Informativo mensal nº 46. Outubro/2017

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1 Informativo mensal nº 46 Outubro/2017 AMÉRICA/EUROPA OCIDENTAL CATALUNHA REALIZA PLEBISCITO E CONTINUA NA BUSCA POR INDEPENDÊNCIA Através de um referendo, a Catalunha obteve 90% de aprovação para sua separação total da Espanha. Porém, mesmo com grande apoio popular, o governo espanhol não reconheceu tal votação, considerando-a ilegal. O Primeiro-Ministro da Espanha, Mariano Rajoy, afirmou estar em busca de meios legais para realizar a eleição regional. Manifestações contrárias ao movimento separatista foram realizadas por cidadãos espanhóis em Madri, onde reivindicaram a unidade do Estado e exigiram medidas do governo espanhol para conter o processo que almeja a independência da Catalunha. NOVOS ATAQUES DEIXAM EUA E FRANÇA EM ALERTA Um homem aposentado abriu fogo em um festival de música em Las Vegas, nos Estados Unidos, deixando mortos e feridos antes de cometer suicídio no quarto do hotel em que estava. Pouco tempo depois, o grupo terrorista Estado Islâmico divulgou um comunicado reivindicando a responsabilidade pelo ataque, porém devido a falta de provas de ligações entre o homem e o grupo extremista, a polícia estadunidense continuou investigando outras possíveis motivações que teriam levado o acusado a cometer tal crime. Já o ataque ocorrido na França está sendo tratado como terrorismo

2 pela polícia local. O homem conhecido como Allahu Akbar, principal suspeito do caso, atacou com facas pessoas em uma estação ferroviária em Marselha, deixando ao menos dois mortos. Akbar foi morto logo após o ocorrido pela polícia. ÁSIA/LESTE EUROPEU TENSÕES SEGUEM CRESCENTES NA PENÍNSULA COREANA Durante o mês de outubro, a Coreia do Sul realizou exercícios conjuntos com os Estados Unidos durante uma semana, visando uma melhor preparação para possíveis conflitos na península coreana. A Coreia do Norte entendeu os exercícios como ensaios para a guerra e os Estados Unidos garantiram que seguirão tentando resolver a situação diplomaticamente e só descartarão o diálogo "após a primeira bomba cair". Recentemente, as autoridades dos Estados Unidos confirmaram o envio de recursos militares estratégicos à Coreia do Sul em uma base mais regular visando deter os avanços militares da Coreia do Norte, disse o Conselheiro de Segurança Nacional da Coreia do Sul. A decisão ocorreu em meio a um momento de tensões crescentes entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte. O governo norte-coreano afirmou que as armas nucleares norte-coreanas são para garantir a legítima defesa do país e informou que está se preparando para um novo teste nuclear, que deve envolver uma bomba de hidrogênio mais potente do que as que foram testadas anteriormente. CRISE EM MIANMAR CONTINUA E COMUNIDADE INTERNACIONAL ESTUDA INTERVENÇÃO Militantes da etnia muçulmana Rohingya, cujos ataques recentes provocaram uma repressão do exército nacional no estado de Rakhine, em Mianmar, disseram que o cessar-fogo de um mês terminaria no dia 9 de outubro de 2017, acrescentando que estavam abertos a um acordo de paz, caso o governo o oferecesse. Mesmo com os pedidos da Organização das Nações Unidas (ONU), o número de refugiados Rohingya continua crescendo em países como Bangladesh, sendo que a atual estimativa é de que 600 mil pessoas já se encontram na condição de refúgio. A presidente de Mianmar

3 anunciou que seu governo irá dialogar com Bangladesh para que os Rohingya possam retornar a Mianmar, desde que se encaixem nas normas estipuladas por seu governo. Recentemente, mais de 15 mil refugiados foram barrados de entrar no país por não haver espaço suficiente nos acampamentos, estando sujeitos a situações críticas na fronteira. A comunidade internacional, em discussões guiadas pelos governos norteamericanos e europeus, vem considerando aplicar sanções específicas contra Mianmar devido ao caos da situação. TURQUIA: PERSEGUIÇÃO A REBELDES E AÇÕES CONTRA OS CURDOS CONTINUAM O Ministério das Relações Exteriores da Turquia afirmou estar disposto a colaborar com o Iraque na luta contra as milícias do Partido dos Trabalhadores Curdos (PKK) em terras iraquianas. O governo do Iraque classificou o PKK como um grupo terrorista, o que a Turquia já fez há algum tempo. Além disso, a Turquia está estudando uma variedade de maneiras de punir os curdos iraquianos pela aprovação de um referendo de independência, ocorrido em 25 de setembro de 2017, tais como restringir o comércio de petróleo. O espaço aéreo turco já foi bloqueado para os iraquianos e agora discute-se o fechamento da fronteira entre os dois países. Em acontecimento paralelo, o governo turco também ordenou a prisão de mais de 100 pessoas que teriam ligação com o teólogo islâmico Fethullah Gulen, acusado de liderar uma tentativa de golpe de Estado na Turquia no ano passado. ATENTADOS TALIBÃS SEGUEM DEIXANDO MORTOS E FERIDOS NO AFEGANISTÃO Na cidade afegã de Gardez, um ato terrorista com 71 mortos e 170 feridos contra um complexo da polícia local foi reivindicado pelo grupo rebelde Talibã através de suas redes sociais. Ao mesmo tempo, na província de Ghazni, ao sudoeste de Cabul, 15 membros das forças de segurança afegãs foram mortos e 12 ficaram feridos quando um veículo explodiu em frente à sede do distrito de Andar. A operação não foi reivindicada por nenhum grupo. Outro ataque coordenado pelos talibãs se deu contra uma base militar na província de Kandahar, no sul do Afeganistão, e resultou na morte de pelo

4 menos 43 soldados. O ataque partiu de um talibã que detonou um carro bomba contra uma base do Exército. PAQUISTÃO E ÍNDIA TROCAM TIROS NA CAXEMIRA Tropas indianas e paquistanesas trocaram tiros na disputada região da Caxemira, matando um menino de 10 anos e uma menina de 15, bem como ferindo nove civis do lado indiano, disseram autoridades locais. A polícia disse também que entre os feridos está uma garota de cinco anos. Um porta-voz militar indiano disse que os soldados paquistaneses atacaram vários postos militares com armas automáticas e morteiros e que o exército indiano estava retaliando. O Paquistão não fez comentários imediatos sobre esses atritos mais recentes envolvendo a Índia. TENSÕES ENTRE OS ESTADOS UNIDOS E RÚSSIA O Ministério das Relações Exteriores russo afirmou que Estados Unidos vêm apoiando milícias e o Estado Islâmico contra o exército sírio que, inclusive, causou a morte de um general russo na Síria. Recentemente, também ocorreram invasões a propriedades diplomáticas russas em Washington, capital estadunidense. A ação foi uma resposta às atitudes de Moscou, que estava expulsando os diplomatas estadunidenses. Além disso, o Kremlin defendeu novamente a cautela no prosseguimento do conflito entre Coreia do Norte e Estados Unidos, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter dado a entender que a única saída seria a via militar. A Rússia vem atuando como mediadora da questão norte-coreana com os Estados Unidos. CHINA: SANÇÕES CONTRA COREIA DO NORTE E CONFLITO COM TAIWAN A China anunciou que as empresas norte-coreanas instaladas no país serão fechadas dentro de 120 dias após o início das sanções impostas pela Organização das Nações Unidas (ONU), no último dia 12 de setembro. O comunicado sinaliza um respeito da China às sanções impostas à Coreia do Norte após o sexto teste nuclear realizado pelo país. Além disto, o Ministério da Defesa chinês anunciou que estará preparado para

5 defender-se em caso de uma guerra na península coreana, vizinha próxima de importantes cidades chinesas, como a capital do país, Pequim. Outra questão se deu quando a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, declarou que o país preza pela liberdade e democracia, apesar da pressão da China na região, fato que traduz uma tentativa da República Popular da China de recuperar a soberania de facto e de jure sobre a ilha de Formosa, na qual se constituiu a República de Taiwan. O governo chinês tem assumido uma postura cada vez mais forte em relação às disputas territoriais em que está envolvido. Taiwan é tida por Pequim como rebelde. ORIENTE MÉDIO CURDOS ENFRENTAM DIFICULDADES DE SECESSÃO Bagdá não aceitou a reivindicação curda proveniente da cidade de Kirkuk e se opôs às autoridades curdas que vendem o petróleo extraído da região para a Turquia, sendo esta atividade essencial para a economia do autônomo Governo Regional do Curdistão. Além disso, o Grande Aiatolá Sayyid Ali Husaini Sistani do Iraque, reverenciado por milhões de iraquianos, alegou que se opõe à secessão da região do Curdistão, argumentando que qualquer tentativa de separação levará à consequências indesejadas que afetarão os cidadãos curdos. Sistani incitou que Governo Regional do Curdistão retorne ao caminho constitucional na resolução de disputas. Além disso, tropas iraquianas se envolveram em um impasse armado com forças curdas também em Kirkuk. Os comandantes militares dos Estados Unidos que atuam na região estão lutando para impedir que o conflito se intensifique. De acordo com os curdos, Bagdá estabeleceu um prazo para que as forças curdas deixassem as posições tomadas durante a luta contra os terroristas nos últimos três anos. Ainda nesse contexto, a exigência das autoridades iraquianas pela anulação dos resultados do referendo de secessão e criação do Curdistão foi rejeitada pelos curdos.

6 EI PERDE MAIOR PARTE DE SEU TERRITÓRIO NA SÍRIA E NO IRAQUE Segundo um jornal afiliado ao Ministério da Defesa da Rússia, cerca de 90% do território sírio foi libertado do controle do grupo jihadista Estado Islâmico (EI). A Rússia lançou uma operação militar na Síria em setembro de 2015 para fornecer apoio aéreo às forças do governo sírio, que expulsaram o grupo de muitos territórios. De acordo com autoridades russas, as forças do governo sírio entraram em uma das últimas fortalezas urbanas do Estado Islâmico no leste do país recentemente, após dias de combates e intensos ataques aéreos russos, inclusive com mísseis de cruzeiro lançados do Mediterrâneo. Tais vitórias implicaram dois contra-ataques simultâneos, matando pelo menos 112 soldados do exército sírio e outros milicianos em cerca de 72 horas. O contra-ataque permitiu ao grupo a retomada do controle de posições estratégicas de Al Sujna, que liga a província de Homs à cidade de Deir Ezzor. Paralelamente, o Estado Islâmico matou pelo menos 73 membros de tropas e milícias do governo sírio quando os militantes apresentavam uma forte resistência a uma ofensiva apoiada pela Rússia. Esses ataques tinham como alvo as forças em torno de Deir Ezzor e em torno de suas linhas de suprimentos na área de Sukna, a oeste. Além disso, no Iraque, as forças iraquianas afirmaram ter retomado o controle da cidade de Hawija, que era o centro da fortaleza iraquiana do Estado Islâmico. Militares do exército sírio informaram que os terroristas do grupo e da Frente al-nusra teriam recebido armas produzidas nos Estados Unidos, Bélgica e França. COALIZÃO SAUDITA CONTINUA NO COMBATE AOS HUTIS NO IEMÊN Imagens recentes registradas próximas à região de Najran, na Arábia Saudita, mostram forças locais atacando fortalezas das milícias Huti, bem como as do presidente iemenita destituído, Ali Abdullah Saleh, depois da descoberta uma suposta tentativa de infiltração. Além disso, segundo a agência estatal de notícias do Iêmen, as forças Huti atuantes no país derrubaram um drone de vigilância pertencente aos Estados Unidos na capital iemenita, Sanaa. Os Estados Unidos apoiam a coalizão liderada pelos sauditas, fornecendo-lhe informações estratégicas e armas. Mais de 10 mil pessoas foram mortas desde que a Arábia Saudita e seus aliados começaram sua agressão contra o Iêmen e a guerra causou um desastre humanitário no país, em que mais de dois milhões de pessoas foram deslocadas. Em paralelo, um ataque de drone matou cinco suspeitos de serem

7 militantes da Al-Qaeda, na província iemenita de Marib, de acordo com autoridades de segurança locais. Um funcionário local disse que o drone, pertencente aos Estados Unidos, realizou o ataque que tinha como alvo um carro no distrito de Saoud. Os Estados Unidos consideram a Al-Qaeda na Península Arábica (AQAP) como o ramo mais perigoso do grupo extremista, que floresceu no caos da guerra civil do país. CONTROLE DA FAIXA DE GAZA É NEGOCIADO ENTRE HAMAS E FATAH Hamas e Fatah, duas facções palestinas rivais, assinaram um acordo final após conversas mediadas pelo Egito, com a presença do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas. Segundo uma declaração da agência de inteligência do Egito, que assistiu às negociações, com esse acordo a ANP deve recuperar o controle total da Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas. As duas facções concordaram em permitir que o governo de unidade assumisse a responsabilidade por todos os cruzamentos fronteiriços de Gaza até o início de novembro de As decisões de manter relações pacíficas com Israel devem estar em acordo, de modo conjunto, com o grupo Fatah no futuro. O Hamas continuaria a manter seu arsenal, argumentando que o assunto das armas da resistência não deverá ser posto em pauta. No entanto, Abbas deixou claro que não aceitaria o "modelo do Hezbollah" em Gaza. De acordo com a ANP, o modelo libanês não pode ser aplicado, pois se não há regra e administração unificadas por instituições subservientes ao Estado de Direito, como em todos os países considerados por eles como normais, não se pode falar em uma verdadeira reconciliação nacional. ÁFRICA SOMÁLIA TEM O PIOR ATAQUE TERRORISTA DE TODA SUA HISTÓRIA De acordo com autoridades internacionais, a Somália teve o ataque mais mortal de toda sua história, contando com mais de 300 mortos e outras centenas de feridos. Bombas foram explodidas em uma área movimentada da capital do país, Mogadíscio, e do lado de fora de um hotel, ainda na capital. Nenhum grupo assumiu responsabilidade pelos atos, mas acredita-se que o Al Shabaab seja o responsável. Os ocorridos causaram uma

8 devastação generalizada e estão deixando a população sob constante medo. Além desses ataques, uma bomba em uma estrada também deixou mortos e feridos. Segundo informações, a bomba atingiu um micro-ônibus que levava fazendeiros perto da cidade de Bal ad, localizada ao norte de Mogadíscio. NIGÉRIA: ATAQUES DO BOKO HARAM CONTINUAM Durante todo o mês de outubro, o grupo extremista Boko Haram realizou uma série de ataques pela Nigéria. Suspeitos de pertencerem ao grupo atacaram um posto policial na cidade de Bama, matando um policial e um deslocado interno. Ao mesmo tempo, outros suspeitos foram detidos em uma emboscada realizada pela Operação Lafiya Doye, na mesma região. Três mulheres-bomba morreram após um ataque fracassado, quando tentavam realizar uma investida terrorista no interior de um hospital no estado nigeriano de Borno. Recentemente, o governo do país julgou e prendeu 45 suspeitos de pertenceram ao Boko Haram. Por fim, três homens-bomba, também suspeitos de pertencerem ao grupo, se explodiram e deixaram mortos em um ataque próximo a um acampamento que abriga refugiados. CAMARÕES ENFRENTA CRISE ANGLÓFONA O presidente de Camarões, Paul Biya, autorizou o envio de militares às regiões Sudoeste e Noroeste do país para enfrentar os manifestantes anglófonos favoráveis à independência dos Camarões franceses. Sete soldados do país atiraram e mataram pelo menos oito pessoas durante os protestos. Mais de 500 manifestantes foram presos após atos violentos durante as manifestações. Ainda nesse contexto, polícia camaronesa parou uma manifestação que havia sido proibida pelas autoridades na cidade portuária de Douala organizada pelo principal partido da oposição, conhecido como Frente Social-Democrata (SDF). GRUPOS ARMADOS CONTINUAM ATUANDO NA RDC A situação entre o governo da República Democrática do Congo (RDC) e o grupo Mai- Mai Yakutumba se agrava, com membros do grupo avançando contra a cidade de Uvira, perto da fronteira com o Burundi. Eles se posicionam contra o atual presidente

9 congolês, Joseph Kabila, e no momento têm a intenção de marchar até a capital, Kinshasa, para depô-lo. Uma outra milícia de Mai-Mai foi responsável por um ataque a uma base da Organização das Nações Unidas (ONU), o que resultou em confrontos. Em outro episódio, uma milícia da etnia Hutu realizou um ataque em uma vila ao leste do país, deixando pelo menos sete pessoas mortas. Paralelamente, a polícia congolesa prendeu cerca de 30 pessoas durante uma reunião do partido União pela Democracia e Progresso Social (UDPS), enquanto a Missão de Estabilização das Nações Unidas na República Democrática do Congo (MONUSCO) condenou as prisões. MALI PERMANECE INSTÁVEL Os diversos grupos armados atuantes no Mali vêm realizando vários ataques pelo país. Homens armados invadiram um posto do Movimento para a Salvação do Azawad (MSA), deixando sete mortos. O grupo jihadista Al-Islam Nustrât Wal-Mouslimoune também reivindicou responsabilidade por inúmeros ataques no país, afirmando serem os responsáveis pela morte de mais de 60 pessoas desde o início do ano. Além disso, as forças armadas do país, juntamente com a força francesa Barkhane, prenderam três supostos terroristas na comunidade rural de Tin-Hamma, perto de Asongo, quando eles se preparavam para um ataque às posições do exército maliano na região. MILITANTES DO ESTADO ISLÂMICO REALIZAM NOVOS ATAQUES NO NÍGER De acordo com investigações recentes, militantes ligados ao grupo terrorista Estado Islâmico podem ter sido os responsáveis por uma emboscada na região sudoeste do Níger, em que soldados das forças especiais americanas e soldados nigerinos foram mortos. Mesmo com a situação caótica no país, autoridades do Chade iniciaram um movimento para retirar suas tropas do país. Homens armados que provavelmente vieram do Mali e que atuam lá, mataram soldados do Níger e feriram outros em um ataque próximo a uma base do exército.

10 ONU MISSÕES DE PAZ DA ONU AINDA ENFRETAM DENÚNCIAS DE ABUSO SEXUAL E EXPLORAÇÃO Durante os últimos meses, a Organização das Nações Unidas (ONU) têm enfrentado problemas referentes às missões de paz em países na América e na África. Tais complicações tratam-se, novamente, de casos de exploração e abuso infantis, estupro e mortes alarmantes. Na Somália, por exemplo, o Secretário-Geral da Organização, Antonio Guterres, acusa as tropas da Missão da União Africana para a Somália (AMISOM) pelo aumento do número de mortes de crianças no último ano, sua maioria em ações envolvendo o combate ao grupo terrorista Al Shabaab, através do recrutamento infantil por parte das tropas. Já na República Centro-Africana, agentes da Missão das Nações Unidas na República Centro-Africana (MINURCA) foram acusados de abusar sexualmente de uma jovem, sendo esta a última denúncia dentre outras que assolaram a Missão. No Haiti, após o encerramento da missão de manutenção de paz no país, novas acusações de abuso sexual de menores por parte de peacekeepers da Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (MINUSTAH) foram relatadas. Devido à gravidade e repetição da situação nos últimos anos, a ONU pretende investigar as alegações e afirma que implementará ações para dar suporte às vítimas.