EUROSATORY 2010 UM PEQUENO OLHAR

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Eliza Bonilha de Lacerda
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EUROSATORY 2010 UM PEQUENO OLHAR Sem dúvida uma das mais importantes feiras do mundo, no setor de defesa, principalmente na parte terrestre, ocorreu em Paris no período de 14 a 18 de junho, onde

Na parte referente a veículos blindados, prevaleceu os veículos sobre rodas, sejam os 4x4, 6x6 e 8x8, concebidos para as mais variadas missões e muitos já testados em combates reais no Iraque e

1 EUROSATORY 2010 UM PEQUENO OLHAR Sem dúvida uma das mais importantes feiras do mundo, no setor de defesa, principalmente na parte terrestre, ocorreu em Paris no período de 14 a 18 de junho, onde estivemos presente acompanhando as novidades, que são muitas, e que foram por lá apresentadas. Na parte referente a veículos blindados, prevaleceu os veículos sobre rodas, sejam os 4x4, 6x6 e 8x8, concebidos para as mais variadas missões e muitos já testados em combates reais no Iraque e Afeganistão, mostrando que eles são indispensáveis nos conflitos que se vislumbram para este século e que aos poucos iremos abordar em artigos específicos. Estão a cada dia, mais seguros e resistentes, aptos a enfrentarem o que chamam de luta assimétrica, que tem sido uma constante deste a guerra do golfo de 1991, com diversas inovações que estão sendo aplicadas também aos veículos de apoio, com suas dimensões cada vez maiores e o mesmo ocorrendo com seu peso, mas com boa mobilidade e grande raio de ação e em muitos casos bem armados. Navistar 4x4 e Ranger 6x6 (Fotos: autor)

mostrando que o Carro de Combate ainda tem um grande futuro, onde os destaques

pelas dimensões e disign, isto sem falar numa gama variada de kits de modernização

áreas de socorro e engenharia, indispensáveis para que aqueles possam ter um

Leopard 2 A7 e Merkava IV (Fotos: autor) Outro setor que me chamou a atenção foi o

desmontagem de explosivos empregados como armadilhas, os conhecidos IED, para

2 VBCI francês e RG-41 inglês. (Fotos: autor) Quanto aos de lagartas, poucos, mas novidades interessantes, mostrando que o Carro de Combate ainda tem um grande futuro, onde os destaques foram para o novo Leopard 1 A7 alemão e um Merkava IV israelense, impressionam pelas dimensões e disign, isto sem falar numa gama variada de kits de modernização para versões mais antigas, além de uma gama variada para veículos de apoio, nas áreas de socorro e engenharia, indispensáveis para que aqueles possam ter um excelente desempenho nas missões a que se destinam. Leopard 2 A7 e Merkava IV (Fotos: autor) Outro setor que me chamou a atenção foi o dos veículos robôs, telecomandados à distância, empregados para exploração, desmontagem de explosivos empregados como armadilhas, os conhecidos IED, para limpeza de minas terrestres, bem como para transportes de equipamentos para as tropas nas linhas de frente, nos mais variados tamanhos e peso. GNIUS israelense e o pequeno da Oto Melara italiano. (Fotos: autor)

Vale ainda mencionar a artilharia autopropulsada montada sobre veículos de rodas,

com um poder de fogo nada desprezível, e que parece terem se consolidado para o

Um grande desenvolvimento no setor de blindagens, sejam para veículos de pequeno

suprimento para se manter um moderno exército abastecido e apto a continuar

quando da preciosa carga que transportam, além de veículos especiais capazes de se

DRACO de 76mm sobre um chassis Centauro italiano e o 155mm Ceasar francês.

3 Vale ainda mencionar a artilharia autopropulsada montada sobre veículos de rodas, caminhões e veículos blindados 8x8, com calibres de até 155mm, extremamente ágeis e com um poder de fogo nada desprezível, e que parece terem se consolidado para o futuro. Um grande desenvolvimento no setor de blindagens, sejam para veículos de pequeno porte até grandes caminhões de transportes que são alvos constantes na cadeia de suprimento para se manter um moderno exército abastecido e apto a continuar lutando, esperando desta forma se obter o menor número de baixas tanto de pessoal quando da preciosa carga que transportam, além de veículos especiais capazes de se deslocarem sobre campos minados. DRACO de 76mm sobre um chassis Centauro italiano e o 155mm Ceasar francês. (Fotos: autor) Cabine blindada para caminhão, com proteção contra munições e carga oca e o estranho veículo antiminas alemão. (Fotos autor) Cabine blindada francesa para caminhão e artilharia inglesa montada sobre caminhão. (Fotos: autor)

Outro setor que apresentou muitas versões diferentes foi o de artilharia de

muito lembram o nosso Astros II e em alguns casos vários possuem uma versão

variada de foguetes e mísseis em quantidades assustadoras.

operações antidistúrbios para uso policial, dos mais variados tipos e

letais e outros equipamentos que visam preservar vidas.

4 Outro setor que apresentou muitas versões diferentes foi o de artilharia de saturação de área, onde diversos países apresentaram suas versões que em muito lembram o nosso Astros II e em alguns casos vários possuem uma versão antiaérea em dimensões cada vez maiores e capazes de lançarem uma gama variada de foguetes e mísseis em quantidades assustadoras. Diversas empresas apresentaram também uma gama variada de equipamentos para operações antidistúrbios para uso policial, dos mais variados tipos e tamanhos para serem empregados em ambiente urbano, incluindo aí munições não letais e outros equipamentos que visam preservar vidas. Dois modelos de sistema de artilharia de saturação de área desenvolvidos por empresas israelenses. (Fotos: autor) Bozena Riot, um pequeno veículo, mas com grande capacidade de retenção em área urbana. (Fotos: autor) Dois modelos de veículos policiais blindados, Wolf e Jankel. (Fotos: autor)

Ao todo 73 países estiveram presentes, incluindo o Brasil, com sete empresas presentes, onde destacamos: Ares, Avibrás, CBC, Condor e Emgepron, mais a ABIMDE, cabendo destacar que os maiores

5 Ao todo 73 países estiveram presentes, incluindo o Brasil, com sete empresas presentes, onde destacamos: Ares, Avibrás, CBC, Condor e Emgepron, mais a ABIMDE, cabendo destacar que os maiores expositores foram: França, Israel, Alemanha, Estados Unidos, Reino Unido e Itália. Era ainda possível encontrar empresas de países como China, Tailândia, Emirados Árabes, Indonésia, Irlanda, Jordânia, Letônia, Ucrânia. Destaco ainda a participação do Musée des Blindes de Saumur, que apresentou em exposição estática um exemplar do carro de combate leve Renault FT-17 da primeira guerra mundial em perfeitas condições de funcionamento, com todo o seu interior impecável, o qual faz parte de seu acervo e é apresentado em um show onde recriam diversas cenários que envolvem diversos outros modelos, incluindo blindados alemães da segunda guerra mundial, como Tigre II, Tigre I, Pantera, etc., além de blindados de diversos países como Estados Unidos, Rússia, Itália, Inglaterra e até Brasil, pois possuem um Engesa EE-9 Cascavel MK-1 do primeiro lote vendido à Líbia e que foi capturado no Chade por forças francesas, mas todo o museu será objeto de artigos futuros, pois tive a oportunidade de visitá-lo. Renault FT-17 (Foto: autor)

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