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1 Artigo: Meio Ambiente do Trabalho - Segurança e saúde do trabalhador 1 O conceito de Meio Ambiente do Trabalho, diferentemente das outras divisões didáticas do Direito Ambiental, relaciona-se direta e imediatamente com o ser humano trabalhador no seu cotidiano, em sua atividade laboral exercida em proveito de outrem. Portanto, o seu conceito é abrangente, como cita o professor Fiorillo: é o local onde as pessoas desempenham suas atividades laborais, sejam remuneradas ou não, cujo equilíbrio está baseado na salubridade do meio e na ausência de agentes que comprometem a incolumidade físico-psíquica dos trabalhadores, independentemente da condição que ostentem (homens ou mulheres, maiores ou menores de idade, celetistas, servidores públicos, autônomos, etc.) Convém salientar que há distinção entre proteção ao meio ambiente de trabalho e a proteção do direito do trabalho, pois, o primeiro tem por objeto jurídico a saúde e a segurança do trabalhador, para que desfrute a vida com qualidade, através de processos adequados para que se evite a degradação e a poluição em sua vida. Já o direito do trabalho vincula-se a relações unicamente empregatícias com vínculos de subordinação. A regulamentação dessa divisão - Meio Ambiente do Trabalho, segurança e saúde do trabalhador - está baseada na Constituição Federal de 1988, pois foi ela que elevou à categoria de direito fundamental a proteção à saúde do trabalhador e aos demais destinatários inseridos nas normas constitucionais. Dois são os patamares dessa regulamentação. Como ação imediata está inserida no artigo 200, VIII, que especifica: Ao sistema único de saúde, compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: VIII colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho E como mediata, insere-se no artigo 225, caput, IV, VI e 3º: Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. (...) IV- exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; (...) VI- promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente. Lembrando, ainda, que os artigos 5º e 7º da atual Constituição, em seus diversos incisos, protegem o meio ambiente. Convém também lembrar o artigo 170 da 1 Maria Lúcia Endo, especialista em Direito Ambiental, é advogada do escritório R.Silva e Advogados ( em: 9

2 Carta Magna, que diz que a livre iniciativa deve fundar-se na valorização do trabalho humano e ter, por finalidade, assegurar a todos existência digna conforme os ditames da justiça social, tendo como princípio a defesa do meio ambiente - no caso em tela o meio ambiente do trabalho como novo direito da personalidade. Outros direcionamentos constam nas Constituições Estaduais, leis infraconstitucionais, Consolidação das Leis do Tabalho, Capítulo V Segurança e Medicina do trabalho, normas internacionais da OIT, Normas Regulamentares NRs (Portaria n. 3214/77), Código Penal, Lei de Crimes Ambientais, Seguridade Social, Código Sanitário Paulista, etc. Destaca-se, portanto, como princípio basilar o artigo 1º, III da referida Carta Magna, que é o princípio fundamental da dignidade da pessoa humana. Portanto, todo ser humano tem direito a uma vida digna, e o meio ambiente do trabalho deve tê-lo como parte integrante de sua plataforma, pois, como preceitua o artigo 225, a vida deve ser de qualidade, e para que o trabalhador tenha uma vida com qualidade, torna-se necessário um trabalho decente e em condições seguras. Para que seja válido esse contexto, alguns princípios devem ser mencionados e avaliados, como o da Prevenção e da Precaução. Prevenção significa adoção de medidas tendentes a evitar riscos ao meio ambiente e ao ser humano. No meio ambiente do trabalho é o homem trabalhador que é atingido direta e imediatamente pelos danos ambientais, portanto esse princípio é um dos fundamentais previstos na Constituição Federal de 1988, inserido em seu artigo 7º, inciso XXII, que estabelece como direito do trabalhador urbano e rural a redução dos riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de saúde, higiene e segurança. Dois outros princípios devem ser mencionados, o da informação e o princípio do poluidor-pagador. A informação entre os trabalhadores, através de seus sindicatos e federações, acaba contribuindo para a defesa da vida e da saúde dos próprios trabalhadores, e também para esclarecer a população em geral para as condições sadias do meio ambiente. O princípio do poluidor-pagador possui duas razões fundamentais: primeiro, prevenir o dano ambiental e segundo, em não havendo prevenção, impõe-se a reparação da forma mais integral possível, ou seja, o poluidor deve prevenir danos a sua atividade para evitar problemas maiores ao meio ambiente, cabendolhe o ônus de utilizar todos os equipamentos e meios necessários para evitá-lo. Assim, a obtenção do meio ambiente do trabalho com absoluta adequação e seguro tornou-se um dos mais importantes e fundamentais direitos do cidadão trabalhador, pois sua não-observância representa agressão a toda a sociedade, já que é ela que assume os gastos pelos acidentes (Seguro de Acidentes do Trabalho- SAT), arcando com o custo da Previdência Social, e o Sistema Único de Saúde SUS. Infelizmente, no Brasil, a falta de cultura empresarial adequada para prevenir e precaver os riscos ambientais no trabalho, que ainda tem no lucro o foco principal e que acaba deixando de lado o fator humanitário, impossibilita uma aplicação adequada de regras voltadas à Educação Ambiental necessária nesse contexto. Necessitamos criar uma cultura ambientalista, destacando a do trabalho, pois é nesse enfoque que os danos atingem diretamente as pessoas, e os

3 empresários devem criar uma cultura solidária e de responsabilidades para com todos os seres humanos, bem como para com o sistema em si. Assim, como indicam os índices, os acidentes do trabalho ocorrem por práticas inadequadas no meio ambiente do trabalho, podendo-se mencionar, como cita Simão de Melo: a) a falta de investimento na prevenção de acidentes por parte das empresas; b) os problemas culturais que ainda influenciam a postura das classes patronal e profissional no que diz respeito à não priorização da prevenção dos acidentes laborais; c) a ineficiência dos Poderes públicos quanto ao estabelecimento de políticas preventivas e fiscalização dos ambientes de trabalho; d) os maquinários e implementos agrícolas inadequados por culpa de muitos fabricantes que não cumprem corretamente as normas de segurança e orientações previstas em lei; e e) a precariedade das condições de trabalho por conta de práticas equivocadas de flexibilização do Direito do Trabalho. Salienta o referido autor que a solução vai depender de todos e principalmente de sua conscientização para diminuir os riscos ambientais, conseqüentemente conduzindo à eliminação dos riscos para a saúde do trabalhador. II. MEIO AMBIENTE, DIREITO DO MEIO AMBIENTE E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO: CONCEITOS. 2 Para José Afonso da Silva, meio ambiente é a interação do conjunto de elementos naturais, artificiais e culturais que propiciem o desenvolvimento equilibrado da vida em todas as suas formas. (Direito ambiental constitucional, p. 2). Segundo essa conceituação, há três espécies de meio ambiente, a saber: meio ambiente natural ou físico (flora, fauna, mares, rios, ar atmosférico, etc); meio ambiente artificial, que compreende o espaço urbano fechado (edificações) e o espaço urbano aberto (espaços livres em geral, como, por exemplo, praças, ruas, etc); 3. meio ambiente cultural (patrimônio artístico, histórico, paisagístico, arqueológico, etc). 2 SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR. MEIO AMBIENTE DO TRABALHO. Cássio Mesquita Barros. Disponível em:

4 José Afonso da Silva assinala que essa classificação tem finalidade apenas jurídica, considerando que os diversos aspectos do meio ambiente estão submetidos a regime jurídico diverso. Observa ainda que, embora o meio ambiente cultural tenha sido criado pelo homem, o que o faria integrar, em princípio, o meio ambiente artificial, dessa classificação se afasta pelo sentido de valor especial que adquiriu ou de que se impregnou. (ob. cit., p. 3). Elevado simultaneamente à categoria de bem de uso comum do povo (Constituição Federal, art. 225, caput) e de patrimônio público de interesse internacional (Lei nº 6.938/81, art. 2º, I), essa mesma lei conceitua meio ambiente como sendo o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. (art. 3º, I). Para Roberto Senise Lisboa, o Direito do Meio Ambiente é o ramo do Direito que estuda a biota e as suas formas de preservação e restauração, impondo aos responsáveis pelos danos ambientais praticados a responsabilização civil, penal e administrativa. (Contratos difusos e coletivos: consumidor, meio ambiente, trabalho, agrário, locação, autor, p. 414). O homem pode criar vários tipos de meios ambientes, dentre os quais se insere o meio ambiente do trabalho. Atualmente o estudo do meio ambiente do trabalho tem um caráter interdisciplinar, porque a saúde dos trabalhadores constitui um campo de atividades interdisciplinares, em que os aportes da engenharia, da medicina, da saúde pública, da sociologia, da psicologia, da ergonomia e de outros ramos da ciência e da tecnologia concorrem para o promoção e proteção da saúde dos trabalhadores e da melhoria das condições e do ambiente de trabalho. (Guido Ivan de Carvalho & Lenir Santos, Comentários à Lei Orgânica da Saúde: Leis ns /90 e 8.142/0, p. 71). Para José Guilherme Purvin de Figueiredo, meio ambiente do trabalho é o local onde o trabalhador desenvolve a sua atividade profissional. (Direito ambiental e a saúde dos trabalhadores, p. 46) Rodolfo de Camargo Mancuso fala em meio ambiente do trabalho como habitat laboral, isto é, tudo que envolve e condiciona, direta e indiretamente, o local onde o homem obtém os meios para prover o quanto necessário para sua sobrevivência. (A ação civil pública trabalhista: análise de alguns pontos controvertidos, p. 59) Conforme assinala José Afonso da Silva, a proteção do meio ambiente do trabalho é bastante complexa, porque o ambiente do trabalho é um conjunto de bens imóveis e móveis de uma empresa e de uma sociedade, objeto de direitos

5 subjetivos privados e de direitos invioláveis da saúde e da integridade física dos trabalhadores, que o freqüentam. Esse complexo pode ser agredido e lesado tanto por fontes poluidoras internas como externas, provenientes de outras empresas ou de outros estabelecimentos civis de terceiros, o que põe também a questão da responsabilidade pelos danos ambientais. (ob. cit., p.5). Vale lembrar que, diante das transformações por que passa o mundo do trabalho, seu meio ambiente não está mais adstrito ao espaço interno da fábrica ou da empresa. Segundo a atividade exercida, o meio ambiente do trabalho pode ser também o espaço urbano, uma vez que muitos trabalhadores exercem suas atividades nas ruas, como, por exemplo, os jornalistas, os condutores de transportes urbanos, os caminhoneiros, etc. É o caso ainda dos trabalhadores em domicílio, que até hoje não tiveram regulamentados seus direitos e condições de trabalho. III. NATUREZA JURÍDICA. A tradicional divisão entre interesse público e interesse privado ficou bastante comprometida a partir de 1974, por influência do processualista italiano Mauro Cappelletti, que entendeu haver uma categoria intermediária, que abrangeriam certos interesses metaindividuais denominados difusos, aí incluídos o direito ao ambiente natural, o direito à saúde, etc. Para o Código de Defesa do Consumidor, interesse difuso é o interesse transindividual, de natureza indivisível, cujos titulares sejam pessoas indeterminadas, ligadas por circunstâncias de fato (art. 81, I). Já para Hugo Nigro Mazzili, interesses difusos são interesses de grupos menos determinados de pessoas, entre as quais inexiste vínculo jurídico ou fático muito preciso (...) Em sentido lato, os mais autênticos interesses difusos, como o meio ambiente, podem ser incluídos na categoria do interesse público. (apud Sá da Rocha, Direito ambiental e meio ambiente do trabalho: dano, prevenção e proteção jurídica, p. 31). Vale assinalar que interesse difuso não significa interesse de ninguém, e sim interesse de todos, e, pois, de cada um. (Mancuso, Interesses difusos: conceito e legitimação para agir, p. 98). Um meio ambiente do trabalho ecologicamente equilibrado é um direito de todos trabalhadores. Encontra-se incluído, portanto, na rol dos interesses difusos, até porque a proteção da saúde, que é um direito de todos, caracteriza-se como um direito metaindividual. Cumpre assinalar que existem duas espécies de interesses coletivos: os difusos e os coletivos stricto sensu. Enquanto os coletivos stricto sensu têm como titular certa categoria, os interesses difusos caracterizam-se pela indeterminação do titular.

6 IV. POLUIÇÃO DO MEIO AMBIENTE DO TRABALHO. Um meio ambiente do trabalho ecologicamente desequilibrado pressupõe a existência de um ou de inúmeros fatores que afetam a saúde e a segurança dos trabalhadores: produtos tóxicos, irradiações, altas temperaturas, gases, poeiras, ruídos, trabalho noturno, trabalho realizado em turnos de revezamento, etc. Nos dias que correm, o elenco de riscos de degradação do meio ambiente do trabalho é imensurável e não se circunscreve somente à área urbana, mas se estende à área rural, pois uma grande fazenda utiliza os mesmos processos tecnológicos, químicos e biológicos de uma grande indústria. Acidentes provocados por máquinas agrícolas, doenças e casos fatais decorrentes de envenenamento por agrotóxicos são cada vez mais freqüentes na agricultura. A doença ocupacional, que se desencadeia ou se origina de determinadas condições do meio ambiente do trabalho e com ele se relacione diretamente, é considerada acidente de trabalho para fins previdenciários (Lei nº 8.213/91, art. 20, I e II). IX. O MEIO AMBIENTE DO TRABALHO NO BRASIL. O meio ambiente do trabalho adquiriu tal importância e desenvolvimento que a nível doutrinário, parece estar assegurada a autonomia conceitual do meio ambiente de trabalho, segundo Rodolfo de Camargo Mancuso. (Revista TST, Síntese, nº 1, p. 50, jan.-mar. 2000). Também a Constituição Federal de 1988 em vigor consagrou a categoria meio ambiente do trabalho no art. 225 (de forma mediata) e no art. 200, VIII (de forma expressa), ao dispor: Art Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:... VIII colaborar com a proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. Vários dispositivos constitucionais asseguram o direito à saúde e a um meio ambiente ecologicamente equilibrado, como, por exemplo, os arts. 1º, III, 6º, 7º, XXII, art. 39, 3º, 170, 196, 200, 225. Vale notar que não existe qualquer contradição na Magna Carta entre esses dispositivos e o art. 7º, XXIII, que concede adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas. O respectivo adicional para essas atividades não é um substitutivo à saúde, mas uma remuneração transitória, pois essa situação insalubre, penosa ou perigosa deve ser convertida o mais breve possível em um ambiente de trabalho ecologicamente saudável.

7 Várias constituições estaduais brasileiras também garantem o direito à saúde do trabalhador no meio ambiente do trabalho, como, por exemplo, a de São Paulo, Rio de Janeiro, etc. O texto constitucional inovou ao responsabilizar penalmente por crime ecológico (art. 225, 3º) não só a pessoa física, mas também a pessoa jurídica poluidora: art º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. Vale lembrar a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. O Direito Penal brasileiro trata da vida e da saúde do trabalhador no ambiente de trabalho nos seguintes dispositivos: art. 132 do Código Penal; arts. 14 e 16 da Lei nº 7.802, de 11 de julho de 1989; art. 19, 2º, da Lei nº 8.213, de 24 de julho de A Lei nº 6938/81, sobre Política Nacional do Meio Ambiente, estabelece no seu art. 15, penalidade ao poluidor que expuser a perigo a incolumidade humana, animal ou vegetal. Ainda que atualmente assegurada autonomia conceitual do meio ambiente de trabalho, conforme salientado por Mancuso acima, a legislação anterior à Constituição Federal de 1988 em vigor não contemplava expressamente o meio ambiente do trabalho como parte do Direito Ambiental, o que só veio a ocorrer com a promulgação desse texto constitucional, que recepcionou a Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, que trata da Política Nacional do Meio Ambiente. Por isso, na interpretação do conceito de meio ambiente expresso no art. 3º da Lei nº 6.938/81, deve incluir-se o meio ambiente do trabalho. Por determinação da Lei de Política Nacional do Meio Ambiente, antes da instalação de qualquer obra ou atividade potencialmente poluente, será exigido o Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EPIA) e o respectivo relatório de impacto ambiental (RIMA). Muitos doutrinadores defendem a necessidade de realização do EPIA inclusive no ambiente laborativo. Vale salientar a importância do licenciamento ambiental na medida em que pode impedir a consumação dos danos ao meio ambiente. No momento de sua renovação, que é periódica, devem ser verificadas as condições de salubridade do meio ambiente do trabalho. O não cumprimento das exigências de respeito ao meio ambiente dá margem à revogação do licenciamento. As recém-criadas autorias ambientais, que compreendem estudos, avaliações e exames periciais, têm por finalidade fiscalizar o cumprimento das orientações expedidas pelo Estudo Prévio. Está prevista, por exemplo, no art. 193, IV, da Constituição do Estado de São Paulo. O direito à informação vem disposto no art. 9º, XI, da Lei de Política Nacional de Meio Ambiente: Art. 9º. São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente:

8 XI a garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente, obrigando-se o Poder Público a produzi-las, quando inexistentes. Todos os trabalhadores têm direito à informação sobre as reais condições de seu meio ambiente de trabalho (níveis de ruído, toxidade, radiações, riscos, etc) e a forma de execução do trabalho (em turnos, jornadas noturnas, etc). Os exames médicos, no momento da admissão, os exames periódicos durante o período em que se trabalha, quando do retorno ou no momento da demissão, constituem outro elemento importante de análise. O resultado desses exames médicos, que são obrigatórios, deve ser comunicado ao operário. Nova estrutura para as CIPAS possibilitaria uma melhor fiscalização da salubridade dos ambientes de trabalho. A criação de Comissões de Saúde e Meio Ambiente, defendida por tantos doutrinadores, poderiam desempenhar um papel de prevenção e educação dos trabalhadores na concretização de ambiente de trabalho saudáveis. Além da Lei nº 6.938/81, sobre Política Nacional do Meio Ambiente, podemos citar, dentre outras, as seguintes normas infraconstitucionais sobre meio ambiente de trabalho: a CLT, a Lei nº 8.080/90 (Lei Orgânica da Saúde), as Leis nºs 8.212/91 e 8.213/91, além de seus respectivos regulamentos (Decretos nºs 7.173/97 e 2.172/97), que estabelecem a Organização e o Custeio da Seguridade Social e os Planos de benefícios da Previdência Social, portarias do Ministério do Trabalho, art. 12, VI, da Lei de Licitações (Lei nº 8.666, alterada pela Lei nº 8.883). Novos valores foram introduzidos à Constituição Federal de 1988 em vigor ao consagrar a defesa do meio ambiente no art Resta ao direito coletivo e ao direito individual do trabalho incorporá-los definitivamente. Somente dispositivos de proteção individual, por exemplo, não melhoram as condições ambientais do local de trabalho, nem anulam a insalubridade no organismo do trabalhador. A meta há de ser um meio laboral coletivo seguro e saudável. Por isso a urgência de serem efetivamente postas em execução as Normas Regulamentadoras já existentes para avaliação e controle dos riscos do ambiente de trabalho. Com esse procedimento, o direito de todo trabalhador à redução dos riscos no trabalho por meio de normas de saúde, higiene e segurança, previsto no art. 7, XXII, da Magna Carta, atingirá o patamar da eficácia plena. O adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas terá então a característica da transitoriedade, pois a situação insalubre, penosa ou perigosa, conforme já assinalado, deverá ser convertida rapidamente para um ambiente de trabalho ecologicamente equilibrado. A insalubridade, a penosidade e a periculosidade deverão ser excepcionais e inerentes à vida profissional, como é o caso do militar. Face aos obstáculos técnicos e à diversidade de situações, o método mais adequado e eficaz de proteção à saúde do trabalho é através do contrato coletivo. Não é o que acontece no Brasil, onde a lei é que se ocupa dessa matéria. Nesse sentido, os sindicatos também poderiam desempenhar um papel mais ativo e preventivo na defesa da saúde dos trabalhadores informando os riscos de

9 determinada atividade e celebrando acordos sobre medidas de proteção ou supressão do uso de determinados produtos. Comissão Interna de Prevenção de Acidentes Disponível em: %C3%A3o_de_Acidentes. Acesso em 19 de agosto de A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) é, segundo a legislação brasileira, uma comissão constituída por representantes indicados pelo empregador e membros eleitos pelos trabalhadores, de forma paritária, em cada estabelecimento da empresa, que tem a finalidade de prevenir acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. Características A CIPA tem suporte legal no artigo 163 da Consolidação das Leis do Trabalho e na Norma Regulamentadora nº 5 (NR 5), aprovada pela Portaria nº 08/99 [1], da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego. A NR 5 trata do dimensionamento, processo eleitoral, treinamento e atribuições da CIPA. [2] As empresas devem constituir Comissão Interna de Prevenção de Acidentes nos estabelecimentos que se enquadrem no Quadro I [3] da NR 5, de acordo com a atividade econômica e o número de empregados. A CIPA deverá ter mandato de um ano, e ser assim constituída: igual número de representantes do empregador (indicados pela empresa) e de representantes dos empregados (eleitos); o presidente da CIPA deve ser escolhido pela empresa, dentre os membros por ela indicados; o vice-presidente da CIPA deve ser eleito dentre os representantes eleitos titulares, em eleição de que participam todos os representantes eleitos, inclusive os suplentes; o secretário da CIPA pode ser escolhido entre os membros da Comissão ou até mesmo ser um funcionário que dela não faça parte, mas seu nome precisa ser necessariamente aprovado por todos os cipeiros, eleitos e indicados. Cabe ao presidente e ao vice-presidente da CIPA mediar conflitos, elaborar o calendário de reuniões ordinárias e constituir Comissão Eleitoral para a regular o processo de eleição da CIPA subsequente. Cabe ao secretário da CIPA elaborar as atas das reuniões ordinárias da Comissão. Quando o estabelecimento não se enquadra na obrigatoriedade de constituição de CIPA, é exigida a designação de uma pessoa com o treinamento específico, para desempenhar as atribuições da Comissão. Atuação: O objetivo da CIPA é "observar e relatar as condições de risco nos ambientes de trabalho e solicitar medidas para reduzir até eliminar o riscos existentes e/ou neutralizar os mesmos..." Sua missão é, portanto, a preservação da saúde e integridade física dos trabalhadores.

10 Seu papel mais importante é o de estabelecer uma relação de diálogo e conscientização, de forma criativa e participativa, entre gerentes e empregados, em relação à forma como os trabalhos são realizados, objetivando sempre melhorar as condições de trabalho, visando a humanização do trabalho. Não obstante, a CIPA é um órgão supracorporativo e independente, não subordinado a nenhuma área da empresa nem a nenhum funcionário desta. [editar] Garantia de emprego A constituição federal brasileira garante aos membros titulares da CIPA eleitos (os representantes dos empregados) dois anos de estabilidade no emprego, durante os quais só poderão ser desligados através de demissão por justa causa. O período de estabilidade, na verdade, tem uma duração um pouco maior do que dois anos: vai do momento de registro da candidatura do empregado à CIPA até um ano após o término de seu mandato. Hoje é reconhecida também a estabilidade do suplente eleito, conseguida através de jurisprudência.

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