UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO ESTÁGIO EM ARQUITETURA E URBANISMO

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1 UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO ESTÁGIO EM ARQUITETURA E URBANISMO BRENA MIRANDA DE OLIVEIRA A CASA CONTEMPORÂNEA BRASILEIRA: REGRA E A TRANSGRESSÃO TIPOLÓGICA NO ESPAÇO DOMÉSTICO CASAS CONTEMPORÂNEAS BRASILEIRAS: ESCRITÓRIO YURI VITAL CAXIAS DO SUL 2015

2 BRENA MIRANDA DE OLIVEIRA A CASA CONTEMPORÂNEA BRASILEIRA: REGRA E A TRANSGRESSÃO TIPOLÓGICA NO ESPAÇO DOMÉSTICO ESCRITÓRIO YURI VITAL Trabalho apresentado como parte dos requisitos para aprovação na disciplina de Estágio de Arquitetura e Urbanismo. Orientador: Prof. Arq. Ms. Cristina Piccoli Campo de Estágio: UFRGS Faculdade de Arquitetura Supervisor: Prof. Dra. Arq. Ana Elísia da Costa CAXIAS DO SUL 2015

3 RESUMO O relatório apresenta um estudo específico sobre três casas do escritório Yuri Vital, arquiteto paulista que, em 2009, recebeu o 1º lugar no Prêmio O Melhor da Arquitetura 2009, atribuído à obra BoxHouse, na categoria Conjuntos Residenciais. Este trabalho faz parte da pesquisa A Casa Contemporânea Brasileira: regra e a transgressão tipológica no espaço doméstico, desenvolvida na UFRGS, que tem como objetivo analisar projetos de habitação unifamiliar desenvolvidos por 25 escritórios ou arquitetos brasileiros selecionados pela revista AU Arquitetura e Urbanismo (Editora PINI), em 2010, eleitos como a nova geração de arquitetos brasileiros. A pesquisa pretende, através de seus resultados, identificar estratégias projetuais que demonstrem regras ou transgressões no modo de projetar daquela geração. Para o desenvolvimento do trabalho, foram elaborados modelos bidimensionais e tridimensionais das três casas selecionadas a partir das informações obtidas através de sites, revistas e disponibilizadas pelo próprio escritório. A pesquisa bibliográfica forneceu o embasamento teórico acerca dos conceitos desenvolvidos nas análises gráfico-textuais. Palavras-chave: Arquitetura. Yuri Vital. Casa contemporânea.

4 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Implantação da Casa em Ibirapitanga,2009. Escritório Yuri Vital Figura 2: Corte AA esquema corte e aterro da Casa em Ibirapitanga,2009. Escritório Yuri Vital Figura 3: Esquema da composição volumétrica da Casa em Ibirapitanga,2009. Escritório Yuri Vital Figura 4: Angulação e terraço da Casa em Ibirapitanga,2009. Escritório Yuri Vital Figura 5: (a) Fachada Nordeste (b) Fachada Sudoeste (c) Fachada Sudeste (d) Fachada Noroeste da Casa em Ibirapitanga,2009. Escritório Yuri Vital Figura 6: Zoneamento - (a) Pavimento inferior e (b) Pavimento superior da Casa em Ibirapitanga,2009. Escritório Yuri Vital Figura 7: Circulação e elementos irregulares da Casa em Ibirapitanga,2009. Escritório Yuri Vital Figura 8: Circulação e elementos irregulares da Casa em Ibirapitanga,2009. Escritório Yuri Vital Figura 9: Hall da Casa em Ibirapitanga,2009. Escritório Yuri Vital Figura 10: Estar da Casa em Ibirapitanga,2009. Escritório Yuri Vital Figura 11: Corredor íntimo da Casa em Ibirapitanga,2009. Escritório Yuri Vital Figura 12: Dormitório da Casa em Ibirapitanga,2009. Escritório Yuri Vital Figura 13: Suíte master da Casa em Ibirapitanga,2009. Escritório Yuri Vital Figura 14: Esquema da topografia da Casa em Tibau, Figura 15: Implantação da Casa em Tibau, Escritório Yuri Vital Figura 16: Corte BB da Casa em Tibau, Escritório Yuri Vital Figura 17: Esquema da composição volumétrica da Casa em Tibau, Escritório Yuri Vital Figura 18: (a) Fachada noroeste (b) Vista do pátio interno para o bloco do setor íntimo da Casa em Tibau, Escritório Yuri Vital Figura 19: Zoneamento pavimento térreo e primeiro pavimento da Casa em Tibau, Escritório Yuri Vital Figura 20: Corte AA da Casa em Tibau, Escritório Yuri Vital Figura 21: Circulação e elementos irregulares pavimento térreo e primeiro pavimento da Casa em Tibau, Escritório Yuri Vital Figura 22: Ingresso da Casa em Tibau, Escritório Yuri Vital Figura 23: Tensão multidirecional no estar e jantar da Casa em Tibau, Escritório Yuri Vital Figura 24: Acesso e percurso ao pátio da Casa em Tibau, Escritório Yuri Vital Figura 25: Ala de dormitórios e corredor da Casa em Tibau, Escritório Yuri Vital Figura 26: Vista do dormitório painel aberto e fechado da Casa de Tibau, Escritório Yuri Vital Figura 27: (a) Implantação (b) Esquema relações da volumetria com o terreno da Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital Figura 28: Corte AA da Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital Figura 29: Esquema da composição volumétrica da Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital Figura 30: Zoneamento do primeiro pavimento na Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital Figura 31: Circulação e elementos irregulares pavimento térreo na Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital Figura 32: (a) Pavimento térreo (b) Primeiro pavimento - Localização da rampa e escada externa na Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital Figura 33: Acesso à Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital Figura 34: Estar e jantar na Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital Figura 35: Espaço de transição entre o jantar em direção ao corredor na Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital Figura 36: Corredor de acesso aos dormitórios na Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital Figura 37: Vista do dormitório na Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital Figura 38: Implantação e esquemas de manipulação da topografia (a) Casa em Ibirapitanga,2009; (b) Casa em Tibau, 2011; (c) Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital Figura 39: Esquema da volumetria apoiada sobre o terreno e sobre pilotis (a) Casa em Ibirapitanga,2009; (b) Casa em Tibau, 2011; (c) Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital... 40

5 Figura 40: Esquema composição volumétrica (a) Casa em Ibirapitanga,2009; (b) Casa em Tibau, 2011; (c) Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital Figura 41: Perspectiva: ala social e íntima (a) Casa em Ibirapitanga,2009; (b) Casa em Tibau, 2011; (c) Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital Figura 42: Zoneamento (a) Casa em Ibirapitanga,2009; Casa em Tibau, 2011; Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital Figura 43: Circulação e elementos irregulares - (a) Casa em Ibirapitanga,2009; Casa em Tibau, 2011; Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital Figura 44: Acesso - (a) Casa em Ibirapitanga,2009; Casa em Tibau, 2011; Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital Figura 45: Estar e jantar - (a) Casa em Ibirapitanga,2009; Casa em Tibau, 2011; Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital Figura 46: Transição entre as alas - (a) Casa em Ibirapitanga,2009; Casa em Tibau, 2011; Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital Figura 47: Corredor íntimo - (a) Casa em Ibirapitanga,2009; Casa em Tibau, 2011; Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital Figura 48: Dormitório - (a) Casa em Ibirapitanga,2009; Casa em Tibau, 2011; Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital... 47

6 LISTA DE QUADROS Quadro 1 Roteiro de análise...11 Quadro 2 Redesenhos bidimensionais...13 Quadro 3 Modelagens tridimensionais...14

7 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO CONTEXTO E DELIMITAÇÃO DA PESQUISA DEMANDA DO CAMPO DE ESTÁGIO E OBJETIVO PROBLEMA DE PESQUISA E JUSTIFICATIVA MÉTODO REFERENCIAIS BIBLIOGRÁFICOS PESQUISA DOCUMENTAL ANÁLISES CASA EM IBIRAPITANGA IMPLANTAÇÃO E PARTIDO FORMAL CONFIGURAÇÃO FUNCIONAL ESPACIALIDADE CASA EM TIBAU IMPLANTAÇÃO E PARTIDO FORMAL CONFIGURAÇÃO FUNCIONAL ESPACIALIDADE CASA EM CATALÃO IMPLANTAÇÃO E PARTIDO FORMAL CONFIGURAÇÃO FUNCIONAL ESPACIALIDADE ANÁLISE COMPARATIVA IMPLANTAÇÃO E ASPECTOS FORMAIS CONFIGURAÇÃO FUNCIONAL ESPACIALIDADE CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAIS BIBLIOGRÁFICOS ANEXOS...49

8 8 1 INTRODUÇÃO Em 2010, a revista AU Arquitetura e Urbanismo (Editora PINI) publicou uma lista identificando 25 arquitetos ou escritórios do Brasil, eleitos como a nova geração de arquitetos brasileiros. A necessidade de analisar as produções desses escritórios surgiu com o intuito de avaliar as estratégias projetuais utilizadas e questionar qual seria o diferencial desses escritórios. Para tanto, surgiu a pesquisa A Casa Contemporânea Brasileira: regra e transgressão tipológica no espaço doméstico, desenvolvida na UFRGS, que tem como tema a habitação contemporânea brasileira e como objeto de estudo as casas unifamiliares projetadas pelos arquitetos ou escritórios eleitos pela AU. Entre os arquitetos e escritórios selecionados, encontra-se o Escritório Yuri Vital, inaugurado em 2006, que leva o nome do arquiteto paulista, formado na FAU-Mackenzie (São Paulo) em O profissional recebeu vários prêmios desde a sua formação, entre os principais: 1º lugar no Prêmio O Melhor da Arquitetura 2009, conferido a obra BoxHouse, na categoria Conjuntos Residenciais; Prêmio Ibero Americano de Arquitetura e Urbanismo BIAU 2010 Medellin, Colômbia; Prêmio Internacional New York Practices, conferido ao conjunto total das realizadas New York, EUA, O trabalho desenvolvido neste estágio, insere-se como um estudo parcial que alimentará o acervo da pesquisa e se propõem a analisar três residências produzidas pelo escritório Yuri Vital: Casa em Ibirapitanga (2009) em Santa Isabel SP, Casa em Tibau (2011) situada em Tibau do Sul RN e a Casa em Catalão (2011) situada em Catalão - Go. O estudo divide-se em três principais etapas: pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e análises. A primeira, busca construir o embasamento teórico acerca dos conceitos de tipo e estratégias projetuais, fundamentando as análises. A segunda, a pesquisa documental, está relacionada ao levantamento de dados referentes à produção do escritório, especificamente das casas, que servirão como banco de dados para o desenvolvimento dos modelos bidimensionais e tridimensionais. Por fim, como resultado das duas etapas anteriores, estão as análises individuais de cada casa e a comparativa.

9 9 2 CONTEXTO E DELIMITAÇÃO DA PESQUISA 2.1 DEMANDA DO CAMPO DE ESTÁGIO E OBJETIVO A pesquisa tem como tema a habitação contemporânea brasileira e como objeto de estudo, projetos de habitação unifamiliar desenvolvidos por 25 arquitetos ou escritórios eleitos em 2010 como a nova geração de arquitetos brasileiros, elenco publicado pela Revista AU - Arquitetura e Urbanismo da editora PINI, edição de aniversário 25 anos, agosto de A revista convocou Carlos Eduardo Comas, Cláudia Estrela Porto, Fernando Lara, Mônica Junqueira de Camargo e Roberto Segre, arquitetos, professores e críticos estudiosos da arquitetura brasileira, com a tarefa de selecionar os jovens profissionais de até 40 anos com uma produção atual de destaque. Dentre os selecionados, os arquitetos de São Paulo são a grande maioria: Estúdio América, FGMF, Grupo SP, SIAA, SPBR, Triptyque, Una Arquitetos, Arquitetos Cooperantes, Aum Arquitetos, Frederico Zanelato, Metro Arquitetos, Nitsche Arquitetos Associados, TACOA e Yuri Vital. Do Rio de Janeiro: Carla Juaçaba, DDG Arquitetura, Mareines + Patalano Arquiteura, Rua Arquitetos e Bernardes Jacobsen Arquitetura. De Minas Gerais são os Arquitetos Associados e BCMF e do Rio Grande do Sul os escritórios POAA e Studio Paralelo atual MAPA. E com um representante está Pernambuco, com O Norte Oficina de Criação em Pernambuco e Brasília com o escritório MGS. O objetivo geral da pesquisa é construir, por amostragem, um quadro que ilustre a casa contemporânea brasileira, identificando regras e transgressões tipológicas através da análise de todos os escritórios arrolados. Nesse contexto, o objetivo específico deste trabalho é analisar as casas em Ibirapitanga, Tibau e Catalão, produzidas pelo escritório Yuri Vital, registrando a ocorrência ou não de séries tipológicas.

10 PROBLEMA DE PESQUISA E JUSTIFICATIVA A análise da produção residencial unifamiliar dos arquitetos selecionados permite, por amostragem, expor o rico cenário da arquitetura contemporânea brasileira. Diante disto, alguns questionamentos são necessários Quais os esquemas tipológicos recorrentes usados na arquitetura residencial contemporânea brasileira? Esses esquemas expressam continuidades, transgressões, miscigenações tipológicas em relação aos tipos tradicionalmente usados na arquitetura doméstica? Tais experiências podem indicar que estão sendo construídas e/ou consolidadas novas práticas projetuais? É a consolidação de novas práticas que faz com estes escritórios tenham ganhado notoriedade? As respostas a estas perguntas permitirão que se tenha um posicionamento crítico sobre a atual produção brasileira, inclusive, questionando a própria seleção indicada. Deve-se ainda levar em consideração que a produção desses escritórios poderá influenciar as gerações futuras com um trabalho representativo na arquitetura brasileira. Assim, este trabalho se justifica na medida em que fornece subsídios para alimentar a base de dados geral da pesquisa uma vez que esta se propõe a cruzar dados parciais para traçar conclusões sobre o universo estudado.

11 MÉTODO O método utilizado neste trabalho é aquele determinado pela pesquisa, ou seja: a) Pesquisa bibliográfica. Com dois focos principais: sobre o conceito de tipo na arquitetura e sobre a produção do escritório Yuri Vital. Um seminário de leitura, realizado na UFRGS, com todos os bolsistas, permitiu através das leituras orientadas, estabelecer parâmetros conceituais norteadores para o desenvolvimento da pesquisa, criando um vocabulário comum entre os pesquisadores. Já a pesquisa sobre a produção do escritório Yuri Vital, buscou identificar e sintetizar artigos, matérias, entrevistas já desenvolvidas, destacando aspectos relativos a estratégias projetuais que pudessem subsidiar o desenvolvimento das análises. b) Pesquisa documental. Desenvolvida a partir do levantamento e organização das informações encontradas no site do arquiteto e outras publicações, identificando as fichas técnicas, desenhos, imagens, textos/memoriais, artigos referentes aos projetos estudados. Após a coleta de dados, eles foram organizados na conta Dropbox da pesquisa, criando o acervo ao qual todos os pesquisadores têm acesso. c) Análise. Realizada através dos métodos de observação e ao método comparativo. No método de observação, as casas foram analisadas individualmente através de gráficos e textos, com base nos conceitos discutidos no seminário de leitura e no roteiro de análise padrão (Quadro 1). Através do método comparativo, buscou-se as similaridades ou especificidades projetuais das três residências.

12 12 Quadro 1 Roteiro para análise Fonte: COSTA (2014) 3 REFERENCIAIS BIBLIOGRÁFICOS Com a finalidade de estabelecer os parâmetros conceituais norteadores para o desenvolvimento da pesquisa e criar, um vocabulário comum entre os pesquisadores, a coordenação do projeto de pesquisa organizou um seminário de leitura, realizado no dia 22/09/2015 na Faculdade de Arquitetura - UFRGS, onde cada pesquisador ficou encarregado de estudar um texto indicado, que foi apresentado e discutido em grupo. As bibliografias tratavam sobre o conceito de tipo na arquitetura, estratégias de composição, elementos de arquitetura, circulações, análises de percurso e espacialidade. Entre os autores: Ana Elísia da Costa, Alfonso Corona Martinez, Célia Helena Castro Gonsales, Edson da Cunha Mahfuz e Marcio Cotrim Cunha. Como tarefa individual, foram estudados os textos: Residência e cidade: Arquiteto Rino Levi da arquiteta Célia Helena Castro Gonsales, que exemplifica os critérios de implantação e partido formal. A autora utiliza para análise a produção residencial do arquiteto Rino Levi, demonstrando as estratégias de partido arquitetônico recorrentes para dois tipos básicos de lote: o amplo e o compacto. O lote amplo é caracterizado por aqueles

13 13 onde a largura se assemelha à profundidade. Neste caso, o arquiteto lança mão de um partido em T, composto por três alas A zona diurna localizada no corpo linear paralelo à rua, a zona noturna, na ala perpendicular ao corpo linear na parte posterior, criando dois pátios, um social e o outro privativo dos dormitórios. Já no lote compacto, geralmente situado em meio de quadra, a largura é menor que a profundidade, sugerindo a utilização de um partido retangular, com recuos em todas as laterais e as alas dos dormitórios e do estar quase sempre estão localizadas paralelamente à via pública. O segundo texto, Ensaio sobre a razão compositiva do arquiteto Edson da Cunha Mahfuz, aborda a composição aditiva (partido decomposto) e a composição subtrativa (partido compacto), sendo esses, uma decorrência do programa e lugar. Independentemente de ser uma composição aditiva ou subtrativa, a manipulação dos volumes segue a três princípios básicos de organização, ponto, linha, grelha, que busca responder aos diversos condicionantes, como a geometria e posição do lote, topografia, orientação solar, entre outros. Ambos os autores, relacionam o partido ao lugar e ao programa, onde o projeto é uma reposta pertinente ao contexto de inserção. (Anexo 1) Durante o seminário também foi apresentado o roteiro de análise. (Anexo 2) 4 PESQUISA DOCUMENTAL A pesquisa documental, realizada nas primeiras semanas de agosto, envolveu o levantamento e a organização das informações referentes às residências do escritório Yuri Vital e que serviram de base para a elaboração dos redesenhos bidimensionais e tridimensionais. Os dados coletados foram sistematizados e formatados de acordo com o padrão da pesquisa, e armazenados no banco de dados do Dropbox. (Anexo 3) Em princípio a coordenação da pesquisa definiu quatro casas para análise: Casa em Ibirapitanga - Santa Isabel/SP, 2009; Casa em Catalão - Catalão/GO,2011; Casa em Tibau - Tibau do Sul/RN,2011; Casa em Ibiúna Ibiúna/SP, 2012, porém, por questões de indisponibilidade de material, a casa em Ibiúna foi excluída da lista. Ainda assim, a precariedade do material disponível on line travou, em vários momentos, o processo de redesenho, sendo necessário recorrer ao próprio arquiteto e sua equipe que disponibilizaram arquivos nos formatos pdf e jpg das plantas técnicas, além de auxiliar nas dúvidas referente à alguns aspectos dos projetos. De posse dessas informações iniciou-se o redesenho das casas, tarefa que auxiliou na compreensão dos projetos. Os arquivos bidimensionais foram feitos no software AutoCAD

14 14 e a modelagem em 3D no SketchUp, todos os arquivos seguiram a padronização da pesquisa através dos Templates (arquivo modelo). No início de setembro, foi realizado um seminário de apresentação individual dos trabalhos, onde os pesquisadores apresentaram ao grupo todo material produzido até então. Foi um momento de troca, onde foram expostos problemas e as dificuldades encontradas durante o processo de levantamento dos dados e produção do material. Todo material elaborado foi formatado em pranchas conforme Quadro 2 e está disponível no site da pesquisa. Quadro 2 Redesenho bidimensional (continua)

15 15 (conclusão) Fonte: OLIVEIRA, Brena Quadro 3 Redesenho tridimensional (continua)

16 16 (continua)

17 17 (conclusão) Fonte: OLIVEIRA, Brena ANÁLISES Com a conclusão da revisão bibliográfica, pesquisa documental e produção dos redesenhos bidimensionais e tridimensionais de cada residência, foi possível iniciar o processo individual de análises. Antes da produção dos textos foi realizado um estudo preliminar através de croquis e esquemas que auxiliaram o desenvolvimento das análises gráfica e textual. (Anexo 4)

18 CASA EM IBIRAPITANGA A casa em Ibirapitanga, projetada em 2009, é uma residência unifamiliar de aproximadamente 206,04 m² IMPLANTAÇÃO E PARTIDO FORMAL Localiza-se em um condomínio fechado, nos limites do município de Santa Isabel-SP, em área vizinha à reserva florestal de Ibirapitanga. O terreno, de geometria irregular e geografia extremamente acidentada, foi manipulado com cortes e aterros, gerando o platô centralizado onde a casa é implantada e taludes na face sudoeste/noroeste. (Figuras 1 e 2) Figura 1: Implantação da Casa em Ibirapitanga,2009. Escritório Yuri Vital Figura 2: Corte AA esquema corte e aterro da Casa em Ibirapitanga,2009. Escritório Yuri Vital

19 19 Dois volumes perpendiculares e em diferentes níveis dão corpo ao partido decomposto. O bloco superior, aqui denominado Bloco 1, é disposto na extensão longitudinal do terreno, paralelo a sua divisa nordeste. Trata-se de um prisma retangular com pilotis que se apoia em quadro pilares e em duas empenas laterais de concreto armado. Estas empenas, ao se erguerem acima da laje da cobertura, expressam uma ambiguidade compositiva entre assumir uma linguagem volumétrica ou planar (figura 3). No pavimento superior deste bloco, as demais vedações verticais são envidraçadas e as angulações destas a nordeste e sudeste criam terraços com vista privilegiada para a reserva de Ibirapitanga (Figura 4) Figura 3: Esquema da composição volumétrica da Casa em Ibirapitanga,2009. Escritório Yuri Vital Fonte: OLIVEIRA, Brena, 2015 Figura 4: Angulação e terraço da Casa em Ibirapitanga,2009. Escritório Yuri Vital Fonte: OLIVEIRA, Brena, 2015

20 20 O Bloco 2 possui um pavimento e está implantado numa cota inferior ao nível da rua, encravado entre o limite sudoeste do terreno e o piloti do Bloco 1. Este bloco configura-se como um volume compacto, cujo caráter introspectivo se revela por estar semienterrado no terreno e pelo tratamento de suas fachadas, onde os fechamentos opacos predominam. Destacase, como contraponto, a fachada voltada para a melhor visual, a nordeste, que recebe grandes panos de vidro. O pátio interno, resultado de uma subtração formal, reforça esta característica introspectiva. (Figura 5) Aparentemente, nenhuma modulação ou parâmetro de proporção rege o arranjo dos dois blocos, nem mesmo a disposição dos pilares do Bloco 1 que possuem um importante papel compositivo na expressão formal do conjunto. Figura 5: (a) Fachada Nordeste (b) Fachada Sudoeste (c) Fachada Sudeste (d) Fachada Noroeste da Casa em Ibirapitanga,2009. Escritório Yuri Vital

21 CONFIGURAÇÃO FUNCIONAL A geometria e a topografia do terreno somados à preocupação em valorizar as visuais presentes no entorno, parecem ter colaborado para a organização do programa em dois níveis. O Bloco 1 é exclusivamente social, contemplando apenas salas de estar e jantar, enquanto que o Bloco 2 abriga os setores social, de serviço e íntimo além do jardim de inverno. (Figura 6) Figura 6: Zoneamento - (a) Pavimento inferior e (b) Pavimento superior da Casa em Ibirapitanga,2009. Escritório Yuri Vital Os acessos à casa ocorrem em dois níveis distintos - no nível da rua, ocorre o acesso de pedestres e, no nível inferior, o acesso de veículos. A partir do nível da rua, observa-se duas escadas externas uma que leva ao pavimento inferior do Bloco 1 (a noroeste) e outra ao seu pavimento superior (a sudeste). Esta última transpõe a cobertura do Bloco 2 e conduz ao terraço que faz a função de hall de acesso neste pavimento. A partir do nível da garagem, um estar íntimo longitudinal faz o papel de hall, proporcionando acesso direto e independente aos setores de serviços e íntimo e, através da escada, ao setor social no pavimento superior. (Figura 7) Figura 7: Circulação e elementos irregulares da Casa em Ibirapitanga,2009. Escritório Yuri Vital

22 22 No Bloco 1, a circulação na grande planta livre é sugerida pelo mobiliário, ficando definido um eixo longitudinal de circulação junto à fachada sudoeste e, com as melhores visuais, as áreas de permanência a nordeste. No Bloco 2, o jardim de inverno surge como um centro organizador dos setores de serviços (a noroeste) e íntimo (a sudeste). Em cada setor, a circulação interna acontece na periferia do pátio, ora de forma espacializada, ora de forma sugerida. A posição dos elementos irregulares de composição banheiro e cozinha - não segue uma padronização. De modo mais recorrente, estes aparecem agrupados, mas podem estar internalizados ou na periferia da planta. (Figura 8) Figura 8: Circulação e elementos irregulares da Casa em Ibirapitanga,2009. Escritório Yuri Vital

23 ESPACIALIDADE A partir do nível da rua, o ingresso social à residência ocorre no terraço do Bloco 1, configurando um ambiente de transição entre interior e exterior. Neste espaço, tensionam-se estímulos visuais entre o emolduramento da paisagem (a frente) e a antecipação visual da sala através de seus planos envidraçados (a esquerda). (Figura 9) Figura 9: Hall da Casa em Ibirapitanga,2009. Escritório Yuri Vital Após acessar a sala de estar, a experiência vivenciada é repleta de relações abertas e dinâmicas, promovidas pela planta livre e pelos extensos planos de vidro que favorecem a permeabilidade visual e conferem vários pontos focais de interesse, configurando assim, tensões multidirecionais. Ainda na sala de estar, um recorte irregular na laje, indica mais um caminho a seguir: a escada de acesso ao pavimento térreo. (Figura 10) Figura 10: Estar da Casa em Ibirapitanga,2009. Escritório Yuri Vital

24 24 Ao descer a escada, depara-se com um segundo estar, este mais íntimo. Aberto simultaneamente para a paisagem e para o pátio interno do Bloco 2, o espaço sugere novamente tensões visuais multidirecionais que só não são mais dilatadas por causa da inserção do bloco do lavabo/despensa entre o este estar e a cozinha. No percurso que leva aos dormitórios, o corredor estreio e profundo sugere um unidirecionamento que é, contudo, rompido com o plano longitudinal envidraçado que revela visualmente o pátio interno e, mais ao fundo, a cozinha e o estar íntimo (Figura 11). Assim, o deslocamento no estar íntimo e na circulação que leva aos dormitórios revela o desejo de promover sempre uma experiência espacial dilatada horizontalmente, não havendo contrapontos verticais com variações de altura de pé-direito ou mezaninos. Figura 11: Corredor íntimo da Casa em Ibirapitanga,2009. Escritório Yuri Vital

25 25 Do corredor dilatado aos quartos de solteiro, ocorre a passagem pelo pequeno hall do banheiro, cuja geometria promove uma nova compressão espacial. Contudo, o alinhamento visual deste hall com a porta/janela voltada para o jardim sugere uma nova amplitude, que se contrapõe ao recanto onde se acomoda a cama. Assim, estes quartos usufruem de duas espacialidades distintas uma mais extrovertida, no eixo que liga o acesso do quarto ao jardim, e uma mais introvertida, onde ocorre o isolamento da cama. (Figura 12). O mesmo não ocorre no quarto do casal, cujo acesso se dá de modo direto, expondo a cama e revelando um grande ambiente de dimensões retangulares. Aqui, a tensão visual é unidirecional, com os planos laterais opacos enquadrando o grande plano envidraçado que se abre para a paisagem. Deve-se destacar ainda a barreira que o volume do banheiro define neste livre enquadramento visual. (Figura 13) Figura 12: Dormitório da Casa em Ibirapitanga,2009. Escritório Yuri Vital Figura 13: Suíte master da Casa em Ibirapitanga,2009. Escritório Yuri Vital

26 CASA EM TIBAU A casa em Tibau, também conhecida como casa das Duas Vigas, é uma casa de praia, construída em Localiza-se em um condomínio fechado, às margens da Praia da Pipa, em Tibau do Sul, Rio Grande do Norte IMPLANTAÇÃO E PARTIDO FORMAL O terreno, de proporções retangulares e com desnível no sentido sudeste/noroeste, foi cortado para criar um platô centralizado no terreno, onde a casa é implantada, O manejo da topografia condiciona o surgimento de taludes nas extremidades sudeste, sudoeste, que afastam a casa dos limites do terreno. (Figuras 14 e 15) Figura 15: Implantação da Casa em Tibau, Escritório Yuri Vital Figura 14: Esquema da topografia da Casa em Tibau, Escritório Yuri Vital A composição é aditiva, conformada por dois volumes paralelos dispostos transversalmente no terreno, estando um deles apoiado sobre pilotis (Figura 16), Dois planos verticais opacos conectam os blocos, concedendo ao objeto uma unidade formal. Há nesta operação uma ambiguidade entre conferir um aspecto volumétrico e compacto ao conjunto ou dar uma expressão planar às empenas laterais que não tocam o solo. De qualquer modo, estas empenas reforçam o caráter introspectivo da residência, já que pouco revelam o que se passa no interior do lote. O pátio resultante, utilizado para circulação entre os dois blocos, é o único ponto de permeabilidade visual, visto que em sua extensão os planos laterais são vazados, configurando as duas vigas. (Figura 17)

27 27 Figura 16: Corte BB da Casa em Tibau, Escritório Yuri Vital Figura 17: Esquema da composição volumétrica da Casa em Tibau, Escritório Yuri Vital O tratamento dado a cada um dos volumes ratifica o grau de exposição que o projeto quer submeter o usuário. O da frente, onde estão a sala e a cozinha, permite que se criem relações visuais entre a área pública e a privada através de seus grandes planos envidraçados. O volume posterior, isolado da rua, é fechado por painéis móveis de madeira que possibilitam a relação aberto x fechado com pátio interno. (Figura 18) (a (b Figura 18: (a) Fachada noroeste (b) Vista do pátio interno para o bloco do setor íntimo da Casa em Tibau, Escritório Yuri Vital Fonte: OLIVEIRA, Brena, 2015

28 CONFIGURAÇÃO FUNCIONAL A organização do programa em duas alas paralelas e em níveis diferentes consolida claramente os setores. No bloco voltado para o mar, na porção noroeste do terreno, estão os setores de serviço e social, e na porção sudeste, aos fundos do lote, o setor íntimo (figura 19) Figura 19: Zoneamento pavimento térreo e primeiro pavimento da Casa em Tibau, Escritório Yuri Vital Um sistema de passarelas e escadas descobertas conectam as duas alas, ocupando o vazio do pátio central. Este sistema é disposto nos dois extremos longitudinais do setor social, estando articulados com o eixo das duas portas que dão acesso à casa. Na extensão do pátio, o conjunto de passarela-escada que conecta o setor social ao íntimo sofre variações de eixo para se conectar diretamente com o corredor que conduz à terceira escada externa, esta última desenvolvida no fundo do lote com a função de conectar o setor íntimo ao térreo. Em contraposição, o outro conjunto de passarela-escada que conecta o setor íntimo ao mirante, disposto sobre o setor social, se desenvolve linearmente. (Figura 20) Figura 20: Corte AA da Casa em Tibau, Escritório Yuri Vital

29 29 No setor social, não há compartimentação dos cômodos através de paredes ou divisórias, com exceção do lavabo, os espaços são organizados de forma contínua, configurando uma planta livre, onde a disposição de móveis sugere uma circulação periférica junto à extensão do pátio. No setor íntimo, a circulação principal também é periférica e se desenvolve junto ao pátio, cumprindo ainda o papel de elemento conector dos dois conjuntos de passarelas-escadas e do corredor secundário que leva à terceira escada aos fundos do terreno. Esta circulação íntima funciona como uma varanda para onde se abrem os quartos, conectando-os ao pátio central. (Figura 21) Assim, o desejo de articulação dos ambientes de permanência prolongada com o pátio central condiciona a disposição dos elementos irregulares de composição na periferia das alas. No caso da ala social, a inserção da cozinha e lavabo favorece o diálogo direto do grande estar com o pátio e a rua e, no caso da ala íntima, os banheiros configuram uma faixa que ocupa toda a extensão transversal do volume, isolando visualmente a casa dos fundos do lote. (Figura 21) Figura 21: Circulação e elementos irregulares pavimento térreo e primeiro pavimento da Casa em Tibau, Escritório Yuri Vital

30 ESPACIALIDADE Não havendo hall, o espaço definido pelo avanço das empenas laterais e da laje de piso configura um pequeno ambiente de transição entre dentro e fora. Dali, o plano vertical envidraçado da sala antecipa a experiência espacial a ser vivenciada na sala e, mais ao fundo, no pátio. (Figura 22) Figura 22: Ingresso da Casa em Tibau, Escritório Yuri Vital Fonte: OLIVEIRA, Brena, 2015 Ao perpassar esse tênue limite entre dentro e fora, estar dentro da sala é uma experiência cheia de relações abertas e dinâmicas, embora a regularidade da geometria do ambiente, e de tensões multidirecionais, apesar do efeito viseiras causado pelos planos laterais. Tais sensações são promovidas pelos extensos planos de vidro que privilegiam a permeabilidade visual, onde o espaço exterior passa a fazer parte atuante na compreensão do conjunto. (Figura 23) Figura 23: Tensão multidirecional no estar e jantar da Casa em Tibau, Escritório Yuri Vital Fonte: OLIVEIRA, Brena, 2015

31 31 Do setor social para o íntimo, a passagem se dá pelo pátio, contido pelos dois planos recortados e a imensidão do céu. Nesse deslocamento, a passagem pela rede de circulação é mais uma vez dinâmica, um passeio pelo núcleo do conjunto que favorece a apreensão dos espaços edificados, do vazio do pátio e do entorno, configurado pelo céu e pelo enquadramento das divisas laterais possibilitados pelos recortes nos planos. (Figura 24) (a) (a) Figura 24: Acesso e percurso ao pátio da Casa em Tibau, Escritório Yuri Vital

32 32 No setor íntimo, o ingresso revela imediatamente o corredor que separa os dormitórios de solteiro e o de casal, causando uma tensão unidirecional. Do outro lado, a utilização de painéis de madeira no corredor de acesso aos dormitórios parece querer reforçar o caráter introspectivo do setor. (Figura 25) Figura 25: Ala de dormitórios e corredor da Casa em Tibau, Escritório Yuri Vital Já dentro dos dormitórios, vivencia-se uma experiência estática, causada pela geometria do ambiente e pelo alinhamento da porta de ingresso nos quartos e da porta do banheiro. Esta estaticidade é rompida quando as grandes portas-janelas são abertas, dilatando os quartos para o exterior (Figura 26) Figura 26: Vista do dormitório painel aberto e fechado da Casa de Tibau, Escritório Yuri Vital

33 CASA EM CATALÃO A casa em Catalão é uma residência unifamiliar com aproximadamente 223,27 m² e com caráter suburbano, localizada na cidade de Catalão-GO IMPLANTAÇÃO E PARTIDO FORMAL Projetada em 2011, e até o presente momento não construída, a edificação deveria ser implantada em um lote triangular de meio da quadra, com topografia levemente acidentada. O partido decomposto apoia-se parcialmente na fração mais alta do terreno, voltada para a rua, e parcialmente em pilotis, transpondo o talude criado exatamente no meio do terreno. Já a organização dos volumes parece ter sido sugerida pelos lados que conformam a geometria do lote, uma vez que são evidentes as relações de paralelismo entre eles e as divisas do terreno. (Figuras 27 e 28) (a) (b) Figura 27: (a) Implantação (b) Esquema relações da volumetria com o terreno da Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital

34 34 Figura 28: Corte AA da Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital A composição é aditiva formada por dois volumes conectados de forma oblíqua. O primeiro volume (Bloco1) está locado perpendicularmente à testada sudeste. Sua matriz compositiva é ambígua, pois a natureza volumétrica é tensionada pela laje de piso prolongada e pelas duas altas empenas de concreto, sugerindo uma composição planar. Nesse bloco, têm-se apenas dois ambientes: uma sala e o corredor que conecta as duas alas. A sala sugere ser um cubo encaixado entre as duas empenas, com a fachada que se volta para rua completamente obscurecida por um ripado de madeira e a fachada voltada para o interior do lote envidraçada. O segundo volume (Bloco 2) configura-se por uma barra disposta paralelamente à extremidade oeste do terreno. Este volume prismático é conformado por uma casca de concreto. Pequenos rasgos verticais distribuídos de forma regular nos seus planos longitudinais formam as janelas. O tamponamento nas extremidades transversais, recuado das margens do invólucro de concreto, é feito com grandes planos de vidro, que estão protegidos por venezianas. Tais características reforçam o caráter introspectivo do Bloco 2, onde estão todos os cômodos do setor íntimo. O volume que liga as duas alas é uma barra delgada que sobrepõe os dois blocos e que se cola em uma das empenas de concreto. Trata-se de um prisma envidraçado, arrematado por uma espessa platibanda também em concreto aparente. Esta platibanda, por ser coincidente com a altura de uma das empenas, faz com que o volume perca em parte a sua legibilidade como elemento autônomo da composição. (Figura 29) Figura 29: Esquema da composição volumétrica da Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital

35 CONFIGURAÇÃO FUNCIONAL A composição binuclear, organizada em duas alas térreas, organiza os setores (figura 30). No Bloco 1, o setor social é representado apenas por um grande ambiente, cuja planta livre é ocupada pelo estar, jantar e lavabo. A circulação principal é sugerida na periferia transversal do ambiente, no mesmo eixo da circulação que conecta os blocos entre si. O Bloco 2 organiza em sua extensão longitudinal segmentos do setor social (pequeno estar, jantar e cozinha integradas) e do setor íntimo (duas suítes de solteiro e uma de casal). A circulação, periférica e especializada, se desenvolve a leste, voltada para o pátio íntimo, deixando os ambientes de permanência prolongada voltados para oeste e para a divisa lateral, estratégia que pode ser questionada do ponto de vista da orientação solar e da privacidade promovida em relação aos vizinhos. Neste bloco, a compartimentação dos ambientes não segue a uma pauta de modulação, nem a disposição dos elementos irregulares de composição obedece a uma normativa ora estão no intermeio dos elementos regulares (cozinha e banheiros dos quartos de solteiro), ora estão dispostos no perímetro externo da ala (banheiro quarto de casal). (Figura 31) Figura 30: Zoneamento do primeiro pavimento na Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital

36 36 Figura 31: Circulação e elementos irregulares pavimento térreo na Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital Um conjunto de circulações externas, formado por uma rampa na lateral sudeste do terreno e uma escada à oeste, conectam os dois níveis do terreno, levando do térreo ao pátio semienterrado, onde se desenvolve a área de lazer com piscina sob pilotis. (Figura 32) (a) (b) Figura 32: (a) Pavimento térreo (b) Primeiro pavimento - Localização da rampa e escada externa na Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital

37 ESPACIALIDADE Uma pequena escada leva o observador ao espaço configurado pelo avanço da laje do piso, emoldurado pelas empenas de concreto. Depara-se com a porta camuflada sob a trama de madeira e, ao ser aberta, direciona o usuário a dois percursos possíveis. No primeiro percurso, ao se deslocar para a sala de estar, a sensação é ambígua - introspectiva caracterizada pela opacidade na lateral esquerda; extrovertida, pela transparência à direita, convidando o usuário a se aproximar do plano envidraçado e verificar o que há interior da residência (Figuras 33 e 34). Na segunda hipótese de deslocamento, em direção ao corredor, o espaço de transição entre o público e o privado, todas as atenções se voltam para o exterior, pois é para lá que o olhar é convocado pelo invólucro de vidro. Apesar das tensões multidirecionais promovidas pelos painéis transparentes, há um forte direcionamento devido à sua geometria estreito e profundo - e aos planos opacos horizontais. (Figura 35) Figura 33: Acesso à Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital Figura 34: Estar e jantar na Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital

38 38 Figura 35: Espaço de transição entre o jantar em direção ao corredor na Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital O passeio pela barra de vidro termina na zona mais restrita da casa, ligando-se diretamente a um segundo corredor, que leva aos dormitórios. Este espaço é caracterizado pela compressão ocasionada pelo caminho estreito, onde as aberturas em formato de pequenos rasgos verticais, quando não obscurecidas pelas venezianas, causam tensões multidirecionais num ritmo cadenciado. (Figura 36) Figura 36: Corredor de acesso aos dormitórios na Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital Nos dormitórios, vivencia-se uma experiência estática e unidirecional causada pela geometria dos cômodos, pela posição das portas-janelas exatamente no plano oposto à porta de acesso e pela dimensão reduzida das aberturas que proporcionam pouca visibilidade para o exterior. (Figura 37) Figura 37: Vista do dormitório na Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital

39 39 6 ANÁLISE COMPARATIVA Neste item, foram analisadas comparativamente as três casas, buscando identificar similaridades e especificidades dos projetos IMPLANTAÇÃO E ASPECTOS FORMAIS Apesar de as casas terem sido planejadas com objetivos diferentes e para ambientes distintos, observa-se que todas foram implantadas em terrenos de geometria e topografia irregulares. A casa em Ibirapitanga, de final de semana, está em um condomínio fechado às margens da reserva florestal de mesmo nome. A casa em Tibau, de veraneio, também está implantada em um condomínio fechado, este na exuberante praia da Pipa - RN. Já a casa em Catalão, de uso regular, foi projetada para ser construída em zona suburbana da cidade de Catalão - GO. A topografia, a despeito da diferença de níveis ser grande ou pequena, condicionou em todos os casos a criação taludes, ora de inclinação suave, ora fortemente pendentes, originando platôs onde as casas estão assentadas. (Figura 38) Figura 38: Implantação e esquemas de manipulação da topografia (a) Casa em Ibirapitanga,2009; (b) Casa em Tibau, 2011; (c) Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital O partido decomposto, com duas alas claramente identificáveis, é adotado nas três residências. Condicionados pela geometria do terreno, as alas se articulam entre si de diferentes maneiras perpendicularmente (Ibirapitanga); paralelamente, com um pátio no meio (Tibau); e com angulação irregular (Catalão). Por outro lado, a topografia íngreme condiciona nos três casos que uma ala se apoie diretamente no terreno e o outra sobre pilotis. (Figura 39)

40 40 Figura 39: Esquema da volumetria apoiada sobre o terreno e sobre pilotis (a) Casa em Ibirapitanga,2009; (b) Casa em Tibau, 2011; (c) Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital O arranjo volumétrico sugerido na composição é tensionado por elementos planares verticais que possuem forte expressão formal. Estes planos podem funcionar como elemento conector entre os volumes (Tibau e Catalão) ou para evidenciar um componente estrutural do conjunto (Ibirapitanga). Ainda evidenciam o desejo de imprimir uma expressão planar à composição o uso recuado de planos verticais de vedação em relação às lajes de piso e cobertura. (Figura 40) Figura 40: Esquema composição volumétrica (a) Casa em Ibirapitanga,2009; (b) Casa em Tibau, 2011; (c) Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital O tratamento dado a cada uma das alas sugere as suas funções, bem como o grau de exposição a ser submetido o usuário. O vidro é usado sem reservas nas alas sociais, buscando sempre explorar visuais privilegiadas (Tibau e Ibirapitanga). Quando isto não ocorre, como na casa em Catalão, um ripado de madeira cobre a fachada voltada para a rua. Já nas fachadas das alas íntimas e de serviço, há o predomínio dos cheios sobre os vazios, através da utilização do concreto ou de painéis de madeira. (Figura 41)

41 41 Figura 41: Perspectiva: ala social e íntima (a) Casa em Ibirapitanga,2009; (b) Casa em Tibau, 2011; (c) Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital CONFIGURAÇÃO FUNCIONAL A organização do programa é realizada em dois blocos e, com exceção da casa em Catalão, em dois níveis. É notável, nos três casos estudados, a segregação total da área social em um pavimento ou bloco. Em função disso, percebe-se que em residências com um programa mais extenso (Catalão e Ibirapitanga) a criação de um segundo grau de ambientes sociais, mais familiar, que acaba sendo acolhido dentro do bloco que abriga os setores íntimo e de serviço. (Figura 42) Figura 42: Zoneamento (a) Casa em Ibirapitanga,2009; Casa em Tibau, 2011; Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital

42 42 Nos setores sociais, não há compartimentação dos ambientes, configurando sempre uma planta livre em que a circulação é sugerida na sua periferia, quer seja longitudinal (Ibirapitanga e Tibau) ou transversal (Catalão). Já o arranjo dos outros setores íntimo e de serviços não obedece a uma regra norteadora, podendo se apresentar de duas maneiras distintas: a) em alas independentes, organizadas ao redor de um pátio, e com eixos de circulações periféricos aos ambientes e tangentes ao pátio (Ibirapitanga e Tibau); b) em uma única ala, com faixas organizadas ao longo de um corredor periférico (Catalão). (Figuras 42 e 43) Figura 43: Circulação e elementos irregulares - (a) Casa em Ibirapitanga,2009; Casa em Tibau, 2011; Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital Nos três casos, os acessos social e de serviço são independentes, não havendo, contudo, um hall social que distribua os fluxos internos e que dê autonomia de uso aos setores. Assim, para acessar os setores de serviço e íntimo, é necessário transpor o setor social. Transposto o social, o sistema de circulação se explicita claramente e ganha expressão formal ao se articular com os pátios gerados entre as alas. (Figura 43) De modo geral, se observa que as plantas não são regidas por uma modulação rígida, bem como a disposição dos elementos irregulares de composição também não parece seguir uma padronização, estando algumas vezes internalizados e, em outras, na periferia da planta e, sempre que possível, agrupados. (Figura 43)

43 ESPACIALIDADE O observador é sempre conduzido ao ingresso através de uma escada ou passarela. Ao final deste percurso, depara-se com um espaço de transição entre exterior e interior configurado pelo recuo dos planos de vedação em relação às empenas laterais e da laje do piso. Este espaço faz as vezes de hall que, nas casas Tibau e Ibirapitanga, pelo plano envidraçado, permite antever o interior da sala, ao contrário da casa Catalão, na qual a superfície envidraçada está camuflada sob uma trama de madeira. (Figura 44) Figura 44: Acesso - (a) Casa em Ibirapitanga,2009; Casa em Tibau, 2011; Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital Nas salas de estar, as experiências vivenciadas são repletas de relações abertas e dinâmicas, promovidas pela planta livre e pelos extensos planos de vidro que favorecem a permeabilidade visual, configurando assim tensões multidirecionais. Na casa Catalão, entretanto, há um certo unidirecionamento promovido pelas empenas laterais opacas. (Figura 45)

44 44 Figura 45: Estar e jantar - (a) Casa em Ibirapitanga,2009; Casa em Tibau, 2011; Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital É curioso notar como as circulações entre blocos, pavimentos e alas são tratados de forma peculiar. Nas três residências elas têm papel relevante não só funcional mas também na fruição da edificação. Na casa Ibirapitanga, o usuário é convidado a percorrer uma longa passarela ao ar livre antes de ingressar no setor social. Também nesta residência, o pátio articula a passagem de uma ala a outra promovendo um passeio pelo interior da casa. Da mesma forma, na casa em Tibau, um conjunto de escadas preenchem o pátio entre os dois blocos, obrigando um deslocamento nada convencional. Na casa em Catalão um corredor envidraçado, conecta os dois blocos e permite experimentar, assim como nas situações anteriores, relações abertas e tensões multidirecionais. (Figura 46)

45 45 Figura 46: Transição entre as alas - (a) Casa em Ibirapitanga,2009; Casa em Tibau, 2011; Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital Nos percursos que conduzem aos dormitórios, os corredores estreitos e profundos sugerem um unidirecionamento que é tratado de maneira distinta em cada residência. Na Casa em Ibirapitanga, o unidirecionamento é rompido pelo plano vertical envidraçado que delimita o corredor para o pátio interno. Na Casa em Tibau, o observador se depara com um corredor que separa os dormitórios de solteiro e de casal, causando forte tensão unidirecional. Já na Casa em Catalão, o corredor que leva aos dormitórios, com suas pequenas janelas verticais, possui um caráter ambíguo - quando as aberturas estão obscurecidas pelas venezianas, a sensação é de unidirecionamento, mas quando estas são abertas, as tensões passam a ser multidirecionais. (Figura 47)

46 46 Figura 47: Corredor íntimo - (a) Casa em Ibirapitanga,2009; Casa em Tibau, 2011; Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital Nos dormitórios, a experiência é primordialmente estática, causada pela geometria regular dos ambientes. Contudo, tensionam a estaticidade dos quartos as grandes aberturas que os dilatam visual e/ou fisicamente para o exterior. De qualquer modo, configura-se uma tensão unidirecional, onde as aberturas se consolidam com pontos focais destes ambientes. (Figura 48)

47 47 Figura 48: Dormitório - (a) Casa em Ibirapitanga,2009; Casa em Tibau, 2011; Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital

48 48 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS Observa-se que nas três casas analisadas, há a doção das mesmas estratégias para solucionar os problemas projetuais. Possivelmente, a recorrência de terrenos de geometria e topografia irregulares somados às similaridades dos programas, tenha contribuído para estas resoluções. Além destas características, outros pontos de convergência podem ser identificados nas três obras do escritório Yuri Vital: 1) valorização das visuais e busca da integração dos espaços internos aos externos nas áreas sociais; 2) partido decomposto, organizados em dois volumes - um deles sempre apoiado sobre o terreno e o outro sobre pilotis; 3) utilização dos planos verticais como elemento conector entre os volumes, concedendo ao objeto unidade formal; 4) avanço das empenas laterais e da laje do piso, configurando o acesso; 5) os setores sociais são caracterizados pela sua grande permeabilidade visual para o exterior ou interior da edificação. Diferentemente dos setores de serviço e íntimo, onde predominam os cheios sobre o vazio, reforçando o caráter introspectivo; 6) organização do programa de necessidades sempre em duas alas independentes, conectadas por um núcleo de circulação; 7) nos setores sociais não há compartimentação dos ambientes através de paredes ou divisórias, fazendo com que a disposição do mobiliários delimitem o ambiente; 8) a disposição dos elementos irregulares de composição não possuem uma padronização; 9) é constante a presença de escadas e rampas nas áreas externas para circulação entre os níveis; 10) o acesso é demarcado por uma escada ou passarela que direciona o observador à porta de entrada; 11) tensões multidirecionais nas salas de estar causada pelos grandes planos de vidro; 12) as circulações entre as alas são tratadas de forma peculiar, porém, sempre buscam através do trajeto, as relações visuais com o exterior; 13) os corredores de acesso aos dormitórios são estreitos e profundos, sendo uma das laterais opacas e a outra com algum tipo de abertura, possibilitando que o percurso seja dinâmico;14) os dormitórios são caracterizados pela estaticidade, que são rompidas no momento em que as portas-janelas são abertas, dilatando o ambiente para o exterior.

49 49 Entre as principais soluções adotadas pelo escritório Yuri Vital, percebe-se como base a simplicidade e a funcionalidade em seus projetos, utilizando-se as mesmas estratégias projetuais, onde o resultado é sempre singular e inovador. A participação neste projeto de pesquisa foi fundamental para a reflexão crítica dos projetos desenvolvidos dentro da academia. E apesar dos diversos desafios encontrados no início deste trabalho de pesquisa, a contribuição da mesma para a ampliação dos meus conhecimentos é inestimável.

50 50 REFERÊNCIAIS BIBLIOGRÁFICAS CHING, F. D. K. Arquitectura: forma, espacio y orden. México: Gustavo Gili,1973. COSTA, A. E. O Gosto pelo Sutil: confluências entre as casas-pátio de Daniele Calabi e Rino Levi. Porto Alegre: UFRGS, 2011 (Tese de Doutorado). COTRIM, Marcio; GUERRA, Abilio. Entre o pátio e o átrio. Três percursos na obra de Vilanova Artigas. Arquitextos (São Paulo), v. 150, p. 00, GONSALES. Célia Helena Castro. Residência e cidade: Arquiteto Rino Levi. São Paulo: Vitruvius:ano 01, jan MAHFUZ, Edson da Cunha. Ensaio sobre a razão compositiva. Viçosa: UFV; Belo Horizonte: AP Cultural, MARTÍ ARIS, Carlos. Le variazioni dell identità: il tipo nella architettura. Torino: Città Studio Edizione, MARTINEZ, Alfonso Corona. Ensaio sobre o projeto. Brasília: UNB, 2000.

51 ANEXO 1

52 SEMINÁRIOII-DISCUSSÃODECONCEITOS Residência e cidade Arquiteto Rino Levi Célia Helena Castro Gonsales Ensaio sobre a razão compositiva Edison Mahfuz Acadêmica: Brena M. de Oliveira

53 MAHFUZ MANIPULAÇÃODEVOLUMES Ÿ Composição subtrativa: um sólido, que sofre operações de subdivisão, subtrações e adições, sem comprometer a integridade da forma básica. composição subtrativa partido compacto Casa Bertoline. Studio Paralelo Ÿ Composição aditiva: agrupamento de volumes claramente individualizados. composição aditiva partido decomposto casa em catalão, yuri vital casa em ibirapitanga, yuri vital

54 MAHFUZ PRINCÍPIODEORGANIZAÇÃO Ÿ Ponto: organizações relativas a um ponto, são geralmente chamadas de centralização. { centralização centralização pátio/átrio radial

55 MAHFUZ PRINCÍPIODEORGANIZAÇÃO - PONTO Ÿ Centralização: é aquela na qual há um espaço central dominante e os que circundam são subordinados a ele. Ÿ Este espaço geralmente é um círculo ou um dos polígonos regulares. Ÿ Pátio/átrio: é importante como centro organizativo, mas não é predominante. assembléia nacional, bangladesh,louis kahn Residência ML. JacobsenArquitetura Ÿ Radial: existem alas que partem do núcleo central e definem espaços abertos entre elas. Villa Capra,Palladio

56 MAHFUZ PRINCÍPIODEORGANIZAÇÃO Ÿ Linha: pode ordenar partes em sucesso e dar-lhes uma direção 1 - Espaços lineares: tende a se desenvolver longitudinalmente na direção do movimento. casa em catalão, yuri vital 2 - Sequência de espaços: pode caracterizar um objeto contínuo ou progressão serial. residencial pedregulho,affonso eduardo reidy projeto habitacional para paraisópolis,alejandro aravena

57 MAHFUZ PRINCÍPIODEORGANIZAÇÃO Ÿ Grelha: é um sistema de linhas reguladoras em várias direções, podendo ser conceitual ou explícita num esqueleto estrutural. Ÿ Uma grelha pode servir de fundo para volumes inseridos nela, e espaços podem ser criados pela ênfase, omissão ou conexão de pontos do sistema de coordenadas. projeto habitacional para paraisópolis,alejandro aravena

58 GONSALES PARTIDOSBÁSICOS Ÿ As diferenças qualitativas do lotes levam à adoção de dois partidos básicos: lote amplo e lote compacto. lote amplo x lote compacto Residência Rino Levi Residência Castor Delgado, 1958.

59 GONSALES PARTIDOSBÁSICOS Ÿ Lote amplo: largura = profundidade Ÿ Possui 3 alas: partido em T 1- zona diurna - corpo linear paralelo à rua 2- zona noturna - ala perpendicular à zona diurna 3-2 pátios: um social e o outro privativo dos dormitórios Z.NOTURNA Z.NOTURNA Z.DIURNA Z.DIURNA Z.NOTURNA Z.DIURNA Z.DIURNA Z.NOTURNA

60 GONSALES PARTIDOSBÁSICOS Ÿ Lote compacto: largura < profundidade partido retangular Ÿ Lotes mais compactos situados em meio de quadra. Ÿ Recuos em todas as orientações. Ÿ As alas dos dormitórios e do estar, quase sempre, localizam-se paralelas à via pública. Z.NOTURNA Z.NOTURNA Z.DIURNA Z.DIURNA Z.NOTURNA Z.DIURNA Z.DIURNA

61 ANEXO 2

62 CATEGORIAS DE ANÁLISE PARTIDO FORMAL/ IMPLANTAÇÃO Partido formal: - planar/ volumétrico - compacto/ aditivo; - linear, centralizo ou em grelha; Lugar: - lote curtos/profundos, largos/estreitos, meio de quadra/esquina; - topografia do terreno, visuais, orientação solar, etc.; - pressão dos edifícios do entorno sobre o projeto. Programa: - arranjo em alas desconectadas ou espaço contínuo; - arranjo térreo ou em níveis. CONFIGURAÇÃO DAS ALAS Posições dos elementos de composição: - regular; - irregular no perímetro externo/aceito no interior/ volume isolado; Linha circulatória: - especializada, conduzindo a lugares privados; - sugerida, na continuidade espacial. EIXOS DE ACESSO E CIRCULAÇÃO DO CONJUNTO Halls Corredores ou circulações: - periféricos ou centralizados; ESPACIALIDADE Características compositivas: - planos horizontais, planos verticais e aberturas; Percursos no espaço: - posição e dimensão de portas e janelas; - dimensões proporcionais dos ambientes; - visuais - layout do mobiliário Relações ambientes e adjacentes: - abertas ou fechadas; - dinâmicas ou estáticas.

63 PARTIDO FORMAL. LUGAR. PROGRAMA PARTIDO FORMAL/ IMPLANTAÇÃO Casa em Pinheiros. Una Arquitetura Casa Rio Bonito. Carla Juaçaba Nesta categoria de análise, busque identificar a relação entre os partidos formais, o lote e o programa. PARA IDENTIFICAR OS PARTIDOS FORMAIS Duas estratégias definem, de modo mais recorrente, o partido formal de um projeto: 1. MANIPULAÇÃO DE VOLUMES 2. MANIPULAÇÃO DE PLANOS

64 PARTIDO FORMAL. LUGAR. PROGRAMA PARTIDO FORMAL/ IMPLANTAÇÃO MAHFUZ, 1995, p. 78 (versão digital) Casa Bertoline. Studio Paralelo 1. MANIPULAÇÃO DE VOLUMES: composição subtrativa

65 PARTIDO FORMAL. LUGAR. PROGRAMA PARTIDO FORMAL/ IMPLANTAÇÃO MAHFUZ, 1995, p. 78 (versão digital) Refúgio São Chico. Studio Paralelo 1. MANIPULAÇÃO DE VOLUME: composição aditiva

66 PARTIDO FORMAL. LUGAR. PROGRAMA PARTIDO FORMAL/ IMPLANTAÇÃO A manipulação dos volumes, seja numa composição aditiva, seja numa composição subtrativa, obedece a três princípios de organização principais: - Ponto - Linha - Grelha

67 PARTIDO FORMAL. LUGAR. PROGRAMA PARTIDO FORMAL/ IMPLANTAÇÃO MAHFUZ, 1995, p. 75 (versão digital) Residência ML. Jacobsen Arquitetura PRINCÍPIO DE ORGANIZAÇÃO: Ponto

68 PARTIDO FORMAL. LUGAR. PROGRAMA PARTIDO FORMAL/ IMPLANTAÇÃO MAHFUZ, 1995, p. 76 (versão digital) Casa em Joanopolis. Una Arquitetura PRINCÍPIO DE ORGANIZAÇÃO: Linha

69 PARTIDO FORMAL. LUGAR. PROGRAMA PARTIDO FORMAL/ IMPLANTAÇÃO MAHFUZ, 1995, p. 76, 77 (versão digital) Casa Barra do Uma 1. Nitsche Arquitetos PRINCÍPIO DE ORGANIZAÇÃO: Grelha

70 PARTIDO FORMAL. LUGAR. PROGRAMA PARTIDO FORMAL/ IMPLANTAÇÃO DIEMER, 2006, P. 70 DIEMER, 2006, P. 59 Pavilhão de Barcelona, Mies van der Rohe Pavilhão Sonsbeek. Gerrit Rietveld 2. MANIPULAÇÃO DE PLANOS: - Busca romper os limites da caixa, tensionando a gestalt da forma. - Os elementos de arquitetura (lajes, paredes, muros) são tratados de forma independente, o que promove o transpasse dos mesmos

71 PARTIDO FORMAL. LUGAR. PROGRAMA PARTIDO FORMAL/ IMPLANTAÇÃO Casa Moledo, Eduardo Souto de Moura Casa dos Três Pátios, Mies van der Rohe 2. MANIPULAÇÃO DE PLANOS: As composições planares buscam estabelecer uma intensa relação entre interiorexterior. Para tanto, adotam as seguintes estratégias: 2.1. Uso de tipologia que favorecem a relação do interior com o exterior: PAVILHÃO: arranjos lineares PÁTIO: arranjos centrados em ponto DIEMER, 2006, P. 49

72 PARTIDO FORMAL. LUGAR. PROGRAMA PARTIDO FORMAL/ IMPLANTAÇÃO 2. MANIPULAÇÃO DE PLANOS: Casa Alcanena, Eduardo Souto de Moura 2.2. Definição de espaços intermediários, que valorizem a experiência perceptiva, rica em sensações. SEMI-PÁTIOS INDEFINIÇÃO DAS MARGENS DIEMER, 2006, P. 59

73 PARTIDO FORMAL. LUGAR. PROGRAMA PARTIDO FORMAL/ IMPLANTAÇÃO MANIPULAÇÃO DA FORMA Subtração Adição Mahfuz (1985) sugere uma estreita relação entre as estratégias compositivas e o lugar PRINCÍPIO DE ORGANIZAÇÃO Linha Ponto Pode estar vinculado ao desejo de promover privacidade ou segurança. Também pode ser uma resposta paisagística, diante de um contexto pouco estimulante para o estabelecimento de visuais entre interior e exterior.

74 PARTIDO FORMAL. LUGAR. PROGRAMA PARTIDO FORMAL/ IMPLANTAÇÃO GONSALES, Célia Helena Castro. Residência e cidade. Arquiteto Rino Levi. Arquitextos, São Paulo, ano 01, n , Vitruvius, jan < As imagens revelam um estudo sobre as casas de Rino Levi, em que é enfatizada a relação do partido compacto ou aditivo com as dimensões do lote: se curtos ou profundos, se largos ou estreitos, se de meio de quadra ou esquina Na relação DO PARTIDO FORMAL com o LUGAR, avalie, além da geometria do lote: - topografia do terreno - visuais - orientação solar - pressão dos edifícios do entorno sobre o projeto.

75 PARTIDO FORMAL. LUGAR. PROGRAMA PARTIDO FORMAL/ IMPLANTAÇÃO Residência Boaçava. UMA Arquitetura Residência MDT. Jacobsen Arquitetura Ao analise a relação do Programa com Partido Formal e o Lugar, identifique: ARRANJO EM ALAS DESCONECTADAS: Volumes expressam as diferentes partes do programa, buscando definir um zoneamento eficiente; Podem ser explorados arranjos térreos (com 3 ou 2 volumes, com o setor íntimo numa ala isolada) ou em níveis (com setor íntimo num pavimento isolado); Os arranjos térreos normalmente se manifestam em lotes de dimensões generosas; Observar que a natureza programática de cada ala busca se relacionar diretamente com a natureza do lugar: com a orientação solar e com as visuais, com os acessos e com o desejo de privacidade, com a topografia do terreno, etc

76 PARTIDO FORMAL. LUGAR. PROGRAMA PARTIDO FORMAL/ IMPLANTAÇÃO Residência MAA. Jacobsen Arquitetura Residência Barra do Sahy.Nitsche Arquitetosi Ao analise a relação do Programa com Partido Formal e o Lugar, identifique: ARRANJOS EM ESPAÇOS CONTÍNUOS: As diversas partes do programa se subordinam a um volume único pré-definido; Podem ser explorados arranjos térreos (com o zoneamento definido por faixas ) ou em níveis (com setor íntimo num pavimento isolado); Normalmente se manifestam em lotes de dimensões restritas ou em terrenos grandes em que o programa exige a compacidade do edifício; Observar que o arranjo das faixas também busca se relacionar com os condicionantes impostos pelo terreno.

77 CATEGORIAS DE ANÁLISE PARTIDO FORMAL/ IMPLANTAÇÃO Partido formal: - planar/ volumétrico - compacto/ aditivo; - linear, centralizo ou em grelha; Lugar: - lote curtos/profundos, largos/estreitos, meio de quadra/esquina; - topografia do terreno, visuais, orientação solar, etc.; - pressão dos edifícios do entorno sobre o projeto. Programa: - arranjo em alas desconectadas ou espaço contínuo; - arranjo térreo ou em níveis. CONFIGURAÇÃO DAS ALAS Posições dos elementos de composição: - regular; - irregular no perímetro externo/aceito no interior/ volume isolado; Linha circulatória: - especializada e sugerida. - periférica e centralizada; EIXOS DE ACESSO E CIRCULAÇÃO DO CONJUNTO Halls Corredores ou circulações: ESPACIALIDADE Características compositivas: - planos horizontais, planos verticais e aberturas; Percursos no espaço: - posição e dimensão de portas e janelas; - dimensões proporcionais dos ambientes; - visuais - layout do mobiliário Relações ambientes e adjacentes: - abertas ou fechadas; - dinâmicas ou estáticas.

78 ELEMENTOS REGULARES. ELEMENTOS IRREGULARES CONFIGURAÇÃO DAS ALAS Nesta categoria de análise, analise a geometria das alas, identificando a disposição dos seus elementos de composição. Antes, porém, é importante entender o que se entende como elementos de arquitetura e elementos de composição. Segundo Alfonso Corona Martinez (2000, p. 157): - Elementos de Arquitetura são elementos materiais que formam uma edificação, como as paredes, as portas, as janelas e as escadas. - Elementos de Composição são elementos imateriais, os espaços delimitados pelos elementos de Arquitetura. - Elementos de arquitetura podem ser considerados os corpos e os elementos de composição os espaços. - O agrupamento de elementos de composição, reunidos espacialmente por afinidades de usos, define o que se chama de zoneamento. No arranjo de uma planta, os elementos de composição podem ser REGULARES (OU REPETITIVOS) E IRREGULARES. Nos programas habitacionais, normalmente, quartos são elementos repetitivos e banheiros e cozinhas são elementos irregulares. Neste sentido, Martinez observa: No caso das habitações, as redes de serviços que incidem em especial sobre banheiros e cozinhas fazem com que estes sejam elementos de pouca mobilidade nas plantas; seu desenhos como mínimos os tornam pouco modificáveis, aproximando-os do status projetual que possuíam os Elementos de Arquitetura. (MARTINEZ, 2000, p. 162)

79 ELEMENTOS REGULARES. ELEMENTOS IRREGULARES CONFIGURAÇÃO DAS ALAS Casa Curitiba. Una Arquitetos Casa LP. Metro Arquitetura ESTRATÉGIAS DE INSERÇÃO DOS ELEMENTOS DE ARQUITETURA IRREGULARES:

80 ELEMENTOS REGULARES. ELEMENTOS IRREGULARES CONFIGURAÇÃO DAS ALAS Casa AR Arquitetos Associados Casa RCM. Metro Arquitetura ESTRATÉGIAS DE INSERÇÃO DOS ELEMENTOS DE ARQUITETURA IRREGULARES:

81 LINHA CIRCULATÓRIA Casa LP. Metro Arquitetura Casa Joanópolis. Una Arquitetura Entre os séculos XIX e XX, são identificados três esquemas principais de circulação: EM SUÍTE : circulação cômodo a cômodo, tendo que passar através de um ambiente para se chegar num outro; ESPACIALIZADA: circulação independente dos cômodos, buscando promover privacidade e autonomia de uso. Neste caso, a circulação é um elemento de composição autônomo, que conduz a lugares privados; SUGERIDA: circulação estabelecida na continuidade espacial, tendo, de certo modo, um caráter residual. (MARTINEZ, 2000, p. 31). Se considerada a posição das circulações no volume edificado, estas podem ser: CENTRALIZADAS: configuram um corredor de carga dupla, que diminui a extensão do volume edificado; PERIFÉRICAS: configuram um corredor de carga simples, que pode ser relacionar física e visualmente com o exterior; CIRCULAÇÃO SUGERIDA/ ESPACILIZADA/ CENTRALIZADA CIRCULAÇÃO ESPACILIZADA/ SUGERIDA/ PERIFÉRICA

82 LINHA CIRCULATÓRIA Nas composições aditivas, a circulação podem se expressar mais facilmente, assumindo configuração própria, capaz de orientar o arranjo final do edifício. Nas composições subtrativas, a expressão da circulação fica contida pelo envoltório pré-concebido do arranjo formal (Martinez, 2000, p. 29 e 30) COMPOSIÇÃO SUBTRATIVA COMPOSIÇÃO ADITIVA CIRCULAÇÃO ESPACILIZADA/ SUGERIDA/ PERIFÉRICA Casa Aberta FGMF Casa do Cafezal FGMF Arquitetura

83 HALL E CORREDORES EIXOS DE ACESSO E CIRCULAÇÃO DO CONJUNTO A especialização da circulação definiu nos edifícios um sistema circulatório, em que se percebe diferentes categorias e hierarquias de circulação. Este sistema articula: 1) acessos distintos (hall social e serviço, por exemplo); 2) e os diversos setores, definidos por ambientes espacialmente contínuos e/ou ambientes compartimentados. No Movimento Moderno, Corona Martinez (2000, p. 171 e 173) identifica algumas estratégias recorrentes no tratamento das circulações, entre as quais se destaca: Circulação Principal Circulação Secundária Circulação Social Casa das Pérgolas Deslizantes. FGMF Circulação Serviço

84 HALL E CORREDORES EIXOS DE ACESSO E CIRCULAÇÃO DO CONJUNTO Casa em Pinheiros. Una. Casa Bacopari. Una. Casa em Portland. Grupo SP

85 CATEGORIAS DE ANÁLISE PARTIDO FORMAL/ IMPLANTAÇÃO Partido formal: - planar/ volumétrico - compacto/ aditivo; - linear, centralizo ou em grelha; Lugar: - lote curtos/profundos, largos/estreitos, meio de quadra/esquina; - topografia do terreno, visuais, orientação solar, etc.; - pressão dos edifícios do entorno sobre o projeto. Programa: - arranjo em alas desconectadas ou espaço contínuo; - arranjo térreo ou em níveis. CONFIGURAÇÃO DAS ALAS Posições dos elementos de composição: - regular; - irregular no perímetro externo/aceito no interior/ volume isolado; Linha circulatória: - especializada e sugerida. - periférica e centralizada; EIXOS DE ACESSO E CIRCULAÇÃO DO CONJUNTO Halls Corredores ou circulações: ESPACIALIDADE Características compositivas: - planos horizontais, planos verticais e aberturas; Percursos no espaço: - posição e dimensão de portas e janelas; - dimensões proporcionais dos ambientes; - visuais - layout do mobiliário Relações entre ambientes : - abertas ou fechadas; - dinâmicas ou estáticas.

86 CATEGORIAS DE ANÁLISE CONCEITOS Espacialidade se relaciona com a experiência concreta do espaço, através do movimento, e com o significado que ele passa a ter para as pessoas. (LEATHERBARROW, 2008). Este conceito se aproxima do conceito de tipologia espacial: [...] a tipologia formal na sua concepção completa, aquela da tridimensionalidade dinâmica (onde interferem as relações, ou seja, o movimento como quarta dimensão ) (CORNOLDI, 1994, p. 18, tradução nossa). RELEVÂNCIA MÉTODO O estudo da espacialidade (ou tipologia espacial) passa a ter importância ao se perceber que um arranjo tipológico convencional, depreendido da análise bidimensional do objeto, não traduz a sua complexidade. Arranjos tipológicos diferentes podem desfrutar de uma mesma espacialidade, assim como casas com mesmo tipo podem não desfrutar de uma mesma espacialidade. (CORNOLDI, 1999) Busca-se identificar a tensão vivenciada nas sequências espaciais: 1. Definir percursos: sugere-se entre hall de entrada > setor social > setor íntimo (fazer planta com estações de observação. Cada estação define uma imagem 3d, que ilustra a análise) 2. Analisar características e as relações entre os ambientes: Características compositivas dos ambientes: é uma descrição objetiva, absoluta, e procura descrever a coisa em si, o espaço geométrico. Características dos percursos no espaço e Relações espaciais dos ambientes com os seus adjacentes: são descrições relativas, destacando a existência dos objetos e a relação de uns com os outros, ou seja, o espaço topológico

87 CARACTERÍSTICAS COMPOSITIVAS PLANOS HORIZONTAIS. PLANOS VERTICAIS. ABERTURAS Casa Bacopari. UNA Casa em Joinvile. UNA Casa no Morro Querosene. Grupo SP São descritos os elementos de arquitetura, ou fechamentos, que definem a qualidade espacial dos ambientes: PLANOS HORIZONTAIS: Pisos: as variações de níveis dos pisos determinam a classificação dos planos horizontais: piso-base, piso-elevado e piso-rebaixado. Forros: O plano de cobertura pode determinar e articular volumes dentro de um espaço interior, modificar a proporção de um ambiente, ou ainda permitir a entrada de luz e da ventilação.

88 CARACTERÍSTICAS COMPOSITIVAS PLANOS HORIZONTAIS. PLANOS VERTICAIS. ABERTURAS Planos em U Casa S. Teresa. SPBR Una 2. Nitsche Casa Tibau. Yuri Vital Planos Paralelos Quatro Planos. Planos em L Casa Grelha. FGMF S. Francisco Xavier. Nitsche Elementos Lineares Verticais (colunas) Scasa FN. Jacobsen Plano Vertical Isolado

89 CARACTERÍSTICAS COMPOSITIVAS PLANOS HORIZONTAIS. PLANOS VERTICAIS. ABERTURAS ABERTURAS: nos planos: rodeada perimetralmente pelo plano nos cantos: dispostas junto às arestas dos volumes entre planos: disposta horizontalmente entre as paredes, ou verticalmente, entre o teto e o piso. Casa LP. Metro Arquitetura Casa S. B. Sapucaí. UNA Refúgio S. Chico. Mapa

90 PERCURSOS NOS ESPAÇOS São destacadas tensões promovidas pelos aspectos direcionais e visuais dos ambientes. Condicionam estas tensões: Dimensões proporcionais dos ambientes; (A) Posição e dimensão de portas e janelas; Visuais, antecipando visualmente os ambientes na sequência espacial e preparando o fruidor para a experiência que irá vivenciar; Layout do mobiliário, indicando barreiras x passagens;

91 PERCURSOS NOS ESPAÇOS Casa em Catalão. Yuri Vital Casa LP. Metro Arquitetura Casa BV. Jacobsen Tipos de tensão a serem registradas: Tensão unidirecional ocorre: em ambientes configurados por planos paralelos fechados, com a luz disposta em um de seus lados; em ambientes mais estreitos e compridos, que induzem à circulação; Tensão na diagonal da planta ocorre: em ambientes com aberturas nas arestas do volume, Tensão multidirecional ocorre: em ambientes com excessiva disposição de aberturas em um de seus planos, rompendo o seu caráter direcional; em ambientes suscetíveis a se subdividir em várias zonas Caráter estático ocorre: em ambientes com proporções quadráticas;

92 RELAÇÕES ENTRE AMBIENTES As sequências espaciais entre os ambientes podem ser abertas ou fechadas, dinâmicas ou estáticas: Relações fechadas: caracterizam os espaços da vida privada ou espaços comuns que exigem isolamento, acessados por uma única porta. Relações abertas: caracterizam os espaços que, sem portas, ganham liberdade de comunicação, atendendo às demandas de vidas domésticas ricas em interações. Relações estáticas: são aquelas em que a todos os espaços estabelecem uma conexão única, normalmente organizada por um eixo simétrico. Relações dinâmicas: são aquelas em que as relações espaciais provocam tensões entre áreas principais e áreas marginais. As relações dinâmicas são favorecidas pelos sistemas assimétricos e pela geometria adotada. A assimetria permite o imprevisto e o deslocamento livre e dinâmico nas sequências espaciais. A geometria aditiva, com deslocamentos e sobreposições de volumes, pode também promover ângulos com situações particulares, configurando uma planta com vários centros e níveis de tensão. As variáveis - aberto-fechado e estático-dinâmico - podem sobrepor-se, criando inúmeros tipos de sequência espacial.

93 ANEXO 3

94 Passo a passo para o trabalho de registro de uma residência (redesenho e modelo tridimensional) 1º passo conhecendo o material será fornecido pelo professor da disciplina uma pasta nomeada alunos_material, onde você encontrará: o arquivo Instruções.pdf fornece as informações necessárias para elaboração e formatação do trabalho os arquivos têm um padrão para nomeação que deverá ser seguido, uma espécie de abreviação para facilitar o trabalho: redesenho: rd modelo digital: md modelo físico: mf quadro analítico: qd imagens analíticas: ia (contidas dentro do quadro analítico) a pasta entrega vem dividida em subpastas e essa organização deve ser mantida, apenas renomeando-as quando for necessário, trocando a palavra casa pelo nome da residência em estudo (ver pasta exemplo)

95 na pasta 01. material encontrado deve ser colocado todo material de relevância encontrado nas pesquisas (desenhos técnicos, croquis, fotografias antigas, textos, documentos, etc.) na pasta 02. material elaborado deverá ser colocado o material elaborado pelos alunos: redesenho em formato.dwg modelo tridimensional digital em formato.skp imagens do modelo tridimensional em formato.tif quadro analítico em formato.dwg imagens analíticas em formato. tif modelo tridimensionais analíticos em formato.skp Em caso de dúvida, não deixe de olhar a pasta exemplo encaminhada juntamente a esse material. 2º passo elaboração do redesenho O trabalho se inicia na pesquisa, coleta de dados sobre a residência e arquiteto em questão; A partir do material encontrado será elaborado o redesenho da residência, que será resultado da interpretação dos materiais encontrados;...

96 O template do redesenho está disponível dentro da pasta 02. material elaborado - nomeado como casa_rd.dwg -, assim como o arquivo de penas_rd, configurado para a utilização dos layers presentes no arquivo fornecido; Dentro do arquivo casa_rd.dwg estão presentes todos os layers necessários para a representação padrão; Os símbolos contidos no template devem respeitar a escala em que o desenho será visualizado no layout; A prancha padrão está no layout e tem o tamanho de uma folha A3; Não esquecer! O nome do arquivo deve ser substituído como no exemplo 3º passo elaboração do modelo tridimensional digital Com o redesenho finalizado, passa-se para o modelo tridimensional digital; O template (casa_md) para esta etapa também está na pasta 02. material elaborado, como pode ser observado no esquema acima; O arquivo de SketchUp deve ser configurado no Estilo de engenharia, evitando a vista do horizonte (divisão por cores). Abaixo o caminho para alterar o estilo no programa: Janela -> Estilo -> Estilos Padrão -> Estilo de engenharia

97 O arquivo enviado já está com o estilo configurado corretamente, também neste arquivo existem exemplos de materiais e objetos, como a imagem humana e o modelo de árvore que devem ser utilizados. Alguns pontos que devem ser levados em consideração para garantir a qualidade do modelo: Identificar os materiais que se destacam na edificação e evidenciá-los; Utilizar as texturas definidas no template sempre que possível; Levar em consideração somente a vegetação que for parte do projeto, ou que tenha grande importância para as decisões projetuais; Fazer o entorno da residência, locando-a no lote, quadra e marcando as ruas circundantes, além das edificações vizinhas que devem ser representadas como prismas translúcidos, apenas como referência de gabarito e taxa de ocupação dos lotes próximos à residência.

98 Com o modelo finalizado, passa-se para a etapa de captura de imagens, onde teremos imagens em cores e em preto e branco: Salvar 10 cenas no SketchUp, mostrando as cenas descritas adiante; Exportar as 10 imagens (cenas) em.tif com o estilo sombreado com texturas; Fazer imagens com sombra Não esquecer! A casa deve estar com o norte correto para que a sombra esteja de acordo com a original, afinal a orientação solar é um fator considerado na decisão projetual. Atenção! Para não perder a qualidade da imagem, faça o seguinte procedimento para exportar suas imagens: Vá até o menu ARQUIVO > EXPORTAR > GRÁFICO 2D Na janela de exportação: Escolha o formato Arquivo TIF (*.tif) Em seguida, aperte no botão Opções... (no canto inferior direto) Nessa nova janela, desmarque a opção de Usar tamanho da visualização Depois coloque o valor de 4500 pixels para a Largura Marque a opção de Suavização de serrilhado

99 E finalmente exporte a imagem com o nome correto.

100 As imagens devem ser exportadas (cenas) e nomeadas conforme ordem abaixo: VISTA SUPERIOR IMPLANTAÇÃO nome do arquivo: casa_md (1) FACHADAS PERSPECTIVADAS nome do arquivo: casa_md (2) nome do arquivo: casa_md (3) nome do arquivo: casa_md (4) nome do arquivo: casa_md (5)

101 VISTAS SUPERIORES PERSPECTIVADAS - quatro cantos do terreno nome do arquivo: casa_md (6) nome do arquivo: casa_md (7) nome do arquivo: casa_md (8) nome do arquivo: casa_md (9) VISTA DO OBSERVADOR nome do arquivo: casa_md (10) Utilizar as 10 cenas feitas anteriormente e exportá-las com o estilo de linha oculta (essas são as imagens em preto e branco)

102 4º passo elaboração do modelo tridimensional físico O modelo deve ser ANALÍTICO Modelo analítico Modelo comercial Materiais da maquete física: Papel paraná Papelão de sapateiro Papel duplex Papel micro-ondulado Papel camurça Papel craft Cartolina Isopor Cola de isopor Acetato MDF... Como fotografar o modelo digital físico: Câmera fotográfica com resolução superior a 10 megapixels Boas condições de luz Fundo homogêneo preto ou branco

103 Não colocar efeitos nas fotos, como p&b, sépia, vintage, etc. Exemplos:

104 5º passo elaboração do quadro analítico Dividido em três grupos: funcional, formal e construtivo; O quadro analítico é o produto de toda interpretação e descobertas feitas ao longo do trabalho; A síntese (texto) deve ser produto das imagens analíticas (elaboradas pela equipe); As imagens do modelo digital ou físico que forem usadas no quadro, devem estar dentro da mesma pasta que o arquivo casa_qd.dwg e nomeadas como casa_ia, como no exemplo; Caso não seja possível analisar um dos parâmetros, a linha deve ser desconsiderada (apagada) e o quadro deve ser reajustado; Se houver alguma peculiaridade no objeto de estudo, é possível acrescentar um novo parâmetro ao quadro (em comum acordo com o orientador); O arquivo de penas é diferente daquele destinado ao redesenho, e está na pasta; No template estão presentes instruções importantes que devem ser seguidas.

105 ANEXO 4

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115 ANEXO 5

116 CASA EM IBIRAPITANGA Local: Santa Isabel, SP Ano: 2009 Escritório Yuri Vital Autoras: Brena M. de Oliveira e Cristina Piccoli, Ana Elísia da Costa Implantação e Partido Formal A casa em Ibirapitanga, projetada em 2009, é uma residência unifamiliar de aproximadamente 306,04 m². Localiza-se em um condomínio fechado, nos limites do município de Santa Isabel-SP, em área vizinha à reserva florestal de Ibirapitanga. O terreno, de geometria irregular e geografia extremamente acidentada, foi manipulado com cortes e aterros, gerando o platô centralizado onde a casa é implantada e taludes na face sudoeste/noroeste. (Figuras 1 e 2) Figura 1: Implantação da Casa em Ibirapitanga,2009. Escritório Yuri Vital Figura 2: Corte AA esquema corte e aterro da Casa em Ibirapitanga,2009. Escritório Yuri Vital

117 Dois volumes perpendiculares e em diferentes níveis dão corpo ao partido decomposto. O bloco superior, aqui denominado Bloco 1, é disposto na extensão longitudinal do terreno, paralelo a sua divisa nordeste. Trata-se de um prisma retangular com pilotis que se apoia em quadro pilares e em duas empenas laterais de concreto armado. Estas empenas, ao se erguerem acima da laje da cobertura, expressam uma ambiguidade compositiva entre assumir uma linguagem volumétrica ou planar (figura 3). No pavimento superior deste bloco, as demais vedações verticais são envidraçadas e as angulações destas a nordeste e sudeste criam terraços com vista privilegiada para a reserva de Ibirapitanga (Figura 4) Figura 4: Esquema da composição volumétrica da Casa em Ibirapitanga,2009. Escritório Yuri Vital Fonte: OLIVEIRA, Brena, 2015 Figura 4: Angulação e terraço da Casa em Ibirapitanga,2009. Escritório Yuri Vital Fonte: OLIVEIRA, Brena, 2015 O Bloco 2 possui um pavimento e está implantado numa cota inferior ao nível da rua, encravado entre o limite sudoeste do terreno e o pilotis do Bloco 1. Este bloco configura-se como um volume compacto, cujo caráter introspectivo se revela por estar semienterrado no terreno e pelo tratamento de suas fachadas, onde os fechamentos opacos predominam. Destacase, como contraponto, a fachada voltada para a melhor visual, a nordeste, que recebe grandes panos de vidro. O pátio interno, resultado de uma subtração formal, reforça esta característica introspectiva. (Figura 5) Aparentemente, nenhuma modulação ou parâmetro de proporção rege o arranjo dos dois blocos, nem mesmo a disposição dos pilares do Bloco 1 que possuem um importante papel compositivo na expressão formal do conjunto.

118 Figura 5: (a) Fachada Nordeste (b) Fachada Sudoeste (c) Fachada Sudeste (d) Fachada Noroeste da Casa em Ibirapitanga,2009. Escritório Yuri Vital Configuração funcional A geometria e a topografia do terreno somados à preocupação em valorizar as visuais presentes no entorno, parecem ter colaborado para a organização do programa em dois níveis. O Bloco 1 é exclusivamente social, contemplando apenas salas de estar e jantar, enquanto que o Bloco 2 abriga os setores social, de serviço e íntimo além do jardim de inverno. (Figura 6) Figura 6: Zoneamento - (a) Pavimento inferior e (b) Pavimento superior da Casa em Ibirapitanga,2009. Escritório Yuri Vital Os acessos à casa ocorrem em dois níveis distintos - no nível da rua, ocorre o acesso de pedestres e, no nível inferior, o acesso de veículos. A partir do nível da rua, observa-se duas escadas externas uma que leva ao pavimento inferior do Bloco 1 (a noroeste) e outra ao seu pavimento superior (a sudeste). Esta última transpõe a cobertura do Bloco 2 e conduz ao terraço que faz a função de hall de acesso neste pavimento. A partir do nível da garagem, um estar íntimo longitudinal faz o papel de hall, proporcionando acesso direto e independente aos setores de serviços e íntimo e, através da escada, ao setor social no pavimento superior. (Figura 7)

119 Figura 7: Circulação e elementos irregulares da Casa em Ibirapitanga,2009. Escritório Yuri Vital No Bloco 1, a circulação na grande planta livre é sugerida pelo mobiliário, ficando definido um eixo longitudinal de circulação junto à fachada sudoeste e, com as melhores visuais, as áreas de permanência a nordeste. No Bloco 2, o jardim de inverno surge como um centro organizador dos setores de serviços (a noroeste) e íntimo (a sudeste). Em cada setor, a circulação interna acontece na periferia do pátio, ora de forma espacializada, ora de forma sugerida. A posição dos elementos irregulares de composição banheiro e cozinha - não segue uma padronização. De modo mais recorrente, estes aparecem agrupados, mas podem estar internalizados ou na periferia da planta. (Figura 8) Figura 8: Circulação e elementos irregulares da Casa em Ibirapitanga,2009. Escritório Yuri Vital Espacialidade A partir do nível da rua, o ingresso social à residência ocorre no terraço do Bloco 1, configurando um ambiente de transição entre interior e exterior. Neste espaço, tensionam-se estímulos visuais entre o emolduramento da paisagem (a frente) e a antecipação visual da sala através de seus planos envidraçados (a esquerda). (Figura 9)

120 Figura 9: Hall da Casa em Ibirapitanga,2009. Escritório Yuri Vital Após acessar a sala de estar, a experiência vivenciada é repleta de relações abertas e dinâmicas, promovidas pela planta livre e pelos extensos planos de vidro que favorecem a permeabilidade visual e conferem vários pontos focais de interesse, configurando assim, tensões multidirecionais. Ainda na sala de estar, um recorte irregular na laje, indica mais um caminho a seguir: a escada de acesso ao pavimento térreo. (Figura 10) Figura 10: Estar da Casa em Ibirapitanga,2009. Escritório Yuri Vital Ao descer a escada, depara-se com um segundo estar, este mais íntimo. Aberto simultaneamente para a paisagem e para o pátio interno do Bloco 2, o espaço sugere novamente tensões visuais multidirecionais que só não são mais dilatadas por causa da inserção do bloco do lavabo/despensa entre o este estar e a cozinha. No percurso que leva aos dormitórios, o corredor estreio e profundo sugere um unidirecionamento que é, contudo, rompido com o plano longitudinal envidraçado que revela visualmente o pátio interno e, mais ao fundo, a cozinha e o estar íntimo (Figura 11). Assim, o deslocamento no estar íntimo e na circulação que leva aos dormitórios revela o desejo de promover sempre uma experiência espacial dilatada horizontalmente, não havendo contrapontos verticais com variações de altura de pé-direito ou mezaninos.

121 Figura 11: Corredor íntimo da Casa em Ibirapitanga,2009. Escritório Yuri Vital Do corredor dilatado aos quartos de solteiro, ocorre a passagem pelo pequeno hall do banheiro, cuja geometria promove uma nova compressão espacial. Contudo, o alinhamento visual deste hall com a porta/janela voltada para o jardim sugere uma nova amplitude, que se contrapõe ao recanto onde se acomoda a cama. Assim, estes quartos usufruem de duas espacialidades distintas uma mais extrovertida, no eixo que liga o acesso do quarto ao jardim, e uma mais introvertida, onde ocorre o isolamento da cama. (Figura 12). O mesmo não ocorre no quarto do casal, cujo acesso se dá de modo direto, expondo a cama e revelando um grande ambiente de dimensões retangulares. Aqui, a tensão visual é unidirecional, com os planos laterais opacos enquadrando o grande plano envidraçado que se abre para a paisagem. Deve-se destacar ainda a barreira que o volume do banheiro define neste livre enquadramento visual. (Figura 13) Figura 12: Dormitório da Casa em Ibirapitanga,2009. Escritório Yuri Vital Figura 13: Suíte master da Casa em Ibirapitanga,2009. Escritório Yuri Vital

122 CASA EM TIBAU Local: Tibau do Sul, RN Ano: 2011 Escritório Yuri Vital Autoras: Brena M. de Oliveira, Cristina Piccoli, Ana Elísia da Costa Implantação e Partido Formal A casa em Tibau, também conhecida como casa das Duas Vigas, é uma casa de praia, construída em 2011 pelo escritório Yuri Vital. Localiza-se em um condomínio fechado, às margens da Praia da Pipa, em Tibau do Sul, Rio Grande do Norte. O terreno, de proporções retangulares e com desnível no sentido sudeste/noroeste, foi cortado para criar um platô centralizado no terreno, onde a casa é implantada, O manejo da topografia condiciona o surgimento de taludes nas extremidades sudeste, sudoeste, que afastam a casa dos limites do terreno. (Figuras 1 e 2) Figura 1: Implantação da Casa em Tibau, Escritório Yuri Vital Figura 2: Esquema da topografia da Casa em Tibau, Escritório Yuri Vital A composição é aditiva, conformada por dois volumes paralelos dispostos transversalmente no terreno, estando um deles apoiado sobre pilotis (Figura 3), Dois planos verticais opacos conectam os blocos, concedendo ao objeto uma unidade formal. Há nesta operação uma ambiguidade entre conferir um aspecto volumétrico e compacto ao conjunto ou dar uma expressão planar às empenas laterais que não tocam o solo. De qualquer modo, estas empenas reforçam o caráter introspectivo da residência, já que pouco revelam o que se passa no interior do lote. O pátio resultante, utilizado para circulação entre os dois blocos, é o único ponto de permeabilidade visual, visto que em sua extensão os planos laterais são vazados, configurando as duas vigas. (Figura 4) Figura 3: Corte BB da Casa em Tibau, Escritório Yuri Vital

123 Figura 4: Esquema da composição volumétrica da Casa em Tibau, Escritório Yuri Vital O tratamento dado a cada um dos volumes ratifica o grau de exposição que o projeto quer submeter o usuário. O da frente, onde estão a sala e a cozinha, permite que se criem relações visuais entre a área pública e a privada através de seus grandes planos envidraçados. O volume posterior, isolado da rua, é fechado por painéis móveis de madeira que possibilitam a relação aberto x fechado com pátio interno. (Figura 5) (a) (b) Figura 5: (a) Fachada noroeste (b) Vista do pátio interno para o bloco do setor íntimo da Casa em Tibau, Escritório Yuri Vital Configuração funcional A organização do programa em duas alas paralelas e em níveis diferentes consolida claramente os setores. No bloco voltado para o mar, na porção noroeste do terreno, estão os setores de serviço e social, e na porção sudeste, aos fundos do lote, o setor íntimo (figura 6)

124 Figura 6: Zoneamento pavimento térreo e primeiro pavimento da Casa em Tibau, Escritório Yuri Vital Um sistema de passarelas e escadas descobertas conectam as duas alas, ocupando o vazio do pátio central. Este sistema é disposto nos dois extremos longitudinais do setor social, estando articulados com o eixo das duas portas que dão acesso à casa. Na extensão do pátio, o conjunto de passarela-escada que conecta o setor social ao íntimo sofre variações de eixo para se conectar diretamente com o corredor que conduz à terceira escada externa, esta última desenvolvida no fundo do lote com a função de conectar o setor íntimo ao térreo. Em contraposição, o outro conjunto de passarela-escada que conecta o setor íntimo ao mirante, disposto sobre o setor social, se desenvolve linearmente. (Figura 7). Figura 7: Corte AA da Casa em Tibau, Escritório Yuri Vital No setor social, não há compartimentação dos cômodos através de paredes ou divisórias, com exceção do lavabo, os espaços são organizados de forma contínua, configurando uma planta livre, onde a disposição de móveis sugere uma circulação periférica junto à extensão do pátio. No setor íntimo, a circulação principal também é periférica e se desenvolve junto ao pátio, cumprindo ainda o papel de elemento conector dos dois conjuntos de passarelas-escadas e do corredor secundário que leva à terceira escada aos fundos do terreno. Esta circulação íntima funciona como uma varanda para onde se abrem os quartos, conectando-os ao pátio central. (Figura 8) Assim, o desejo de articulação dos ambientes de permanência prolongada com o pátio central condiciona a disposição dos elementos irregulares de composição na periferia das alas. No caso da ala social, a inserção da cozinha e lavabo favorece o diálogo direto do grande estar com o pátio e a rua e, no caso da ala íntima, os banheiros configuram uma faixa que ocupa toda a extensão transversal do volume, isolando visualmente a casa dos fundos do lote. (Figura 8)

125 Figura 8: Circulação e elementos irregulares pavimento térreo e primeiro pavimento da Casa em Tibau, Escritório Yuri Vital Espacialidade Não havendo hall, o espaço definido pelo avanço das empenas laterais e da laje de piso configura um pequeno ambiente de transição entre dentro e fora. Dali, o plano vertical envidraçado da sala antecipa a experiência espacial a ser vivenciada na sala e, mais ao fundo, no pátio. (Figura 9) Ao perpassar esse tênue limite entre dentro e fora, estar dentro da sala é uma experiência cheia de relações abertas e dinâmicas, embora a regularidade da geometria do ambiente, e de tensões multidirecionais, apesar do efeito viseiras causado pelos planos laterais. Tais sensações são promovidas pelos extensos planos de vidro que privilegiam a permeabilidade visual, onde o espaço exterior passa a fazer parte atuante na compreensão do conjunto. (Figura 10) Figura 9: Ingresso da Casa em Tibau, Escritório Yuri Vital

126 Figura 10: Tensão multidirecional no estar e jantar da Casa em Tibau, Escritório Yuri Vital Fonte: OLIVEIRA, Brena, 2015 Do setor social para o íntimo, a passagem se dá pelo pátio, contido pelos dois planos recortados e a imensidão do céu. Nesse deslocamento, a passagem pela rede de circulação é mais uma vez dinâmica, um passeio pelo núcleo do conjunto que favorece a apreensão dos espaços edificados, do vazio do pátio e do entorno, configurado pelo céu e pelo enquadramento das divisas laterais possibilitados pelos recortes nos planos. (Figura 11) (b)

127 No setor íntimo, o ingresso revela imediatamente o corredor que separa os dormitórios de solteiro e o de casal, causando uma tensão unidirecional. Do outro lado, a utilização de painéis de madeira no corredor de acesso aos dormitórios parece querer reforçar o caráter introspectivo do setor. (Figura 12) Figura 12: Ala de dormitórios e corredor da Casa em Tibau, Escritório Yuri Vital Já dentro dos dormitórios, vivencia-se uma experiência estática, causada pela geometria do ambiente e pelo alinhamento da porta de ingresso nos quartos e da porta do banheiro. Esta estaticidade é rompida quando as grandes portas-janelas são abertas, dilatando os quartos para o exterior (Figura 13) Figura 13: Vista do dormitório painel aberto e fechado da Casa de Tibau, Escritório Yuri Vital

128 CASA EM CATALÃO Local: Catalão, GO Ano: 2011 Escritório Yuri Vital Autoras: Brena M. de Oliveira, Cristina Piccoli, Ana Elísia da Costa Implantação e Partido Formal A casa em Catalão é uma residência unifamiliar com aproximadamente 223,27 m² e com caráter suburbano, localizada na cidade de Catalão-GO. (Figura 1) Figura 1: Perspectiva da fachada frontal da Casa em Catalão,2011. Escritório Yuri Vital Projetada em 2011, e até o presente momento não construída, a edificação deveria ser implantada em um lote triangular de meio da quadra, com topografia levemente acidentada. O partido decomposto apoia-se parcialmente na fração mais alta do terreno, voltada para a rua, e parcialmente em pilotis, transpondo o talude criado exatamente no meio do terreno. Já a organização dos volumes parece ter sido sugerida pelos lados que conformam a geometria do lote, uma vez que são evidentes as relações de paralelismo entre eles e as divisas do terreno. (Figuras 2 e 3) (a) (b) Figura 2: (a) Implantação (b) Esquema relações da volumetria com o terreno da Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital

129 Figura 3: Corte AA da Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital A composição é aditiva formada por dois volumes conectados de forma oblíqua. O primeiro volume (Bloco1) está locado perpendicularmente à testada sudeste. Sua matriz compositiva é ambígua, pois a natureza volumétrica é tensionada pela laje de piso prolongada e pelas duas altas empenas de concreto, sugerindo uma composição planar. Nesse bloco, têm-se apenas dois ambientes: uma sala e o corredor que conecta as duas alas. A sala sugere ser um cubo encaixado entre as duas empenas, com a fachada que se volta para rua completamente obscurecida por um ripado de madeira e a fachada voltada para o interior do lote envidraçada. O segundo volume (Bloco 2) configura-se por uma barra disposta paralelamente à extremidade oeste do terreno. Este volume prismático é conformado por uma casca de concreto. Pequenos rasgos verticais distribuídos de forma regular nos seus planos longitudinais formam as janelas. O tamponamento nas extremidades transversais, recuado das margens do invólucro de concreto, é feito com grandes planos de vidro, que estão protegidos por venezianas. Tais características reforçam o caráter introspectivo do Bloco 2, onde estão todos os cômodos do setor íntimo. O volume que liga as duas alas é uma barra delgada que sobrepõe os dois blocos e que se cola em uma das empenas de concreto. Trata-se de um prisma envidraçado, arrematado por uma espessa platibanda também em concreto aparente. Esta platibanda, por ser coincidente com a altura de uma das empenas, faz com que o volume perca em parte a sua legibilidade como elemento autônomo da composição. (Figura 4) Figura 4: Esquema da composição volumétrica da Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital

130 Como consequência da organização dos volumes, têm-se dois pátios, um frontal e outro de fundos. Este último está no pavimento inferior, abrigando a área de lazer. Com caráter residual, estes pátios não assumem os papéis de centros compositivos ou de elementos estruturantes do projeto, (Figura 5) (a) Figura 5: (a) Pavimento inferior área de lazer; (b) Perspectiva da rampa para a área de lazer na Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital Pode-se perceber nesta residência o desejo constante de reclusão. A conexão visual com o entorno é preterida ou minimizada em relação à rua e a vizinhança, mas é escancarada em relação ao pátio interno. Isso está indicado nos tratamentos de fachadas e na posição das esquadrias, sempre prontas a serem blindadas pelos painéis de madeira, quando são voltadas para as divisas. Configuração funcional (b) A composição binuclear, organizada em duas alas térreas, organiza os setores (figura 6). No Bloco 1, o setor social é representado apenas por um grande ambiente, cuja planta livre é ocupada pelo estar, jantar e lavabo. A circulação principal é sugerida na periferia transversal do ambiente, no mesmo eixo da circulação que conecta os blocos entre si. O Bloco 2 organiza em sua extensão longitudinal segmentos do setor social (pequeno estar, jantar e cozinha integradas) e do setor íntimo (duas suítes de solteiro e uma de casal). A circulação, periférica e especializada, se desenvolve a leste, voltada para o pátio íntimo, deixando os ambientes de permanência prolongada voltados para oeste e para a divisa lateral, estratégia que pode ser questionada do ponto de vista da orientação solar e da privacidade promovida em relação aos vizinhos. Neste bloco, a compartimentação dos ambientes não segue a uma pauta de modulação, nem a disposição dos elementos irregulares de composição obedece a uma normativa ora estão no intermeio dos elementos regulares (cozinha e banheiros dos quartos de solteiro), ora estão dispostos no perímetro externo da ala (banheiro quarto de casal). (Figura 7) Figura 6: Zoneamento do primeiro pavimento na Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital

131 Figura 7:Circulação e elementos irregulares pavimento térreo na Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital Um conjunto de circulações externas, formado por uma rampa na lateral sudeste do terreno e uma escada à oeste, conectam os dois níveis do terreno, levando do térreo ao pátio semienterrado, onde se desenvolve a área de lazer com piscina sob pilotis. (Figura 8) (a) (b) Figura 8: (a) Pavimento térreo (b) Primeiro pavimento - Localização da rampa e escada externa na Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital Espacialidade Uma pequena escada leva o observador ao espaço configurado pelo avanço da laje do piso, emoldurado pelas empenas de concreto. Depara-se com a porta camuflada sob a trama de madeira e, ao ser aberta, direciona o usuário a dois percursos possíveis. No primeiro percurso, ao se deslocar para a sala de estar, a sensação é ambígua - introspectiva caracterizada pela opacidade na lateral esquerda; extrovertida, pela transparência à direita, convidando o usuário a se aproximar do plano envidraçado e verificar o que há interior da residência (Figuras 9 e 10). Na segunda hipótese de deslocamento, em direção ao corredor, o espaço de transição entre o público e o privado, todas as atenções se voltam para o exterior, pois é para lá que o olhar é convocado pelo invólucro de vidro. Apesar das tensões multidirecionais promovidas pelos painéis transparentes, há um forte direcionamento devido à sua geometria estreito e profundo - e aos planos opacos horizontais. (Figura 11)

132 Figura 10: Acesso à Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital Figura 9: Estar e jantar na Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital Figura 11: Espaço de transição entre o jantar em direção ao corredor na Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital O passeio pela barra de vidro termina na zona mais restrita da casa, ligando-se diretamente a um segundo corredor, que leva aos dormitórios. Este espaço é caracterizado pela compressão ocasionada pelo caminho estreito, onde as aberturas em formato de pequenos rasgos verticais, quando não obscurecidas pelas venezianas, causam tensões multidirecionais num ritmo cadenciado. (Figura 12)

133 Figura 12: Corredor de acesso aos dormitórios na Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital Nos dormitórios, vivencia-se uma experiência estática e unidirecional causada pela geometria dos cômodos, pela posição das portas-janelas exatamente no plano oposto à porta de acesso e pela dimensão reduzida das aberturas que proporcionam pouca visibilidade para o exterior. (Figura 13) Figura 13: Vista do dormitório na Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital

134 CASA EM IBIRAPITANGA CASA EM TIBAU CASA EM CATALÃO Local: Santa Isabel, Local: Tibau do Sul, Local: Catalão, SP Ano: 2009 RN Ano: 2011 GO Ano: 2011 Escritório Yuri Vital Autoras: Brena M. de Oliveira, Cristina Piccoli, Ana Elísia da Costa ANÁLISE COMPARATIVA: CASA EM IBIRAPITANGA, CASA EM TIBAU E CASA EM CATALÃO Implantação e Partido Formal Apesar de as casas terem sido planejadas com objetivos diferentes e para ambientes distintos, observa-se que todas foram implantadas em terrenos de geometria e topografia irregulares. A casa em Ibirapitanga, de final de semana, está em um condomínio fechado às margens da reserva florestal de mesmo nome. A casa em Tibau, de veraneio, também está implantada em um condomínio fechado, este na exuberante praia da Pipa - RN. Já a casa em Catalão, de uso regular, foi projetada para ser construída em zona suburbana da cidade de Catalão - GO. A topografia, a despeito da diferença de níveis ser grande ou pequena, condicionou em todos os casos a criação taludes, ora de inclinação suave, ora fortemente pendentes, originando platôs onde as casas estão assentadas. (Figura 1) Figura 1: Implantação e esquemas de manipulação da topografia (a) Casa em Ibirapitanga,2009; (b) Casa em Tibau, 2011; (c) Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital

135 O partido decomposto, com duas alas claramente identificáveis, é adotado nas três residências. Condicionados pela geometria do terreno, as alas se articulam entre si de diferentes maneiras perpendicularmente (Ibirapitanga); paralelamente, com um pátio no meio (Tibau); e com angulação irregular (Catalão). Por outro lado, a topografia íngreme condiciona nos três casos que uma ala se apoie diretamente no terreno e o outra sobre pilotis. (Figura 2) Figura 2: Esquema da volumetria apoiada sobre o terreno e sobre pilotis (a) Casa em Ibirapitanga,2009; (b) Casa em Tibau, 2011; (c) Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital O arranjo volumétrico sugerido na composição é tensionado por elementos planares verticais que possuem forte expressão formal. Estes planos podem funcionar como elemento conector entre os volumes (Tibau e Catalão) ou para evidenciar um componente estrutural do conjunto (Ibirapitanga). Ainda evidenciam o desejo de imprimir uma expressão planar à composição o uso recuado de planos verticais de vedação em relação às lajes de piso e cobertura. (Figura 3) Figura 3: Esquema composição volumétrica (a) Casa em Ibirapitanga,2009; (b) Casa em Tibau, 2011; (c) Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital O tratamento dado a cada uma das alas sugere as suas funções, bem como o grau de exposição a ser submetido o usuário. O vidro é usado sem reservas nas alas sociais, buscando sempre explorar visuais privilegiadas (Tibau e Ibirapitanga). Quando isto não ocorre, como na casa em Catalão, um ripado de madeira cobre a fachada voltada para a rua. Já nas fachadas das alas íntimas e de serviço, há o predomínio dos cheios sobre os vazios, através da utilização do concreto ou de painéis de madeira. (Figura 4) Figura 4: Perspectiva: ala social e íntima (a) Casa em Ibirapitanga,2009; (b) Casa em Tibau, 2011; (c) Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital

136 Configuração funcional A organização do programa é realizada em dois blocos e, com exceção da casa em Catalão, em dois níveis. É notável, nos três casos estudados, a segregação total da área social em um pavimento ou bloco. Em função disso, percebe-se que em residências com um programa mais extenso (Catalão e Ibirapitanga) a criação de um segundo grau de ambientes sociais, mais familiar, que acaba sendo acolhido dentro do bloco que abriga os setores íntimo e de serviço. (Figura 5) Figura 5: Zoneamento (a) Casa em Ibirapitanga,2009; Casa em Tibau, 2011; Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital Nos setores sociais, não há compartimentação dos ambientes, configurando sempre uma planta livre em que a circulação é sugerida na sua periferia, quer seja longitudinal (Ibirapitanga e Tibau) ou transversal (Catalão). Já o arranjo dos outros setores íntimo e de serviços não obedece a uma regra norteadora, podendo se apresentar de duas maneiras distintas: a) em alas independentes, organizadas ao redor de um pátio, e com eixos de circulações periféricos aos ambientes e tangentes ao pátio (Ibirapitanga e Tibau); b) em uma única ala, com faixas organizadas ao longo de um corredor periférico (Catalão). (Figuras 5 e 6)

137 Figura 6: Circulação e elementos irregulares - (a) Casa em Ibirapitanga,2009; Casa em Tibau, 2011; Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital Nos três casos, os acessos social e de serviço são independentes, não havendo, contudo, um hall social que distribua os fluxos internos e que dê autonomia de uso aos setores. Assim, para acessar os setores de serviço e íntimo, é necessário transpor o setor social. Transposto o social, o sistema de circulação se explicita claramente e ganha expressão formal ao se articular com os pátios gerados entre as alas. (Figura 6) De modo geral, se observa que as plantas não são regidas por uma modulação rígida, bem como a disposição dos elementos irregulares de composição também não parece seguir uma padronização, estando algumas vezes internalizados e, em outras, na periferia da planta e, sempre que possível, agrupados. (Figura 6) Espacialidade O observador é sempre conduzido ao ingresso através de uma escada ou passarela. Ao final deste percurso, depara-se com um espaço de transição entre exterior e interior configurado pelo recuo dos planos de vedação em relação às empenas laterais e da laje do piso. Este espaço faz as vezes de hall que, nas casas Tibau e Ibirapitanga, pelo plano envidraçado, permite antever o interior da sala, ao contrário da casa Catalão, na qual a superfície envidraçada está camuflada sob uma trama de madeira. (Figura 8).

138 Figura 8: Acesso - (a) Casa em Ibirapitanga,2009; Casa em Tibau, 2011; Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital Nas salas de estar, as experiências vivenciadas são repletas de relações abertas e dinâmicas, promovidas pela planta livre e pelos extensos planos de vidro que favorecem a permeabilidade visual, configurando assim tensões multidirecionais. Na casa Catalão, entretanto, há um certo unidirecionamento promovido pelas empenas laterais opacas. (Figura 9)

139 Figura 9: Estar e jantar - (a) Casa em Ibirapitanga,2009; Casa em Tibau, 2011; Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital É curioso notar como as circulações entre blocos, pavimentos e alas são tratados de forma peculiar. Nas três residências elas têm papel relevante não só funcional mas também na fruição da edificação. Na casa Ibirapitanga, o usuário é convidado a percorrer uma longa passarela ao ar livre antes de ingressar no setor social. Também nesta residência, o pátio articula a passagem de uma ala a outra promovendo um passeio pelo interior da casa. Da mesma forma, na casa em Tibau, um conjunto de escadas preenchem o pátio entre os dois blocos, obrigando um deslocamento nada convencional. Na casa em Catalão um corredor envidraçado, conecta os dois blocos e permite experimentar, assim como nas situações anteriores, relações abertas e tensões multidirecionais. (Figura 10)

140 Figura 10: Transição entre as alas - (a) Casa em Ibirapitanga,2009; Casa em Tibau, 2011; Casa em Catalão, Escritório Yuri Vital Nos percursos que conduzem aos dormitórios, os corredores estreitos e profundos sugerem um unidirecionamento que é tratado de maneira distinta em cada residência. Na Casa em Ibirapitanga, o unidirecionamento é rompido pelo plano vertical envidraçado que delimita o corredor para o pátio interno. Na Casa em Tibau, o observador se depara com um corredor que separa os dormitórios de solteiro e de casal, causando forte tensão unidirecional. Já na Casa em Catalão, o corredor que leva aos dormitórios, com suas pequenas janelas verticais, possui um caráter ambíguo - quando as aberturas estão obscurecidas pelas venezianas, a sensação é de unidirecionamento, mas quando estas são abertas, as tensões passam a ser multidirecionais. (Figura 11)

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