TELEMÓVEiS Vá onde os bilhetes. "móveis" o levam

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1 TELEMÓVEiS Vá onde os bilhetes "móveis" o levam

2 Telemóveis Vá onde os bilhetes no telemóvel o levam Os telemóveis têm hoje funcionalidades que vão muito além da realização de uma chamada de voz ou do envio de SMS. Entre todas as opções possíveis podem, por exemplo, "servir de bilhete" para viajar de comboio, entrar num concerto ou ir ao cinema. PATRÍCIA CALÉ/CASA DOS BITS

3 Longe vai o tempo em que o telemóvel servia apenas para fazer chamadas e enviar uma ou outra mensagem escrita Os avanços ao nível das redes de telecomunicações e das funcionalidades dos próprios telefones fazem com que sejam um dispositivo omnipresente do dia-a-dia de muitos de nós, e em diferentes momentos. A par das capacidades adquiridas com os desenvolvimentos tecnológicos, o leque de serviços associados ao telemóvel continua a crescer e é cada vez mais diversificado, seja no plano pessoal como profissional. Uma das áreas apresentadas como mais promissoras é á do "mobile ticketing", ou "bilhética móvel", traduzindo o termo para português. Num caso ou no outro, o conceito refere-se à possibilidade de "transformar" o telemóvel num bilhete que pode levá-lo numa viagem de comboio, de metro ou de autocarro, a um jogo de futebol, a um festival de música ou mesmo ao cinema. Os exemplos não foram escolhidos à toa. Em Portugal, existem várias propostas nestas áreas, umas já devidamente experimentadas e em pleno funcionamento, outras ainda em testes, como é o caso do projecto que leva (precisamente) o nome de Mobile Ticketing. A iniciativa, apresentada em Outubro de 2009, junta as três operadoras móveis, TMN, Vodafone e Optimus, e a Oberthur Technologies - empresa fornecedora de cartões Lisboa Viva e de cartões paratelemóveis -, em parceria com a OTLIS - Operadores de Transportes da Área Metropolitana de Lisboa, e tem por objectivo a desmaterialização dos títulos de viagem, através do telemóvel. Condicionada a um grupo restrito de participantes e ao serviço de transportes do Metropolitano de Lisboa, a experiência tem por base a utilização de telemóveis com a tecnologia NFC (Near Field Communication), com um cartão SIM onde estão guardados os bilhetes e passes. Um dia que o Mobile Ticketing sejalançado comercialmente, os clientes das operadoras móveis vão poder comprar e carregar o seu título de viagem no próprio telemóvel, com o acesso ao transporte público a fazer-se encostando o telefone ao validador ou à porta de acesso ao cais de embarque, em substituição dos habituais cartões de papel ou plástico. A NFC é uma das tecnologias que está a impulsionar a bilhética móvel, embora ainda existam poucos terminais no mercado com tal capacidade - uma lacuna que deverá ser resolvida em breve, atendendo às previsões de lançamento de várias fabricantes. Outra das possibilidades mais comuns é a aquisição de bilhetes via Short Message Service (SMS), uma solução que consiste no envio de um código de barras 2D, através de SMS que depois é validado no local em causa. O serviço "Bilhetes sem Fila" do Benfica é um exemplo. Lançado em Março de 2010, o conceito serviu para incentivar a compra de ingressos através dos canais multimédia e está em pleno funcionamento. O mesmo acontece com o m.ticket, um serviço desenvolvido pela myadlab (empresa do grupo Sendit) a pedido da Vodafone e da Zon Lusomundo para a compra de bilhetes de cinema electrónicos via telemóvel. Além dos serviços actualmente disponíveis, os portugueses já tiveram a oportunidade de experimentar os benefícios do "mobile ticketing" noutras ocasiões, como na edição de 2010 do Rock inßio. Além das caixas multibanco e dos "call centers", no que diz respeito aos pontos de venda virtuais, os mais de 500 mil bilhetes de entrada para a Cidade do Rock puderam ser adquiridos pela Internet e via telemóvel, através de SMS, suportado Vodafone. pela operadora No último caso, o acesso ao recinto do festival foi feito com a apresentação do código recebido por mensagem num dos leitores ópticos instalados nas portas de acesso ao festival. Experiência idêntica foi proporcionada pela Innovagency, com recurso à plataforma da Blueticket, ao desenvolver uma solução de "mobile ticketing" activado por QRCodes (ou códigos 2d) para o Estoril Open de Para ler os códigos, que surgiam em diversos meios (imprensa, "outdoors", mupis), era necessário usar um "smartphone" com uma aplicação própria para o efeito. Ao "dispararem" sobre o QRCode, os utilizadores eram encaminhados automaticamente para uma página "web" onde podiam obter mais informações sobre o evento e adquirir os bilhetes. Aoperadora TMN e o Pavilhão Atlântico chegaram a ter uma parceria, em serviço (que também levavao nome de "m-ticket", tal como o lançado recentemente pela Vodafone e pela Zon) permitia a aquisição de bilhetes para qualquer espectáculo, através do "site" do Pavilhão, e a recepção de seguida no telemóvel, por SMS, mas foi descontinuado.

4 TELEMÓVEL COMO BILHETE DE TROCA Ainda não é um conceito generalizado, mas já vão existindo opções que actualmente permitem o uso do telemóvel como bilhete de acesso para várias alternativas, do desporto às salas de espectáculos, passando pelos transportes. Bilhetes sem fila Em Março de 2010, o Sport Lisboa e Benfica começou a testar um novo serviço denominado "Bilhetes sem. Fila", através do qual pretendia incentivar a compra de ingressos através dos canais multimédia. Entre as várias opções de entrega do bilhete estava a validação através de mensagem no telemóvel, que ainda hoje se mantém. Os bilhetes adquirem-se via internet e, para os sócios do clube, é enviada uma SMS com a descrição das coordenadas do seu lugar (porta, bancada, sector, fila e lugar), embora o acesso ao estádio seja feito exclusivamente através do cartão de sócio. Os bilhetes para o restante público são validados com a recepção de uma mensagem no telemóvel que descreve o sector, fila e lugar, bem como uma imagem (pictograma) que, quando encostada ao torniquete, permite o acesso ao Estádio da Luz. O serviço está disponível números operadoras nacionais o telefone para os das móveis e, no caso de ser de marca Alcatel, Nokia, Sharp, Siemens e Sony Ericsson, o único requisito necessário é que receba a SMS (acresce o custo de 0,10 euros por encomenda, do número de bilhetes adquiridos). Para as restantes marcas, o cliente deverá ter um telemóvel que permita navegar na Internet. Aqui, o custo de acesso ao pictograma irá variar consoante o tarifário contratado. Antes de se dirigirem ao estádio, os portadores do bilhete por SMS devem garantir tem bateria que o telemóvel suficiente, para que o possam validar. Os portadores de bilhetes SMS beneficiam de entradas exclusivas do estádio especiais de acesso, devidamente assinaladas. no perímetro e de torniquetes nas portas m.ticket mticket.vodafone.pt Resulta de uma parceria entre a Vodafone e a Zon Multimédia e possibilita a compra de bilhetes de cinema electrónicos através do telemóvel, do sistema operativo, operador móvel ou modelo de telefone. O m.ticket pode ser acedido de duas formas: via aplicação para telefones Android e para os modelos iphone da Apple ou através do site móvel mticket.vodafone.pt. A aplicação para o tablet ipad está a ser desenvolvida. Apesar de estar acessível da rede móvel utilizada, os clientes da Vodafone beneficiam de um desconto de cerca de 30% no preço de cada bilhete comprado - que sai a 4,25 euros. A par deste desconto, mantêm-se os preços especiais para estudantes e seniores, estando também asseguradas as vantagens associadas ao MyZon Card. Depois de fornecer o seu número de telemóvel (onde receberá a SMS com o bcode que lhe dará acesso à sala de cinema) tem dois meios de pagamento à escolha: por crédito ou através do serviço MB Phone (a que pode aderir em qualquer ATM Multibanco). Pagamento realizado, o utilizador recebe uma mensagem com o código dos bilhetes comprados. A entrada nas salas é feita "passando" o telemóvel com a SMS apresentada no ecrã nos leitores que estarão no hall de acesso do cinema em questão.

5 Embora quando começou a vender bilhetes através da Internet, em Setembro de 2005, a intenção fosse a de alargar a funcionalidade aos comboios urbanos, regionais e de carga, o netticket continua apenas a permitir a aquisição de títulos de transporte para os serviços de longo curso (Alfas e Intercidades). Para realizar a compra, tem de ser um cliente registado no mycp e possuir cartão de crédito, o método de pagamento disponível. Os bilhetes podem ser adquiridos com 30 dias de antecedência, aplicando- :se os descontos habituais, nomeadamente para sénior, criança e Cartão Jovem, entre outros. A validação dos títulos de viagem faz-se com o envio dos dados por e- -mail e por SMS, que terão de ser mostrados, um ou outro, ao revisor durante a viagem em causa, a par da identificação do titular do bilhete. Com uma versão 'mobile' do seu website lançada há pouco tempo, a Blueticket permite a compra de bilhetes usando um telemóvel com ligação à Internet. O pagamento é feito com recurso ao MB Phone, um sistema que tem de ser activado junto do respectivo operador de comunicações móveis, e que permite uma transacção segura que envolve a recepção de uma mensagem no telefone para a confirmação dos dados. A entrega dos bilhetes pode ser feita por várias vias, nomeadamente através de SMS num serviço que a empresa denomina por SMS Ticket.