EXMO. SR. DR. JUIZ FEDERAL DA 13ª VARA FEDERAL DE CURITIBA, SEÇÃO JUDICIÁRIA DO PARANÁ.

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1 EXMO. SR. DR. JUIZ FEDERAL DA 13ª VARA FEDERAL DE CURITIBA, SEÇÃO JUDICIÁRIA DO PARANÁ. Ação Penal nº Evento Resposta à Acusação SÉRGIO CUNHA MENDES, 7º denunciado na Ação Penal nº , por seu defensor infra-assinado 1, vem oferecer sua RESPOSTA À ACUSAÇÃO, nos termos e no prazo dos artigos 396 e 396-A do CPP, na forma seguinte: I 1ª Preliminar: argüição de suspeição e impedimento do ilustre Juiz Federal Sérgio Fernando Moro por cinco diferentes fundamentos: (1) Atuação anterior como juiz condutor das investigações, com deferimento de medidas cautelares diversas. Comprometimento com o conteúdo das mesmas investigações. Necessidade de separação entre o juiz competente para os atos de investigação e para a ação penal. (2) Manifestações antecipadas contundentes sobre o mérito das acusações, com a afirmação contraditória de tratar-se de mera cognição sumária. (3) Artigo publicado na mídia nacional, com pronunciamento, de fato e de direito, sobre atuação do Poder Judiciário e o procedimento penal a ser adotado em caso de corrupção, quando já estava em curso a Operação Lava Jato sob sua direta supervisão. Incidência, por analogia (art. 3º do CPP) da causa de impedimento prevista no art. 252, III, do CPP. (4) Acusação de uso de documento falso em que o próprio juiz é apontado como a vítima imediata da ação imputada. Impedimento natural para a causa. (5) Declaração do magistrado, em 10/05/2010 (Autos nº ), de suspeição, por motivo de foro íntimo, para processar e julgar ALBERTO YOUSSEF, em razão de acordo de delação premiada (Autos nº ). 1 O advogado infra-assinado bem sabe que, em regra, a prudência recomenda não se argüir a suspeição e/ou o impedimento de magistrado, até porque a tendência natural dos órgãos judiciários é rejeitar a argüição e cria-se, desnecessariamente, uma animosidade indesejada com o julgador. 1 Procuração Evento 1 INIC1 DOC. 01 anexo à inicial Autos ; ANEXO 1, procuração específica para esta ação penal, com poderes especiais para exceção de suspeição e impedimento e exceção de incompetência. 1

2 Entretanto, no caso concreto, a veemência e a contundência dos pronunciamentos anteriores do douto magistrado sobre o mérito da acusação e o procedimento penal a ser adotado, bem como a condição de vítima apontada na denúncia e a decisão anterior afirmando suspeição por motivo de foro íntimo, impuseram a tomada da presente medida, até por questão de cautela e para, no futuro, não haver alegação de omissão do acusado ou de sua defesa. 2 Em primeiro lugar, como vem sendo sustentado pela doutrina e já adotado em várias capitais do país na Justiça Estadual 2, deve haver uma separação entre o juiz competente para supervisionar o inquérito policial e a adoção de medidas cautelares preparatórias da ação penal e o juiz competente para o futuro julgamento da ação penal. Fica evidente o comprometimento do primeiro, como no caso concreto, em que foram deferidas inúmeras medidas cautelares, com ampla fundamentação sobre o mérito das acusações pelo douto magistrado federal aqui apontado como impedido (interceptações telefônicas, bloqueio de ativos, quebra de sigilo bancário e fiscal, buscas e apreensões, prisões temporárias e preventivas, etc.). Há, inclusive, proposta legislativa concreta inserida no Projeto de novo Código de Processo Penal brasileiro, já aprovado no Senado Federal e em tramitação na Câmara dos Deputados, para tornar explícita a regra que, implicitamente, já está adotada pelo nosso Direito Processual Penal, como princípio relativo a independência e imparcialidade do juiz 3. Afinal, o juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que ele próprio houver se pronunciado, antecipadamente (ainda que em outro julgamento na mesma instância), sobre o mérito da acusação que, no futuro, será objeto de seu julgamento (artigo 252, inciso III, combinado com o art. 3º, ambos do CPP). Esta a orientação do Supremo Tribunal Federal, firmada em acórdão relatado pelo Ministro Joaquim Barbosa, no julgamento do Habeas Corpus nº , 2ª Turma, julgado em 12/12/2006, publicado no DJ 17/08/ Até certo ponto já prevendo que poderia haver a argüição de impedimento, diante da contundência dos fundamentos lançados sobre o mérito das acusações, nas decisões anteriores proferidas em relação aos fatos imputados na 2 Varas especializadas de inquéritos policiais RJ, SP e BH (DIPO), cujos juízes não tem competência para as futuras ações penais. 3 Projeto de Lei do Senado nº 156/2009 (ali aprovado) e hoje Projeto de Lei nº 8045, de 2010, da Câmara dos Deputados, em cuja Exposição de Motivos consta a seguinte passagem: Manter o distanciamento do juiz do processo, responsável pela decisão de mérito, em relação aos elementos de convicção produzidos e dirigidos ao órgão da acusação. 2

3 presente ação penal, V. Exa., quer na decisão que decretou as prisões temporárias e preventivas, quer na decisão de recebimento da denúncia, sentiu necessidade de afirmar, ao final, contraditoriamente a tudo que antes estava escrito, que: As considerações ora realizadas sobre as provas tiveram presente a necessidade de apreciar o cabimento das prisões, buscas e seqüestros, requeridos, tendo sido efetuadas em cognição sumária. Por óbvio, dado o caráter das medidas, algum aprofundamento na valoração e descrição das provas é inevitável, mas a cognição é prima facie e não representa juízo definitivo sobre os fatos, as provas e as questões de direito envolvidas, algo só viável após o fim das investigações e especialmente após o contraditório (Cfr na nota 2 Evento 10 dos Autos ) As considerações ora realizadas sobre as provas tiveram presente a necessidade de apreciar a viabilidade da denúncia, tendo sido efetuadas em cognição sumária. Por óbvio, algum aprofundamento na valoração e descrição das provas é inevitável, mas a cognição é prima facie e não representa juízo definitivo sobre os fatos, as provas e as questões de direito envolvidas, algo só viável após o fim das investigações e especialmente após o contraditório (Cfr na nota 3 Evento 6 dos Autos desta Ação Penal ) 4 Na mesma linha de manifestação anterior sobre o mérito das acusações e sobre o procedimento penal a ser adotado, quando já estava em curso a Operação Lava Jato e, portanto, era o magistrado federal responsável pela supervisão das investigações e já havia adotado várias medidas cautelares no curso da mesma Operação Policial, V. Exa. fez publicar no jornal Folha de São Paulo artigo 4, na página de opinião e tendências, no qual antecipou o seu posicionamento sobre a atuação do Poder Judiciário diante dos fatos imputados nesta ação penal, in verbis: Em 17 de fevereiro de 1992, foi preso, na Itália, Mario Chiesa, diretor de instituição filantrópica e pública de Milão, dando início à Operação Mãos Limpas ("Mani Pulite"). Após um mês, ele resolveu colaborar, alegando como álibi o famoso "tutti rubiamo così", ou "todos roubamos assim". Dois anos depois, mandados de prisão haviam sido expedidos e pessoas estavam sob investigação, entre elas políticos e agentes públicos. A Itália estava mergulhada na corrupção, forjando o termo "Tangentopoli" ou seja, "cidade da propina", embora fosse mais apropriado "país da propina". Como resultado, houve grande alteração do panorama político, propiciando um novo começo democrático, com méritos e deméritos. Há, infelizmente, semelhanças com o quadro atual brasileiro e não apenas o de hoje. A corrupção não tem cores partidárias. Não é monopólio de agremiações políticas ou de governos específicos. Combatê la deve ser bandeira da esquerda e da direita. Embora existam políticos corruptos em qualquer agremiação, não há partido que defenda a corrupção. Há a responsabilidade das leis, do Executivo e do Judiciário. Das primeiras, pela estruturação de processo penal por vezes infindável, com múltiplos recursos que impedem que ações penais cheguem ao fim. Do segundo, por se tornar refém da política partidária e não adotar postura firme contra a deterioração da vida pública. Do terceiro, pela excessiva leniência, com louváveis exceções, em relação a esse tipo de criminalidade. É necessário alterar a situação. É preciso legislação penal que, garantidos os direitos do acusado, permita que os processos cheguem ao final. Do Poder Executivo, menos fechar de olhos. Imprescindível também mudança de percepção dos juízes quanto aos males da corrupção. Se um terço do rigor contra os criminosos do tráfico de drogas fosse transferido para os processos de crimes de corrupção, haveria grande diferença. Em parte, o problema não é a lei, mas de percepção dos juízes. 4 Edição de 24/08/ sergio fernando moro nao edos astros a culpa.shtml 3

4 Defendo, em concreto, que o rigor se imponha em casos de crimes graves de corrupção. Especificamente, presentes evidências claras de crimes de corrupção, não se deve permitir o apelo em liberdade do condenado, salvo se o produto do crime tiver sido integralmente recuperado. Não é antecipação da pena, mas reflexão razoável de que, se o condenado mantém escondida fortuna amealhada com o malfeito, o risco de fuga ou de nova ocultação do produto do crime é claro e atual. É fácil apresentar projeto de lei a respeito e igualmente viável defender, mesmo sem lei, posição jurisprudencial nesse sentido. Gostaria de ver isso defendido pelos candidatos à Presidência da República ou, mesmo antes, no Congresso Nacional e nos tribunais. Enfim, a corrupção não é um dado da natureza ou consequência dos trópicos, mas um produto de fraqueza institucional e cultural. Como Brutus bem sabe, não é dos astros a culpa. SERGIO FERNANDO MORO, 42, é juiz federal e professor na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR) (negritos nossos) Este artigo, aliás é, em certa medida, uma reprodução atualizada para fins de publicação jornalística, de outro muito mais expressivo a revelar o pronunciamento do magistrado, de fato e de direito, sobre a questão da corrupção e a atuação do Poder Judiciário no Brasil, a exemplo da Operação Mani Pulite da Itália, o qual artigo foi publicado na Revista CEJ, do Conselho da Justiça Federal, n. 26, p , jul/set Para justificar a argüição de impedimento aqui posta, em 1ª preliminar, cumpre considerar que o Ministério Público Federal imputou aos acusados Sérgio Cunha Mendes e Rogério Cunha de Oliveira, a prática do crime de uso de documento falso (art. 304, do CP), no dia 13/10/2014, às 16:51, perante a 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, fraudando a instrução processual. Com efeito, o r. Juízo dessa Vara, em despacho datado do dia 08 de outubro de 2014 (Evento 23 Autos ), (...) intimou a empresa MENDES JÚNIOR TRADING E ENGENHARIA S.A. (...) para que atendesse a solicitação policial a fim de confirmar ou não a existência dessas transações, se positivo discriminá-las e esclarecer sua natureza, juntando eventuais contratos e notas fiscais que as amparem, bem como a eventual comprovação dos serviços contratados ainda o MPF disse que a juntada dos documentos objeto da intimação judicial seria da parte dos acusados uma afronta à dignidade do Poder Judiciário e mais disse o MPF os acusados referidos fizeram uso de documentos falsos perante a Justiça Federal (denúncia, pág. 89/91, grifos nossos). Ora, se a acusação for verdadeira, por óbvio, V. Exa., MM. Juiz Federal da 13ª Vara Federal de Curitiba, para quem os documentos foram apresentados em atendimento à intimação da empresa para juntá-los, é a vítima imediata. Aliás, V. Exa., na decisão de decretação de prisão preventiva (Evento 10 dos Autos ), antecipando-se ao órgão de acusação, fez a imputação, afirmando o seguinte: 5 O inteiro teor pode ser lido no site do Consultor Jurídico Considerações sobre a Operação Mani Pulite, Sérgio Fernando Moro, moro mani pulite.pdf 4

5 Como adiantado, este Juízo, a pedido da autoridade policial, concedeu às empreiteiras a oportunidade de esclarecerem os fatos (...) Para surpresa deste Juízo, parte das empreiteiras omitiu se, mas, o que é mais grave, parte delas simplesmente apresentou os contratos e notas fraudulentas nos inquéritos, (...) mas também tentativa de justificar os fatos de uma forma fraudulenta perante este Juízo (...) No mínimo, apresentando a documentação falsa em Juízo... (grifos nossos) Inequívoco, portanto, que em relação a esta imputação contida na denúncia, a vítima imediata do suposto crime é V. Exa., que na decisão de recebimento da mesma denúncia, afirmou o seguinte, a revelar que, em princípio, entende que a vítima imediata do alegado uso de documento falso é mesmo V. Exa., o digno Juiz Federal Titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, in verbis: Ainda a denúncia reporta se à apresentação de documentos falsos pela Mendes Júnior no dia 13/10/2014 à esta 13ª Vara Federal de Curitiba (fls. 89 da denúncia). Em síntese, intimada a empresa para justificar as transações com as empresas controladas por Alberto Youssef, ela apresentou notas fiscais fraudulentas à Justiça Federal, sem fazer qualquer ressalva quanto ao seu caráter fraudulento, mesmo tendo ciência dele (inquérito , evento 29), o que, segundo a denúncia configuraria crime de uso de documento falso perante a Justiça Federal. (Evento 6, destes autos, grifos nossos). 6 A derradeiro, cumpre considerar, ainda, que V. Exa. mesmo declarou-se suspeito por motivo de foro íntimo (obviamente não esclarecido), para processar e julgar o denunciado ALBERTO YOUSSEF, nos Autos de nº , referindo-se também a sua participação na homologação do primeiro acordo de delação premiada deste acusado nos Autos nº : REPRESENTAÇÃO CRIMINAL N" /PR RPTE. DEPARTAMENTO DE POLICIA FEDERAL SUPERINTENDENCIA REGIONAL DO PARANA DESPACHO/DECISÃO Demorei a despachar pois estava ocupado com casos mais prementes. Considerando o já exposto na fl. 312, especialmente que o inquérito parece movido pela discordância quanto à prévia delação premiada entre MPF e Alberto Youssef, e ainda especificamente que este julgador homologou o acordo de delação premiada do MPF com Alberto Youssef, reputo mais apropriado que o inquérito prossiga com outro juiz. Assim, declaro me suspeito por motivo de foro intimo para continuar no inquérito. Remetam se os autos ao MM. Juiz Federal Substituto desta Vara. Caso ao final das investigações ou no seu decorrer, se entenda que houve descumprimento do acordo de delação premiada celebrado entre Alberto Youssef e MPF, deve ser encaminhada informação a este Juízo, especificamente para o feito , para a apuração das eventuais conseqüências naquele feito e sem prejuízo das decorrentes da própria investigação em trâmite. Curitiba, 10 de maio de Sérgio Fernando Moro Juiz Federal Uma decisão de reconhecimento de suspeição por motivo de foro íntimo fala por si e dispensa qualquer outro comentário, revelando a impossibilidade de 5

6 continuidade da permanência do ilustre magistrado federal na condução de ação penal em que também figura como denunciado o mesmo acusado ALBERTO YOUSSEF, na qual, novamente, houve um acordo de delação premiada que V. Exa. endossou em audiência de interrogatório, antes mesmo da homologação pelo STF. 7 Em face do exposto, pelos cinco diferentes fundamentos, a defesa do denunciado, em 1ª preliminar, pede e espera seja acolhida a arguição de suspeição e impedimento, desde logo (independentemente de sua apreciação na forma de exceção de suspeição e impedimento. Todavia se esta for a única forma de apreciação da questão admitida pelo douto Juízo, segue petição com incidente conexo, a ser distribuído por dependência, como exceção de suspeição e impedimento, para processamento e julgamento), ou, seja a questão apreciada, oportunamente, como 1ª preliminar, por ocasião da sentença de primeira instância, feito aqui o prequestionamento da ofensa à Constituição (art. 5º, inciso LIII) e à lei federal (artigos 252 a 255, do CPP; combinados com o artigo 134, inciso I, e o art. 135, parágrafo único, ambos do CPC (aplicáveis por força do art. 3º do CPP). II 2ª Preliminar: Incompetência do Juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba. Prequestionamento das ofensas à Constituição: artigo 5º, incisos XXXVII (proibição de juízo de exceção) e LIII (princípio do juiz natural ou juiz competente). Prequestionamento das ofensas à lei federal: CPP, artigo 70 (foro do lugar da infração). 8 A defesa do denunciado argúi, em 2ª preliminar, a incompetência do juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba. Em tese, a questão poderia ser objeto de exceção de incompetência, todavia, V. Exa., magistrado federal argüido de incompetente, já decidiu a matéria, antecipadamente, quando proferiu as decisões anteriores de decretação da prisão preventiva dos investigados 6 e de recebimento da denúncia nesta ação penal 7, afirmando sua competência. Sabidamente, não cabe recurso no processo penal contra a decisão que afirma competência. Assim, a presente 2ª preliminar visa ao prequestionamento da ofensa à Constituição e à lei federal, que deverá ser objeto de expressa apreciação por ocasião da sentença final de primeira instância o que desde logo se requer para que possa ser objeto de apreciação, se necessário, em todas as instâncias superiores (TRF, STJ e STF). 9 Embora seja correto afirmar-se que os fatos, de que trata globalmente a Operação Lava Jato, se espalharam pelo território nacional, no caso concreto da presente ação penal, considerados objetivamente, os fatos imputados na denúncia 6 Evento 10 dos Autos (especialmente a partir da pág. 38/54) 7 Evento 6 desta Ação Penal (especialmente a partir da pág. 10/20) 6

7 oferecida pelo MPF 8 não ocorreram na jurisdição desta 13ª Vara Federal de Curitiba (organização criminosa por administradores e agentes da empresa MENDES JÚNIOR TRADING E ENGENHARIA S/A MJTESA, empresa com sede em São Paulo, SP, e escritório em Belo Horizonte, MG; corrupção ativa dos administradores e agentes da MJTESA em relação ao diretor da PETROBRAS Paulo Roberto Costa, aquela sediada em Belo Horizonte, MG, e este baseado no Rio de Janeiro, RJ; lavagem de dinheiro por três diretores da MJTESA (BH/MG) e por Paulo Roberto Costa (RJ/RJ) e Alberto Youssef, cujo escritório era situado em SP/SP, bem como as empresas envolvidas (GFD e Rigidez). A referência feita a obra da REPAR (Refinaria Presidente Getúlio Vargas, no Paraná) não tem pertinência, no caso concreto, como abaixo se demonstrará, pois os únicos pagamentos feitos pela MJTESA para as empresas de Alberto Youssef (GFD Investimentos Ltda. e Empreiteira Rigidez Ltda.) tem relação com duas outras obras da PETROBRAS apenas: REPLAN (Refinaria de Paulínea, em SP) e TABR (Terminal Aquaviário de Barra do Riacho, em ES). Ademais, os pagamentos apontados equivocadamente como consumação de lavagem de dinheiro deram-se de conta bancária da MJTESA (MG) para contas bancárias das empresas citadas de YOUSSEF (SP). Restaria, assim, apenas a competência territorial desta Vara Federal de Curitiba para a imputação do suposto uso de documento falso perante este próprio juízo federal, tipo penal que, inequivocamente, não ocorreu por absoluta falta de potencialidade dos documentos apresentados para iludir a fé pública ou a boa fé das autoridades da Justiça Federal, do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, que deles já tinham conhecimento prévio 9, bem como das informações prestadas por Alberto Youssef, Carlos Alberto Pereira da Costa e Waldomiro de Oliveira, que já haviam esclarecido que os mesmos não correspondiam à efetiva prestação de serviços, o que foi, em seguida, confirmado nas declarações à Polícia Federal dos acusados Sérgio Cunha Mendes 10, Rogério Cunha de Oliveira 11 e Ângelo Alves Mendes Em resumo, embora se possa falar em conexão da conexão da conexão entre os fatos desta ação penal e os de outras ações penais em andamento nesta 13ª Vara Federal de Curitiba, sabidamente, esta não é uma Vara Federal do Brasil (verdadeiro juízo de exceção), em cuja jurisdição cabem fatos ocorridos no território de outros juízos ou varas federais das Seções Judiciárias do Rio de Janeiro, de São Paulo, do Espírito Santo ou de Minas Gerais. 8 Evento 1 denúncia1 desta Ação Penal 9 Documentos já juntados, em razão de busca e apreensão, nos autos Evento 1 OUT 150 (Parte 8); Evento 44 DECL2, Autos Evento 54 DESP1, fls. 462/5, dos Autos Evento 54 DESP1, fls. 448/450, dos Autos

8 11 V. Exa. mesmo, ilustre Juiz Federal Sérgio Fernando Moro, em 2004, quando já era magistrado na Seção Judiciária Federal do Paraná, em Curitiba, ciente de fatos conexos com o Caso Banestado e a famosa Operação Farol da Colina, objeto da Força Tarefa CC-5, quando se descobriu a remessa ilegal de divisas ao exterior através da conta ônibus da BHSC e de suas subcontas, após, inicialmente, decretar a prisão temporária de dezenas de doleiros de diferentes estados brasileiros, veio a reconhecer a incompetência da Justiça Federal do Paraná e, apesar da conexão da conexão da conexão entre os fatos, declinou para diferentes Seções Judiciárias Federais (por exemplo, RJ, SP e MG) centenas de inquéritos policiais que tinham como investigados os clientes dos doleiros, acusados de infração ao artigo 22 da Lei 7.492/86. Aquelas decisões de reconhecimento da incompetência nos casos conexos da Operação Farol da Colina, proferidas por V. Exa., servem de precedentes contraditórios com a posição agora assumida para reconhecer-se, na presente ação penal, quanto à 1ª parte da denúncia (que se refere aos administradores e agentes da MJTESA), a incompetência desta 13ª Vara Federal de Curitiba. 12 A decisão proferida pelo STJ, genericamente para os fatos globalmente considerados da Operação Lava Jato (HC /PR, Rel. Min. Newton Trisotto, 5ª Turma, 25/11/2014), não tem aplicação específica para os fatos desta ação penal, sob pena de violação da lei federal (art. 70 do CPP) e da Constituição (art. 5º, incisos XXXVII e LIII). Igualmente, a decisão proferida pelo STF, favorável a competência da Justiça Federal de primeiro grau de jurisdição, para o processo e julgamento dos acusados que não tem foro por prerrogativa de função, envolvidos genericamente na Operação Lava Jato (declinação de competência ordenada pelo Ministro TEORI ZAVASCKI Reclamação nº /PR, em 19/05/2014), não tem aplicação específica para os fatos desta ação penal, sob pena de violação da lei federal (art. 70 do CPP) e da Constituição (art. 5º, incisos XXXVII e LIII). 13 Ademais, está demonstrado que a suposta competência desta 13ª Vara Federal de Curitiba, foi fruto de uma criação de conexão entre pessoa e não entre fatos. Fez-se uma vinculação entre um processo arquivado relativo a delação anterior de ALBERTO YOUSSEF e uma nova investigação envolvendo o mesmo e o então Deputado Federal JOSÉ JANENE para provocar uma distribuição dirigida em prejuízo do princípio do juiz natural. E, mais do que isto, instaurou-se nesta Vara Federal uma investigação sobre JOSÉ JANENE, quando este ainda era deputado federal (sujeito a competência constitucional do Supremo Tribunal Federal) e a apuração estava vinculada ao processo do mensalão (AP 470 do STF), pois se queria investigar lavagem de recursos originários daquele esquema pelo Deputado Federal José Janene (que era réu naquela ação penal) com a participação de ALBERTO YOUSSEF, que, 8

9 antes tinha respondido uma ação penal na Justiça Federal de Curitiba e fizera um acordo de delação premiada. Isto tudo resulta claro das referências iniciais constantes da denúncia desta ação penal (pág. 8 e 9 e notas 13 a 15), bem como dos dados relativos ao Inquérito nº (Inquérito contra José Janene), aos autos nº (primeira delação de Alberto Youssef), aos autos nº (investigação de lavagem de dinheiro da família do Deputado Federal referido) e ao inquérito nº Houve, inclusive, violação da Resolução nº 42/2006 do TRF-4, relativa à redistribuição de 50% dos feitos da antiga 2ª Vara Federal de Curitiba. Tudo isto ocorrido, quando, em julho de 2006, JOSÉ JANENE estava no exercício do mandato de deputado federal, pois somente se aposentou em dezembro daquele ano. 14 De outro lado, a denúncia trata de corrupção de funcionário da PETROBRÁS, de lavagem de dinheiro da suposta propina e de organização criminosa. Nada disso diz respeito a crimes de competência da Justiça Federal, segundo o artigo 109 da Constituição. A PETROBRAS é uma sociedade de economia mista e, por isso, não incide a regra de competência disposta no art. 109, IV, da Carta Magna, na hipótese em que a prática delituosa envolve bens e serviços da Petrobrás (Conforme Súmula 42 do STJ e precedentes do STJ: STJ, 3" Seção, CC , Rel. Min. Vicente Leal, DJU de 9/9/2002, unânime; STJ, 3" Seção, CC , Rei. Min Felix Fischer, DJU de 18/2/2002, unânime; Precedente do STF: ACO 987/RJ, Rel. Min. Ellen Gracie, pleno, unânime, DJe de 22/08/2011). Quando se identificou, no curso das investigações da Operação Lava Jato, possíveis práticas delituosas envolvendo a Petrobrás, o respectivo inquérito deveria ter sido remetido a Justiça Estadual do Rio de Janeiro, nunca devendo ter permanecido perante esta Vara Federal de Curitiba. 15 Isto posto, em 2ª preliminar, pelos diferentes fundamentos acima expostos, a defesa do denunciado pede e espera seja reconhecida a incompetência do juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba, desde logo (independentemente de sua apreciação na forma de exceção de incompetência. Todavia se esta for a única forma de apreciação da questão admitida pelo douto Juízo, segue petição com incidente conexo, a ser distribuído por dependência, como exceção de incompetência, para processamento e julgamento), ou, seja a questão apreciada, oportunamente, como 2ª preliminar, por ocasião da sentença de primeira instância, feito aqui o prequestionamento das ofensas à Constituição (art. 5º, incisos XXXVII e LIII) e à lei federal (art. 70 do CPP). 9

10 III - 3ª Preliminar: cerceamento de defesa por negativa de acesso ao conteúdo dos termos de colaboração (depoimentos) prestados por acusados delatores nos respectivos procedimentos de delação premiada, bem como acesso aos próprios termos de acordos de delação premiada e a diversos procedimentos, inquéritos e ações penais mencionados na denúncia. 16 Por ocasião da decisão de decretação das prisões preventivas (Evento 10 dos Autos ), V. Exa., ilustrado julgador, fez referências diversas às delações premiadas que teriam feito os acusados Paulo Roberto Costa, Alberto Youssef, Augusto Ribeiro de Mendonça Neto e Júlio Gerin de Almeida Camargo. Na denúncia oferecida pelo MPF (Evento 1 denúncia1 desta Ação Penal), os dignos Procuradores da República, igualmente, se reportam diversas vezes às delações premiadas que teriam feito os acusados Paulo Roberto Costa, Alberto Youssef, Augusto Ribeiro de Mendonça Neto e Júlio Gerin de Almeida Camargo. E, em terceiro lugar, na decisão de recebimento da denúncia, V. Exa. também faz citações dos termos contidos em declarações prestadas pelos delatores referidos (Evento 6 desta ação penal). Nos presentes autos, no momento da citação do acusado e quando iniciado o prazo para oferecimento de resposta a acusação, a defesa teve conhecimento e localizou nos autos, tão somente as declarações prestadas em termos de colaboração em delação premiada pelos acusados Augusto Ribeiro de Mendonça Neto 13 e Júlio Gerin de Almeida Camargo 14. Em relação aos acusados Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef, foram juntados nestes autos, apenas, transcrições de depoimentos prestados em juízo, em outra ação penal (Autos ) 15. Não foram juntados os termos de colaboração (depoimentos) em delação premiada destes dois acusados. Ademais, não foram juntados aos autos até a citação do acusado e o início do prazo para Resposta, para conhecimento da defesa, os próprios termos de acordo de delação premiada dos quatro acusados, embora se trata de documentos já formalizados, existindo decisões judiciais que expressamente negam o acesso a tais 13 Parte 25, pág. 272/ 331 Evento 529 dos Autos Termos de Colaboração de nº 01 a Parte 25, pág. 332/379 Evento 529 dos Autos Termos de Colaboração de nº 01 a Parte 8, Evento 1, OUT 151, pág. 1/26 do PRC; pág. 26/54 do AY 10

11 documentos 16, bem como de outros delatores, apesar da garantia constitucional do direito de defesa (artigo 5º, inciso LV, da CF) e os termos claros da Súmula Vinculante 14 do STF. De outro lado, o argumento de que os depoimentos prestados em acordo de colaboração premiada devem, em princípio, permanecer sob sigilo até pelo menos a propositura da denúncia, como dispõe o art. 7º, 3º, da Lei n.º /2013, não prevalece para o caso concreto em que há denúncia oferecida e recebida. 17 É evidente o prejuízo para a defesa do denunciado, que está cerceada, pela impossibilidade de conhecimento e análise dos termos de acordo de delação premiada e dos termos de colaboração (depoimentos) resultantes das mesmas delações, até para avaliar a licitude, como prova, dos depoimentos invocados na denúncia e nas decisões judiciais de prisão e recebimento de denúncia. Registre-se que em relação ao único Termo de Acordo de Colaboração Premiada, feito entre o MPF e Paulo Roberto Costa, de que se tem conhecimento pela internet, fruto de vazamento seletivo, datado de 27/08/2014, com visto de Juiz Instrutor datado de 29/09/2014, pode-se afirmar que o mesmo viola a Constituição e a Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), por impor ao acusado colaborador Paulo Roberto Costa e a sua defesa vários atos que importam em renúncia de direitos fundamentais constantes de cláusulas pétreas da Constituição (irrenunciáveis), tais como: desistir de habeas corpus impetrados; desistir de defesas processuais, inclusive discussões sobre competência e nulidades; suspensão da Súmula Vinculante 14 do STF; renúncia ao direito ao silêncio; renúncia a garantia contra a autoincriminação; renúncia ao direito de recorrer das sentenças penais condenatórias. Ora, ainda que se queira invocar a Lei /2013, é óbvio em face da hierarquia da Lei Maior e do Pacto, que o mencionado termo de acordo importa em gravíssimas violações da Constituição e, via de conseqüência, os termos de colaboração (depoimentos) prestados como derivação do mesmo constituem prova ilícita que não pode ser utilizada em juízo, nos termos do art. 5º, LVI (CF) e art. 157 e seu 1º, do CPP, questão de direito cujo prequestionamento fica aqui, desde logo, formulado. Manifesto, assim, o cerceamento de defesa e o inequívoco prejuízo à defesa do denunciado, que está impedida de discutir e questionar a validade dos depoimentos invocados contra o mesmo, pela falta de acesso apontada. 16 Evento 289 (19/11/14); Evento 523 (03/12/14); Evento 619; Evento 679 (17/12/14); Evento 708 (18/12/14) todos dos Autos

12 18 De outro lado, embora mencionados na denúncia, a defesa do acusado não teve acesso a diversos procedimentos (medidas cautelares), inquéritos e ações penais que tramitam ou tramitaram nesta 13ª Vara Federal de Curitiba, vários protegidos por sigilo (nível 1 ou 2) ou segredo de justiça. É indispensável para o exercício do direito de defesa que seja facultado o acesso da defesa do acusado a todos eles, a saber, os mencionados na denúncia (pág. 8 e 9, notas 13 a 15): Operação LAVAJATO envolvendo CARLOS HABIB CHATER, Autos e ; Operação BIDONE envolvendo ALBERTO YOUSSEF, Autos e outras ações penais; Operações DOLCE VITTA I e II envolvendo NELMA MITSUE PENASSO KODAMA, Autos ; Operação CASABLANCA envolvendo RAUL HENRIQUE SROUR, Autos Em face do exposto, a defesa do denunciado, em 3ª preliminar, pede e espera seja reconhecido o cerceamento de defesa, desde logo, saneando-se o processo com decisão judicial que determine a juntada aos autos de todos os termos de acordo de colaboração premiada firmados pelos quatro acusados (Paulo Roberto Costa, Alberto Youssef, Augusto Ribeiro de Mendonça Neto e Júlio Gerin de Almeida Camargo), bem como juntando-se cópia de todos os termos de colaboração (depoimentos) prestados pelos mesmos em razão das delações premiadas, bem como seja permitido o acesso a todos os autos acima enumerados, e, após, ordenada a reabertura do prazo para Resposta à Acusação, ou, seja a questão apreciada, oportunamente, como 3ª preliminar, por ocasião da sentença de primeira instância, feito aqui o prequestionamento das ofensas à Constituição (art. 5º, incisos LV e LVI), à lei federal (art. 157 e seu 1º, do CPP) e à Súmula Vinculante 14 do STF. 12

13 IV 4ª Preliminar: inépcia da denúncia por falta de narrativa dos fatos imputados, com todas as suas circunstâncias; por falta de individualização das condutas; por falta de descrição do elemento subjetivo dos tipos penais imputados, valendo-se de mera responsabilidade penal objetiva decorrente da condição de diretor da empresa. Violação da Constituição (art. 1º, inciso III; art. 5º, incisos LIV e LV) e da lei federal (art. 41 e 395, do CPP). 20 Apesar de ter em sua 1ª parte (relativa a acusações aos administradores e agentes da MJTESA) 90 páginas, a denúncia oferecida pelo MPF é inepta, importando em violação ao princípio da dignidade da pessoa humana e às garantias do devido processo legal e da ampla defesa (art. 1º, inciso III; art. 5º, incisos LIV e LV, CF), diante da falta de cumprimento dos mandamentos do artigo 41 do CPP. A denúncia não delimita no tempo a conduta de cada um dos denunciados, dentre aqueles que chama de administradores e agentes da MJTESA, logo na primeira imputação (organização criminosa), quando se afirma que em data não precisada nos autos, mas sendo certo que desde 2004 até pelo menos 14 de novembro de A peça acusatória mistura pessoas que, ao longo do tempo, exerceram cargos e funções diferentes, entraram e saíram da empresa ou nela não trabalhavam na época dos fatos imputados. Diz, ainda, a denúncia de forma inepta que o acusado oferecia vantagens indevidas a Paulo Roberto Costa e a outros empregados da PETROBRAS para a consecução de contratos com a Estatal, sem apontar quais seriam os outros empregados da PETROBRAS. Afirma, ainda, a denúncia de forma inepta que o acusado participa de reuniões do cartel, sem especificar, para possibilitar o exercício da defesa, quando, onde e quais eram tais reuniões. O MPF, na inepta denúncia, diz que o diretor acusado participava das atividades fraudulentas desempenhadas pelos agentes da empresa, só porque a representava na assinatura de contratos e aditivos, o que importa em imputação fundada em mera responsabilidade penal objetiva e sem descrição de dolo. Na acusação de prática de corrupção ativa, em que o corrompido seria o então Diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, embora a denúncia diga que a conduta tem vinculação com seis obras (REPAR, REPLAN, COMPERJ, REGAP, TABR e TAIC), afirma-se, de forma genérica, sem qualquer detalhamento que permita o exercício do direito de defesa, que os acusados teriam efetuado tratativas com Alberto Youssef para o pagamento de vantagens indevidas, em datas não precisadas, 13

14 tanto em relação aos contratos quanto em relação a aditivos, embora a peça inicial, em todos os casos (seis contratos e seus aditivos) se limite a repetir que foi identificado o pagamento de um total de R$ ,00 (seis vezes o mesmo valor: pág. 48, 54, 56, 60, 64 e 67 da denúncia), mas afirma que teria havido outros pagamentos sem especificar valores, datas e forma dos mesmos. E, ainda quanto a esta imputação de corrupção ativa, no final, sem qualquer explicação que permita entender a acusação e exercer a defesa, afirmar a denúncia que seriam 53 (cinqüenta e três) atos de corrupção ativa (pág. 164), não os tendo descrito e detalhado (quando, onde, como, etc.). Na imputação de lavagem de dinheiro, embora a denúncia se refira a um grande volume de recursos sujos ou a dinheiro sujo de origem criminosa, não se aponta qual seria o dinheiro sujo, de economia informal ou de origem ilícita que podia ser objeto de lavagem, pois a empresa MJTESA só dispunha de recursos em conta bancária formal, oficial e integrante do Sistema Financeiro Nacional, tendo sido feitos pagamentos, mediante depósitos bancários em contas bancárias identificadas de empresas determinadas, também dentro do Sistema Financeiro Nacional. A própria denúncia descreve os pagamentos da MJTESA para GFD e Rigidez como exaurimento da corrupção ativa. Se, posteriormente, o dinheiro que ingressou nas contas destas duas empresas foi objeto de alguma conduta de lavagem para pagamento a beneficiários finais (políticos, por exemplo), isto não está descrito na denúncia e não envolve a pessoa do acusado. O uso na contabilidade da MJTESA dos contratos e das notas fiscais, que não correspondiam a serviços efetivamente prestados, constituiu lançamento de despesas fictícias, que, em tese, poderia ser tratada como crime tributário (como admite a própria denúncia) pela redução da base de cálculo de tributos, o que constitui objeto de procedimento administrativo fiscal perante a RFB, não se caracterizando infração penal enquanto este não for encerrado com lançamento definitivo de crédito tributário e não houver pagamento ou parcelamento. 21 Em face do exposto, a defesa do denunciado, em 4ª preliminar, pede e espera seja reconhecida a inépcia da denúncia, reconsiderando-se a decisão de recebimento da denúncia para sua rejeição, ou, seja a questão apreciada, oportunamente, como 4ª preliminar, por ocasião da sentença de primeira instância, feito aqui o prequestionamento das ofensas à Constituição (art. 1º, inciso III, art. 5º, incisos LIV e LV) e à lei federal (artigos 41 e 395, inciso I, do CPP). 14

15 V MÉRITO: 22 É sabido que nesta fase dos artigos 396 e 396-A do CPP podem ser feitas alegações de defesa com exame do mérito. Entretanto, já houve a decisão judicial de recebimento da denúncia, na qual V. Exa., antecipando seu juízo negativo sobre quaisquer pedidos da defesa dos denunciados, marcou, desde logo, audiências para inquirição de testemunhas e determinou a intimação dos acusados para as mesmas, revelando, uma vez mais, a procedência da argüição de suspeição e impedimento. A defesa do denunciado faz, aqui, uma negativa genérica das acusações, pois o mesmo não praticou nenhuma das condutas imputadas na denúncia, segundo as provas já existentes nestes autos e nos autos conexos, consoante os termos de suas declarações à Autoridade Policial, bem como conforme se provará durante a instrução criminal contraditória. 23 É necessário, no entanto, dada a multiplicidade de imputações e suas características, fazer-se, desde logo, algumas breves considerações sobre cada uma, para esclarecimento preliminar do Juízo sobre a defesa do denunciado, bem como para exame de pedido de absolvição sumária parcial (artigo 397 do CPP). Espera-se que os fundamentos e pedidos, nesta fase, apesar da designação de audiências, sejam previamente examinados e acolhidos. V.1 Supostos crimes antecedentes. Cartel e fraude em licitações. 24 A empreiteira brasileira MENDES JÚNIOR, fundada em Minas Gerais em 1953, presta serviços de engenharia à PETROBRÁS desde a década de 60 do século passado, tendo, por isto, expertise na prestação de serviços à Estatal e longo histórico de cadastro e bons serviços. 25 Se houve cartel de empreiteiras na PETROBRÁS, a MJTESA (Mendes Júnior Trading e Engenharia S.A.) dele não participou jamais, pois sempre lutou, licitamente, para ganhar seus contratos em procedimentos licitatórios regulares, que seguiam a sistemática legal da própria PETROBRÁS. Registre-se, em primeiro lugar, que é a própria PETROBRÁS que seleciona as empresas que vão participar de suas licitações, que não seguem a sistemática da Lei 8.666/83 (Lei Geral de Licitações no Brasil), pois a PETROBRÁS possui um cadastro de empresas fornecedoras que ela própria controla e classifica, só podendo participar das licitações as empresas que possuem o registro naquele cadastro (CRCC), que é 15

16 renovado anualmente, após rigoroso procedimento por pessoal técnico da PETROBRÁS. Assim, não é possível às empreiteiras, em suposto cartel, escolher quais as empresas que vão participar desta ou daquela licitação na PETROBRÁS, pois é a própria PETROBRÁS que faz o controle das empresas fornecedoras convidadas para os certames, mediante seu próprio cadastro e a classificação nele contida. O acusado delator PAULO ROBERTO COSTA, em depoimento à Justiça, afirmou que: As grandes empresas do Brasil, e são poucas grandes empresas que têm condição de fazer uma refinaria, que tem condição de fazer uma plataforma, que tem condição de fazer um navio de processo toda as licitações da área de Abastecimento de grande porte são conduzidas por outra diretoria, que não era a Diretoria de Abastecimento, que era a Diretoria de Serviços (...) Então existe uma, uma diretoria que faz esta atividade O quê que ela faz nesta atividade? Ela pega o cadastro da Petrobras, escolhe as empresas que vão participar do processo licitatório, faz a licitação, então é nomeada uma comissão de licitação ou a coordenação da comissão de licitação é dessa diretoria, então ela faz a licitação (pág. 4)... era um grupo técnico que participava (das comissões de licitações) (...) as comissões todas eram indicadas pela Diretoria de Serviço (pág. 12) Sobre inclusão de empresas em licitações: só pode ser, ser incluída essa empresa se ela tiver capacidade técnica, administrativa, etc, e a comissão aprovar (pág. 12) A parte de cadastramento toda da Petrobras, quer seja para empresa prestadora de serviço, quer seja para empresa fornecedor de produto (...) é feita através de uma área de cadastramento que é o CRCC (pág. 16) Indagado se as empresas tinha conhecimento de antemão sobre o valor de referência, isto é, do orçamento básico, a estimativa de preço feita pela Petrobras, respondeu: Não. Não tinham porque a comissão de li... esse grupo era muito fechado e muito correto, nunca tive nenhuma referência de ter vazamento de informações... o orçamento era feito e era trancado lá a sete chaves (pág. 13) A Diretoria de Serviço, atrás de uma comissão de licitação ia no cadastro, escolhia as empresas de acordo com a complexidade da obra e de acordo com o valor da obra aproximado, que já se tinha idéia, etc., separava as empresas. Então quem fazia tudo isso era a comissão de licitação interna da companhia, da Petrobras (pág. 24) A Petrobras, ela tinha duas escolhas para fazer em relação aos projetos. Concluir o projeto todo e isso ia demorar muito tempo, ou entregar o projeto básico para as companhias para executarem depois o detalhamento (justificando, assim, os aditivos contratuais)(pág. 14). O delator ALBERTO YOUSSEF, igualmente, esclareceu que: A questão de CRCC na Petrobrás é uma documentação bastante extensa e complicada de se fazer (...) mas se ele não tivesse o CRCC ele não podia fornecer pra Petrobras (pág. 33) Ademais, quer considerada a redação original da Lei 8.137/90 (artigo 4º), quer considerada a nova redação fruto da Lei /2011, a prática do cartel pressupõe dominação de mercado ou controle de mercado por ajuste ou acordo entre empresas, o que não tem sentido se dirigida a ação a uma única empresa (PETROBRÁS) e não ao mercado (ou setor de), quando a própria suposta vítima é 17 Evento 1, OUT 151, pág. 3 16

17 que controla as suas fornecedoras pelo cadastro, pela classificação nele imposta e pela escolha das fornecedoras convidadas a participar de licitações. Os acusados delatores Augusto Ribeiro Mendonça Neto e Júlio Gerin de Almeida Camargo, que informaram representar as empresas do grupo TOYO SETAL (SOG), não figuram como signatários dos contratos entre esta empresa e a PETROBRÁS, nem aparecem como representantes dos Consórcios nas obras da REPAR e da REPLAN, únicas nas quais houve relacionamento comercial e operacional entre a MJTESA e aquela empresa. Os documentos apresentados pela advogada dos delatores 18 ou aqueles que teriam sido apreendidos na ENGEVIX apontando reuniões com a suposta participação de representante da MJTESA não indicado, têm registros relativos a obras da PETROBRÁS que não correspondem a obras de que a empreiteira mineira tenha participado 19, revelando seu desvalor. Em quadro já apresentado a este Juízo, a MJTESA demonstrou que no período de 2011 a 2014 participou de 20 (vinte) procedimentos licitatórios na PETROBRÁS e somente logrou êxito em um (01) 20, evidenciando que não participava de cartel, inclusive considerando-se o custo da apresentação de propostas, admitido pelo próprio MPF na denúncia. De qualquer forma, esta imputação (cartel), embora indicada como crime antecedente, não é objeto da denúncia da presente ação penal. Aos alegados indícios de prática da infração, apontados na denúncia, são opostos os contra indícios acima. 26 Por outro lado, a MJTESA nunca participou de fraude em licitação, sendo até questionável a incidência do artigo 90 da Lei 8.666/93 em relação a procedimento realizado no âmbito da PETROBRÁS que não está sujeita e nem observa a referida lei. Neste ponto é importante registrar que, na sistemática adotada pela PETROBRÁS, após a empreiteira ser declarada vencedora da licitação, sua proposta é submetida a uma negociação interna na PETROBRÁS, com equipe técnica qualificada e muito rigorosa, que exige da licitante vencedora que apresente o seu DFP (Demonstrativo de Formação de Preço) e, quase sempre, impõe uma redução no preço para a assinatura do contrato, situação incompatível com a conduta de suposta participação em cartel e/ou fraude a licitação. 18 Parte 7 Evento 1, OUT Parte 7 Evento 1, OUT 139, PÁG. 9 (REDUC); OUT 141, PÁG. 2 (STEAM CRACKER ou HDT Nafta Coque) 20 Evento 1 INIC1 DOC. 17 anexo à inicial Autos

18 Nos seis casos de contratos mencionados na denúncia, por exemplo, ocorreu o seguinte: Obra da Petrobrás Valor Proposta (R$) Valor Contrato (R$) 1 REGAP , ,57 2 REPLAN (Consórcio) , ,73 3 REPAR (Consórcio) , ,05 4 TABR , ,26 5 TAIC , ,00 6 COMPERJ (Consórcio) , ,00 Em outras palavras, além da empresa ganhar a licitação por ter apresentado a proposta de menor valor, ainda teve em cinco casos o seu preço de contrato reduzido por negociação com a PETROBRÁS em relação à proposta apresentada (Anexo 2) 21. Estes procedimentos de negociação interna foram feitos entre equipe técnica da empreiteira MJTESA e equipe técnica da PETROBRÁS, em várias reuniões, que são objeto de ATAS, assinadas e arquivadas na PETROBRÁS junto ao respectivo processo de contrato. De qualquer forma, esta imputação (fraude a licitação), embora indicada como crime antecedente, não é objeto da denúncia da presente ação penal. Aos alegados indícios de prática da infração, apontados na denúncia, são opostos os contra indícios acima. V.2 (1º FATO A ) Imputação do crime de organização criminosa. Período indicado de 2004 a 14/11/2014. Invocação da Lei de 02/08/2013. Suposta participação de cinco denunciados entre administradores e agentes da MJTESA. 27 A denúncia se limita a descrever a prática do crime de organização criminosa (tipificado na Lei /2013), não tendo em sua narrativa os elementos integrantes do tipo penal do art. 288 do CP (formação de bando ou quadrilha), que, por isso, não pode ser objeto de eventual aplicação subsidiária. Neste ponto, histórica a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no julgamento dos Embargos Infringentes na Ação Penal nº 470 (caso do Mensalão ), na época acompanhado por V. Exa., ilustre Juiz Federal, então integrante da assessoria da eminente Ministra ROSA WEBER. O plenário do Supremo Tribunal Federal afastou a acusação de quadrilha, de que se transcrevem trechos dos principais votos 21 ANEXO 2 Planilha relativa às seis obras da PETROBRÁS com participação da MJTESA. 18

19 vencedores, que se aplicam ao caso concreto pela precariedade da narrativa da denúncia aqui oferecida: Voto do Ministro RICARDO LEWANDOWSKI, fls /57.482, do qual se destacam os seguintes tópicos: A convivência da quadrilha com a coautoria não é automática. É preciso que se façam as distinções, de maneira tecnicamente apurada, para que se possa ir além de uma série de crimes cometidos em coautoria, na forma do artigo 29 do Código Penal, para ingressarmos numa figura mais grave, ou conjugada àquela primeira, que é justamente a formação de quadrilha ou bando a que alude o artigo 288 do Código Penal. É dizer, não é a prática de dois ou mais crimes praticados em coautoria, que vai caracterizar o bando ou quadrilha. É preciso que haja uma conjunção permanente com um acordo subjetivo de vontades para praticar uma série indeterminada de crimes.... Então, nós precisamos verificar se essa quadrilha que o Ministério Público imputa aos réus tinha ou não este escopo: colocar em risco a incolumidade pública ou a paz social; ou se, simplesmente, houve um concurso de agentes, conforme o art. 29 do Código Penal, para praticar alguns crimes pelos quais, aliás, estão respondendo e muitos estão sendo condenados. Note se que há mais uma característica também aventada pelas duas ilustres Ministras: o fulcro, o objeto, o bem jurídico tutelado pelo artigo 288 do Código Penal é justamente a paz pública. Para se ter como configurado esse tipo penal, é preciso verificar, assim, se a conduta dos réus que foram incluídos nesta Ação Penal 470 teve estas características: a prática de uma série de crimes indeterminados; uma conjunção de pessoas interligadas por um mesmo interesse, portanto, subjetivamente; e se realmente a menos que se entenda de forma muito lata houve uma ameaça à paz pública. A existência, na denúncia, de indícios, ou mesmo de provas reveladoras da prática de diversos delitos, à evidência, não pode ser suficiente para a tipificação do crime de formação de quadrilha em todas as imputações. Delito autônomo que é, o crime de formação de quadrilha possui contornos próprios, tais como, estabilidade, permanência, número mínimo de participantes, liame subjetivo entre os membros, o desejo de praticar uma série indeterminada de crimes, etc. Com efeito, não basta, para a caracterização do delito de quadrilha, a simples coautoria em diversos crimes, de forma continuada ou em concurso material, se não ficar evidenciado que os coautores se associaram, de forma estável e permanente, para o fim de praticá los. Voto da Ministra ROSA WEBER, fls / (especialmente, fls /53.047) e explicação de fls /3, do qual se destacam os seguintes tópicos: Talvez isso explique a dificuldade ou controvérsia na abordagem do crime de quadrilha quando as infrações criminais para as quais ela tenha sido constituída já tenham ocorrido. Afinal, nessa hipótese, a punição a título de quadrilha já não é mais absolutamente necessária, pois os integrantes já podem ser responsabilizados pelos crimes concretamente praticados pela associação. 19

20 Apesar disso, tendo a associação criminosa sido erigida a crime autônomo, a prática de crimes concretos implica a imposição da sanção pelo crime de quadrilha em concurso material com as penas dos crimes concretamente praticados. Deve se, porém, nesses casos, ter extremo cuidado para não confundir associação criminosa com mera coautoria. Para distingui los, há que se exigir certa autonomia do crime de quadrilha em relação aos crimes concretamente praticados. Para tanto, necessária a configuração de uma entidade autônoma, formada pelo vínculo associativo e transcendente aos indivíduos que a compõem. Entretanto, é necessária para sua configuração, a teor do art. 288 do Código Penal brasileiro, a associação de mais de três pessoas para a prática de crimes, ou seja, a ocorrência de um vínculo associativo que resulte na criação de uma entidade com certa autonomia em relação a cada indivíduo que a integre. Em tal tipo, encontra se inerente a exigência de certa estabilidade, permanência e um programa delitivo, a fim de distingui la da prática de crimes em coautoria. Enfatizo que pressupõe, o tipo legal em foco, a configuração de uma entidade autônoma, formada por vínculo associativo, a transcender os indivíduos que a compõem e com certa autonomia em relação a cada um deles, ainda que desnecessária a existência de elementos constitutivos formais e prescindíveis engenharia sofisticada e estrutura complexa, consoante consignam precedentes sempre lembrados desta Corte. Ora, tenho como indiscutível renovando meu pedido de vênia aos que pensam de forma diversa, que os chamados núcleos político, financeiro e operacional envolvidos nesta ação penal jamais imaginaram formar uma associação para delinqüir, uma societas sceleris com o objetivo de sobreviverem, usufruírem ou se locupletarem com o produto dos crimes resultantes de sua atuação. Havia um objetivo: a cooptação de apoio político ao governo. Todos os demais fatos típicos que giraram em torno desse objetivo sempre tiveram por finalidade garantir a consumação desse desiderato. Em absoluto detecto a configuração, ainda que informal, de uma entidade com vida própria ou, nos dizeres de José de Figueiredo Dias, de um centro autônomo de imputação e motivação a que subordinados os réus como agentes criminosos. Delineada, isto sim, data venia, hipótese de coautoria, traduzindo, a meu juízo, o fato de os crimes terem sido praticados em série e por tempo considerável, continuidade delitiva, e não a existência de quadrilha ao feitio legal. Em síntese, à compreensão de que só existe quadrilha ao feitio legal quando o acerto de vontades entre os integrantes do grupo visa a uma série indeterminada de delitos, é dizer, à compreensão de que o tipo penal exige que a associação se faça para a prática de crimes com indeterminação na ação final e de que o tipo penal diz com sociedades engendradas para o crime com a finalidade de, por formas diversificadas e imprevistas, usufruir dos produtos auferidos com ações criminosas indistintas, caso, exemplificativamente, de grupos formados para assaltar, roubar, falsificar, seqüestrar, extorquir, concluo pela inviabilidade de reputar tipificado o artigo 288 do Código Penal, na espécie, com a conseqüente absolvição de todos os réus, forte no art. 386, III, do Código Penal. Registro, à demasia, não identificar, em qualquer hipótese, à luz dos fatos e provas dos autos, nos agentes dos crimes específicos já reconhecidos por este Plenário contra os quais se dirige a presente imputação, o dolo de criar ou participar de uma associação criminosa autônoma com vista à prática de crimes indeterminados. Identifico, é certo, em alguns desses agentes os 20

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