Estação brasileira Antártica ressurgirá das cinzas
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- Ágata Paiva Barreiro
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1 Estação Antártica cinzas brasileira ressurgirá na das A estação científica do Brasil na Antártica, ressurgirá de suas cinzas nos próximos meses com a reconstrução das instalações destruídas por um incêndio no ano passado, onde abrigarão pesquisas sobre mudanças climáticas. A construção do novo complexo está avaliada entre R$ 70 milhões e 100 milhões, afirmou à Agência Efe, Emerson Vidigal, um dos arquitetos da empresa Estúdio 41, encarregada do projeto. Com mais de metros quadrados, 17 laboratórios e uma área de alojamento com capacidade para 64 pessoas, a nova Estação Antártica Comandante Ferraz, localizada na ilha do Rei Jorge, começará a ser construída a partir do próximo verão Rodeada apenas pela natureza e submetida a condições
2 climatológicas hostis, a nova base contará com uma estação de laboratórios muito mais equipados e modernos que os anteriores para facilitar a tarefa dos pesquisadores no continente branco. As pesquisas científicas nesta região são de indubitável importância para entender o funcionamento da Terra. São essenciais para esclarecer as complexas interações entre os processos naturais globais e da Antártida, disse à Efe o capitão da Marinha, Geraldo Juaçaba. O projeto combina a resposta às exigências científicas da base e o respeito ao meio ambiente. Um incêndio registrado em 2012, no qual morreram dois militares, destruiu 70% da antiga base, incluindo o edifício principal, onde estava situada a residência. O fogo consumiu parte dos laboratórios e, com isso, todo o material para estudos recolhido no verão anterior e que deveria servir de base para pesquisas durante o ano. Se tudo acontecer segundo o previsto, os pesquisadores brasileiros poderão retornar então a este inóspito local para tentar compreender mais de perto as pautas da mudança climática, cujas consequências estão provocando o degelo de parte das geleiras da Antártida e o aumento do nível do mar. FONTE : Gazeta Russa, Via EFE ADAPTAÇÃO : Defesa Aérea & Naval Força Aérea Brasileira
3 emprega mais de 60 aviões em operação na Região Sul A Região Sul do país é o cenário da Operação Laçador que inicia na próxima segunda-feira (16) e vai até o dia 27 de setembro. No exercício simulado, sob a coordenação do Ministério da Defesa, militares da Força Aérea Brasileira (FAB), da Marinha do Brasil e do Exército Brasileiro treinam e simulam situações de conflito. As missões desenvolvidas, simultaneamente, nos estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná tem o objetivo de aprimorar a integração entre as Forças Armadas no Sul.
4 A Laçador também capacita as tropas das unidades militares do Sul em ações de combate e apoio logístico. Cerca de 1500 militares da FAB estão envolvidos em atividades de infiltração e exfiltração aérea, assalto aeroterrestre, ressuprimento aéreo, defesa aérea, ataque a locais estratégicos, varredura, apoio aéreo aproximado, patrulha antissubmarino e reconhecimento aéreo. São 64 aeronaves da FAB que participam do exercício simulado, com o envolvimento da Base Aérea de Canoas (BACO), Base Aérea de Santa Maria (BASM) e Base Aérea de Florianópolis (BAFL).
5 A integração entre as Forças Armadas permeia toda a Operação Laçador. Aeronaves de ataque da FAB fazem a cobertura de tropas do Exército e as aeronaves P-3AM vão simular a defesa e a tomada do controle da região marítima com a Marinha do Brasil, no Porto de Rio Grande. As atividades ocorrerão, inclusive, durante as madrugadas da Região Sul, em que os militares da Aviação de Transporte da FAB farão treinamentos de lançamento de paraquedistas da Brigada de Infantaria Paraquedista do Exército Brasileiro e com o Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (PARASAR). Será realizada, ainda, uma Ação Cívico-Social (ACISO), na cidade de Nova Santa Rita (RS).
6 Conheça algumas missões Infiltração aérea Uma pequena quantidade de paraquedistas militares é lançada em um determinado território para prepararem uma Zona de Lançamento, para receber o restante da tropa paraquedista. Assalto Aeroterrestre Missão em que um grande número de paraquedistas são lançados em uma determinada área, com o objetivo de tomar a posição de inimigo. Normalmente, é realizado na luminosidade baixa ao nascer do dia. O objetivo é surpreender e tomar a área inimiga. Ressuprimento aéreo Cargas são lançadas dos aviões em pleno voo e, com o uso de paraquedas, chegam ao solo em condições de que seu conteúdo seja recuperado pela tropa paraquedista em solo. Reabastecimento em voo As aeronaves transferem combustível de uma aeronave para outra. A sigla usada pelos militares para a missão é REVO.
7 Reconhecimento aéreo Nestas missões, as tripulações coleta dados específicos sobre forças inimigas e áreas sensíveis. O especialista faz a imagem da área, analisa a vulnerabilidade do local e leva todo o material para que decisões estratégicas possam ser tomadas pelo comando da operação. Ataque a locais estratégicos As aeronaves atacam locais estratégicos do inimigo com aeronaves a baixa altura. Defesa aérea Os caças atuam no combate aéreo e fazem a escolta e a proteção às aeronaves de ataque e de transporte. Varredura Caças fazem uma varredura antes da ação das aeronaves de ataque. Os F-5M, por exemplo, podem lançar misseis e fazer cobertura radar com o objetivo de possibilitar o ataque de aeronaves a baixa altura em pontos estratégicos do inimigo. Patrulha As aeronaves de patrulha realizam missões para detectar possíveis forças inimigas e, se for necessário, acionam caças para combater os adversários, tanto navios quanto submarinos. Apoio aéreo aproximado Na missão, as aeronaves E-99 atuam como um radar móvel e acompanha as aeronaves vigiadas. Os aviões têm radares móveis aeroembarcados, o que é fundamental para assegurar a leitura radar de todo o espaço aéreo e sobre aeronaves voando a baixa altura.
8 Aeronaves participantes F-5M É um caça tático de defesa aérea e ataque ao solo. O F-5M é extremamente manobrável e rápido, constituindo-se um excelente avião para combates aéreos. A-1 É um avião de ataque ar-superfície usado para missões de interdição, apoio aéreo aproximado e reconhecimento aéreo. O AMX é capaz de operar em altas velocidades subsônicas a baixa altitude, tanto de dia quanto de noite, e se necessário, a partir de bases pouco equipadas ou com pistas danificadas. A-29 O A-29 Super Tucano é uma aeronave turboélice de ataque leve e treinamento avançado, que incorpora os últimos avanços em aviônicos e armamentos. F-2000 Caça supersônico para defesa aérea. O Mirage F-2000 pode atingir 2,2 vezes a velocidade do som, que é de mais de 330 metros por segundo. P-3AM O P-3AM Orion é uma aeronave de patrulhamento marítimo de longo alcance e guerra antissubmarino com base em terra. Os
9 sensores do P-3AM conseguem identificar os rastros na superfície do mar e, desta forma, identificar a embarcação de origem, mesmo muitas horas depois da abertura dos tanques. A aereonave pode fotografar o navio infrator e encaminhar as fotos com um relatório para as autoridades ambientais, por exemplo, como prova para a aplicação de multas. P-95 O P-95 Bandeirante Patrulha, também conhecido pelo apelido de Bandeirulha, foi criado a partir do avião de transporte leve C-95 Bandeirante, e tem como função o patrulhamento marítimo. C-130 É uma aeronave com quatro turbopropulsores que tem como função principal o transporte aéreo em várias Forças Armadas em todo o mundo. O Hércules tem capacidade para 88 militares ou 64 paraquedistas. A versão para reabastecimento em voo de caças é o KC-130. C-105 É um bimotor turbo-hélice desenvolvido para o transporte tático militar e empregado no lançamento de paraquedistas e carga. A aeronave é a principal responsável pelo suporte logístico na Região Amazônica. Para as missões de busca e salvamento existe a versão SC-105. R-99 É uma aeronave de sensoriamento remoto, capaz de realizar o imageamento cartográfico em altíssima resolução de objetivos no solo, a grande altitude, havendo ou não densa cobertura natural por meio de sofisticados sensores que cobrem as variadas faixas do espectro eletromagnético. RA-1 É a versão de reconhecimento do caça A-1. RQ-450 O Hermes 450 é um veículo aéreo não-tripulado de alto desempenho multi-missão que opera em qualquer condição climática, em períodos de paz ou de conflito, noite/dia, sem a necessidade de alocar tropas em áreas de risco. O ARP pode permanecer em voo totalmente carregado por mais de 15 horas realizando as diversas missões de aquisição e designação de alvo, missões de inteligência, entre outras.
10 E-99 É uma aeronave de alerta antecipado e controle com capacidade autônoma de vigilância e controle aéreo. É capaz de prover dados de inteligência sobre aeronaves voando a baixa altura, sobretudo na Amazônia Brasileira. H-60 É um helicóptero médio bimotor de transporte de tropas e carga e assalto.
11 H1-H Helicóptero destacado para atividades de busca e salvamento. Fonte: Agência Força Aérea
12 CREDN cobra informações sobre sistema de mísseis da Rússia A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN), da Câmara dos Deputados, aprovou nesta quarta-feira, 11, requerimento do deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), solicitando informações do ministério da Defesa acerca das negociações já iniciadas com o governo russo para a aquisição de duas baterias antiaéreas de baixa altura (IGLA) e três de média altura (PANTSIR-S1), com os respectivos itens logísticos, de simulação e capacitação de operação e manutenção. Pellegrino lembrou que em 2012, o ministério da Defesa criou um Grupo de Trabalho com o objetivo de instruir os referidos
13 processos de negociação com os fornecedores russos. A decisão menciona a transferência irrestrita de tecnologia, por dispensa de licitação, mas precisamos conhecer os detalhes acerca dos custos, do percentual mínimo de nacionalização e de como se dará o compartilhamento das tecnologias, além da necessária participação de empresas brasileiras nestes contratos, explicou o deputado. De acordo com o ministério da Defesa, as negociações em relação aos sistemas de artilharia antiaérea IGLA e aos subsistemas de controle e alerta do Sistema de Artilharia Antiaérea de média altura, composto de três sensores e três centros de operações de artilharia antiaérea, nacionais, que integram as baterias ao Sistema de Defesa Aeroespacial brasileiro, serão conduzidas pelo Comando do Exército, enquanto as negociações para a aquisição das baterias PANTSIRS1, ficarão a cargo do Comando da Aeronáutica. O presidente da CREDN informou ainda que o assunto será discutido pela Comissão com o ministro da Defesa, Celso Amorim, em data a ser negociada. Exército precisa bilhões até 2030 de R$ 58
14 O Exército brasileiro tem sete projetos estratégicos e precisa investir neles cerca de R$58,2 bilhões ao longo dos próximos ió anos até 2030, se tudo correr bem. É um problema. O governo, que até junho havia liberado apenas 50% do valor previsto para as aplicações deste ano, reteve, ainda, todas as dotações incluídas em emendas parlamentares. Em maio, a equipe econômica cortou R$ 3,67 bilhões dos recursos destinados ao Ministério da Defesa e de novo em julho aparou mais R$ 919,4 milhões. O ministro Celso Amorim alertou a presidente Dilma Rousseff para o risco de uma paralisação nos programas prioritários das três Forças Exército, Marinha e Aeronáutica. Na saída, levava na pasta a promessa da liberação de R$ 400 milhões. Compromisso sem data. Uma saída seria a inclusão do pacote de projetos no PAC, onde duas iniciativas da Defesa já estão abrigadas, o desenvolvimento do cargueiro militar da Embraer, o KC-390 e a produção, em todas as fases, de quatro submarinos avançados de propulsão diesel-elétrica mais o primeiro modelo nuclear. Consultado pelo Estado, o Ministério do Planejamento e Gestão
15 informou que também o sistema Astros 2020 e o blindado Guarani estavam fora do contingencíamento. Não é verdade, garante fonte do Exército. Os dois programas não foram incluídos no PAC em O projeto mais ambicioso do conjunto da Força Terrestre é o Sisfron, muralha eletrônica de 17 mil km integrando estações digitais, radares terrestres e unidades militares dotadas de recursos avançados. O Sisfron começou sólido. A etapa piloto da primeira fase vai ser feita depressa, fica pronta já em 2015 e cobre 650 quilômetros na divisa do Brasil com o Paraguai e a Bolívia, em Mato Grosso do Sul. Vai custar R$ 839 milhões e isso significa apenas 6,99% do total do plano. É muito, diz Luiz Aguiar, presidente da empresa Embraer Defesa e Segurança, contratada para executar o plano. A faixa total controlada pelo projeto tem 150,5 km de largura e se estende como um corredor. É o maior empreendimento do gênero em execução no planeta, diz o ministro da Defesa, Celso Amorim. De fato. Visto em conjunto com o Sipam, escudo de vigilância da Amazônia, inaugurado em 2002, o Sisfron abrange o
16 equivalente à porção ocidental da Europa e mais um pouco. O pacote pretende controlar 30% do território nacional, no espaço que separa o Brasil de 11 de seus vizinhos. Segundo Marcus Tollendal, o presidente da Savis (empresa da Embraer responsável pelo projeto), em dez anos, o Sisfron vai se expandir e atingir a Amazônia e o cone Sul. Segundo ele, há nessas áreas uma mancha criminal associada a um vazio populacional e à menor presença do Estado. Mas no momento há certa apreensão. Em audiência pública da Comissão das Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado em 22 de agosto, o general Antonino Guerra Neto, do Centro de Guerra Eletrônica, afirmou que, mantidos os recursos no patamar previsto para 2014, o programa só vai ficar pronto em 2074, quando será, a rigor, quase inócuo. Megaeventos Em outra ponta da lista de programas da primeira fila, os sistemas de defesa antiaérea, uma exigência da equipe mundial da organização dos eventos como a Copa e a Olimpíada, avançaram. Na semana passada, Amorim autorizou a abertura do processo de negociação para a compra de três baterias do Pantsir S1, moderno sistema russo de artilharia antiaérea, e
17 duas outras do Igla-S.9K38, a versão mais recente do míssil leve disparado do ombro de um soldado. O negócio pode chegar a 800 milhões. O 9K38 tem alcance de 6 km, é mais pesado que as séries anteriores, usa sensor de localização de alvos de eficiência expandida e é mais resistente à interferência eletrônica de despistamento. A operação é conduzida pelo chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi O processo montado pelo oficial prevê a aquisição de três baterias do Pantsir S1, combinação de mísseis terra-ar com alcance de 20 km e 15 km de altitude, mais dois canhões duplos, de 30 mm. As baterias transportam 12 mísseis 57E6. O radar de detecção atua em um raio de 36,5 km e pode localizar dez alvos por minuto. Cada uma das Forças receberá uma bateria Pantsir. A melhor parte de todo o processo é que os russos aceitaram a demanda brasileira de que haja irrestrita transferência de tecnologia, diz De Nardi. Há três empresas nacionais envolvidas Orbisat. no esquema: Avibrás Aeroespacial, Mectron e FONTE: O Estado de São Paulo Brasil inicia oficialmente negociações para compra do PANTSIR-S1 e IGLA
18 De acordo com o edital abaixo, o Brasil está iniciando oficialmente negociações para a compra do PANTSIR-S1 e IGLAs. A negociação dos IGLAs ficará a cargo do EB e já o PANTSIR-S1 ficará a cargo da FAB. A compra do PANTSIR-S1 está sendo negociada com transferência de tecnologia e essa compra terá prioridade sobre a compra do IGLA (que já é operado pelo EB e pela FAB). Segue a Portaria O MINISTRO DE ESTADO DA DEFESA, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelos incisos I e II do parágrafo único do art. 87 da Constituição, atendendo ao disposto na Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, e no Decreto nº 2.295, de 4 de agosto de 1997, combinado com a Lei nº , de 22 de março de 2012, e considerando as conclusões do Grupo de Trabalho Interministerial instituído pela Portaria Interministerial nº 1.808/MD/MCT/MDIC/MF/MP/MRE, de 12 de junho de 2013, resolve: Nº Art. 1º Autorizar a abertura de processos de negociação com vistas à aquisição de:
19 I Sistema de Artilharia Antiaérea, composto basicamente por duas baterias de baixa altura, de origem russa IGLA, por dispensa de licitação, baseada na padronização requerida pelas estruturas logísticas das Forças; II Sistema de Artilharia Antiaérea, de origem russa, com transferência irrestrita de tecnologia, por dispensa de licitação, baseado no comprometimento da segurança nacional, composto de três baterias antiaéreas de média altura, de origem russa PANTSIR-S1, com demais itens logísticos, de simulação e capacitação de operação e manutenção; III Subsistema de controle e alerta do Sistema de Artilharia Antiaérea de média altura, composto de três sensores e três centros de operações de artilharia antiaérea, nacionais, em fase de desenvolvimento, que integrem as referidas baterias ao Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro. 1º As negociações a que se referem os incisos I e III deste artigo serão conduzidas pelo Comando do Exército. 2º As negociações a que se referem o inciso II deste artigo serão conduzidas pelo Comando da Aeronáutica. 3º Os processos de negociação deverão estar respaldados nos resultados dos Grupos de Trabalhos, constituídos com representantes das Forças, a fim de avaliar o sistema PANTSIRS1, sob a ótica dos ROC 40/2013, contidos na Portaria Normativa nº 1.984/MD, de 3 de julho de 2013; e refinamento dos requesitos e definição dos objetivos contratuais dos sistemas e subsistemas a serem adquiridos. Art. 2º Os Comandos do Exército e da Aeronáutica deverão apresentar ao titular do Ministério da Defesa proposta de contratação, especificando: I comprovação da razoabilidade dos preços; II percentual mínimo de índice de nacionalização;
20 III processos tecnologia. de transferência de capacitação e de Art. 3º O Sistema de Artilharia Antiaérea de média altura terá prioridade no processo de contratação. Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. CELSO AMORIM Igla Foto: EB FONTE: Diário Oficial da União (edição de quinta-feira, 5 de setembro de 2013, com Portarias do Ministério da Defesa de 4 de setembro)
21 Investimentos do Ministério da Defesa crescem 33% em 2013 O Ministério da Defesa é líder em investimentos entre os órgãos federais. Até julho, a Pasta investiu R$ 5 bilhões, 33% a mais que o aplicado no mesmo período de 2012 R$ 3,7 bilhões. O total de 2012 já está atualizado pela inflação (valor constante). Se considerarmos os valores correntes dos últimos anos, o total investido até o sétimo mês de 2013 já é 36% maior que a média dos investimentos anuais entre 2002 e 2012, que é de R$ 3,7 bilhões. Do total investido pela Defesa, R$ 4,2 bilhões foram destinados ao programa Política Nacional de Defesa. A ação orçamentária Desenvolvimento de Cargueiro Tático Militar de 10 a 20 Toneladas (Projeto KC-X) foi a que mais recebeu recursos até julho, cerca de R$ 1 bilhão. A Embraer desenvolve o KC-390 sob contrato com a FAB (Força
22 Aérea Brasileira). No fim de março, a empresa concluiu a revisão crítica de projeto, para iniciar a fase de produção do protótipo. A previsão é que o primeiro voo teste da aeronave ocorra no segundo semestre de O KC-390 é um projeto de aeronave para transporte tático/logístico e reabastecimento em voo que estabelece um novo padrão para o transporte militar médio. O projeto está sendo desenvolvido para atender aos requisitos operacionais da FAB. Desde 2009, R$ 1,2 bilhões já foram investidos na iniciativa, em valores correntes. O Ministério da Defesa investiu ainda R$ 429 milhões na ação de Implantação de Estaleiro e Base Naval para Construção e Manutenção de Submarinos Convencionais Nucleares. Em 2008, foi celebrada uma parceria entre o Governo do Brasil e o da França para a transferência de tecnologia e prestação de serviços técnicos especializados concernentes ao Programa de Desenvolvimento de Submarinos, destinados a capacitar a Marinha do Brasil em projeto e construção de submarinos convencionais e nucleares, além da construção de estaleiro e
23 da base de submarinos. Desde 2009, R$ 3,7 bilhões, em valores correntes, foram aplicados na iniciativa. Outros R$ 445,5 milhões foram investidos na ação de Construção de Submarinos Convencionais, que prevê a aquisição de pacotes de materiais para quatro submarinos convencionais S-BR, respectivos sistemas e tecnologia de construção, além da aquisição de torpedos, despistadores de torpedo e respectivos sistemas logísticos. O montante aplicado engloba também as demais despesas que contribuam diretamente para o desenvolvimento e a execução do projeto. Foram aplicados R$ 2,3 bilhões no projeto desde 2009.
24 A Defesa investiu R$ 360 milhões na iniciativa de Aquisição de Helicópteros de Médio Porte de Emprego Geral (Projeto HXBR). A ação prevê a aquisição de 50 helicópteros de médio porte de emprego geral, conforme contrato a ser firmado entre o Comando da Aeronáutica e o consórcio formando pelas empresas Eurocopter (francesa) e Helicópteros do Brasil (Helibrás). As aeronaves adquiridas terão a seguinte destinação: 18 para a Força Aérea Brasileira, 16 para o Exército Brasileiro e 16 para a Marinha do Brasil. A Defesa já investiu R$ 1,4 bilhão na iniciativa, desde Importância dos investimentos
25 Para o professor adjunto do Departamento de Relações Internacionais da Universidade de Brasília e especialista em política de defesa, Alcides Costa Vaz, os investimentos nas Forças Armadas são necessários para a modernização do aparato militar. Nós temos hoje uma ameaça de ataque cibernético que requer equipamentos e tecnologia distinta dos equipamentos convencionais de segurança, por exemplo. São investimentos caros, explica o professor. Outro aspecto levantado por Vaz é o fato dos investimentos beneficiarem outras áreas não militares. O desenvolvimento de tecnologias militares tem também benefícios para outros campos de destinação civis. A maior parte da tecnologia militar é de uso dual, completa. Em resposta aos críticos que defendem que o país não precisa investir em defesa, pois a nação não sofre ameaças de outros países, o professor é enfático. As ameaças hoje são globais. Temos todo um patrimônio natural, recursos de biodiversidade e um parque industrial a proteger, defende. FONTE: Contas Abertas
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