Contribuição técnica nº 22

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1 Contribuição técnica nº 22 A APLICAÇÃO DA FERRAMENTA DE CERTIFICAÇÃO LEED PARA AVALIAÇÃO DE EDIFÍCIOS SUSTENTÁVEIS NO BRASIL MUDANÇAS NA CONSTRUÇÃO COM A APLICAÇÃO DO CONCEITO DE SUSTENTABILIDADE Autores: Monique Cordeiro Rodrigues Gracimeire de Carvalho Duarte Maria Christina Rodrigues Xavier de Souza Pereira Patricia Facioli Justi Gutierrez Vieira

2 A APLICAÇÃO DA FERRAMENTA DE CERTIFICAÇÃO LEED PARA AVALIAÇÃO DE EDIFÍCIOS SUSTENTÁVEIS NO BRASIL MUDANÇAS NA CONSTRUÇÃO COM A APLICAÇÃO DO CONCEITO DE SUSTENTABILIDADE Autores: Monique Cordeiro Rodrigues [1] Gracimeire de Carvalho Duarte [2] Maria Christina Rodrigues Xavier de Souza Pereira [3] Patricia Facioli Justi Gutierrez Vieira [3] [1] Doutoranda, Mestre em Engenharia Civil Rio de Janeiro, Brasil [2] Técnica de Edificações - Rio de Janeiro, Brasil [3] Arquiteta e Urbanista - Rio de Janeiro, Brasil

3 SUMÁRIO Introdução Mudanças na Atividade de Construção Civil Sistema de Avaliação de Desempenho Ambiental de Edifícios LEED TM Adaptação da Avaliação Ambiental de Edifícios no Brasil Conceitos de Sustentabilidade Incorporados na Construção Civil Considerações Finais 3

4 INTRODUÇÃO Minimização dos impactos desenvolvimento das metodologias para avaliação ambiental de edifícios Década de 90 Europa, Estados Unidos e Canadá Ciclo de Vida (Life Ciclys Analysis) Atender a ECO 92 Foco na dimensão ambiental melhoria nos materiais 4

5 INTRODUÇÃO Minimização dos impactos Modernização dos sistemas construtivos Investimentos nas áreas de energia Redução de resíduos da construção No Brasil Muito a desenvolver, porém a maior divulgação do assunto, tem aumentado o interesse do mercado 5

6 MUDANÇAS NA ATIVIDADE DE CONSTRUÇÃO CIVIL Sustentabilidade (Triple Bottom Line) Sustentabilidade econômica Crescimento econômico Sustentabilidade corporativa Proteção ambiental Comunidade e eqüidade Sustentabilidade ambiental Sustentabilidade social 6

7 MUDANÇAS NA ATIVIDADE DE CONSTRUÇÃO CIVIL Desafio projetar e construir, visando o bem estar social e ambiental. Necessidade de visão holística do processo Atitudes Multidisciplinares Integração e comprometimento Estudo do entorno da edificação Estudo integrado entre projetos Otimização e gestão de recursos Diretrizes para todas as fases do Projeto 7

8 MUDANÇAS NA ATIVIDADE DE CONSTRUÇÃO CIVIL Certificações - sistemas de avaliação desenvolvidos. 8

9 SISTEMAS DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO AMBIENTAL DE EDIFÍCIOS Dividido, em geral, em duas categorias: Absorve as necessidades do mercado (LEED TM ) Esquemas orientados para pesquisa, com fundamentação científica, porém a utilização do mercado é mais complexa. 9

10 LEED TM Leadership in Energy and Environmental Design (LEED ) Início EUA, 1996 Objetivo Facilitar a transferência de conhecimentos para o mercado Forma de reconhecimento Versão Piloto (LEED 1.0)

11 LEED TM Avaliação Nivelamento mínimo obrigatório Pré-requisitos Classificação de desempenho requisitos Comprovação através de documentos 11

12 LEED TM Sistema de implementação Check-list 12

13 LEED TM Baseado em Normas e Recomendações de organismos reconhecidos (ASHRAE, EPA, entre outros) Critérios verificados Implantação Eficiência energética Eficiência hídrica Redução de emissões de CO 2 Controle da qualidade do ambiente interno Gestão de recursos e impactos Comissionamento 13

14 LEED TM Diferentes níveis de certificação (Novas Construções) Platinum (>52 pts) Ouro (39-51 pts) Prata (33-38 pts) Certificado (26-32 pts) 14

15 LEED TM Dificuldade de aplicação no Brasil Considerações para o clima dos Estados Unidos Receptividade do mercado brasileira em se adequar a metodologia Demora da implementação no Brasil Para tomada de decisão Pesos das categorias são idênticos Amigável para projetistas Impacto negativo por falsas propagandas (Greenwashing) 15

16 LEED TM Categorias avaliadas pela metodologia Sistema de avaliação LEED TM grau de profundidade Consumo de recursos Alto Emissões Médio Qualidade do Ambiente Interno Médio Longevidade Médio Processo Médio Fatores contextuais Médio OBS: Dados comparativos entre diversas metodologias de avaliação Escopo do sistema de avaliação ambiental de edifícios 16

17 LEED TM Categorias avaliadas pela metodologia Categoria LEED TM (%) Estratégias de implantação 20,3 Uso de água 7,3 Uso de energia 21,7 Materiais e resíduos 18,8 Prevenção de poluição 0,0 Qualidade ambiente interno 18,8 Qualidade dos serviços 2,9 Gestão ambiental processo 10,1 Desempenho econômico 0,0 OBS: Categorias feitas pelos autores consagradas, a fim de facilitar a comparação entre diversas metodologias de avaliação Distribuição de categorias de impacto ambiental 17

18 LEED TM Metodologia de Avaliação 18 Distribuição de categorias do LEED - NC

19 LEED TM Espaço Sustentável (SS) Controle de Erosão e Sedimentação Seleção no local do terreno Melhor implementação análise prévia, através de metas a serem atingidas Impactos no sistema de transporte, públicos, convencionais ou alternativos também são considerados, devendo ser incentivado a utilização do transporte coletivo Recuperação de áreas contaminadas Gestão de áreas impermeabilizadas Controle e Qualidade do Projeto Pluvial Efeito de Ilha de Calor SS Redução da Poluição Sonora 19

20 LEED TM Uso Eficiente da Água (WE) Redução do consumo de água potável Novas tecnologias para o sistema de águas Reaproveitamento de água WE 20

21 LEED TM Energia e Atmosfera (EA) Comissionamento Consumo mínimo de energia Considerar aproveitamento da iluminação natural e ventos predominantes Eficiência energética, sistemas de automação e utilização de equipamentos mais eficientes Utilização de energia renovável EA 21

22 LEED TM Materiais e Recursos (MR) Coleta seletiva Reuso de construção Gestão de resíduos Reuso dos materiais Escolha dos materiais, priorizando os com teor de recicláveis, processadores e fabricados regionalmente Utilização de madeira certificada MR 22

23 LEED TM Qualidade do Ambiente Interno (EQ) Melhorar o ar interno, contribuindo para o conforto e bem estar dos usuários Controle da fumaça do tabaco Plano de implementação do ar interno durante a obra e antes a ocupação Materiais com baixa emissão EQ 23

24 ADAPTAÇÃO DA AVALIAÇÃO AMBIENTAL DE EDIFÍCIOS NO BRASIL Adesão a partir de 2000 Dificuldade - diferenças existentes entre os países, além da grande extensão do Brasil CO 2 ligada a climas frios. Brasil melhor o controle durante a produção dos materiais de construção Investimento em melhoria da eficiência energética Necessidade de incorporar a dimensão social Aplicar as três dimensões da sustentabilidade Melhor modelo Pré-requisitos + créditos + bônus 24

25 ADAPTAÇÃO DA AVALIAÇÃO AMBIENTAL DE EDIFÍCIOS NO BRASIL Certificações no Brasil 18 Empreendimentos Certificados Por categorias Por nível 25 Por localidade Fonte: GBC Brasil Agosto 2010

26 ADAPTAÇÃO DA AVALIAÇÃO AMBIENTAL DE EDIFÍCIOS NO BRASIL Certificações no Brasil 74 Empreendimentos não sigilosos em certificação, num total de 190 registros Por categorias Por localidade 26 Fonte: GBC Brasil Agosto 2010

27 CONCEITOS DE SUSTENTABILIDADE INCORPORADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Implementação enfrenta dificuldades Cadeia produtiva Produção extremamente artesanal Dificuldade de modificação de cultura Conceito equivocado de aumento de prazo e custo Alteração por produtos similares Necessidades Maior divulgação Conceitos incorporados na fase conceitual Comprometimento de todas as partes envolvidas 27

28 CONCEITOS DE SUSTENTABILIDADE INCORPORADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL REUSO DE ÁGUAS Implementado em diversas fases Fase de projeto sistema de águas, reuso de águas de chuvas para vasos sanitários e irrigação A calha situa-se na área intermediária, abastecendo o reservatório superior Sistema de captação de água de chuva (Revista Techne) 28

29 CONCEITOS DE SUSTENTABILIDADE INCORPORADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL REUSO DE ÁGUAS Implementado em diversas fases Fase de projeto as águas cinzas tratadas nas Estações de Tratamento e Reuso de Águas (ETRA) Edifício Águas cinzas Água gelada Ar condicionado ETRA 29 Exemplo ETRA

30 CONCEITOS DE SUSTENTABILIDADE INCORPORADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL REUSO DE ÁGUAS Implementado em diversas fases Fase de obras água de chuva para umectação, limpeza de equipamentos ou no processo de cura dos concretos. As próprias cisterna do edifício, após serem construídas, podem ser utilizadas para esta finalidade, diminuindo os custos 30 Umectação da via

31 CONCEITOS DE SUSTENTABILIDADE INCORPORADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS O aço até 95% de recicláveis Reduz a geração de resíduos, com a obra mais limpa, com maior precisão Lajes em steel deck aumenta a produtividade Estruturas aparafusadas evitam os resíduos e os fumos causados pela solda em campo A pintura na fábrica também diminui a emissão de voláteis provenientes da pintura 31

32 CONCEITOS DE SUSTENTABILIDADE INCORPORADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL PRÉ-MOLDADOS E PLACAS Alvenaria gera muito resíduos Fechamentos externos com pré-moldados de concreto Dimensionado em fábrica Aumentam a precisão devido ao maior controle de qualidade Diminuem os resíduos Aumentam a produtividade e diminuem o tempo de execução 32 Placas de piso pré-moldadas de concreto

33 CONCEITOS DE SUSTENTABILIDADE INCORPORADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL PRÉ-MOLDADOS E PLACAS Fechamentos externos com pré-moldados de concreto Podem ser produzidos com cimento com adição de materiais reaproveitados Flexível, pode ser utilizado em diferentes fachadas, com diferentes formas 33 Fechamento em pré-moldado de concreto (Pavi do Brasil)

34 CONCEITOS DE SUSTENTABILIDADE INCORPORADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL PRÉ-MOLDADOS E PLACAS Fechamentos internos Placas de Gesso Acartonado ou Placas Cimentícias Facilidade de manutenção Resíduos podem ser devolvidos ao próprio fabricante 34 Gesso acartonado Placas cimentícias

35 CONCEITOS DE SUSTENTABILIDADE INCORPORADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL ACABAMENTO EM CARPETE EM PLACA Facilitam a manutenção Utilização de colas que permitam a sua posterior recolocação Resíduos podem ser devolvidos ao fabricante 35 Carpete em placa

36 CONCEITOS DE SUSTENTABILIDADE INCORPORADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL PROTEÇÃO DE SOLOS E MATERIAIS FINOS Redução o carreamento dos materiais finos para as vias públicas Proteção de baias ou lonas A proteção ligado ao carreamento; Umectação ligado a suspensão do material no ar Aproveitamento da topografia, minimizando movimentações de terra 36 Suspensão Carreamento

37 CONCEITOS DE SUSTENTABILIDADE INCORPORADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL REAPROVEITAMENTO DE RESÍDUOS NA OBRA Fase de obra, com o apoio da força de trabalho, através de campanhas de reaproveitamento Redução de custos com o reaproveitamento Peças de concreto com os resíduos de concretagem Restos de madeira para placas de sinalização, mesas, cadeiras, entre outros 37 Reaproveitamento da madeira

38 CONCEITOS DE SUSTENTABILIDADE INCORPORADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL REAPROVEITAMENTO DE RESÍDUOS NA OBRA Redução de custos com o reaproveitamento Corpos de prova de concreto podem ser utilizados para fazer caminhos para pedestres Coleta Seletiva Reaproveitamento corpo de prova 38

39 CONSIDERAÇÕES FINAIS Novas técnicas de construção podem agilizar o processo e diminuir os gastos com os resíduos gerados Investimentos em novos produtos Quando planejado, pode diminuir o prazo de execução das atividades Investimentos iniciais podem ser incorporados e os gastos reduzidos (ex. resíduos) Conscientização da força de trabalho 39

40 CONSIDERAÇÕES FINAIS Aumento do interesse no Brasil, sendo fundamental a incorporação destes conceitos pelo mercado Necessário maior número de pesquisas para banco de dados confiável de comparação, além de políticas de regulamentações especificas Incorporação dos conceitos desde a formação acadêmica dos profissionais Incentivo as avaliações brasileiras em fase de implementação PROCEL EDIFICA e desenvolvimento AQUA 40

41 CONSIDERAÇÕES FINAIS Mudança de conceito Incorporar conceitos de Sustentabilidade, e não busca por Certificação As certificações deverão ser conseqüência direta e não apenas atendimento de requisitos. Desta forma, haverá o avanço do estilo construtivo do Brasil e, por conseqüência, do setor da Construção Civil. 41

42 OBRIGADA! Contatos 42