Centro Educacional Sesc Cidadania. Maratona 2017 Profª Rosekaylle Araújo

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Centro Educacional Sesc Cidadania. Maratona 2017 Profª Rosekaylle Araújo"

Transcrição

1 Centro Educacional Sesc Cidadania Maratona 2017 Profª Rosekaylle Araújo 01 - (ENEM) O rap, palavra formada pelas iniciais de rhythm and poetry (ritmo e poesia), junto com as linguagens da dança (o break dancing) e das artes plásticas (o grafite), seria difundido, para além dos guetos, com o nome de cultura hip hop. O break dancing surge como uma dança de rua. O grafite nasce de assinaturas inscritas pe4los jovens com sprays nos muros, trens e estações de metrô de Nova York. As linguagens do rap, do break dancing e do grafite se tornaram os pilares da cultura hip hop. DAYRELL, J. A música entra em cena: o rap e o funk na socialização da juventude. Belo Horizonte: UFMG, 2005 (adaptado). Entre as manifestações da cultura hip hop apontadas no texto, o break se caracteriza como um tipo de dança que representa aspectos contemporâneos por meio de movimentos a) retilíneos, como crítica aos indivíduos alienados. b) improvisados, como expressão da dinâmica da vida urbana. c) suaves, como sinônimo da rotina dos espaços públicos. d) ritmados pela sola dos sapatos, como símbolo de protesto. e) cadenciados, como contestação às rápidas mudanças culturais. mantido por um diretor que de tempos a tempos reformava o estabelecimento, pintando-o jeitosamente de novidade, como os negociantes que liquidam para recomeçar com artigos de última remessa; o Ateneu desde muito tinha consolidado crédito na preferência dos pais, sem levar em conta a simpatia da meninada, a cercar de aclamações o bombo vistoso dos anúncios. O Dr. Aristarco Argolo de Ramos, da conhecida família do Visconde de Ramos, do Norte, enchia o império com o seu renome de pedagogo. Eram boletins de propaganda pelas províncias, conferências em diversos pontos da cidade, a pedidos, à substância, atochando a imprensa dos lugarejos, caixões, sobretudo, de livros elementares, fabricados às pressas com o ofegante e esbaforido concurso de professores prudentemente anônimos, caixões e mais caixões de volumes cartonados em Leipzig, inundando as escolas públicas de toda a parte com a sua invasão de capas azuis, róseas, amarelas, em que o nome de Aristarco, inteiro e sonoro, oferecia-se ao pasmo venerador dos esfaimados de alfabeto dos confins da pátria. Os lugares que os não procuravam eram um belo dia surpreendidos pela enchente, gratuita, espontânea, irresistível! E não havia senão aceitar a farinha daquela marca para o pão do espírito. POMPÉIA, R. O Ateneu. São Paulo: Scipione, Ao descrever o Ateneu e as atitudes de seu diretor, o narrador revela um olhar sobre a inserção social do colégio demarcado pela a) ideologia mercantil da educação, repercutida nas vaidades pessoais. b) interferência afetiva das famílias, determinantes no processo educacional. c) produção pioneira de material didático, responsável pela facilitação do ensino. d) ampliação do acesso à educação, com a negociação dos custos escolares. e) cumplicidade entre educadores e famílias, unidos pelo interesse comum do avanço social (ENEM) TEXTO I 02 - (ENEM) Um dia, meu pai tomou-me pela mão, minha mãe beijou-me a testa, molhando-me de lágrimas os cabelos e eu parti. Duas vezes fora visitar o Ateneu antes da minha instalação. Ateneu era o grande colégio da época. Afamado por um sistema de nutrido reclame, MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

2 MORAES, V.; TOQUINHO. Bossa Nova, sua história, sua gente. São Paulo: Universal; Philips,1975 (fragmento). O trecho da canção de Toquinho e Vinícius de Moraes apresenta marcas do gênero textual carta, possibilitando que o eu poético e o interlocutor FREUD, L. Francis Wyndham. Óleo sobre tela, 64 x 52 cm. Coleção pessoal, TEXTO II Lucian Freud é, como ele próprio gosta de relembrar às pessoas, um biólogo. Mais propriamente, tem querido registrar verdades muito específicas sobre como é tomar posse deste determinado corpo nesta situação particular, neste específico espaço de tempo. SMEE, S. Freud. Köln: Taschen, Considerando a intencionalidade do artista, mencionada no Texto II, e a ruptura da arte no século XX com o parâmetro acadêmico, a obra apresentada trata do(a) a) exaltação da figura masculina. b) descrição precisa e idealizada da forma. c) arranjo simétrico e proporcional dos elementos. d) representação do padrão do belo contemporâneo. e) fidelidade à forma realista isenta do ideal de perfeição (ENEM) Carta ao Tom 74 Rua Nascimento Silva, cento e sete Você ensinando pra Elizete As canções de canção do amor demais Lembra que tempo feliz Ah, que saudade, Ipanema era só felicidade Era como se o amor doesse em paz Nossa famosa garota nem sabia A que ponto a cidade turvaria Esse Rio de amor que se perdeu Mesmo a tristeza da gente era mais bela E além disso se via da janela Um cantinho de céu e o Redentor É, meu amigo, só resta uma certeza, É preciso acabar com essa tristeza É preciso inventar de novo o amor a) compartilhem uma visão realista sobre o amor em sintonia com o meio urbano. b) troquem notícias em tom nostálgico sobre as mudanças ocorridas na cidade. c) façam confidências, uma vez que não se encontram mais no Rio de Janeiro. d) tratem pragmaticamente sobre os destinos do amor e da vida citadina. e) aceitem as transformações ocorridas em pontos turísticos específicos (ENEM) Ao se apossarem do novo território, os europeus ignoraram um universo de antiga sabedoria, povoado por homens e bens unidos por um sistema integrado. A recusa em se inteirar dos valores culturais dos primeiros habitantes levou-os a uma descrição simplista desses grupos e à sua sucessiva destruição. Na verdade, não existe uma distinção entre a nossa arte e aquela produzida por povos tecnicamente menos desenvolvidos. As duas manifestações devem ser encaradas como expressões diferentes dos modos de sentir e pensar das várias sociedades, mas também como equivalentes, por resultarem de impulsos humanos comuns. SCATAMACHIA, M. C. M. In: AGUILAR, N. (Org.). Mostra do redescobrimento: arqueologia. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo Associação Brasil 500 anos artes visuais, De acordo com o texto, inexiste distinção entre as artes produzidas pelos colonizadores e pelos colonizados, pois ambas compartilham o(a) a) suporte artístico. b) nível tecnológico. c) base antropológica. d) concepção estética. e) referencial temático (ENEM) Poesia quentinha Projeto literário publica poemas em sacos de pão na capital mineira Se a literatura é mesmo o alimento da alma, então os mineiros estão diante de um verdadeiro MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

3 banquete. Mais do que um pãozinho com manteiga, os moradores do bairro de Barreiro, em Belo Horizonte (MG), estão consumindo poesia brasileira no café da manhã. Graças ao projeto Pão e Poesia, que faz do saquinho de pão um espaço para veiculação de poemas, escritores como Affonso Romano de Sant Anna e Fernando Brant dividem espaço com estudantes que passaram por oficinas de escrita poética. São ao todo 250 mil embalagens, distribuídas em padarias da região de Belo Horizonte, que trazem a boa literatura para o cotidiano de pessoas, além de dar uma chance a escritores novatos de verem seus textos impressos. Criado em 2008 por um analista de sistemas apaixonado por literatura, o Pão e Poesia já recebeu dois prêmios do Ministério da Cultura. Língua Portuguesa, n. 71, set A proposta de um projeto como o Pão e Poesia objetiva inovar em sua área de atuação, pois a) privilegia novos escritores em detrimento daqueles já consagrados. b) resgata poetas que haviam perdido espaços de publicação impressa. c) prescinde de critérios de seleção em prol da popularização da literatura. d) propõe acesso à literatura a públicos diversos. e) alavanca projetos de premiações antes esquecidos (ENEM) consumidor do mercado gráfi co. O recurso da linguagem verbal que contribui para esse destaque é o emprego a) do termo fácil no início do anúncio, com foco no processo. b) de adjetivos que valorizam a nitidez da impressão. c) das formas verbais no futuro e no pretérito, em sequência. d) da expressão intensificadora menos do que associada à qualidade. e) da locução do mundo associada a melhor, que quantifica a ação (ENEM) 14 coisas que você não deve jogar na privada Nem no ralo. Elas poluem rios, lagos e mares, o que contamina o ambiente e os animais. Também deixa mais difícil obter a água que nós mesmos usaremos. Alguns produtos podem causar entupimentos: Cotonete e fio dental; medicamento e preservativo; óleo de cozinha; ponta de cigarro; poeira de varrição de casa; fio de cabelo e pelo de animais; tinta que não seja à base de água; querosene, gasolina, solvente, tíner. Jogue esses produtos no lixo comum. Alguns deles, como óleo de cozinha, medicamento e tinta, podem ser levados a pontos de coleta especiais, que darão a destinação final adequada. MORGADO, M.; EMASA. Manual de etiqueta. Planeta Sustentável, jul.-ago (adaptado). O texto tem objetivo educativo. Nesse sentido, além do foco no interlocutor, que caracteriza a função conativa da li nguagem, predomina também nele a função referencial, que busca Disponível em: Acesso em: 21 fev (adaptado). A rapidez é destacada como uma das qualidades do serviço anunciado, funcionando como estratégia de persuasão em relação ao a) despertar no leitor sentimentos de amor pela natureza, induzindo-o a ter atitudes responsáveis que beneficiarão a sustentabilidade do planeta. b) informar o leitor sobre as consequências da destinação inadequada do lixo, orientandoo sobre como fazer o correto descarte de alguns dejetos. c) transmitir uma mensagem de caráter subjetivo, mostrando exemplos de atitudes sustentáveis do autor do texto em relação ao planeta. MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

4 d) estabelecer uma comunicação com o leitor, procurando certificar-se de que a mensagem sobre ações de sustentabilidade está sendo compreendida. e) explorar o uso da linguagem, conceituando detalhadamente os termos utilizados de forma a proporcionar melhor compreensão do texto (ENEM) Os melhores críticos da cultura brasileira trataram-na sempre no plural, isto é, enfatizando a coexistência no Brasil de diversas culturas. Arthur Ramos distingue as culturas não europeias (indígenas, negras) das europeias (portuguesa, italiana, alemã etc.), e Darcy Ribeiro fala de diversos Brasis: crioulo, caboclo, sertanejo, caipira e de Brasis sulinos, a cada um deles correspondendo uma cultura específica. MORAIS, F. O Brasil na visão do artista: o país e sua cultura. São Paulo: Sudameris, Considerando a hipótese de Darcy Ribeiro de que há vários Brasis, a opção em que a obra mostrada representa a arte brasileira de origem negroafricana é: a) b) Rubem Valentim. Disponível em: Acesso: em 9 jul d) e) Victor Vassarely. Disponível em: Acesso em: 5 jul Gougon. Disponível em: Acesso em: 5 set (ENEM) Gerente Boa tarde. Em que eu posso ajudá-lo? Cliente Estou interessado em financiamento para compra de veículo. Gerente Nós dispomos de várias modalidades de crédito. O senhor é nosso cliente? Cliente Sou Júlio César Fontoura, também sou funcionário do banco. Gerente Julinho, é você, cara? Aqui é a Helena! Cê tá em Brasília? Pensei que você inda tivesse na agência de Uberlândia! Passa aqui pra gente conversar com calma. BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna. São Paulo: Parábola, 2004 (adaptado). Na representação escrita da conversa telefônica entre a gerente do banco e o cliente, observa-se que a maneira de falar da gerente foi alterada de repente devido c) Athos Bulcão. Disponível em: Acesso: em 9 jul Rubens Gerchman. Disponível em: Acesso em: 6 jul a) à adequação de sua fala à conversa com um amigo, caracterizada pela informalidade. b) à iniciativa do cliente em se apresentar como funcionário do banco. c) ao fato de ambos terem nascido em Uberlândia (Minas Gerais). d) à intimidade forçada pelo cliente ao fornecer seu nome completo. e) ao seu interesse profissional em financiar o veículo de Júlio (ENEM) Analise as seguintes avaliações de possíveis resultados de um teste na Internet. MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

5 Veja. 8 jul p.102 (adaptado). Depreende-se, a partir desse conjunto de informações, que o teste que deu origem a esses resultados, além de estabelecer um perfil para o usuário de sites de relacionamento, apresenta preocupação com hábitos e propõe mudanças de comportamento direcionadas a) ao adolescente que acessa sites de entretenimento. b) ao profissional interessado em aperfeiçoamento tecnológico. c) à pessoa que usa os sites de relacionamento para complementar seu círculo de amizades. d) ao usuário que reserva mais tempo aos sites de relacionamento do que ao convívio pessoal com os amigos. e) ao leitor que se interessa em aprender sobre o funcionamento de diversos tipos de sites de relacionamento (ENEM) A música pode ser definida como a combinação de sons ao longo do tempo. Cada produto final oriundo da infinidade de combinações possíveis será diferente, dependendo da escolha das notas, de suas durações, dos instrumentos utilizados, do estilo de música, da nacionalidade do compositor e do período em que as obras foram compostas. Figura A12D_2.jpg. Figura tos/2009/07/07/normal. Figura /edjazzfestival/jazzquartet.jpg. Figura Led-Zeppelin.jpg. Das figuras que apresentam grupos musicais em ação, pode-se concluir que o(os) grupo(s) mostrado(s) na(s) figura(s) a) 1 executa um gênero característico da música brasileira, conhecido como chorinho. b) 2 executa um gênero característico da música clássica, cujo compositor mais conhecido é Tom Jobim. c) 3 executa um gênero característico da música europeia, que tem como representantes Beethoven e Mozart. d) 4 executa um tipo de música caracterizada pelos instrumentos acústicos, cuja intensidade e nível de ruído permanecem na faixa dos 30 aos 40 decibéis. e) 1 a 4 apresentam um produto final bastante semelhante, uma vez que as possibilidades de combinações sonoras ao longo do tempo são limitadas (ENEM) No programa do balé Parade, apresentado em 18 de maio de 1917, foi empregada publicamente, pela primeira vez, a palavra surrealisme. Pablo Picasso desenhou o cenário e a indumentária, cujo efeito foi tão surpreendente que se sobrepôs à coreografia. A música de Erik Satie era uma mistura de jazz, música popular e MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

6 sons reais tais como tiros de pistola, combinados com as imagens do balé de Charlie Chaplin, caubóis e vilões, mágica chinesa e Ragtime. Os tempos não eram propícios para receber a nova mensagem cênica demasiado provocativa devido ao repicar da máquina de escrever, aos zumbidos de sirene e dínamo e aos rumores de aeroplano previstos por Cocteau para a partitura de Satie. Já a ação coreográfica confirmava a tendência marcadamente teatral da gestualidade cênica, dada pela justaposição, colagem de ações isoladas seguindo um estímulo musical. SILVA, S. M. O surrealismo e a dança. GUINSBURG, J.; LEIRNER (Org.). O surrealismo. São Paulo: Perspectiva, 2008 (adaptado). As manifestações corporais na história das artes da cena muitas vezes demonstram as condições cotidianas de um determinado grupo social, como se pode observar na descrição acima do balé Parade, o qual reflete a) a falta de diversidade cultural na sua proposta estética. b) a alienação dos artistas em relação às tensões da Segunda Guerra Mundial. c) uma disputa cênica entre as linguagens das artes visuais, do figurino e da música. d) as inovações tecnológicas nas partes cênicas, musicais, coreográficas e de figurino. e) uma narrativa com encadeamentos claramente lógicos e lineares (ENEM) Para o Mano Caetano 1 O que fazer do ouro de tolo Quando um doce bardo brada a toda brida, Em velas pandas, suas esquisitas rimas? 4 Geografia de verdades, Guanabaras postiças Saudades banguelas, tropicais preguiças? A boca cheia de dentes 7 De um implacável sorriso Morre a cada instante Que devora a voz do morto, e com isso, 10 Ressuscita vampira, sem o menor aviso [...] E eu soy lobo-bolo? lobo-bolo Tipo pra rimar com ouro de tolo? 13 Oh, Narciso Peixe Ornamental! Tease me, tease me outra vez *1 Ou em banto baiano 16 Ou em português de Portugal Se quiser, até mesmo em americano De Natal [...] *1 Tease me (caçoe de mim, importune-me). LOBÃO. Disponível em: Acesso em: 14 ago (adaptado). Na letra da canção apresentada, o compositor Lobão explora vários recursos da língua portuguesa, a fim de conseguir efeitos estéticos ou de sentido. Nessa letra, o autor explora o extrato sonoro do idioma e o uso de termos coloquiais na seguinte passagem: a) Quando um doce bardo brada a toda brida (v. 2) b) Em velas pandas, suas esquisitas rimas? (v. 3) c) Que devora a voz do morto (v. 9) d) lobo-bolo//tipo pra rimar com ouro de tolo? (v ) e) Tease me, tease me outra vez (v. 14) 15 - (ENEM) Cárcere das almas Ah! Toda a alma num cárcere anda presa, Soluçando nas trevas, entre as grades Do calabouço olhando imensidades, Mares, estrelas, tardes, natureza. Tudo se veste de uma igual grandeza Quando a alma entre grilhões as liberdades Sonha e, sonhando, as imortalidades Rasga no etéreo o Espaço da Pureza. Ó almas presas, mudas e fechadas Nas prisões colossais e abandonadas, Da Dor no calabouço, atroz, funéreo! Nesses silêncios solitários, graves, que chaveiro do Céu possui as chaves para abrir-vos as portas do Mistério?! CRUZ E SOUSA, J. Poesia completa. Florianópolis: Fundação Catarinense de Cultura / Fundação Banco do Brasil, Os elementos formais e temáticos relacionados ao contexto cultural do Simbolismo encontrados no poema Cárcere das almas, de Cruz e Sousa, são a) a opção pela abordagem, em linguagem simples e direta, de temas filosóficos. b) a prevalência do lirismo amoroso e intimista em relação à temática nacionalista. c) o refinamento estético da forma poética e o tratamento metafísico de temas universais. d) a evidente preocupação do eu lírico com a realidade social expressa em imagens poéticas inovadoras. MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

7 e) a liberdade formal da estrutura poética que dispensa a rima e a métrica tradicionais em favor de temas do cotidiano (ENEM) segundo uma ordem composta de exposição, conflito, complicação, clímax e desfecho; 3) pela situação ou ambiente, que é o conjunto de circunstâncias físicas, sociais, espirituais em que se situa a ação; 4) pelo tema, ou seja, a ideia que o autor (dramaturgo) deseja expor, ou sua interpretação real por meio da representação. COUTINHO, A. Notas de teoria literária. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1973 (adaptado). Considerando o texto e analisando os elementos que constituem um espetáculo teatral, conclui -se que XAVIER, C. Quadrinho quadrado. Disponível em: Acesso em: 5 jul Tendo em vista a segunda fala do personagem entrevistado, constata-se que a) o entrevistado deseja convencer o jornalista a não publicar um livro. b) o principal objetivo do entrevistado é explicar o significado da palavra motivação. c) são utilizados diversos recursos da linguagem literária, tais como a metáfora e a metonímia. d) o entrevistado deseja informar de modo objetivo o jornalista sobre as etapas de produção de um livro. e) o principal objetivo do entrevistado é evidenciar seu sentimento com relação ao processo de produção de um livro (ENEM) Gênero dramático é aquele em que o artista usa como intermediária entre si e o público a representação. A palavra vem do grego drao (fazer) e quer dizer ação. A peça teatral é, pois, uma composição literária destinada à apresentação por atores em um palco, atuando e dialogando entre si. O texto dramático é complementado pela atuação dos atores no espetáculo teatral e possui uma estrutura específica, caracterizada: 1) pela presença de personagens que devem estar ligados com lógica uns aos outros e à ação; 2) pela ação dramática (trama, enredo), que é o conjunto de atos dramáticos, maneiras de ser e de agir das personagens encadeadas à unidade do efeito e a) a criação do espetáculo teatral apresenta-se como um fenômeno de ordem individual, pois não é possível sua concepção de forma coletiva. b) o cenário onde se desenrola a ação cênica é concebido e construído pelo cenógrafo de modo autônomo e independente do tema da peça e do trabalho interpretativo dos atores. c) o texto cênico pode originar-se dos mais variados gêneros textuais, como contos, lendas, romances, poesias, crônicas, notícias, imagens e fragmentos textuais, entre outros. d) o corpo do ator na cena tem pouca importância na comunicação teatral, visto que o mais importante é a expressão verbal, base da comunicação cênica em toda a trajetória do teatro até os dias atuais. e) a iluminação e o som de um espetáculo cênico independem do processo de produção/recepção do espetáculo teatral, já que se trata de linguagens artísticas diferentes, agregadas posteriormente à cena teatral (ENEM) Saúde, no modelo atual de qualidade de vida, é o resultado das condições de alimentação, habitação, educação, renda, trabalho, transporte, lazer, serviços médicos e acesso à atividade física regular. Quanto ao acesso à atividade fís ica, um dos elementos essenciais é a aptidão física, entendida como a capacidade de a pessoa utilizar seu corpo incluindo músculos, esqueleto, coração, enfim, todas as partes, de forma eficiente em suas atividades cotidianas; logo, quando se avalia a saúde de uma pessoa, a aptidão física deve ser levada em conta. A partir desse contexto, considera-se que uma pessoa tem boa aptidão física quando a) apresenta uma postura regular. b) pode se exercitar por períodos curtos de tempo. MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

8 c) pode desenvolver as atividades físicas do diaa-dia, independentemente de sua idade. d) pode executar suas atividades do dia a dia com vigor, atenção e uma fadiga de moderada a intensa. e) pode exercer atividades físicas no final do dia, mas suas reservas de energia são insuficientes para atividades intelectuais (ENEM) Diferentemente do texto escrito, que em geral compele os leitores a lerem numa onda linear da esquerda para a direita e de cima para baixo, na página impressa hipertextos encorajam os leitores a moverem-se de um bloco de texto a outro, rapidamente e não sequencialmente. Considerando que o hipertexto oferece uma multiplicidade de caminhos a seguir, podendo ainda o leitor incorporar seus caminhos e suas decisões como novos caminhos, inserindo informações novas, o leitor-navegador passa a ter um papel mais ativo e uma oportunidade diferente da de um leitor de texto impresso. Dificilmente dois leitores de hipertextos farão os mesmos caminhos e tomarão as mesmas decisões. MARCUSCHI, L. A. Cognição, linguagem e práticas interacionais. Rio: Lucerna, No que diz respeito à relação entre o hipertexto e o conhecimento por ele produzido, o texto apresentado deixa claro que o hipertexto muda a noção tradicional de autoria, porque a) é o leitor que constrói a versão final do texto. b) o autor detém o controle absoluto do que escreve. c) aclara os limites entre o leitor e o autor. d) propicia um evento textual-interativo em que apenas o autor é ativo. e) só o autor conhece o que eletronicamente se dispõe para o leitor (ENEM) La Vie en Rose ITURRUSGARAI, A. La Vie en Rose. Folha de S.Paulo, 11 ago Os quadrinhos exemplificam que as Histórias em Quadrinhos constituem um gênero textual a) em que a imagem pouco contribui para facilitar a interpretação da mensagem contida no texto, como pode ser constatado no primeiro quadrinho. b) cuja linguagem se caracteriza por ser rápida e clara, que facilita a compreensão, como se percebe na fala do segundo quadrinho: </DIV> </SPAN> <BR CLEAR = ALL> < BR> <BR> <SCRIPT>. c) em que o uso de letras com espessuras diversas está ligado a sentimentos expressos pelos personagens, como pode ser percebido no último quadrinho. d) que possui em seu texto escrito características próximas a uma conversação face a face, como pode ser percebido no segundo quadrinho. e) que a localização casual dos balões nos quadrinhos expressa com clareza a sucessão cronológica da história, como pode ser percebido no segundo quadrinho (ENEM) MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

9 A partir da metade do século XX, ocorreu um conjunto de transformações econômicas e sociais cuja dimensão é difícil de ser mensurada: a chamada explosão da informação. Embora essa expressão tenha surgido no contexto da informação científica e tecnológica, seu significado, hoje, em um contexto mais geral, atinge proporções gigantescas. Por estabelecerem novas formas de pensamento e mesmo de lógica, a informática e a Internet vêm gerando impactos sociais e culturais importantes. A disseminação do microcomputador e a expansão da Internet vêm acelerando o processo de globalização tanto no sentido do mercado quanto no sentido das trocas simbólicas possíveis entre sociedades e culturas diferentes, o que tem provocado e acelerado o fenômeno de hibridização amplamente caracterizado como próprio da pós-modernidade. FERNANDES, M. F.; PARÁ, T. A contribuição das novas tecnologias da informação na geração de conhecimento. Disponível em: Acesso em: 11 ago (adaptado). Considerando-se o novo contexto social e econômico aludido no texto apresentado, as novas tecnologias de informação e comunicação a) desempenham importante papel, porque sem elas não seria possível registrar os acontecimentos históricos. b) facilitam os processos educacionais para ensino de tecnologia, mas não exercem influência nas ciências humanas. c) limitam-se a dar suporte aos meios de comunicação, facilitando sobretudo os trabalhos jornalísticos. d) contribuem para o desenvolvimento social, pois permitem o registro e a disseminação do conhecimento de forma mais democrática e interativa. e) estão em estágio experimental, particularmente na educação, área em que ainda não demonstraram potencial produtivo (ENEM) BROWNE, C. Hagar, o horrível. Jornal O GLOBO, Segundo Caderno. 20 fev A linguagem da tirinha revela a) o uso de expressões linguísticas e vocabulário próprios de épocas antigas. b) o uso de expressões linguísticas inseridas no registro mais formal da língua. c) o caráter coloquial expresso pelo uso do tempo verbal no segundo quadrinho. d) o uso de um vocabulário específico para situações comunicativas de emergência. e) a intenção comunicativa dos personagens: a de estabelecer a hierarquia entre eles (ENEM) O "Portal Domínio Público", lançado em novembro de 2004, propõe o compartilhamento de conhecimentos de forma equânime e gratuita, colocando à disposição de todos os usuários da Internet, uma biblioteca virtual que deverá constituir referência para professores, alunos, pesquisadores e para a população em geral. Esse portal constitui um ambiente virtual que permite a coleta, a integração, a preservação e o compartilhamento de conhecimentos, sendo seu principal objetivo o de promover o amplo acesso às obras literárias, artísticas e científicas (na forma de textos, sons, imagens e vídeos), já em domínio público ou que tenham a sua divulgação devidamente autorizada. BRASIL. Ministério da Educação. Disponível em: Acesso em: 29 jul (adaptado). Considerando a função social das informações geradas nos sistemas de comunicação e informação, o ambiente virtual descrito no texto exemplifica a) a dependência das escolas públicas quanto ao uso de sistemas de informação. MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

10 b) a ampliação do grau de interação entre as pessoas, a partir de tecnologia convencional. c) a democratização da informação, por meio da disponibilização de conteúdo cultural e científico à sociedade. d) a comercialização do acesso a diversas produções culturais nacionais e estrangeiras via tecnologia da informação e da comunicação. e) a produção de repertório cultural direcionado a acadêmicos e educadores (ENEM) 24 - (ENEM) Cuitelinho Cheguei na bera do porto Onde as onda se espaia. As garça dá meia volta, Senta na bera da praia. E o cuitelinho não gosta Que o botão da rosa caia. Quando eu vim da minha terra, Despedi da parentaia. Eu entrei em Mato Grosso, Dei em terras paraguaia. Lá tinha revolução, Enfrentei fortes bataia. A tua saudade corta Como o aço de navaia. O coração fica aflito, Bate uma e outra faia. E os oio se enche d água Que até a vista se atrapaia. Folclore recolhido por Paulo Vanzolini e Antônio Xandó. BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna. São Paulo: Parábola, Transmitida por gerações, a canção Cuitelinho manifesta aspectos culturais de um povo, nos quais se inclui sua forma de falar, além de registrar um momento histórico. Depreende-se disso que a importância em preservar a produção cultural de uma nação consiste no fato de que produções como a canção Cuitelinho evidenciam a a) recriação da realidade brasileira de forma ficcional. b) criação neológica na língua portuguesa. c) formação da identidade nacional por meio da tradição oral. d) incorreção da língua portuguesa que é falada por pessoas do interior do Brasil. e) padronização de palavras que variam regionalmente, mas possuem mesmo significado. ECKHOUT, A. Índio Tapuia ( ). Disponível em: Acesso em: 9 jul A feição deles é serem pardos, maneira d avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura, nem estimam nenhuma cousa cobrir, nem mostrar suas vergonhas. E estão acerca disso com tanta inocência como têm em mostrar o rosto. CAMINHA, P. V. A carta. Disponível em: Acesso em: 12 ago Ao se estabelecer uma relação entre a obra de Eckhout e o trecho do texto de Caminha, conclui - se que a) ambos se identificam pelas características estéticas marcantes, como tristeza e melancolia, do movimento romântico das artes plásticas. b) o artista, na pintura, foi fiel ao seu objeto, representando-o de maneira realista, ao passo que texto é apenas fantasioso. c) a pintura e o texto têm uma característica em comum, que é representar o habitante das terras que sofreriam processo colonizador. d) o texto e a pintura são baseados no contraste entre a cultura europeia e a cultura indígena. e) há forte direcionamento religioso no texto e na pintura, uma vez que o índio representado é objeto da catequização jesuítica (ENEM) As tecnologias de informação e comunicação (TIC) vieram aprimorar ou substituir meios tradicionais de comunicação e armazenamento de informações, tais como o rádio e a TV analógicos, os livros, os telégrafos, o fax etc. As novas bases MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

11 tecnológicas são mais poderosas e versáteis, introduziram fortemente a possibilidade de comunicação interativa e estão presentes em todos os meios produtivos da atualidade. As novas TIC vieram acompanhadas da chamada Digital Divide, Digital Gap ou Digital Exclusion, traduzidas para o português como Divisão Digital ou Exclusão Digital, sendo, às vezes, também usados os termos Brecha Digital ou Abismo Digital. Nesse contexto, a expressão Divisão Digital refere-se a a) uma classificação que caracteriza cada uma das áreas nas quais as novas TIC podem ser aplicadas, relacionando os padrões de utilização e exemplificando o uso dessas TIC no mundo moderno. b) uma relação das áreas ou subáreas de conhecimento que ainda não foram contempladas com o uso das novas tecnologias digitais, o que caracteriza uma brecha tecnológica que precisa ser minimizada. c) uma enorme diferença de desempenho entre os empreendimentos que utilizam as tecnologias digitais e aqueles que permaneceram usando métodos e técnicas analógicas. d) um aprofundamento das diferenças sociais já existentes, uma vez que se torna difícil a aquisição de conhecimentos e habilidades fundamentais pelas populações menos favorecidas nos novos meios produtivos. e) uma proposta de educação para o uso de novas pedagogias com a final idade de acompanhar a evolução das mídias e orientar a produção de material pedagógico com apoio de computadores e outras técnicas digitais (ENEM) itens que vão desde lápis e embalagens de papelão até móveis, cosméticos e materiais de construção. Para receber os selos esses produtos devem ser fabricados sob 10 princípios éticos, entre eles o respeito à legislação ambiental e aos direitos de povos indígenas e populações que vivem em nossas matas nativas. Vida simples. Ed. 74, dez O texto e a imagem têm por finalidade induzir o leitor a uma mudança de comportamento a partir do(a) a) consumo de produtos naturais provindos da Amazônia. b) cuidado na hora de comprar produtos alimentícios. c) verificação da existência do selo de padronização de produtos industriais. d) certificação de que o produto foi fabricado de acordo com os princípios éticos. e) verificação da garantia de tratamento dos recursos naturais utilizados em cada produto (ENEM) A dança é importante para o índio preparar o corpo e a garganta e significa energia para o corpo, que fica robusto. Na aldeia, para preparo físico, dançamos desde cinco horas da manhã até seis horas da tarde, passa-se o dia inteiro dançando quando os padrinhos planejam a dança dos adolescentes. O padrinho é como um professor, um preparador físico dos adolescentes. Por exemplo, o padrinho sonha com um determinado canto e planeja para todos entoarem. Todos os tipos de dança vêm dos primeiros xavantes: Wamarĩdzadadzeiwawẽ, Butséwawẽ, Tseretomodzatsewawẽ, que foram descobrindo através da sabedoria como iria ser a cultura Xavante. Até hoje existe essa cultura, essa celebração. Quando o adolescente fura a orelha é obrigatório ele dançar toda a noite, tem de acordar meia-noite para dançar e cantar, é obrigatório, eles vão chamando um ao outro com um grito especial. WÉRÉ' É TSI'RÓBÓ, E. A dança e o cantocelebração da existência xavante. VIS-Revista do Programa de Pós-Graduação em Arte da UnB. V. 5, n. 2, dez A partir das informações sobre a dança Xavante, conclui-se que o valor da diversidade artística e da tradição cultural apresentados originam-se da Você sabia que as metrópoles são as grandes consumidoras dos produtos feitos com recursos naturais da Amazônia? Você pode diminuir os impactos à floresta adquirindo produtos com selos de certificação. Eles são encontrados em a) iniciativa individual do indígena para a prática da dança e do canto. b) excelente forma física apresentada pelo povo Xavante. MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

12 c) multiculturalidade presente na sua manifestação cênica. d) inexistência de um planejamento da estética da dança, caracterizada pelo ineditismo. e) preservação de uma identidade entre a gestualidade ancestral e a novidade dos cantos a serem entoados (ENEM) Teatro do Oprimido é um método teatral que sistematiza exercícios, jogos e técnicas teatrais elaboradas pelo teatrólogo brasileiro Augusto Boal, recentemente falecido, que visa à desmecanização física e intelectual de seus praticantes. Partindo do princípio de que a linguagem teatral não deve ser diferenciada da que é usada cotidianamente pelo cidadão comum (oprimido), ele propõe condições práticas para que o oprimido se aproprie dos meios do fazer teatral e, assim, amplie suas possibilidades de expressão. Nesse sentido, todos podem desenvolver essa linguagem e, consequentemente, fazer teatro. Trata-se de um teatro em que o espectador é convidado a substituir o protagonista e mudar a condução ou mesmo o fim da história, conforme o olhar interpretativo e contextualizado do receptor. Companhia Teatro do Oprimido. Disponível em: Acesso em: 1 jul (adaptado). Considerando-se as características do Teatro do Oprimido apresentadas, conclui -se que a) esse modelo teatral é um método tradicional de fazer teatro que usa, nas suas ações cênicas, a linguagem rebuscada e hermética falada normalmente pelo cidadão comum. b) a forma de recepção desse modelo teatral se destaca pela separação entre atores e público, na qual os atores representam seus personagens e a plateia assiste passivamente ao espetáculo. c) sua linguagem teatral pode ser democratizada e apropriada pelo cidadão comum, no sentido de proporcionar-lhe autonomia crítica para compreensão e interpretação do mundo em que vive. d) o convite ao espectador para substituir o protagonista e mudar o fim da história evidencia que a proposta de Boal se aproxima das regras do teatro tradicional para a preparação de atores. e) a metodologia teatral do Teatro do Oprimido segue a concepção do teatro clássico aristotélico, que visa à desautomação física e intelectual de seus praticantes (ENEM) Texto I O professor deve ser um guia seguro, muito senhor de sua língua; se outra for a orientação, vamos cair na língua brasileira, refúgio nefasto e confissão nojenta de ignorância do idioma pátrio, recurso vergonhoso de homens de cultura falsa e de falso patriotismo. Como havemos de querer que respeitem a nossa nacionalidade se somos os primeiros a descuidar daquilo que exprime e representa o idioma pátrio? ALMEIDA, N. M. Gramática metódica da língua portuguesa. Prefácio. São Paulo: Saraiva, 1999 (adaptado). Texto II Alguns leitores poderão achar que a linguagem desta Gramática se afasta do padrão estrito usual neste tipo de livro. Assim, o autor escreve tenho que reformular, e não tenho de reformular; pode-se colocar dois constituintes, e não podem-se colocar dois constituintes; e assim por diante. Isso foi feito de caso pensado, com a preocupação de aproximar a linguagem da gramática do padrão atual brasileiro presente nos textos técnicos e jornalísticos de nossa época. REIS, N. Nota do editor. PERINI, M. A. Gramática descritiva do português. São Paulo: Ática, Confrontando-se as opiniões defendidas nos dois textos, conclui-se que a) ambos os textos tratam da questão do uso da língua com o objetivo de criticar a linguagem do brasileiro. b) os dois textos defendem a ideia de que o estudo da gramática deve ter o objetivo de ensinar as regras prescritivas da língua. c) a questão do português falado no Brasil é abordada nos dois textos, que procuram justificar como é correto e aceitável o uso coloquial do idioma. d) o primeiro texto enaltece o padrão estrito da língua, ao passo que o segundo defende que a linguagem jornalística deve criar suas próprias regras gramaticais. e) o primeiro texto prega a rigidez gramatical no uso da língua, enquanto o segundo defende uma adequação da língua escrita ao padrão atual brasileiro (ENEM) No decênio de 1870, Franklin Távora defendeu a tese de que no Brasil havia duas literaturas independentes dentro da mesma língua: uma do Norte e outra do Sul, regiões segundo ele muito diferentes por formação histórica, composição étnica, costumes, modismos linguísticos etc. Por isso, deu aos MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

13 romances regionais que publicou o título geral de Literatura do Norte. Em nossos dias, um escritor gaúcho, Viana Moog, procurou mostrar com bastante engenho que no Brasil há, em verdade, literaturas setoriais diversas, refletindo as características locais. CANDIDO, A. A nova narrativa. A educação pela noite e outros ensaios. São Paulo: Ática, Com relação à valorização, no romance regionalista brasileiro, do homem e da paisagem de determinadas regiões nacionais, sabe-se que a) o romance do Sul do Brasil se caracteriza pela temática essencialmente urbana, colocando em relevo a formação do homem por meio da mescla de características locais e dos aspectos culturais trazidos de fora pela imigração europeia. b) José de Alencar, representante, sobretudo, do romance urbano, retrata a temática da urbanização das cidades brasileiras e das relações conflituosas entre as raças. c) o romance do Nordeste caracteriza-se pelo acentuado realismo no uso do vocabulário, pelo temário local, expressando a vida do homem em face da natureza agreste, e assume frequentemente o ponto de vista dos menos favorecidos. d) a literatura urbana brasileira, da qual um dos expoentes é Machado de Assis, põe em relevo a formação do homem brasileiro, o sincretismo religioso, as raízes africanas e indígenas que caracterizam o nosso povo. e) Érico Veríssimo, Rachel de Queiroz, Simões Lopes Neto e Jorge Amado são romancistas das décadas de 30 e 40 do século XX, cuja obra retrata a problemática do homem urbano em confronto com a modernização do país promovida pelo Estado Novo (ENEM) Se os tubarões fossem homens Se os tubarões fossem homens, eles seriam mais gentis com os peixes pequenos? Certamente, se os tubarões fossem homens, fariam construir resistentes gaiolas no mar para os peixes pequenos, com todo o tipo de alimento, tanto animal como vegetal. Cuidariam para que as gaiolas tivessem sempre água fresca e adotariam todas as providências sanitárias. Naturalmente haveria também escolas nas gaiolas. Nas aulas, os peixinhos aprenderiam como nadar para a goela dos tubarões. Eles aprenderiam, por exemplo, a usar a geografia para localizar os grandes tubarões deitados preguiçosamente por aí. A aula principal seria, naturalmente, a formação moral dos peixinhos. A eles seria ensinado que o ato mais grandioso e mais sublime é o sacrifício alegre de um peixinho e que todos deveriam acreditar nos tubarões, sobretudo quando estes dissessem que cuidavam de sua felicidade futura. Os peixinhos saberiam que este futuro só estaria garantido se aprendessem a obediência. Cada peixinho que na guerra matasse alguns peixinhos inimigos seria condecorado com uma pequena Ordem das Algas e receberia o título de herói. BRECHT, B. Histórias do Sr. Keuner. São Paulo: Ed. 34, 2006 (adaptado). Como produção humana, a literatura veicula valores que nem sempre estão representados diretamente no texto, mas são transfigurados pela linguagem literária e podem até entrar em contradição com as convenções sociais e revelar o quanto a sociedade perverteu os valores humanos que ela própria criou. É o que ocorre na narrativa do dramaturgo alemão Bertolt Brecht mostrada. Por meio da hipótese apresentada, o autor a) demonstra o quanto a literatura pode ser alienadora ao retratar, de modo positivo, as relações de opressão existentes na sociedade. b) revela a ação predatória do homem no mar, questionando a utilização dos recursos naturais pelo homem ocidental. c) defende que a força colonizadora e civilizatória do homem ocidental valorizou a organização das sociedades africanas e asiáticas, elevando-as ao modo de organização cultural e social da sociedade moderna. d) questiona o modo de organização das sociedades ocidentais capitalistas, que se desenvolveram fundamentadas nas relações de opressão em que os mais fortes exploram os mais fracos. e) evidencia a dinâmica social do trabalho coletivo em que os mais fortes colaboram com os mais fracos, de modo a guiá-los na realização de tarefas (ENEM) Oximoro, ou paradoxismo, é uma figura de retórica em que se combinam palavras de sentido oposto que parecem excluir-se mutuamente, mas que, no contexto, reforçam a expressão. Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa. Considerando a definição apresentada, o fragmento poético da obra Cantares, de Hilda Hilst, publicada em 2004, em que pode ser encontrada a referida figura de retórica é: MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

14 a) Dos dois contemplo rigor e fixidez. Passado e sentimento me contemplam (p. 91). b) De sol e lua De fogo e vento Te enlaço (p. 101). c) Areia, vou sorvendo A água do teu rio (p. 93). d) Ritualiza a matança de quem só te deu vida. E me deixa viver nessa que morre (p. 62). e) O bisturi e o verso. Dois instrumentos entre as minhas mãos (p. 95) (ENEM) Na parte superior do anúncio, há um comentário escrito à mão que aborda a questão das atividades linguísticas e sua relação com as modalidades oral e escrita da língua. Esse comentário deixa evidente uma posição crítica quanto a usos que se fazem da linguagem, enfatizando ser necessário para se expressar com alguma segurança e sucesso (ENEM) A partida 1 Acordei pela madrugada. A princípio com tranquilidade, e logo com obstinação, quis novamente dormir. Inútil, o sono esgotara -se. Com precaução, 4 acendi um fósforo: passava das três. Restava-me, portanto, menos de duas horas, pois o trem chegaria às cinco. Veio-me então o desejo de não passar mais 7 nem uma hora naquela casa. Partir, sem dizer nada, deixar quanto antes minhas cadeias de disciplina e de amor. 10 Com receio de fazer barulho, dirigi -me à cozinha, lavei o rosto, os dentes, penteei-me e, voltando ao meu quarto, vesti -me. Calcei os sapatos, 13 sentei-me um instante à beira da cama. Minha avó continuava dormindo. Deveria fugir ou falar com ela? Ora, algumas palavras... Que me custava acordá-la, 16 dizer-lhe adeus? LINS, O. A partida. Melhores contos. Seleção e prefácio de Sandra Nitrini. São Paulo: Global, No texto, o personagem narrador, na iminência da partida, descreve a sua hesitação em separar-se da avó. Esse sentimento contraditório fica claramente expresso no trecho: a) A princípio com tranquilidade, e logo com obstinação, quis novamente dormir (ref. 1). b) Restava-me, portanto, menos de duas horas, pois o trem chegaria às cinco (ref. 4). c) Calcei os sapatos, sentei-me um instante à beira da cama (refs ). d) Partir, sem dizer nada, deixar quanto antes minhas cadeias de disciplina e amor (ref. 7). e) Deveria fugir ou falar com ela? Ora, algumas palavras... (ref. 13). Veja, 7 maio a) implementar a fala, tendo em vista maior desenvoltura, naturalidade e segurança no uso da língua. b) conhecer gêneros mais formais da modalidade oral para a obtenção de clareza na comunicação oral e escrita. c) dominar as diferentes variedades do registro oral da língua portuguesa para escrever com adequação, eficiência e correção. d) empregar vocabulário adequado e usar regras da norma padrão da língua em se tratando da modalidade escrita. e) utilizar recursos mais expressivos e menos desgastados da variedade padrão da língua 36 - (ENEM) Serafim da Silva Neto defendia a tese da unidade da língua portuguesa no Brasil, entrevendo que no Brasil as delimitações dialetais espaciais não eram tão marcadas como as isoglossas *1 da România Antiga. Mas Paul Teyssier, na sua História da Língua Portuguesa, reconhece que na diversidade socioletal essa pretensa unidade se desfaz. Diz Teyssier: A realidade, porém, é que as divisões dialetais no Brasil são menos geográficas que socioculturais. As diferenças na maneira de falar são maiores, num determinado lugar, entre um homem culto e o vizinho analfabeto que entre dois brasileiros do mesmo nível cultural originários de duas regiões distantes uma da outra. MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

15 SILVA, R. V. M. O português brasileiro e o português europeu contemporâneo: alguns aspectos da diferença. Disponível em: Acesso em: 23 jun *1 isoglossa linha imaginária que, em um mapa, une os pontos de ocorrência de traços e fenômenos linguístico idênticos. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986 De acordo com as informações presentes no texto, os pontos de vista de Serafim da Silva Neto e de Paul Teyssier convergem em relação a) à influência dos aspectos socioculturais nas diferenças dos falares entre indivíduos, pois ambos consideram que pessoas de mesmo nível sociocultural falam de forma semelhante. b) à delimitação dialetal no Brasil assemelhar-se ao que ocorria na România Antiga, pois ambos consideram a variação linguística no Brasil como decorrente de aspectos geográficos. c) à variação sociocultural entre brasileiros de diferentes regiões, pois ambos consideram o fator sociocultural de bastante peso na constituição das variedades linguísticas no Brasil. d) à diversidade da língua portuguesa na România Antiga, que até hoje continua a existir, manifestando- se nas variantes linguísticas do português atual no Brasil. e) à existência de delimitações dialetais geográficas pouco marcadas no Brasil, embora cada um enfatize aspectos diferentes da questão (ENEM) Nestes últimos anos, a situação mudou bastante e o Brasil, normalizado, já não nos parece tão mítico, no bem e no mal. Houve um mútuo reconhecimento entre os dois países de expressão portuguesa de um lado e do outro do Atlântico: o Brasil descobriu Portugal e Portugal, em um retorno das caravelas, voltou a descobrir o Brasil e a ser, por seu lado, colonizado por expressões linguísticas, as telenovelas, os romances, a poesia, a comida e as formas de tratamento brasileiros. O mesmo, embora em nível superficial, dele excluído o plano da língua, aconteceu com a Europa, que, depois da diáspora dos anos 70, depois da inserção na cultura da bossa-nova e da música popular brasileira, da problemática ecológica centrada na Amazônia, ou da problemática social emergente do fenômeno dos meninos de rua, e até do álibi ocultista dos romances de Paulo Coelho, continua todos os dias a descobrir, no bem e no mal, o novo Brasil. Se, no fim do século XIX, Sílvio Romero definia a literatura brasileira como manifestação de um país mestiço, será fácil para nós defini -la como expressão de um país polifônico: em que já não é determinante o eixo Rio-São Paulo, mas que, em cada região, desenvolve originalmente a sua unitária e particular tradição cultural. É esse, para nós, no início do século XXI, o novo estilo brasileiro. STEGAGNO-PICCHIO, L. História da literatura brasileira. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2004 (adaptado). No texto, a autora mostra como o Brasil, ao longo de sua história, foi, aos poucos, construindo uma identidade cultural e literária relativamente autônoma frente à identidade europeia, em geral, e à portuguesa em particular. Sua análise pressupõe, de modo especial, o papel do patrimônio literário e linguístico, que favoreceu o surgimento daquilo que ela chama de estilo brasileiro. Diante desse pressuposto, e levando em consideração o texto e as diferentes etapas de consolidação da cultura brasileira, constata -se que a) o Brasil redescobriu a cultura portuguesa no século XIX, o que o fez assimilar novos gêneros artísticos e culturais, assim como usos originais do idioma, conforme ilustra o caso do escritor Machado de Assis. b) a Europa reconheceu a importância da língua portuguesa no mundo, a partir da projeção que poetas brasileiros ganharam naqueles países, a partir do século XX. c) ocorre, no início do século XXI, promovido pela solidificação da cultura nacional, maior reconhecimento do Brasil por ele mesmo, tanto nos aspectos positivos quanto nos negativos. d) o Brasil continua sendo, como no século XIX, uma nação culturalmente mestiça, embora a expressão dominante seja aquela produzida no eixo Rio-São Paulo, em especial aquela ligada às telenovelas. e) o novo estilo cultural brasileiro se caracteriza por uma união bastante significativa entre as diversas matrizes culturais advindas das várias regiões do país, como se pode comprovar na obra de Paulo Coelho (ENEM) Compare os textos I e II a seguir, que tratam de aspectos ligados a variedades da língua portuguesa no mundo e no Brasil. MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

16 Texto I Acompanhando os navegadores, colonizadores e comerciantes portugueses em todas as suas incríveis viagens, a partir do século XV, o português se transformou na língua de um império. Nesse processo, entrou em contato forçado, o mais das vezes; amigável, em alguns casos com as mais diversas línguas, passando por processos de variação e de mudança linguística. Assim, contar a história do português do Brasil é mergulhar na sua história colonial e de país independente, já que as línguas não são mecanismos desgarrados dos povos que as utilizam. Nesse cenário, são muitos os aspectos da estrutura linguística que não só expressam a diferença entre Portugal e Brasil como também definem, no Brasil, diferenças regionais e sociais. PAGOTTO, E. P. Línguas do Brasil. Disponível em: Acesso em: 5 jul (adaptado). Texto II Barbarismo é vício que se comete na escritura de cada uma das partes da construção ou na pronunciação. E em nenhuma parte da Terra se comete mais essa figura da pronunciação que nestes reinos, por causa das muitas nações que trouxemos ao jugo do nosso serviço. Porque bem como os Gregos e Romanos haviam por bárbaras todas as outras nações estranhas a eles, por não poderem formar sua linguagem, assim nós podemos dizer que as nações de África, Guiné, Ásia, Brasil barbarizam quando querem imitar a nossa. BARROS, J. Gramática da língua portuguesa. Porto: Porto Editora, 1957 (adaptado). Os textos abordam o contato da língua portuguesa com outras línguas e processos de variação e de mudança decorridos desse contato. Da comparação entre os textos, conclui -se que a posição de João de Barros (Texto II), em relação aos usos sociais da linguagem, revela a) atitude crítica do autor quanto à gramática que as nações a serviço de Portugal possuíam e, ao mesmo tempo, de benevolência quanto ao conhecimento que os povos tinham de suas línguas. b) atitude preconceituosa relativa a vícios culturais das nações sob domínio português, dado o interesse dos falantes dessa línguas em copiar a língua do império, o que implicou a falência do idioma falado em Portugal. c) o desejo de conservar, em Portugal, as estruturas da variante padrão da língua grega em oposição às consideradas bárbaras, em vista da necessidade de preservação do padrão de correção dessa língua à época. d) adesão à concepção de língua como entidade homogênea e invariável, e negação da ideia de que a língua portuguesa pertence a outros povos. e) atitude crítica, que se estende à própria língua portuguesa, por se tratar de sistema que não disporia de elementos necessários para a plena inserção sociocultural de falantes não nativos do português (ENEM) Nunca se falou e se preocupou tanto com o corpo como nos dias atuais. É comum ouvirmos anúncios de uma nova academia de ginástica, de uma nova forma de dieta, de uma nova técnica de autoconhecimento e outras práticas de saúde alternativa, em síntese, vivemos nos últimos anos a redescoberta do prazer, voltando nossas atenções ao nosso próprio corpo. Essa valorização do prazer individualizante se estrutura em um verdadeiro culto ao corpo, em analogia a uma religião, assistimos hoje ao surgimento de novo universo: a corpolatria. CODO, W.; SENNE, W. O que é corpo(latria). Coleção Primeiros Passos. Brasiliense, 1985 (adaptado). Sobre esse fenômeno do homem contemporâneo presente nas classes sociais brasileiras, principalmente, na classe média, a corpolatria a) é uma religião pelo avesso, por isso outra religião; inverteram-se os sinais, a busca da felicidade eterna antes carregava em si a destruição do prazer, hoje implica o seu culto. b) criou outro ópio do povo, levando as pessoas a buscarem cada vez mais grupos igualitários de integração social. c) é uma tradução dos valores das sociedades subdesenvolvidas, mas em países considerados do primeiro mundo ela não consegue se manifestar porque a população tem melhor educação e senso crítico. d) tem como um de seus dogmas o narcisismo, significando o amar o próximo como se ama a si mesmo. e) existe desde a Idade Média, entretanto esse acontecimento se intensificou a partir da Revolução Industrial no século XIX e se estendeu até os nossos dias (ENEM) Confidência do Itabirano Alguns anos vivi em Itabira. Principalmente nasci em Itabira. Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro. Noventa por cento de ferro nas calçadas. Oitenta por cento de ferro nas almas. MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

17 E esse alheamento do que na vida é porosidade e [comunicação. A vontade de amar, que me paralisa o trabalho, vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e [sem horizontes. E o hábito de sofrer, que tanto me diverte, é doce herança itabirana. De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço: esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil, este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval; este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas; este orgulho, esta cabeça baixa... Tive ouro, tive gado, tive fazendas. Hoje sou funcionário público. Itabira é apenas uma fotografia na parede. Mas como dói! ANDRADE, C. D. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, Carlos Drummond de Andrade é um dos expoentes do movimento modernista brasileiro. Com seus poemas, penetrou fundo na alma do Brasil e trabalhou poeticamente as inquietudes e os dilemas humanos. Sua poesia é feita de uma relação tensa entre o universal e o particular, como se percebe claramente na construção do poema Confidência do Itabirano. Tendo em vista os procedimentos de construção do texto literário e as concepções artísticas modernistas, conclui -se que o poema acima a) representa a fase heroica do modernismo, devido ao tom contestatório e à utilização de expressões e usos linguísticos típicos da oralidade. b) apresenta uma característica importante do gênero lírico, que é a apresentação objetiva de fatos e dados históricos. c) evidencia uma tensão histórica entre o eu e a sua comunidade, por intermédio de imagens que representam a forma como a sociedade e o mundo colaboram para a constituição do indivíduo. d) critica, por meio de um discurso irônico, a posição de inutilidade do poeta e da poesia em comparação com as prendas resgatadas de Itabira. e) apresenta influências românticas, uma vez que trata da individualidade, da saudade da 41 - (ENEM) infância e do amor pela terra natal, por meio de recursos retóricos pomposos. BESSINHA. Disponível em: /08/bessinha jpgimage_ jpeg (adaptado). As diferentes esferas sociais de uso da língua obrigam o falante a adaptá-la às variadas situações de comunicação. Uma das marcas linguísticas que configuram a linguagem oral informal usada entre avô e neto neste texto é a) a opção pelo emprego da forma verbal era em lugar de foi. b) a ausência de artigo antes da palavra árvore. c) o emprego da redução tá em lugar da forma verbal está. d) o uso da contração desse em lugar da expressão de esse. e) a utilização do pronome que em início de frase exclamativa (ENEM) A biosfera, que reúne todos os ambientes onde se desenvolvem os seres vivos, se divide em unidades menores chamadas ecossistemas, que podem ser uma floresta, um deserto e até um lago. Um ecossistema tem múltiplos mecanismos que regulam o número de organismos dentro dele, controlando sua reprodução, crescimento e migrações. DUARTE, M. O guia dos curiosos. São Paulo: Companhia das Letras, Predomina no texto a função da linguagem a) emotiva, porque o autor expressa seu sentimento em relação à ecologia. b) fática, porque o texto testa o funcionamento do canal de comunicação. MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

18 c) poética, porque o texto chama a atenção para os recursos de linguagem. d) conativa, porque o texto procura orientar comportamentos do leitor. e) referencial, porque o texto trata de noções e informações conceituais (ENEM) Câncer 21/06 a 21/07 O eclipse em seu signo vai desencadear mudanças na sua autoestima e no seu modo de agir. O corpo indicará onde você falha se anda engolindo sapos, a área gástrica se ressentirá. O que ficou guardado virá à tona para ser transformado, pois este novo ciclo exige uma desintoxicação. Seja comedida em suas ações, já que precisará de energia para se recompor. Há preocupação com a família, e a comunicação entre os irmãos trava. Lembre-se: palavra preciosa é palavra dita na hora certa. Isso ajuda também na vida amorosa, que será testada. Melhor conter as expectativas e ter calma, avaliando as próprias carências de modo maduro. Sentirá vontade de olhar além das questões materiais sua confiança virá da intimidade com os assuntos da alma. Revista Cláudia. N.º 7, ano 48, jul O reconhecimento dos diferentes gêneros textuais, seu contexto de uso, sua função social específica, seu objetivo comunicativo e seu formato mais comum relacionam-se aos conhecimentos construídos socioculturalmente. A análise dos elementos constitutivos desse texto demonstra que sua função é a) vender um produto anunciado. b) informar sobre astronomia. c) ensinar os cuidados com a saúde. d) expor a opinião de leitores em um jornal. e) aconselhar sobre amor, família, saúde, trabalho (ENEM) S.O.S Português Por que pronunciamos muitas palavras de um jeito diferente da escrita? Pode-se refletir sobre esse aspecto da língua com base em duas perspectivas. Na primeira delas, fala e escrita são dicotômicas, o que restringe o ensino da língua ao código. Daí vem o entendimento de que a escrita é mais complexa que a fala, e seu ensino restringe-se ao conhecimento das regras gramaticais, sem a preocupação com situações de uso. Outra abordagem permite encarar as diferenças como um produto distinto de duas modalidades da língua: a oral e a escrita. A questão é que nem sempre nos damos conta disso. S.O.S Português. Nova Escola. São Paulo: Abril, Ano XXV, n.º 231, abr (fragmento adaptado). O assunto tratado no fragmento é relativo à lingua portuguesa e foi publicado em uma revista destinada a professores. Entre as características próprias desse tipo de texto, identificam-se as marcas linguísticas prórias do uso a) regional, pela presença de léxico de determinada região do Brasil. b) literário, pela conformidade com as normas da gramática. c) técnico, por meio de expressões próprias de textos científicos. d) coloquial, por meio do registro de informalidade. e) oral, por meio do uso de expressões típicas da oralidade (ENEM) MOSTRE QUE SUA MEMÓRIA É MELHOR DO QUE A DE COMPUTADOR E GUARDE ESTA CONDIÇÃO: 12X SEM JUROS. Campanha publicitária de loja de eletroeletrônicos. Revista Época. N.º 424, 03 de jul Ao circularem socialmente, os textos realizam-se como práticas de linguagem, assumindo configurações específicas, formais e de conteúdo. Considerando o contexto em que circula o texto publicitário, seu objetivo básico é a) influenciar o comportamento do leitor, por meio de apelos que visam à adesão ao consumo. b) definir regras de comportamento social pautadas no combate ao consumismo exagerado. c) defender a importância do conhecimento de informática pela população de baixo poder aquisitivo. d) facilitar o uso de equipamentos de informática pelas classes sociais economicamente desfavorecidas. e) questionar o fato de o homem ser mais inteligente que a máquina, mesmo a mais moderna (ENEM) Testes Dia desses resolvi fazer um teste proposto por um site da internet. O nome do teste era tentador: O que Freud diria de você. Uau. MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

19 Respondi a todas as perguntas e o resultado foi o seguinte: Os acontecimentos da sua infância a marcaram até os doze anos, depois disso você buscou conhecimento intelectual para seu amadurecimento. Perfeito! Foi exatamente o que aconteceu comigo. Fiquei radiante: eu havia realizado uma consulta paranormal com o pai da psicanálise, e ele acertou na mosca. Estava com tempo sobrando, e curiosidade é algo que não me falta, então resolvi voltar ao teste e responder tudo diferente do que havia respondido antes. Marquei umas alternativas esdrúxulas, que nada tinham a ver com minha personalidade. E fui conferir o resultado, que dizia o seguinte: Os acontecimentos da sua infância a marcaram até os 12 anos, depois disso você buscou conhecimento intelectual para seu amadurecimento. MEDEIROS, M. Doidas e santas. Porto Alegre, 2008 (adaptado). Quanto às influências que a internet pode exercer sobre os usuários, a autora expressa uma reação irônica no trecho: a) Marquei umas alternativas esdrúxulas, que nada tinham a ver. b) Os acontecimentos da sua infância a marcaram até os doze anos. c) Dia desses resolvi fazer um teste proposto por um site da internet. d) Respondi a todas as perguntas e o resultado foi o seguinte. e) Fiquei radiante: eu havia realizado uma consulta paranormal com o pai da psicanálise (ENEM) Rede social pode prever desempenho profissional, diz pesquisa Pense duas vezes antes de postar qualquer item Em seu perfil nas redes sociais. O conselho, repetido o à exaustão por consultores de carreira por aí, acaba de ganhar um status, digamos, mais científico. De acordo com resultados da pesquisa, uma rápida análise do perfil nas redes sociais pode prever o desempenho profissional do candidato a uma oportunidade de emprego. Para chegar a essa conclusão, uma equipe de pesquisadores da Northern Illinois University, University of Evansville e Auburn University pediu a um professor universitário e dois alunos para analisarem perfis de um grupo de universitários. Após checar fotos, postagens, número de amigos e interesses por 10 minutos, o trio considerou itens como consciência, afabilidade, extroversão, estabilidade emocional e receptividade. Seis meses depois, as impressões do grupo foram comparadas com a análise de desempenho feita pelos chefes dos jovens que tiveram seus perfis analisados. Os pesquisadores encontraram uma forte correlação entre as características descritas a partir dos dados da rede e o comportamento dos universitários no ambiente de trabalho. Disponível em: Acesso em: 29 fev (adaptado). As redes sociais são espaços de comunicação e interação on-line que possibilitam o conhecimento de aspectos da privacidade de seus usuários. Segundo o texto, no mundo do trabalho, esse conhecimento permite a) identificar a capacidade física atribuída ao candidato. b) certificar a competência profissional do candidato. c) controlar o comportamento virtual e real do candidato. d) avaliar informações pessoais e comportamentais sobre o candidato. e) aferir a capacidade intelectual do candidato na resolução de problemas (ENEM) Obesidade causa doença A obesidade tornou-se uma epidemia global, segundo a Organização Mundial da Saúde, ligada à Organização das Nações Unidas. O problema vem atingindo um número cada vez maior de pessoas em todo o mundo, e entre as principais causas desse crescimento estão o modo de vida sedentário e a má alimentação. Segundo um médico especialista em cirurgia de redução de estômago, a taxa de mortalidade entre homens obesos de 25 a 40 anos é 12 vezes maior quando comparada à taxa de mortalidade entre indivíduos de peso normal. O excesso de peso e de gordura no corpo desencadeia e piora problemas de saúde que poderiam ser evitados. Em alguns casos, a boa notícia é que a perda de peso leva à cura, como no caso da asma, mas em outros, como o infarto, não há solução. FERREIRA, T. Disponível em: Acesso em: 2 ago (adaptado). O texto apresenta uma reflexão sobre saúde e aponta o excesso de peso e de gordura corporal dos indivíduos como um problema, relacionandoo ao a) padrão estético, pois o modelo de beleza dominante na sociedade requer corpos magros. MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

20 b) equilíbrio psíquico da população, pois esse quadro interfere na autoestima das pessoas. c) quadro clínico da população, pois a obesidade é um fator de risco para o surgimento de diversas doenças crônicas. d) preconceito contra a pessoa obesa, pois ela sofre discriminação em diversos espaços sociais. e) desempenho na realização das atividades cotidianas, pois a obesidade interfere na performance (UFJF MG) Mudando os padrões de produção e consumo urbanos Jacques Ribemboim Doutor em Economia, UFPE Muitos pesquisadores observaram empiricamente que a correlação entre renda e bem-estar, conquanto bastante óbvia para os primeiros estágios do desenvolvimento, passa a ser contestada em níveis de renda mais altos. Avalia-se que esta correlação só persiste até o patamar de dezesseis mil dólares per capita (Pearce and Turner, [1990]). A se observar a preocupação dos estudiosos e dos indivíduos mais conscientes, parece-nos que as pessoas começam, afinal, a perceber que a busca desenfreada por consumo material é um objetivo que está para muito aquém da nossa capacidade inventiva, afetiva e moral. Até meados deste século, costumava-se definir desenvolvimento como aumento de consumo. Desde então, a Humanidade foi descobrindo paulatinamente o equívoco em que incorria. Os anos setenta foram os anos da percepção. Os anos oitenta, da reflexão. Quem sabe não sejam os anos noventa guardados para o futuro como sendo os anos da inflexão? O que se constata, porém, é que os atuais padrões de consumo são, ainda, insustentáveis por excelência, injustos socialmente e depredadores do meio ambiente. Urge, portanto, o estabelecimento de um novo paradigma de desenvolvimento. O consumismo materialista desmedido e o individualismo imposto exclusivamente pela lógica do mercado precisam ceder espaço para uma forma de convivência mais nobre com a Natureza e com os nossos semelhantes, em que as demandas éticas, afetivas, espirituais, artísticas e culturais adquiram uma posição preponderante. Contrapondo-se a crescimento surge o conceito de desenvolvimento sustentável. Ao desenvolvimento técnico contrapõe-se o desenvolvimento ético. À eficiência, contrapõese a moral não como antíteses, mas como sujeição das primeiras. Este é o grande desafio da humanidade, às portas do século XXI. Estas questões são acentuadas no espaço urbano, onde a proximidade física, o crescimento populacional e a urbanização acelerada, as economias de escala e a conturbação das cidades são sentidas com a perda da qualidade de vida decorrente das externalidades negativas do crescimento sem controle, resultando em violência urbana, contaminação do ar e da água, congestionamentos etc. Políticas públicas favoráveis deveriam incentivar o uso sustentável dos recursos naturais, a eliminação de desperdícios, coleta de lixo seletiva e reciclagem, recuperação de centros urbanos e bairros degradados, aumento da oferta quantitativa e qualitativa das vias públicas, enfim, a identificação de ações com alto potencial para propiciar externalidades positivas, não apenas a redução das externalidades negativas. RIBEMBOIM, Jacques Alberto. Mudando os padrões de produção e consumo urbanos. In: IX Encontro Nacional da ANPUR, 2001, Rio de Janeiro. Anais do IX Encontro Nacional da ANPUR, De acordo com o texto, é possível afirmar que: a) o aumento de consumo leva necessariamente ao desenvolvimento. b) a diminuição do consumo leva à perda de qualidade de vida. c) há uma correlação entre políticas públicas e aumento de renda. d) não há uma correlação automática entre renda e bem-estar. e) não há correlação entre políticas públicas e bem-estar da população. TEXTO: 1 - Comum às questões: 53, 52, 51, 50, 54 UM SONHO DE SIMPLICIDADE Então, de repente, no meio dessa desarrumação feroz da vida urbana, dá na gente um sonho de simplicidade. Será um sonho vão? Detenho-me um instante, entre duas providências a tomar, para me fazer essa pergunta. Por que fumar tantos cigarros? Eles não me dão prazer algum; apenas me fazem falta. São uma necessidade que inventei. Por que beber uísque, por que procurar a voz de mulher na penumbra ou os amigos no bar para dizer coisas vãs, brilhar um pouco, saber intrigas? Uma vez, entrando numa loja para comprar uma gravata, tive de repente um ataque de pudor, me surpreendendo assim, a escolher um pano colorido para amarrar ao pescoço. MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

21 A vida bem poderia ser mais simples. Precisamos de uma casa, comida simples, mulher, quê mais? Que se possa andar limpo e não ter fome, nem sede, nem frio. Para que beber tanta coisa gelada? Antes eu tomava a água fresca da talha, e a água era boa. E quando precisava de um pouco de evasão, meu trago de cachaça. Que restaurante ou boate me deu o prazer que tive na choupana daquele velho caboclo do Acre? A gente tinha ido pescar no rio, de noite. Puxamos a rede afundando os pés na lama, na noite escura, e isso era bom. Quando ficamos bem cansados, meio molhados, com frio, subimos a barraca, no meio do mato e, chegamos à choça de um velho seringueiro. Ele acendeu um fogo, esquentamos um pouco junto do fogo, depois me deitei, numa grande rede branca - foi um carinho ao longo de todos os músculos cansados. E então ele me deu um pedaço de peixe moqueado e meia caneca de cachaça. Que prazer em comer aquele peixe, que calor bom em tomar aquela cachaça e ficar algum tempo a conversar, entre grilos e vozes distantes de animais noturnos. Seria possível deixar essa eterna inquietação das madrugadas urbanas, inaugurar de repente uma vida de acordar bem cedo? Outro dia vi uma linda mulher, e senti um entusiasmo grande, uma vontade de conhecer mais aquela bela estrangeira: conversamos muito, essa primeira conversa longa em que a gente vai jogando um baralho meio marcado, e anda devagar, como a patrulha que faz um reconhecimento. Mas para quê, essa eterna curiosidade, essa fome de outros corpos e outras almas? Mas para instaurar uma vida mais simples e sábia, então seria preciso ganhar a vida de outro jeito, não assim, nesse comércio de pequenas pilhas de palavras, esse ofício absurdo e vão de dizer coisas, dizer coisas... Seria preciso fazer algo de sólido e de singelo; tirar areia do rio, cortar lenha, lavrar a terra, algo de útil e concreto, que me fatigasse o corpo, mas deixasse a alma sossegada e limpa. Todo mundo, com certeza, tem de repente um sonho assim. É apenas um instante. O telefone toca. Um momento! Tiramos um lápis do bolso para tomar nota de um nome, um número... Para que tomar nota? Não precisamos tomar nota de nada, precisamos apenas viver - sem nome, nem número, fortes, doces, distraídos, bons, como os bois, as mangueiras e o ribeirão. (BRAGA, Rubem. In: 200 crônicas escolhidas, 3 ed. Rio de Janeiro: Record, p ) 50 - (USS RJ) A vida bem poderia ser mais simples.... (L. 11) Através deste enunciado, a crítica feita pelo autor às complicações da vida urbana está indicada na alternativa: a) são inúteis e sem sentido. b) fazem mal à saúde. c) são necessários. d) geram preconceitos. e) são inevitáveis (USS RJ) Ao afirmar: Então, de repente, no meio dessa desarrumação feroz da vida urbana, dá na gente um sonho de simplicidade.... (L. 1-3) o autor demonstra desejo de: a) viver no campo, próximo à natureza. b) fugir para regiões distantes da cidade. c) mudar de profissão. d) viver uma vida natural sem sofisticação. e) não conviver mais em sociedade (USS RJ) NÃO é CORRETO o exemplo dessa desarrumação da vida urbana (L. 1-2) Indicado na alternativa: a)... beber tanta coisa gelada... (L ) b)... inquietação das madrugadas... (L ) c)... fome de outros corpos e outras almas... (L ) d)... tomar nota... (L. 63) e) apenas viver... (L. 65) 53 - (USS RJ) Ao se referir à sua profissão como... comércio de pequenas pilhas de palavras,... (L ), o autor deixa transparecer um tom de: a) preocupação com o seu ofício. b) aceitação do seu ofício. c) crítica ao seu ofício. d) seriedade para com o seu ofício. e) negligência em relação ao seu ofício (USS RJ) Através das interrogações em torno das quais o autor desenvolve a sua crônica, é possível concluir-se que ele: a) está cheio de dúvidas. b) não vê sentido nos seus hábitos sofisticados. c) não tem resposta para muitas questões. d) não sabe a razão dos próprios atos. e) demonstra ser muito curioso. TEXTO: 2 - Comum à questão: 55 De repente, a enxada ficou pesada. Belarmino sentia dificuldades em manejá la. A cova, onde a maniba subia, ora se distanciava, ora de avizinhava. As ervas desapareciam. Depois, tornavam à posição antiga. Os seus olhos se fechavam e se abriam, a luz do sol incomodando MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

22 o, a cabeça registrando uma pontada de dor, esporeando o, a aumentar quando se movimentava, como se tivesse um paralelepípedo dentro, girando em meio a espinhos de mandacaru. Como um paralelepípedo poderia entrar em sua cabeça? E espinhos? Vamos assuntar, homem. Com dificuldades, arrumou se. Voltaria para casa. Prosseguiria na limpeza das covas no dia seguinte. Hoje não dava mais. A cabeça não deixava. Pensou no que poderia lhe ter feito mal. A comida fria, talvez, embora fosse a mesma todos os dias. Talvez a pressa com que se alimentou. Ou a água da fonte um tanto quente. Mas tudo era repetitivo do dia anterior. Daí, não encontrar resposta satisfativa. O organismo já estava acostumado a tudo. Até à fome. Sem reclamar. E reclamar pra quem, afinal? Guardou a enxada debaixo das palhas do coqueiro, colocou a lata da comida na sacola de papel, a cabeça doendo como o diabo talvez, tivesse de ir à cidade à procura do médico, besteira, Belarmino, amanhã estaria melhor, e fechando o colchete de arame farpado, palmilhou o caminho de casa, passo devagar, os olhos sem enxergar direito. De uma coisa sabia; bêbado não estava. Aliás, beber quase não fazia. Uma pinga aqui e ali, num dia de frio, pra esquentar o corpo. E que é de ferro, responda? (Vladimir Souza Carvalho. água de cabaça. Revelação. Curitiba: Juruá. 2006, p.53) 55 - (UFS SE) A afirmativa correta, de acordo com o texto, é: a) Ao descobrir que não mais consegue manejar direito a enxada, Belarmino se dá conta das dificuldades trazidas pela idade, e decide ir procurar um médico. b) Os alimentos da lata estavam impróprios para o consumo, devido ao excessivo calor do sol durante as horas de trabalho no campo, razão do mal estar sobrevindo ao trabalhador. c) Um homem trabalha na terra e começa a sentir se bastante indisposto depois de ter se alimentado como fazia habitualmente, sendo obrigado a interromper sua rotina. d) Belarmino começa a sentir se indisposto, após a realização do trabalho que deveria ser feito naquele dia, e então decide voltar, para o necessário descanso. e) O trabalhador decide ir à cidade próxima fazer uma consulta médica, a ver se descobria a causa de seu mal estar, fato que, embora repentino, lhe parecia habitual. TEXTO: 3 - Comum às questões: 56, 57 BRASIL. Ministério da Saúde, 2009 (adaptado) (ENEM) Os principais recursos utilizados para envolvimento e adesão do leitor à campanha institucional incluem a) o emprego de enumeração de itens e apresentação de títulos expressivos. b) o uso de orações subordinadas condicionais e temporais. c) o emprego de pronomes como você e sua e o uso do imperativo. d) a construção de figuras metafóricas e o uso de repetição. e) o fornecimento de número de telefone gratuito para contato (ENEM) O texto tem o objetivo de solucionar um problema social, a) descrevendo a situação do país em relação à gripe suína. b) alertando a população para o risco de morte pela Influenza A. c) informando a população sobre a iminência de uma pandemia de Influenza A. d) orientando a população sobre os sintomas da gripe suína e procedimentos para evitar a contaminação. e) convocando toda a população para se submeter a exames de detecção da gripe suína. TEXTO: 4 - Comum às questões: 58, 59 MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

23 Texto I É praticamente impossível imaginarmos nossas vidas sem o plástico. Ele está presente em embalagens de alimentos, bebidas e remédios, além de eletrodomésticos, automóveis etc. Esse uso ocorre devido à sua atoxicidade e à inércia, isto é: quando em contato com outras substâncias, o plástico não as contamina; ao contrário, protege o produto embalado. Outras duas grandes vantagens garantem o uso dos plásticos em larga escala: são leves, quase não alteram o peso do material embalado, e são 100% recicláveis, fato que, infelizmente, não é aproveitado, visto que, em todo o mundo, a percentagem de plástico reciclado, quando comparado ao total produzido, ainda é irrelevante. Revista Mãe Terra. Minuano, ano I, n. 6 (adaptado). Texto II Sacolas plásticas são leves e voam ao vento. Por isso, elas entopem esgotos e bueiros, causando enchentes. São encontradas até no estômago de tartarugas marinhas, baleias, focas e golfinhos, mortos por sufocamento. Sacolas plásticas descartáveis são gratuitas para os consumidores, mas têm um custo incalculável para o meio ambiente. Veja, 8 jul Fragmentos de texto publicitário do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente (ENEM) Em contraste com o texto I, no texto II são empregadas, predominantemente, estratégias argumentativas que a) atraem o leitor por meio de previsões para o futuro. b) apelam à emoção do leitor, mencionando a morte de animais. c) orientam o leitor a respeito dos modos de usar conscientemente as sacolas plásticas. d) intimidam o leitor com as nocivas consequências do uso indiscriminado de sacolas plásticas. e) recorrem à informação, por meio de constatações, para convencer o leitor a evitar o uso de sacolas plásticas (ENEM) Na comparação dos textos, observa-se que a) o texto I apresenta um alerta a respeito do efeito da reciclagem de materiais plásticos; o texto II justifica o uso desse material reciclado. b) o texto I tem como objetivo precípuo apresentar a versatilidade e as vantagens do uso do plástico na contemporaneidade; o texto II objetiva alertar os consumidores sobre os problemas ambientais decorrentes de embalagens plásticas não recicladas. c) o texto I expõe vantagens, sem qualquer ressalva, do uso do plástico; o texto II busca convencer o leitor a evitar o uso de embalagens plásticas. d) o texto I ilustra o posicionamento de fabricantes de embalagens plásticas, mostrando por que elas devem ser usadas; o texto II ilustra o posicionamento de consumidores comuns, que buscam praticidade e conforto. e) o texto I apresenta um alerta a respeito da possibilidade de contaminação de produtos orgânicos e industrializados decorrente do uso de plástico em suas embalagens; o texto II apresenta vantagens do consumo de sacolas plásticas: leves, descartáveis e gratuitas. TEXTO: 5 - Comum às questões: 60, 61 Canção do vento e da minha vida O vento varria as folhas, O vento varria os frutos, O vento varria as flores... E a minha vida ficava Cada vez mais cheia De frutos, de flores, de folhas. [...] O vento varria os sonhos E varria as amizades... O vento varria as mulheres... E a minha vida ficava Cada vez mais cheia De afetos e de mulheres. O vento varria os meses E varria os teus sorrisos... O vento varria tudo! E a minha vida ficava Cada vez mais cheia De tudo. BANDEIRA, M. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, (ENEM) Na estruturação do texto, destaca-se a) a construção de oposições semânticas. MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

24 b) a apresentação de ideias de forma objetiva. c) o emprego recorrente de figuras de linguagem, como o eufemismo. d) a repetição de sons e de construções sintáticas semelhantes. e) a inversão da ordem sintática das palavras (ENEM) Predomina no texto a função da linguagem a) fática, porque o autor procura testar o canal de comunicação. b) metalinguística, porque há explicação do significado das expressões. c) conativa, uma vez que o leitor é provocado a participar de uma ação. d) referencial, já que são apresentadas informações sobre acontecimentos e fatos reais. e) poética, pois chama-se a atenção para a elaboração especial e artística da estrutura do texto. d) a um grupo formado por estrangeiros que falam português. e) a um grupo sociocultural formado por brasileiros naturalizados e imigrantes (ENEM) Na situação de comunicação da qual o texto foi retirado, a norma padrão da língua portuguesa é empregada com a finalidade de a) demonstrar a clareza e a complexidade da nossa língua materna. b) situar os dois lados da interlocução em posições simétricas. c) comprovar a importância da correção gramatical nos diálogos cotidianos. d) mostrar como as línguas indígenas foram incorporadas à língua portuguesa. e) ressaltar a importância do código linguístico que adotamos como língua nacional. TEXTO: 7 - Comum às questões: 64, 65 TEXTO: 6 - Comum às questões: 62, 63 Quando eu falo com vocês, procuro usar o código de vocês. A figura do índio no Brasil de hoje não pode ser aquela de 500 anos atrás, do passado, que representa aquele primeiro contato. Da mesma forma que o Brasil de hoje não é o Brasil de ontem, tem 160 milhões de pessoas com diferentes sobrenomes. Vieram para cá asiáticos, europeus, africanos, e todo mundo quer ser brasileiro. A importante pergunta que nós fazemos é: qual é o pedaço de índio que vocês têm? O seu cabelo? São seus olhos? Ou é o nome da sua rua? O nome da sua praça? Enfim, vocês devem ter um pedaço de índio dentro de vocês. Para nós, o importante é que vocês olhem para a gente como seres humanos, como pessoas que nem precisam de paternalismos, nem precisam ser tratadas com privilégios. Nós não queremos tomar o Brasil de vocês, nós queremos compartilhar esse Brasil com vocês. TERENA, M. Debate. MORIN, E. Saberes globais e saberes locais. Rio de Janeiro: Garamond, 2000 (adaptado) (ENEM) Os procedimentos argumentativos utilizados no texto permitem inferir que o ouvinte/leitor, no qual o emissor foca o seu discurso, pertence a) ao mesmo grupo social do falante/autor. b) a um grupo de brasileiros considerados como não índios. c) a um grupo étnico que representa a maioria europeia que vive no país. BRASIL. Ministério da Saúde. Revista Nordeste, João Pessoa, ano 3, n. 35, maio/jun (ENEM) Diante dos recursos argumentativos utilizados, depreende-se que o texto apresentado a) se dirige aos líderes comunitários para tomarem a iniciativa de combater a dengue. b) conclama toda a população a participar das estratégias de combate ao mosquito da dengue. MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

25 c) se dirige aos prefeitos, conclamando-os a organizarem iniciativas de combate à dengue. d) tem como objetivo ensinar os procedimentos técnicos necessários para o combate ao mosquito da dengue. e) apela ao governo federal, para que dê apoio aos governos estaduais e municipais no combate ao mosquito da dengue (ENEM) O texto exemplifica um gênero textual híbrido entre carta e publicidade oficial. Em seu conteúdo, é possível perceber aspectos relacionados a gêneros digitais. Considerando-se a função social das informações geradas nos sistemas de comunicação e informação presentes no texto, infere-se que a) a utilização do termo download indica restrição de leitura de informações a respeito de formas de combate à dengue. b) a diversidade dos sistemas de comunicação empregados e mencionados reduz a possibilidade de acesso às informações a respeito do combate à dengue. c) a utilização do material disponibilizado para download no site restringe-se ao receptor da publicidade. d) a necessidade de atingir públicos distintos se revela por meio da estratégia de disponibilização de informações empregada pelo emissor. e) a utilização desse gênero textual compreende, no próprio texto, o detalhamento de informações a respeito de formas de combate à dengue. TEXTO: 8 - Comum às questões: 66, 67 Texto I [...] já foi o tempo em que via a convivência como viável, só exigindo deste bem comum, piedosamente, o meu quinhão, já foi o tempo em que consentia num contrato, deixando muitas coisas de fora sem ceder contudo no que me era vital, já foi o tempo em que reconhecia a existência escandalosa de imaginados valores, coluna vertebral de toda ordem ; mas não tive sequer o sopro necessário, e, negado o respiro, me foi imposto o sufoco; é esta consciência que me libera, é ela hoje que me empurra, são outras agora minhas preocupações, é hoje outro o meu universo de problemas; num mundo estapafúrdio definitivamente fora de foco cedo ou tarde tudo acaba se reduzindo a um ponto de vista, e você que vive paparicando as ciências humanas, nem suspeita que paparica uma piada: impossível ordenar o mundo dos valores, ninguém arruma a casa do capeta; me recuso pois a pensar naquilo em que não mais acredito, seja o amor, a amizade, a família, a igreja, a humanidade; me lixo com tudo isso! me apavora ainda a existência, mas não tenho medo de ficar sozinho, foi conscientemente que escolhi o exílio, me bastando hoje o cinismo dos grandes indiferentes [...]. NASSAR, R. Um copo de cólera. São Paulo: Companhia das Letras, Texto II Raduan Nassar lançou a novela Um Copo de Cólera em 1978, fervilhante narrativa de um confronto verbal entre amantes, em que a fúria das palavras cortantes se estilhaçava no ar. O embate conjugal ecoava o autoritário discurso do poder e da submissão de um Brasil que vivia sob o jugo da ditadura militar. COMODO, R. Um silêncio inquietante. IstoÉ. Disponível em: Acesso em: 15 jul (ENEM) Considerando-se os textos apresentados e o contexto político e social no qual foi produzida a obra Um Copo de Cólera, verifica-se que o narrador, ao dirigir-se à sua parceira, nessa novela, tece um discurso a) conformista, que procura defender as instituições nas quais repousava a autoridade do regime militar no Brasil, a saber: a Igreja, a família e o Estado. b) pacifista, que procura defender os ideais libertários representativos da intelectualidade brasileira opositora à ditadura militar na década de 70 do século passado. c) desmistificador, escrito em um discurso ágil e contundente, que critica os grandes princípios humanitários supostamente defendidos por sua interlocutora. d) politizado, pois apela para o engajamento nas causas sociais e para a defesa dos di reitos humanos como uma única forma de salvamento para a humanidade. e) contraditório, ao acusar a sua interlocutora de compactuar com o regime repressor da ditadura militar, por meio da defesa de instituições como a família e a Igreja (ENEM) Na novela Um Copo de Cólera, o autor lança mão de recursos estilísticos e expressivos típicos da literatura produzida na década de 70 do século passado no Brasil, que, nas palavras do crítico Antonio Candido, aliam vanguarda estética e MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

26 amargura política. Com relação à temática abordada e à concepção narrativa da novela, o texto I a) é escrito em terceira pessoa, com narrador onisciente, apresentando a disputa entre um homem e uma mulher em linguagem sóbria, condizente com a seriedade da temática político-social do período da ditadura militar. b) articula o discurso dos interlocutores em torno de uma luta verbal, veiculada por meio de linguagem simples e objetiva, que busca traduzir a situação de exclusão social do narrador. c) representa a literatura dos anos 70 do século XX e aborda, por meio de expressão clara e objetiva e de ponto de vista distanciado, os problemas da urbanização das grandes metrópoles brasileiras. d) evidencia uma crítica à sociedade em que vivem os personagens, por meio de fluxo verbal contínuo de tom agressivo. e) traduz, em linguagem subjetiva e intimista, a partir do ponto de vista interno, os dramas psicológicos da mulher moderna, às voltas com a questão da priorização do trabalho em detrimento da vida familiar e amorosa. TEXTO: 9 - Comum à questão: 68 Consumo ultrapassou capacidade de renovação que a Terra poderia oferecer Agência Brasil A cota de recursos naturais que a natureza poderia oferecer em 2013 se esgotou na última terça-feira (20). A data, inclusive, assinalou o Dia da Sobrecarga da Terra, marco anual de quando o consumo humano ultrapassa a capacidade de renovação do planeta. O cálculo foi divulgado pela Global Footprint Network (Rede Global da Pegada Ecológica), organização não governamental (ONG) parceira da rede WWF. O levantamento compara a demanda de recursos naturais empregados na produção de alimentos com a capacidade da natureza de regeneração e de reciclagem dos resíduos, a chamada pegada ecológica (medida que contabiliza o impacto ambiental do homem sobre esses recursos). Em menos de oito meses, o consumo global exauriu tudo o que a natureza consegue repor em um ano e, entre setembro e dezembro, o planeta vai operar no vermelho, o que causa danos ao meio ambiente. De acordo com a Global Footprint Network, à medida que se aumenta o consumo, cresce o débito ecológico, traduzido em redução de florestas, perda da biodiversidade, escassez de alimentos, diminuição da produtividade do solo e o acúmulo de gás carbônico na atmosfera. Essa sobrecarga acelera as mudanças climáticas e tem reflexos na economia. Segundo os cálculos dessa contabilidade ambiental, a Terra está entrando no vermelho da conta bancária da natureza cada vez mais cedo. No ano passado, o Dia da Sobrecarga ocorreu em 22 de agosto. Em 2011, em 27 de setembro. Para o diretor executivo da Conservação Internacional, André Guimarães, a humanidade vai pagar a conta desse consumo excessivo na forma de perda de qualidade de vida, de mais pobreza e doenças, caso não mude esse quadro. Esse ritmo de consumo no longo prazo vai culminar na exaustão dos recursos naturais. Estamos colocando nossa qualidade de vida e nosso futuro em risco. Se consumirmos em excesso a natureza, em algum momento vamos ter que pagar essa conta na forma de poluição, doenças, água menos disponível para nosso desenvolvimento e nosso uso, pobreza e falta de alimentos, disse Guimarães. Para o ambientalista, o desafio para as nações é achar uma maneira de se desenvolver reduzindo a demanda pelo capital natural. Assim conseguimos fechar a equação de meio ambiente preservado e economia sustentável. Segundo pesquisas da Global Footprint Network, os atuais padrões de consumo médio da humanidade demandam uma área de um planeta e meio para sustentá-los. As projeções indicam que se o estilo de vida continuar no ritmo atual, o homem precisará de duas Terras antes de Estudos da ONG internacional mostram que, no início da década de 1960, a humanidade empregou somente cerca de dois terços dos recursos ecológicos disponíveis no planeta. Esse panorama começou a mudar na década seguinte, quando o aumento das emissões de gás carbônico e a demanda humana por recursos naturais passaram a exceder a capacidade de produção renovável do planeta. Atualmente, mais de 80% da população mundial vive em países que usam mais recursos do que seus próprios ecossistemas conseguem renovar. Os países devedores ecológicos já esgotaram seus próprios recursos e têm de importá-los. No levantamento da Global Footprint Network, os japoneses consomem 7,1 vezes mais do que têm MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

27 e seriam necessárias quatro Itálias para abastecer os italianos. Nesse panorama traçado pela Global Footprint Network, o Brasil aparece ao lado das nações que ainda são credoras ambientais, com reservas naturais abundantes. Esse quadro, porém, está mudando. O presidente da ONG, Mathis Wackernagel, lembra que o país tem uma grande riqueza natural que está sob pressão devido ao aumento populacional e aos padrões de consumo. O Brasil precisa reconhecer sua riqueza e saber como pode usá-la sem gastá-la. O capital natural vai se tornar cada vez mais importante em um mundo com restrições de recursos, disse Mathis, que enfatiza a importância de se investir em energia solar e eólica. Segundo o diretor executivo da Conservação Internacional, o Brasil ainda tem abundância de capital natural e espaço para crescer. Os países desenvolvidos já ultrapassaram o limite de consumo de matérias-primas naturais. Se todos os habitantes da Terra tivessem o mesmo padrão de consumo dos norte-americanos, nós íamos precisar de quase cinco planetas para dar conta das demandas da população. O padrão de consumo dos países desenvolvidos desorganiza essa balança e o Brasil está na posição intermediária caminhando a passos largos para ser um alto consumidor de capital natural, declarou André Guimarães. Para ambientalistas, a sociedade precisa repensar seu estilo de vida. Nesse contexto, dizem, a educação e a informação são instrumentos importantes para uma mudança de valores. De acordo com a secretária-geral do WWF-Brasil, Maria Cecília Wey de Brito, cidadãos e governos têm papel fundamental na redução dos impactos do consumo sobre os recursos naturais. Políticas públicas voltadas para esse fim, como a oferta de um transporte público de qualidade e menos poluente, construção de ciclovias e o estímulo ao consumo responsável são essenciais para reduzir a pegada ecológica, disse Maria Cecília. Ela lembra que as pessoas podem fazer sua parte. Reduzir o desperdício de água e energia, o consumo de carne bovina e de alimentos altamente processados, usar mais transporte coletivo e adquirir produtos certificados são algumas das atitudes recomendadas. É importante que as pessoas se lembrem de que qualquer desperdício de energia, por menor que pareça, está sendo feito às custas do planeta, ao gastar mais combustível fóssil. Podemos fazer nossas escolhas lembrando que a Terra é finita, como é a nossa conta no banco. A gente só tem esse planeta, por que não cuidar dele?, ressaltou a secretária-geral do WWF-Brasil /08/24/consumo-ultrapassou-capacidadede-renovacao-que-a-terra-poderia-oferecer/ 68 - (UFJF MG) Segundo o texto, pode-se dizer que o Brasil a) está em situação confortável no que se refere aos padrões de consumo. b) está em situação de alerta para o aumento do consumo. c) está em situação crítica por conta de consumo excessivo. d) tem nível de consumo igual ao dos países mais desenvolvidos. e) tem nível de consciência ambiental igual ao dos países desenvolvidos. TEXTO: 10 - Comum à questão: 69 Leia o texto abaixo, publicado por ocasião do lançamento do filme A Rede Social, em Mark Zuckerberg - ou a vitória do nerd Rodrigo Levino e Renata Honorato Parte da controvérsia em torno de Zuckerberg tem a ver com o modo como ele cons truiu sua empresa e acumulou sua incrível fortuna, a 35ª maior do mundo. Criador do Facebook, site de relacionamentos que hoje congrega 500 milhões de pessoas, e dono, com apenas 26 anos, de uma fortuna estimada em 7 bilhões de dólares, o americano Mark Zuckerberg tornou-se, em 2010, algo mais que um prodígio dos negócios e da tecnologia. Recontada no filme A Rede Social, sua história alcançou pessoas que, de outra maneira, não prestariam atenção a ela, e ganhou aquele verniz peculiar que as artes, e o cinema em especial, são capazes de conferir a um personagem. No lugar de outras figuras do Vale do Silício, como Larry Page e Serge Brin, os fundadores do Google, agora é Zuckerberg quem representa a geração 2.0, aquela que molda a internet e tem sua vida moldada por ela. Ele se transformou num ícone positivo para alguns, infame para outros. Parte da controvérsia em torno de Zuckerberg tem a ver com o modo como ele construiu sua empresa e acumulou sua incrível fortuna, a 35ª maior do mundo, segundo a revi sta Forbes. MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

28 Amparado no livro Bilionários Por Acaso, do jornalista Ben Mazerich, A Rede Social fala dos processos que ex-colegas moveram contra Zuckerberg, acusando-o de deslealdade e até mesmo roubo de propriedade intelectual. O filme não toma um partido claro. Permite que se veja Zuckerberg como alguém que fez o necessário para concretizar uma visão genial, ou apenas como um jovem de caráter questionável (é difícil contar o número de vezes que ele é qualificado de canalha no filme). Enseja, assim, uma discussão sobre os limites da ambição, sobre obstinação e agressividade - a velha querela sobre a moral do capitalismo. Talvez o fato de a revista Time ter escolhido Zuckerberg como personalidade do ano na semana passada indique a direção da maré. Em 1984, quando a mesma Time cogitou elevar Steve Jobs o hoje lendário fundador da Apple à categoria de personalidade do ano, desistiu na metade do caminho, por causa da ira que seu nome despertava na comunidade tecnológica dos Estados Unidos. Em vez do rosto de Jobs, foi o computador Macintosh que apareceu na capa da publicação. Foi diferente com Zuckerberg. A revista estampou sua foto na capa. E o comparou com outra personalidade que, ao receber a homenagem, também tinha 26 anos: a rainha Elizabeth II, da Inglaterra. A diferença é que a rainha herdou um império, enquanto Zuckerberg construiu um, diz o texto. Segundo o consultor de comunicação em mídias sociais Alexandre Inagaki, há elementos politicamente incorretos na história de Zuckerberg, mas os jovens que vão ao cinema para conhecer sua trajetória estão equipados para vê-los de maneira positiva. Diz Inagaki: Se a internet é o novo rock n roll, como dizem por aí, é compreensível o posto de ídolo de Zuckerberg. Nas bandas de rock os ídolos não são bonzi nhos. Mas o mau comportamento é compensado pela música. O mesmo ocorre neste caso. A invenção do Facebook compensa as possíveis falhas de quem o inventou. O outro aspecto da controvérsia sobre Zuckerberg está no modo como sua história celebra a tecnologia. Há uma longa tradição de pensamento que vê as máquinas e sobretudo os computadores com desconfiança e temor. No próprio Vale do Silício há quem encampe esse ponto de vista atualmente. É o caso de Jaron Lanier, um pioneiro da TI que lançou neste ano o livro Você Não é um Gadget, no qual defende um retorno ao humanismo e critica figuras como Ray Kurzweil e Larry Page, apaixonados pela ideia de uma fusão entre homens e máquinas, naquilo que chamam de Singularidade. Para quem segue linhas de raciocínio como essa, redes sociais como o Facebook são um ambiente em que tudo é simulacro: ao criar um perfil as pessoas mentem, dão vazão à sua vaidade, abrem mão de sua privacidade e de uma vida interior com alguma profundidade. Até as amizades são falsas. Para os entusiastas de Zuckerberg e do Facebook, essa crítica é alarmista e caricaturesca. Até agora (e isso ainda está presente em séries como The Big BangTheory), o nerd era apenas um sujeito para quem resolver equações da física quântica era fácil, enquanto namorar uma garota era um problema insolúvel. Com sua fibra nos negócios, sua namorada bonita (uma estudante de medicina chamada Priscilla Chan) e seus bilhões no banco, a ascensão de Zuckerberg transformou para sempre o nerd tirou-o do canto e o pôs no centro da festa. A história continua, mas a melhor descrição desse novo personagem, tomado em grupo e não isoladamente, talvez seja a que a romancista inglesa Zadie Smith ofereceu recentemente na New York Reviewof Books. Zadie Smith não é uma entusiasta das redes sociais e se descreve como alguém da geração 1.0, inserida por contingência na geração 2.0. Segundo ela, porém, não há como deixar de sentir um pouco de orgulho por essa geração. Eles passaram uma década sendo criticados por não criar o tipo certo de pintura ou literatura ou música ou política. Acontece que os garotos 2.0 mais inteligentes estavam fazendo outra coisa extraordinária. Estavam criando um mundo. Releia este fragmento: Se a internet é o novo rock n roll, como dizem por aí, é compreensível o posto de ídolo de Zuckerberg. Nas bandas de rock os ídolos não são bonzinhos. Mas o mau comportamento é compensado pela música. O mesmo ocorre neste caso. A invenção do Facebook compensa as possíveis falhas de quem o inventou (UFJF MG) Na frase: a ascensão de Zuckerberg transformou para sempre o nerd tirou-o do canto e o pôs no centro da festa, como se pode entender essa transformação? a) os nerds passaram a ter vida festiva depois de Zuckerberg. MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

29 b) Zuckerberg ensinou os nerds a não serem mais tímidos. c) os nerds deixaram os estudos para aproveitar mais a vida. d) os nerds passaram a ocupar uma posição social de destaque. e) Zuckerberg mostrou aos nerds como agirem nas festas. TEXTO: 11 - Comum às questões: 70, 71 O seu amor O seu amor Ame-o e deixe-o livre para amar Livre para amar Livre para amar O seu amor Ame-o e deixe-o ir aonde quiser Ir aonde quiser Ir aonde quiser O seu amor Ame-o e deixe-o brincar Ame-o e deixe-o correr Ame-o e deixe-o cansar Ame-o e deixe-o dormir em paz O seu amor Ame-o e deixe-o ser o que ele é Ser o que ele é GIL, Gilberto. O seu amor. In: Doces Bárbaros, PolyGram, (UFJF MG) Pode-se afirmar que a letra da canção de Gilberto Gil (Texto I) constrói sua principal afirmação através da repetição de ideias. Tal repetição permite compreender que a condição para o amor é, segundo o eu-lírico: a) a contradição b) o movimento c) a liberdade d) a paz e) o companheirismo 71 - (UFJF MG) O texto I se articula com o slogan ufanista Brasil: ame-o ou deixe-o, veiculado durante a ditadura militar no Brasil. A julgar pela maneira como a letra da canção transforma o sentido do slogan político, pode-se afirmar que a luta pela liberdade: a) inclui ações privadas e afetivas b) depende das passeatas e manifestações c) consiste em desobedecer a normas e leis d) passa pela tomada do poder e) depende da classe social TEXTO: 12 - Comum à questão: 72 Os meses se aligeiravam e evitávamos sair de casa. (Não desejava que outros presenciassem a nossa intimidade, os meus cuidados com ela.) Loquaz, alegre, eu agora gostava de vê-la comer aos bocadinhos, mastigando demoradamente os alimentos. Às vezes me interrompia com uma observação ingênua: - Se a Terra roda, por que não ficamos tontos? Longe de me impacientar, dizia-lhe, em resposta, uma porção de coisas graves, que Geralda ouvia com os olhos arregalados. No final, me lisonjeava com um descabido elogio aos meus conhecimentos. Não tardaram a se encompridar os dias, tornando rotineiros os meus carinhos, criando o vácuo entre nós, até que me calei. Ela também emudeceu. Restava-nos o restaurante. Para lá nos dirigimos, guardando um silêncio condenado a dolorosa permanência. O rosto dela passou a aborrecer-me, bem como o reflexo do meu tédio no seu ol har. Enquanto isso, despontava em mim a necessidade de ficar só, sem que Geralda jamais me largasse, seguindome para onde eu fosse. Nervoso, a implorar piedade com os olhos, não tinha suficiente coragem de lhe declarar o que passava no meu íntimo. Uma tarde, olhava para as paredes sem nenhuma intenção aparente e enxerguei uma corda dependurada num prego. Agarrei -a e disse para Geralda, que se mantinha abstrata, distante: - Ela lhe servirá de colar. Nada objetou. Apresentou-me o pescoço, no qual, com delicadeza, passei a corda. Em seguida puxei as pontas. Minha mulher fechou os olhos como se estivesse recebendo uma carícia. Apertei com força o nó e a vi tombar no assoalho. Como se fosse hora de jantar, maquinalmente, rumei para o restaurante, onde procurei a mesa habitual. Sentei-me distraído, sem que nada me preocupasse. Pelo contrário, envolvia-me doce sensação de liberdade. RUBIÃO, Murilo. Os três nomes de Godofredo. Obra completa. São Paulo: Companhia das Letras, pp (UFJF MG) A deterioração da relação afetiva do casal representado no conto (Texto II) caracteriza-se pela rotina que leva à: MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

30 a) exacerbação da sensualidade b) submissão da mulher c) incapacidade de renovação d) perda de apetite e) quebra de protocolos TEXTO: 13 - Comum às questões: 73, 74 CIENTISTAS VISLUMBRAM MANIPULAÇÃO DA MEMÓRIA NICK BILTON DO "NEW YORK TIMES" Os cientistas ainda não encontraram um jeito de reparar um coração partido, mas estão chegando mais perto de manipular a memória e de descarregar instruções de um computador diretamente para um cérebro. Pesquisadores do Centro de Genética de Circuito Neural do Instituto de Tecnologia Riken- Massachusetts nos levaram para mais perto da ideia de manipulação cerebral quando anunciaram ser capazes de criar uma memória falsa num camundongo. Na edição de 26 de julho da "Science", os cientistas anunciaram ter feito camundongos se lembrarem de ter recebido um choque elétrico em um lugar, quando, na realidade, isso teria acontecido em local completamente diferente. "Não foi exatamente escrever uma memória a partir do nada, mas conectar dois tipos diferentes de recordações. Pegamos uma recordação neutra e a atualizamos artificialmente para convertê-la em recordação negativa", explicou Steve Ramirez, um dos neurocientistas do MIT. Pode soar insignificante, mas, segundo Ramirez, não é um salto muito grande imaginar que essa pesquisa possa levar à manipulação computadorizada da mente para o tratamento do transtorno de estresse póstraumático. Tecnólogos estão trabalhando sobre interfaces cérebro-computador que nos permitirão interagir com nossos smartphones e computadores, usando simplesmente nossas mentes. Já existem aparelhos que leem nossos pensamentos e nos permitem fazer coisas como nos desviar de objetos virtuais em um jogo de computador ou ligar e desligar chaves com o pensamento. Mas os cientistas que trabalham com a manipulação da memória parecem estar ampliando as fronteiras do que pensamos ser possível. No filme "Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças", o personagem representado por Jim Carrey usa um serviço que apaga memórias para limpar de seu cérebro a lembrança de sua ex-namorada (interpretada por Kate Winslet). De acordo com Ramirez, o filme só erra em uma coisa: uma lembrança inteira é apagada. "Acho que nós podemos fazer melhor: podemos conservar a imagem da personagem de Kate Winslet, livrando-nos apenas da parte dessa recordação que provoca tristeza". Em 2011, cientistas que trabalham com a Universidade de Boston e os Laboratórios A.T.R. de Neurociência Computacional, em Kyoto (no Japão), publicaram um artigo sobre um processo chamado neurofeedback decodificado, ou "DecNef", que envia sinais para o cérebro por meio de um aparelho de imagem por ressonância magnética funcional, capaz de modifi car o padrão de atividade cerebral de uma pessoa. Os cientistas acreditam que, com o tempo, poderão ensinar uma nova linguagem ou o domínio de um esporte "carregando" informações no cérebro. Em fevereiro, o neurocientista Miguel A. Nicolelis, da Universidade Duke, na Carolina do Norte, conectou os cérebros de dois ratos pela internet, permitindo que eles se comunicassem com suas mentes de tal modo que, quando um rato pressionava uma alavanca, o outro fazia a mesma coisa. Um dos ratos estava na Carolina do Norte e o outro em um laboratório em Natal, no Brasil. No verão deste ano, cientistas da Escola Médica Harvard criaram uma interface cérebro-a-cérebro com a qual um humano pode mover a cauda de um rato pelo simples pensamento. "Acho que essa é a fronteira real da comunicação humana no futuro. Já podemos fazer com que macacos, e até mesmo humanos, movimentem artefatos com o simples pensamento", comentou Nicolelis. "A partir do momento em que for possível 'escrever' no cérebro, posso imaginar o mesmo tipo de lógica funcionando para a comunicação de pensamentos e mensagens entre humanos." cientistas-vislumbram-manipulacao-damemoria.shtml 73 - (UFJF MG) MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

31 A leitura do texto nos permite inferir que, no futuro: a) será possível manipular a memória humana. b) a memória humana não poderá ser apagada. c) os seres humanos vão se comunicar por telepatia. d) os animais receberão implantes de cérebros humanos. e) os cérebros das pessoas serão interconectados (UFJF MG) Pode-se identificar como tema do texto: a) a lista de cientistas que pesquisam a memória humana. b) as descobertas da ciência sobre a memória dos animais. c) as descobertas da ciência sobre a memória humana. d) a tecnologia existente em pesquisas sobre a memória. e) o futuro das descobertas sobre a memória dos animais. TEXTO: 14 - Comum à questão: 75 O texto abaixo apresenta uma definição para Tecnologia da informação e comunicação (TIC). Leia-o atentamente. Texto I TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO Tecnologia da informação e comunicação (TIC) pode ser definida como um conjunto de recursos tecnológicos, utilizados de forma integrada, com um objetivo comum. As TICs são utilizadas das mais diversas formas, na indústria (no processo de automação), no comércio (no gerenciamento, nas diversas formas de publicidade), no setor de investimentos (informação simultânea, comunicação imediata) e na educação (no processo de ensino aprendizagem, na Educação a Distância). formando uma verdadeira rede. Criações como o , o chat, os fóruns, a agenda de grupo online, comunidades virtuais, web cam, entre outros, revolucionaram os relacionamentos humanos. Através do trabalho colaborativo, profissionais distantes geograficamente trabalham em equipe. O intercâmbio de informações gera novos conhecimentos e competências entre os profissionais. Novas formas de integração das TICs são criadas. Uma das áreas mais favorecidas com as TICs é a educacional. Na educação presencial, as TICs são vistas como potencializadoras dos processos de ensino aprendizagem. Além disso, a tecnol ogia traz a possibilidade de maior desenvolvimento aprendizagem comunicação entre as pessoas com necessidades educacionais especiais. As TICs representam ainda um avanço na educação a distância. Com a criação de ambientes virtuais de aprendizagem, os alunos têm a possibilidade de se relacionar, trocando informações e experiências. Os professores e/ou tutores têm a possibilidade de realizar trabalhos em grupos, debates, fóruns, dentre outras formas de tornar a aprendizagem mais significativa. Nesse sentido, a gestão do próprio conhecimento depende da infraestrutura e da vontade de cada indivíduo. A democratização da informação, aliada à inclusão digital, pode se tornar um marco dessa civilização. Contudo, é necessário que se diferencie informação de conhecimento. Sem dúvida, vivemos na Era da Informação. Texto II Leia os quadrinhos abaixo. O desenvolvimento de hardwares e softwares garante a operacionalização da comunicação e dos processos decorrentes em meios virtuais. No entanto, foi a popularização da internet que potencializou o uso das TICs em diversos campos. Através da internet, novos sistemas de comunicação e informação foram criados, 75 - (UFJF MG) MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

32 Aponte, de forma sucinta, de acordo com o texto I, 3 (três) vantagens trazidas para a civilização contemporânea pelas novas Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). TEXTO: 15 - Comum à questão: 76 De currais e caricaturas [...] Nada mais coerente, portanto, do que criarmos um movimento em busca de indenização, certo? Errado. O exemplo anterior [sobre a perseguição aos alemães no Brasil no período da Segunda Guerra] serve apenas para mostrar que as coisas não são tão simples quanto parecem. Nos anos 1940, os japoneses que viviam no Brasil sofreram ainda mais que os alemães. O mesmo pode ser dito de judeus, árabes, poloneses e italianos. Não foram apenas os índios e os negros que padeceram nas garras de um Estado imaturo e elitizado como o nosso, ainda que tenham padecido numa escala maior e mais documentada. Se procurarmos nos livros certos, descobriremos que todos os grupos étnicos, religiosos e sexuais teriam direito a alguma forma de reparação. Pois é aí que reside o problema. Se você acredita que desencavar rancores contribui para o amadurecimento do país, está guiando por uma contramão arriscada, da qual é sempre difícil retornar. Em vez de resolveremas demandas das quais se originaram, as iniciativas de reparação histórica e as admoestações politicamente corretas que as acompanham têm o poder de complicar ainda mais a situação. Normalmente transformam-se em bandeiras de políticos irresponsáveis que querem ver o circo pegar fogo para se dar bem nas urnas. As consequências são evidentes: mais do que polarizada, a sociedade brasileira está guetificada, e não apenas por razões étnicas ou político-partidárias. Das igrejas que lutam contra a descriminalização do aborto aos coletivos feministas sediados em universidades, das ações dos grupos LGBT às bancadas conservadoras que cunharam a expressão heterofobia, parece que todo mundo quer vestir a capa do Supercidadão e sair voando para salvar o planeta. De repente começamos a nos ver como membros de clãs que sentem a obrigação de erigir totens para impor nossa verdade à vizinhança. Quem discorda é ignorante e por isso merece a fogueira. Nunca é demais lembrar que a ascensão dos movimentos de autoafirmação minoritária foi uma das maiores vitórias do nosso tempo, mas muita calma nessa hora a radicalização de palavras de ordem e o resgate forçado de ressentimentos transformaram essa conquista numa faca de dois gumes. Vivemos num período tão complexo que talvez seja impossível encontrar alguém que possa se definir sem ressalvas. Diante da confusão, apelar para o estereótipo tornou-se a saída mais cômoda. De todas as caricaturas que passaram a simbolizar as mazelas da humanidade, o Homem Branco Ocidental parece ser a mais recorrente, como se todos os homens brancos, sem exceção, fossem racistas, machistas e homofóbicos. Se você pertence a esse grupo, já deve ter sido silenciado em algum debate por aí. Não importa sua opinião, se é a favor ou contra, pois já foi tachado como o machista do grupo e ponto-final. Em compensação, a caricatura que se costuma desenhar como resposta também não deixa de ser injusta: a feminista furibunda que pensa pouco e grita muito é outro dos estereótipos que criamos para empobrecer o debate. Ninguém gosta de receber lições de moral por aquilo que é. Por isso, antes de leis arbitrárias elaboradas por iluminados e impostas a uma população que ainda não teve tempo de digerir preconceitos ancestrais, precisamos é de educação igualitária e multicultural para todos. Conhecer a cultura daqueles que consideramos diferentes é a melhor maneira de nos aceitarmos coletivamente, e não apenas de nos tolerarmos. A guetificação não é boa para ninguém. Se insistirmos nisso, acabaremos voltando aos currais de arame farpado. TENFEN, Maicon. Revista Veja. Edição 2499, de 12 de outubro de p Fragmento adaptado (ACAFE SC) Assinale a pergunta que pode ser corretamente respondia com base no texto. a) Por que as iniciativas de reparação histórica e as admoestações politicamente corretas que as acompanham têm o poder de complicar ainda mais a situação? b) Quais são as iniciativas políticoparti dárias que impedem a polarização da sociedade brasileira? c) É possível identificar, no período em que vivemos, os totens que merecem ser queimados na fogueira da discórdia? d) Em que região do Brasil, as ações de resgate dos ressentimentos étnico-raciais e sexuais estão mais salientes? TEXTO: 16 - Comum às questões: 77, 78, 79 MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

33 A situação favorável, do ponto de vista das oportunidades de trabalho, que existia na região cafeeira, valeu aos antigos escravos liberados salários relativamente elevados. Com efeito, tudo indica que na região do café a abolição provocou efetivamente uma redistribuição da renda em favor da mão-de-obra. Sem embargo, essa melhora na remuneração real do trabalho parece haver tido efeitos antes negativos que positivos sobre a utilização dos fatores. (...) O homem formado desse sistema social está totalmente desaparelhado para responder aos estímulos econômicos. Quase não possuindo hábitos de vida familiar, a ideia de acumulação de riqueza lhe é praticamente estranha. Demais, seu rudimentar desenvolvimento mental limita extremamente suas necessidades. Sendo o trabalho para o escravo uma maldição e o ócio o bem inalcançável, a elevação de seu salário acima de suas necessidades que estão definidas pelo nível de subsistência de um escravo determina de imediato um forte preferência pelo ócio. Dessa forma, uma das consequências diretas da abolição, nas regiões em mais rápido desenvolvimento, foi reduzir-se o grau de utilização da força de trabalho. (Celso Furtado, Formação Econômica do Brasil) 77 - (ESPM SP) O final do texto faz uma referência ao fato de a abolição provocar um(a): a) exclusão radical do trabalho negro nas regiões agrárias desenvolvidas. b) processo de substituição da mão de obra escrava na cafeicultura. c) quadro ideológico favorável ao desenvolvimento econômico do país. d) alteração significativa na forma de produção agrícola no final do século XIX. e) migração dos ex-escravos para atividades de trabalhos domésticos e serviços urbanos (ESPM SP) Segundo o autor: a) A situação favorável fez o negro, uma vez ocupado fora do regime escravocrata, preferir o ócio. b) A preferência pelo ócio deriva diretamente da condição de trabalhador assalariado em país latino-americano. c) O repertório de necessidade do escravo era limitado pelo nível de subsistência a que a região cafeeira o condenava. d) O negro, não dispondo de hábitos de vida familiar, não se interessava em acumular capital. e) Não houve utilização de fatores, quando se tratou de provocar redistribuição de renda na economia cafeeira (ESPM SP) Infere-se do texto que: a) A abolição da escravatura não foi um fenômeno econômico, mas sim um fenômeno político. b) Na região do café, a abolição teve efeitos que não apresentou em outras áreas geoeconômicas do Brasil. c) A abolição teve um resultado de efeitos em que se igualaram as consequências positivas e negativas. d) Hábitos de vida familiar nada têm a ver com o regime de trabalho, nem com as disposições pessoais para o trabalho. e) A acumulação de riqueza é um conceito estranho a quem não estava habituado à vida familiar. TEXTO: 17 - Comum à questão: 80 Médicos e Medicina Decidi dividir com você, leitor, uma visão muito pessoal a respeito da prática médica. Como eu vejo a Medicina, seu passado, seu presente e futuro. Procuro dividir também minha visão acerca do muito que já foi feito e do que podemos fazer para nos sairmos cada vez melhor na arte de curar. Divido com você, leitor, minhas dúvidas, angústias e dificuldades, ao longo desses trinta anos em que procuro entender o adoecimento e seus múltiplos vieses. Isto porque é com eles que lidamos todos os dias. Não existe a receita do bolo. Quando nós, médicos, nos graduamos, acreditamos que, se fizermos tudo de acordo com a cartil ha, estaremos sempre acertando. Não perderíamos nunca um diagnóstico. Todos os pacientes ficariam curados, nada sairia do controle. No entanto, não é assim que acontece. Felizmente, para acertamos, ou ao menos para estarmos cada vez mais próximos de melhor ajudar nossos pacientes, é preciso manter a perspectiva do MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

34 melhor. É preciso estudar sempre, convencidos de que nunca saberemos tudo o que devemos saber. Sempre existirá o que aprender. Mas, ainda assim, mesmo sabendo que estaremos sempre fazendo o possível e dando o melhor de nós, várias vezes, nos sentimos impotentes. Gostaríamos de poder fazer mais e nunca ter um insucesso a reportar. Somos lembrados, às vezes, do quanto somos falíveis. Afinal, somos todos humanos, pacientes e médicos. Mais do que isso, não existe mágica para resolver a doença. O indivíduo aposta no médico como única solução para seus problemas e esquece que ele também deve participar do processo de cura. O médico apenas pode ajudá -lo a retomar o caminho ideal. O médico não faz milagres. Não somos deuses. Ou seja, é equivocada a relação de distanciamento que sempre existiu entre médico e paciente. O assistencialismo (em todas as áreas) ainda é necessário, mas, sozinho, não atende à necessidade de devolver ao assistido a responsabilidade sobre sua vida, sobre sua sustentabilidade e cidadania. Da mesma forma, em relação à medicina, sobretudo em relação à medicina preventiva, o indivíduo deve assumir também as rédeas de sua saúde. (...) As escolhas que fazemos a cada momento são determinantes. A vida de cada um de nós é feita de escolhas, mudanças de rotas e reorganizações em busca da retomada do melhor caminho em direção ao objetivo desejado. A saúde é dinâmica e é uma conquista diária e global. Definitivamente, não está nas mãos dos médicos, apenas. Atualmente, a facilitação da informação é uma das tarefas do médico. Tenho a convicção de que a educação em saúde é a forma ideal de se contrapor à doença. A prevenção só é eficaz quando paralelamente se promovea saúde através da educação. Informar é educar! Ou seja, uma das primeiras providências no sentido de devolvermos ao indivíduo a responsabilidade pela sua saúde passa necessariamente pela informação. Pela educação em saúde. ( Adaptado.) 80 - (FPS PE) O texto, em sua perspectiva global, defende: a) o interesse do médico para, em seu exercício de assistência ao doente, nada sair do controle. b) uma visão e uma atuação compartilhada entre assistentes e assistidos da saúde. c) a formação continuada e modernizada dos que vivem o exercício da medicina. d) a eficácia da prevenção em saúde como forma ideal de se contrapor à doença. e) a necessidade do assistencialismo, que, mesmo, atualmente, deve estar em todas as áreas. TEXTO: 18 - Comum às questões: 81, 82 Leia a crônica Anúncio de João Alves, de Carlos Drummond de Andrade ( ), publicada originalmente em Figura o anúncio em um jornal que o amigo me mandou, e está assim redigido: À procura de uma besta. A partir de 6 de outubro do ano cadente, sumiu-me uma besta vermelho-escura com os seguintes característicos: calçada e ferrada de todos os membros locomotores, um pequeno quisto na base da orelha direita e crina dividida em duas seções em consequência de um golpe, cuja extensão pode alcançar de quatro a seis centímetros, produzido por jumento. Essa besta, muito domiciliada nas cercanias deste comércio, é muito mansa e boa de sela, e tudo me induz ao cálculo de que foi roubada, assim que hão sido falhas todas as indagações. Quem, pois, apreendê-la em qualquer parte e a fizer entregue aqui ou pelo menos notícia exata ministrar, será razoavelmente remunerado. Itambé do Mato Dentro, 19 de novembro de (a) João Alves Júnior. Cinquenta e cinco anos depois, prezado João Alves Júnior, tua besta vermelho-escura, mesmo que tenha aparecido, já é pó no pó. E tu mesmo, se não estou enganado, repousas suavemente no pequeno cemitério de Itambé. Mas teu anúncio continua um modelo no gênero, se não para ser imitado, ao menos como objeto de admiração literária. Reparo antes de tudo na limpeza de tua linguagem. Não escreveste apressada e toscamente, como seria de esperar de tua condição rural. Pressa, não a tiveste, pois o animal desapareceu a 6 de outubro, e só a 19 de novembro recorreste à Cidade de Itabira. Antes, procedeste a indagações. Falharam. Formulaste depois um raciocínio: houve roubo. Só então pegaste da pena, e traçaste um belo e nítido retrato da besta. Não disseste que todos os seus cascos estavam ferrados; preferiste dizê-lo de todos os seus membros locomotores. Nem esqueceste esse pequeno quisto na orelha e essa divisão da crina em duas seções, que teu zelo naturalista e histórico atribuiu com segurança a um jumento. MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

35 Por ser muito domiciliada nas cercanias deste comércio, isto é, do povoado e sua feirinha semanal, inferiste que não teria fugido, mas antes foi roubada. Contudo, não o afirmas em tom peremptório: tudo me induz a esse cálculo. Revelas aí a prudência mineira, que não avança (ou não avançava) aquilo que não seja a evidência mesma. É cálculo, raciocínio, operação mental e desapaixonada como qualquer outra, e não denúncia formal. Finalmente deixando de lado outras excelências de tua prosa útil a declaração final: quem a apreender ou pelo menos notícia exata ministrar, será razoavelmente remunerado. Não prometes recompensa tentadora; não fazes praça de generosidade ou largueza; acenas com o razoável, com a justa medida das coisas, que deve prevalecer mesmo no caso de bestas perdidas e entregues. Já é muito tarde para sairmos à procura de tua besta, meu caro João Alves do Itambé; entretanto essa criação volta a existir, porque soubeste descrevê-la com decoro e propriedade, num dia remoto, e o jornal a guardou e alguém hoje a descobre, e muitos outros são informados da ocorrência. Se lesses os anúncios de objetos e animais perdidos, na imprensa de hoje, ficarias triste. Já não há essa precisão de termos e essa graça no dizer, nem essa moderação nem essa atitude crítica. Não há, sobretudo, esse amor à tarefa bem-feita, que se pode manifestar até mesmo num anúncio de besta sumida. (Fala, amendoeira, 2012.) 81 - (UNESP SP) O cronista manifesta um juízo de valor sobre a sua própria época em: a) Não escreveste apressada e toscamente, como seria de esperar de tua condição rural. Pressa, não a tiveste, pois o animal desapareceu a 6 de outubro, e só a 19 de novembro recorreste à Cidade de Itabira. (3º parágrafo) b) Cinquenta e cinco anos depois, prezado João Alves Júnior, tua besta vermelhoescura, mesmo que tenha aparecido, já é pó no pó. (2º parágrafo) c) Figura o anúncio em um jornal que o amigo me mandou, e está assim redigido: (1º parágrafo) d) Já não há essa precisão de termos e essa graça no dizer, nem essa moderação nem essa atitude crítica. Não há, sobretudo, esse amor à tarefa bem-feita, que se pode manifestar até mesmo num anúncio de besta sumida. (7º parágrafo) e) Já é muito tarde para sairmos à procura de tua besta, meu caro João Alves do Itambé; entretanto essa criação volta a existir, porque soubeste descrevê-la com decoro e propriedade, num dia remoto, e o jornal a guardou e alguém hoje a descobre, e muitos outros são informados da ocorrência. (7º parágrafo) 82 - (UNESP SP) Na crônica, João Alves é descrito como a) rústico e mesquinho. b) calculista e interesseiro. c) generoso e precipitado. d) sensato e meticuloso. e) ingênuo e conformado. TEXTO: 19 - Comum à questão: 83 1 A produção em série, em escala gigantesca, impõe 2 em todo lado as suas pautas obrigatórias de consumo. 3 Esta ditadura da uniformização obrigatória é mais 4 devastadora que qualquer ditadura do partido único: 5 impõe, no mundo inteiro, um modo de vida que reproduz 6 os seres 7 humanos como fotocópias do consumidor exemplar. 8 O sistema fala em nome de todos, dirige a todos 9 suas ordens imperiosas de consumo, difunde, entre todos 10 a febre compradora. A maioria, que se endivida para ter 11 coisas, termina por ter nada mais que dívidas para pagar 12 dívidas, as quais geram novas dívidas, e acaba a consumir 13 fantasias que, por vezes, materializa delinquindo. 14 Esta civilização não deixa dormir as flores, nem as 15 galinhas, nem as pessoas. Nas estufas, as flores são 16 submetidas à luz contínua, para que cresçam mais 17 depressa. Nas fábricas de ovos, as galinhas também 18 estão proibidas de ter a noite. E as pessoas estão 19 condenadas à insônia, pela ansiedade de comprar e pela 20 angústia de pagar. Este modo de vida não é muito bom 21 para as pessoas, mas é muito bom 22 para a indústria farmacêutica. Os EUA consomem a metade dos 23 sedativos, ansiolíticos e demais drogas químicas que 24 se vendem legalmente no mundo, e mais da metade 25 das drogas proibidas que se vendem ilegalmente, o que 26 não é pouca coisa se se considerar que os EUA têm 27 apenas cinco por cento da população mundial. 28 Invisível violência do mercado: a diversidade é 29 inimiga da rentabilidade e a uniformidade manda. O 30 consumidor exemplar 31 é o homem quieto. Esta civilização, que confunde a quantidade com a qual idade, confunde a 32 gordura com a boa alimentação. O país que inventou as 33 comidas e bebidas light, MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

36 os diet food e os alimentos fat 34 free tem a maior 35 quantidade de gordos do mundo. O consumidor exemplar só sai do automóvel para trabalhar 36 e para ver televisão. Sentado perante o pequeno écran, 37 passa quatro horas diárias a devorar comida de plástico. 38 As massas consumidoras recebem ordens num 39 idioma universal: a publicidade conseguiu o que o 40 esperanto quis e não pôde. Tempo livre, tempo prisioneiro: 41 as casas muito pobres não têm cama, mas têm televisor 42 e o televisor 43 tem a palavra. Comprado a prazo, esse animalejo prova a vocação democrática do progresso: 44 não escuta ninguém, mas fala para todos. Pobres e ricos 45 conhecem, assim, as virtudes dos automóveis do último 46 modelo, e pobres e ricos inteiram-se das vantajosas 47 taxas de juros que este ou aquele banco oferece. 48 Os peritos sabem converter as mercadorias em 49 conjuntos mágicos contra a solidão. As coisas têm 50 atributos humanos: acariciam, 51 acompanham, compreendem, ajudam, o perfume te beija e o automóvel 52 é o amigo que nunca falha. A cultura do consumo fez da 53 solidão o mais lucrativo dos mercados. A publicidade 54 não informa acerca do produto que vende, ou raras vezes 55 o faz. Isso é o que menos importa. A sua função primordial 56 consiste em compensar frustrações e alimentar fantasias. 57 Sempre ouvi dizer que o dinheiro não produz a felicidade, 58 mas qualquer espectador pobre de TV tem motivos de 59 sobra para acreditar que o dinheiro produz algo tão 60 parecido que a diferença é assunto para especialistas. 61 O shopping center, ou shopping mall, vitrine de todas 62 as vitrines, impõe a sua presença avassaladora. As 63 multidões acorrem, em peregrinação, a este templo maior 64 das massas do consumo. A maioria dos devotos 65 contempla, em êxtase, as coisas que os seus bolsos 66 não podem pagar, enquanto a minoria compradora 67 submete-se ao bombardeio da oferta incessante e 68 extenuante. 69 A cultura do consumo, cultura do efêmero, condena 70 tudo ao desuso mediático. Tudo muda ao ritmo 71 vertiginoso da moda, posta ao serviço 72 da necessidade de vender. As coisas envelhecem num piscar de olhos, 73 para serem substituídas por outras coisas de vida fugaz. 74 Paradoxalmente, os shoppings centers, reinos do fugaz, 75 oferecem com o máximo êxito a ilusão da segurança. 76 Eles resistem fora do tempo, sem idade e sem raiz, 77 sem noite e sem dia e sem memória, e existem fora do 78 espaço, para além das turbulências da perigosa 79 realidade do mundo. 80 A injustiça social não é um erro a corrigir, nem um 81 defeito a superar: é uma necessidade essencial. Não há 82 natureza capaz de alimentar um shopping center do 83 tamanho do planeta. GALEANO, Eduardo. O império do consumo. Disponível em: < Acesso em: 20 out (passim) (UEFS BA) Observe a figura a seguir. Citadino Kane. Assim caminha a humanidade. Disponível em: <blogdopedronelito.blogs pot.com.br/2012/02/as sim-caminhahumanidade. html>. Acesso em 21. out Seu conteúdo se relaciona com a seguinte assertiva do texto: 01. A maioria, que se endivida para ter coisas (Refs ). 02. a diversidade é inimiga da rentabilidade e a uniformidade manda. (Refs ). 03. O consumidor exemplar só sai do automóvel para trabalhar e para ver televisão. (Refs ). 04. Tempo livre, tempo prisioneiro: as casas muito pobres não têm cama, mas têm televisor (Ref ). 05. O shopping center, ou shopping mall, vitrine de todas as vitrines, impõe a sua presença avassaladora. (Refs ). TEXTO: 20 - Comum às questões: 84, 85 Editorial Folha de S.Paulo, 13 set Poucas vezes a posse de um presidente do Supremo Tribunal Federal se revestiu de tanto simbolismo quanto a de Cármen Lúcia, cuja chegada ao comando do órgão de cúpula do Judiciário se consumou nesta segunda-feira (12). Em uma cerimônia simples, a ministra quebrou o protocolo já no início de seu discurso. Em vez de cumprimentar primeiro o presidente da República, Michel Temer (PMDB), Cármen Lúcia considerou que a maior autoridade presente era "Sua Excelência, o povo" e, por MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

37 isso, saudou antes de todos o "cidadão brasileiro". Partisse de outrem, o gesto talvez pudesse ser considerado mero populismo; vindo da nova presidente do STF, guarda coerência com outras iniciativas de valor simbólico semelhante, como abrir mão de carro oficial com motorista ou dispensar a festa em sua própria posse. Como se pudesse haver dúvidas a respeito disso, Cármen Lúcia deixa clara a intenção de, no próximo biênio, conduzir o STF com a mesma austeridade que pauta sua conduta pessoal. "Privilégios são incompatíveis com a República", disse a esta Folha no ano passado. É de imaginar, assim, que a nova presidente de fato reveja uma das principais bandeiras da agenda corporativista de seu antecessor, Ricardo Lewandowski: o indefensável aumento salarial para os ministros do Supremo. Não há de ser esse o único contraste entre as gestões. Espera-se que Cármen Lúcia moralize os gastos com diárias de viagens oficiais no STF, amplie a transparência e a previsibilidade das decisões do Judiciário e, acima de tudo, resgate o papel disciplinar do Conselho Nacional de Justiça, esvaziado sob a batuta de Lewandowski. Desfrutando de sólida reputação no meio jurídico, a ministra suscita altas expectativas ainda por outro motivo: ela relatou o processo do ex-deputado federal Natan Donadon, condenado por desvio de dinheiro público e primeiro político a ter sua prisão determinada pelo STF desde a promulgação da Constituição de Daí por que o ministro Celso de Mello se sentiu à vontade para, antes do discurso de Cármen Lúcia, proferir palavras duríssimas contra "os marginais da República, cuja atuação criminosa tem o efeito deletério de subverter a dignidade da função política e da própria atividade governamental". No plenário do Supremo, diversos figurões da política investigados ou processados por crimes contra o patrimônio público apenas ouviam, constrangidos. Que o recado da gestão Cármen Lúcia possa ir além do plano simbólico (PUC SP) Ao final do editorial, a Gestão Cármen Lúcia refere-se a) ao tempo destinado às mudanças necessárias para investigar os que cometeram crimes contra o patrimônio público. b) ao período de dois anos que tem o mandato de presidente do STJ. c) ao período de investigação a que será submetido o presidente anterior do STJ. d) à etapa antecedente à posse da ministra do STJ (PUC SP) O gesto mencionado no terceiro parágrafo do editorial diz respeito a) à necessidade de saudar a cúpula do Judiciário, por ser essa a praxe e, consequentemente, a expectativa de todos. b) ao fato de dispensar motorista ou outras regalias a que outros presidentes do STJ foram afeitos. c) à saudação da ministra ao povo brasileiro, antes de às demais autoridades presentes na solenidade. d) à cerimônia de posse da presidência do Supremo Tribunal Federal a que tantos ministros e políticos compareceram. TEXTO: 21 - Comum à questão: 86 Norma e padrão 1 Uma das comparações que os estudiosos de variação linguística mais gostam de utilizar é a 2 da língua com a vestimenta. Esta, como sabemos, é bastante variada, indo da mais formal (longo e smoking) à 3 mais informal (biquíni e sunga, ou camisola e pijama). A ideia dos que fazem essa comparação é a 4 seguinte: não existem, a rigor, formas linguísticas erradas, existem formas linguísticas inadequadas. Como 5 as roupas: assim como ninguém vai à praia de smoking ou de longo, também ninguém casa de bi quíni e de 6 sunga, ou de camisola e de pijama (sem negar que estas sejam vestimentas, e adequadas!), assim 7 ninguém diz me dá esse troço aí num banquete público e formal nem faça-me o obséquio de passar-me 8 o sal numa situação de intimidade familiar. 9 Os gramáticos e os sociolinguistas, cada um com seu viés, costumam dizer que o padrão 10 linguístico é usado pelas pessoas representativas de uma sociedade. Os gramáticos dizem isso, mas 11 acabam não analisando o padrão, nem recomendando-o de fato. Recomendam uma 12 norma, uma norma ideal. Vou dar uns exemplos: se o padrão é o usado pelos figurões, então deveriam ser considerados 13 padrões o verbo ter no lugar de haver ; a regência de preferir x do que y, em vez de preferir x a y ; o 14 uso do anacoluto (A inflação, ela estará dominada quando...); a posição enclítica dos pronomes átonos. O 15 que não significa proibir as mais conservadoras. Algumas dessas formas novas aparecem em muitíssimo boa literatura, em autores absolutamente 16 MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

38 consagrados, que poderiam servir de base para que os 17 gramáticos liberassem seu uso para os que necessitam da licença dos outros. 18 Vejam-se esses versos de Murilo Mendes: Desse lado tem meu corpo / tem o sonho / tem a minha 19 namorada na janela / tem as ruas gritando de luzes e movimentos / tem meu amor tão lento / tem o mundo 20 batendo na minha memória / tem o caminho pro trabalho. Do outro lado tem outras vidas vivendo da minha 21 vida / tem pensamentos sérios me esperando na sala de visitas / tem minha noiva definitiva me esperando 22 com flores na mão / tem a morte, as colunas da ordem e da desordem. 23 Faltou ao poeta acrescentar: tem uns gramáticos do tempo da onça / de antes do tempo em que se 24 começou a andar pra frente. 25 Não vou citar Drummond de Andrade, com seu por demais conhecido Tinha uma pedra no meio 26 do caminho..., nem o Chico Buarque de Tem dias que a gente se sente / como quem partiu ou morreu Mas acho que vou citar Pronominais, do glorioso Oswald de Andrade: Dê-me um cigarro / Diz a 28 gramática / Do professor e do aluno / E do mulato sabido / Mas o bom negro e o bom branco / Da nação 29 brasileira / Dizem todos os dias / Deixa disso camarada / Me dá um cigarro. 30 Quero insistir: ao contrário do que se poderia pensar (e vários disseram), não sou anarquista, 31 defensor do tudo pode, ou do vale tudo. Nem estou dizendo que Nós vai é igual a Tem muito filho que 32 obedece os pais. O que estou fazendo é cobrar coerência, um pouquinho só: se o padrão vem da fala dos 33 bacanas, se os mais bacanas são os poetas consagrados, por que, antes das dez, numa aula de literatura, 34 podemos curtir seu estilo e em outra aula, depois das onze, dizemos aos alunos e aos demais 35 interessados: viram o Drummond, o Murilo, o Machado, o Guimarães Rosa? Que criatividade!!! Mas vocês 36 não podem fazer como eles. POSSENTI, Sírio. A cor da língua e outras croniquinhas de linguística. Campinas: Mercado de Letras, p (Adaptado) (UEG GO) O autor defende no texto a seguinte tese: a) a norma gramatical, para ser coerente, deve ser baseada no padrão de uso de uma língua. b) a língua é variável e multiforme, razão pela qual as pessoas podem usá-la como quiserem. c) as normas de bom uso da língua garantem a quem fala e/ou escreve sucesso comunicativo. d) as formas linguísticas consideradas corretas são aquelas usadas na língua escrita formal. e) o padrão de uso de uma língua deve ser cuidadosamente preservado pelos gramáticos. TEXTO: 22 - Comum às questões: 87, 88 A partir dos anos 20, com os estudos desenvolvidos por Bakhtin e seu grupo, a língua passou a ser vista como um fenômeno social e os enunciados passaram a ser considerados como uma grande rede responsiva: cada enunciado responde a enunciado anterior e, ao mesmo tempo, espera resposta de um outro enunciado posterior. Super-Homem (A Canção) I Um dia Vivi a ilusão de que ser homem bastaria Que o mundo masculino tudo me daria Do que eu quisesse ter II Que nada Minha porção mulher, que até então se resguardara É a porção melhor que trago em mim agora É que me faz viver III Quem dera Pudesse todo homem compreender, oh, mãe, [quem dera Ser no verão o apogeu da primavera E só por ela ser IV Quem sabe O Super-homem venha nos restituir a glória Mudando como um deus o curso da história Por causa da mulher (Gilberto Gil) ( per%20homem) 87 - (UECE) O compositor-poeta inicia o texto com um diálogo com outro texto. Segundo suas próprias palavras, ele compôs a canção provocado pela narrativa entusiástica de um filme, feita por MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

39 Caetano Veloso. Atente ao que se diz sobre a atitude dialógica desses textos. I. O diálogo se revela sutilmente no título. II. O diálogo explicita-se na última estrofe. III. O diálogo efetua-se com o cruzamento de três sistemas semiológicos: o do cinema, o da música e o do poema. Está correto o que se afirma em a) I, II e III. b) II e III apenas. c) I e II apenas. d) I e III apenas (UECE) A divisão do texto em partes ou apartados nos mostra uma estrutura bem delimitada com uma sequência lógica que facilita sua compreensão. A atenção aos verbos empregados no poema é indispensável para que se possa explorar o sentido do texto. Relacione as quatro estrofes do poema aos comentários apresentados a seguir, numerandoos de I a IV, de acordo com cada uma delas. ( ) Revela esperança débil e frouxa, e expectativa. Esses dois sentimentos são linguisticamente manifestados por uma interjeição e um verbo no subjuntivo. Aparece, ainda, um gerúndio, demarcando a maneira como ocorre a ação. ( ) Expressa o tempo presente, dentro do qual se divisa um passado anterior a outro passado. ( ) Foi estruturada de modo a expressar desejo e vontade, função que se realiza com o uso da interjeição e de uma forma do subjuntivo. ( ) Inicia-se com uma expressão indicativa de tempo, mas de um tempo indeterminado. O emprego do pretérito perfeito sugere que a ação indicada pelo verbo já está concluída. Os recursos linguísticos empregados na estrofe imprimem, na mente do leitor, a inviabilização do que seria o desejo do sujeito lírico. A sequência correta, de cima para baixo, é: a) IV, II, III, I. b) III, I, II, IV. c) II, IV, III, I. d) II, I, III, IV. TEXTO: 23 - Comum às questões: 89, 90, 91 Quem é o Grande Irmão? Keila Grinberg 01 Li recentemente que, depois de Edward Snowden, ex-funcionário da Agência 02 Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA, sigla em 03 inglês), ter vazado informações sobre programas de inteligência do país, a venda de exemplares do 04 livro 1984, de George Orwell, cresceu mais de 7.000% no site da Amazon. 05 Achei curioso. Não pela relação, algo óbvia, entre o best-seller escrito em e publicado pela primeira vez, coincidentemente, no mesmo dia 8 de junho, 07 quando estourava o escândalo, e o evento do mês. Afinal, 1984 é justamente a 08 história de uma sociedade na qual o controle total é exercido pelo Grande Irmão, 09 o Big Brother. 10 Embora inspirado diretamente nos regimes totalitários das décadas de 1930 e , no livro, a história se passa em uma sociedade liberal-democrática, na qual 12 Winstom Smith, o personagem principal, representa o cidadão comum vigiado o 13 dia inteiro pelas teletelas e pelo Partido. 14 No romance, Smith sabe que toda atitude suspeita é passível de denúncia à 15 Polícia do Pensamento e que qualquer ato considerado dissidente pode originar 16 uma denúncia. O que Snowden está mostrando é que, ao usar serviços de 17 empresas como o Skype, o Google ( don t be evil ), o Facebook e a Verizon (esta 18 última, empresa de telefonia norte-americana), nossas conversas podem ser 19 ouvidas em tempo real, nossos s podem ser lidos, nossas ligações 20 telefônicas podem ser rastreadas. A diferença é que ninguém precisa denunciar. 21 Nós mesmos alegremente abrimos mão da nossa privacidade, continuando a 22 usar os serviços dos gigantes da internet. Ou você viu por aí alguém protestando 23 contra o uso do Gmail? 24 Orwell imaginou um mundo de vigilância total, mas ele mesmo viveu uma 25 realidade totalmente diferente desta. Ao mesmo tempo em que publicava 1984, 26 Orwell mandava sua própria lista de suspeitos de comunismo a sua 27 amiga Celia Kirwan, que trabalhava no Information Research Department (IRD) do Foreign 28 Office inglês. A lista contém 38 nomes de jornalistas e escritores que, segundo 29 sua opinião, eram criptocomunistas ou simpatizantes. 30 Claro que, como todo texto tem seu contexto de produção, a lista de Orwell 31 também tem sua época. Ele era um importante 32 liberal antissoviético e, em 1949, muito doente, quatro anos depois da publicação de seu 33 libelo A revolução dos bichos, estava MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

40 convencido de que a Inglaterra e os demais 34 países ocidentais perderiam a guerra ideológica contra a União Soviética. O que, evidentemente, 35 não o desculpa. Ainda mais ao sabermos que seu caderninho de anotações 36 continha várias outras observações, como as variações pejorativas do termo 37 judeu ( judeu polonês, judeu inglês ), chegando mesmo a se perguntar se 38 Charlie Chaplin seria um deles (não era). 39 A lista e o caderninho de Orwell só tornam mais irônico o fato de ter se 40 tornado, post mortem ele faleceria no início de 1950, o símbolo da 41 independência política e da defesa 42 da liberdade de pensamento contra os excessos de qualquer Estado. Quem lê 1984 hoje, um livro péssimo, segundo o 43 já bastante deprimido Orwell, procura essa reflexão. 44 Mas irônico mesmo é saber que Orwell foi genial ao imaginar e descrever uma 45 sociedade que ele de fato não chegaria a conhecer, mas não 46 teria como antever que seu caderno de anotações e suas listas de suspeitos seriam hoje 47 desnecessários: na era da conexão total, nós nos tornamos informantes de nós 48 mesmos. Fonte: Ciência Hoje On-line, 21 jun. 13. Disponível em: < o/ quem-e-o-grande-irmao>. Acesso em: 18 ago. 15. (Adaptado.) 89 - (UCS RS) Conforme o texto, é correto afirmar que a) Orwell tornou-se, em vida, um símbolo da independência política. b) o papel da vigilância externa eletrônica ainda é importante na atualidade. c) as pessoas são vítimas das empresas ao abrir mão da privacidade. d) os leitores da atualidade consideram 1984 um livro muito ruim. e) cadernos de denúncias como o de Orwell são desnecessários hoje em dia (UCS RS) A citação do lema da empresa Google, don t be evil (tradução livre: não seja malvado), na referência 17, entre parênteses, permite inferir que a) o serviço Gmail foi o mais visado pela vigilância eletrônica do governo norteamericano. b) a predileção da autora se dá por essa empresa em especial. c) a autora explora a ironia, já que a menção às denúncias de Snowden evidencia o contrário. d) a informação é importante para a argumentação usada pela autora. e) reforça-se, via recurso explicativo, a discordância da empresa com a violação de privacidade dos cidadãos (UCS RS) Com base no texto, é correto afirmar que I. o leitor, hoje, de 1984 busca uma reflexão acerca de uma sociedade altamente controlada. II. Orwell tinha consciência de que seu texto seria um símbolo de defesa da liberdade de expressão nos dias de hoje. III. Orwell cometera o erro grave de incluir Chaplin como um judeu comunista. Das proposições acima, a) apenas I está correta. b) apenas II está correta. c) apenas III está correta. d) apenas I e II estão corretas. e) apenas I e III estão corretas. TEXTO: 24 - Comum à questão: 92 Leia o soneto Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades do poeta português Luís Vaz de Camões (1525?-1580). Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, muda-se o ser, muda-se a confiança; todo o mundo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades. Continuamente vemos novidades, diferentes em tudo da esperança 1 ; do mal ficam as mágoas na lembrança, e do bem se algum houve, as saudades. O tempo cobre o chão de verde manto, que já coberto foi de neve fria, e enfim converte em choro o doce canto. E, afora este mudar-se cada dia, outra mudança faz de mor 2 espanto: que não se muda já como soía 3. (Sonetos, 2001.) 1 esperança: esperado. 2 mor: maior. 3 soer: costumar (soía: costumava) (UNESP SP) MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

41 Elipse: figura de sintaxe pela qual se omite um termo da oração que o contexto permite subentender. (Domingos Paschoal Cegalla. Dicionário de dificuldades da língua portuguesa, Adaptado.) Transcreva o verso em que se verifica a elipse do verbo. Identifique o verbo omitido nesse verso. Para o eu lírico, qual das mudanças assinaladas ao longo do soneto lhe causa maior perplexidade? Justifique sua resposta, com base no texto. TEXTO: 25 - Comum à questão: 93 Disponível em (IFBA) No texto, o efeito cômico produzido como elemento de crítica social está ligado: a) à ausência de fala do homem negro, que não tem direito de se expressar sobre os problemas que enfrenta no seu cotidiano. b) ao fato de que na fala da mulher, diferente do que se vê na fala da criança, apresentase preocupação quanto à possibilidade de o homem ser vítima de racismo. c) à completa falta de conexão entre a preocupação apresentada pela mulher e as experiências vivenciadas no cotidiano da família negra. d) ao fato de o homem não interagir com os demais personagens da cena, porque está pensado em outros assuntos. e) à ideia de que a criança, a mulher e o homem não parecem constituir uma família, pois cada um apresenta diferentes preocupações. TEXTO: 27 - Comum às questões: 97, 96, 95, 98 Privacidade na internet: chega de andarmos todos nus (Marina Cardoso) 93 - (FUVEST SP) A dificuldade explicitada no último quadrinho verifica-se apenas na redação de cartas ou ocorre também na redação dos gêneros textuais romance e conto? Justifique sua resposta. TEXTO: 26 - Comum à questão: 94 Observe a charge: 1 A Prefeitura de São Paulo implementou o bilhete 2 único mensal. Para usá-lo, o cidadão deve fazer um 3 cadastro com seus dados pessoais e foto no site da 4 empresa de transporte e então receber um cartão pessoal 5 e intransferível. Ao mesmo tempo, e silenciosamente, 6 são instaladas câmeras nas catracas dos ônibus da 7 cidade, de forma a garantir a identificação e controle dos 8 passageiros. À primeira vista, este é um projeto de 9 transporte público, mas suas implicações adentram outro 10 campo: o do direito à privacidade. 11 Por ser um cartão pessoal, usado em trens, metrô e 12 ônibus, o bilhete único pode mapear os hábitos dos 13 cidadãos o que pode ser um excelente instrumento 14 para o planejamento do transporte público, desde que 15 estruturados os sistemas adequados. Mas, ao mesmo 16 tempo, pode se tornar o instrumento perfeito para a 17 vigilância massiva. Com ele, é possível, por exemplo, 18 desenhar quem encontra quem na cidade, onde e em 19 quais horas do dia. E, no entanto, apesar desse potencial 20 todo, após o cadastro para utilização do bilhete único 21 mensal, não há no site da SPTrans qualquer MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

42 menção à 22 política de privacidade ou explicação e pedido de 23 concordância do cidadão para uso de seus dados. 24 Não cabe aqui o debate sobre modelo de 25 transporte. Mas este é um excelente exemplo de como, e 26 rapidamente, as informações sobre os(as) cidadãos/ãs e 27 consumidores/as estarão estruturadas, em bancos de 28 dados, de forma a 29 permitir seu cruzamento por sistemas chamados de big data ou business inteligence (BI) 30 com finalidades as mais diversas, sem que estejamos no 31 controle desse processo. 32 No entanto, precisamos ter em conta que as 33 tecnologias não são necessariamente boas ou ruins 34 quanto aos seus fins. O seu uso será definido pelos 35 interesses predominantes na 36 sociedade. Foi isso que aconteceu com qualquer tecnologia já desenvolvida pelo 37 ser humano seja o avião, que serve para transporte ou 38 bombardeio, ou a explosão atômica, que gera energia ou 39 destrói cidades. 40 Assim, neste momento, grandes companhias de 41 tecnologia da informação (TI) 42 contratam e pagam, muito bem, evangelizadores do big data para apregoar os 43 benefícios de implantação dessa tecnologia. Cabe 44 apontar que há, de fato, grande potencial para o uso de 45 informações estruturadas para o 46 bem, seja para identificar padrões de adoecimento, seja para o 47 planejamento de políticas de transporte ou para a oferta 48 de melhores serviços. 49 Por outro lado, entidades da sociedade civil 50 começam a questionar se tal capacidade técnica servirá 51 para reforçar a segregação e exclusão econômica e 52 social nas quais é calcada nossa sociedade. Perderão os 53 pobres e as minorias oprimidas? 54 Considerando a tendência de dados de saúde 55 digitalizados e em rede (há diversos projetos públicos e 56 privados nesse sentido), o que acontece se um 57 empregador consegue ter acesso à ficha médica dos 58 candidatos? Aqueles que têm doença crônica serão 59 tratados de forma igual em um processo de seleção? 60 Malkia Cyrill, do Center for Media Justice, 61 importante figura no debate de comunicação e parte do 62 movimento negro dos Estados Unidos 63 tradicionalmente alvo de vigilância e controle por parte 64 das forças de Estado, é categórica 65 ao afirmar: qualquer sistema deve ser avaliado não pela intenção 66 do proponente, mas pelos resultados reais que 67 proporciona. Assim, não importa que a vigilância 68 massiva, via acesso a dados pessoais, seja perpetrada em 69 nome da segurança nacional. O fato é que ela viola o 70 direito à privacidade de toda uma comunidade, e os 71 resultados do ponto de vista da segurança são pífios. 72 Todas essas problematizações devem ser feitas 73 neste momento pelos brasileiros. Aqui, no país do 74 homem cordial, como definiu Sergio Buarque de 75 Hollanda, nunca se aprovou uma lei de proteção de 76 dados pessoais. Estamos vulneráveis tal como deve se 77 sentir uma pessoa nua, a caminhar pelas ruas de uma 78 grande cidade. 79 Ainda não temos proteção suficiente, por exemplo, 80 se uma empresa ou a Receita Federal compartilhar 81 nossos dados ou se o governo deixar vazar o perfil 82 socioeconômico dos beneficiários do Bolsa Família. Os 83 dados, de alguma forma bizarra, poderão parar em CDs, 84 vendidos em cantos escondidos da Santa Efigênia, em 85 São Paulo. 86 O aumento da digitalização, dos negócios a partir 87 de dados pessoais e das nuvens web, 88 combinado com a ausência de proteção, formam o cenário do terror. Sem 89 qualquer regulação, as chances de uso tenebroso das 90 novas tecnologias aumentam vertiginosamente. A 91 balança pesa para o lado errado. 92 (...) (Texto adaptado do original e disponível em intervozes/privacidade-na-internet-chegadeandarmos-todos-nus-5930.html. Publicado em Acesso em 6 de setembro de 2016) 95 - (UEM PR) Assinale o que for correto quanto ao que se afirma a seguir. 01. No primeiro parágrafo, informa-se que a implementação do bilhete único no transporte público de São Paulo é utilizada como um mecanismo de identificação e de controle dos passageiros. Essas informações contextualizam o tema a ser discutido no texto. 02. A autora finaliza o primeiro parágrafo destacando o tema que será discutido ao longo do texto, a saber,... o do direito à privacidade. (Ref. 10). 04. No terceiro parágrafo, destaca-se a ideia de que os(as) cidadãos(ãs) e consumidores(as) exercem o controle sobre o uso de seus próprios dados. 08. No segundo parágrafo, a autora apresenta argumentos favoráveis à ideia de que o bilhete único pode se tornar um instrumento para a vigilância massiva. 16. O uso da expressão No entanto (Ref. 32) indica um movimento de contraargumentação feito pela autora, ao afirmar MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

43 que o uso maléfico ou benéfico das tecnologias é definido pelos interesses predominantes na sociedade (UEM PR) Assinale o que for correto quanto ao que se afirma a seguir em relação ao conteúdo do texto. 01. De acordo com o texto, algumas tecnologias são intrinsecamente más à sociedade, como é o caso do uso da energia nuclear utilizada na bomba atômica. 02. Para a autora, o fato de não ter sido aprovada ainda no Brasil uma lei de proteção de dados pessoais é uma evidência da liberdade de expressão existente na sociedade brasileira. 04. Segundo o texto, a implantação de novas tecnologias deve ser regulada por mecanismos legais que garantam aos usuários a proteção de acesso aos seus dados pessoais. 08. Na opinião da autora, a utilização das novas tecnologias com objetivos de segregação e exclusão é algo que ainda não é questionado pela sociedade civil. 16. De acordo com o texto, os beneficiários do Bolsa Família são os mais afetados pela fal ta de leis que regulem o acesso aos dados na internet (UEM PR) Assinale o que for correto quanto ao que se afirma a seguir em relação ao conteúdo do texto. 01. O uso de interrogação, na referência 53, funciona como uma estratégia discursiva para levar o leitor a aderir ao enfoque argumentativo da autora, que vê a tecnologia do big data, somada à ausência de leis reguladoras, como meios de exclusão e segregação socioeconômicas. 02. A voz de autoridade utilizada no oitavo parágrafo traz maior credibilidade ao posicionamento defendido pela autora, porque essa cidadã americana faz parte de um grupo social que sofre segregação nos Estados Unidos. 04. Segundo a autora, a vigilância massiva, apesar de violar o direito à privacidade dos cidadãos, é um mal necessário para se manter a segurança nacional. 08. Em Aqui, no país do homem cordial (Refs. 73 e 74), apresenta-se um elogio a essa característica do povo brasileiro, reafirmando o comprometimento do governo com uma política de proteção de dados pessoais na internet. 16. O período A balança pesa para o lado errado (Refs. 90 e 91), por meio do uso de linguagem conotativa, permite ao leitor inferir que, se não há regulação, pode ocorrer um uso inadequado de novas tecnologias (UEM PR) Assinale o que for correto quanto ao que se afirma a seguir em relação ao título do texto. 01. O título Privacidade na internet: chega de andarmos todos nus permite ao leitor inferir que a autora é contra a utilização do bilhete único no transporte público. 02. O uso do modo imperativo na forma verbal chega produz um sentido de incerteza em relação ao uso de dados pessoais dos cidadãos na internet. 04. O valor semântico expresso pela forma verbal chega equivale ao sentido empregado na seguinte sentença: O maratonista chega ao final da prova exausto. 08. A expressão andarmos todos nus é empregada no sentido denotativo com a finalidade de ironizar a questão temática do texto. 16. A ideia de vulnerabilidade presente no título do texto é reafirmada de maneira explícita em: Estamos vulneráveis tal como deve se sentir uma pessoa nua, a caminhar pelas ruas de uma grande cidade. (Refs ). TEXTO: 28 - Comum à questão: 99 Passe livre? Os turistas que chegam a Boston, nos Estados Unidos, têm uma agradável surpresa: uma viagem na Silver Line, o corredor de ônibus que liga o aeroporto ao centro da cidade, sai de graça. Mas a tarifa zero só vale para quem embarca no próprio aeroporto: passageiros regulares pagam US$ 2,65. A ideia é dar uma espécie de "boas vindas" aos visitantes. A 7,5 mil quilômetros de Boston, a cidade de Agudos, no interior de São Paulo, tem passe livre integral. Todo mês o prefeito aplica R$ 120 mil na rede de 16 ônibus da cidade e só isso já garante o deslocamento de toda a população. "Considero possível a tarifa zero em qualquer cidade. Mas trata-se de uma medida que demanda reestruturação tributária nos municípios", diz Paulo Cesar Marques da Silva, especialista em mobilidade da Universidade de Brasília. A aplicação de impostos progressivos, cuja alíquota aumenta conforme a renda do MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

44 contribuinte é uma possibilidade. Outra, segundo Paulo, é "a taxação pelo uso do automóvel, seja em estacionamentos públicos, seja pela circulação". O pedágio urbano se tornou famoso após sua implantação em Londres: em dez anos, reduziu em 21% a presença de carros no centro da cidade. "Precisamos de modelos de arrecadação. Caso contrário, a tarifa vai sempre subir e, no fim, muita gente deixa de usar o transporte", afirma João Cucci Neto, professor de engenharia de tráfego da universidade Mackenzie. Além desses subsídios, a taxação da gasolina, a contribuição da indústria e outros empreendimentos que se beneficiem de um bom sistema de transporte são alguns modelos possíveis. Adaptado de: Galileu, mar/2016, ed. 296, p (UEPG PR) De acordo com o conteúdo do texto, assinale o que for correto. 01. O tema central é a tarifa do transporte público, que pode ser reduzida e até zerada. 02. Os impostos são tratados no texto como um meio de se reduzir ou zerar a tarifa do transporte público. 04. Já existem exemplos da tarifa zero, entretanto, essa medida é inviável sem que haja reformulações nas modalidades de arrecadação. 08. Paulo Cesar Marques da Silva, especialista em mobilidade da Universidade de Brasília, explica que quanto mais a tarifa sobe, menos o transporte público é utilizado. 16. As vozes dos especialistas citados têm a função de tornar as informações do texto mais confiáveis. TEXTO: 29 - Comum à questão: 100 Seus genes podem prever seu QI e afetar seu desempenho na escola? Estudo sugere que a genética influencia a curiosidade e a motivação para os estudos Um estudo recente, publicado na revista Nature, analisou vários casais de gêmeos e de pessoas "avulsas" e concluiu que os genes contribuem para o sucesso em várias matérias escolares desde matemática até arte. Os cientistas usaram pares de gêmeos idênticos, pares de gêmeos não idênticos e pessoas sem nenhum parentesco para explorar os efeitos genéticos no ambi ente. O estudo atribui a performance escolar dos gêmeos aos genes em uma taxa entre 54% e 65% e o ambiente em que eles cresceram seria responsável apenas por 14% a 21%. Os outros fatores foram agrupados em experiências pessoais e únicas, que contribuiriam de 14% a 32% nas notas. Os resultados não devem soar como algo determinista, no entanto. Não é porque alguém tem uma variação gené-tica X ou Y que essa pessoa terá, obrigatoriamente, melhores ou piores notas na escola. Na verdade, cientistas querem analisar como é possível tornar o sistema escolar mais amigável para pessoas que não estão se adequando ao tipo de educação que recebem hoje. Analisando as características de cada variação genética, é possível saber como criar um sis-tema no qual mais pessoas sejam educadas de uma forma que funcione melhor. Adaptado de: 015/08/ seus-genes-podem-prever-seu-qi-e-afetar-seudesempenho-na-escola.html. Acesso em 04/08/ (UEPG PR) Sobre o trecho "Um estudo recente, publicado na revista Nature," assinale o que for correto. 01. A expressão "revista Nature" tem função apenas de especificar o local de publicação do texto. 02. A expressão "Um estudo recente" é o sujeito da sentença, que pode ser classificado como composto e determinado. 04. Aponta uma característica fundamental da notícia: o tempo recente. 08. A informação de que o estudo foi publicado na revista Nature coloca no texto uma voz de autoridade. TEXTO: 30 - Comum às questões: 101, 102 O passado anda atrás de nós como os detetives os cobradores os ladrões o futuro anda na frente como as crianças os guias de montanha 5 os maratonistas melhores do que nós salvo engano o futuro não se imprime como o passado nas pedras nos móveis no rosto das pessoas que conhecemos 10 o passado ao contrário dos gatos não se limpa a si mesmo aos cães domesticados se ensina a andar sempre atrás do dono MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

45 mas os cães o passado só aparentemente nos pertencem 15 pense em como do lodo primeiro surgiu esta poltrona este livro este besouro este vulcão este despenhadeiro à frente de nós à frente deles corre o cão ANA MARTINS MARQUES O livro das semelhanças. São Paulo: Companhia das Letras, (UERJ) No poema, há marcas de linguagem que remetem tanto à poeta quanto a seus leitores. Uma dessas marcas, referindo-se unicamente ao leitor, está presente no seguinte verso: a) como o passado nas pedras nos móveis no rosto (v. 8) b) das pessoas que conhecemos (v. 9) c) pense em como do lodo primeiro surgiu esta poltrona este livro (v. 15) d) à frente de nós à frente deles (v. 17) (UERJ) Nos versos de 1 a 6, a poeta vale-se de um recurso para caracterizar tanto o passado quanto o futuro. Esse recurso consiste na construção de: a) índices de ironia b) escala de gradações c) relações de comparação d) sequência de personificações TEXTO: 31 - Comum às questões: 103, Há alguns meses fui convidado a visitar o Museu da Ciência de La Coruña, na Galícia. Ao final da 2 visita, o curador 1 anunciou que tinha uma surpresa para mim e me conduziu ao planetário 2. Um 3 planetário sempre é um lugar sugestivo, porque, quando se apagam as luzes, temos a impressão 4 de estar num deserto sob um céu estrelado. Mas naquela noite algo especial me aguardava. 5 De repente a sala ficou inteiramente às escuras, e ouvi um lindo acalanto de Manuel de Falla. 6 Lentamente (embora um pouco mais depressa do que na realidade, já que a apresentação durou 7 ao todo quinze minutos) o céu sobre minha cabeça se pôs a rodar. Era o céu que aparecera 8 sobre minha cidade natal Alessandria, na Itália na noite de 5 para 6 de janeiro de 1932, 9 quando nasci. Quase hiper-realisticamente vivenciei a primeira noite de minha vida. 10 Vivenciei-a pela primeira vez, pois não tinha visto essa primeira noite. Provavelmente nem minha 11 mãe a viu, exausta como estava depois de me dar à luz; mas talvez meu pai a tenha visto, 12 ao sair para o terraço, um pouco agitado com o fato maravilhoso (pelo menos para ele) que 13 testemunhara e ajudara a produzir. 14 O planetário usava um artifício mecânico que se pode encontrar em muitos lugares. Outras 15 pessoas talvez tenham passado por uma experiência semelhante. Mas vocês hão de me perdoar 16 se durante aqueles quinze minutos tive a impressão de ser o único homem desde o início dos 17 tempos que havia tido o privilégio de se encontrar com seu próprio começo. Eu estava tão feliz 18 que tive a sensação quase o desejo de que podia, deveria morrer naquele exato momento 19 e que qualquer outro momento teria sido inadequado. Teria morrido alegremente, pois vivera a 20 mais bela história que li em toda a minha vida. 21 Talvez eu tivesse encontrado a história que todos nós procuramos nas páginas dos livros e nas 22 telas dos cinemas: uma história na qual as estrelas e eu éramos os protagonistas. Era ficção 23 porque a história fora reinventada pelo curador; era História porque recontava o que 24 acontecera no cosmos num momento do passado; era vida real porque eu era real e não uma personagem 25 de romance. UMBERTO ECO Adaptado de Seis passeios pelos bosques da ficção. Tradução: Hildegard Feist. São Paulo: Companhia das Letras, curador responsável pelo museu 2 planetário local onde é possível reproduzir o movimento dos astros (UERJ) Umberto Eco narra, no segundo parágrafo do texto, uma experiência surpreendente que vivenciou. Pode-se compreender essa experiência pela relação que se estabelece entre os seguintes elementos: a) tempo cronológico e reconstrução ficcional b) avanço tecnológico e ilusão cinematográfica c) registro documental e sonho cotidiano d) narrativa biográfica e história universal (UERJ) MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

46 No último parágrafo, ao descrever a experiência vivida no planetário, o autor identifica três efeitos: de ficção, de História e de realidade. De acordo com a exposição do autor, a interação entre esses três efeitos pode ser descrita como uma relação de: a) anulação b) condição c) contradição d) superposição TEXTO: 32 - Comum às questões: 105, Vivemos num mundo confuso e confusamente percebido. De fato, se desejamos escapar à crença 2 de que esse mundo assim apresentado é verdadeiro, e não queremos admitir a 3 permanência de sua percepção enganosa, devemos considerar a existência de pelo menos três mundos num 4 só. O primeiro seria o mundo tal como nos fazem vê-lo: a globalização como fábula. O segundo 5 seria o mundo tal como ele é: a globalização como perversidade. E o terceiro, o 6 mundo como ele pode ser: uma outra globalização. 7 Este mundo globalizado, visto como fábula, constrói como verdade um certo número de 8 fantasias. Fala-se, por exemplo, em aldeia global para fazer crer que a difusão instantânea de 9 notícias realmente informa as pessoas. A partir desse mito e do encurtamento das distâncias 10 para aqueles que realmente podem viajar também se difunde a noção de tempo e espaço 11 contraídos. É como se o mundo houvesse se tornado, para todos, ao alcance da mão. Um 12 mercado avassalador dito global é apresentado como capaz de homogeneizar o planeta quando, 13 na verdade, as diferenças locais são aprofundadas. O mundo se torna menos unido, tornando 14 também mais distante o sonho de uma cidadania de fato universal. Enquanto isso, o culto ao 15 consumo é estimulado. 16 Na verdade, para a maior parte da humanidade, a globalização está se impondo 17 como uma fábrica de perversidades. O desemprego crescente torna-se crônico. A pobreza aumenta e as 18 classes médias perdem em qualidade de vida. O salário médio tende a baixar. A fome e o 19 desabrigo se generalizam em todos os continentes. Novas enfermidades se instalam e velhas 20 doenças, supostamente extirpadas, fazem seu retorno triunfal. 21 Todavia, podemos pensar na construção de um outro mundo, mediante uma globalização 22 mais humana. As bases materiais do período atual são, 23 entre outras, a unicidade da técnica, a convergência dos momentos e o conhecimento do planeta. É nessas bases técnicas que o 24 grande capital se apoia para construir a globalização perversa de que falamos acima. Mas essas 25 mesmas bases técnicas poderão servir a outros objetivos, se forem postas a serviço de outros 26 fundamentos sociais e políticos. MILTON SANTOS Adaptado de Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, (UERJ) A partir desse mito e do encurtamento das distâncias para aqueles que realmente podem viajar também se difunde a noção de tempo e espaço contraídos. (Refs. 9-11) O comentário introduzido entre travessões apresenta um ponto de vista do autor que se sustenta em um elemento subentendido. Esse elemento está associado à existência, na sociedade, de: a) valores familiares b) apelos publicitários c) diversidade cultural d) desigualdade econômica (UERJ) Na verdade, para a maior parte da humanidade, a globalização está se impondo como uma fábrica de perversidades. (Refs ) No terceiro parágrafo, as frases posteriores ao trecho citado desenvolvem a argumentação do autor por meio da apresentação de: a) hipóteses b) evidências c) digressões d) discordâncias TEXTO: 33 - Comum à questão: 107 MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

47 a existência de Deus, porque isso poderia perturbá-los. E tu, Sem Medo? As tuas ideias não são absolutas? Todo o homem tende para isso, sobretudo se teve uma educação religiosa. Muitas vezes tenho de fazer um esforço para evitar de engolir como verdade universal qualquer constatação particular (FUVEST SP) Que relação se estabelece, no excerto, entre a forma dialogal e as ideias expressas pelo Comandante Sem Medo? TEXTO: 35 - Comum à questão: 109 QUINO updateordie.com (UERJ) No primeiro quadrinho, a declaração feita pela personagem indica um pressuposto acerca do universo escolar. Esse pressuposto pode ser associado, na escola, à seguinte prática: a) negação do patriotismo b) intolerância à diversidade c) desestímulo às indagações d) reprovação de brincadeiras TEXTO: 34 - Comum à questão: 108 Leia o excerto de Mayombe, de Pepetela, no qual as personagens dirigente e Comandante Sem Medo discutem o comportamento do combatente chamado Mundo Novo. As indicações [d] e [C] identificam, respecti vamente, as falas iniciais do dirigente e do Comandante Sem Medo, que se alternam, no diálogo. [d] (...) A propósito do Mundo Novo: a que chamas tu ser dogmático? [C] Ser dogmático? Sabes tão bem como eu. Depende, as palavras são relativas. Sem Medo sorriu. Tens razão, as palavras são relativas. Ele é demasiado rígido na sua conceção da disciplina, não vê as condições existentes, quer aplicar o esquema tal qual o aprendeu. A isso eu chamo dogmático, penso que é a verdadeira aceção da palavra. A sua verdade é absoluta e toda feita, recusa-se a pô-la em dúvida, mesmo que fosse para a discutir e a reforçar em seguida, com os dados da prática. Como os católicos que recusam pôr em dúvida (Foto produzida diretamente do produto) (IFAL) No processo de interação linguística, estabelecese um diálogo entre o autor e seu(s) interlocutor(es). No texto acima, a autoria, que pode ser compreendida como a empresa que vende o produto, fala a um público-alvo específico, cujas características se apreendem da seleção operada nas linguagens verbal e não verbal dispostas no enunciado. Quanto à visão que se cria dos possíveis destinatários desse texto, o que não é correto afirmar? a) Assume-se uma visão de que, ao não alisar seu cabelo, mantendo-o com o aspecto natural ondulado, cacheado ou crespo, o interlocutor deseja impactar as pessoas ao seu redor. b) Identifica-se o interlocutor como alguém próximo, familiar, que não se prende a maneiras formais de interação e que adota, em sua linguagem, gírias que circulam na sociedade nos tempos atuais. c) Mulheres afrodescendentes são o públicoalvo privilegiado desse texto, para quem seu interlocutor cultiva valores como beleza exterior, orgulho e poder. d) O interlocutor é alguém que deseja um tratamento individualizado para seus cabelos, para os quais o cuidado dispensado MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

48 supõe procedimentos específicos que se assemelham, metaforicamente, a um ritual. e) Vê-se o interlocutor exclusivamente como alguém que se identifica com ritmos como funk e axé, e que tem, como valores fundamentais, a força coletiva, a ideia de raça e de respeito às diferenças. TEXTO: 36 - Comum à questão: 110 GABARITO: 1) Gab: B 2) Gab: A 3) Gab: E ensino escolar, mas que a aprendizagem se deu diferenciadamente entre os dois. 4) Gab: B 5) Gab: C 6) Gab: D 7) Gab: C 8) Gab: B 9) Gab: A 11_01_archive.html (IFAL) A palavra escolarização significa, de acordo com o Dicionário Aurélio, s.f. Ação ou efeito de escolarizar, e esta, por sua vez, significa v.t.d. Submeter ao ensino escolar. Baseado nesses conceitos, assinale a única alternativa que não corresponde a uma leitura possível da charge. a) A animação do primeiro garoto diante da manchete do periódico deve-se ao fato de que quase todos os brasileiros, entre 5 e 17 anos, são alfabetizados, porque se submeteram ao ensino escolar. b) Porque compra e lê jornal, entendendo claramente o conteúdo das notícias nele contidas, o primeiro garoto é, necessariamente, um intelectual e tem padrão de vida melhor que o do amigo. c) A informação do jornal na charge considera a escolarização apenas como um dado estatístico e não como um processo de produção de conhecimento aliado ao de transformação social dos indivíduos. d) Pela fala do segundo garoto, que demonstra falta de capacidade efetiva de leitura, para além da decodificação, expõe-se a ideia de que a escolarização, considerada simplesmente como o acesso à escola formal, não diminui os antagonismos sociais. e) O fato de ambos os garotos saberem ler sugere que eles têm ou tiveram acesso ao 10) Gab: A 11) Gab: D 12) Gab: A 13) Gab: D 14) Gab: D 15) Gab: C 16) Gab: E 17) Gab: C 18) Gab: C 19) Gab: A 20) Gab: D 21) Gab: D 22) Gab: C 23) Gab: C 24) Gab: C 25) Gab: C 26) Gab: D 27) Gab: D MARATONA CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

ENEM 2009 (Questões 91 a 97)

ENEM 2009 (Questões 91 a 97) (Questões 91 a 97) Provas de Vestibular 1. (Questão 91) Os melhores críticos da cultura brasileira trataramna sempre no plural, isto é, enfatizando a coexistência no Brasil de diversas culturas. Arthur

Leia mais

1.CONCEITO DE LINGUAGEM 2.TIPOS DE LINGUAGEM 3.SIGNO 4.INTERTEXTUALIDADE 5.LÍNGUA 6.FALA

1.CONCEITO DE LINGUAGEM 2.TIPOS DE LINGUAGEM 3.SIGNO 4.INTERTEXTUALIDADE 5.LÍNGUA 6.FALA 1.CONCEITO DE LINGUAGEM 2.TIPOS DE LINGUAGEM 3.SIGNO 4.INTERTEXTUALIDADE 5.LÍNGUA 6.FALA 2 . É um conjunto de palavras organizadas por regras gramaticais específicas;. É uma convenção que permite que a

Leia mais

BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna. São Paulo: Parábola, 2004 (adaptado).

BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna. São Paulo: Parábola, 2004 (adaptado). 1. (ENEM ) Gerente Boa tarde. Em que eu posso ajudá-lo? Cliente Estou interessado em financiamento para compra e veículo. Gerente Nós dispomos de várias modalidades de crédito. O senhor é nosso cliente?

Leia mais

Prova azul - Questão 91 (ENEM 2009)

Prova azul - Questão 91 (ENEM 2009) Questões Prova azul - Questão 91 (ENEM 2009) #1 Os melhores críticos da cultura brasileira trataram-na sempre no plural, isto é, enfatizando a coexistência no Brasil de diversas culturas. Arthur Ramos

Leia mais

Blogue Gramática Normativa. Questões de Literatura ENEM 2009

Blogue Gramática Normativa. Questões de Literatura ENEM 2009 QUESTÃO 01 () Texto I Blogue Gramática Normativa Questões de Literatura [...] já foi o tempo em que via a convivência como viável, só exigindo deste bem comum, piedosamente, o meu quinhão, já foi o tempo

Leia mais

Conscientização sociolinguística

Conscientização sociolinguística L.E. Semana 2 Segunda Feira Conscientização sociolinguística Relação entre a estrutura linguística e os aspectos sociais e culturais da produção linguística o português não é homogêneo Produção linguística

Leia mais

Comentário: Resposta: D

Comentário: Resposta: D a) Falsa. O 1º quadrinho reflete justamente o oposto, pois serve de base para a inserção de um contexto de entendimento dos quadrinhos a seguir. b) Falsa. A afirmação se anula em si mesma pelo exemplo

Leia mais

COUTINHO, A. Notas de teoria literária. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1973 (adaptado).

COUTINHO, A. Notas de teoria literária. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1973 (adaptado). O ENEM E OS GÊNEROS TEXTUAIS (LITERÁRIOS) (ENEM 2009) Gênero dramático é aquele em que o artista usa como intermediária entre si e o público a representação. A palavra vem do grego drao (fazer) e quer

Leia mais

Gêneros Literários. Drama. Imita a realidade por meio de personagens em ação, e não da narração. Poética de Aristóteles

Gêneros Literários. Drama. Imita a realidade por meio de personagens em ação, e não da narração. Poética de Aristóteles Gêneros Literários Drama Imita a realidade por meio de personagens em ação, e não da narração. Poética de Aristóteles Rituais a Dionísio, Deus grego da arte, da representação e das orgias, no séc. VI a.c;

Leia mais

Funções da Linguagem. Português Monitores: Bruna Saad, Bernardo Soares e Gianne Frade 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21/02/2016

Funções da Linguagem. Português Monitores: Bruna Saad, Bernardo Soares e Gianne Frade 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21/02/2016 Funções da Linguagem Material de apoio para Monitoria 1. Identifique as funções da linguagem: a) Ênfase no emissor (lª pessoa) e na expressão direta de suas emoções e atitudes. b) Evidencia o assunto,

Leia mais

Exercícios Gerais Resolução de Questões do ENEM

Exercícios Gerais Resolução de Questões do ENEM Exercícios Gerais Resolução de Questões do ENEM Lista de Exercícios 1. Sou feliz pelos amigos que tenho. Um deles muito sofre pelo meu descuido com o vernáculo. Por alguns anos ele sistematicamente me

Leia mais

Linguagem, cultura e variação linguística. respeito e colaboração, seguramente estaremos criando a base sólida de uma vida melhor.

Linguagem, cultura e variação linguística. respeito e colaboração, seguramente estaremos criando a base sólida de uma vida melhor. Atividade extra Linguagem, cultura e variação linguística Questão 1 Concordo plenamente com o artigo "Revolucione a sala de aula". É preciso que valorizemos o ser humano, seja ele estudante, seja professor.

Leia mais

Conceito de Literatura/Quinhentismo

Conceito de Literatura/Quinhentismo Conceito de Literatura/Quinhentismo Literatura Literatura = arte das palavras Literatura = ficção = Representação da realidade Quinhentismo (séc. XV-XVI) - Brasil colonial Contexto histórico: Expansão

Leia mais

Recursos para Estudo / Atividades

Recursos para Estudo / Atividades COLÉGIO NOSSA SENHORA DA PIEDADE Programa de Recuperação Paralela 1ª Etapa 2013 Disciplina: Língua Portuguesa Série:1ª Professor (a): Felipe Amaral Turma: FG Caro aluno, você está recebendo o conteúdo

Leia mais

LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 91 a 135

LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 91 a 135 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 91 a 135 Questão 91 Os melhores críticos da cultura brasileira trataramna sempre no plural, isto é, enfatizando a coexistência no Brasil de diversas culturas.

Leia mais

EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO. Prova de Redação e de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Prova de Matemática e suas Tecnologias

EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO. Prova de Redação e de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Prova de Matemática e suas Tecnologias EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO 2º dia Caderno 2009 AMARELO Prova de Redação e de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Prova de Matemática e suas Tecnologias LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES 1

Leia mais

EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO. Prova de Redação e de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Prova de Matemática e suas Tecnologias

EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO. Prova de Redação e de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Prova de Matemática e suas Tecnologias EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO 2º dia Caderno 2009 CINZA Prova de Redação e de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Prova de Matemática e suas Tecnologias LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES 1 Este

Leia mais

Gêneros Textuais e as Vozes do Texto

Gêneros Textuais e as Vozes do Texto Gêneros Textuais e as Vozes do Texto 1.(ENEM) Analisando-se as informações verbais e a imagem associada a uma cabeça humana, compreendese que a venda: a) representa a amplitude de informações que compõem

Leia mais

CRUZ E SOUSA, J. Poesia completa. Florianópolis: Fundação Catarinense de Cultura / Fundação Banco do Brasil, 1993.

CRUZ E SOUSA, J. Poesia completa. Florianópolis: Fundação Catarinense de Cultura / Fundação Banco do Brasil, 1993. Revisão ENEM 1. (ENEM 2009) Cárcere das almas Ah! Toda a alma num cárcere anda presa, Soluçando nas trevas, entre as grades Do calabouço olhando imensidades, Mares, estrelas, tardes, natureza. Tudo se

Leia mais

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Olá amigos! INTRODUÇÃO Estamos começando nosso segundo fascículo de Linguagens, códigos e suas tecnologias nesta busca pela aprovação no Exame Nacional do Ensino

Leia mais

Português. Eduardo Valladares (Maria Carolina Coelho) 27 e Linguagem Artística

Português. Eduardo Valladares (Maria Carolina Coelho) 27 e Linguagem Artística Linguagem Artística Linguagem Artística 1. A diva Vamos ao teatro, Maria José? Quem me dera, desmanchei em rosca quinze kilos de farinha tou podre. Outro dia a gente vamos Falou meio triste, culpada, e

Leia mais

Ementas das Disciplinas CURSO DE ESCRITA CRIATIVA

Ementas das Disciplinas CURSO DE ESCRITA CRIATIVA Ementas das Disciplinas EAD Ensino a Distância SP Semipresencial Formato: 12345-02 (código da disciplina - número de créditos) PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL NÍVEL I 12224-04 FUNDAMENTOS

Leia mais

ENEM 2009 PROVA 2º DIA RESOLUÇÃO

ENEM 2009 PROVA 2º DIA RESOLUÇÃO _ Questão AMA91 AZU93 CIN92 ROS92 Analise as seguintes avaliações de possíveis resultados de um teste na Internet: Veja. 8 jul. 2009. p.102 (adaptado). Depreende-se, a partir desse conjunto de informações,

Leia mais

Exercícios de Revisão dos Temas

Exercícios de Revisão dos Temas Exercícios de Revisão dos Temas Material de apoio para Monitoria 1. (UNICAMP) É sabido que as histórias de Chico Bento são situadas no universo rural brasileiro. a) Explique o recurso utilizado para caracterizar

Leia mais

Gêneros Textuais: Narração

Gêneros Textuais: Narração Gêneros Textuais: Narração 1. (ENEM 2010) Transtorno do comer compulsivo Material de apoio para Monitoria O transtorno do comer compulsivo vem sendo reconhecido, nos últimos anos, como uma síndrome caracterizada

Leia mais

EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO. Prova de Redação e de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Prova de Matemática e suas Tecnologias

EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO. Prova de Redação e de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Prova de Matemática e suas Tecnologias EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO 2º dia Caderno 2009 ROSA Prova de Redação e de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Prova de Matemática e suas Tecnologias LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES 1 Este

Leia mais

infoenem Enem ENEM LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questão 91

infoenem Enem ENEM LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questão 91 infoenem Enem 2009 1 ENEM 2009 - LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E) Questão 91 Os melhores críticos da cultura brasileira trataram-na sempre no plural, isto é, enfatizando a coexistência no Brasil

Leia mais

Carta: quando se trata de "carta aberta" ou "carta ao leitor", tende a ser do tipo dissertativoargumentativo

Carta: quando se trata de carta aberta ou carta ao leitor, tende a ser do tipo dissertativoargumentativo Gêneros textuais Os Gêneros textuais são as estruturas com que se compõem os textos, sejam eles orais ou escritos. Essas estruturas são socialmente reconhecidas, pois se mantêm sempre muito parecidas,

Leia mais

Literatura. Exercícios sobre Literatura Colonial. Exercícios 1. TEXTO I

Literatura. Exercícios sobre Literatura Colonial. Exercícios 1. TEXTO I Exercícios sobre Colonial Exercícios 1. TEXTO I A feição deles é serem pardos, maneira d avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura, nem estimam nenhuma cousa

Leia mais

Aos estudantes, E para engrossar um pouco mais esse caldo, nosso ritual de passagem vem sofrendo drásticas mudanças.

Aos estudantes, E para engrossar um pouco mais esse caldo, nosso ritual de passagem vem sofrendo drásticas mudanças. Aos estudantes, Se analisarmos friamente uma tribo africana, provavelmente iremos identificar o ritual em que seus jovens passam a ser considerados adultos. Já nesse mundo globalizado em que vivemos, no

Leia mais

Resolução das provas do ENEM 2 dia. Recife, domingo, 6 de dezembro de 2009. LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Equipe: Alixandra Almeida, Amanda Damarys, Andréa Nobre, Bianca Campello, Carla Carmelita

Leia mais

DADOS DO COMPONENTE CURRICULAR

DADOS DO COMPONENTE CURRICULAR DADOS DO COMPONENTE CURRICULAR Nome: Arte Curso: Técnico em Meio Ambiente Integrado ao Ensino Médio Série: 1 Ano Carga Horária: 67 h (80 aulas) Docente Responsável: Maria Leopoldina Lima Cardoso Onofre

Leia mais

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE EXPRESSÕES ARTÍSTICAS (1.º ano)

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE EXPRESSÕES ARTÍSTICAS (1.º ano) CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE EXPRESSÕES ARTÍSTICAS (1.º ano) 2018-2019 DOMÍNIOS PONDERAÇÃO COMPETÊNCIAS TRANSVERSAIS DRAMÁTICA / TEATRO. INTERPRETAÇÃO E Identifica, em manifestações performativas, personagens,

Leia mais

Professor Roberson Calegaro

Professor Roberson Calegaro Elevar? Libertar? O que é arte? Do latim ars, significando técnica e/ou habilidade) pode ser entendida como a atividade humana ligada às manifestações de ordem estética ou comunicativa, realizada por meio

Leia mais

GOIÂNIA, / / PROFESSOR: Daniel DISCIPLINA: LITERATURA. Antes de iniciar a lista de exercícios leia atentamente as seguintes orientações:

GOIÂNIA, / / PROFESSOR: Daniel DISCIPLINA: LITERATURA. Antes de iniciar a lista de exercícios leia atentamente as seguintes orientações: GOIÂNIA, / / 2017. PROFESSOR: Daniel DISCIPLINA: LITERATURA SÉRIE: ALUNO(a): No Anhanguera você é + Enem Antes de iniciar a lista de exercícios leia atentamente as seguintes orientações: - É fundamental

Leia mais

Critérios de Avaliação de Educação Artística - 1º ano Ano letivo: 2018/2019

Critérios de Avaliação de Educação Artística - 1º ano Ano letivo: 2018/2019 Critérios de Avaliação de Educação Artística - 1º ano Ano letivo: 2018/2019 APRENDIZAGENS ESSENCIAIS DESCRITORES DE DESEMPENHO PERFIL DO ALUNO DOMÍNIOS Níveis de Avaliação DRAMÁTICA/ TEATRO Identifica,

Leia mais

Critérios Específicos de Avaliação

Critérios Específicos de Avaliação DEPARTAMENTO Pré Escolar ANO LETIVO 2018/2019 DISCIPLINA ANO 3,4,5 anos Critérios Específicos de Avaliação 1. ÁREA DE FORMAÇÃO PESSOAL E SOCIAL Relaciona-se com as outras crianças Relaciona-se com os adultos

Leia mais

Os gêneros literários. Literatura Brasileira 3ª série EM Prof.: Flávia Guerra

Os gêneros literários. Literatura Brasileira 3ª série EM Prof.: Flávia Guerra Os gêneros literários Literatura Brasileira 3ª série EM Prof.: Flávia Guerra Os gêneros literários O termo gênero é utilizado para determinar um conjunto de obras que apresentam características semelhantes

Leia mais

Fevereiro / 2012 ALUNO.:... TEL.:...

Fevereiro / 2012 ALUNO.:... TEL.:... www.oficinadeviolao.com.br Fevereiro / 2012 ALUNO.:... TEL.:... 01 - FLOR DE LIZ ( Edu Ribeiro e Cativeiro ) 02 - VATAPÁ ( Dorival Caymmi ) 03 - ARARINHA ( Carlinhos Braw ) CUITELINHO ( Pena Branca e Xavantinho

Leia mais

LITERATURA: GÊNEROS E MODOS DE LEITURA - EM PROSA E VERSOS; - GÊNEROS LITERÁRIOS; -ELEMENTOS DA NARRATIVA. 1º ano OPVEST Mauricio Neves

LITERATURA: GÊNEROS E MODOS DE LEITURA - EM PROSA E VERSOS; - GÊNEROS LITERÁRIOS; -ELEMENTOS DA NARRATIVA. 1º ano OPVEST Mauricio Neves LITERATURA: GÊNEROS E MODOS DE LEITURA - EM PROSA E VERSOS; - GÊNEROS LITERÁRIOS; -ELEMENTOS DA NARRATIVA. 1º ano OPVEST Mauricio Neves EM VERSO E EM PROSA Prosa e Poesia: qual a diferença? A diferença

Leia mais

MATRIZ DE REFERÊNCIA PARA O ENEM 2009

MATRIZ DE REFERÊNCIA PARA O ENEM 2009 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA MATRIZ DE REFERÊNCIA PARA O ENEM 2009 EIXOS COGNITIVOS (comuns a todas as áreas de conhecimento) I. Dominar

Leia mais

PREFEITURA MUNICIPAL DE UBERABA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DIRETORIA DE ENSINO DEPARTAMENTO DE ENSINO FUNDAMENTAL

PREFEITURA MUNICIPAL DE UBERABA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DIRETORIA DE ENSINO DEPARTAMENTO DE ENSINO FUNDAMENTAL ESTUDO COMPARATIVO ENTRE A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL E A MATRIZ CURRICULAR DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE UBERABA 2 ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL - ARTE Artes visuais

Leia mais

PLANO DE CURSO Disciplina: HISTÓRIA Série: 4º ano Ensino Fundamental PROCEDIMENTOS METODOLÓGICO QUAL O SIGNFICADO PARA VIDA PRÁTICA

PLANO DE CURSO Disciplina: HISTÓRIA Série: 4º ano Ensino Fundamental PROCEDIMENTOS METODOLÓGICO QUAL O SIGNFICADO PARA VIDA PRÁTICA PLANO DE CURSO Disciplina: HISTÓRIA Série: 4º ano Ensino Fundamental Capítulo 1: A construção da historia. Cultura e tradição Cultura: costumes que permanecem O registro como fonte histórica. Capitulo

Leia mais

CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE AVALIAÇÃO DO 1.º CICLO

CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE AVALIAÇÃO DO 1.º CICLO CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE AVALIAÇÃO DO 1.º CICLO «É importante que sejam proporcionados aos alunos vários momentos de avaliação, multiplicando as suas oportunidades de aprendizagem e diversificando os métodos

Leia mais

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias: a Literatura no Enem. Literatura Brasileira 3ª série EM Prof.: Flávia Guerra

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias: a Literatura no Enem. Literatura Brasileira 3ª série EM Prof.: Flávia Guerra Linguagens, Códigos e suas Tecnologias: a Literatura no Enem Literatura Brasileira 3ª série EM Prof.: Flávia Guerra Competência de área 4 Compreender a arte como saber cultural e estético gerador de significação

Leia mais

Já nos primeiros anos de vida, instala-se a relação da criança com o conhecimento

Já nos primeiros anos de vida, instala-se a relação da criança com o conhecimento Materiais didáticos coleção tantos traços Já nos primeiros anos de vida, instala-se a relação da criança com o conhecimento O material Tantos Traços foi elaborado para promover a Educação Infantil de forma

Leia mais

COLÉGIO MAGNUM BURITIS

COLÉGIO MAGNUM BURITIS COLÉGIO MAGNUM BURITIS PROGRAMAÇÃO DE 1ª ETAPA 1ª SÉRIE PROFESSORA: Elise Avelar DISCIPLINA: Língua Portuguesa TEMA TRANSVERSAL: A ESCOLA E AS HABILIDADES PARA A VIDA NO SÉCULO XXI DIMENSÕES E DESENVOLVIMENTO

Leia mais

Critérios Específicos de Avaliação do 1º ano Educação Artística Artes Visuais Domínios Descritores Instrumentos de Avaliação

Critérios Específicos de Avaliação do 1º ano Educação Artística Artes Visuais Domínios Descritores Instrumentos de Avaliação Critérios Específicos de do 1º ano Educação Artística Artes Visuais - Observar os diferentes universos visuais utilizando um vocabulário específico e adequado. -Mobilizar a linguagem elementar das artes

Leia mais

ENEM 2012 Questões 108, 109, 110, 111, 112 e 113

ENEM 2012 Questões 108, 109, 110, 111, 112 e 113 Questões 108, 109, 110, 111, 112 e 113 108. Na leitura do fragmento do texto Antigamente constata-se, pelo emprego de palavras obsoletas, que itens lexicais outrora produtivos não mais o são no português

Leia mais

OFICINAS CULTURAIS. Prof: André Aparecido da Silva / Profa. Milca Augusto da Silva Costa Disponível em:

OFICINAS CULTURAIS. Prof: André Aparecido da Silva / Profa. Milca Augusto da Silva Costa Disponível em: OFICINAS CULTURAIS Prof: André Aparecido da Silva / Profa. Milca Augusto da Silva Costa Disponível em: www.oxnar.com.br/2015/profuncionario 1 Afinal, o que é cultura? 2 A cultura de todos nós Este povo

Leia mais

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE EXPRESSÕES ARTÍSTICAS E FÍSICO MOTORAS (1.º ano/1.ºciclo)

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE EXPRESSÕES ARTÍSTICAS E FÍSICO MOTORAS (1.º ano/1.ºciclo) CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE EXPRESSÕES ARTÍSTICAS E FÍSICO MOTORAS (1.º ano/1.ºciclo) 2018-2019 DOMÍNIOS PONDERAÇÃO COMPETÊNCIAS TRANSVERSAIS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO ÁREAS DE COMPETÊNCIAS DO PERFIL DOS

Leia mais

1 o Semestre. PEDAGOGIA Descrições das disciplinas. Práticas Educacionais na 1ª Infância com crianças de 0 a 3 anos. Oficina de Artes Visuais

1 o Semestre. PEDAGOGIA Descrições das disciplinas. Práticas Educacionais na 1ª Infância com crianças de 0 a 3 anos. Oficina de Artes Visuais Práticas Educacionais na 1ª Infância com crianças de 0 a 3 anos 1 o Semestre Estudo dos aspectos históricos e políticos da Educação infantil no Brasil, articulado às teorias de desenvolvimento da primeira

Leia mais

Centro de Assistência Paroquial de Caria Jardim-de-Infância Girassol À Descoberta

Centro de Assistência Paroquial de Caria Jardim-de-Infância Girassol À Descoberta Centro de Assistência Paroquial de Caria Jardim-de-Infância Girassol À Descoberta Elaborado pela Educadora de Infância Helena Rodrigues Plano Anual de Atividades Introdução O Plano Anual de Atividades

Leia mais

POEMA. Professora: Ana Gabriela M. Disciplina: Redação

POEMA. Professora: Ana Gabriela M. Disciplina: Redação POEMA Professora: Ana Gabriela M. Disciplina: Redação Conhecendo o gênero No dia-a-dia, quando pretendemos transmitir nossas ideias, desejos, opiniões e emoções, normalmente combinamos palavras pela sua

Leia mais

3ª Priscila Marra. 1ª Série E.M.

3ª Priscila Marra. 1ª Série E.M. Artes 3ª Priscila Marra 1ª Série E.M. Competência Objeto de aprendizagem Habilidade COMPETÊNCIA 1 Compreender que a arte é uma linguagem que propicia o desenvolvimento da expressão, do senso crítico, estético,

Leia mais

Quem fala e de onde fala? Gêneros Textuais

Quem fala e de onde fala? Gêneros Textuais Quem fala e de onde fala? Gêneros Textuais Ao estudar os gêneros textuais, precisamos ter em mente que, por estarem ligados à história da comunicação e da linguagem, cada gênero têm função social em certa

Leia mais

Géneros textuais e tipos textuais Armando Jorge Lopes

Géneros textuais e tipos textuais Armando Jorge Lopes Géneros textuais e tipos textuais [texto de apoio para o curso de doutoramento em ciências da linguagem aplicadas ao ensino de línguas/universidade Pedagógica, Maputo, Outubro de 2015] Armando Jorge Lopes

Leia mais

CONSIDERAÇÕES INICIAIS:

CONSIDERAÇÕES INICIAIS: CONSIDERAÇÕES INICIAIS: Está apresentação não tem a intenção de mostrar-se como uma teoria válida para qualquer contesto da Língua Portuguesa. Ela se destina apenas a atender uma solicitação de colegas

Leia mais

2) (Simulado Enem) A charge dá uma lição de: a) destreza b) habilidade

2) (Simulado Enem) A charge dá uma lição de: a) destreza b) habilidade Linguagem não verbal - Expressões corporais/ fisionomia das personagens; - Contexto social, histórico; - Conhecimento linguístico; - Leitura de mundo, enxergar o cotidiano que o rodeia; - Se for uma linguagem

Leia mais

PROPOSTA CURRICULAR PARA O 1º SEGMENTO Aprimoramento da Leitura e da Escrita (3ª Fase)

PROPOSTA CURRICULAR PARA O 1º SEGMENTO Aprimoramento da Leitura e da Escrita (3ª Fase) PREFEITURA MUNICIPAL DE IPATINGA ESTADO DE MINAS GERAIS SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO PEDAGÓGICO/SEÇÃO DE ENSINO NÃO FORMAL CENFOP Centro de Formação Pedagógica PROPOSTA CURRICULAR PARA

Leia mais

ROMANTISMO: POESIA. Profa. Brenda Tacchelli

ROMANTISMO: POESIA. Profa. Brenda Tacchelli ROMANTISMO: POESIA Profa. Brenda Tacchelli INTRODUÇÃO Empenho em definir um perfil da cultura brasileira, no qual o nacionalismo era o traço essencial. Primeira metade do século XIX Com a vinda da corte

Leia mais

COLÉGIO MAGNUM BURITIS

COLÉGIO MAGNUM BURITIS COLÉGIO MAGNUM BURITIS PROGRAMAÇÃO DE 2ª ETAPA 2ª SÉRIE PROFESSORA: Elise Avelar DISCIPLINA: Língua Portuguesa TEMA TRANSVERSAL: A ESCOLA E AS HABILIDADES PARA A VIDA NO SÉCULO XXI DIMENSÕES E DESENVOLVIMENTO

Leia mais

Departamento de línguas Língua Estrangeira II (Francês) Critérios de avaliação 3.º ciclo

Departamento de línguas Língua Estrangeira II (Francês) Critérios de avaliação 3.º ciclo Departamento de línguas Língua Estrangeira II (Francês) Critérios de avaliação 3.º ciclo Edição: setembro 2016 Pilar de Aprendizagem Domínios Instrumentos de avaliação Classificação (Ponderação) Aprender

Leia mais

1.1. Identificar os elementos de composição de obras de artes visuais Usar vocabulário apropriado para a análise de obras de artes visuais.

1.1. Identificar os elementos de composição de obras de artes visuais Usar vocabulário apropriado para a análise de obras de artes visuais. Conteúdo Básico Comum (CBC) em Arte do Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano Os tópicos obrigatórios são numerados em algarismos arábicos Os tópicos complementares são numerados em algarismos romanos Eixo

Leia mais

Projeto Literatura Viva. Tema: Nacionalismo

Projeto Literatura Viva. Tema: Nacionalismo Projeto Literatura Viva Tema: Nacionalismo 2017 Justificativa Expressar-se oralmente é algo que requer confiança em si mesmo. Isso se conquista em ambientes favoráveis à manifestação do que se pensa, do

Leia mais

1ª Série. 2MUT041 CANTO CORAL I Montagem e Apresentação de Repertório coral de estilos e gêneros variados.

1ª Série. 2MUT041 CANTO CORAL I Montagem e Apresentação de Repertório coral de estilos e gêneros variados. 1ª Série 2MUT050 ATIVIDADES DE PRÁTICA DE ENSINO I Participação na elaboração de planos de ensino de música.observação e participação de situações reais de ensino de música. Elaboração e análise de material

Leia mais

Nome do Aluno: Data de Nascimento: / / EA EM APRENDIZAGEM S - SIM NO NÃO OBSERVADO N - NÃO. 1. Área de Formação Pessoal e Social

Nome do Aluno: Data de Nascimento: / / EA EM APRENDIZAGEM S - SIM NO NÃO OBSERVADO N - NÃO. 1. Área de Formação Pessoal e Social 4 Anos Nome do Aluno: Data de Nascimento: / / Momentos de Avaliação A Educadora de Infância O Encarregado de Educação 1º Período / / 2º Período / / 3º Período / / Código de Avaliação S - SIM N - NÃO EA

Leia mais

Curso PROEJA FIC ENSINO FUNDAMENTAL BILÍNGUE LIBRAS/PORTUGUÊS COM PROFISSIONALIZAÇÃO EM FOTOGRAFIA DIGITAL: EDIÇÃO DE IMAGENS

Curso PROEJA FIC ENSINO FUNDAMENTAL BILÍNGUE LIBRAS/PORTUGUÊS COM PROFISSIONALIZAÇÃO EM FOTOGRAFIA DIGITAL: EDIÇÃO DE IMAGENS Curso PROEJA FIC ENSINO FUNDAMENTAL BILÍNGUE LIBRAS/PORTUGUÊS COM PROFISSIONALIZAÇÃO EM FOTOGRAFIA DIGITAL: EDIÇÃO DE IMAGENS CÂMPUS PALHOÇA BILÍNGUE MATRIZ CURRICULAR Módulo/Semestre 1 Carga horária total:

Leia mais

Prefácio: O Leão e a Joia, de Wole Soyinka

Prefácio: O Leão e a Joia, de Wole Soyinka Prefácio: O Leão e a Joia, de Wole Soyinka A 1ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura, que aconteceu em Brasília, entre 14 e 23 de abril, foi marcada pelo lançamento da obra O Leão e a Joia, do poeta, escritor

Leia mais

Instituto Superior de Educação e Ciências Data: Junho Lista de Verificação de Competências

Instituto Superior de Educação e Ciências Data: Junho Lista de Verificação de Competências ÁREA DA FORMAÇÃO PESSOAL E SOCIAL Diz o nome completo Verbaliza sentimentos Tem uma atitude global autónoma Utiliza a casa de banho sozinho Veste-se sozinho Utiliza corretamente os talheres Age por iniciativa

Leia mais

Língua Portuguesa. Profª. Lenise

Língua Portuguesa. Profª. Lenise Língua Portuguesa Profª. Lenise Qual o objetivo de um texto? Por meio da linguagem, realizamos diferentes ações: transmitimos informações tentamos convencer o outro a fazer (ou dizer) algo assumimos compromissos

Leia mais

CURSO PÓS-GRADUAÇÃO EM ARTE E EDUCAÇÃO

CURSO PÓS-GRADUAÇÃO EM ARTE E EDUCAÇÃO OBJETIVOS: Fomentar a produção e circulação de saberes docentes acerca das diferentes manifestações artísticas e expressivas no campo da Educação. Oferecer possibilidades de formação sensível, reflexiva

Leia mais

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Pré II Eu, minha escola e meus colegas

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Pré II Eu, minha escola e meus colegas CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Pré II 2019 Eu, minha escola e meus colegas Reconhecer as pessoas por meio dos nomes que as identificam; Participar de jogos e brincadeiras envolvendo regras de convivência; Reconhecer

Leia mais

CADERNOS DO 2 DIA - 06/12/2009

CADERNOS DO 2 DIA - 06/12/2009 ADERNOS DO 2 DIA - 06/12/2009 aderno 5 aderno 6 aderno 7 aderno 8 Amarelo Gabarito inza Gabarito Azul Gabarito Rosa Gabarito 91 D 91 A 91 A 91 A 92 A 92 A 92 A 92 A 93 A 93 D 93 D 93 D 94 D 94 D 94 A 94

Leia mais

Unidade 1 Especificações do Exame

Unidade 1 Especificações do Exame Unidade 1 Especificações do Exame UNIDADE 1 As tarefas do exame podem envolver um conjunto variado de operações, propósitos, interlocutores, gêneros do discurso e tópicos. a) Operações: Reconhecer a situação

Leia mais

Descrição da Escala Língua Portuguesa - 5 o ano EF

Descrição da Escala Língua Portuguesa - 5 o ano EF Os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental < 125 identificam o sentido de expressão típica da fala coloquial utilizada em segmento de história em quadrinhos; e o local em que se desenrola o enredo, em anedota.

Leia mais

CEAI O QUE O ALUNO DEVE APRENDER. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO Capítulo 1: Identificar a. Exposição dialogada Orientação para se. importância do Sol

CEAI O QUE O ALUNO DEVE APRENDER. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO Capítulo 1: Identificar a. Exposição dialogada Orientação para se. importância do Sol CEAI PLANO DE ENSINO DE GEOGRAFIA TURMA: 4º ANO CONTEÚDO O QUE EU VOU ENSINAR O QUE O ALUNO DEVE APRENDER QUAL O SIGNIFICADO PARA VIDA PRÁTICA PROCEDIMENTO METODOLÓGICO Capítulo 1: Explicar as formas de

Leia mais

DISCIPLINAS OPTATIVAS DO BACHARELADO EM ATUAÇÃO CÊNICA Carga horária mínima 300 horas

DISCIPLINAS OPTATIVAS DO BACHARELADO EM ATUAÇÃO CÊNICA Carga horária mínima 300 horas 1 DISCIPLINAS OPTATIVAS DO BACHARELADO EM ATUAÇÃO CÊNICA Carga mínima 300 horas O aluno deverá cursar a carga mínima de 300 horas em disciplinas optativas. Estas disciplinas serão oferecidas pelos diversos

Leia mais

Do lugar de cada um, o saber de todos nós 5 a - edição COMISSÃO JULGADORA orientações para o participante

Do lugar de cada um, o saber de todos nós 5 a - edição COMISSÃO JULGADORA orientações para o participante Do lugar de cada um, o saber de todos nós 5 a - edição - 2016 COMISSÃO JULGADORA orientações para o participante Caro(a) participante da Comissão Julgadora da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo

Leia mais

COLÉGIO MAGNUM BURITIS

COLÉGIO MAGNUM BURITIS COLÉGIO MAGNUM BURITIS PROGRAMAÇÃO DE 1ª ETAPA 2ª SÉRIE PROFESSORA: Elise Avelar DISCIPLINA: Língua Portuguesa TEMA TRANSVERSAL: A ESCOLA E AS HABILIDADES PARA A VIDA NO SÉCULO XXI DIMENSÕES E DESENVOLVIMENTO

Leia mais

APRESENTAÇÃO DA CERTIFICAÇÃO OCUPACIONAL

APRESENTAÇÃO DA CERTIFICAÇÃO OCUPACIONAL APRESENTAÇÃO DA CERTIFICAÇÃO OCUPACIONAL A Agência de Certificação Ocupacional (ACERT) é parte integrante da Fundação Luís Eduardo Magalhães (FLEM) Centro de Modernização e Desenvolvimento da Administração

Leia mais

PROJETO 3º PERÍODO DE 2018

PROJETO 3º PERÍODO DE 2018 PROJETO 3º PERÍODO DE 2018 TURMA: 4B NOME DO PROJETO: A matemática no nosso dia a dia. PERÍODO DO PROJETO: Setembro/2018 a Dezembro/2018 JUSTIFICATIVA: O projeto surgiu da necessidade da turma em aprender

Leia mais

HISTÓRIA UNIVERSOS. Por que escolher a coleção Universos História

HISTÓRIA UNIVERSOS. Por que escolher a coleção Universos História UNIVERSOS HISTÓRIA Por que escolher a coleção Universos História 1 Pensada a partir do conceito SM Educação Integrada, oferece ao professor e ao aluno recursos integrados que contribuem para um processo

Leia mais

HABILIDADES DO 1 o TRIMESTRE DE os ANOS

HABILIDADES DO 1 o TRIMESTRE DE os ANOS HABILIDADES DO 1 o TRIMESTRE DE 2015 6 os ANOS LÍNGUA PORTUGUESA 1 Analisar a norma padrão em funcionamento no texto. 2 Distinguir os diferentes recursos da linguagem, utilizados em variados sistemas de

Leia mais

Plano de Ensino Componente Curricular: Curso: Período: Carga Horária: Docente: Ementa Objetivos Gerais Específicos

Plano de Ensino Componente Curricular: Curso: Período: Carga Horária: Docente: Ementa Objetivos Gerais Específicos Plano de Ensino Componente Curricular: Língua Portuguesa e Literatura Brasileira III Curso: Técnico em Química (Integrado) Período: 3º ano Carga Horária: 80 h/a 67 h/r Docente: Rosa Lúcia Vieira Souza

Leia mais

Metas de aprendizagem Conteúdos Período

Metas de aprendizagem Conteúdos Período Domínio: Atividades Físicas Subdomínio: Ginástica (Meta 1) Perícia e manipulação. Deslocamentos e equilíbrios. Subdomínio: Jogos (Meta 2) Jogos ajustando a iniciativa própria e as qualidades motoras na

Leia mais

Educador A PROFISSÃO DE TODOS OS FUTUROS. Uma instituição do grupo

Educador A PROFISSÃO DE TODOS OS FUTUROS. Uma instituição do grupo Educador A PROFISSÃO DE TODOS OS FUTUROS F U T U R O T E N D Ê N C I A S I N O V A Ç Ã O Uma instituição do grupo CURSO 2 CURSO OBJETIVOS Fomentar a produção e circulação de saberes docentes acerca das

Leia mais

DISCIPLINAS OPTATIVAS DO BACHARELADO EM ATUAÇÃO CÊNICA Carga horária mínima 300 horas

DISCIPLINAS OPTATIVAS DO BACHARELADO EM ATUAÇÃO CÊNICA Carga horária mínima 300 horas 1 DISCIPLINAS OPTATIVAS DO BACHARELADO EM ATUAÇÃO CÊNICA Carga horária mínima 300 horas Serão oferecidas aos alunos do Bacharelado em Atuação Cênica 101 disciplinas optativas, dentre as quais o aluno deverá

Leia mais

Língua Portuguesa. Funções da Linguagem. Prof. Luquinha

Língua Portuguesa. Funções da Linguagem. Prof. Luquinha Língua Portuguesa Funções da Linguagem Prof. Luquinha Qual o objetivo de um texto? Por meio da linguagem, realizamos diferentes ações: transmitimos informações tentamos convencer o outro a fazer (ou dizer)

Leia mais

FUNÇÕES DA LINGUAGEM

FUNÇÕES DA LINGUAGEM FUNÇÕES DA LINGUAGEM O estudo das funções da linguagem depende de seus fatores principais. Destacamos cada um deles em particular: *emissor quem fala ou transmite uma mensagem a alguém *receptor (ou interlocutor)

Leia mais

INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS TEXTO LITERÁRIO E TEXTO NÃO LITERÁRIO

INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS TEXTO LITERÁRIO E TEXTO NÃO LITERÁRIO INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS TEXTO LITERÁRIO E TEXTO NÃO LITERÁRIO TEXTOS: LITERÁRIO E NÃO-LITERÁRIO Os textos se dividem conforme o tipo de linguagem utilizada para a construção do discurso: existem os que

Leia mais

Atividades rítmicas e expressão corporal

Atividades rítmicas e expressão corporal Atividades rítmicas e expressão corporal LADAINHAS CANTIGAS BRINQUEDOS CANTADOS FOLCLORE MOVIMENTOS COMBINADOS DE RÍTMOS DIFERENTES RODAS Estas atividades estão relacionados com o folclore brasileiro,

Leia mais

Ementas curso de Pedagogia matriz

Ementas curso de Pedagogia matriz Ementas curso de Pedagogia matriz 100031 DISCIPLINA: COMUNICAÇÃO E PLANEJAMENTO PROFISSIONAL Leitura e compreensão dos diversos gêneros textuais, abordando a escrita do parágrafo, da paráfrase e de textos

Leia mais

Uma perspectiva de ensino para as áreas de conhecimento escolar - Geografia

Uma perspectiva de ensino para as áreas de conhecimento escolar - Geografia Uma perspectiva de ensino para as áreas de conhecimento escolar - Geografia A proposta A proposta de ensino para esta área de conhecimento considera o espaço como construção humana em que sociedade e natureza

Leia mais

Luiz Gonzaga. Chuva e sol Poeira e carvão Longe de casa Sigo o roteiro Mais uma estação E a alegria no coração. 2º Bimestre 2018 Português/Jhonatta

Luiz Gonzaga. Chuva e sol Poeira e carvão Longe de casa Sigo o roteiro Mais uma estação E a alegria no coração. 2º Bimestre 2018 Português/Jhonatta Português/Jhonatta Minha vida é andar por este país Pra ver se um dia descanso feliz Guardando as recordações Das terras onde passei Andando pelos sertões E dos amigos que lá deixei Chuva e sol Poeira

Leia mais

CHECK-LIST FINAL DO GRUPO

CHECK-LIST FINAL DO GRUPO Utiliza noções espaciais relativas a partir da sua perspetiva como observador (em cima/em baixo) Utiliza noções espaciais relativas a partir da sua perspetiva como observador (dentro/fora,) Utiliza noções

Leia mais

PROJETO 3 PERÍODO DE 2018

PROJETO 3 PERÍODO DE 2018 PROJETO 3 PERÍODO DE 2018 Turma: 4A Nome da professora: Nariane Rocha de Deus Oliveira Nome do Projeto: A lona das artes. Período do Projeto: Setembro a Novembro de 2018 O circo é um mundo mágico no qual

Leia mais

Conteúdo Básico Comum (CBC) de Artes do Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano Exames Supletivos / 2013

Conteúdo Básico Comum (CBC) de Artes do Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano Exames Supletivos / 2013 SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS SUBSECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DO ENSINO MÉDIO DIRETORIA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Conteúdo

Leia mais

Por que o dicionário é importante na escola?

Por que o dicionário é importante na escola? Introdução Por que o dicionário é importante na escola? O dicionário é uma obra didática e, como tal, serve para ensinar. Ensina o significado das palavras, sua origem, seu uso, sua grafia. É uma obra

Leia mais

Grade Curricular - Comunicação Social. Habilitação em Publicidade e Propaganda - matutino

Grade Curricular - Comunicação Social. Habilitação em Publicidade e Propaganda - matutino Grade Curricular - Comunicação Social Habilitação em Publicidade e Propaganda - matutino SEMESTRE 1 CCA0218 Língua Portuguesa - Redação e Expressão Oral I 4 0 4 CCA0258 Fundamentos de Sociologia Geral

Leia mais