-renal O QUE É? O NEUROBLASTOMA Coluna Vertebral Glândula supra-renal O NEUROBLASTOMA O QUE SIGNIFICA ESTADIO? O QUE É O NEUROBLASTOMA? O neuroblastoma é um tumor sólido maligno, o mais frequente em Pediatria

Leia mais

A patroa quer emagrecer

A patroa quer emagrecer A patroa quer emagrecer A UU L AL A Andando pela rua, você passa em frente a uma farmácia e resolve entrar para conferir seu peso na balança. E aí vem aquela surpresa: uns quilinhos a mais, ou, em outros

Leia mais

Cefaleia Cefaleia tipo tensão tipo tensão

Cefaleia Cefaleia tipo tensão tipo tensão Cefaleia tipo tensão Cefaleia tipo tensão O que é a cefaleia tipo tensão? Tenho dores de cabeça que duram vários dias de cada vez e sinto-me como se estivesse a usar um chapéu muito apertado - mais como

Leia mais

O QUE É? A LEUCEMIA MIELOBLÁSTICA AGUDA

O QUE É? A LEUCEMIA MIELOBLÁSTICA AGUDA O QUE É? A LEUCEMIA MIELOBLÁSTICA AGUDA A LEUCEMIA MIELOBLÁSTICA AGUDA O QUE É A LEUCEMIA MIELOBLÁSTICA AGUDA? A Leucemia Mieloblástica Aguda (LMA) é o segundo tipo de leucemia mais frequente na criança.

Leia mais

Câncer de Tireóide. O segredo da cura é a eterna vigilância

Câncer de Tireóide. O segredo da cura é a eterna vigilância Câncer de Tireóide Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade física adaptada e saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira O câncer de tireóide é um tumor maligno de crescimento localizado dentro da glândula

Leia mais

Pode ser difícil para si compreender o seu relatório patológico. Pergunte ao seu médico todas as questões que tenha e esclareça todas as dúvidas.

Pode ser difícil para si compreender o seu relatório patológico. Pergunte ao seu médico todas as questões que tenha e esclareça todas as dúvidas. Perguntas que pode querer fazer Pode ser difícil para si compreender o seu relatório patológico. Pergunte ao seu médico todas as questões que tenha e esclareça todas as dúvidas. Estas são algumas perguntas

Leia mais

Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias

Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias Texto elaborado pelos Drs Pérsio Roxo Júnior e Tatiana Lawrence 1. O que é imunodeficiência? 2. Estas alterações do sistema imunológico são hereditárias?

Leia mais

O que é Hemofilia? O que são os fatores de coagulação? A hemofilia tem cura?

O que é Hemofilia? O que são os fatores de coagulação? A hemofilia tem cura? Volume1 O que é? O que é Hemofilia? Hemofilia é uma alteração hereditária da coagulação do sangue que causa hemorragias e é provocada por uma deficiência na quantidade ou qualidade dos fatores VIII (oito)

Leia mais

Hipotireoidismo. O que é Tireóide?

Hipotireoidismo. O que é Tireóide? Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade física adaptada e saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira Hipotireoidismo O que é Tireóide? É uma glândula localizada na parte anterior do pescoço, bem abaixo

Leia mais

O QUE É? O HEPATOBLASTOMA

O QUE É? O HEPATOBLASTOMA O QUE É? O HEPATOBLASTOMA Fígado O HEPATOBLASTOMA O QUE SIGNIFICA ESTADIO? O QUE É O HEPATOBLASTOMA? O hepatoblastoma é o tipo de tumor maligno do fígado mais frequente na criança; na maioria dos casos

Leia mais

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho Câncer de Próstata Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho O que é próstata? A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão muito pequeno, tem

Leia mais

Agenda. Nódulo da Tireóide. Medicina Nuclear. Medicina Nuclear em Cardiologia 17/10/2011

Agenda. Nódulo da Tireóide. Medicina Nuclear. Medicina Nuclear em Cardiologia 17/10/2011 Agenda Medicina Nuclear Endocrinologia Walmor Cardoso Godoi, M.Sc. http://www.walmorgodoi.com O objetivo desta aula é abordar a Medicina nuclear em endocrinologia (notadamente aplicações Câncer de Tireóide).

Leia mais

Câncer de Mama COMO SÃO AS MAMAS:

Câncer de Mama COMO SÃO AS MAMAS: Câncer de Mama COMO SÃO AS MAMAS: As mamas (ou seios) são glândulas e sua função principal é a produção de leite. Elas são compostas de lobos que se dividem em porções menores, os lóbulos, e ductos, que

Leia mais

Câncer de Pulmão. Prof. Dr. Luis Carlos Losso Medicina Torácica Cremesp 18.186

Câncer de Pulmão. Prof. Dr. Luis Carlos Losso Medicina Torácica Cremesp 18.186 Câncer de Pulmão Todos os tipos de câncer podem se desenvolver em nossas células, as unidades básicas da vida. E para entender o câncer, precisamos saber como as células normais tornam-se cancerosas. O

Leia mais

O que é câncer de mama?

O que é câncer de mama? Câncer de Mama O que é câncer de mama? O câncer de mama é a doença em que as células normais da mama começam a se modificar, multiplicando-se sem controle e deixando de morrer, formando uma massa de células

Leia mais

O QUE É? O TUMOR DE WILMS

O QUE É? O TUMOR DE WILMS O QUE É? O TUMOR DE WILMS Rim O TUMOR DE WILMS O QUE SIGNIFICA ESTADIO? O QUE É O TUMOR DE WILMS? O tumor de Wilms é o tipo de tumor renal mais frequente na criança. Desenvolve-se quando células imaturas

Leia mais

Principais formas de cancro na idade adulta

Principais formas de cancro na idade adulta Rastreio do cancro na idade adulta Principais formas de cancro na idade adulta Cancro do colo do útero Cancro da mama Cancro do cólon Cancro testicular Cancro da próstata SINAIS DE ALERTA O aparecimento

Leia mais

Hipotiroidismo Canino. Realizado por : Joana Lourenço Vasco Machado

Hipotiroidismo Canino. Realizado por : Joana Lourenço Vasco Machado Hipotiroidismo Canino Realizado por : Joana Lourenço Vasco Machado O que é uma glândula? Órgão que tem como função produzir uma secreção específica e eliminá-la do organismo, ou lançá-la no sangue ou na

Leia mais

O QUE É? O LINFOMA DE HODGKIN

O QUE É? O LINFOMA DE HODGKIN O QUE É? O LINFOMA DE HODGKIN Gânglio Linfático O LINFOMA DE HODGKIN O QUE É O LINFOMA DE HODGKIN? O linfoma de Hodgkin é um cancro do sistema linfático, que surge quando as células linfáticas se alteram

Leia mais

Linfomas. Claudia witzel

Linfomas. Claudia witzel Linfomas Claudia witzel Pode ser definido como um grupo de diversas doenças neoplásicas : Do sistema linfático Sistema linfóide Que tem origem da proliferação de linfócitos B ou T em qualquer um de seus

Leia mais

Bursite do Olécrano ou Bursite do Cotovelo

Bursite do Olécrano ou Bursite do Cotovelo INTRODUÇÃO Bursite do Olécrano ou Bursite do Cotovelo Bursite do olécrano é a inflamação de uma pequena bolsa com líquido na ponta do cotovelo. Essa inflamação pode causar muitos problemas no cotovelo.

Leia mais

Coisas que deve saber sobre a pré-eclâmpsia

Coisas que deve saber sobre a pré-eclâmpsia Coisas que deve saber sobre a pré-eclâmpsia A pré-eclâmpsia é muito mais comum do que a maior parte das pessoas pensa na realidade ela é a mais comum das complicações graves da gravidez. A pré-eclâmpsia

Leia mais

Dossier Informativo. Osteoporose. Epidemia silenciosa que afecta 800.000 pessoas em Portugal

Dossier Informativo. Osteoporose. Epidemia silenciosa que afecta 800.000 pessoas em Portugal Dossier Informativo Osteoporose Epidemia silenciosa que afecta 800.000 pessoas em Portugal 2008 1 Índice 1. O que é a osteoporose? Pág. 3 2. Factores de risco Pág. 4 3. Prevenção Pág. 4 4. Diagnóstico

Leia mais

Distúrbios da glândula tireóide Resumo de diretriz NHG M31 (julho 2013)

Distúrbios da glândula tireóide Resumo de diretriz NHG M31 (julho 2013) Distúrbios da glândula tireóide Resumo de diretriz NHG M31 (julho 2013) Van Lieshout J, Felix-Schollaart B, Bolsius EJM, Boer AM, Burgers JS, Bouma M., Sijbom M. traduzido do original em holandês por Luiz

Leia mais

O Câncer de Próstata. O que é a Próstata

O Câncer de Próstata. O que é a Próstata O Câncer de Próstata O câncer de próstata é o segundo tumor mais comum no sexo masculino, acometendo um em cada seis homens. Se descoberto no início, as chances de cura são de 95%. O que é a Próstata A

Leia mais

CLASSIFICAÇÃO DAS CEFALEIAS (IHS 2004)

CLASSIFICAÇÃO DAS CEFALEIAS (IHS 2004) CLASSIFICAÇÃO DAS CEFALEIAS (IHS 2004) ENXAQUECAS Enxaqueca sem aura De acordo com a IHS, a enxaqueca sem aura é uma síndroma clínica caracterizada por cefaleia com características específicas e sintomas

Leia mais

Brochura com informação de segurança para o doente sobre KEYTRUDA. (pembrolizumab)

Brochura com informação de segurança para o doente sobre KEYTRUDA. (pembrolizumab) Brochura com informação de segurança para o doente sobre KEYTRUDA (pembrolizumab) Este medicamento está sujeito a monitorização adicional. Isto irá permitir a rápida identificação de nova informação de

Leia mais

VACINE-SE A PARTIR DE 1 DE OUTUBRO CONSULTE O SEU MÉDICO

VACINE-SE A PARTIR DE 1 DE OUTUBRO CONSULTE O SEU MÉDICO VACINE-SE A PARTIR DE 1 DE OUTUBRO CONSULTE O SEU MÉDICO Perguntas frequentes sobre a gripe sazonal O que é a gripe? É uma doença infecciosa aguda das vias respiratórias, causada pelo vírus da gripe. Em

Leia mais

Gripe Proteja-se! Faça Chuva ou faça Sol, vacine-se a partir de Outubro e até ao final do Inverno. Consulte o seu médico

Gripe Proteja-se! Faça Chuva ou faça Sol, vacine-se a partir de Outubro e até ao final do Inverno. Consulte o seu médico Gripe Proteja-se! Faça Chuva ou faça Sol, vacine-se a partir de Outubro e até ao final do Inverno. Consulte o seu médico Gripe Perguntas Frequentes Perguntas frequentes sobre a gripe sazonal O que é a

Leia mais

EXERCÍCIO E DIABETES

EXERCÍCIO E DIABETES EXERCÍCIO E DIABETES Todos os dias ouvimos falar dos benefícios que os exercícios físicos proporcionam, de um modo geral, à nossa saúde. Pois bem, aproveitando a oportunidade, hoje falaremos sobre a Diabetes,

Leia mais

Entenda o que é o câncer de mama e os métodos de prevenção. Fonte: Instituto Nacional de Câncer (Inca)

Entenda o que é o câncer de mama e os métodos de prevenção. Fonte: Instituto Nacional de Câncer (Inca) Entenda o que é o câncer de mama e os métodos de prevenção Fonte: Instituto Nacional de Câncer (Inca) O que é? É o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não

Leia mais

Medicina Nuclear Diagnóstico

Medicina Nuclear Diagnóstico Medicina Nuclear Diagnóstico André Henrique Dias RADIOFÁRMACOS RADIONUCLÍDEOS 123 Iodo 131 Iodo 99m TcO 4- RADIONUCLÍDEOS PROPRIEDADES FÍSICAS 99m TcO 4- Semi-vida: 6 horas Energia gama: 140 kev 123 Iodo

Leia mais

A pneumonia é uma doença inflamatória do pulmão que afecta os alvéolos pulmonares (sacos de ar) que são preenchidos por líquido resultante da

A pneumonia é uma doença inflamatória do pulmão que afecta os alvéolos pulmonares (sacos de ar) que são preenchidos por líquido resultante da 2 A pneumonia é uma doença inflamatória do pulmão que afecta os alvéolos pulmonares (sacos de ar) que são preenchidos por líquido resultante da inflamação, o que dificulta a realização das trocas gasosas.

Leia mais

CAPSULITE ADESIVA OU OMBRO CONGELADO. A capsulite adesiva ou ombro congelado é uma doença de causa

CAPSULITE ADESIVA OU OMBRO CONGELADO. A capsulite adesiva ou ombro congelado é uma doença de causa CAPSULITE ADESIVA OU OMBRO CONGELADO A capsulite adesiva ou ombro congelado é uma doença de causa desconhecida. Por vezes os doentes associam o seu inicio a um episódio traumático. Outros doentes referiam

Leia mais

Que tipos de Diabetes existem?

Que tipos de Diabetes existem? Que tipos de Diabetes existem? -Diabetes Tipo 1 -também conhecida como Diabetes Insulinodependente -Diabetes Tipo 2 - Diabetes Gestacional -Outros tipos de Diabetes Organismo Saudável As células utilizam

Leia mais

Métodos Contraceptivos Reversíveis. DSR- www.saudereprodutiva.dgs.pt

Métodos Contraceptivos Reversíveis. DSR- www.saudereprodutiva.dgs.pt Métodos Contraceptivos Reversíveis Estroprogestativos orais Pílula 21 cp + 7 dias pausa existem vários, podendo ser escolhido o que melhor se adapta a cada mulher são muito eficazes, quando se cumprem

Leia mais

Descobrindo o valor da

Descobrindo o valor da Descobrindo o valor da Ocâncer de mama, segundo em maior ocorrência no mundo, é um tumor maligno que se desenvolve devido a alterações genéticas nas células mamárias, que sofrem um crescimento anormal.

Leia mais

O Cancro da Mama em Portugal. 1 em cada 11 mulheres em Portugal vai ter cancro da mama

O Cancro da Mama em Portugal. 1 em cada 11 mulheres em Portugal vai ter cancro da mama www.laco.pt O Cancro da Mama em Portugal 1 em cada 11 mulheres em Portugal vai ter cancro da mama Cancro em Portugal 2002 O Cancro da Mama em Portugal Surgem 5000 novos casos por ano Mas. Com a deteção

Leia mais

VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS

VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS Leia o código e assista a história de seu Fabrício Agenor. Este é o seu Fabrício Agenor. Ele sempre gostou de comidas pesadas e com muito tempero

Leia mais

Tipos de tumores cerebrais

Tipos de tumores cerebrais Tumores Cerebrais: entenda mais sobre os sintomas e tratamentos Os doutores Calil Darzé Neto e Rodrigo Adry explicam sobre os tipos de tumores cerebrais. CONTEÚDO HOMOLOGADO "Os tumores cerebrais, originados

Leia mais

MEDICINA NUCLEAR TERAPÊUTICA DE HIPERTIROIDISMO. Susana Carmona

MEDICINA NUCLEAR TERAPÊUTICA DE HIPERTIROIDISMO. Susana Carmona MEDICINA NUCLEAR TERAPÊUTICA DE HIPERTIROIDISMO Susana Carmona Medicina Nuclear Terapêutica de hipertiroidismo Indicações/contra-indicações Actividade de I-131 a administrar Procedimento Experiência do

Leia mais

Doenças Respiratórias O QUE SÃO E COMO AS PREVENIR?

Doenças Respiratórias O QUE SÃO E COMO AS PREVENIR? Doenças Respiratórias O QUE SÃO E COMO AS PREVENIR? O NÚMERO DE PESSOAS AFETADAS POR DOENÇAS RESPIRATÓRIAS EVITÁVEIS NÃO PÁRA DE AUMENTAR. AS CRIANÇAS E OS MAIS VELHOS SÃO OS MAIS ATINGIDOS. SÃO DOENÇAS

Leia mais

CIRURGIA DO NARIZ (RINOPLASTIA)

CIRURGIA DO NARIZ (RINOPLASTIA) CIRURGIA DO NARIZ (RINOPLASTIA) Anualmente milhares de pessoas se submetem a rinoplastia. Algumas destas pessoas estão insatisfeitas com a aparência de seus narizes há muito tempo; outras não estão contentes

Leia mais

hidratação ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DAS BEBIDAS REFRESCANTES NÃO ALCOÓLICAS

hidratação ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DAS BEBIDAS REFRESCANTES NÃO ALCOÓLICAS hidratação ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DAS BEBIDAS REFRESCANTES NÃO ALCOÓLICAS O NOSSO CORPO É CONSTITUÍDO NA MAIOR PARTE POR ÁGUA A ÁGUA É O PRINCIPAL CONSTITUINTE DO ORGANISMO, É ESSENCIAL PARA A VIDA E TEM

Leia mais

-Os Papiloma Vírus Humanos (HPV) são vírus da família Papovaviridae.

-Os Papiloma Vírus Humanos (HPV) são vírus da família Papovaviridae. -Os Papiloma Vírus Humanos (HPV) são vírus da família Papovaviridae. -Chamado de HPV, aparece na forma de doenças como condiloma acuminado, verruga genital ou crista de galo. -Há mais de 200 subtipos do

Leia mais

OUTUBRO. um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA. prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA.

OUTUBRO. um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA. prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA. OUTUBRO ROSA ^ um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA ~ prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA. ~ ^ O movimento popular internacionalmente conhecido como Outubro Rosa é comemorado em todo o mundo. O nome remete

Leia mais

A pessoa dependente do álcool, além de prejudicar a sua própria vida, acaba afetando a sua família, amigos e colegas de trabalho.

A pessoa dependente do álcool, além de prejudicar a sua própria vida, acaba afetando a sua família, amigos e colegas de trabalho. O que é Alcoolismo? Alcoolismo é a dependência do indivíduo ao álcool, considerada doença pela Organização Mundial da Saúde. O uso constante, descontrolado e progressivo de bebidas alcoólicas pode comprometer

Leia mais

Uso correcto dos antibióticos

Uso correcto dos antibióticos CAPÍTULO 7 Uso correcto dos antibióticos Quando usados correctamente, os antibióticos são medicamentos extremamente úteis e importantes. Eles combatem diversas infecções e doenças causadas por bactérias.

Leia mais

Hipogonadismo. O que é Hipogonadismo? Causas 25/02/ 2015. Minhavida.com.br

Hipogonadismo. O que é Hipogonadismo? Causas 25/02/ 2015. Minhavida.com.br Hipogonadismo O que é Hipogonadismo? Hipogonadismo é uma doença na qual as gônadas (testículos nos homens e ovários nas mulheres) não produzem quantidades adequadas de hormônios sexuais, como a testosterona

Leia mais

Este manual tem como objetivo fornecer informações aos pacientes e seus familiares a respeito do Traço Falcêmico

Este manual tem como objetivo fornecer informações aos pacientes e seus familiares a respeito do Traço Falcêmico MANUAL DO PACIENTE - TENHO TRAÇO FALCÊMICO.... E AGORA? EDIÇÃO REVISADA 02/2004 Este manual tem como objetivo fornecer informações aos pacientes e seus familiares a respeito do Traço Falcêmico Sabemos

Leia mais

UNILAB no Outubro Rosa Essa luta também é nossa. CUIDAR DA SAÚDE É UM GESTO DE AMOR À VIDA. cosbem COORDENAÇÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR www.unilab.edu.

UNILAB no Outubro Rosa Essa luta também é nossa. CUIDAR DA SAÚDE É UM GESTO DE AMOR À VIDA. cosbem COORDENAÇÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR www.unilab.edu. UNILAB no Outubro Rosa Essa luta também é nossa. CUIDAR DA SAÚDE É UM GESTO DE AMOR À VIDA. cosbem COORDENAÇÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR www.unilab.edu.br CUIDAR DA SUA SAÚDE É UM GESTO DE AMOR À VIDA. As mamas

Leia mais

CUIDADOS A TER COM O ANIMAL GERIÁTRICO

CUIDADOS A TER COM O ANIMAL GERIÁTRICO Clínica Veterinária de Mangualde Dr. Benigno Rodrigues Dra. Sandra Oliveira CUIDADOS A TER COM O ANIMAL GERIÁTRICO O que devo fazer para garantir um envelhecimento com qualidade de vida ao meu animal?

Leia mais

Programa de Prevenção de Gravidez de Erivedge :

Programa de Prevenção de Gravidez de Erivedge : Programa de Prevenção de Gravidez de Erivedge : Informação importante sobre a prevenção de gravidez e contraceção para mulheres e homens que estão a tomar Erivedge Erivedge pode causar defeitos congénitos

Leia mais

CIRURGIA DE OTOPLASTIA (PLÁSTICA DE ORELHAS) Termo de ciência e consentimento livre e esclarecido

CIRURGIA DE OTOPLASTIA (PLÁSTICA DE ORELHAS) Termo de ciência e consentimento livre e esclarecido CIRURGIA DE OTOPLASTIA (PLÁSTICA DE ORELHAS) Termo de ciência e consentimento livre e esclarecido Eu, RG n solicito e autorizo o Dr. Fausto A. de Paula Jr, CRM-SP 103073, medico otorrinolaringologista,

Leia mais

- Ambulatório: Termo usado geralmente em regime de tratamentos não obriga a estar acamado ou em observação;

- Ambulatório: Termo usado geralmente em regime de tratamentos não obriga a estar acamado ou em observação; A - Ambulatório: Termo usado geralmente em regime de tratamentos não obriga a estar acamado ou em observação; - Ajudas técnicas: segundo a ISO (Organização Internacional de Normalização entidade internacional

Leia mais

Homeopatia. Copyrights - Movimento Nacional de Valorização e Divulgação da Homeopatia mnvdh@terra.com.br 2

Homeopatia. Copyrights - Movimento Nacional de Valorização e Divulgação da Homeopatia mnvdh@terra.com.br 2 Homeopatia A Homeopatia é um sistema terapêutico baseado no princípio dos semelhantes (princípio parecido com o das vacinas) que cuida e trata de vários tipos de organismos (homem, animais e plantas) usando

Leia mais

DIAGNÓSTICO MÉDICO DADOS EPIDEMIOLÓGICOS FATORES DE RISCO FATORES DE RISCO 01/05/2015

DIAGNÓSTICO MÉDICO DADOS EPIDEMIOLÓGICOS FATORES DE RISCO FATORES DE RISCO 01/05/2015 01/05/2015 CÂNCER UTERINO É o câncer que se forma no colo do útero. Nessa parte, há células que podem CÂNCER CERVICAL se modificar produzindo um câncer. Em geral, é um câncer de crescimento lento, e pode

Leia mais

0800 30 30 03 www.unimedbh.com.br

0800 30 30 03 www.unimedbh.com.br ANS - Nº 34.388-9 0800 30 30 03 www.unimedbh.com.br Março 2007 Programa de Atenção ao Diabetes O que é diabetes? AUnimed-BH preocupa-se com a saúde e o bem-estar dos seus clientes, por isso investe em

Leia mais

Vacinação para o seu filho do 6º ano do ensino básico (P6) Portuguese translation of Protecting your child against flu - Vaccination for your P6 child

Vacinação para o seu filho do 6º ano do ensino básico (P6) Portuguese translation of Protecting your child against flu - Vaccination for your P6 child Proteger o seu filho da gripe Vacinação para o seu filho do 6º ano do ensino básico (P6) Portuguese translation of Protecting your child against flu - Vaccination for your P6 child Proteger o seu filho

Leia mais

Apesar de ser um tumor maligno, é uma doença curável se descoberta a tempo, o que nem sempre é possível, pois o medo do diagnóstico é muito grande,

Apesar de ser um tumor maligno, é uma doença curável se descoberta a tempo, o que nem sempre é possível, pois o medo do diagnóstico é muito grande, Cancêr de Mama: É a causa mais frequente de morte por câncer na mulher, embora existam meios de detecção precoce que apresentam boa eficiência (exame clínico e auto-exame, mamografia e ultrassonografia).

Leia mais

Todos sabemos a importância de uma boa noite de sono. O que nem todos sabem é que alternância entre o dormir e estar acordado resulta da ação

Todos sabemos a importância de uma boa noite de sono. O que nem todos sabem é que alternância entre o dormir e estar acordado resulta da ação QUÍMICA DO SONO Todos sabemos a importância de uma boa noite de sono. O que nem todos sabem é que alternância entre o dormir e estar acordado resulta da ação combinada de diversas substâncias químicas

Leia mais

azul NOVEMBRO azul Saúde também é coisa de homem. Doenças Cardiovasculares (DCV)

azul NOVEMBRO azul Saúde também é coisa de homem. Doenças Cardiovasculares (DCV) Doenças Cardiovasculares (DCV) O que são as Doenças Cardiovasculares? De um modo geral, são o conjunto de doenças que afetam o aparelho cardiovascular, designadamente o coração e os vasos sanguíneos. Quais

Leia mais

CANCER DE COLO DE UTERO FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO

CANCER DE COLO DE UTERO FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO CANCER DE COLO DE UTERO FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO CANCER DE COLO DE UTERO O câncer de colo uterino é o câncer mais comum entre as mulheres no Brasil, correspondendo a, aproximadamente,

Leia mais

Avaliação Semanal Correcção

Avaliação Semanal Correcção Avaliação Semanal Correcção 1. Mulher de 32 anos, caucasiana. Antecedentes pessoais e familiares irrelevante. 11 Gesta, 11 Para, usa DIU. Recorreu ao S.U. por dor abdominal de início súbito, localizada

Leia mais

podem desenvolver-se até atingirem um tamanho considerável antes dos sintomas se manifestarem. Por outro lado, em outras partes do cérebro, mesmo um

podem desenvolver-se até atingirem um tamanho considerável antes dos sintomas se manifestarem. Por outro lado, em outras partes do cérebro, mesmo um Um tumor é uma massa anormal em qualquer parte do corpo. Ainda que tecnicamente ele possa ser um foco de infecção (um abcesso) ou de inflamação; o termo habitualmente significa um novo crescimento anormal

Leia mais

COMPROMETIMENTO COM OS ANIMAIS, RESPEITO POR QUEM OS AMA.

COMPROMETIMENTO COM OS ANIMAIS, RESPEITO POR QUEM OS AMA. COMPROMETIMENTO COM OS ANIMAIS, RESPEITO POR QUEM OS AMA. CITOLOGIA CLÍNICA O exame citológico é uma das grandes ferramentas para auxiliar o médico veterinário no diagnóstico, prognóstico e na tomada de

Leia mais

Cancro da Mama. Estrutura normal das mamas. O que é o Cancro da Mama

Cancro da Mama. Estrutura normal das mamas. O que é o Cancro da Mama Cancro da Mama O Cancro da Mama é um tumor maligno que se desenvolve nas células do tecido mamário. Um tumor maligno consiste num grupo de células alteradas (neoplásicas) que pode invadir os tecidos vizinhos

Leia mais

VAMOS FALAR SOBRE. AIDS + DSTs

VAMOS FALAR SOBRE. AIDS + DSTs VAMOS FALAR SOBRE AIDS + DSTs AIDS A AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) atinge indiscriminadamente homens e mulheres e tem assumido proporções assustadoras desde a notificação dos primeiros

Leia mais

Introdução. Procura, oferta e intervenção. Cuidados continuados - uma visão económica

Introdução. Procura, oferta e intervenção. Cuidados continuados - uma visão económica Cuidados continuados - uma visão económica Pedro Pita Barros Faculdade de Economia Universidade Nova de Lisboa Introdução Área geralmente menos considerada que cuidados primários e cuidados diferenciados

Leia mais

MAMOPLASTIA REDUTORA E MASTOPEXIA

MAMOPLASTIA REDUTORA E MASTOPEXIA MAMOPLASTIA REDUTORA E MASTOPEXIA A mastoplastia (mastoplastia) redutora é uma das cirurgias mais realizadas em nosso país, abrangendo uma faixa etária a mais variada possível, desde a adolescência até

Leia mais

Fique atento ao abuso de antibióticos na pediatria

Fique atento ao abuso de antibióticos na pediatria Fique atento ao abuso de antibióticos na pediatria Criado em 22/04/15 10h50 e atualizado em 22/04/15 11h27 Por Sociedade Brasileira de Pediatria Para se ter sucesso no tratamento da criança alérgica ou

Leia mais

Mensal. Saúde. Nacional TENHO O COLESTEROL ALTO OS MEUS FILHOS VÃO HERDÁ LO

Mensal. Saúde. Nacional TENHO O COLESTEROL ALTO OS MEUS FILHOS VÃO HERDÁ LO TENHO O COLESTEROL ALTO OS MEUS FILHOS VÃO HERDÁ LO A hipercolesterolemia familiar é uma doença genética que se manifesta desde a nascença e que está associada a um maior risco cardiovascular Em Portugal

Leia mais

Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite

Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite HEPATITE A hepatite é uma inflamação do fígado provocada na maioria das vezes por um vírus. Diferentes tipos de vírus podem provocar hepatite aguda, que se

Leia mais

Por outro lado, na avaliação citológica e tecidual, o câncer tem seis fases, conhecidas por fases biológicas do câncer, conforme se segue:

Por outro lado, na avaliação citológica e tecidual, o câncer tem seis fases, conhecidas por fases biológicas do câncer, conforme se segue: 8 - O câncer também tem fases de desenvolvimento? Sim, o câncer tem fases de desenvolvimento que podem ser avaliadas de diferentes formas. Na avaliação clínica feita por médicos é possível identificar

Leia mais

Você conhece a Medicina de Família e Comunidade?

Você conhece a Medicina de Família e Comunidade? Texto divulgado na forma de um caderno, editorado, para a comunidade, profissionais de saúde e mídia SBMFC - 2006 Você conhece a Medicina de Família e Comunidade? Não? Então, convidamos você a conhecer

Leia mais

Derrotar o cancro do útero

Derrotar o cancro do útero Portuguese translation of Beating cervical cancer The HPV vaccine questions and answers for parents of girls in Year 9 Derrotar o cancro do útero A vacina HPV perguntas e respostas para os pais de jovens

Leia mais

1. FANTASIAR FAZ PARTE DA CRIAÇÃO. OS MITOS

1. FANTASIAR FAZ PARTE DA CRIAÇÃO. OS MITOS 1. FANTASIAR FAZ PARTE DA CRIAÇÃO. OS MITOS SÃO CRIADOS PELA IMAGINAÇÃO. Não há como vivermos sem mitos. Desde que o homem passou FATO a caminhar ereto e a rabiscar nas paredes das cavernas, ficou clara

Leia mais

2. HIPERTENSÃO ARTERIAL

2. HIPERTENSÃO ARTERIAL TESTE ERGOMETRICO O teste ergométrico serve para a avaliação ampla do funcionamento cardiovascular, quando submetido a esforço físico gradualmente crescente, em esteira rolante. São observados os sintomas,

Leia mais

4. COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO MIELOIDE CRÔNICA (LMC)? E MONITORAMENTO DE LMC? É uma doença relativamente rara, que ocorre

4. COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO MIELOIDE CRÔNICA (LMC)? E MONITORAMENTO DE LMC? É uma doença relativamente rara, que ocorre ÍNDICE 1. O que é Leucemia Mieloide Crônica (LMC)?... pág 4 2. Quais são os sinais e sintomas?... pág 4 3. Como a LMC evolui?... pág 5 4. Quais são os tratamentos disponíveis para a LMC?... pág 5 5. Como

Leia mais

CÂNCER DE MAMA: é preciso falar disso. Ministério da Saúde Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva

CÂNCER DE MAMA: é preciso falar disso. Ministério da Saúde Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva CÂNCER DE MAMA: é preciso falar disso Ministério da Saúde Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva 2014 Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva/ Ministério da Saúde. Esta

Leia mais

Qual é a função do Sistema Nervoso Central?

Qual é a função do Sistema Nervoso Central? Câncer de SNC Qual é a função do Sistema Nervoso Central? O Sistema Nervoso Central (SNC) é constituído pelo cérebro, cerebelo e tronco cerebral. O cérebro é dividido em quatro lobos que controlam funções

Leia mais

à diabetes? As complicações resultam da de açúcar no sangue. São frequentes e graves podendo (hiperglicemia).

à diabetes? As complicações resultam da de açúcar no sangue. São frequentes e graves podendo (hiperglicemia). diabetes Quando Acidente a glicemia vascular (glicose cerebral no sangue) (tromboses), sobe, o pâncreas uma das principais O que Quais é a diabetes? as complicações associadas à diabetes? produz causas

Leia mais

Azul. Novembro. cosbem. Mergulhe nessa onda! A cor da coragem é azul. Mês de Conscientização, Preveção e Combate ao Câncer De Próstata.

Azul. Novembro. cosbem. Mergulhe nessa onda! A cor da coragem é azul. Mês de Conscientização, Preveção e Combate ao Câncer De Próstata. cosbem COORDENAÇÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR Novembro Azul Mês de Conscientização, Preveção e Combate ao Câncer De Próstata. Mergulhe nessa onda! A cor da coragem é azul. NOVEMBRO AZUL Mês de Conscientização,

Leia mais

O GUIA COMPLETO TIRE TODAS SUAS DÚVIDAS SOBRE ANDROPAUSA

O GUIA COMPLETO TIRE TODAS SUAS DÚVIDAS SOBRE ANDROPAUSA O GUIA COMPLETO TIRE TODAS SUAS DÚVIDAS SOBRE ANDROPAUSA O QUE É ANDROPAUSA? Problemas hormonais surgidos em função da idade avançada não são exclusivos das mulheres. Embora a menopausa seja um termo conhecido

Leia mais