Questão Social: desafios. Prof. Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional Instituto do Milênio/CNPq

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Ruy Ronaldo Leão Pedroso
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1 As Metrópoles, Globalização e a Questão Social: desafios Prof. Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional Observatório rio das Metrópoles Instituto do Milênio/CNPq

3 Belém Fortaleza Natal Recife Salvador Goiânia Regiões metropolitanas Tipo A Regiões metropolitanas Tipo B Aglomerações Urbanas Maringá Belo Horizonte Rio de Janeiro São Paulo Curitiba Porto Alegre

4 A MUNDIALIZAÇÃO DESIGUAL DA URBANIZAÇÃO Entre as 33 megalópoles anunciadas para 2015, 27 estarão nos países menos desenvolvidos, sendo que 19 na Ásia.

6 O FUTURO DAS METRÓPOLES? DISSOCIAÇÃO ENTRE REPRODUÇÃO DO CAPITAL E REPRODUÇÃO SOCIAL NO SISTEMA URBANO MUNDIAL E NO INTERIOR DE MUITAS METRÓPOLES. AS METRÓPOLES DO CAPITAL E DO PODER ENCURTAM DE TAMANHO E AS METRÓPOLES DA POPULAÇÃO EXPLODEM.

7 RECONFIGURAÇÃO DAS CIDADES A GLOBALIZAÇÃO TRANSFORMA MODELO URBANO MUNDIAL. REDE DE CIDADES À CIDADE EM REDE

8 METRÓPOLES PERIFÉRICAS RICAS E A GLOBALIZAÇÃO Mutualização dos Riscos Metrópoles Firmas Flexibilidade Total.

9 COMPETIVIDADE DAS METRÓPOLES a a redução dos custos da distância ou o crescimento das externalidades monetárias contam menos que a densificação das relações sociais, intelectuais e culturais. (P. Veltz)

10 RECONFIGURAÇÃO DAS METRÓPOLES PERIFÉRICAS RICAS OS CAPITAIS E O PODER MUNDIAIS INTERESSAM OS LUGARES DAS METRÓPOLES.

11 METRÓPOLES E POLÍTICAS SOCIAIS POLÍTICAS COMPENSATÓRIAS E FOCALIZADAS REGIMES DE BEM-ESTAR SOCIAL POLÍTICAS DE SEGURO SOCIAL POLÍTICAS UNIVERSAIS

12 O FUTURO DAS GRANDES METRÓPOLES DA PERIFERIA? REGIME DE BEM-ESTAR ESTAR SOCIAL PROJETO DE ECONOMIA URBANA

13 O QUE É UM REGIME DE BEM- ESTAR SOCIAL?

14 Área da Intervenção do Estado Direitos Sociais Área do Mercado Preços auto-regulados Área da Família/Comunidade Reciprocidade.

15 DESAFIOS O QUE FAZER DURANTE NESTA TRANSIÇÃO?

16 DESAFIOS AS GRANDES AGLOMERAÇÕES PERDEM A CAPACIDADE DE INTEGRAÇÃO SOCIAL DE UNIFICAÇÃO POLÍTICA E TERRITORIAL. O ESTADO-NA NAÇÃO PERDE SUA PODER E AUTORIDADE.

17 Segmentação do Mercado de Trabalho Fragilização da Família e da Comunidade Vulnerabilidade Social Segregações SócioS cio-territoriais Isolamento dos Pobres

18 Dinâmica SócioS cio-territorial ISOLAMENTO COMPULSÓRIO ISOLAMENTO VOLUNTÁRIO

20 Segregações SócioS cio-territoriais Distância Espacial Distância Social Distância Legal

21 A Metrópole e a Questão Social Segregações Territoriais Desigualdades Bem-Estar Social Renda Urbana Oportunidades

22 Fragilização da Relação com o Mercado de Trabalho A Relação de controle B Relação de causalidade A A Contexto do Domicílio B Contexto das Famílias: união consensual, tipo de família, etc. Contexto Social do Bairro: grau de concentração de trabalhadores com laços frágeis com o mercado de trabalho B Situação de Risco de Crianças e Jovens

23 RELAÇÃO RISCO E A COMPOSIÇÃO SÓCIOS CIO-OCUPACIONAL OCUPACIONAL DOS BAIRROS: : 15 METRÓPOLES Abandono Materno Infantil - 4 e 5 anos Atraso e Evasão Escolar - 7 a 14 anos Jovem que não estuda, não trabalha e procura ocupação - 15 a 24 anos Jovem que não estuda, não trabalha e não procura ocupação - 15 a 24 anos Mãe Solteira que não trabalha, não trabalha e não procura ocupação - 15 a 19 anos CORRELAÇÃO= -0,72 % DE PESSOAS EM OCUPAÇÕES ESTÁVEIS

24 FIM : O QUE FAZER? A QUEM INTERESSA O PROJETO DE FUTURO PARA AS METRÓPOLES DA AMÉRICA LATINA?

25 AS METRÓPOLES E AS POLÍTICAS PÚBLICASP Política Urbana Política de Educação Território rio Política de Saúde Política Social

26 Foto: NYCC visto da Avenida das Américas

27 A A incidência de homicídios nas regiões metropolitanas é quase duas vezes maior que a incidência nacional.

29 Jornal o Globo - Marcelo Burgo

30 Efeito Vizinhança O efeito de vizinhança reproduz ou não modelos culturais, estruturas de oportunidades disponíveis e ativos para cada segmento isto é, pode promover de maneira simultânea a reprodução intergeracional da riqueza e da pobreza. (Kaztman, 1999)

31 Efeito Vizinhança [...] se restringem as ocasiões que permitem compartilhar com outras classes o tipo de experiências cotidianas que alimentam e preservam a crença em um destino coletivo comum, experiências sobre as quais repousam os sentimentos de cidadania. A idéia de ser portador dos mesmos direitos e de gozar dos benefícios do princípio universal de igualdade para a vida social pode ser visto como uma ficção quando o distanciamento com respeito às correntes dominantes da sociedade se vive todos os dias (KAZTMAN, 2001, P.184).

32 Efeito Vizinhança : mecanismos Redes Sociais Socialização Coletiva Exposição ao Crime e à Violência Distância e Isolamento Social Influência dos Pares Qualidade dos Serviços

33 Atraso Escolar de Crianças de 7 a 14 anos Composição Social dos Bairros Médio- Capital Cultural Conjugalidade Baixo Médio Superior Superior Total Até 5 anos Mais de 5 até 9 anos Civil e/ou religioso 26,7% 22,6% 23,6% 22,4% 26,1% Consensual 35,1% 30,6% 32,1% 28,1% 34,4% Monoparental 36,9% 30,1% 32,6% 28,5% 35,8% Até 5 anos Total 31,7% 27,0% 28,8% 25,8% 31,0% Civil e/ou religioso 13,0% 10,6% 10,3% 9,0% 12,3% Consensual 20,6% 17,3% 15,8% 15,9% 19,7% Monoparental 22,0% 17,4% 15,3% 13,2% 20,4% Mais de 5 até 9 anos Total 16,7% 13,6% 12,7% 11,5% 15,8% Mais de 9 até 12 anos Civil e/ou religioso 7,5% 6,2% 5,5% 6,2% 6,8% Consensual 14,0% 10,5% 8,0% 7,8% 12,1% Monoparental 14,8% 11,3% 9,4% 7,9% 12,7% Mais de 9 até 12 anos Total 10,3% 8,0% 6,8% 6,8% 9,0% Mais de 12 anos Total Global Civil e/ou religioso 5,0% 4,6% 3,8% 3,3% 4,1% Consensual 8,9% 6,4% 5,4% 5,0% 6,4% Monoparental 10,5% 6,9% 6,1% 5,4% 7,1% Mais de 12 anos Total 6,5% 5,2% 4,3% 3,8% 4,9% Civil e/ou religioso 18,1% 11,1% 7,9% 5,2% 15,2% Consensual 28,1% 20,5% 16,9% 11,4% 26,1% Monoparental 29,1% 19,5% 15,1% 9,1% 25,4% Total Geral 23,2% 15,0% 11,1% 6,7% 20,1% Fonte: Censo 2000, FIBGE. Tabulação Observatórios das Metrópoles.

34 ROTEIRO DINÂMICA DE OCUPAÇÃO DO TERRITÓRIO RIO METROPOLITANO TERRITÓRIO RIO METROPOLITANO E AS DESIGUALDADES

35 As Metrópoles Brasileiras 15 Aglomerações Urbanas Metropolizadas 2 Mega-Cidades 1 Região-Metr Metrópole em Formação

36 HIERARQUIA DAS METRÓPOLES São Paulo Belo Horizonte Campinas Baixada Santista Foz do Itajaí Porto Alegre Manaus N/NE Catarin. Vale do Aço Brasília Vitória Natal Carbonífera 2 Curitiba Goiânia Londrina Tubarão Rio de Janeiro Salvador Belém São Luís Macapá Recife Florianópolis Maceió Rio Branco Fortaleza Cuiabá Palmas Campo Grande Boa Vista João Pessoa Vale do Itajaí Aracaju Teresina Maringá Porto Velho

38 SPATIAL MISMATCH

39 DINÂMICA SÓCIOS CIO-HABITACIONAL GRANDE PRESSÃO PELA OCUPAÇÃO DAS ÁREAS CENTRAIS. Ou seja tendência ao aburgesamento das áreas centrais ao mesmo tempo a pressão dos pobres pela sua ocupação. Podemos dizer que os pobres voltam ao centro, enquanto os ricos tentam se isolar. Não será por isto que se fala tanto de revitalização do centro?

45 TERRITÓRIO RIO E DESIGUALDADES PRODUÇÃO K. POLANYI E. ANDERSEN REPRODUÇAO SOCIAL MODELOS INSTIUCIONAIS DE BEM- ESTAR SOCIAL

46 Segmentação do Mercado de Trabalho Fragilização da Família e da Comunidade Vulnerabilidade Social Segregações SócioS cio-territoriais Isolamento dos Pobres

48 TRANSFORMAÇÕES FAMILARES Fonte: (Hasenbalg( Hasenbalg,, 2003:63)

49 TRANSFORMAÇÕES FAMILARES Fonte: (Hasenbalg( Hasenbalg,, 2003:63)

RELAÇÃO RISCO E A COMPOSIÇÃO SÓCIOS CIO-OCUPACIONAL OCUPACIONAL DOS BAIRROS: : 15 METRÓPOLES Abandono Materno Infantil - 4 e 5 anos Atraso e Evasão Escolar - 7 a 14 anos Jovem que não estuda, não

50 RELAÇÃO RISCO E A COMPOSIÇÃO SÓCIOS CIO-OCUPACIONAL OCUPACIONAL DOS BAIRROS: : 15 METRÓPOLES Abandono Materno Infantil - 4 e 5 anos Atraso e Evasão Escolar - 7 a 14 anos Jovem que não estuda, não trabalha e procura ocupação - 15 a 24 anos Jovem que não estuda, não trabalha e não procura ocupação - 15 a 24 anos Mãe Solteira que não trabalha, não trabalha e não procura ocupação - 15 a 19 anos CORRELAÇÃO= -0,72 % DE PESSOAS EM OCUPAÇÕES ESTÁVEIS

51 Atraso Escolar de Crianças de 7 a 14 anos Composição Social dos Bairros Médio- Capital Cultural Conjugalidade Baixo Médio Superior Superior Total Até 5 anos Mais de 5 até 9 anos Civil e/ou religioso 26,7% 22,6% 23,6% 22,4% 26,1% Consensual 35,1% 30,6% 32,1% 28,1% 34,4% Monoparental 36,9% 30,1% 32,6% 28,5% 35,8% Até 5 anos Total 31,7% 27,0% 28,8% 25,8% 31,0% Civil e/ou religioso 13,0% 10,6% 10,3% 9,0% 12,3% Consensual 20,6% 17,3% 15,8% 15,9% 19,7% Monoparental 22,0% 17,4% 15,3% 13,2% 20,4% Mais de 5 até 9 anos Total 16,7% 13,6% 12,7% 11,5% 15,8% Mais de 9 até 12 anos Civil e/ou religioso 7,5% 6,2% 5,5% 6,2% 6,8% Consensual 14,0% 10,5% 8,0% 7,8% 12,1% Monoparental 14,8% 11,3% 9,4% 7,9% 12,7% Mais de 9 até 12 anos Total 10,3% 8,0% 6,8% 6,8% 9,0% Mais de 12 anos Total Global Civil e/ou religioso 5,0% 4,6% 3,8% 3,3% 4,1% Consensual 8,9% 6,4% 5,4% 5,0% 6,4% Monoparental 10,5% 6,9% 6,1% 5,4% 7,1% Mais de 12 anos Total 6,5% 5,2% 4,3% 3,8% 4,9% Civil e/ou religioso 18,1% 11,1% 7,9% 5,2% 15,2% Consensual 28,1% 20,5% 16,9% 11,4% 26,1% Monoparental 29,1% 19,5% 15,1% 9,1% 25,4% Total Geral 23,2% 15,0% 11,1% 6,7% 20,1% Fonte: Censo 2000, FIBGE. Tabulação Observatórios das Metrópoles.

52 A Metrópole e a Questão Social Território Desigualdades

53 O FUTURO DAS GRANDES CIDADES? COMO TRANSFORMAR AS NOSSAS METRÓPOLES EM METRÓPOLIS POLIS?

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