Sendo o que tínhamos para o momento, subscrevemo-nos com estima e Apreço.
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- Júlio César Furtado Castelo
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1 Dúvida: Funcionário que pede afastamento sem remuneração por motivo particular e sobre o afastamento de funcionário que solicita o afastamento e vai trabalhar em outro município em cargo em comissão, e o município retém o IMPS dele direto na fonte. O funcionário que esta trabalhando comissionado e a prefeitura do local retiveram a IMPS dele o que devemos fazer quando ele pedir aposentadoria; e a parte patronal; devemos cobrar dele todos os atrasados ou cobrar da prefeitura onde presta serviços comissionado a recolher para nosso instituto; ou cobrar do funcionário a parte patronal. Sendo o que tínhamos para o momento, subscrevemo-nos com estima e Apreço. Resposta: Inicialmente, necessário considerar que o afastamento do servidor do exercício de seu cargo, com ou sem vencimentos, não acarreta o desligamento do RPPS e do regime de trabalho (estatutário) a que se encontra vinculado. Assim, se ele tem um regime previdenciário, não deve ficar filiado a outro. A lei previdenciária local deve disciplinar a matéria dos afastamentos dos servidores e, caso for omissa, recomenda-se a edição de decreto do Executivo (ou resolução do Instituto), adotando-se as diretrizes expedidas pela Instrução Normativa no. 2/2009 do MPS. Confira-se: Art. 31. Nas hipóteses de cessão, licenciamento ou afastamento de servidor, o cálculo da contribuição ao RPPS será feito com base na remuneração do cargo efetivo de que o servidor for titular, observado o disposto nesta Subseção. Art. 32. Na cessão de servidores ou no afastamento para exercício de mandato eletivo em que o pagamento da remuneração ou subsídio seja ônus do cessionário ou do órgão de exercício do mandato, será de responsabilidade desse órgão ou entidade: I - o desconto da contribuição devida pelo segurado;
2 II - o custeio da contribuição devida pelo órgão ou entidade de origem; e III - o repasse das contribuições, de que tratam os incisos I e II, à unidade gestora do RPPS a que está vinculado o cedido ou afastado. 1º Caso o cessionário ou o órgão de exercício do mandato, não efetue o repasse das contribuições à unidade gestora no prazo legal, caberá ao órgão ou entidade de origem efetuá-lo, buscando o reembolso de tais valores. 2º O termo, ato, ou outro documento de cessão ou afastamento do servidor com ônus para o cessionário ou o órgão de exercício do mandato, deverá prever a responsabilidade deste pelo desconto, recolhimento e repasse das contribuições previdenciárias ao RPPS, conforme valores informados mensalmente pelo órgão ou entidade de origem. 3º O disposto neste artigo se aplica a todos os casos de afastamento do cargo para exercício de mandato eletivo com ônus para o órgão de exercício do mandato, inclusive no caso de afastamento para o exercício do mandato de prefeito ou de vereador em que haja opção pelo recebimento do subsídio do cargo eletivo. Art. 33. Na cessão ou afastamento de servidores sem ônus para o cessionário ou para o órgão de exercício do mandato, continuará sob a responsabilidade do órgão ou entidade de origem, o recolhimento e o repasse, à unidade gestora do RPPS, das contribuições correspondentes à parcela devida pelo servidor e pelo ente. Parágrafo único. O disposto neste artigo se aplica aos casos de afastamento do cargo para exercício de mandato eletivo de prefeito ou de vereador em que haja opção pelo recebimento da remuneração do cargo efetivo de que o servidor seja titular. Art. 34. Não incidirão contribuições para o RPPS do ente de origem, para o RPPS do ente cessionário ou de exercício do mandato, nem para o RGPS, sobre as parcelas remuneratórias não componentes da remuneração do cargo efetivo, pagas pelo ente cessionário ou de exercício do mandato, ao servidor cedido ou licenciado para exercício de mandato eletivo em outro ente federativo exceto na hipótese em que houver a opção pela contribuição facultativa ao RPPS do ente de origem, na forma prevista em sua legislação, conforme caput do art. 29.
3 Parágrafo único. Aplica-se ao servidor cedido ou afastado para exercício de mandato eletivo no mesmo ente, a base de cálculo de contribuição estabelecida em lei conforme art. 29. Art. 35. O servidor afastado ou licenciado temporariamente do exercício do cargo efetivo sem recebimento de remuneração ou de subsídio pelo ente federativo, somente contará o respectivo tempo de afastamento ou licenciamento para fins de aposentadoria, mediante o recolhimento mensal das contribuições, conforme lei do respectivo ente. 1º A contribuição efetuada pelo servidor na situação de que trata o caput não será computada para cumprimento dos requisitos de tempo de carreira, tempo de efetivo exercício no serviço público e tempo no cargo efetivo para concessão de aposentadoria. 2º Na omissão da lei quanto ao ônus pelo recolhimento da contribuição da parcela do ente federativo durante o período de afastamento ou licenciamento, o repasse à unidade gestora do RPPS do valor correspondente continuará sob a responsabilidade do ente. Assim, na hipótese de o servidor se afastar sem vencimentos, para tratar de assuntos particulares, é preciso verificar se a lei previdenciária local determina: a) o obrigatório recolhimento da contribuição previdenciária; b) se o servidor deve recolher também a parte patronal. Se não for obrigatória a contribuição, o servidor pode não contribuir. Nesse caso, não será computado o tempo de contribuição, tempo de carreira, de cargo e tempo de efetivo exercício no serviço público, para fins de aposentadoria. Se a lei dispuser obrigatoriamente sobre o recolhimento da contribuição previdenciária, o decreto - cuja edição recomendamos-, deve disciplinar a forma como o servidor providenciará esse recolhimento (débito em conta corrente, boleto ou outra forma). No caso de omissão da lei quanto ao recolhimento, pelo servidor, da contribuição previdenciária do ente patronal, incumbirá ao Município o necessário recolhimento de sua parte. Reitera-se que a contribuição previdenciária enseja o cumprimento apenas do requisito tempo de contribuição, nas diversas modalidades de
4 aposentadoria previstas pelo art. 40 da CF e pelas emendas constitucionais reformadoras. Quando o servidor está cedido para outro órgão com prejuízo da remuneração, necessário que o servidor e o ente cessionário assinem termo de responsabilidade, em que fiquem expressas as condições para o recolhimento da contribuição previdenciária do servidor e do ente patronal. Nessa hipótese, o ente cessionário desconta a contribuição previdenciária correspondente ao percentual incidente sobre a remuneração no cargo efetivo (e não sobre a remuneração que receber no ente cessionário), e efetua, junto ao Instituto previdenciário do Município cedente o recolhimento da parte do servidor e da parte do ente. Caso o ente cessionário não efetue esse recolhimento, o servidor deverá ser convocado pelo Instituto de Jales para efetuar esse recolhimento. Quanto ao ente cessionário, se não fizer o recolhimento, deve-se comunicar ao ente patronal (Prefeitura ou Câmara, por ex.), que deverá recolher o tributo em substituição ao ente cessionário. Nesse caso, o tempo de contribuição será computado para fins de aposentadoria, assim como o tempo de efetivo exercício no serviço público, se o ente cessionário for ente público ou sociedade estatal (empresa pública e sociedade de economia mista). Consigne-se que, nos afastamentos do servidor sem contribuição ao regime previdenciário a que se submete, não deve ser aceita certidão de tempo de contribuição do RGPS, por ex., porquanto, ao que se sabe, não haverá compensação previdenciária desse período, bem como o Instituto terá prejuízos, em razão da ausência da parte patronal. Recomenda-se ser incluída disposição expressa nesse sentido no decreto regulamentador. O decreto deve prever, ainda, que os processos que cuidam dos afastamentos, devem preliminarmente ser encaminhados ao Instituto, para que esse oriente o servidor e, se for o caso de afastamento para órgão público, com prejuízo da remuneração, seja elaborado o termo de responsabilidade para assinatura das partes envolvidas, inclusive o ente cessionário. Deve o decreto estabelecer que os casos de afastamentos já concedidos devem adaptar-se ao novo regramento estabelecido, inclusive, quanto
5 às contribuições atrasadas, que serão recolhidas com os encargos legais previstos na lei, podendo ser adotado parcelamento, caso necessário. É o parecer, s.m.j., junho de Magadar Rosália Costa Briguet OAB/SP no
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