AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE DINÂMICA DO FRESAMENTO DE TOPO RETO A ALTAS VELOCIDADES ATRAVÉS DO SINAL DE ÁUDIO
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- Matheus Castelhano Azeredo
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1 AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE DINÂMICA DO FRESAMENTO DE TOPO RETO A ALTAS VELOCIDADES ATRAVÉS DO SINAL DE ÁUDIO Walter Lindolfo Weingaertner Rolf Bertrand Schroeter Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Engenharia Mecânica, Laboratório de Mecânica de Precisão, Campus Universitário. Caia Postal 476, EMC CEP , Florianópolis/SC Brasil, wlw@emc.ufsc.br e rolf@lmp.ufsc.br Milton Luiz Polli Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná, Departamento Acadêmico de Mecânica, Av. Sete de Setembro, CEP , Curitiba/PR Brasil, polli@cefetpr.br Jefferson de Oliveira Gomes Instituto Tecnológico de Aeronáutica - ITA, Divisão de Engenharia Mecânica Aeronáutica, Praça Marechal Eduardo Gomes, 5. CEP , São José dos Campos /SP - Brasil, gomes@ita.br Resumo. O progresso do fresamento a altas velocidades tem sido limitado pelos desgastes prematuros das ferramentas, dos rolamentos dos eios-árvore e instabilidades dinâmicas no sistema. As vibrações relativas entre ferramenta e peça eercem grande influência sobre o resultado de trabalho. As operações de usinagem são influenciadas pela dinâmica da estrutura da máquina-ferramenta e pela dinâmica do processo de corte. A primeira é analisada usando métodos e teorias da dinâmica estrutural. A dinâmica do processo de corte é menos conhecida, uma vez que métodos teóricos e eperimentais para seu estudo ainda estão em desenvolvimento. Neste trabalho é investigada a influência das características dinâmicas do sistema máquina-ferramenta-peça e dos parâmetros de corte sobre a estabilidade do processo de fresamento a altas velocidades através de simulações e eperimentos. Na avaliação da estabilidade foi levado em conta o acabamento da superfície das peças usinadas e os sinais de áudio foram medidos por um microfone. Este se mostrou capaz de detectar sinais de vibração mesmo para cortes com pequena seção de usinagem. Os resultados das simulações foram mais próimas dos eperimentais para o desbaste. Houve correlação entre as freqüências de vibração resultantes das simulações e as determinadas eperimentalmente, apesar destas terem se afastado mais da freqüência natural do sistema. De uma forma geral são as vibrações regenerativas que limitam o processo, porém as forçadas adquirem importância no processo de acabamento em função do menor engaamento da ferramenta no corte e das abruptas variações das forças de usinagem. Palavras-chave: usinagem a altas velocidades, fresamento, vibrações regenerativas. 1. INTRODUÇÃO O progresso do fresamento a altas velocidades tem sido limitado pelo desgastes prematuros das ferramentas, dos rolamentos dos eios-árvore e instabilidades dinâmicas no sistema. As operações de usinagem são influenciadas pela dinâmica da estrutura da máquina-ferramenta e pela dinâmica do processo de corte. A primeira é analisada usando métodos e teorias da dinâmica estrutural. A dinâmica do processo de corte é menos conhecida, uma vez que métodos teóricos e eperimentais para seu estudo ainda estão em desenvolvimento. As vibrações relativas entre
2 ferramenta e peça eercem grande influência sobre o resultado de trabalho. Segundo Crede e Harris (1) elas podem ter fonte eterna à máquina-ferramenta, ser causadas pela máquina-ferramenta ou ainda geradas pela própria usinagem. Estas ocorrem pela ação das forças geradas durante o corte do material pela ferramenta. Neste grupo se enquadram as vibrações forçadas pela passagem de dentes, que possuem amplitude proporcional à espessura do cavaco, e as vibrações regenerativas ou auto-ecitadas, que resultam de um mecanismo de auto-ecitação na geração da espessura do cavaco. Neste trabalho foi investigada a influência dos parâmetros de corte sobre a estabilidade do fresamento a altas velocidades de uma liga de alumínio, através de simulações computacionais e eperimentos. A avaliação da estabilidade foi baseada no acabamento superficial das peças usinadas e na análise dos sinais de áudio medidos durante o processo. 2. MODELOS DO PROCESSO A figura 1 mostra esquematicamente uma operação de fresamento. K Ondulações deiadas pelo dente () Fr dente () u v Ft (t) h(t) dente (-1) C dente (-2) C K Ondulações deiadas pelo dente (-1) Ondulações deiadas pelo dente (-2) Figura 1. Representação de uma operação de fresamento segundo Altintas e Budak (3) Considera-se que a fresa tem N dentes com ângulo de hélice nulo. O período passagem de dentes é, e o avanço é f. O ângulo entre cada dente e o eio vertical é φ. As forças de corte ecitam a estrutura nas direções de avanço (X) e normal (Y), causando deslocamentos dinâmicos e respectivamente. A espessura de cavaco h(φ ), caso o dente estea na região de corte, é calculada por: h(φ ) f senφ -{[(t) - (t - )] senφ [(t) - (t - )] cosφ ]} (1) As forças nas direções tangencial e radial são dadas respectivamente por: F t K a h(φ ) (2) t p F r K F (3) r t Onde os coeficientes de força K t e K r são constantes. Decompondo as forças de usinagem em ambas as direções e somando-as para todos os dentes, as forças totais atuando na fresa são encontradas:
3 F F N 1 cosφ sinφ sinφ Ft cosφ Fr (4) Para um sistema com um modo fleível dominante resultam as equações diferenciais: m c k F (5) m c k F (6) Na solução no domínio do tempo proposta por Smith e Tlust (2) iterativamente pelo método de Euler: estas são resolvidas (F - c k ) m (7) dt (8) dt (9) No método proposto por Altintas e Budak (3), os termos independentes do tempo são epandidos em uma série de Fourier e somente o termo constante é retido. Isto resulta em uma epressão independente do tempo para a força em função dos deslocamentos da ferramenta, permitindo uma solução analítica para o problema. 3. METODOLOGIA Os eperimentos foram conduzidos em um centro de usinagem Hermle C8U, com rotação máima 16. rpm e potência 15 kw. O material da peça foi a liga de alumínio 775-T6. Foi usada uma fresa inteiriça de metal-duro com diâmetro 12 mm e seis dentes. Na avaliação da estabilidade foi levado em conta o acabamento da superfície das peças usinadas e os sinais de áudio medidos por um microfone unidirecional de 1/2 (modelo 377A2, fabricante PCB). Este foi colocado na área de trabalho da máquina próimo ao corpo de prova. A opção pelo emprego de um microfone como sensor para detecção do surgimento de vibrações durante o processo foi escolhida em função da sua adequada banda de freqüência e capacidade de detectar sinais de vibração provenientes da ferramenta, da peça ou da máquina. A função resposta em freqüência (FRF) foi obtida fiando-se um acelerômetro (modelo 35281, fabricante PCB) na etremidade da ferramenta e ecitando-a com um martelo (modelo 86B3, fabricante PCB) na direção do acelerômetro. A partir desta foram estimados os parâmetros modais usados como dados de entrada nas simulações. Para a simulação analítica foram empregadas as equações desenvolvidas por Altintas e Budak (2). Para a simulação no domínio do tempo, a espessura do cavaco foi calculada levando-se em conta a vibração da ferramenta e a superfície ondulada deiada por três dentes precedentes. Também foi considerada a perda de contato entre a ferramenta e a peça na região de corte devido às elevadas amplitudes das vibrações. O erro de batimento associado a cada dente foi medido e adicionado aos deslocamentos radiais durante a simulação. O intervalo de tempo empregado na simulação de cada combinação correspondeu a 4 rotações da ferramenta. O critério para caracterizar a instabilidade foi o valor da variância dos deslocamentos resultantes das últimas 2 rotações, amostrados periodicamente a cada passagem dos dentes, similarmente ao adotado por Bal et al (4). Os valores dos coeficientes de força empregados nas simulações (K t = Pa e K r =,32) foram determinados eperimentalmente.
4 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO A partir da função resposta em freqüência medida na etremidade da ferramenta foram determinados os parâmetros modais (tabela 1), usados como dados de entrada para as simulações. A peça foi considerada rígida. Tabela 1. Parâmetros modais Freqüência natural (Hz) Rigidez (N/m) Razão de amortecimento ,6e6,234 A figura 2 mostra a carta de estabilidade resultante das simulações empregando o método analítico e no domínio do tempo, untamente com os determinados eperimentalmente através da análise do espectro de áudio para uma condição de desbaste. Analítica Domínio do tempo Ep. estável Ep. instável Profundidade de corte aial limite [mm] 1,25 1,75,5, Material: 775-T6 Prof. de corte radial (a e ) [mm]: 12 Avanço (f z ) [mm / dente]:,1 Figura 2. Carta de estabilidade para o desbaste Os valores encontrados para os dois métodos empregados na simulação são muito próimos. Porém, há discrepâncias entre estes e os encontrados eperimentalmente. Para a rotação n = 1. rpm, que correspondeu à condição mais desfavorável, a profundidade de corte aial limite determinada eperimentalmente praticamente coincidiu com aquela das simulações. Com o aumento da rotação, as profundidades de corte limites determinadas eperimentalmente apresentaram a mesma tendência de crescimento das simulações, até a condição próima à ressonância. Para n = 16. rpm, condição na qual a freqüência de passagem de dentes era mais próima da freqüência natural, os resultados da simulação indicavam uma profundidade de corte limite elevada, porém esta não foi confirmada eperimentalmente. Isto pode estar associado às diferenças eistentes na rigidez, amortecimento e principalmente freqüência natural quando as características dinâmicas do sistema são medidas sob duas condições: movimento livre e ferramenta em contato com a peça. Segundo Jensen e Shin (5), o modelamento da dinâmica estrutural do sistema sob condições de operação desempenha um papel importante na determinação das vibrações que irão ocorrer durante o processo. Os resultados encontrados nos dois métodos de simulação são praticamente iguais, porque anteriormente ao desenvolvimento das vibrações regenerativas (condições estáveis) a perda de contato de um dente com a peça pode ocorrer somente em uma zona estreita no início do arco usinado. Conforme Minis (6) esta não-linearidade tem pequena influência na estabilidade do sistema. Para o caso instável, esta zona inclui quase todo o arco, e a amplitude das vibrações atinge um valor elevado (figura 3). Tlust e Ismail (7) destacam que esta não cresce indefinidamente porque quando a ferramenta perde o contato com a peça, a força deia de ser proporcional à espessura do cavaco, tornando-se simplesmente nula.
5 Condição estável n = 16. rpm Condição instável n = 1. rpm 2 25 Deslocamento [ m] Deslocamento [ m] ,1,2,3,4 Tempo [s] -25,1,2,3,4 Tempo [s] Figura 3. Simulação do deslocamento na direção ortogonal ao avanço para a p =,25 mm O gráfico da figura 4 mostra as freqüências de vibração determinadas eperimentalmente e as resultantes das simulações em função da rotação. Eperimental Simulado Freqüência [Hz] Material: 775-T6 Prof. de corte radial (a e ) [mm]: 12 Avanço (f z ) [mm / dente]:, Figura 4. Freqüências de vibração em função da rotação Eiste correlação entre as freqüências determinadas eperimentalmente e as resultantes das simulações. Porém, as obtidas eperimentalmente se afastaram mais da freqüência natural do sistema. À eceção da rotação n = 16. rpm, as demais tiveram suas freqüências de vibração superiores a este valor. A freqüência mais alta ocorreu para n = 15. rpm, que também permitiu a maior profundidade de corte estável determinada eperimentalmente. As freqüências de vibração aumentam progressivamente até que a freqüência de passagem de dentes ultrapasse a natural, e após isso as mesmas caem rapidamente, voltando a se aproimar deste valor. Este comportamento limita a aplicação de soluções baseadas no auste da rotação a partir da freqüência de vibração, como a proposta por Delio et al (8). A figura 5 mostra a carta de estabilidade resultante das simulações empregando o método analítico e no domínio do tempo, além dos resultados eperimentais obtidos através da análise do espectro de áudio e medição da rugosidade para o corte concordante.
6 Analítica Domínio do tempo Ep. estável Ep. instável Profundidade de corte aial limite [mm] Material: 775-T6 Direção: Concordante Prof. de corte radial (a e ) [mm]: 1, Avanço (f z ) [mm / dente]:,1 Figura 5. Carta de estabilidade para o fresamento de acabamento concordante Os valores encontrados para os dois métodos empregados na simulação são próimos. Porém, a simulação no domínio do tempo apresenta um lóbulo incipiente nas rotações próimas a n= 11. rpm, associado a uma instabilidade com duplicação do período da vibração. Este tende a ser mais significativo à medida que a profundidade de corte radial diminui. As profundidades de corte limites das simulações são maiores que as encontradas eperimentalmente, especialmente para as rotações mais favoráveis apontadas pelas simulações. A figura 6 mostra a carta de estabilidade resultante para o corte discordante. A simulação analítica apresentou os mesmos resultados independentemente da direção de corte. Os resultados da simulação no domínio do tempo continuaram sendo próimos aos analíticos. Porém, as profundidades de corte limites tenderam a ser pouco menores e também deiou de ser visível o lóbulo incipiente, observado no corte concordante. Profundidade de corte aial limite [mm] Analítica Domínio do tempo Ep. estável Ep. instável Material: 775-T6 Direção: Discordante Prof. de corte radial (a e ) [mm]: 1, Avanço (f z ) [mm / dente]:,1 Figura 6. Carta de estabilidade para o fresamento de acabamento discordante As profundidades de corte limites encontradas eperimentalmente são praticamente as mesmas do corte concordante. A eceção ocorreu para n = 15. rpm, que contrariamente à primeira condição, correspondeu a uma condição desfavorável. A figura 7 mostra o resultado de simulações no domínio do tempo, destacando os pontos amostrados no momento em que cada dente inicia a retirada de material no corte discordante.
7 n = 1. rpm n = 16. rpm 5 5 Deslocamento m] Deslocamento [ m] Tempo [ms] Tempo [ms] Figura 7. Resultados de simulação para o corte discordante a p = 2 mm Para a rotação n =1. rpm a variância dos pontos amostrados é elevada ( 2 = 934,8 m 2 ), caracterizando uma condição instável. A condição próima à ressonância (n = 16. rpm), apesar de ter amplitude das vibrações mais elevada, deveria corresponder a uma condição estável, visto apresentar pequena variância para os pontos amostrados ( 2 = 5,59 m 2 ). Como é no início do corte que ocorre a geração da superfície, somente estes pontos repercutem em seu acabamento. Segundo Schmitz e Ziegert (9), os desvios destes em relação à origem provocam apenas erros dimensionais. Contudo, nos eperimentos esta condição resultou em um acabamento de superfície deteriorado para as duas direções de corte (figura 8). Nesta rotação, também ocorre a maior diferença em relação à carta de estabilidade encontrada para o desbaste (figura 3), que possibilitou o emprego de uma profundidade de corte limite relativamente elevada. Concordante Discordante Rugosidade Rz [ m] Material: T6 Prof. de corte aial (a p ) [mm]: 2, Prof. de corte radial (a e ) [mm]: 1, Avanço (f z ) [mm / dente]:,1 Figura 8. Rugosidade em função da rotação para o corte concordante e discordante O gráfico da figura 8 mostra curvas cuos picos e vales são resultantes de cortes instáveis e estáveis, respectivamente. Elas são similares para as duas direções de corte, porém há uma diferença significativa para n = 15. rpm, que apresentou um valor de rugosidade relativamente baio para o corte concordante e consideravelmente elevado para o discordante. Isto foi confirmado pela medição dos níveis da pressão sonora medidos durante o processo de 1,62 db e 11 db, respectivamente. Ambos os espectros apresentam o maior pico na freqüência de passagem de dentes (1.5 Hz). Não houve outra freqüência que caracterizasse o surgimento de vibrações regenerativas. Portanto, neste caso foram as vibrações forçadas que causaram a instabilidade para o corte discordante. Elas tiveram amplitudes suficientemente elevadas a ponto de comprometer o acabamento da superfície. O gráfico da figura 9 mostra as freqüências de vibração em função da rotação para os cortes concordante e discordante. As freqüências de vibração são muito próimas nas duas direções e
8 apresentam valores mais afastados da freqüência natural quando se compara com os resultados do desbaste (figura 4). Isto é válido tanto para os resultados eperimentais quanto para as simulações, embora estas indiquem valores menores para a maioria das rotações. Uma grande diferença ocorre na rotação n = 15. rpm, onde a freqüência da vibração regenerativa para o corte concordante, a eemplo do que ocorreu no desbaste, foi a que mais se afastou da natural. Já para o corte discordante, como foi discutido anteriormente, a freqüência de vibração considerada foi a de passagem dos dentes, indicando que a profundidade de corte máima foi limitada pelas vibrações forçadas. Ep. concordante Ep. discordante Sim. concordante Sim. discordante Freqüência [Hz] Material: Alumínio Prof. de corte radial (a e ) [mm]: 1, Avanço (f z ) [mm / dente]:, Figura 9. Freqüências de vibração para as duas direções de corte 5. CONCLUSÕES O emprego do microfone permitiu detectar o surgimento de vibrações, mesmo para cortes com pequena seção de usinagem. Para a condição de desbaste, os resultados das simulações analíticas e no domínio do tempo praticamente coincidiram, e foram próimos dos encontrados eperimentalmente. A condição mais próima à ressonância possibilitou uma profundidade de corte limite relativamente alta. Para o acabamento, os resultados obtidos pelos dois métodos apresentaram pequenas diferenças, e se afastaram dos encontrados eperimentalmente. As maiores diferenças ocorreram para as condições próimas à ressonância que apresentaram pequenas profundidades de corte limites nos eperimentos. Houve correlação entre as freqüências de vibração resultantes das simulações e as determinadas eperimentalmente, embora estas tenham se afastado mais da freqüência natural do sistema, principalmente para a condição de acabamento. De uma forma geral verifica-se que são as vibrações regenerativas que limitam o processo, porém as forçadas adquirem importância no acabamento em função do menor engaamento da ferramenta no corte e das abruptas variações das forças de usinagem. 6. AGRADECIMENTOS Os autores agradecem à CAPES pelo apoio financeiro e à Kennametal do Brasil pelo fornecimento das ferramentas usadas nos eperimentos. 7. REFERÊNCIAS 1. CREDE, C. E. ; HARRIS, C. M. Shock and vibration handbook. 4 ed. New York: Mc. Graw- Hill, 1995, 1456 p. 2. SMITH, S.; TLUSTY, J. An overview of modeling and simulation of the milling process. Journal of Engineering for Industr, Transactions of the ASME, v. 113, p , ALTINTAS, Y.; BUDAK, E. Analitcal prediction of stabilit lobes in milling. Annals of the CIRP, v. 44, n. 1, p , 1995.
9 4. BAYLY, P. V. et al. Effects of radial immersion and cutting direction on chatter instabilit in end-milling. In: ASME International Mechanical Engineering Conference & Ehibition, 22, New Orleans. Proceedings of IMECE 22, New Orleans: ASME, JENSEN, S. A.; SHIN, Y. C. Stabilit analsis in face milling operations, part 2: eperimental validation and influencing factors. Journal of Manufacturing Science and Engineering, Transaction of the ASME, v. 121, p , MINIS, I. et al. Analsis of linear and nonlinear chatter in milling. Annals of the CIRP, v.39, n.1, p , TLUSTY, J.; ISMAIL, F. Basic non-linearit in machining chatter. Annals of the CIRP, v.3, n.1, p , DELIO, T. et al. Use of audio signals for chatter detection and control. ASME Journal of Engineering for Industr, v. 114, p , SCHMITZ T.; ZIEGERT, J. Eamination of surface location error due to phasing of cutter vibrations. Precision Engineering, v.23, n.1, p , EVALUATION OF THE HIGH SPEED END MILLING DYNAMIC STABILITY TROUGH AUDIO SIGNALS MEASUREMENT Walter Lindolfo Weingaertner Rolf Bertrand Schroeter Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Engenharia Mecânica, Laboratório de Mecânica de Precisão, Campus Universitário. Caia Postal 476, EMC CEP , Florianópolis/SC Brazil, wlw@emc.ufsc.br e rolf@lmp.ufsc.br Milton Luiz Polli Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná, Departamento Acadêmico de Mecânica, Av. Sete de Setembro, CEP , Curitiba/PR Brazil, polli@cefetpr.br Jefferson de Oliveira Gomes Instituto Tecnológico de Aeronáutica - ITA, Divisão de Engenharia Mecânica Aeronáutica, Praça Marechal Eduardo Gomes, 5. CEP , São José dos Campos /SP - Brazil, gomes@ita.br Abstract. The progress of high speed milling has been limited b premature tool failure, spindle bearing wear and dnamic instabilities. Relative vibrations between tool and workpiece eert great influence on the process results. Machining operations are influenced b the dnamic behaviour of the machine-tool structure and b the dnamics of the cutting process. In this paper is investigated the influence of the machining parameters on the stabilit of high speed end milling through simulations and eperiments. The stabilit evaluation was based on the workpiece surface finish and on the audio signals measured b a unidirectional microphone. It detected vibration signals even for the low immersion cuts. The simulation results were close to the eperimental ones for the high immersion condition. There was correlation between the simulated chatter frequencies and the eperimental ones, though these had been more distant from the natural frequenc of the sstem. In general the regenerative vibrations limit the maimum aial depth of cut for a stable cut, however the forced ones are also important for low immersion cuts due to the small engagement between the tool and workpiece and the abrupt variations of the cutting forces. Kewords. High speed machining, milling, chatter
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