UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL. Jonathan Gresele Meller

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL Jonathan Gresele Meller ETIQUETAGEM E CERTIFICAÇÃO LEED LEADERSHIP IN ENERGY AND ENVIRONMENTAL DESIGN NA CONSTRUÇÃO CIVIL Santa Maria, RS 2017

2 Jonathan Gresele Meller ETIQUETAGEM E CERTIFICAÇÃO LEED LEADERSHIP IN ENERGY AND ENVIRONMENTAL DESIGN NA CONSTRUÇÃO CIVIL Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Engenharia Civil, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como requisito parcial para obtenção do grau de Engenheiro Civil. Orientadora: Janis Elisa Ruppenthal Santa Maria, RS 2017

3 Jonathan Gresele Meller ETIQUETAGEM E CERTIFICAÇÃO LEED LEADERSHIP IN ENERGY AND ENVIRONMENTAL DESIGN NA CONSTRUÇÃO CIVIL Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Engenharia Civil, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como requisito parcial para obtenção do grau de Engenheiro Civil. Aprovado em 07 de julho de 2017: Janis Elisa Ruppenthal, Dra. (UFSM) (Presidente/Orientadora) Ana Laura Felkl Cassiminho, Mse. (UFSM) Bernardete Trindade, Dra. (UFSM) Santa Maria, RS 2017

4 AGRADECIMENTOS Gostaria de agradecer primeiramente aos meus pais Roseli e Jelson, por todo o suporte, ajuda e incentivo que me deram durante todo o período da minha graduação. Ao meu irmão Jardel, por todo o carinho e suporte na universidade. Tenho absoluta certeza que sem a ajuda deles, não teria chegado até aqui. Agradeço também a minha família, tios, tias e avós por todo o carinho, dedicação e incentivo. Aos amigos e colegas de graduação que estiveram juntos todo esse período, por todos os momentos de estudos, ajudas, compartilhamento de momentos e confraternização durante esse processo de aprendizado. A minha orientadora, professora Janis Elisa Ruppenthal, pela orientação nesse trabalho através da sua dedicação e conhecimento. A PB. Internacional, principalmente ao Sr. Carlos e ao Sr. Fernando, pela grande oportunidade de estágio que a mim foi concebida, onde tiver o prazer de trabalhar com grandes profissionais e aprender muito sobre engenharia e gerenciamento de obra.

5 RESUMO ETIQUETAGEM E CERTIFICAÇÃO LEED LEADERSHIP IN ENERGY AND ENVIRONMENTAL DESIGN NA CONSTRUÇÃO CIVIL AUTOR: Jonathan Gresele Meller ORIENTADORA: Janis Elisa Ruppenthal O crescimento desordenado da espécie humana, gerada a partir da primeira revolução industrial do século XVIII, vem gerando destruição e poluição do meio ambiente em uma grande escala. O uso exacerbado dos recursos hídricos e dos combustíveis fósseis, além da exploração mineral, vem exaurindo todo o ecossistema do planeta, ocasionando um desequilibro ambiental e poluindo o habitat natural. Uma alternativa proposta a essa destruição do ecossistema tem sido a utilização de iniciativas sustentáveis nas mais diversas áreas do desenvolvimento humano. Dessa forma, no ramo da construção civil, estão surgindo alternativas para reverter esse quadro como a utilização de selos verdes de qualidade que comprovam a sustentabilidade da edificação. O selo LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) é a certificação mais reconhecida e usada atualmente para atestar o compromisso da edificação com o meio ambiente em que ela está inserida. Para que uma edificação possa ser atestada com a certificação LEED, ela deve seguir uma série de normas e pré-requisitos básicos, para comprovar sua eficiência construtiva. Primeiramente, esse trabalho apresenta uma revisão bibliográfica sobre a certificação LEED, seus requisitos e pontos de interesse. Após serão apresentadas edificações certificadas por esse sistema, demonstrando que a indústria da construção civil pode e deve reduzir seus impactos ambientais e melhorar o conforto ambiental aos ocupantes das edificações sustentáveis. Palavras-chave: Iniciativas sustentáveis, selo verde, certificação LEED e eficiência construtiva.

6 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Pontuação da certificação LEED Figura 2 Fachada da Universidade SUNY- ESF, Syracuse Figura 3 Fachada da Universidade SUNY- ESF, Syracuse Figura 4 Museu do Amanhã, RJ Figura 5 Edifício Comercial The Change Initiative, Dubai Figura 6 Telhado do Edifício Comercial The Change Initiative, Dubai Figura 7 Centro Administrativo Sicredi, Porto Alegre Figura 8 - Painéis Solares sobre o Bicicletário no Sicredi, Porto Alegre Figura 9 - Jardins do Centro Administrativo Sicredi, Porto Alegre Figura 10 Localização da edificação utilizada no estudo de caso Figura 11 Fachada da edificação estudada Figura 12 Bicicletários individuais destinados aos moradores Figura 13 Estrutura destinada à drenagem pluvial, evitando erosão do solo Figura 14 Área de corredor verde destinado a livre circulação de animais Figura 15 Intertravado de concreto sem a adição de finos utilizados nos passeios Figura 16 Áreas verdes no terreno da edificação Figura 17 Argila expandida que será utilizada no telhado da edificação Figura 18 - Remoção de resíduos de construção por empresa especializada Figura 19 - Área de armazenagem temporária de resíduos de madeira Figura 20 - Área de armazenagem temporária de resíduos de aço Figura 21 - Grandes espaços abertos destinados as esquadrias para a entrada de luz solar Figura 22 - Vista da estrutura, mostrando mar, flora e a cidade Figura 23 - Vista da edificação mostrando os morros do local Figura 24 - Manta fonoabsorvente instalada sobre a laje e protegida por malha de aço e concreto Figura 25 - Manta acústica envelopando encanação hidráulica Figura 26 - Esquadrias de vedação em PVC com material fonoabsorvente e térmico em seu interior Figura 27 - Instalação do piso aquecido... 83

7 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Pontuação LEED adquirida pela edificação estudada... 88

8 SUMÁRIO LISTA DE ILUSTRAÇÕES... 6 LISTA DE TABELAS INTRODUÇÃO Objetivos Objetivo geral Objetivos específicos Justificativa REVISÃO BIBLIOGRÁFICA IMPACTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO MEIO AMBIENTE HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DA CERTIFICAÇÃO LEED Novas construções (BD+C) Design de interior e construção (ID+C) Edifícios existentes (O+M) Bairros (ND) VANTAGENS DAS EDIFICAÇÕES CERTIFICADAS ELEVAÇÃO DOS PADRÕES ATRAVÉS DA NOVA VERSÃO DO LEED V ÁREAS ANALISADAS PELA CERTIFICAÇÃO LEED Fase de pré-projeto Processo integrativo Design e planejamento de projeto integrativo Localização e transporte LEED para a localização de desenvolvimento de bairros Lote de alta prioridade Densidade circundantes e usos diversos Acesso ao trânsito de qualidade Instalações de bicicleta Área de estacionamento reduzida Veículos verdes Espaço sustentável Redução da poluição nas atividades de construção Avaliação ambiental do lote Avaliação do lote Desenvolvimento do lote Proteger ou restaurar o habitat... 26

9 Espaços abertos Gerenciamento de água da chuva Plano principal do lote Diretrizes do projeto e construção para inquilinos Acesso externo direto Locais de descanso Utilização conjunta de instalações Eficiência do uso da água Redução do uso de água externo Redução do uso de água interno Medição do uso de água Energia e atmosfera Comissionamento e verificação fundamental Performance mínima de energia Gerenciamento fundamental de refrigeração Comissionamento avançado Medição avançada de energia da edificação Resposta à demanda Produção de energia renovável Gerenciamento avançado de refrigeração Energia verde e créditos de carbono Materiais e recursos Armazenagem e coleta de recicláveis Gestão de resíduos de construção e demolição Redução de fontes de PBT Mercúrio Redução de impacto do ciclo-de-vida da construção Otimização e divulgação de produtos da construção Declaração de produtos ambientais Otimização e divulgação de produtos da construção Origem de matériasprimas Redução de fontes de PBT Chumbo, cádmio e cobre Móveis e decorações médicas Qualidade ambiental interna Performance de qualidade mínima do ar interno... 37

10 Controle de fumaça de tabaco no ambiente Performance acústica mínima Materiais de pouca emissão Plano de gerenciamento da qualidade interna do ar da construção Avaliação da qualidade interna do ar Conforto térmico Iluminação interna Luz do dia Inovação e processo Créditos de prioridade regional ANÁLISE DE ALGUNS PROJETOS QUE POSSUEM CERTIFICAÇÃO LEED NO BRASIL E NO MUNDO SUNY-ESF GATEWAY CENTER MUSEU DO AMANHÃ- RIO DE JANEIRO (RJ) THE CHANGE INITIATIVE (DUBAI) CENTRO ADMINISTRATIVO SICREDI PORTO ALEGRE METODOLOGIA OBJETO DE ESTUDO LOCALIZAÇÃO DESCRIÇÃO DA EDIFICAÇÃO PROCESSO INTEGRADO LOCALIZAÇÃO E TRANSPORTE Proteção de áreas sensíveis Terreno de alta prioridade Densidade local e diversidade de usos Acesso a trânsito de qualidade Instalações para bicicletas Redução da área de estacionamento Veículos verdes LOTES SUSTENTÁVEIS Prevenção de poluição na atividade de construção Avaliação do terreno Proteção e restauração do habitat Espaços abertos... 58

11 5.5.5 Gerenciamento de água da chuva Redução das ilhas de calor Redução da poluição luminosa EFICIÊNCIA DA ÁGUA Pré-requisito de redução do uso de água externo Pré-requisito de redução do uso de água interno Medição do uso de água Crédito de redução do uso de água externo Crédito de redução do uso de água interno Uso de água na torre de refrigeração Medição de água ENERGIA E ATMOSFERA Comissionamento e verificação fundamental Performance mínima de energia Medição de energia na fase de construção Gerenciamento fundamental de refrigeração Comissionamento avançado Otimização do desempenho energético Medição avançada de energia da edificação Resposta à demanda Produção de energia renovável Gerenciamento avançado de refrigeração Energia verde e créditos de carbono RECURSOS E MATERIAIS Armazenagem e coleta de recicláveis Pré-requisito de gestão de resíduos de construção e demolição Redução de impacto do ciclo-de-vida da construção Declaração de produtos ambientais Origem de matérias primas Composição dos materiais Crédito de gerenciamento de resíduos da construção e demolição CATEGORIA DE QUALIDADE AMBIENTAL INTERNA Performance de qualidade mínima do ar interno Controle de fumaça de tabaco no ambiente Estratégias de qualidade do ar... 74

12 5.9.4 Materiais de pouca emissão Plano de gerenciamento da qualidade interna do ar da construção Avaliação da qualidade interna do ar Conforto térmico Iluminação interna Luz do dia Vistas de qualidade Performance acústica INOVAÇÃO Performance acústica a ruído exterior Madeira legalizada Produção local de comida Controles interativos para conforto térmico Profissional credenciado LEED PRIORIDADE REGIONAL Redução no uso de água Inovação no design Proteção e restauração do habitat natural Eficiência hídrica no paisagismo RESULTADOS CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 91

13 12 1. INTRODUÇÃO A partir do século XVIII e XIX, devido à primeira revolução industrial, houve uma intensificação do crescimento populacional devido a avanços tecnológicos importantes na medicina e na oferta de alimentos com a modernização da agricultura. Esse aumento desordenado da população gerou um grande aumento no consumo de matérias primas não renováveis, gerando um stress elevado no meio ambiente e degradando-o a níveis alarmantes. Com a finalidade de mitigar e minimizar os danos ambientais, surgiram alternativas ambientalmente amigáveis para a construção civil. Uma dessas iniciativas é a certificação de edificações LEED (Leadership in Energy and Environmental Design). A certificação LEED surgiu em 1998 nos EUA com a organização U.S Green Building Council (USGBC) com o objetivo de fomentar a indústria da construção civil, tornando-a mais verde e ambientalmente sustentável. Desde então, o selo LEED vem tornando-se a certificação internacionalmente mais reconhecida e utilizada em diversos tipos de edificações no Brasil e no mundo. Assim, trata-se de um selo verde voltado a edificações que seguem os padrões internacionais de sustentabilidade. O LEED é o principal selo da construção sustentável ao redor do mundo (MACEDO, 2014). Serão abordados, inicialmente, conceitos e normas sobre edificações sustentáveis e certificação LEED. Juntamente, com exemplos do Brasil e do mundo de estratégias utilizadas em edificações para torná-las ambientalmente amigáveis. Também será realizada uma identificação da pontuação da edificação na escala de certificação LEED. 1.1 OBJETIVOS Objetivo geral O objetivo geral desse trabalho consiste em analisar e demonstrar, por meio de um estudo de caso, a certificação verde de edificações LEED na construção civil, visando-se reduzir o impacto ambiental gerado pela edificação e melhorar o conforto e o bem-estar do usuário das novas estruturas.

14 Objetivos específicos - Realizar um levantamento de informações disponíveis sobre a certificação LEED no Brasil; - Identificar os critérios e mecanismos que ela utiliza para certificar uma edificação; - Analisar estratégias de sustentabilidade utilizadas em projetos certificados pelo LEED no Brasil e no mundo; - Realizar estudo de caso de uma edificação aplicando a certificação LEED JUSTIFICATIVA Esse trabalho procurou compreender normas técnicas que regem a certificação verde LEED na construção civil. Dessa forma, pode-se melhorar a relação entre o meio ambiente e o homem com a utilização de prédios ambientalmente amigáveis. Além disso, a perspectiva é utilizar esse conhecimento adquirido no assunto como posterior projetista, podendo identificar e atuar de forma a projetar e executar construções verdes contribuindo, assim, para o desenvolvimento sustentável no país e, ainda, melhorar o conforto do usuário com a edificação. Logo, a certificação LEED vem ganhando espaço na indústria da construção civil e é atualmente o selo verde mais conhecido e utilizado mundialmente em relação à eficiência e sustentabilidade nas edificações. A importância de estudar e debater esse tema contribui para que o Brasil consiga implementar a certificação em um número maior de construções, de maneira que, no futuro, mais brasileiros possam morar e trabalhar em locais que proporcionem um bem-estar, além de reduzir o desperdício de energia e água. Sustentabilidade não é caridade, é a maneira com que o homem faz negócios, gerando lucro, mas com baixo impacto ambiental (WANICK, 2014). Sendo assim, o LEED busca resolver problemas de desperdício na edificação, nos mais diversos setores, desde a extração da matéria prima na jazida, até a sua destinação final após o ciclo de vida da construção. Segundo Scillag (2007), diretora do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável CBCS, de tudo o que se extrai

15 14 da natureza, apenas entre 20% e 50% das matérias-primas naturais são realmente consumidas pela construção civil.

16 15 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 IMPACTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO MEIO AMBIENTE Todas as atividades humanas geram impactos no meio ambiente. Assim, essas práticas podem ocasionar poluição, degradação da fauna e flora, esgotamento das áreas exploradas e alterações climáticas no planeta. Uma das ações humanas que mais impactam no meio ambiente é a indústria da construção e, por esse motivo, é uma das forças motrizes para o atendimento de metas de desenvolvimento sustentável (SILVA, 2003). Toda arquitetura desde seu projeto, execução, construção e manutenção, implica em um significativo consumo de fontes energéticas naturais, como por exemplo, os edifícios são responsáveis por 40% do consumo de energia mundial, 16% da água potável e 25 % da madeira das florestas (SOLANO, 2008). Recursos hídricos são também largamente utilizados e desperdiçados na construção de edificações. De acordo com o comitê temático da água do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (2010), o setor da construção civil é responsável por consumir até 84% de toda a água potável em áreas como a cidade de Vitória (ES). Além disso, apesar de todos os efeitos negativos gerados na extração do material das jazidas, muito desse material posteriormente vira resíduo da construção civil. Sendo assim, a indústria da construção civil brasileira sofre com a incompatibilização de projetos na fase de execução, além dos retrabalhados causados por esse fator, acarretando prejuízo de mão de obra e de material. Em nível nacional, em média, 50% da massa de resíduos sólidos urbanos do Brasil, é constituído por resíduos da construção civil e demolição. Posto isso, o Relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), divulgado em abril de 2007, aponta que os impactos das ações humanas são responsáveis pela alteração climática e que se essa tendência não mudar o cenário será catastrófico. O relatório propõe também uma saída estratégica para contornar essa tendência vulnerável do mundo às alterações climáticas: o desenvolvimento sustentável.

17 HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DA CERTIFICAÇÃO LEED A trajetória da ONG Americana sem fins lucrativos U.S Green Building Council (USGBC) teve início em 1993 pelos fundadores Rick Fedrizzi, David Gottfried e Mike Italiano. O objetivo principal dessa organização era promover práticas verdes e sustentáveis na indústria da construção civil, por isso, introduziu-se em 1998, nos EUA, o selo LEED (Leadership in Energy and Environmental Design). No Brasil, a certificação LEED chegou no final de 2006, quando houve a criação da ONG GBC Brasil (Green Building Council Brasil), espécie de filial brasileira. Essa entidade tem a função de divulgar o certificado no país, promover o treinamento de profissionais e adaptar as leis e regras capazes de incentivar a construção sustentável no território nacional. Assim, com esse objetivo, são realizadas parcerias com o governo e empresas. Atualmente a certificação LEED é o selo verde mais conhecido e utilizado no país e possui mais de 158 projetos certificados em território nacional e mais de em nível mundial. Há mais de profissionais credenciados ao redor do mundo e 396 atuando no Brasil, e são estes os responsáveis por avaliar e determinar a eficiência das edificações (USGBC, 2014). A proposta principal do selo verde LEED é determinar quão verde e sustentável uma edificação consegue ser. A certificação é mensurada em todas as fases da construção, desde os projetos iniciais, até a conclusão e posterior manutenção e reforma da edificação. Para isso, faz-se necessário classificar as construções em níveis, que variam de acordo com conceito verde de cada edificação. A certificação possui oito dimensões a serem analisadas nas edificações. Nelas, existem pré-requisitos obrigatórios, créditos e recomendações, que quando atendidas, geram pontos à edificação. O nível da certificação da edificação é definido conforme o somatório dos pontos, podendo variar de 40 pontos (nível mínimo para certificação), até 110 pontos (nível Platinum), conforme figura 1. O selo verde LEED também pode ser usado para um conjunto de edificações de mesmo projeto e não apenas para uma edificação individual. Em condomínios fechados, universidades e bairros, pode-se utilizar a metodologia LEED com a finalidade de melhorar a interação entre o ser humano e a natureza. A interação entre os diferentes espaços do projeto com o meio ambiente torna-se fundamental

18 17 para que esse empreendimento possa atingir uma alta pontuação na escala LEED, visando o nível máximo Platinum. Figura 1 - Pontuação da certificação LEED Fonte: Google Imagens, Para um melhor mapeamento das características de cada projeto e suas singularidades, separa-se os diversos tipos de edificações em classes por semelhança. Essa separação visa individualizar cada tipo de preocupação ecológica necessária na certificação de cada estrutura analisada. Assim, a certificação de construções LEED possui quatro tipologias, que consideram as diferentes necessidades para cada tipo de empreendimento que podem ser novas construções (BD+C), design de interior e construção (ID+C), edifícios existentes (O+M), e bairros (ND) (GBC BRASIL, 2016) Novas construções (BD+C) Essa certificação é aplicada a edifícios que estão em processo de construção e ou em processo de projeto. Ela é utilizada também em grandes reformas. Dessa forma, essa tipologia pode ser usada em diversos tipos de projetos e suas aplicações estão relacionadas à envoltória e ao núcleo central das edificações, escolas e suas dependências, lojas e varejo e também à construção de data centers. Na tipologia de novas construções, a classe de envoltória e núcleo central é utilizada em projetos em que o contratante pode modificar totalmente os sistemas mecânicos, elétricos, hidráulicos e proteção contra incêndio, sem modificar o projeto

19 18 e a construção dos espaços destinados aos locatários. Pode-se utilizar também esses parâmetros da certificação LEED para escolas e edificações destinadas ao ensino primário até o ensino superior e em estruturas não acadêmicas, dentro de um campus de ensino. Lojas e prédios destinados ao varejo devem-se encaixar nos requerimentos da certificação na tipologia de novas construções. Nessa categoria agrupam-se restaurantes, bancos, vestuário, lojas de departamento, eletrônicos, entre outras lojas desse setor. Estruturas com alta densidade de equipamentos de computação, usados para armazenamento e processo de dados, tais como data centers, preenchem os requisitos para serem enquadrados dentro da categoria de (BD+C) do selo verde. Assim como galpões e centros de distribuição destinados a armazenar mercadorias, produtos manufaturados ou pertences pessoais. Novas construções de empreendimentos dedicados à hospedagem como hotéis, motéis, pousadas e afins, que hospedam pessoas por curto período de tempo, também possuem critérios de sustentabilidade para serem avaliados pela certificação LEED. Da mesma forma que unidades de saúde, por exemplo, hospitais que operem 24 horas por dia e 7 dias por semana realizando tratamento hospitalar agudo e a longo prazo, devem ser certificados nessa tipologia específica Design de interior e construção (ID+C) Essa tipologia dedica-se aos projetos de interiores, visando uma melhor integração entre o espaço físico e o ser humano que utiliza esse ambiente, proporcionando um conforto e bem-estar ampliado. Esses parâmetros são aplicados em ambientes internos comerciais, em lojas de varejo e na hospedagem. No quesito de design de interior e construção, dedica-se a certificação de interiores comerciais voltados para edificações que não sejam voltadas ao varejo ou hospedagem. Essa categoria contém os requisitos avaliados na certificação LEED sobre os espaços interiores de lojas de varejo, utilizados para vender produtos, áreas de preparação, armazenamento e atendimento ao cliente. Estruturas dedicadas às hospedagens de pessoas tais como hotéis, motéis e pousadas devem possuir corretas instalações internas e essa categoria do selo verde abrange esse nicho.

20 Edifícios existentes (O+M) Essa tipologia caracteriza-se pela utilização do selo para prédios já construídos que estão passando por melhorias ou manutenção normal decorrente do tempo e do uso do mesmo. É interessante melhorar os sistemas dessa estrutura, pois muitos edifícios antigos no mundo são grandes consumidores de água e de energia. Fazem parte dessa categoria os edifícios existentes, lojas de varejo, escolas, hospedagem, data centers, galpões e centros de distribuição. Essa categoria adequa-se em edificações existentes em reforma e projetos em que a função principal não está relacionada à educação, varejo, data centers, galpões de distribuição ou hospedagem. Assim, o selo é usado nas reformas e expansões de lojas de varejo e comércio em que se busca renovar as dependências dos comércios, buscando se a elevação da qualidade construtiva. Ainda, a categoria (O+M) pode ser utilizada também em escolas e universidades que já possuem seus espaços construídos, mas que querem moderniza-los. Hotéis e edificações destinados à hospedagem de pessoas podem também serem analisados sobre a ótica da certificação LEED buscando-se sempre a preservação ambiental. Ademais, data centers, galpões e centros de distribuição podem ser reformados e ampliados, melhorando-se inclusive a eficiência dos seus sistemas na busca da preservação ambiental constante Bairros (ND) É aplicado ao desenvolvimento de novas áreas e/ou de remodelamento de bairros que podem ser de uso residencial, não residencial, ou um misto de ambos. Sendo possível criar assim, bairros melhores, mais sustentáveis e melhor conectados com a comunidade regional. Há dois tipos de categorias nessa tipologia: a de plano e a certificação do projeto. Na categoria de plano, a certificação está apta a ser utilizada em qualquer fase de projetos com escala de bairro, ou quando ele está até 75% construído. Enquanto que na certificação do projeto, o mesmo deve estar próximo do plano de conclusão, ou tem menos de três anos de construção.

21 VANTAGENS DAS EDIFICAÇÕES CERTIFICADAS Uma construção certificada com LEED apresenta vantagens em relação às construções de características similares, porém sem certificação. Os benefícios são observados durante a fase de projeto, na execução da estrutura, no período de ocupação e na posterior demolição ao final da sua vida útil. As maiores prerrogativas de uma edificação verde encontram-se na área social, econômica e ambiental. Assim, tais sistemas de certificação são aplicados em diversos países e têm por objetivo avaliar o projeto, a obra e a manutenção dos edifícios. Porém, todos estes sistemas concentram-se exclusivamente na dimensão ambiental da sustentabilidade, onde um edifício, a fim de atingir o qualificativo de sustentável, deverá considerar também à sua interação, como proposta arquitetônica e urbanística, com o meio ambiente.; Os aspectos sociais e econômicos envolvidos na produção do espaço arquitetônico devem, da mesma forma, fazer parte do universo da avaliação da sustentabilidade, dessa forma, o conceito de sustentabilidade contempla essa complexidade de determinantes (ABASCAL e SANTOS, 2012). Na esfera social, nota-se aspectos importantes, como a melhoria na saúde e na segurança do operário durante a fase construtiva do projeto, assim como do usuário final ao qual se destina a obra. O selo LEED enfatiza a não utilização de produtos tóxicos e perigosos no projeto, evitando-se assim problemas de saúde ocupacionais dos operários durante a fase de implantação da estrutura. Com a maior demanda por soluções sustentáveis, as indústrias fornecedoras de insumos para a construção são incentivadas a aumentar a responsabilidade socioambiental. Em âmbito econômico, pode-se citar como alguns dos benefícios a diminuição dos custos operacionais ao longo da vida útil da edificação devido aos materiais e técnicas construtivas devidamente selecionadas. Isso gera um aumento na velocidade de ocupação do empreendimento, diminuindo assim substancialmente a taxa de retorno do investimento. Da mesma forma, é possível afirmar que a utilização de métodos modernos de construção gera uma menor obsolescência da edificação ao longo de sua vida útil. Ainda, esses edifícios podem oferecer uma economia de até 30% no valor do condomínio, devido a reduções no consumo de energia, água e no custo com manutenção e reformas do edifício (OPERSAN, 2013).

22 21 Da mesma forma, evidenciam-se benefícios para o meio ambiente. Tais vantagens ambientais são: o uso racional e a redução da extração dos recursos naturais, a redução do consumo de água e energia, a implantação consciente e ordenada, a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, o uso de materiais e tecnologias de baixo impacto ambiental e a redução, tratamento e reuso dos resíduos da construção e operação (GBC Brasil, 2014). 2.4 ELEVAÇÃO DOS PADRÕES ATRAVÉS DA NOVA VERSÃO DO LEED V4 Em uma periodicidade que varia de 2 a 4 anos, para elevar os padrões técnicos do sistema LEED, é lançada uma nova versão da certificação. Assim, seguindo essa proposta, em 2014, foi lançada uma nova versão. Desde outubro de 2016, a versão do V2009 do LEED foi extinta, sendo utilizada a versão V4. Essa mais recente versão do selo verde caracteriza-se por modificações estruturais e de processo, visando principalmente alterações técnicas buscando aumentar as exigências do mercado. Três pontos foram principais para guiar a concepção da nova versão. Assim, primeiramente, buscou-se elevar as restrições do ponto de vista técnico, aumentando-se as exigências. Buscou-se também, destacar a importância da certificação em nível mundial, presente em 153 países. Da mesma maneira, se aumentou a diversidade de edificações que buscam a certificação, criando mais categorias possíveis para melhor atender a ela. Dessa forma, categorias novas foram criadas, sendo possível classificar melhor os estádios, centro de convenções, prédios comerciais, hospitais, data centers, hotéis, escolas, centro de distribuição, edificações existentes, entre outros. As tipologias de sustentabilidade do selo LEED analisam nove áreas. São estas: processo integrado, localização e transporte, espaço sustentável, eficiência do uso da água, energia e atmosfera, materiais e recursos, qualidade ambiental interna, inovação e processos e créditos de prioridade regional. Dentro das categorias, existem pré-requisitos (itens obrigatórios) e créditos, que são recomendações e que, quando atendidas, garantem pontos à edificação para determinar seu nível de sustentabilidade.

23 ÁREAS ANALISADAS PELA CERTIFICAÇÃO LEED Fase de pré-projeto A versão quatro do LEED enfoca no projeto integrado, pois acredita que as melhores oportunidades para o projeto, estão nessa fase de pré-projeto, em que o conceito da estrutura começa a tomar forma. Por esse motivo, criaram-se dois créditos para incentivar equipes de projetistas a serem formadas logo no início para buscar mais alternativas sustentáveis. Também incentiva a prática de que o projeto seja planejado com uma equipe heterogênea e multidisciplinar de profissionais, desde as fases iniciais de concepção. Isso tende a elevar a qualidade geral do projeto e a aumentar a eficiência da edificação (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Processo integrativo É um crédito que a grande maioria das tipologias construtivas pode adotar. Deve-se buscar a alta performance do projeto com um bom custo-benefício através de uma análise criteriosa antecipada e interrelações entre sistemas. Esses incluem os sistemas relacionados à energia como condições do lote, orientação, envoltória, iluminação, conforto térmico e água como demandas interna e externa (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Design e planejamento de projeto integrativo Esse crédito é aplicado apenas em edificações hospitalares. Ele é um prérequisito, ou seja, é um item obrigatório que o empreendimento deve possuir para obter a certificação. O principal objetivo é encontrar as melhores oportunidades de projeto com ênfase na saúde por meio de uma equipe multidisciplinar. Para atender esse critério, é necessário criar uma equipe projetista com no mínimo quatro pessoas de diferentes áreas do conhecimento para discutir as melhores estratégias para garantir a saúde de todos os ocupantes da construção, da comunidade local e o meio ambiente (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017).

24 Localização e transporte Beneficia a escolha de terrenos em locais já bem urbanizados e adensados, com a finalidade de que ofereçam uma variedade de comércio e meios de transportes alternativos aos carros, como ônibus e ciclovias. Manter edifícios pertos de uma boa infraestrutura reduz drasticamente os custos materiais e ecológicos que acompanham a sua criação. Isso gera uma diminuição no número de carros circulando nas ruas, reduzindo o trânsito, bem como diminuição no lançamento de gases poluentes na atmosfera (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) LEED para a localização de desenvolvimento de bairros O foco desse item é evitar o desenvolvimento em áreas ambientalmente sensíveis, reduzindo assim o impacto ambiental causado pela construção de um lote na área. Por esse motivo, o projetista deve focar o desenvolvimento do empreendimento em áreas anteriormente desenvolvidas ou em áreas que não atendam aos critérios de terra sensível. Locais que devem ser evitados são, por exemplo, várzeas, habitats de espécies em extinção, corpos d agua ou pântanos (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Lote de alta prioridade Tem como principal objetivo encorajar a localização de projetos em áreas com restrição de desenvolvimento e promover a revitalização do espaço circundante. Como, por exemplo, a implantação de novas edificações em bairros históricos, lotes prioritários ou em terrenos contaminados, como em áreas de antigas fábricas que poluíram o solo da região (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Densidade circundantes e usos diversos O foco desse item é proteger terras virgens e o habitat natural de muitos animais, encorajando o desenvolvimento em áreas com infraestrutura já existentes. Procurando-se assim promover a eficiência de transporte e reduzindo distância de deslocamento dos veículos. Uma forma simplificada e resumida de atingir esse

25 24 objetivo no projeto, é que em um raio de 400 metros do empreendimento, haja uma densidade demográfica considerável (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Acesso ao trânsito de qualidade Encoraja a escolha do local do projeto em áreas em que exista a escolha de transportes intermodais para que se possa reduzir o uso de automóveis. Isso causa uma redução na emissão de gases e na poluição do ar. Uma maneira de escolher uma boa localização para o empreendimento é posiciona-lo dentro de um raio de 400 metros de distância de paradas de ônibus, bondes ou caronas compartilhadas. Pode-se ter também estações ferroviárias, terminais de ônibus ou ferry boat a uma distância de até 800 metros do mesmo (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Instalações de bicicleta Busca promover a eficiência do uso e transporte por bicicleta, melhorando a saúde pública através da atividade física, além de reduzir o tráfego de veículos automotores. Para atender esse credito, a certificação LEED exige que no projeto exista uma entrada funcional ou estocagem de bicicletas que devem estar a uma distância de 180 metros de uma rede de bicicletas. Deve se conectar em até 4800 metros com no mínimo 10 usos diversos, ou pontos de ônibus, terminais, estações de ferry boat ou ciclovias (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Área de estacionamento reduzida Através desse crédito, busca-se minimizar os danos ambientais relacionados com estruturas de estacionamento, reduzindo a dependência dos usuários por carros, o uso do solo e o escoamento superficial de águas pluviais. Para isso é importante não exceder o código local para a capacidade de estacionamento (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017).

26 Veículos verdes Busca-se promover e incentivar a utilização de veículos verdes em detrimento de veículos convencionais movidos a combustível fóssil. Para isso, no mínimo 5% de todos os espaços de estacionamento devem possuir vagas preferenciais para esse tipo de veículo. Deve prever inclusive, que em ao menos 2% das vagas de estacionamento existe equipamentos de abastecimento para veículos elétricos (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Espaço sustentável Esse crédito busca a melhor interação entre a edificação e o lote onde ela será instalada. Promove estratégias que reduzam o impacto ambiental durante a implantação da estrutura. Foca em restaurar elementos do habitat, integrar o projeto com os ecossistemas locais e preservar a biodiversidade dos sistemas naturais que ali se encontram. O projeto não deve prejudicar o ecossistema, o paisagismo da região, os espaços abertos e nem os corpos d agua. Deve-se privilegiar a utilização de métodos de baixo impacto na construção e minimizar os efeitos da ilha de claro, a poluição luminosa e o escoamento da água da chuva. Em casos onde o ecossistema encontra-se prejudicado, deve-se buscar a remediação com medidas compensatórias, promovendo um aumento da qualidade de vida para o entorno (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Redução da poluição nas atividades de construção Esse é um pré-requisito para a certificação LEED, logo é um item mandatório que deve ser seguido. Esse item é focado na redução da poluição causada pela atividade de construção da estrutura através do controle da erosão do solo, sedimentação fluvial e poeira no ar (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017).

27 Avaliação ambiental do lote Esse item é um pré-requisito para a certificação da edificação, pois visa proteger a saúde dos usuários assegurando que o terreno foi verificado contra contaminações ambientais e qualquer eventual contaminação foi atenuada. É válido apenas para escolas e edifícios relacionados à saúde. Deve- se fazer uma avaliação ambiental do lote escolhido para o projeto para determinar se há existência de contaminantes. Se houver, é preciso reabilitar o local com medidas que exterminem o problema e que atendam a legislação local (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Avaliação do lote Esse crédito é utilizado para avaliar as condições do lote antes do início do projeto para analisar as melhores estratégias sustentáveis a serem utilizadas e criar uma base de dados para as decisões de desenvolvimento. Para essa avaliação, é necessário documentar o lote com as seguintes informações: topografia, hidrologia, clima, vegetação, solos, usos humanos e efeitos humanos à saúde e como esses fatores influenciam no empreendimento (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Desenvolvimento do lote Proteger ou restaurar o habitat O objetivo principal é conservar áreas naturais existentes e restaurar áreas prejudicadas, promovendo a biodiversidade e um habitat sustentável. O projeto deve preservar 40% das áreas verdes do lote durante todas as atividades de desenvolvimento e construção e utilizar plantas nativas ou adaptadas, restaurando 30% de todas as porções do lote identificadas como anteriormente desenvolvidas. Caso isso não seja possível, deve-se fornecer suporte financeiro de pelo menos US$4,00/m² para a área total do lote (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Espaços abertos Tem como objetivo principal encorajar a interação social por meio de espaços abertos com o meio ambiente, a recreação e atividades físicas. O empreendimento

28 27 deve buscar fornecer espaços abertos de no mínimo 30% da área total do terreno, sendo que um mínimo de 25% desses espaços abertos devem possuir vegetação ou plantas altas que sejam capazes de fornecer sombra (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Gerenciamento de água da chuva Procura-se através desse requisito reduzir o volume de água de escoamento e melhorar a qualidade do lote, buscando replicar a hidrologia natural baseada na história dos ecossistemas da região. Para realizar essa etapa, pode-se optar por três soluções: A primeira delas, é gerenciar no lote o escoamento a partir do 95º percentil de eventos regionais ou locais de precipitação usando o desenvolvimento de baixo impacto e/ou infraestrutura verde. O segundo caminho é idêntico ao primeiro, mas para o 98º percentil de eventos regionais ou locais de precipitação. Para projetos com taxa de ocupação de 100% em áreas urbanas e densidades mínimas de 1,5 existe uma terceira opção, que é pelo 85º percentil (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Plano principal do lote Esse crédito é restrito a edificações que serão destinadas a escolas para que assegure, assim, que os benefícios alcançados pelo projeto continuem independentes de mudanças futuras na região. A certificação LEED solicita que a estrutura deve atingir ao menos quatro dos créditos a seguir: LT Lote de Alta Prioridade, SS Desenvolvimento do Lote Proteger ou Restaurar o Habitat, SS Espaços Abertos, SS Gerenciamento de Águas de Chuva, SS Redução das Ilhas de Calor e SS Redução da Poluição da Luz (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Diretrizes do projeto e construção para inquilinos Busca-se através do crédito LEED para Core and Shell educar os inquilinos a seguirem as diretrizes do design sustentável no layout dos escritórios. Recomendase criar um documento, como uma cartilha, explicando as diretrizes sustentáveis do

29 28 projeto, as formas de criar ambientes mais sustentáveis e as informações técnicas sobre esse tema para que o inquilino possa coordenar da melhor forma o design do seu espaço (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Acesso externo direto Esse crédito é aplicado apenas em espaços de saúde para fornecer aos pacientes e colaboradores os benefícios associados com o acesso direto ao meio ambiente natural. Entre as diretrizes do crédito, o projeto deve ter acesso direto a um pátio externo, terraço jardim ou sacada. Esse espaço deve ser de pelo menos 0,5 m² por paciente para 75% do total de pacientes e 75% para pacientes externos cujo tempo de permanência exceda quatro horas (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Locais de descanso Esse crédito é aplicado em edificações hospitalares e casas de saúde, nos quais se busca fornecer aos pacientes, funcionários e visitantes os benefícios para a saúde pelo contato direto com a natureza em espaços abertos durante o tempo de descanso. O objetivo desse item é fornecer locais de descanso que sejam acessíveis aos pacientes e visitantes, iguais a 5% da área do programa da edificação. O projeto deve fornecer também espaços adicionais dedicados para descanso de funcionários, para 2% da área da edificação (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Utilização conjunta de instalações Este crédito é de uso exclusivo de escolas e pretende integrá-la com a comunidade através do compartilhamento da construção e seus campos de esportes para eventos ou outras atividades que não sejam da escola. Assim, para ir de encontro com as metas do requisito, é preciso criar contratos com entidades para utilizar seus espaços ou liberar alguns espaços pré-definidos para uso comunitário,

30 29 como ginásios, auditórios, teatros, estádios ou campos de esportes (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Eficiência do uso da água Nessa nova versão da certificação LEED, a categoria aborda o tema água de várias formas, tanto no uso interno e externo da edificação, bem como nos usos especializados e sua medição. Os créditos baseiam-se na abordagem da maior eficiência na conservação da água. Assim, essa categoria incentiva a redução no consumo de água potável, bem como o tratamento e o reuso da água na edificação. Seja a água consumida pelos usuários, ou a usada na limpeza e manutenção da estrutura. Há várias maneiras de se preservar e economizar a água em uma construção. Exemplos disso são a incorporação de paisagens nativas que não necessitam de irrigação, a instalação de equipamentos eficientes e a reutilização de águas residuais para utilizações menos nobres que não necessitam de uma água potável (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Redução do uso de água externo Busca-se, nesse item, reduzir o consumo de água externo à edificação. Para atingir tal objetivo, pode-se optar por utilizar um paisagismo que não necessite de irrigação permanente ou que exija baixa demanda de irrigação. Deve-se atingir pelo menos 30% de redução referente a um patamar base. Quanto maior for essa redução, maior será a pontuação na certificação (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Redução do uso de água interno Esse item é tão importante para a ONG USGBC que ele é um pré-requisito para todas as edificações. Deve-se reduzir em pelo menos 20% o consumo de água, em relação a uma tabela base, para todos os equipamentos. Todos os vasos, mictórios, torneiras privativas e chuveiros da edificação devem possuir padrão WaterSense ou similar (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017).

31 Medição do uso de água Visa melhorar o gerenciamento de água e identificar oportunidades para economias adicionais pelo rastreamento da água. Para realizar esse quesito, é necessário instalar medidores permanentes para o uso total da água na construção e áreas associadas. Para a melhor medição desses dados, faz-se necessário compilar essas informações em períodos mensais e anuais. Também, é necessário compartilhar esse banco de dados com o USGBC por um período de cinco anos, começando na data em que receber a certificação, ou quando ocorrer a ocupação da edificação (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Energia e atmosfera São diretrizes de melhorias na eficiência energética da edificação por meio das mais diversas estratégias e tecnologias, como simulações energéticas, medições, comissionamento de sistemas, entre outros. Logo, vê-se que um melhor aproveitamento de energia de um edifício verde começa com foco em um projeto que reduz consideravelmente as necessidades de energia, como a orientação e a posição dos vidros e a escolha dos materiais de construção. Dessa forma, estratégias como, por exemplo, aquecimento e refrigeração passivos, ventilação natural, geração de energia renovável e compra de energia verde, são ações que a certificação LEED aprova e recomenda para os mais variados tipos de empreendimentos. Essas táticas permitem uma redução no consumo de energia, diminuindo essa demanda na rede das concessionárias nos horários de pico, diminuindo a constante necessidade de construção de novas usinas de energia (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Comissionamento e verificação fundamental O objetivo do pré-requisito é dar suporte técnico ao projeto, durante sua fase de construção e operação, adequando-o aos requisitos do proprietário para energia, água, qualidade interna do ambiente e durabilidade da edificação. Para melhorar os sistemas de mecânica, elétrica, hidráulica e energia, deve-se seguir as diretrizes da

32 31 Associação Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração e Ar Condicionado (ASHRAE) (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Performance mínima de energia Esse item busca reduzir os danos ambientais e econômicos causados pelo uso excessivo e desnecessário de energia através de uma eficiência de energia mínima na edificação. Esse é o crédito com o maior número de pontos no LEED, tendo como objetivo principal conquistar níveis de performance energética além do pré-requisito (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Gerenciamento fundamental de refrigeração A função principal desse pré-requisito é reduzir a destruição da camada de ozônio gerada pela utilização de gases refrigerantes com base em CFC (Clorofluorcarbono) em novas construções. Esses gases são utilizados nos sistemas de aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Comissionamento avançado Tem como objetivo principal oferecer mais suporte ao projeto, a construção e a operação do empreendimento que já está adequado aos requisitos do proprietário para energia, água, qualidade interna do ambiente e durabilidade. Serve para implementar um processo de comissionamento com o objetivo de ir além do solicitado pela certificação LEED (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Medição avançada de energia da edificação Com uma medição mais apurada e melhor detalhada, é possível identificar oportunidades para economizar energia no uso e nos sistemas essenciais à edificação. A certificação LEED aconselha que sejam instalados medidores avançados de energia para todas as fontes de energia utilizadas pela construção e

33 32 no uso da edificação que representem 10% ou mais do consumo anual do projeto (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Resposta à demanda Busca-se incentivar a participação em tecnologias de reposta à demanda e tornar a geração de energia e sistemas de distribuição mais eficientes, aumentando a confiabilidade da malha elétrica e reduzindo a emissão de gases do efeito estufa (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Produção de energia renovável Para estar de acordo com o objetivo, deve-se utilizar na edificação sistemas de energia renovável. Isso gera uma redução no custo da energia, além de diminuir os danos ambientais causados pelo uso de combustíveis fósseis para a produção de eletricidade. Os créditos para a certificação são obtidos conforme a porcentagem do custo produzido referente ao consumo do edifício (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Gerenciamento avançado de refrigeração Busca-se nesse crédito reduzir a destruição da camada de ozônio e apoiar o cumprimento antecipado com o protocolo de Montreal e, consequentemente, minimizar as contribuições diretas para as mudanças climáticas (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017). Há duas opções que o projeto pode seguir: a primeira delas é não usar refrigerantes ou utilizar os de baixíssimo impacto. Esse potencial de destruição da camada de ozônio deve ser igual a zero e ter um potencial de aquecimento global menor que 50. A outra opção possível para o empreendimento é utilizar nos sistemas de aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração, refrigerantes que possuem a capacidade de minimizar ou eliminar compostos que destroem a camada de ozônio (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017).

34 Energia verde e créditos de carbono Busca encorajar a redução de gases do efeito estufa através de tecnologias de energia renovável ou projetos de atenuação de carbono. Para atingir esse objetivo, a edificação deve estar engajada em um contrato para recursos qualificados que estejam online desde 10 de janeiro de 2005, para um mínimo de cinco anos, para ser distribuído pelo menos anualmente. O contrato deve especificar o fornecimento de pelo menos 50% por energia verde, créditos de carbono ou certificação de energia renovável (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Materiais e recursos Essa categoria foi a que mais recebeu modificações na versão V4 do LEED. Tais mudanças ocorreram para suprir a necessidade de melhorar a comprovação e a rastreabilidade dos materiais utilizados no projeto. Por conseguinte, há o incentivo daqueles fabricantes que possuem uma análise completa de sua cadeia de produção e buscam melhorias constantes em seus processos, diminuindo os impactos ambientais. Assim, esse crédito incentiva o uso de elementos de baixo impacto ambiental, seja material reciclado, regional ou de reuso. Isso promove a redução de resíduos gerados pelo empreendimento, além de promover o descarte consciente desses utensílios. Ainda, a redução de impactos na fonte do material é o objetivo mais importante porque evita danos ambientais ao longo do ciclo de vida deste, desde a cadeia de abastecimento, seu uso, até a reciclagem e eliminação de resíduos. A redução no fornecedor fomenta o uso de estratégias de construção inovadoras e novas técnicas construtivas, tais como pré-fabricação e maior normatização das dimensões dos materiais. A reciclagem é a maneira mais comum para desviar todos os resíduos que iriam diretamente para o aterro, ocupando espaço e degradando o meio ambiente. Inovações em tecnologias de reciclagem melhoram significativamente a triagem e o processamento para fornecer matérias primas para mercados secundários, mantendo esses materiais em um fluxo de produção mais longo e reduzindo-se, assim, o desperdício (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017).

35 Armazenagem e coleta de recicláveis Este pré-requisito possui o intuito de minimizar o desperdício gerado pelos usuários da edificação, evitando-se, assim, que esse material vá direto para os aterros sanitários. O projeto deve contar com áreas dedicadas ao armazenamento, coleta e descarte de pelo menos dois elementos que podem ser: baterias, lâmpadas contendo mercúrio e lixo eletrônico (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Gestão de resíduos de construção e demolição Esse item é outro ponto considerado como pré-requisito para a certificação LEED. A intenção é reduzir o desperdício de resíduos da construção e demolição que são enviados para os aterros sanitários. A equipe responsável pelo projeto deve desenvolver e implementar um plano de gerenciamento de resíduos, estabelecendo metas de desvio de resíduos para o empreendimento, identificando pelo menos cinco materiais e sua estratégia de gestão (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Redução de fontes de PBT Mercúrio Este é um pré-requisito exclusivo para edifícios hospitalares e tem por objetivo eliminar produtos contendo mercúrio através da sua substituição, captura e reciclagem. Para atender a certificação, é necessário identificar os produtos contendo esse material e realizar um plano e método de descarte do mesmo (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Redução de impacto do ciclo-de-vida da construção Para atingir o objetivo do LEED, é necessário reduzir os impactos ambientais através do reuso adaptativo e otimizar a performance ambiental de produtos e materiais. Então, busca-se a opção mais apropriada para o projeto em análise, seja através do reuso na construção histórica, reforma de construção arruinada ou abandonada, reuso de materiais, ou uma avaliação do ciclo de vida completa da construção (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017).

36 Otimização e divulgação de produtos da construção Declaração de produtos ambientais Busca promover o uso de materiais e produtos cujas informações do ciclo de vida estejam disponíveis e possuam um bom impacto econômico, social e ambiental. Sendo assim, a certificação LEED incentiva os projetos que optem por produtos cujos fabricantes possuem prova de melhores ciclos de vida ambientais. Para o empreendimento cumprir essa meta, ele deve atingir ao menos uma das opções a seguir: Opção 1 Declaração de Produtos Ambientais (EPD): EPD é um método de padronizar os impactos ambientais de produtos, mencionando o potencial de aquecimento global e esgotamento de recursos energéticos de um produto ou sistema. Para utilizar esta primeira opção, o projeto deve obter ao menos 20 produtos instalados permanentemente de pelo menos 5 diferentes fabricantes que cumpram com um critério de declaração ambiental. Entre eles estão produtos com avaliação de ciclo de vida publicamente disponíveis. Opção 2 Otimização de Múltiplos Atributos: Utilizar produtos que estejam condizentes com um dos critérios para 50% do custo do total de produtos permanentemente instalados no projeto. Tais produtos devem apresentar um impacto ambiental inferior da média da indústria, ou programas aprovados pelo USGBC. Para cálculo do crédito, produtos provenientes de no máximo 160 km do local da obra são contados como 200% do seu custo base de contribuição (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Otimização e divulgação de produtos da construção Origem de matériasprimas O objetivo é incentivar a utilização de produtos e materiais cujas informações do ciclo de vida estejam disponíveis e possuam baixo impacto ambiental. A certificação premia os projetos em que os produtos foram verificados por serem extraídos e armazenados de maneira sustentável. Para esse item, o projetista responsável pode optar por duas opções:

37 36 Opção 1 Relatório de Origem e Extração de Matérias-primas: O empreendimento deve utilizar ao menos 20 diferentes produtos de pelo menos 5 diferentes fabricantes que tenham lançado um estudo público de seus fornecedores de matérias-primas que incluam o local de extração, medidas para evitar a contaminação do solo, redução do impacto ecológico e serem voluntários em programas que comprovem um critério de origem responsável. Opção 2 Liderança em Práticas de Extração: Usar produtos que atendam pelo menos um dos critérios responsáveis de extração para pelo menos 25% do custo do valor total dos produtos permanentemente instalados no empreendimento. Entre esses critérios, estão a responsabilidade estendida do produtor, materiais bioformados, produtos em madeira, reuso de materiais e conteúdo reciclável. Produtos originários (extraídos, manufaturados e comprados) em até 160 km do local do projeto também contam como 200% do seu custo base (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Redução de fontes de PBT Chumbo, cádmio e cobre Como no item anterior, tem por objetivo desse crédito, reduzir o lançamento de PBTs (persistentes, biocumulativos e tóxicos) na atmosfera. O requisito especifica materiais a serem usados para substituir outros que contêm essas substâncias. Exemplos destes compostos podem ser: Chumbo Necessita-se reduzir a incidência desse material na água de consumo humano. Para tal, deve-se especificar soldas para conectar o encanamento, substituir canos, acessórios para tubos, acessórios sanitários e torneiras, com a finalidade de reduzir o chumbo no sistema hidráulico da edificação. Telhados e cabos elétricos também devem passar por essa análise para não possuir chumbo em sua composição. Cádmio Não utilizar no empreendimento, para pinturas externas ou internas, tintas que possuam esse material em sua constituição. Bronze Para uma tubulação de bronze, deve-se reduzir ou eliminar fontes de corrosão relacionadas a juntas (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017).

38 Móveis e decorações médicas A proposta principal desse crédito para hospitais é melhorar os atributos da saúde humana e ambiental associados com móveis e mobiliário médico. O requisito solicita que pelo menos 30% do custo de todos os móveis e decorações médicas atendam aos critérios. Para isso, pode-se utilizar produtos com conteúdo químico reduzido, realizar testes de modelagem ou produtos com EPD s (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Qualidade ambiental interna Almeja a melhor qualidade ambiental do ar interno, focando em materiais com baixa emissão de compostos orgânicos voláteis, locais com conforto térmico, grande incidência de luz natural e visão externa. Isso proporciona um bem-estar maior as pessoas que frequentam as instalações, além de melhorar sua produtividade e incrementar o valor do edifício Performance de qualidade mínima do ar interno Busca contribuir para o conforto e bem-estar dos ocupantes estabelecendo padrões mínimos para a qualidade interna do ar. É um parâmetro tão importante para a certificação LEED, que é considerado um pré-requisito, logo, é um item obrigatório para a obtenção do selo. Deve-se estabelecer requisitos para ventilação e monitoramento do ar. Assim, pode-se utilizar normativas internacionais para estabelecer os parâmetros necessários. Com esses atributos definidos, é necessário determinar a vazão de ar externo entrando na edificação, a concentração de CO 2 no ambiente interno, bem como definir áreas mínimas de janelas entre outros dispositivos (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Controle de fumaça de tabaco no ambiente Almeja prevenir e minimizar a exposição dos ocupantes do projeto, das superfícies internas e dos sistemas de ventilação e distribuição do alcance da

39 38 fumaça de tabaco. Deve-se proibir o fumo dentro da construção, podendo haver áreas designadas para isso, localizadas a, no mínimo, 7,5 metros de todas as entradas, tomadas de ar e janelas operáveis. Além disso, todas as entradas das construções devem ter placas, a pelo menos 3 metros, sinalizando a proibição. A abstenção de cigarros deve constar nos contratos que serão firmados com os arrendatários e locatários, para que essa política se mantenha ao longo de toda a vida útil da edificação. Ainda, cada unidade autônoma deve ser compartimentada para que a fumaça não passe de uma para outra, evitando-se assim sua propagação (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Performance acústica mínima Esse pré-requisito é exigido para edificações escolares e de ensino. Tem por objetivo oferecer salas de aula com uma comunicação facilitada entre professoresestudantes e vice-versa através de um bom projeto acústico. A equipe projetista fica responsável por avaliar elementos, como ruídos externos e ruído de fundo de arcondicionado, e propor soluções e alternativas para superar esses problemas (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Materiais de pouca emissão O objetivo é reduzir as concentrações de contaminantes químicos que possam prejudicar a qualidade do ar, a saúde humana, produtividade e meio ambiente. Para atingir esse propósito, é necessário diminuir ao máximo a emissão de compostos orgânicos voláteis (VOC) no ar interno das edificações (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Plano de gerenciamento da qualidade interna do ar da construção Almeja promover o bem-estar dos trabalhadores na fase de construção da edificação, assim como de seus ocupantes, minimizando os problemas de qualidade interna do ar associados com a construção e reforma da estrutura. A equipe de projeto deve desenvolver e implementar um plano de gerenciamento da qualidade interna do ar nas etapas de construção e de pré-

40 39 ocupação. O empreendimento deve seguir as normas da Sheet Metal and Air Conditioning National Contractors Association (SMACNA), que é a Associação Nacional de Construtores de Ar Condicionado e Chapa Metálica. Durante a etapa de construção, deve-se proteger os materiais absorventes, armazenando-os em locais sem umidade. Não se deve também operar os equipamentos de tratamento de ar durante essa etapa, pois pode causar acúmulo de partículas nesse sistema. Também se proíbe o uso de tabaco dentro da construção e num raio de 7,5 metros das entradas da edificação (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Avaliação da qualidade interna do ar Esse crédito visa estabelecer uma melhor qualidade do ar interna na edificação após o processo de construção e durante a ocupação. Nessa fase de préentrega do empreendimento para os usuários, são requeridos testes para eliminar sujeiras e partículas que por ventura venham a estar na edificação. Pode-se utilizar métodos de Flush-out para atender esse requisito do crédito (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Conforto térmico Incentiva o aumento da produtividade dos ocupantes, conforto e bem-estar através da qualidade térmica ambiental. Pode-se utilizar normas americanas específicas para o dimensionamento e projeto dos sistemas de ar condicionado, ventilação e aquecimento do edifício. Para atender ao requisito do LEED, o projeto deve prever que em pelo menos 50% dos espaços individuais ocupados haja controles individuais de temperatura e fornecer controles de conforto térmico de grupo para todos os espaços multiocupantes. Esse controle deve permitir ajustes como temperatura do ar, temperatura radiante, velocidade do ar e umidade, aumentando, assim, o conforto do usuário, e reduzindo-se o gasto energético (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017).

41 Iluminação interna A meta desse crédito é promover a produtividade dos ocupantes, conforto e bem-estar por meio de uma iluminação de alta qualidade. Para obter esses benefícios na edificação, a equipe projetista deve focar em 2 objetivos: o controle e a qualidade de iluminação. Para o controle de iluminação, a edificação deve contar com comandos individuais de iluminação em pelo menos 90% dos espaços individuais ocupados e que devem contar com pelo menos 3 níveis de iluminação (on, off, meio nível). Para os espaços multi-ocupados, o sistema deve ser capaz de atender as necessidades do grupo e contar com ao menos 3 níveis de iluminação. Sob o quesito da qualidade da iluminação, pode-se seguir diversas estratégias que se concentram nas áreas de iluminação da edificação. Isso pode ser realizado através da recomendação da quantidade de candelas (unidade de iluminação) por metro quadrado, da posição das luminárias, do grau de inclinação que elas devem ser instaladas, entre outros fatores (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Luz do dia A certificação LEED incentiva a utilização de luz natural no interior da edificação, reduzindo-se, dessa forma, a necessidade de gasto energético e melhorando o bem-estar dos ocupantes do ambiente. O empreendimento deve dotar de dispositivos naturais ou automáticos capazes de regular a incidência e intensidade de luz natural no ambiente. Deve-se também realizar testes e verificações para demonstrar esses níveis de iluminação para a edificação ser aprovada nesse crédito (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Vistas de qualidade Prédios ecologicamente corretos, devem proporcionar uma maior interação entre os seres humanos e a natureza. Seguindo esse princípio, a certificação LEED busca sempre uma conexão entre o ambiente externo através de vistas de qualidade.

42 41 Para atender as exigências do selo verde, é necessário obter uma linha direta de visão para a área externa através de vidros para 75% dos espaços regularmente ocupados de piso. As vistas não devem estar obstruídas com divisórias, vidros modelados ou tintados (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Inovação e processo Busca a expansão dos conhecimentos técnicos, trazendo desempenhos ambientais exemplares, que não estão descritos nas categorias do LEED. Assim, ocorre o encorajamento dos projetistas para usarem qualquer combinação de estratégias para inovação no projeto e execução da edificação (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017) Créditos de prioridade regional A certificação LEED incentiva a obtenção de créditos que abordem a geografia ambiental, igualdade social e prioridades de saúde pública geograficamente específicas, tanto para os operários na construção quantos para os usuários do empreendimento (USGBC, 2017 e GBC Brasil, 2017).

43 42 3. ANÁLISE DE ALGUNS PROJETOS QUE POSSUEM CERTIFICAÇÃO LEED NO BRASIL E NO MUNDO 3.1 SUNY-ESF GATEWAY CENTER A SUNY-ESF é uma Universidade de Ciência Ambiental e Florestal localizada na cidade de Syracuse, NY, EUA (Figuras 2 e 3). A edificação possui 3 andares, e é provida de salas de aula, laboratórios, bibliotecas, salas de conferência e secretarias. Além disso, possui uma área total aproximada de 5 mil metros quadrados e foi construída no lugar de um precário estacionamento. A estrutura é resultado de uma estreita colaboração entre os alunos da universidade, pesquisadores e professores, junto dos projetistas e engenheiros responsáveis. Figura 2 Fachada da Universidade SUNY- ESF, Syracuse Fonte: USGBC, em 2014.

44 43 Figura 3 Fachada da Universidade SUNY- ESF, Syracuse Fonte: AIA, Em 2014, a edificação foi certificada com o nível Platinum, maior nível possível para uma estrutura no sistema LEED, atingindo um somatório total de 81 pontos. Tal prêmio só foi possível devido aos esforços dos projetistas, ao implantarem no projeto telhados verdes, placas fotovoltaicas, lâmpadas de alta eficiência luminosa, vigas refrigeradas, vidros triplos e redução no consumo de eletricidade e água. O edifício é capaz de produzir 60% do aquecimento necessário no campus e 20% da energia necessária usando gás natural, biomassa e sistema solar. 3.2 MUSEU DO AMANHÃ- RIO DE JANEIRO (RJ) O Museu do Amanhã está localizado na região portuária do Rio de Janeiro, no Píer Mauá, e foi inaugurado em dezembro de 2015 (Figura 4). A vocação ambiental do projeto se iniciou já na fase de planejamento da obra e se estendeu até a finalização da execução. Utilizaram-se técnicas interessantes e inovadoras para a redução da extração de matéria prima para a construção, sendo possível reciclar 85% dos resíduos da obra, e as sobras das estacas das fundações foram utilizadas na confecção dos

45 44 barracões usados durante a execução do empreendimento. Desse modo, pôde-se diminuir o resíduo gerado pela obra e não foi necessária a utilização de mais aço para esse fim. Figura 4 Museu do Amanhã, RJ Fonte: Arch Daily, em No primeiro semestre de 2016, o Museu do Amanhã foi certificado com o nível Gold pela classificação LEED, conquistando um total de 68 pontos no ranking. Esse mérito deve-se à adoção de soluções sustentáveis e entre elas pode-se citar a captação solar através de painéis fotovoltaicos que se movem de acordo com a orientação solar e o uso das águas da Baia de Guanabara para o sistema de arcondicionado. Essas iniciativas são capazes de gerar uma economia anual de 9,6 milhões de litros de água e 2,4 gigawatt-hora (GWh) de energia elétrica, o que seria suficiente para abastecer quase 600 residências durante o mesmo período. Esses sistemas não tornam o museu autossuficiente, mas geram uma redução de 32% no consumo de energia e 50% no de água.

46 THE CHANGE INITIATIVE (DUBAI) O empreendimento The Change Initiative (Figura 5) localizado em Dubai, Emirados Árabes, é considerado oficialmente como o edifício comercial mais sustentável do mundo. Ele foi capaz de atingir uma pontuação de 107 pontos de um total de 110 no ranking LEED, recebendo assim o selo mais alto, o selo Platinum. Figura 5 Edifício Comercial The Change Initiative, Dubai Fonte: ZABO Engenharia, 2017 O prédio é uma grande loja, com metros quadrados e dois pavimentos, que comercializa produtos e iniciativas sustentáveis para seus clientes, tanto para o público em geral, como empresas. A loja oferece produtos relacionados à conservação de energia, manuseio de resíduos, comida orgânica e muitos outros itens. A edificação utilizou mais de 26 tecnologias inovadores e ambientalmente amigáveis. Ela é equipada com painéis solares e a pintura do telhado é reflexiva termicamente (Figura 6), o que fornece 40% da energia utilizada no prédio; e a estrutura externa possui um isolamento térmico 3 vezes mais eficiente do que em uma edificação comum. Além disso, a água usada na estrutura é reutilizada. A edificação foi projetada de modo a ser três vezes mais ensolarada do que uma

47 46 edificação em média, o que gera uma redução na utilização de energia elétrica para iluminação, e proporciona um bem-estar melhor para os usuários da mesma. Figura 6 Telhado do Edifício Comercial The Change Initiative, Dubai Fonte: ZABO Engenharia, CENTRO ADMINISTRATIVO SICREDI PORTO ALEGRE O projeto do Centro Administrativo da Sicredi (Figura 7) é o primeiro edifício a obter a certificação LEED EB-OM Platinum no país. A certificação EB-OM (Operação e Manutenção de Edifícios Existentes) é utilizada para casos em que há um grande remodelamento da edificação já existente, aumentando-se assim, sua eficiência energética, hídrica e redução de resíduos gerados. As renovações foram tão eficientes que, em 2016, o empreendimento obteve um somatório de 88 pontos de um total de 110 da escalada LEED, obtendo assim, a classificação máxima Platinum. Muitas estratégias foram necessárias, para modernizar a edificação, aumentando a eficiências dos seus sistemas, visando sempre melhor atender aos colaboradores da corporação e aos clientes.

48 47 Figura 7 Centro Administrativo Sicredi, Porto Alegre Fonte: Clic RBS, 2016 A edificação foi capaz de aumentar em 18% a eficiência energética acima da meta, utilizando-se de regeneradores de energia nos elevadores, retrofit do sistema de iluminação artificial do estacionamento e automação de computadores. Utilizouse, também, estratégias como reutilização de água para irrigação de jardins, reuso de água nos sanitários e nas torres de refrigeração. Todos esses esforços foram capazes de elevar a eficiência hídrica à 50%. As melhorias visando a sustentabilidade vão muito além apenas da estrutura física da edificação. A preocupação ambiental encontra-se nos produtos de limpeza usados na edificação, visando reduzir a toxicidade desses produtos através da utilização de equipamentos de limpeza de baixo impacto ambiental e sonoro. Da mesma forma, foi incentivada a utilização de sistemas de transporte alternativos aos colaboradores, como a utilização de carona compartilhada e de bicicletas com a implementação de um bicicletário com cobertura fotovoltaica (Figura 8).

49 48 Figura 8 - Painéis Solares sobre o Bicicletário no Sicredi, Porto Alegre Fonte: Clic RBS, 2016 Além disso, foram implantadas no empreendimento políticas de gestão de resíduos. Sendo assim, tornou-se possível o envio de mais de 60% dos materiais para reciclagem ou compostagem. Ainda, no paisagismo da edificação, optou-se por utilizar espécies nativas ou adaptadas ao habitat local com o propósito de não impactar negativamente a flora do local (Figura 9). Figura 9 - Jardins do Centro Administrativo Sicredi, Porto Alegre Fonte: Clic RBS, 2016

50 49 4. METODOLOGIA Como este trabalho é uma pesquisa qualitativa, caracterizada por um estudo de caso exploratório e descritivo, busca-se avaliar e classificar uma edificação na cidade de Itajaí-SC sobre os aspectos da certificação LEED. Para esse fim, aplicouse os critérios de avaliação dessa certificação. Dessa forma, a partir da revisão bibliográfica, foi possível obter conhecimento necessário para embasar o desenvolvimento do estudo das etapas seguintes. As informações obtidas do empreendimento foram coletadas in loco e através de projetos arquitetônicos, projetos de sistema estrutural, hidráulico, elétrico, entre outros. Esse levantamento de dados ocorreu no período de abril a junho de Posteriormente a obtenção dos dados, foi determinada a pontuação da edificação na escala LEED. Utilizaram-se planilhas, tabelas e referências da ONG Americana USGBC responsável por essa certificação e usou-se, também, material da ONG GBC Brasil, responsável pelo selo verde em território nacional. A partir da apresentação dos resultados obtidos através do estudo de caso, conseguiu-se determinar o nível do selo LEED do empreendimento, mostrando as conclusões do trabalho e melhorias que ainda podem ser realizadas.

51 50 5 OBJETO DE ESTUDO 5.1 LOCALIZAÇÃO O empreendimento está localizado na praia Brava, no município de Itajaí SC, conforme figura 10. A cidade possui habitantes, onde está localizada uma importante zona portuária para a região sul do país. A região possui inúmeras praias, que atraem milhares de turistas anualmente, incentivando a construção de grandes empreendimentos imobiliários. Figura 10 Localização da edificação utilizada no estudo de caso Fonte: Google Imagens 5.2 DESCRIÇÃO DA EDIFICAÇÃO A edificação estudada nesse trabalho, refere-se a uma torre multifamiliar, exclusivamente residencial, possuindo aproximadamente m² de área construída de acordo com a figura 11. A estrutura possui um nível de subsolo, 1 andar térreo e mais 5 pavimentos tipo, totalizando 9 unidades familiares autônomas. No subsolo da edificação, encontram-se todas as vagas de garagem, casa de máquinas, reservatório inferior, depósitos de materiais, banheiros de uso coletivo e áreas técnicas designadas a futuras modificações na estrutura. O pavimento térreo é composto por um apartamento tipo, hall de entrada principal, área de circulação, banheiros sociais, espaço gourmet, salão de festas e áreas de lazer. Nos demais andares, há dois apartamentos tipo por andar, sendo o sexto pavimento, composto por dois duplex. O último pavimento, denominado de pavimento técnico é destinado

52 51 ao reservatório superior, casa de máquina dos elevadores e local onde serão instalados painéis fotovoltaicos para a obtenção de energia elétrica renovável. Figura 11 Fachada da edificação estudada Fonte: PB Internacional, PROCESSO INTEGRADO O processo integrado procura prever e projetar os sistemas prediais de modo a maximizar a eficiência da edificação através de uma análise prévia dos interrelacionamentos entre os sistemas. Os membros da equipe projetista responsável pelo planejamento da obra utilizada no estudo de caso, realizaram diversas consultorias e ensaios para analisar as condições climáticas da região, o tipo de solo, vegetação, geometria e forma da edificação. Realizou-se também controle dos materiais na construção e a melhor integração entre todos os sistemas vitais para a ocupação da estrutura. Todos esses dados foram fundamentais para determinar a arquitetura e os sistemas estruturais que o empreendimento iria utilizar para melhor aproveitar a localização, trazendo benefícios aos usuários assim como ao meio ambiente. Por todo esse estudo realizado previamente na execução da estrutura, a edificação recebe a pontuação máxima de 01 ponto na área de processo integrado da certificação LEED.

53 LOCALIZAÇÃO E TRANSPORTE Proteção de áreas sensíveis Para atender os requisitos da certificação LEED, o empreendimento imobiliário não deve estar localizado a menos de 30 metros de rios e corpos de d água. A edificação estudada encontra-se em torno de 200 metros distante do mar, logo, não traz nenhuma ameaça a fauna e flora marinha. Além disso, a edificação não se localiza em área pantanosa e nem em local de habitat de espécies ameaçadas de extinção, indo de encontro as requisições que o selo LEED exige. Por esse motivo, ela recebe 01 ponto que representa a pontuação máxima por atingir todos os critérios de proteção de áreas sensíveis Terreno de alta prioridade A área em que o empreendimento está localizado é uma área contemplada pelo plano diretor da cidade, sendo permitida a sua construção. Há algumas restrições quanto à altura das edificações no local, a distância delas até o mar, a porcentagem de área construída e a taxa de permeabilidade do solo. Dessa forma, a edificação foi projetada para atender a todos esses requisitos, sendo assim legal e legítima sua execução nesse local. O terreno em que a edificação está localizada não era edificado anteriormente e não havia qualquer contaminação do solo. Por esse motivo, não havia incentivos para a descontaminação ou construção nesse local. Dessa forma, segundo os critérios do LEED, a estrutura não recebe nenhum ponto Densidade local e diversidade de usos No entorno do empreendimento há poucas residências. Porém, as que ali existem são bem espaçadas entre si. Um pouco mais afastado do local, aproximadamente 800 metros, é possível encontrar diversas residências, um clube com áreas de lazer e de esportes, bares e restaurantes, lojas, escritórios, igrejas, entre outros.

54 53 Entretanto, a edificação analisada pertence a um condomínio residencial que constará com a estrutura avaliada, além de mais 9 torres habitáveis. Essas outras 9 estruturas não estão sendo atualmente executadas, mas devem começar em breve, aumentando-se assim a densidade demográfica do local quando todo o empreendimento estiver concluído até o ano de Essas novas construções atendem as mais de 17,5 unidades habitacionais em um raio de 400 metros que o selo LEED exige para a estrutura ganhar pontos nessa categoria. Seguindo-se assim os critérios da certificação LEED, a edificação obtém 03 pontos no ranking por possuir mais de oito opções de espaços públicos disponíveis aos habitantes, a menos de 800 metros do empreendimento. Além de no futuro contar com uma densidade demográfica local dentro dos parâmetros da certificação para tal pontuação alcançada Acesso a trânsito de qualidade O local onde a edificação se encontra é um local de difícil acesso. Consequentemente, existem poucas alternativas de transporte público. Há algumas opções de ônibus aos moradores do local, porém a frequência está abaixo dos critérios que a certificação LEED considera como aceitável. Apesar de isso ser uma desvantagem quanto a oferta de meios de transporte, acaba sendo algo positivo por outro lado, pois proporciona aos moradores um local de contato com a natureza e muita tranquilidade aos que procuram por isso. Por haver pouca oferta de transporte coletivo e o local ser de difícil acesso, o empreendimento acaba por não receber nenhum ponto no quesito de acesso a trânsito de qualidade. Fazendo assim, com que os futuros usuários da edificação utilizem carros ou outros meios de transporte para se locomover até o local Instalações para bicicletas A edificação utilizada no estudo de caso atende aos requisitos do LEED para instalações de bicicletas. O projeto contempla locais específicos para a estocagem de bicicletas, tanto para visitantes quanto para os moradores. No subsolo do prédio, junto das garagens, há espaços destinados para essa função, estando próximo dos elevadores da edificação e entrada do prédio, como pede a certificação, conforme

55 54 figura 12. Todas as unidades autônomas possuem local para guardar bicicletas, sendo estas com portas e fechaduras para a segurança desses objetos. Figura 12 Bicicletários individuais destinados aos moradores Fonte: Autor, 2017 Na via pública, próximo ao empreendimento, há também infraestrutura adequada as bicicletas, como ciclovias e ciclo-faixas, garantindo segurança e comodidade aos usuários desses sistemas de transporte. A certificação LEED exige que em um raio de 4,8 km em torno da edificação, exista ao menos 10 diferentes opções de lazer e serviços, para que as pessoas sejam incentivas a utilizar a bicicleta ao invés do carro. Em um rápido estudo de campo, foi possível encontrar mais de 10 opções de estabelecimentos comerciais, tais como hospitais, postos de combustíveis, concessionários de automóveis, hotéis, farmácias, restaurantes, bares, boates, academias, igrejas, entre outros. O empreendimento é muito focado e preocupado com a natureza, buscando sempre integrar da melhor forma possível a natureza com o ser humano. Almejando esse objetivo, há infraestrutura de bicicletas aos moradores da edificação e fatores assim são levados em consideração pela certificação LEED. Deste modo, pode-se garantir ao projeto 01 pontos no ranking do total de 01 para instalações de bicicletas.

56 Redução da área de estacionamento O empreendimento procura sempre atender as demandas do mercado imobiliário da região e, por isso, houve uma série de exigências por parte dos proprietários da edificação. Seguindo essa tendência, buscou-se aumentar o número de vagas de garagens por unidade autônoma, indo de encontro as exigências do mercado consumidor. Essa tendência de mercado não segue as recomendações da certificação LEED, que tende a subdimensionar o número de vagas de garagem por morador da edificação. Por esse motivo, a estrutura não recebe pontuação nesse quesito no selo LEED Veículos verdes Veículos híbridos e elétricos são o futuro dos automóveis nos próximos anos pois, além de reduzirem o consumo de fontes não renováveis de energia, diminuem também o lançamento de gases estufa na atmosfera. Para que isso ocorra, é necessário preparar a infraestrutura das cidades brasileiras para receberem essas novas tecnologias automotivas. Visando essa nova disposição e preparando-se para o futuro, o empreendimento estudado disponibiliza aos futuros moradores essas conveniências. Todas as unidades autônomas irão possuir ao menos um ponto de recarga para a utilização em veículos verdes. Essas tomadas de recarga, estão localizadas no subsolo, local onde estão todas as vagas de garagem do empreendimento. Com todas essas medidas utilizadas na edificação, o projeto recebe 01 ponto do total de 01 ponto no quesito de redução da poluição através de alternativas à utilização de veículos à combustão. 5.5 LOTES SUSTENTÁVEIS Prevenção de poluição na atividade de construção A certificação LEED exige que todos os projetos avaliados por ela devam possuir controles de erosão do solo e de sedimentação. Isso evita que as

57 56 construções prejudiquem o ambiente no entorno e gere dados ambientais significativos ao redor dos projetos. A equipe projetista da edificação avaliada nesse trabalho buscou formas de reduzir e mitigar danos ambientais durante a fase de projeto e execução da obra. Buscando essa característica, toda a área pertencente ao projeto foi cuidadosamente examinada e obras foram executadas para conter erosões e sedimentações. A região que o empreendimento se encontra é montanhosa possuindo, assim, muitos taludes das mais diversas inclinações e alturas. Para mitigar a erosão nesse tipo de solo, projetaram-se estruturas de contenção de encostas, com o plantio de gramíneas para evitar que o material solto da superfície fosse erodido. Estruturas de drenagem também foram executadas, para que houvesse escoamento da água pluvial das encostas, estabilizando-se assim o terreno e evitando o carreamento de solo, conforme figura 13. Figura 13 Estrutura destinada à drenagem pluvial, evitando erosão do solo Fonte: Autor, 2017

58 Avaliação do terreno Durante a fase de pré-projeto do empreendimento estudado, realizou-se estudos para a viabilidade do projeto naquele local. Fatores socioeconômicos, ambientais, de logística e infraestrutura foram levados em conta para que o sucesso da construção fosse garantido. A região do projeto foi mapeada e estudada quanto a topografia e geologia do local para assegurar a segurança estrutural do empreendimento imobiliário. Esse estudo foi importante para, no futuro, determinar o tipo de fundação que a edificação iria precisar. Órgãos Ambientais de Santa Catarina como a Fundação do Meio Ambiente (FATMA) e IBAMA foram acionados para verificar as condições do terreno e autorizar a construção do projeto. Essas entidades ambientais governamentais autorizaram a implantação do empreendimento imobiliário do local, atestando não haver prejuízos à natureza no entorno do local. A equipe projetista tomou todas as medidas para garantir a segurança dos futuros moradores e a preservação do meio ambiente e do habitat natural do entorno da edificação. Por esses motivos, a estrutura estudada, recebe a pontuação de 01 do total de 01 ponto da certificação LEED no quesito avaliação do terreno Proteção e restauração do habitat Para aumentar a interação entre a natureza e os seres humanos, a equipe projetista buscou preservar e restaurar uma grande quantidade da vegetação nativa do local. Dessa forma, evita-se prejuízos à fauna e flora do habitat. O empreendimento compreende áreas verdes como parques e corredores verdes para minimizar o desmatamento e estreitar essa relação homem/natureza. Durante a fase de construção da obra, houve uma preocupação em não suprimir vegetação nativa e nem poluir com materiais da obra esses espaços verdes. Para evitar essa contaminação, há redes instaladas próximo à torre residencial, evitando que esse material venha a adentrar na vegetação e, periodicamente, são feitas limpezas e vistorias nos entornos desse local para a remoção de qualquer contaminante.

59 58 Ademais, houve uma preocupação na fase de pré-projeto, de modo que a arquitetura do condomínio interagisse com a natureza local. Por esse motivo, haverá muitas plantas e áreas verdes quando o empreendimento estiver concluído. Optouse também por não suprimir a vegetação em certos locais, criando-se assim corredores verdes como na figura 14, para o livre fluxo de animais como capivaras, répteis e serpentes, tão presentes no local. Como resultado dessas preocupações com a natureza através da equipe projetista, o projeto recebe 02 pontos do total de 02 pontos da certificação LEED no quesito de proteção e restauração do habitat. Figura 14 Área de corredor verde destinado a livre circulação de animais Fonte: Autor, Espaços abertos A certificação LEED, incentiva que o projeto contemple áreas abertas para a interação dos moradores com o meio ambiente, e o convívio social entre eles, além de promover a prática de atividades físicas. O empreendimento imobiliário estudado foi projetado e planejado para possuir uma área verde bem extensa, possuindo laminas de água, flores, grama, árvores frutíferas, arbustos e parques arborizados. O projeto também inclui corredores verdes para a fauna, contando assim para a certificação como espaços verdes e de belas paisagens.

60 59 Com toda essa arquitetura verde projetada, a área de espaços abertos será maior que 30% da área total do empreendimento, indo ao encontro das expectativas do LEED sobre esse assunto. Por esse motivo, a estrutura recebe 02 pontos do total de 02 pontos no quesito de espaços abertos do ranking Gerenciamento de água da chuva Para melhor gerenciar o destino final da água pluvial do empreendimento, utilizou-se técnicas construtivas para tal objetivo. A infraestrutura viária que compõe o empreendimento compreende um pavimento intertravado de concreto, permitindo assim que boa parte da água da chuva seja infiltrada no local. Ademais, o pavimento de concreto que dá forma ao passeio público, foi fabricado sem a utilização de material granular fino conforme a figura 15, tornando o bloco poroso, permitindo assim, maior percolação da água. Figura 15 Intertravado de concreto sem a adição de finos utilizados nos passeios Fonte: Autor, 2017 As áreas verdes que compõem o condomínio também são responsáveis por reterem boa parte da água pluvial, não se criando assim um fluxo elevado dessa água para o sumidouro público. Como resultado dos efeitos práticos utilizados para

61 60 reter a água da chuva in loco conforme figura 16, o empreendimento recebe 02 pontos do total de 03 pontos para o requisito de gerenciamento de água da chuva. Figura 16 Áreas verdes no terreno da edificação Fonte: Autor, Redução das ilhas de calor O condomínio residencial estudado possui boa parte de sua infraestrutura viária coberta por árvores de grande de porte e com vegetação bem densa. Isso proporciona uma grande área de sombra sobre o pavimento durante boa parte do dia, reduzindo-se a incidência solar e gerando uma diminuição de ilhas de calor sobre a infraestrutura viária. Outra medida adotada pelos projetistas é a instalação de painéis fotovoltaicos no telhado da edificação residencial. O telhado possui uma área de 125 m² destinados a instalação desses equipamentos. Entre o espaçamento de uma placa e outra, será utilizada argila expandida na coloração branca (Figura 17), para que haja uma redução da radiação solar absorvida pelo telhado.

62 61 Figura 17 Argila expandida que será utilizada no telhado da edificação Fonte: Google Imagens, 2017 Outra característica do projeto estudado é que todas as vagas de garagem dos moradores da edificação estão alocadas no subsolo do terreno e, sobre esse subsolo, serão plantadas árvores e plantas de pequeno porte. Para não haver problemas de infiltração e com as raízes das árvores, será instalada sobre essa estrutura, uma manta asfáltica anti-raiz. Essa infraestrutura verde sobre as garagens, evita a incidência solar direta com o pavimento reduzindo-se significativamente o calor no local. Como resultado dessas técnicas construtivas adotadas no projeto para a redução das ilhas de calor, a estrutura obtém 02 pontos de um total de 02 pontos sobre esse requisito na certificação LEED Redução da poluição luminosa O empreendimento utilizado como estudo de caso buscou reduzir a quantidade de luminárias dentro do complexo residencial para harmonizar com a arquitetura do local. Dessa forma, é possível fornecer uma arquitetura mais sustentável e voltada a preservação do habitat. Entretanto, devido a questão de falta de segurança pública, faz-se necessário investir em iluminação pública na infraestrutura viária do condomínio. Esse investimento faz-se necessário para aumentar a segurança patrimonial das edificações, assim como a integridade física dos moradores do empreendimento imobiliário.

63 62 Por esse motivo, o projeto não recebe nenhum ponto no critério de redução da poluição luminosa do selo verde LEED. 5.6 EFICIÊNCIA DA ÁGUA Pré-requisito de redução do uso de água externo Optou-se por utilizar uma vegetação verde na área externa da edificação que fosse adaptada a permanecer por longos períodos sem a necessidade de irrigação, reduzindo-se o consumo de água para esse setor. Além do mais, a água da chuva, que será captada no telhado da edificação, será armazenada em cisternas e poderá ser usada para eventuais irrigações que a área verde necessitar. Visando que essas medidas para a redução do consumo de água em ambiente externo estão de acordo com o pré-requisito da certificação LEED, garante-se, assim, uma preocupação por parte da edificação no consumo consciente de água Pré-requisito de redução do uso de água interno Esse item é um pré-requisito para a certificação LEED, ou seja, todas as edificações certificadas por esse sistema devem usar técnicas para redução do consumo de água interno. Sendo assim, o do estudo de caso, irá utilizar sistemas para a reutilização da água da pluvial. Toda a água da chuva que cair no telhado será coletada e enviada para uma cisterna localizada no subsolo da edificação. Essa água será recalcada através de bombas para uma cisterna localizada na cobertura para, então, ser utilizada. Ainda, o uso desta água captada será para fins não potáveis, tais como descarga no vaso sanitário, lavagem e limpeza de áreas comuns e irrigação de jardins ao redor da edificação. Essas iniciativas irão gerar uma redução no consumo interno de água de aproximadamente 50%, sendo que o mínimo para atender aos critérios da certificação LEED é 20%.

64 Medição do uso de água Para melhor gerenciar o uso da água potável, deve-se instalar medidores individuais para o consumo de água. Isso incentiva a redução do consumo, pois cada usuário sabe que o seu esforço para economizar será proporcional a redução no valor da tarifa no final do mês. Logo, visando atender as solicitações do LEED e às exigências do mercado imobiliário local, todas as unidades autônomas possuem medição individualizada de água potável. Pode-se, deste modo, gerar um aumento da procura imobiliária, além de economia de água Crédito de redução do uso de água externo Boa parte do terreno em que a edificação estudada encontra-se possui vegetação de grande porte. Quase a totalidade dessa vegetação será preservada evitando-se, assim, o desmatamento e não influenciando no microclima da região. Por esse motivo, nesses locais não será necessária a irrigação dessas plantas. Ademais, por tratar-se de um terreno próximo do mar, há muita umidade no ar, o que reduz significativamente a necessidade de uma irrigação extra. Por esses fatores, a edificação recebe a nota máxima de 02 pontos do total de 02 pontos no quesito de redução do uso de água externo Crédito de redução do uso de água interno Como foi mencionado anteriormente, o empreendimento irá reutilizar a água da chuva através da captação nos telhados da edificação. Essa medida é capaz de gerar economia de água em torno de 50% ao utilizar a água pluvial coletada para descargas de vaso sanitários, limpeza de áreas comum e irrigação de jardins. Outro fator a se considerar, é que a equipe projetista não pode obrigar o futuro morador da edificação a adquirir equipamentos que utilizam água de forma mais racional e econômica. Contudo, ao se considerar o maior poder aquisitivo dos moradores desse empreendimento, acredita-se que eles irão utilizar aparelhos com baixo consumo de água, tais como máquinas de lavar, lava-louças e lavadoras de alta-pressão.

65 64 Em áreas comuns da edificação, como, por exemplo, banheiros, lavatórios e salão de festas, serão utilizados torneiras e vasos sanitários com baixo consumo de água, assegurando-se assim que o condomínio precise pouca água mensalmente. Por todos esses fatores, é possível afirmar que a edificação irá reduzir em torno de 50% no consumo de água do que em relação à uma edificação padrão, recebendo assim 06 pontos do total de 06 pontos no quesito de redução no consumo de água interno Uso de água na torre de refrigeração Não foi especificado ainda em projeto, qual será o tipo de equipamento para o sistema de climatização da edificação. Por esse motivo, não é possível realizar testes no momento para definir se os equipamentos atendem a certificação LEED. Assim, não foi possível avaliar esse critério dentro desse selo verde Medição de água Ainda, para atender aos critérios do LEED deste crédito, faz-se necessário que haja medições da água em vários pontos em que ela é consumida na edificação. Buscando-se enquadrar nesses aspectos, o empreendimento estudado instalará aparelhos responsáveis por medir o consumo de água em alguns pontos do sistema hidráulico. Além disso, pode-se facilmente medir a água pluvial reutilizada através de um hidrômetro para controle dos moradores. Ao se seguir todos esses passos, é possível obter 01 ponto do total de 01 pontos na certificação LEED no critério de medição de água no empreendimento estudado. Isso traz aos moradores da edificação, um controle maior do consumo de água individual, coletiva e de água reutilizada durante todos os meses ao longo da vida útil do projeto.

66 ENERGIA E ATMOSFERA Comissionamento e verificação fundamental Busca fornecer suporte técnico ao projeto, durante a fase de construção e de operação do mesmo, adequando-se aos requisitos do proprietário para energia, água, qualidade interna do ambiente e duração da edificação Performance mínima de energia Esse pré-requisito é necessário para todas as edificações certificadas e, por isso, o empreendimento deve passar pelo critério. Para tal, é indispensável realizar uma simulação do consumo de energia da edificação em comparação a uma estrutura padrão. Infelizmente, não é possível essa simulação por não possuir equipamentos e ferramental necessário. Porém, com tantas preocupações energéticas por parte dos projetistas do empreendimento, provavelmente a edificação passaria por esse pré-requisito Medição de energia na fase de construção Esse pré-requisito tem como função observar e medir o consumo de energia durante a etapa de construção da edificação. Para a estrutura analisada no estudo de caso, observa-se que houve a medição da energia consumida durante a fase de execução da obra, indo de encontro assim aos critérios da certificação LEED. Por esse motivo, a estrutura atende as especificações do selo verde Gerenciamento fundamental de refrigeração Nesse requisito, fica vetada a utilização de gases clorofluorcarbonos no sistema de refrigeração da edificação. Desde de 2010 o Brasil não utiliza mais esse gás nos sistemas de refrigeração, por esse motivo, os equipamentos instalados no empreendimento estão isentos desse material. Logo, o empreendimento analisado é aprovado nesse item da certificação verde LEED.

67 Comissionamento avançado Na fase de projeto da edificação estudada houve sinergia entre a equipe multidisciplinar, buscando-se sempre o melhor desempenho para o conjunto da construção. Todos os sistemas que fazem parte da estrutura foram projetados e integrados entre si para otimizar desempenho, reduzir desperdício e melhor aspectos visuais e financeiros para o projeto como um todo. Visando-se sempre o melhor resultado do projeto, realizaram-se ensaios para atestar a qualidade das partes constituintes do empreendimento. Por exemplo, fezse ensaios de compressão em estacas para garantir o perfeito funcionamento desses elementos na fundação. Bem como todos os sistemas elétricos, hidráulicos, e de telecomunicação serão testados antes da edificação ser entregue aos futuros moradores. Como resultado desses esforços da equipe projetista, a edificação recebe 03 pontos do total de 06 pontos no sistema LEED no quesito comissionamento avançado, não recebendo mais pontos, por não prever e execução de testes mais detalhados nos meses seguintes a entrega do empreendimento aos moradores Otimização do desempenho energético Buscando-se melhorar a eficiência energética da edificação, a equipe projetista utilizou técnicas construtivas e tecnologias para reduzir o consumo energético durante a vida útil do projeto. Sendo assim, as esquadrias utilizadas na edificação possuem vidro duplo, o que reduz a incidência de poluição sonora do exterior para o interior, além de promover um isolamento térmico melhor à estrutura. Esta medida reduz o consumo energético para climatizar os ambientes. Ademais, entre as lajes que dividem um pavimento e outro, será utilizado uma manta especial servindo como barreira acústica e térmica. Nas áreas comuns do edifício, será utilizada iluminação LED, ou similar, acopladas a sensores de presença, estando operantes apenas na presença de pessoas no local, reduzindo-se o gasto energético com iluminação. Em toda a extensão do telhado serão instalados painéis fotovoltaicos. Tal material irá suprir a demanda de energia das áreas comuns da edificação e devolver

68 67 à rede elétrica pública o excedente de eletricidade nos momentos em que há baixa demanda do condomínio. Ainda, entre os espaços dos painéis solares no telhado, haverá argila expandida branca, reduzindo significativamente a temperatura no local, melhorando a eficiência energética das células fotovoltaicas e melhorando a reflexão solar na edificação, diminuindo a demanda energética para a climatização. Os apartamentos da edificação estão equipados para operar o aquecimento de água através de aquecedores a gás, que são mais eficientes que resistências elétricas. Esses equipamentos serão utilizados, por exemplo, em chuveiros, banheiras e torneiras. Proporcionando, assim, comodidade aos moradores e redução no consumo de energia elétrica. Devido a essas técnicas construtivas e tecnologias adotadas na edificação, pode-se inferir que a mesma, conquista 18 pontos do total de 18 pontos no quesito de medição avançada de energia na certificação LEED Medição avançada de energia da edificação Para melhorar o controle do consumo energético, a certificação LEED exige que haja um controle muito rigoroso e em tempo real de toda a energia consumida na edificação. Isso demanda muitos equipamentos, alguns com alto custo operacional, dificultando assim o cumprimento desse crédito para o selo verde. Por esse motivo, o empreendimento analisado optou por não instalar tais equipamentos. Assim, não pontua nessa categoria do sistema LEED Resposta à demanda Tem como objetivo incentivar a participação em tecnologias de reposta à demanda e melhoria da eficiência na geração de energia. Por ser um crédito que exige muita negociação com a empresa fornecedora de energia da região e complexa infraestrutura, a equipe projetista optou por não participar desse processo. Por esse motivo, o empreendimento não pontua nessa etapa da certificação LEED.

69 Produção de energia renovável O projeto estudado tem como objetivo utilizar painéis fotovoltaicos para a produção de energia limpa e renovável in loco. Para esta finalidade, a área empregada é o telhado da edificação, por ser uma área plana e sem quaisquer obstáculos físicos que possam vir a atrapalhar a captação solar. A energia gerada pelos painéis será utilizada nas áreas comuns da edificação, como halls de entrada, elevadores, iluminação de corredores, escadas, área de garagem, entre outros. Quando houver baixa demanda de consumo no condomínio, a energia excedente será enviada à concessionaria elétrica local para gerar crédito na conta de energia. Com a geração de energia limpa na edificação, obtêm-se um total de 03 pontos do total de 03 pontos no quesito de produção de energia renovável na certificação LEED Gerenciamento avançado de refrigeração A equipe projetista do empreendimento estudado não especificou até o momento os aparelhos que serão utilizados nos sistemas de refrigeração da edificação, porém definiu-se que eles não devem utilizar gases nocivos à camada de ozônio. Tal procedimento busca minimizar ao máximo o impacto ambiental causado pelo empreendimento, trazendo prazer e conforto aos usuários, sem comprometer a natureza. A preocupação da equipe projetista garante ao empreendimento 01 pontos do total de 01 pontos na categoria de gerenciamento avançado de refrigeração da certificação LEED Energia verde e créditos de carbono Como se usarão painéis fotovoltaicos, reduzir-se-á a produção de gases de efeito estufa. E, já que o projeto contempla essa forma de mitigar o lançamento de tais gases, optou-se por não utilizar outras formas de atenuação de carbono fora do local da obra. Sendo assim, o empreendimento não pontua na certificação LEED no quesito de energia verde e créditos de carbono por não firmar parcerias externas ao projeto.

70 RECURSOS E MATERIAIS Armazenagem e coleta de recicláveis O empreendimento analisado possui em seu projeto espaços dedicados ao recolhimento e separação de resíduos dos moradores do condomínio. Todos os andares residenciais possuem pequenas salas que cumprem a função de armazenar o resíduo temporariamente, até o mesmo ser recolhido para um espaço maior, onde será organizado, separado e enviado para o destino final. Tais atitudes buscam incentivar a separação correta dos resíduos, para que os mesmos possam ser devidamente reciclados. Dessa forma, a edificação possui diretrizes para a correta armazenagem e coleta de resíduos, indo assim ao encontro ao pré-requisito da certificação LEED nesse aspecto Pré-requisito de gestão de resíduos de construção e demolição A equipe responsável pelo projeto e execução da estrutura em questão, se preocupa com todo os aspectos que tangem a construção e o gerenciamento do canteiro de obras. Por esse motivo, é fundamental que haja uma correta gestão de resíduos in loco com a melhor solução para o recolhimento desse material e posterior destinação final. Devido a isto, uma empresa foi contratada e esta é especializada na coleta de resíduos do canteiro de obras. Os resíduos são separados em caçambas de acordo com o tipo de material e, semanalmente, a empresa responsável retira essa caçamba cheia e repõe com outra vazia, conforme figura 18. Houve empenho e dedicação durante a fase de projeto da estrutura para compatibilizar os sistemas que compõem a edificação, reduzindo-se assim a necessidade de retrabalhado e readequação das estruturas. Logo, é possível otimizar o tempo dos operários e reduzir a geração de resíduos de demolição no canteiro de obras. Como resultado do empreendimento possuir tais características, o mesmo torna-se apto a ser aprovado no pré-requisito de gestão de resíduos de construção e de demolição da certificação LEED para edificações.

71 70 Figura 18 - Remoção de resíduos de construção por empresa especializada Fonte: Do autor, Redução de impacto do ciclo-de-vida da construção Grande parte do terreno em que a construção se encontra permanecerá com área verde, não havendo a supressão da vegetação nesses locais, o que ajuda na redução do lançamento de gases estufas na atmosfera. Ademais, para que se evite a acidificação do solo ou da água no local, a camada vegetal nativa remanescente será mantida, o que impede esse processo. Outra preocupação da equipe projetista foi em relação à fauna local. No local há muitos animais de pequeno porte, tais como capivaras, cobras, lagartos, guaxinins entre outros. Assim, há a consciência de manter corredores verdes para que esses possam circular livremente pela região. Ainda, toda a água residual da edificação será totalmente canalizada e enviada a empresa pública responsável pelo tratamento dos efluentes na região da obra. Dessa forma, torna-se possível evitar que esse material polua o solo e o lençol freático do local, evitando a eutrofização dos corpos de água da região. A construção recebe assim 03 pontos do total de 05 pontos da certificação LEED de edificações no quesito de redução de impacto do ciclo-de-vida-da construção.

72 Declaração de produtos ambientais Para os projetistas da edificação sempre houve uma preocupação voltada a preservação ambiental. Por isso, buscou-se utilizar materiais ecologicamente corretos. Logo, muitos dos produtos, utilizados para construção e uso do empreendimento, possuem selos verdes de qualidade. Isso reduz substancialmente o impacto ambiental que a construção causa no decorrer de sua execução e durante toda a sua vida útil. A empresa que fornece todo o concreto para a obra possui sistemas de tratamento de efluentes líquidos na usina, faz coleta seletiva de lixo, controla o gerenciamento dos passivos ambientais gerados, entre outros. Outro exemplo importante é a indústria que fornece os elevadores para a edificação, que busca sempre reduzir o consumo de energia elétrica e o volume de matérias-primas utilizados nos equipamentos fornecidos. Como resultado da utilização de tantos produtos sustentáveis na construção da estrutura, o empreendimento recebe a pontuação máxima de 02 pontos no quesito de declaração de produtos ambientais da certificação LEED Origem de matérias primas Muitos dos produtos utilizados na edificação são produzidos por grandes indústrias nacionais e internacionais, que possuem responsabilidade ambiental em seus processos produtivos e na cadeia de distribuição. Durante a busca por fornecedores de materiais e insumos para a construção da obra, optou-se sempre que possível negociar com parceiros da ONG responsável pela certificação LEED no país, a GBC Brasil. Algumas das empresas que possuem parcerias com o instituto GBC Brasil e que foram utilizadas no projeto foram: tubos Tigre, Pado, 3M do Brasil, Autodesk do Brasil e Grupo Itambé. Por esses motivos, o empreendimento recebe 01 pontos do total de 02 pontos na certificação LEED na categoria de origem de matérias primas.

73 Composição dos materiais Buscando-se a redução da contaminação dos trabalhadores e dos moradores da edificação estudada, a equipe projetista procurou utilizar produtos com a menor quantidade de agentes químicos e tóxicos. Caso seja necessário trabalhar com tais produtos, os profissionais que farão o manuseio são capacitados e possuem todos os equipamentos de proteção individual, de acordo com a norma técnica NR 6. Porém, devido à complexidade e ao número de produtos químicos envolvidos na construção, muitas vezes era de difícil obter informações dos fabricantes e, por esse motivo, a edificação obtém 01 ponto do total de 02 pontos na categoria de composição dos materiais Crédito de gerenciamento de resíduos da construção e demolição Há uma preocupação com a não geração de resíduos de demolição e construção através de um bom planejamento pré-execução da estrutura. Porém, os resíduos que eventualmente são gerados, são devidamente destinados, sem agredir a natureza. Por exemplo, toda madeira que é utilizada na obra é reaproveitada o máximo número de vezes possíveis para evitar o desperdício e o gasto com esse material. Quando esse produto chega ao fim de sua vida útil e perde sua função, ele é armazenado em canteiro de obras, conforme figura 19, e então é recolhido e empregado para a geração de energia, sendo assim, utilizado em uma causa nobre. Figura 19 - Área de armazenagem temporária de resíduos de madeira Fonte: Autor, 2017.

74 73 O aço é outro material que é muito utilizado na construção civil e que acaba por gerar sobras que não possuem mais função no canteiro de obra. Esse resíduo fica armazenado em um local específico no canteiro de obras (figura 20). Assim, esse material é recolhido por uma empresa de coleta e reciclagem, que beneficia esse material e o envia às indústrias siderúrgicas para virar matéria prima novamente. Figura 20 - Área de armazenagem temporária de resíduos de aço Fonte: Autor, Como resultado dessa conscientização ecológica do empreendimento como um todo, a edificação atinge a pontuação máxima de 02 pontos na certificação LEED na categoria de gerenciamento de resíduos da construção e demolição. 5.9 CATEGORIA DE QUALIDADE AMBIENTAL INTERNA Performance de qualidade mínima do ar interno Faz-se necessário verificar por ensaios a qualidade e a quantidade mínima de ar que uma edificação deve possuir para atender a normas internacionais e a certificação LEED. Não é comum que esse tipo de ensaio seja realizado em obras na região e no Brasil de forma geral. Devido a isso, esse ensaio não foi realizado.

75 74 Entretanto, o projeto arquitetônico analisado no estudo de caso, possui uma área considerável de aberturas, como portas e janelas, possibilitando a entrada e a circulação de ar fresco na edificação. Todos os cômodos principais dos apartamentos, tais como quartos, salas, área de serviço e cozinhas, possuem janelas que possibilitam a rápida aeração do ambiente. Acredita-se assim que a edificação seria facilmente aprovada em ensaios quanto à qualidade do ar interno. Ademais, o projeto contempla saídas de emergência à prova de fumaça, possuindo dutos de entrada de ar e trazendo segurança aos usuários do prédio em caso de sinistros. Em razão destas características, presume-se que a mesma atende com maestria qualquer norma de performance de qualidade mínima do ar interno que por ventura venha a ser testada Controle de fumaça de tabaco no ambiente Através desse item da certificação LEED, busca-se estabelecer a proibição de fumar em locais fechados na edificação. Ainda, desde de outubro de 2009, o estado de Santa Catarina proíbe esse habito em recinto coletivo fechado, seja público ou privado e, dessa forma, as diretrizes da equipe projetista são bem rígidas em relação a isso Estratégias de qualidade do ar A edificação estudada utiliza dois sistemas para realizar a circulação de ar em seu interior. O primeiro sistema é o de ventilação natural, realizado através de portas e janelas com acesso ao exterior da estrutura. Como, o empreendimento segue as normas para o código de zoneamento, parcelamento e uso do solo no município de Itajaí (lei complementar nº 215, de 31 de dezembro de 2012), todos os cálculos de área mínima para ventilação foram levados em consideração, atendendo-se também aos critérios do LEED. Ademais, o edifício utiliza sistemas mecânicos de refrigeração para o controle da temperatura em seu interior. Não se detalhou ainda quais equipamentos serão utilizados na obra, porém definiu-se que serão aparelhos de primeira linha, com alta tecnologia, voltados a economia de energia e ao bem-estar dos usuários, através de sistemas sofisticados de controle da temperatura e filtragem de poluentes.

76 75 Por essas características do empreendimento estudado, o mesmo recebe pontual de 02 pontos do total de 02 pontos no quesito de estratégias de qualidade do ar interno Materiais de pouca emissão Visando-se reduzir as concentrações de contaminantes químicos no ar, a equipe técnica determinou os melhores materiais a serem utilizados para que não haja esse problema. Produtos como tintas, solventes, selantes e colas foram verificados junto aos fabricantes para que não emitam produtos voláteis durante sua vida útil. Nas áreas comuns da edificação será utilizado como revestimento o porcelanato, evitando-se assim o uso de carpetes, que possuem alta emissão de compostos voláteis orgânicos. Com a substituição do carpete, não se faz necessário a limpeza a seco do local, outro fator agravante por utilizar materiais com alta emissão no ambiente. Com a adoção dessas medidas na obra, estima-se que o empreendimento atenderia com sucesso aos ensaios de materiais de pouca emissão de voláteis. Por esse motivo, o prédio obtém a pontuação de 02 de um total de 03 pontos nesse critério da certificação LEED de qualidade Plano de gerenciamento da qualidade interna do ar da construção Há uma alta preocupação da equipe técnica e de engenharia quanto à saúde dos colaboradores, tanto dos que executam a obra quanto dos futuros usuários do empreendimento imobiliário. Desse modo, todos os aspectos do canteiro de obra são levados em consideração para tornar o ambiente seguro e eficiente para os operários que ali trabalham. A construtora responsável fornece aos seus colaboradores equipamentos de proteção individual, tais como mascaras e óculos de proteção, para que estes não entrem em contato direto com partículas de sujeira, evitando-se assim a ocorrência de doenças respiratórias no futuro. Os equipamentos de refrigeração da estrutura serão instalados na fase final de acabamento da edificação, para evitar que os elementos filtrantes e canalizações sejam contaminados com sujeiras e outras partículas. Isso impede com que estas

77 76 venham a trazem malefícios aos futuros moradores. Por esse motivo, o empreendimento recebe pontuação máxima da certificação LEED na categoria de plano de gerenciamento da qualidade interna do ar da construção Avaliação da qualidade interna do ar Como optou-se por realizar a instalação dos sistemas de refrigeração apenas na fase final da construção, os filtros e dutos de passagem de ar não serão impregnados com partículas oriundas dos materiais de construção. Antes da ocupação da edificação, definiu-se que serão realizados testes com os aparelhos de refrigeração para realizar a entrada de ar fresco no interior da estrutura. Porém, não há previsão desses testes serem instrumentados para detalhar com precisão a quantidade de ar entrando. Por esse motivo, o condomínio recebe um total de 01 pontos do total de 02 pontos no quesito de avaliação da qualidade interna do ar Conforto térmico Para priorizar o conforto térmico na edificação avaliada, serão utilizados aparelhos de refrigeração com múltiplos estágios de climatização, permitindo ao usuário definir a melhor temperatura e umidade de cada ambiente. O controle individual da temperatura estará presente em mais de 50% das áreas de espaços de ocupação individual, atendendo assim a certificação LEED e garantindo a pontuação máxima de 01 pontos no quesito de conforto térmico do edifício Iluminação interna O projeto luminotécnico da edificação prevê múltiplos pontos de iluminação nos ambientes, sendo configurável tanto em áreas comuns como em áreas privadas, permitindo aos usuários definirem a melhor luminosidade, através de vários estágios de iluminação conforme cada ocasião. Para áreas externas, corredores internos e áreas comuns, serão utilizadas lâmpadas com a tecnologia LED, que são voltadas à um menor consumo de energia, além de proporcionarem uma vida útil maior. Isso gera uma economia na conta de

78 77 energia elétrica, além de reduzir a quantidade de manutenções desses sistemas durante a fase de ocupação do prédio. Por tratar-se de um projeto luminotécnico avançado e moderno, a edificação recebe a pontuação máxima de 02 pontos na certificação LEED na categoria de iluminação interna Luz do dia A edificação estudada possui um projeto arquitetônico moderno, o que privilegia a interação entre os moradores e a natureza. Devido a isso, aumentou-se a área das esquadrias na estrutura, criando espaços com grandes áreas envidraçadas, permitindo a ampla entrada de luz solar, de acordo com a figura 21. Para um melhor controle dessa luz, o projeto prevê brises automatizados nas fachadas para permitir ao usuário regular a quantidade de luminosidade solar desejada. Figura 21 - Grandes espaços abertos destinados as esquadrias para a entrada de luz solar Fonte: Autor, Contudo, não foi previsto orçamento para realizar testes e ensaios relativos a quantidade de luminosidade natural presente nos cômodos da edificação, tornandose assim inviável determinar esses parâmetros no momento para a certificação

79 78 LEED. Por esse motivo, o empreendimento recebe a pontuação de 02 pontos do total de 03 pontos no quesito de luz do dia Vistas de qualidade A intenção da equipe projetista foi buscar lugares com belas vistas e paisagens para a edificação do empreendimento imobiliário. Encontrou-se o terreno próximo ao mar, atendendo todos os pré-requisitos definidos para a alocação da estrutura. Assim, a edificação estudada encontra-se em uma área geográfica privilegiada, estando próximo do mar, fauna, flora, morros e vistas da cidade, conforme figura 22. Os apartamentos residenciais possuem amplas áreas abertas de sacadas e janelas, proporcionando a vista de paisagens lindas e um contato direto com a natureza. Figura 22 - Vista da estrutura, mostrando mar, flora e a cidade Fonte: Autor, O empreendimento cumpre todos os requisitos da certificação LEED ao proporcionar aos moradores vistas diversas e bonitas (figura 23), trazendo conforto e bem-estar aos ocupantes do imóvel. Por esse motivo, a edificação recebe a pontuação máxima no quesito vistas de qualidade.

80 79 Figura 23 - Vista da edificação mostrando os morros do local Fonte: Autor, Performance acústica A equipe de projetos da edificação estudada preocupou-se com o conforto e o bem-estar dos futuros moradores do empreendimento. Buscou-se, empregar materiais fonoabsorventes para que os ruídos dos apartamentos vizinhos não se propagassem aos demais. Entre a superfície da laje do apartamento e o contrapiso, utilizou-se uma manta acústica (figura 24) para absorver os ruídos provenientes do contato da sola do sapato com o piso e ao se arrastar móveis. Sobre essa manta, coloca-se uma malha de aço para reforço e, sob ela, uma camada de concreto para a proteção do conjunto. Outra medida adotada para reduzir a propagação dos ruídos entre as unidades autônomas foi a utilização de manta acústica para envelopar as canalizações hidráulicas e de esgoto, conforme a figura 25. Esse material é utilizado para absorver o som da passagem de água nas tubulações do apartamento superior, não trazendo incômodos aos moradores do apartamento inferior. Em razão das técnicas e dos materiais utilizados para a diminuição da propagação sonora na edificação, ela recebe pontuação máxima na certificação LEED no quesito performance acústica.

81 80 Figura 24 - Manta fonoabsorvente instalada sobre a laje e protegida por malha de aço e concreto Fonte: Autor, Figura 25 - Manta acústica envelopando encanação hidráulica Fonte: Autor, INOVAÇÃO

82 81 Essa categoria busca englobar critérios e créditos que não estão descritos na certificação LEED, encorajando assim projetistas a inovarem na concepção das edificações Performance acústica a ruído exterior Buscando-se o bem-estar e conforto dos futuros moradores da edificação, houve uma preocupação com a poluição sonora externa que poderia adentrar aos apartamentos, trazendo desconforto aos usuários. Para solucionar esse problema, optou-se por utilizar nas janelas e portas, um vidro duplo laminado, trazendo um melhor conforto térmico e acústico aos ambientes. Escolheu-se utilizar também nas esquadrias de portas e janelas em PVC e em seu interior um material fonoabsorvente e térmico, como mostra a figura 26. Essa configuração busca aumentar a eficiência do conjunto das vedações da edificação em relação à propagação sonora e térmica evitando as trocas entre o interior com o exterior. Figura 26 - Esquadrias de vedação em PVC com material fonoabsorvente e térmico em seu interior Fonte: Autor, 2017.

83 82 A preocupação da equipe projetista durante a fase de projeto e execução da estrutura, garante a obra a pontuação máxima de 01 ponto no quesito de inovação, na categoria de performance acústica à ruído exterior Madeira legalizada Na edificação estudada, utiliza-se madeira em muitas etapas da obra. Isso se deve ao material ser relativamente barato, fácil de manusear e possuir boas características mecânicas em relação a esforços. Toda a madeira comprada e utilizada no canteiro de obras é certificada e vem de madeireiras cadastradas junto a órgãos ambientais responsáveis por esse controle. O madeiramento utilizado é originário de reflorestamento e utiliza-se também material compensado, por ser mais ecológico, pois é confeccionado com refugo de diversas parte da madeira. No canteiro de obras há também reciclagem desse material, sendo utilizado várias vezes e para diversas finalidades. Ao fim de sua vida útil, a madeira é reaproveitada, sendo enviada para termoelétricas, onde é queimada para a geração de energia elétrica. Os métodos utilizados in loco para o gerenciamento da madeira, encontramse de acordo com os princípios da certificação LEED, assim, a edificação analisada recebe 02 pontos no quesito de inovação, sobre o tema de madeira legalizada Produção local de comida O projeto da edificação estudada busca a interação entre os futuros moradores e a natureza do local. Visando-se este objetivo, estão previstas áreas para o cultivo de plantas frutíferas, jardins e floreiras. Haverá locais específicos no terreno para que os moradores possam cultivar uma horta comunitária, plantando arvores de frutos, hortaliças e temperos. Ademais, nas sacadas do edifício, reservou-se um local para a implantação de floreiras, que podem ser preenchidas com flores ou temperos para os moradores de cada apartamento. Enquanto que nos apartamentos duplex, há uma área maior reservada a essa mesma finalidade, sendo o morador do imóvel o responsável por decidir qual planta será colocada no local para seu próprio interesse.

84 83 Observando-se as características da edificação, nota-se que ela atende aos critérios do LEED no quesito de créditos pilotos, recebendo a pontuação máxima de 01 ponto na categoria de produção local de comida Controles interativos para conforto térmico Buscando-se o conforto e o bem-estar dos futuros moradores da edificação utilizada no estudo de caso, há diversos sistemas que cumprem essa demanda. Por exemplo, sistemas de controle de temperatura são fundamentais para proporcionar um ambiente confortável e relaxante às pessoas. Ainda, os apartamentos da edificação possuirão diversas tecnologias e aparelhos para melhor controlar a temperatura em cada ambiente, proporcionando uma personalização mais intensa e, também, terão climatização central com segmentação da temperatura por ambiente. Nos banheiros das suítes dos apartamentos, há calefação do piso, conforme figura 27. Esse sistema é constituído de filamentos elétricos, depositados sobre uma manta refletiva de radiação térmica, envoltos em concreto para proteção. Assim, ele possui um controle que permite regular a temperatura desejada, sendo capaz de aquecer todo o ambiente em dias de temperatura mais amena. Figura 27 - Instalação do piso aquecido Fonte: Autor, 2017.

85 84 Tanto os sistemas de calefação quanto a climatização são capazes de ser automatizados, permitindo-se determinar a temperatura adequada e determinar horários para ligar e desligar. A edificação recebe, dessa forma, a pontuação máxima de 01 ponto na certificação LEED no quesito de controles interativos para conforto térmico Profissional credenciado LEED Todo o projeto da edificação foi balizado pelas prerrogativas da construção ecológica e sustentável, visando interagir de forma harmoniosa o condomínio e a natureza do entorno. Entretanto, não há na equipe projetista um membro que possuía associação com a certificação LEED e, por esse motivo, o projeto acaba por não receber a pontuação máxima de 01 ponto no quesito de profissional credenciado pelo selo LEED PRIORIDADE REGIONAL A categoria de prioridade regional é definida pela certificação LEED, e está relacionada com a área geográfica em que a edificação está localizada. Assim, é diferente para cada região do território nacional e a estrutura pode conseguir a pontuação máxima nessa categoria de 04 pontos Redução no uso de água Durante toda a fase de projeto, procurou-se reduzir ao máximo o consumo de água no momento de ocupação da estrutura. Por isso, especificou-se a utilização de torneiras com baixo consumo de água em áreas comuns, a utilização de água da chuva em vasos sanitários e para a limpeza de áreas conjuntas. A edificação recebe assim a pontuação de 01 ponto no critério de prioridade regional Inovação no design

86 85 O layout exterior da edificação é focado no quesito ambiental e ecológico de todo o projeto paisagístico e estrutural do empreendimento. Por isso há a presença de inúmeras plantas na fachada, que proporcionam ao projeto características vivas, pois ela vai se modificando ao longo das estações do ano e com o crescimento das plantas. Esse design proporciona a sensação de movimento, além de reduzir a temperatura da edificação ao passo que as plantas reduzem a incidência direta de raios solares em suas partes. Devido as características especiais de design e acabamento, o empreendimento recebe a pontuação máxima de 01 ponto no quesito de prioridade regional, pois valoriza a inovação na confecção do layout da estrutura Proteção e restauração do habitat natural Visando a proteção da fauna e da flora no local da construção da edificação, optou-se por preservar boa parte da cobertura verde da área, permitindo a permanência de mata nativa e de parques arborizados. Toda a região ao redor da construção é extremamente cuidada para se manter limpa e evitar o acúmulo de lixo e sujeira, o que poderia trazer riscos à integridade física dos animais silvestres que vivem na região. Ademais, previu-se em projeto corredores verdes para reduzir ao máximo qualquer dano ambiental que poderia a vir ser causado. Essas áreas permitem aos animais nativos circularem livremente pelas imediações da edificação, podendo se alimentar e procriar de forma natural, garantindo a perpetuação da espécie. Assim, contribuiu-se para que animais como capivaras, saguis e répteis possam conviver em harmonia com os futuros moradores da edificação. Como resultado das preocupações ambientais demonstradas nos projetos e executadas in loco na obra, é possível receber da certificação LEED a pontuação máxima de 01 ponto Eficiência hídrica no paisagismo O projeto paisagismo do empreendimento cobre uma área considerável de terreno. Para que haja uma melhor interação entre a natureza e o empreendimento o

87 86 paisagismo contará com espelhos d água, floreiras, grama e árvores de diversos portes e espécies. Buscou-se eficiência hídrica máxima nessa área e, então, ao se utilizar plantas resistentes e resilientes ao clima, não é necessária a irrigação constante. Porém, se eventualmente for necessária irrigação, pode-se utilizar a água da chuva armazenada em reservatórios para essa finalidade. Além do mais, a água utilizada nos espelhos d água será dessa mesma fonte e será circulante no sistema através de bombas, para evitar que seja necessária a adição constante de água. Visando-se o apelo ambiental e ecológico do empreendimento residencial, há um baixo consumo de água no projeto paisagístico do local, e ele recebe a pontuação total de 01 ponto no quesito de eficiência hídrica no paisagismo da certificação LEED RESULTADOS A ONG USGBC responsável pela certificação LEED busca a melhor interação entre as construções, o meio ambiente e seus usuários, para criar ambientes acolhedores, seguros e ambientalmente amigáveis. Perseguindo essas metas, o selo verde LEED classifica as edificações de acordo com vários critérios para melhor definir quão eficientes e sustentáveis estruturas assim podem ser. A edificação avaliada possui aspectos construtivos e de projeto voltados para a preservação ambiental, seja durante a fase de projeto, seleção do terreno, execução ou escolha dos materiais. Buscou-se sempre avaliar o melhor custo benefício de toda a cadeia produtiva, usando materiais de baixa emissão de poluentes e tecnologias construtivas ambientalmente corretas. Durante toda a fase de execução do empreendimento, houve preocupação e zelo com a saúde e integridade físicas dos colaboradores das empresas ali presentes. Isso faz com que os operários trabalhem em um local de trabalho seguro e confortável, de acordo com a certificação LEED no sentido de promover o bemestar durante a estadia no canteiro de obras. A localização privilegiada da estrutura, juntamente com os projetos voltados a redução do impacto ambiental, faz com que a edificação receba uma nota alta na certificação LEED. Após a análise de todos os sistemas que compõem as categorias da certificação na classe de novas construções e grandes renovações (BD +C), é

88 87 possível afirmar que a edificação obtém 80 pontos conforme tabela 1. O selo verde possui um total de 110 pontos possíveis, e a edificação estudada obteve pontuação suficiente para atingir o nível Platinum da certificação LEED, sendo este o patamar mais elevado. O empreendimento analisado no estudo de caso obteve a pontuação máxima em quase todos os quesitos analisado pelo selo verde. Entretanto, um dos critérios que mais tirou ponto do caso analisado foi a pequena disponibilidade de meios de transporte ao local. Isso se deve ao fato de ser uma região costeira com morros, havendo poucos moradores no local, estradas de pequeno porte e sem comércios no entorno. Assim, a livre circulação de ônibus é dificultada, além de não despertar o interesse econômico das empresas de transporte coletivo no local. A conquista do selo mais alto da certificação LEED, o nível Platinum demonstra o intenso trabalho na fase de pré-projeto, execução e futura manutenção do empreendimento, que buscou sempre aliar o baixo impacto ambiental e sustentabilidade, com o conforto e bem-estar dos futuros usuários da edificação. Dessa forma, a estrutura analisada no estudo de caso torna-se um bom exemplo de arquitetura sofistica e preocupação ambiental que deve inspirar futuras construções na região voltadas à preservação ambiental.

89 88 Tabela 1 Pontuação LEED adquirida pela edificação estudada Fonte: Autor, 2017.

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