APRESENTAÇÃO DA 1 a EDIÇÃO

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1 APRESENTAÇÃO DA 1 a EDIÇÃO Este trabalho tem o intuito de facilitar o estudo e o acompanhamento das aulas de Elementos de Telecomunicações do Curso Técnico de Eletrônica. Após consultar a diversas fontes, não conseguimos adotar um único livro, em língua nacional, que apresentasse a abrangência de conteúdo ministrado. Com base nos motivos expostos acima, iniciamos uma pesquisa de livros que abordasse o conteúdo e, a dois anos atrás, começamos o trabalho de seleção e tradução de textos. O resultado de nossos esforços estão concentrados em quatro volumes de apostilas que tratam de todo o conteúdo mínimo necessário à atual formação do Técnico em Eletrônica, a nível de segundo grau, na disciplina Elementos de Telecomunicações. Esperemos que nosso trabalho não seja em vão e que quem venham a adquirir estes exemplares possam tirar os maiores proveitos na iniciação ao estudo das Telecomunicações. Belo Horizonte, Março de 1982 Wander José Rezende Rodrigues

2 WANDER RODRIGUES 2 Unidade VI Multiplexação e Sinal Telegráfico 01 - Introdução à Multiplexação Princípios Básicos de Multiplex Canal de voz Padronização Internacional Modulação Aspectos Econômicos Formação da Banda de Base Circuito de voz Canal Programa Níveis e Impedâncias Sinalização Derivações Distorção Agrupamento de canais... 41

3 MULTIPLEXAÇÃO E SINAL TELEGRÁFICO Transmissão de sinais telegráficos em um canal de voz Introdução Sinal telegráfico Sinal telegráfico modulado Questionário Bibliografia... 61

4 WANDER RODRIGUES 4 Índice das Ilustrações 01 - Canal de voz Canal de voz invertido e portadora Portadora não modulada Formas de onda a - tom de áudio de freqüência fm b - portadora modulada com o tom fm Espectro de freqüência de AM SSB com portadora suprimida Diagrama em blocos a - do equipamento mux - demux b - dos modems de canal c- dos modems de subgrupo Formação da banda base Demodulação do Subgrupo II a - depois do filtro de entrada do modem b - após a primeira demodulação... 22

5 MULTIPLEXAÇÃO E SINAL TELEGRÁFICO 5 c - após a segunda demodulação Formação do canal programa Diagrama de níveis para o multiplex de 24 canais Entrada e saída de sinalização no modem de canal Sinalização contínua e descontínua a - sinalização descontínua ou pulsada b - sinalização contínua, tom ausente c - sinalização contínua, tom presente Formação da Banda de base em sistema que permite derivações a - Circuitos de derivação b - Circuitos de derivação c - Circuitos de derivação Quadro I - sistemas com e sem derivações Diafonia inteligível e ininteligível Quadro II - Agrupamento de canais Formação da Banda de base a - formação do super grupo básico b - formação do master grupo básico c - formação do super master grupo básico e da banda básica... 44

6 WANDER RODRIGUES A letra A do Código do teleimpressor utilizando o Código CCITT N o A letra A transmitida em um sistema de modulação em amplitude A letra A transmitida em um sistema de modulação em freqüência Códigos telegráficos: CCITT N o 2 e ARQ Exemplo do emprego do Código CCITT N o

7 MULTIPLEXAÇÃO E SINAL TELEGRÁFICO 7 UNIDADE VI Multiplexação por Divisão de Freqüência 01 - Introdução à Multiplexação A multiplexação telefônica em freqüência é um ramo da Engenharia de Telecomunicações. As divisões principais em telecomunicações são: telecontrole, telemetria, telegrafia, rádio, televisão e radar: Pode-se incluir, também, ramos ligados a esses como a sinalização ferroviária. Quando se fala em multiplex, podemos ter: multiplexagem em freqüência e multiplexagem no tempo. Aqui trataremos de aspectos da multiplexagem em freqüência, que chamamos simplificadamente de multiplexagem. Não se deve, no entanto, esquecer a importância do crescimento dos métodos de multiplexagem no tempo, como o P.C.M., modulação por codificação de pulso. A telefonia em multiplex, ao contrário da telefonia normal, freqüência vocal, proporciona meios para se juntar várias conversas telefônicas num só par de fios. Uma conseqüência direta disso é que a transmissão de um dado número de chamadas telefônicas em multiplex requer menos condutores do que em cabos de freqüência vocal. Essa vantagem econômica é a única razão para a existência da multiplexagem telefônica. Em países onde as condições locais apresentam grandes dificuldades para a instalação de cabos devido a montanhas, terrenos rochosos, roubo de cabo, etc., faz-se uso de rádio - enlaces. Isso não afeta basicamente o

8 WANDER RODRIGUES 8 equipamento multiplex telefônico, a única diferença será o meio de transmissão entre as duas estações em que estão instalados os equipamentos multiplex. O princípio básico de um sistema telefônico com multiplex é relativamente simples: um dado número de chamadas telefônicas, todas na mesma faixa de freqüência, freqüências baixas, mas em pares de condutores diferentes, são modulados com freqüências portadoras individuais, freqüências que transportam a mensagem, de tal maneira que uma faixa contínua de n bandas de freqüência é obtida e pode ser transmitida em um par de condutores. No terminal receptor, cada chamada é modulada novamente com sua própria freqüência portadora sendo enviada ao seu destino num par de fios individual. Apesar do princípio básico ser simples, o uso de muitas freqüências diferentes, de altas freqüências, e do processo de modulação envolvido apresentarem muitos problemas, tornam o equipamento um tanto quanto complicado. Nas seções seguintes mostraremos com mais detalhes como esses problemas são resolvidos Princípios Básicos de Multiplex Uma das soluções mais óbvias para o problema da transmissão simultânea de vários chamadas foi um sistema em que cada chamada fosse transposta para uma banda de freqüência diferente. Um tal sistema de bandas adjacentes deve ser transmitido sem interferência mútua. Na recepção, necessita-se de equipamentos seletivos em freqüência para separar as bandas individuais, filtros. Os elementos principais que diferem basicamente do equipamento usado para telefonia em freqüência vocal serão portanto os moduladores e os filtros.

9 MULTIPLEXAÇÃO E SINAL TELEGRÁFICO Canal de Voz Um canal de voz, espaço de freqüências para uma conversa telefônica, é indicado por um triângulo como na FIG 01. Figura 01 Canal de voz de 4,0 khz. O ponto mais alto do triângulo indica a maior freqüência de voz. Dessa maneira, pode-se representar que, como ocorre em alguns casos a banda foi invertida no espectro de freqüência total, como apresentado na FIG 02. Figura 02 Canal de voz invertido e portadora.

10 WANDER RODRIGUES 10 Costuma-se representar uma freqüência portadora por uma flecha vertical, FIG 02. Deve-se notar que as alturas das flechas e dos triângulos não tem nenhuma relação com as amplitudes relativas do sinal naquela freqüência particular. A base do triângulo indica a faixa de freqüência ocupada por um canal e a parte sombreada representa a banda efetiva de voz transmitida. Na verdade, as freqüências naturais da voz humana vão de 50 Hz a l5 khz, cerca de oito oitavas. A transmissão de uma faixa tão grande de freqüências, no entanto, tornaria o equipamento muito caro; além disso, experiências cuidadosas revelam que uma redução da banda para 300 Hz a 3400 Hz reduz a inteligibilidade somente em 8,0 %. Faz-se um compromisso entre custo e a qualidade e aceita-se, geralmente em engenharia telefônica, a faixa de 300 Hz a 3400 Hz Padronização Internacional Como em muitos outros ramos da Engenharia, tornou-se gradualmente visível a necessidade de cooperação e padronização internacional para se construir e operar equipamentos de telecomunicações em geral, e sistemas de multiplex em particular. Por exemplo, precisou-se de um consenso internacional sobre a faixa de freqüência telefônica de 300 Hz a 3400 Hz. O organismo internacional que se preocupa com a padronização no campo telefônico é o Comité Consultatif Internacional Téléphonique - CCITT - que faz parte da Union Internacional des Télécommunications - UIT. Desde o término da Segunda Guerra Mundial, a UIT que remota às primeiras décadas do século, é uma organização técnica das Nações Unidas.

11 MULTIPLEXAÇÃO E SINAL TELEGRÁFICO Modulação Um sistema de multiplex pode empregar modulação em amplitude, AM. Como a modulação em amplitude precisa de uma faixa de freqüências menor, é o método preferido e por isso será descrito a seguir. Consideremos uma freqüência portadora fc como na FIG. 03. Figura 03 Portadora não modulada. Se fizermos com que a amplitude dessa portadora varie conforme um tom de áudio, tom audível, de freqüência fm como indicado na FIG 04a, se fc >> fm a envoltória da portadora reproduzirá a forma de onda do tom de áudio, FIG. 04b. Teremos assim um AM.

12 WANDER RODRIGUES 12 Figura 04 Formas de ondas: A Tom de audiofreqüência fm. B Portadora modulada com o tom fm. Podemos também modular a portadora com formas de ondas mais complexas, como as resultantes de um conversa telefônica. Se representarmos um canal telefônico no domínio das freqüências, veremos que a modulação em amplitude, AM, traz as seguintes conseqüências observadas na FIG. 05: 01 - aparece a portadora na freqüência fc aparecem duas bandas laterais em torno de fc, uma sendo a soma das freqüências do canal de voz com a portadora, a outra sendo a diferença. As duas bandas resultam de termos a representação matemática do canal de voz, de maneira simétrica, também para freqüências negativas.

13 MULTIPLEXAÇÃO E SINAL TELEGRÁFICO 13 Figura 05 Espectro de freqüência de AM. Pode-se provar que a potência transmitida na portadora é muito maior do que a potência necessária para transmitir as bandas laterais. Como a portadora não contém nenhuma informação, costuma-se suprimi-la. Além disso, o conteúdo de informação das bandas laterais é exatamente o mesmo, já que uma é simétrica da outra. Assim, transmitindo as duas bandas, precisamos do dobro da faixa estritamente necessária. Filtrando uma das bandas, chegamos ao sistema de SSB - Single Sideband, Banda Lateral Única, apresentada na FIG. 06, que aproveita o dobro de canais. Figura 06 SSB com portadora suprimida.

14 WANDER RODRIGUES 14 Esse sistema, se suprimida a portadora, requer equipamento na recepção que restaure a portadora. Para isso, deve haver um alto grau de estabilidade no equipamento gerador de portadora, já que os erros da transmissão e recepção podem se somar. O equipamento, sendo mais complicado, será mais caro, o que pode ser compensado pelo aproveitamento de mais canais. Finalizando o que foi dito sobre modulação, recordemos que as bandas laterais são obtidas: 01 - a banda superior, por soma da freqüência portadora com as freqüências do canal fc + fm; 02 - a banda inferior, por diferença da portadora com as freqüências do canal fc - fm. Essas operações de translação de freqüências são comumente chamadas de batimento. Para a demodulação, translação do sinal modulado para a freqüência vocal, fazemos o seguinte: 01 - banda inferior: efetuamos o batimento da portadora com as freqüências do canal fc - ( fc - fm ) = fm; 02 - banda superior: batimento das freqüências do canal com a portadora ( fc + fm ) - fc = fm Aspectos Econômicos Se o uso do multiplex telefônico numa determinada rota é considerado, será essencial ponderar as conseqüências econômicas, porque a multiplexagem telefônica não oferece vantagens importantes em relação à telefonia

15 MULTIPLEXAÇÃO E SINAL TELEGRÁFICO 15 de freqüência vocal. O resultado de tal comparação de custos dependerá principalmente de dois fatores: 01 - o comprimento da rota em questão; 02 - o número de conversas a serem transmitidas simultaneamente, isto é, o número de canais necessários. Quanto maior o comprimento do circuito, maior a economia em condutores e repetidores superará o custo das duas estações terminais. Além disso, uma dada parte do equipamento, como geradores de portadora e sistemas de alarmes, será sempre necessária, quase independente do número de canais. Isso tende a reduzir o custo por canal à medida que aumenta o número de canais. Quando os dois fatores mencionados forem conhecidos, deve-se tomar uma decisão com respeito ao tipo de sistema de multiplex telefônico a ser utilizado. Em vista das muitas possibilidades, isso usualmente requer considerações muito cuidadosas. Quanto ao tipo de sistema multiplex, pode haver variações de acordo com o espaçamento entre canais. O sistema que descrevemos a seguir usa um espaçamento entre portadoras de 4,0 khz. Isso significa que os filtros usados para separar os canais individuais devem satisfazer especificações rígidas, pois o espaço entre dois canais na banda de base, faixa de freqüências que os canais ocupam em conjunto, é relativamente pequeno ( = 900 Hz ). Se as portadoras de canal forem espaçadas de 6,0 khz, ou mesmo 8,0 khz, o espaço de freqüências entre dois canais é consideravelmente maior e os filtros serão menos caros. Como os filtros representam uma parcela apreciável do custo total do equipamento, um sistema será mais barato se o espaço entre canais for maior.

16 WANDER RODRIGUES 16 Por outro lado, o número de canais que podem ser transmitidos será reduzido se aumentarmos o espaçamento de canais Formação da Banda de Base Circuito de Voz. Será descrito o circuito de transmissão e recepção de um equipamento multiplex. Particularizaremos para o equipamento da Phillips, 8TR 311, para 24 canais, mas a análise vale para qualquer sistema de multiplex. Consideremos as FIG. 7A e 7B. Cada canal de voz entra através de uma híbrida 1. A híbrida é um dispositivo que muda o circuito de dois fios, tanto para a transmissão como para a recepção, em circuito a quatro fios, dois para a transmissão e dois para a recepção. É interessante que o assinante da linha telefônica tenha circuito a dois fios, pois é nas linhas dos assinantes que se concentra o investimento em cabos. Em seguida, o sinal entra no modem de canal, assim chamado porque serve para modular e demodular o canal. Ao entrar no modem, FIG. 7B, um filtro passa - faixa 2 seleciona a faixa de voz, que é aplicada a um modulador 3, cuja freqüência portadora é chamada de portadora de canal. As portadoras de canal são de 12, 16, 20, 24, 28, 32 khz, modulando assim seis canais. Na saída do modulador temos duas bandas laterais; a portadora já é suprimida pelo próprio modulador. O modulador é seguido por um filtro passa - faixa 4, que separa a banda lateral superior. Os seis canais assim modulados formam um subgrupo, que vai de 12 a 36 khz. Repetindo esse procedimento, teremos até quatro subgrupos,

17 MULTIPLEXAÇÃO E SINAL TELEGRÁFICO 17 Figura 07A Diagrama em blocos do equipamento mux-demux.

18 WANDER RODRIGUES 18 Figura 07B Diagrama em blocos do modem de canal mais a híbrida.

19 MULTIPLEXAÇÃO E SINAL TELEGRÁFICO 19 Figura 07C Diagrama em blocos dos modems de subgrupo.

20 WANDER RODRIGUES 20 para um total de 24 canais. Cada subgrupo precisa ocupar uma faixa, de maneira a termos os 24 canais multiplexados em freqüência, ocupando uma faixa de 12 a 108 khz, a assim chamada banda base ou banda básica. Isso é conseguido através dos modens de subgrupo, que transladam os subgrupos nas freqüências apropriadas. O primeiro subgrupo pode ir diretamente, sem novas modulações, pois já ocupa a faixa de 12 a 36 khz. O segundo subgrupo entra no modem de subgrupo correspondente, onde é modulado com 120 khz 5, filtrada a faixa lateral inferior 6, de 84 a 108 khz. Nota-se que essa faixa está invertida ( ( )) = ( ) khz. Em seguida, modula-se com 144 khz 7 e filtra-se novamente a faixa lateral inferior 8, que estará na posição normal ( ( ) = ( ) ) khz. De maneira análoga obtém-se os outros subgrupos, da maneira esquematizada na FIG. 08. A atenuação introduzida até esse ponto não é desprezível. Por isso, um amplificador 9 eleva o nível da Banda de Base para que o sinal tenha nível suficiente ao chegar na próxima estação através de fio ou de rádio, ou guia de onda, etc. Na transmissão por cabos e rádio, as freqüências mais altas são mais atenuadas que as baixas. Para se contornar esse efeito, a estação repetidora 11 é precedida por um equalizador 10, um circuito que fará com que as freqüências mais baixas sejam mais atenuadas que as mais altas, dando assim uma atenuação uniforme para todas as freqüências envolvidas. Nota-se que nas várias unidades do multiplex mencionadas há uma série de elementos que foram omitidos para maior clareza e brevidade, como atenuadores, amplificadores, equalizadores, etc.. A Banda de Base, depois de passar por estações repetidoras, chega a estação terminal receptora. Na FIG. 7A, vê-se que a Banda de Base, depois de passar pelo amplificador de recepção 9' aplicada a quatro filtros passa -

21 MULTIPLEXAÇÃO E SINAL TELEGRÁFICO 21 faixa em paralelo 8'. Esses filtros são basicamente idênticos aos usados na transmissão. Cada filtro seleciona uma faixa diferente, de 36 khz de largura, correspondente ao subgrupo em questão e os subgrupos são demodulados individualmente 7'. Um demodulador é idêntico a um modulador, tem o mesmo símbolo, tanto no circuito, como na operação. Bate-se o subgrupo com a por- Figura 08 Formação da banda básica ou banda base.

22 WANDER RODRIGUES 22 tadora em questão, FIG. 09, eliminando-se a banda superior indesejável por um filtro passa - faixa; com uma ou duas demodulações, o subgrupo entra nos seis filtros passa - faixa 4' em paralelo, nos modems de canal. De maneira análoga, o subgrupo é dividido em seis canais que, demodulados 3', deixam o multiplex e entram na central telefônica, pela híbrida. À primeira vista, o filtro passa - baixa 2' pode parecer supérfluo porque as freqüências que suprime estão além do alcance do ouvido humano. Contudo, a banda lateral superior pode interferir com outros moduladores do sistema. Figura 09 Demodulação do subgrupo II: A depois do filtro de entrada do modem. B após a primeira demodulação. C após a Segunda demodulação Canal Programa Às vezes torna-se necessária a transmissão de um programa de radiodifusão, seja para dar notícias numa cadeia nacional ou internacional, seja para transmitir música. Para tal, reserva-se um certo número de canais, ao conjunto dos quais se denomina canal programa O canal programa é geralmente injetado diretamente no amplificador de transmissão e é retirado do am-

23 MULTIPLEXAÇÃO E SINAL TELEGRÁFICO 23 plificador de recepção. Por isso necessita-se um sistema à parte para fazer a modulação do canal programa. A FIG. 10 é um esquema de obtenção do canal num sistema particular de multiplex, mostrando inclusive a possibilidade de transmitir programas estereofônicos. Figura 10 Formação do canal programa Níveis e Impedâncias O próximo conceito a ser considerado é o casamento de impedâncias que significa que um circuito de transmissão tendo uma impedância Z deve ser terminado pela mesma impedância Z. A mesma condição é expressa pela exigência de que um circuito de transmissão, aberto num ponto arbitrário, deve apresentar a mesma impedância em ambas as direções. O fundamento

24 WANDER RODRIGUES 24 dessas condições, que serão encontradas constantemente como um princípio decisivo na engenharia de transmissão, o seguinte: a tensão e a corrente num circuito telefônico constituem uma onda progressiva, que se propaga na direção de transmissão. Se o circuito estiver terminado corretamente, ou melhor casado, a onda progressiva não sofrerá interferência; se a terminação for incorreta, uma parte da energia da onda será refletida e refluirá, na direção oposta à transmissão normal. Além da perda de potência resultante, isso pode causar sérias distorções do sinal se os componentes utilizados no circuito forem de natureza não linear. Por essas considerações, pode-se entender a necessidade de um sistema de transmissão apresentar um diagrama de níveis. Em tal diagrama devemos indicar a impedância correta em determinados pontos do circuito e, estando essas impedâncias corretas, qual o nível que devemos medir nesses pontos. Como exemplo, temos na FIG. 11 um diagrama de níveis do sistema demostrado anteriormente, para 24 canais. Observe que o diagrama apresenta valores diferentes de níveis, conforme o sentido, de transmissão, a flecha para a direita, ou recepção, a flecha para a esquerda. Os valores em db são referidos ao ponto X = 0 dbr ou R = 0 dbr Sinalização Para se efetuar uma chamada telefônica, é necessário primeiramente transmitir a informação de que se deseja estabelecer a conexão e chamar o assinante desejado.

25 MULTIPLEXAÇÃO E SINAL TELEGRÁFICO 25 X = 0 dbr T = -7dBr R = 0 dbr Y = -7 dbr Figura 11 Diagrama de níveis para o multiplex de 24 canais.

26 WANDER RODRIGUES 26 Cada canal individual deve prover os meios para isso; em outras palavras, cada canal deve ter possibilidade de sinalizar. Quando se trabalha com freqüência vocal emprega-se para isso um sinal DC ou um tom na freqüência de 50 Hz ou mais baixa. Deve-se usar um método diferente para sistemas multiplex, porque o projeto dos filtros determinam o limite inferior da faixa de freqüência do canal, que é cerca de 300 Hz. Naturalmente, o tom usado para sinalização deve estar situado dentro da faixa de freqüência transmitida. Podemos visualizar então duas possibilidades diferentes: 01 - a freqüência de sinalização está dentro da faixa de voz efetiva, de 300 a 3400 Hz; sinalização in - band, dentro da faixa; 02 - a freqüência de sinalização está acima da faixa de voz efetiva, isto é, entre 3400 e 4000 Hz; sinalização out - of - band, fora da faixa. Nos consideramos outros métodos de sinalização que empregam dois ou mais tons de sinalização, pois são pouco usados para multiplex em freqüência. Cada um dos sistemas de sinalização mencionados tem suas características próprias. No sistema in - band, o tom de sinalização segue o percurso de transmissão de voz do começo ao fim; sinalização end - to - end, isto é, de extremidade - a - extremidade. Na sinalização out - of - band, o tom de sinalização deve ser detectado em cada ponto intermediário onde houver demodulação para freqüência de voz, após o que deve ser reinjetado; sinalização link - to - link, isto é enlace - a - enlace. A sinalização out - of - band permite a transmissão de impulsos de medição durante a conversão; em qualquer sistema de sinalização in - band isso não pode ser feito sem causar interferência.

27 MULTIPLEXAÇÃO E SINAL TELEGRÁFICO 27 De maneira geral, a transmissão de condições de sinalização entre conexões pode ser descrita como se segue: as condições de sinalização a serem transmitidas numa comutação são convertidas em pulsos por um conjunto de reles associados com a central de comutação. A duração desses impulsos é característica para a condição a ser sinalizada. Os impulsos são usados para controlar uma chave eletrônica na unidade de canal, que serve para transmitir ou interromper o tom de sinalização. Na extremidade receptora, o tom de sinalização é detectado no receptor de sinalização e convertido em impulsos. Estes são transferidos para o conjunto de reles para serem reconvertidos nas condições de sinalização que podem ser processadas pelos equipamentos de comutação. Com sinalização in - band um tom com freqüência entre 300 e 3400 Hz, por exemplo, 3000 Hz é usado para transportar os pulsos de sinalização através do equipamento multiplex. Essa sinalização de 3000 Hz é injetada no circuito de voz na comutação. No outro terminal esse sinal é detectado num receptor de sinalização incorporado à unidade de canal. Entretanto, normalmente a voz também contém 3000 Hz, mas sempre juntamente com outras freqüências. Por isso o receptor de sinalização contém um circuito lógico que bloqueia o receptor se sinais de 300 Hz entram no receptor simultaneamente com outras freqüências. Desta forma, a voz não poderá simular uma sinalização. Com sinalização out - of - band, geralmente 3825 Hz, o lado transmissor da unidade de canal contém um filtro passa - baixa, que suprime as freqüências acima de 3400 Hz. Dessa forma, uma componente da voz de 3825 Hz pode entrar no equipamento multiplexador e o circuito lógico no receptor de sinalização pode ser omitido. Mas nesse caso, a sinalização deve ser injetada no lado da transmissão da unidade de canal depois do filtro passa - baixa. Por isso a sinalização não passa pela híbrida, mas sim por um circuito à parte que normalmente contém conversores de sinalização, unidades que ajudam a converter pulsos em tons de freqüência desejada e vice-versa. A injeção de sinalização na unidade de canal é, de maneira geral, realizada por um diodo que

28 WANDER RODRIGUES 28 está normalmente cortado, polarizado por uma tensão DC. Durante a sinalização uma tensão negativa, ou terra, é aplicada por um fio especial para a sinalização, fio M - o multiplex - a essa chave eletrônica. Esses pulsos de tensão fazem o diodo conduzir o que por sua vez permite a sinalização de 3825 Hz passar para o equipamento multiplex, FIG. 12. O filtro passa - faixa impede a interferência de sinais espúrios da central com a sinalização. No outro terminal, o receptor de sinalização incorporado à unidade de canal, traduz esses pulsos de 3825 Hz novamente para a tensão negativa, ou terra, por um contato fechado através de um fio especial para a sinalização, fio E, para a comutação, exchange, até a comutação. Nesse lado, um filtro passa - baixa no circuito de voz impede que pulsos de medição possam ser ouvidos pelo assinante durante a conversa. Por isso devemos usar a sinalização fora da faixa se necessitarmos de pulso de medição. Figura 12 Entrada e saída de sinalização no modem de canal.

29 MULTIPLEXAÇÃO E SINAL TELEGRÁFICO 29 Também para a sinalização de tom contínuo uma freqüência fora da faixa vocal tem de ser usada. Há métodos com tom de sinalização durante a conversa, tom presente ou ocupado, e com tom durante o tempo em que o canal não está sendo usado, tom ausente ou vago. Na FIG. 13 temos alguns esquemas de sinalização contínua e descontínua. Nota-se a direção chamada; de A para B e as várias etapas que precedem e seguem a conversão propriamente dita e que precisam ser transmitidas por meio de sinalização: retirar o fone do gancho, discar, receber a informação de que a chamada foi respondida, desligar o telefone A, desligar o telefone B. A sinalização do tom contínuo tem a vantagem de supervisionar continuamente o canal. Em freqüências vocal, a central coloca uma tensão DC nos fios chamados a e b o que representa uma supervisão da conexão. A sinalização de tom contínuo dá a possibilidade de se usar o mesmo princípio para a conexão com multiplex, e essa uniformidade simplifica os dispositivos de reles na central de comutação. Figura 13A Sinalização descontínua ou pulsada.

30 WANDER RODRIGUES 30 Figura 13B Sinalização contínua, tom ausente.

31 MULTIPLEXAÇÃO E SINAL TELEGRÁFICO 31 Figura 13C Sinalização contínua, tom presente. Na verdade, a sinalização é um assunto bem mais vasto, que permite supervisionar a chamada em si, por meios de códigos, como o MEC - freqüência multi - compelida, os assinantes, as várias etapas do circuito telefônico, as tarifas telefônicas, etc.. Para finalizar, vejamos algo sobre níveis de sinalização. Distingimos dois níveis para sinalização: alto e baixo. A sinalização descontínua tem um nível relativamente alto, geralmente em torno de -5 dbmo, em relação a um nível de referência na central de comutação. Já a sinalização contínua deve ser em nível baixo, pois sendo ininterrupta interferiria com o canal de voz se tivesse um nível relativamente alto. O nível baixo é em torno de -18 dbmo.

32 WANDER RODRIGUES Derivações Numa estação repetidora pode haver necessidade de se derivar certos canais ou grupos de canais da direção de transmissão principal para uma outra direção, ou para serem demodulados na própria estação repetidora, por exemplo para servirem uma área vizinha da repetidora. A FIG. 14 mostra alguns exemplos de derivações. Na parte superior dos diagramas vê-se como os canais se dividem nas diferentes direções. As linhas tracejadas, em cima, mostram que os canais derivados também vão na direção principal. Figura 14 Formação da banda básica em sistema que permite derivação.

33 MULTIPLEXAÇÃO E SINAL TELEGRÁFICO 33 Figura 14A Circuitos de derivação.

34 WANDER RODRIGUES 34 FIgura 14B Circuitos de derivação.

35 MULTIPLEXAÇÃO E SINAL TELEGRÁFICO 35 Figura 14C Circuitos de derivação.

36 WANDER RODRIGUES 36 Entretanto, esses canais não são usados na estação terminal por exemplo omitindo as unidade de canal correspondentes. Na parte inferior dos diagramas mostra-se um esquema possível dos sub-bastidores, onde são montadas as unidades do equipamento, na repetidora. Na FIG. 14 o meio de transmissão é o rádio. Tanto quanto concerne à derivação, o enlace poderia ser também por cabo. Como exemplo prático, recordemos que o sistema 8TR 311, da Phillips, para 24 canais, ocupa a faixa de 12 a 108 khz. Esse sistema tem a possibilidade de ser usado em derivações de seis ou doze canais. Entretanto, para separar canais precisamos de filtros, que não podem separar exatamente os canais nas freqüências que desejamos. Por esse motivo, esse sistema passa a ocupar as faixas de 6 a 54 khz e de 60 a 108 khz. A faixa de 54 a 60 khz serve como proteção para os cortes devidos aos filtros e assim não se perdem canais. A FIG. 14 nos mostra a formação da Banda de Base de 6 a 108 khz. Deve-se comparar essa figura com a FIG. 08. Vê-se que no sistema de 6 a 108 khz, as portadoras são diferentes para o segundo subgrupo ( 96 a 114 khz ) e que o primeiro subgrupo também sofre modulação ( com 120 e 114 khz ). O quadro seguinte contém as várias possibilidades de se combinar os subgrupos, designados por letras maiúsculas, os modems de subgrupo utilizados, dados por algarismos romanos, e o número de amplificadores necessários, pois sempre que há uma derivação, o novo percurso necessita de um amplificador de transmissão e outro de recepção. Nota-se que podemos usar a mesma faixa, os mesmos subgrupos, duas vezes, desde que destinam a lugares diferentes, e que podemos usar o sistema de 12 a 108 khz em derivação, sempre que houver demodulação até a freqüência vocal na repetidora - é o caso de ( A + B ) ( C + D ).

37 MULTIPLEXAÇÃO E SINAL TELEGRÁFICO 37 Figura 15 Quadro I Sistemas com e sem derivação Distorção Analisaremos nessa seção os fatores ou fenômenos que causam distorção nas conversações telefônicas: interferência e ruído. Comecemos por fenômenos de interferência:

38 WANDER RODRIGUES 38 Um fenômeno muito mais importante em multiplex do que em freqüência vocal é a diafonia, que ocorre quando a energia de um circuito é transferida para outro circuito através de conexões indesejadas. Nos sistemas multiplex, com suas altas freqüências e grandes relações locais de potência do sinal entre duas direções de transmissão, esse efeito deve ser considerado muito cuidadosamente. Para circuitos de transmissão de voz, a exigência usual é que o sinal interferente esteja a pelo menos 70 db abaixo do sinal desejado; para circuitos de transmissão de programas a exigência é freqüentemente de 80 db, por ser a qualidade da música mais facilmente afetada do que a qualidade da conversação. As duas formas possíveis de diafonia são chamadas de diafonia inteligível, quando a faixa de freqüência vocal tem o mesmo sentido que a interferência, e a diafonia ininteligível, quando o sentido é invertido. Num sistema multiplex com espaçamento entre as portadoras de canal de 4 khz, por exemplo, um tom de 800 Hz transmitido num canal pode aparecer em outro canal como 800 Hz: é a diafonia inteligível, veja a FIG. 16. Pode também aparecer como = 3200 Hz, é a diafonia inteligível. Do ponto de vista de manter a conversação privada, a atenuação da diafonia inteligível deve ser muito maior do que a da diafonia ininteligível. Figura 16 Diafonia inteligível e ininteligível.

39 MULTIPLEXAÇÃO E SINAL TELEGRÁFICO 39 Faz-se também uma distinção entre a diafonia próxima e a diafonia distante. Isso depende dos dois assinantes envolvidos estarem no mesmo lado ou em lados diferentes do circuito. A gravidade da interferência é a mesma em ambos os casos, mas a maneira em que ocorre é diferente; assim tomam-se medidas diferentes para remedia-la. A qualidade de transmissão duma conversação também é afetada consideravelmente pela distorção do sinal. Faz-se uma distinção entre três categorias: distorção linear, distorção não linear e distorção de fase. A distorção linear ocorre quando a atenuação num circuito não é uniforme para todas as freqüências transmitidas. Os circuitos equalizadores referidos na seção anterior mantêm esse tipo de distorção dentro de limites permissíveis. A distorção não linear é causada quando um elemento do circuito tem uma impedância variável dependendo do valor da tensão ou corrente. Isso causa distorção do sinal, que dá origem a harmônicas superiores da freqüência fundamental As fontes dessa distorção são as características não lineares dos componentes de amplificadores, isto é, transistores, diodos semicondutores e o ciclo de histeres de circuitos magnéticos. Além das harmônicas superiores da freqüência fundamental, várias freqüências podem ser misturadas, o que resulta em freqüências iguais as somas e diferenças das freqüências em jogo; nesse caso usa-se o termo intermodulação. A intensidade desse tipo de distorção é expressa numa relação de tensões ou em db. Finalmente, o termo distorção, ou atraso de fase é usado para indicar o fenômeno de o tempo de trânsito dum circuito não ser uniforme para

40 WANDER RODRIGUES 40 todas as freqüências. Essa distorção aumenta com a largura de faixa transmitida, e é expressa em milisegundos. A seguir, relacionado com a distorção introduzida por ruído, temos o conceito de relação sinal - ruído, isto é, a potência do sinal dividida pela potência do ruído, usualmente expressa em db. A potência de ruído que está sempre presente num grau considerável em qualquer circuito multiplex, é causada por fontes tais como microfone do assinante, amplificadores, transitórios de chaveamento de reles, fontes, diafonia e ruído térmico. Para se manter o nível do sinal suficientemente acima do nível do ruído, não se permite usualmente que a potência do sinal caia abaixo de -70 dbm. Esse limite é decisivo para o comprimento das seções de repetidoras num sistema. Entretanto, o nível do sinal não está limitado apenas por um mínimo, mas também por máximo, em vista do alcance de potência dos amplificadores empregados, por um lado, e pela diafonia permissível, por outro lado. Como ponto final podemos mencionar o efeito limitador dum sistema multiplex. Se transitórios de chaveamento da central de comutação penetrarem no sistema multiplex, ou se um canal estiver oscilando, assobiando, devido a um circuito de híbrida defeituoso ou amplificador, esses sinais excessivamente fortes causam uma tal sobre excitação das repetidoras que tem de amplificar todos os canais dum sistema - que todos os outros canais são também afetados. Para se evitar isso, cada canal possui uma limitação característica, circuito limitador, tal que qualquer aumento do nível de entrada aplicada ao circuito limitador nunca causará um aumento do nível de saída maior do que, por exemplo, 20 db. A condição implícita, naturalmente, é que esses 20 db adicionais possam ser acomodados pelo equipamento.

41 MULTIPLEXAÇÃO E SINAL TELEGRÁFICO Agrupamento de Canais Na prática é desejável que possa haver conexões entre sistemas multiplex com diferentes números de canais e de diferentes fabricantes. Assim, o CCITT dá recomendações para as faixas de freqüências entre as etapas sucessivas de modulação, começando com sistemas de baixa capacidade de seis, doze e vinte quatro canais, passando pelos assim chamados sistemas de média capacidade, 300 canais, até de alta capacidade de 900 canais em diante. De acordo com as faixas padronizadas pelo CCITT, podemos formar a seguinte tabela da FIG. 17. Figura 17 Quadro II Agrupamento de canais. Vemos no quadro que cada agrupamento básico contém um piloto. Esta é uma freqüência inserida entre dois canais de voz, daí a estranheza de números como 84,08, e que é transmitida continuamente da estação terminal

42 WANDER RODRIGUES 42 num nível fixado. No terminal receptor, um receptor de piloto compara o nível de piloto que chega com uma tensão de referência. Se o desvio do nível excede as tolerâncias, o receptor de piloto poder acionar um alarme ou aplicar uma tensão de controle a um amplificador no circuito de transmissão, mudando então o ganho desse amplificador. Tal mudança no ganho pode ser realizada mediante várias maneiras. Por exemplo, um resistor dependente da tensão pode ser colocado na realimentação do amplificador, de tal modo que a corrente de controle passe também através desse resistor. A intensidade da corrente de controle determinará então a impedância do circuito de realimentação e, portanto, o ganho. Além dessa função de corrigir automaticamente o ganho, podemos localizar onde se deu o defeito, pois dispomos geralmente de vários pilotos, que seguem cada um com uma parcela dos canais, através das derivações nas diferentes rotas. À medida que cresce o número de canais e o número de derivações, o uso de piloto torna-se recomendável e útil, sendo um meio de supervisão e/ou controle de nível. O sistema de vinte e quatro canais já estudado tem dois pilotos possíveis: o de 84,08 khz, com nível de -20 dbmo e que é o piloto de grupo básico e o de 60 khz, nível de -10 dbmo, que pode servir para sincronizar o sistema com outros sistemas. Nesse sistema, o piloto desejado é injetado no amplificador de transmissão e recebido no amplificador de recepção, de onde vai para os circuitos do receptor de piloto e de alarme. Na FIG. 18, mostramos a formação dos agrupamentos básicos e seus pilotos. A FIG. 18c, mostra ainda a formação da banda básica, elemento para se formar possíveis agrupamentos maiores. Ela nada mais é do que o super master grupo básico transladado para uma freqüência mais baixa.

43 MULTIPLEXAÇÃO E SINAL TELEGRÁFICO 43 - Portadora T - Piloto Figura 18 Formação da banda básica. A formação do super grupo básico. - Portadora T - Piloto Figura 18 Formação da banda básica. B formação do master grupo básico.

44 WANDER RODRIGUES 44 - Portadora T - Piloto Figura 18 Formação da banda básica. C formação do super master grupo básico e da banda básica Transmissão de Sinais Telegráficos em um Canal de Voz Introdução Apesar de que a telegrafia tenha surgido historicamente antes da telefonia, e que, no início, a telefonia se baseasse para seu desenvolvimento

45 MULTIPLEXAÇÃO E SINAL TELEGRÁFICO 45 nos recursos tecnológicos apresentados pela telegrafia, nos tempos atuais, o quadro sofreu uma verdadeira inversão. A realidade é que a demanda de serviços telefônicos é muito mais intensa e com a evoluo das técnicas de comutação e de transmissão em faixa larga, as telefonias urbana e interurbana conseguiram estabelecer-se em níveis econômicos e tiveram um incremento considerável. Como as exigências em telegrafia são atualmente bem menores que as exigências para telefonia e o emprego da multiplexação por divisão de freqüência, do sinal telegráfico, permite o uso em caracter bastante econômico dos equipamentos de transmissão telefônica para realizar as comunicações telegráficas. Mesmo em área urbana, o lançamento dos cabos telefônicos aéreos ou subterrâneos suplantou economicamente o lançamento dos cabos aéreos telegráficos. Desta forma, hoje em dia a tendência da telegrafia é ser um subproduto da telefonia Sinal Telegráfico Os equipamentos telegráficos trabalham usualmente em dois estados: presença e ausência de corrente (DC) e a tendência atual é a do emprego de teleimpressoras teletipos - nos terminais. Para estes equipamentos os comandos são todos originados a partir de um motor de velocidade regulada e há a necessidade de sincronizar o início e o fim de cada seqüência de operações de codificação e decodificação dos caracteres. A FIG. 19 a seguir mostra o exemplo típico de um sinal codificado, empregado na comunicação entre teleimpressoras. Observa-se que o sinal inicia por um elemento de código de espaço, e termina por um elemento de código de marca. No meio existem cinco elementos de código que podem formar

46 WANDER RODRIGUES 46 qualquer combinação possível de marcas e espaços e de acordo com o particular aspecto da combinação se identifica o caracter. Figura 19 A letra A do código de teleimpressor utilizando o código CCITT N 0 2. Do exposto acima, resulta que o número de caracteres identificáveis por um tal critério é a combinação de cinco elementos dois entre cinco, correspondendo a um total de 32 combinações possíveis, permitindo, portanto, caracterizar todas as vinte e seis letras do alfabeto, incluindo as letras K, W e Y não oficiais na língua portuguesa, mas adotado em qualquer teclado de máquina de escrever, e ainda com sobra de seis códigos que tem ainda as seguintes utilizações: Dois, usualmente denotados por letras LTRS e números FIGS, permitindo ampliar o uso do teleimpressor por meio de um recurso semelhante ao da máquina de escrever, isto é, cada tipo tem dois caracteres, um superior e um inferior, e os códigos comandam a posição do cilindro de papel de forma a permitir a gravação do caracter inferior LTRS ou o superior FIGS.

47 MULTIPLEXAÇÃO E SINAL TELEGRÁFICO 47 Três, são utilizados como auxiliares para a apresentação de um boa grafia do texto: comando de espaçamento entre letras, comando de retorno de carro e o comando de mudança de linha. Um código é usualmente pedido e utilizado em certas combinações bastante especiais. A FIG. 19 apresenta também a relação existente entre a largura dos pulsos que compõe o sinal telegráfico. Tanto o elemento de partida, START quanto os elementos portadores de informação, os cinco intermediários, tem a mesma duração τ, enquanto que o de parada, STOP é usualmente maior do que os anteriores, sendo a norma mais corrente o aumento em 50% sobre a duração dos outros pulsos, isto é, δ = 0,5. Como o elemento que mais restringe a transmissão de um pulso é a sua duração, uma das características básicas a ser considerada é a velocidade telegráfica, definida como o número de pulsos capazes de serem transmitidos no intervalo de um segundo. Esta velocidade é expressa em bauds, valendo a relação: 1000 v = τ ( ms) onde v é a velocidade em bauds e τ é a duração do pulso em milisegundos. A maioria dos teleimpressores opera com velocidade de 50 bauds, ou seja, com pulsos de duração de 20 ms, embora máquinas mais velozes, com 75, 100 bauds sejam usadas. Existem equipamentos teleimpressores em velocidades ainda mais alta de 150 a 200 bauds, cuja tecnologia encontra-se no limiar entre a telegrafia e a transmissão de dados.

48 WANDER RODRIGUES 48 Para a velocidade de 50 bauds e uma margem de segurança de parada de 50% ( δ = 0,5 ), o tempo empregado para a transmissão de cada caracter é de: ( 7 + δ ) x = ( 7 + 0,5) x 20 ms = ms t = τ 150 donde vê-se que o número de caracteres capazes de ser transmitidos por minuto é de 400; considerando a palavra média formada de cinco letras e um espaço, por minuto pode-se transmitir até 66,6 palavras Sinal Telegráfico Modulado O canal de voz de qualidade CCITT apresenta uma faixa passante de 300 Hz a 3400 Hz, a qual por si, não permite a transmissão direta do sinal telegráfico na sua faixa original. De fato, como ficou definido acima, o sinal telegráfico tem um espectro de freqüência com a freqüência fundamental de valor muito inferior a da faixa passante do canal de voz. Assim, para uma velocidade de 50 bauds, a freqüência fundamental seria de apenas 25 Hz. Para a velocidade extrema de 200 bauds, ainda assim a freqüência fundamental de 100 Hz está bem aquém do limite inferior da faixa passante do canal de voz. Portanto, há a necessidade de modular o sinal telegráfico. A modulação pode ser feita em amplitude ou em freqüência, esta última gozando das características de menor prejuízo pelo ruído existente no meio de transmissão. A FIG. 20 a seguir apresenta como se comporta um sinal telegráfico típico em um canal de voz de um sistema que utiliza a modulação em amplitude. Para o caso mais freqüente, do emprego do Código Telegráfico Internacio-

49 MULTIPLEXAÇÃO E SINAL TELEGRÁFICO 49 nal, o CCITT recomenda associar ao pulso de marca a transmissão de audiofreqüência fr e ao pulso de espaço a ausência de audiofreqüência. Figura 20 A letra A transmitida em um sistema de modulação em amplitude. Na FIG. 21 seguinte, temos como comporta-se um sinal telegráfico típico em um canal de voz cujo sistema utiliza a modulação em freqüência. Neste caso, para ambos as condições de marca e espaço há um tom presente no canal de voz, sendo que a condição de marca é recomendado o uso do tom mais baixo e para a condição de espaço o tom mais alto.

50 WANDER RODRIGUES 50 Figura 21 A letra A transmitida em um sistema de modulação em freqüência.

51 MULTIPLEXAÇÃO E SINAL TELEGRÁFICO 51 Figura 22 Códigos telegráficos: CCITT N o 2 e ARQ.

52 WANDER RODRIGUES 52 Figura 23 Exemplo do emprego do Código CCITT N o 2.

53 MULTIPLEXAÇÃO E SINAL TELEGRÁFICO 53 QUESTIONÁRIO DA UNIDADE VI ASSUNTO: Multiplexação e Sinal telegráfico Nome: N o : Turma: Para cada período mencionado, analise seu conteúdo e marque F para uma situação FALSA e V para uma situação VERDADEIRA. Justifique cada resposta dada se verdadeira e faça a correção para as respostas falsas ( ) No padrão CCITT N o 2, com delta igual a 0,5, o pulso de parada é igual ao pulso de partida ( ) Modulação em amplitude e modulação em freqüência são utilizados para permitir a transmissão direta do sinal telegráfico no canal de voz ( ) Na transmissão de sinais telegráficos em um canal de voz são utilizados 32 caracteres, não permitindo a transmissão das letras K, W e Y ( ) A velocidade telegráfica é definida como o número de pulsos capazes de serem transmitidos no intervalo de um minuto ( ) O Canal Programa é definido como uma reserva de um certo número de canais utilizados para a transmissão de um programa de radiodifusão.

54 WANDER RODRIGUES ( ) O filtro passa - baixa logo após a híbrida é supérfluo porque as freqüências que suprime estão além do alcance do ouvido humano ( ) O papel desempenhado pelo equipamento modulador vem a ser o de colocar as informações dos diversos canais de voz disposta em seqüência ao longo da banda básica ( ) A híbrida é um dispositivo que muda o circuito de dois fios tanto para a transmissão como para a recepção, em circuito a quatro fios ( ) A transmissão de um dado número de chamadas telefônicas em multiplex requer um número menor de condutores do que em cabos de freqüência vocal ( ) Definimos velocidade telegráfica ao número de pulsos capazes de serem transmitidos no intervalo de tempo de um segundo ( ) Seis caracteres, dos 32 possíveis, são utilizados para apresentar uma boa grafia da mensagem transmitida ( ) A medida que cresce o número de canais e o número de derivações no equipamento multiplex, usa-se os pilotos sendo um meio de supervisão e/ou controle de nível ( ) De acordo com as faixas padronizadas pelo CCITT, um super grupo básico apresenta 900 canais e uma portadora piloto de 1552 khz ( ) O termo distorção ou atraso de fase, é usado para indicar o fenômeno do tempo de trânsito de um circuito não ser uniforme para todas as freqüências do equipamento multiplex ( ) A distorção não linear é causada quando um elemento do circuito tem uma impedância variável dependendo do valor da tensão ou da corrente.

55 MULTIPLEXAÇÃO E SINAL TELEGRÁFICO ( ) A distorção linear ocorre quando a atenuação num circuito não é uniforme para todas as freqüências transmitidas no equipamento multiplex ( ) Diafonia ininteligível ocorre quando a faixa de freqüência vocal tem o sentido inverso da interferência ( ) No sistema de sinalização in - band end - to - end o tom de sinalização segue o percurso de transmissão de voz do começo ao fim ( ) Diafonia ocorre em um equipamento multiplex quando a energia de um circuito é transferida para outro circuito através de conexões indesejadas ( ) Derivações são utilizadas numa estação repetidora quando houver necessidade de se deixar um certo número de canais ou grupos para serem transmitidos em outra direção diferente da transmissão principal ( ) Diafonia inteligível ocorre quando a faixa de freqüência vocal tem o mesmo sentido que a interferência ( ) Na sinalização out - of - band link - to - link o tom de sinalização deve ser detectado em cada ponto intermediário onde houver demodulação para a freqüência de voz ( ) Sinalização out - of - band a freqüência de sinalização está acima da faixa de voz efetiva, de 300 a 3400 Hz ( ) A utilização de apenas uma faixa lateral na formação da banda básica permite que se reduza a faixa de freqüência ocupada pelo sinal modulado, sem perda da informação ( ) A transmissão de uma faixa de freqüência tão grande, cerca de oito oitavas, torna o equipamento multiplex muito oneroso.

56 WANDER RODRIGUES ( ) Sinalização in - band a freqüência de sinalização está presente dentro da faixa de voz efetiva, de 300 a 3400 Hz ( ) Quando trabalha-se com equipamento multiplex emprega-se para a sinalização um sinal DC ou um tom na freqüência de 50 Hz ou mais baixa ( ) Um amplificador é utilizado para elevar o nível da banda básica para que o sinal tenha nível suficiente ao chegar a próxima estação, seja através de fio ou rádio ( ) Em um equipamento de vinte e quatro canais, os quatro subgrupos apresentam a mesma posição na banda básica ( ) Um compromisso entre o custo e a qualidade aceita-se em engenharia telefônica a faixa de freqüência de 300 a 3400 Hz reduzindo a inteligibilidade a cerca de 8% ( ) Na sinalização out - of - band, o tom de sinalização passa através do circuito da híbrida ( ) A transmissão de impulsos de sinalização durante a conversação é obtida utilizando o sistema de sinalização in - band ( ) Um circuito equalizador precede a estação repetidora que fará com que as freqüências mais baixas sejam mais atenuadas que as freqüências altas, dando uma atenuação uniforme para todas as freqüências envolvidas na banda básica.

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