O saber tradicional e o saber científico no Complexo Lago. Grande de Manacapuru, AM.

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM CENTRO DE CIÊNCIAS DO AMBIENTE - CCA Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia PPG-CASA O saber tradicional e o saber científico no Complexo Lago Grande de Manacapuru, AM. SÉRGIO ROBERTO MORAES REBELO MANAUS AM 2008

2 ii UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM CENTRO DE CIÊNCIAS DO AMBIENTE - CCA Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia PPG-CASA O saber tradicional e o saber científico no Complexo Lago Grande de Manacapuru, AM. SÉRGIO ROBERTO MORAES REBELO Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia, como requisito para obtenção do título de Mestre em Ciências Ambientais, área de concentração em Serviços Ambientais e Recursos Naturais. MANAUS AM 2008 Orientador: Dr. Carlos Edwar de Carvalho Freitas Co-orientadora: Dra. Maria Gercilia Mota Soares

3 iii AGRADECIMENTOS Ao Dr. Carlos Edwar pela grande paciência e voto de confiança na realização desse estudo; À Dra. Maria Gercilia Mota Soares pela orientação, ajuda, paciência, colaboração e esporros que sem os quais esse trabalho não estaria pronto; A Fabiana Calacina que tanto me acompanhou em campo e tanto me ajudou com sua formação de comunicadora social; Aos Comparsas Daniel Bevilaqua (Dani) e Hélio dos Anjos e Marilson (Mandubé), pelas valiosas colaborações a este estudo; Aos amigos e comparsas do Laboratório de Ecologia de Peixes Amazônicos: Davidson, Fabrício, Galo, Jairo, Jesaías, Luíza, Paulo, que me ajudaram em campo e/ou nas análises dos peixes, assim como Cláudio Neto do Laboratório de Entomologia do INPA; Aos colegas do social David, Marco Antônio, Tiago Jacaúna e Paula Miranda que colaboraram com as entrevistas e ao projeto Caboclos-ribeirinhos e a Etnoconservação dos Recursos Pesqueiros em Manacapuru, Sub-rede BASPA que produziu e forneceu o banco de dados sobre os pescadores; Ao Programa de Pós-Graduação de Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia (PPG-CASA) pela minha formação; À CAPES pela bolsa de mestrado concedida; Ao Projeto Biologia e ecologia de peixes de lago de várzea: subsídios para conservação e uso dos recursos pesqueiros da Amazônia (MCT/CNPQ/PPG7) que produziu e forneceu as informações ecológicas sobre os peixes. Aos pescadores do Complexo do Lago Grande, sem os quais este estudo não existiria.

4 iv ABSTRACT In the state of Amazonas fisheries is one of the activities economic of most traditional and highly relevant to socio-economic structure and in the process of human occupation, especially of coastal communities. Considering this importance, we believe indigenous e coastal communities have knowledge about fish fauna that exploit, because formed cultures with personal relationship natural resources. This paper has objective register, systematize and show the traditional knowledge of people living on bioecology of fish most captured of Big Lake Complex Manacapuru. The study were conducted in six communities of lakes São Lourenço e Jaitêua with individual interviews to 62 fishermen between August 2006 and October The questionnaires contained key questions and open questions, addressing the biological and ecological aspects (food, reproduction) of ichthyofauna know interviewes.. The results indicate knowledge about the diet (tucunaré, pacu, acará-açú, curimatã, aruanã, matrinxã, piranha e pirapitinga) and reproduction (tucunaré, curimnatã, pirarucu, acará-açú e bodó) of several fish detailed and consistent with the results of tests I the laboratory. There are similarities among the information the knowledge of fishermen and scientific, for fish considered of high importance to the community in lakes. It is also well know for fishing gear and fishing in local lakes, channels, streams, boreholes, wells and a large area of forest that surrounds the entire complex including its variations along the water cycle. This knowledge leads to the use of alternate types of fish and local fishing, fundamental to good fishery. Finally, know the people on the costal ecology of local fish should be used as a subsidy for preliminary studies; thus, secondary source of information for scientific and minimizing costs to conduct further research an long. Key words; 1. Traditional Knowledge 2. Ecology of Fish. 3. Fishermen. 4 Amazon

5 v RESUMO No Estado do Amazonas a pesca é uma das atividades econômicas de maior tradição e altamente relevante para estrutura sócio-econômica e no processo de ocupação humana, especificamente das comunidades ribeirinhas. Considerando essa importância, é de se supor que as populações ribeirinhas e indígenas, tenham conhecimentos sobre a fauna íctica que exploram, pois formam culturas que mantêm uma estreita relação com os recursos naturais. O presente trabalho tem por objetivo levantar o conhecimento tradicional sobre bioecologia de espécies de peixes capturadas para consumo e comercialização pelas comunidades ribeirinhas no Complexo Lago Grande de Manacapuru. O estudo foi realizado em comunidades dos lagos Jaitêua e São Lourenço no complexo Lago Grande de Manacapuru através de entrevistas realizadas a 62 pescadores. Os questionários continham perguntas chaves e questões abertas, abordando os aspectos biológicos e ecológicos (alimentação, reprodução) da ictiofauna conhecida pelos entrevistados. Os resultados apontam conhecimentos acerca da dieta (tucunaré, pacu, acará açú, curimatã, aruanã, matrinxã, piranha e pirapitinga) e da reprodução (tucunaré, curimatã, pirarucu, acará-açú e bodó) de vários peixes, detalhado e compatível com os resultados de análises em laboratório. Há similaridades dentre as informações do conhecimento dos pescadores e do científico, para os peixes considerados de alta importância comercial ou os de maior porte. Também são bem conhecido pelos pescadores apetrechos e locais de pesca nos lagos, paranás, igarapés, furos, poços e grande área de floresta que circunda todo o complexo incluindo as suas variações ao longo do ciclo hidrológico. Esse conhecimento leva ao uso alternado de tipos de peixes e locais de pesca, fundamental a uma boa pescaria. Finalmente, o saber popular das populações ribeirinhas sobre a ecologia dos peixes locais deve ser usado como subsídio para estudos preliminares; constituindo assim, fonte secundária de informação para trabalhos científicos e minimizando os custos de uma pesquisa mais aprofundada e longa. Palavras-chaves: 1. Etnoictiologia 2. Ecologia de peixes 3. Pescadores. 4 Amazônia

6 vi LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Localização dos lagos Jaitêua e São Lourenço, rio Solimões, Município de Manacapuru, Amazonas Figura 2. Variação média mensal do nível das águas do rio Solimões. Fonte: CPRM, Estação de Manacapuru (2005) Figura 3: Profissões mais exercidas pelos entrevistados no complexo do lago Grande de Manacapuru...25 Figura 4: Tipos de pesca praticada pelos entrevistados no complexo do Lago Grande de Manacapuru Figura 5: Principais locais de pesca usados pelos entrevistados, no ciclo hidrológico, no Complexo lago Grande de Manacapuru Figura 6: Freqüência relativa (n=62) do uso dos petrechos de pesca utilizados pelos entrevistados no ciclo hidrológico no Complexo lago Grande de Manacapuru Figura 7: MDS entre o conhecimento científico e popular sobre a composição da dieta da ictiofauna no período águas altas Figura 8: MDS entre o conhecimento científico e popular sobre a composição da dieta da ictiofauna no período de águas baixas Figura 9: Período reprodutivo das 5 espécies mais citadas pelos entrevistados. Fonte: BASPA Figura 10: Calendário da pesca local relacionando período, espécies de peixes, apetrechos e locais de pesca das comunidades do complexo do Lago Grande de Manacapuru

7 vii LISTA DE TABELAS Tabela 1: Faixa etária dos entrevistados no complexo do Lago Grande de Manacapuru Tabela 2: Grau de escolaridade dos entrevistados no complexo do Lago Grande de Manacapuru Tabela 3: Origem dos entrevistados no complexo do Lago Grande de Manacapuru Tabela 4: Lista das 60 espécies de peixes mais capturadas na pesca experimental no complexo do Lago Grande de Manacapuru Tabela 5: Lista das 40 espécies de peixes mais citadas pelos pescadores entrevistados no Complexo Lago Grande de Manacapuru Tabela 6: Freqüência de ocorrência dos itens alimentares dos peixes citados pelos entrevistados nos períodos de águas altas (AA) e águas baixas (AB). (N= número de entrevistados)...36 Tabela 7: Freqüência de ocorrência dos itens alimentares identificados nos conteúdos estomacais no período de águas altas e (AA) e baixas (AB)...36 Tabela 8: Tabela de cognição comparada sobre local e época de desova para os peixes mais conhecidos pelos entrevistados...42

8 viii SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO REVISÃO DE LITERATURA METODOLOGIA Área de estudo Coleta de dados Perfil dos pescadores entrevistados Composição da ictiofauna do Complexo do Lago Grande de Manacapuru Composição da dieta dos principais peixes citados e capturados no Complexo do Lago Grande de Manacapuru Similaridade entre o conhecimento científico e tradicional sobre a composição da dieta da ictiofauna no Complexo do Lago Grande de Manacapuru Pré-teste dos questionários aplicados RESULTADOS Perfil dos pescadores entrevistados no complexo lago Grande de Manacapuru Locais e apetrechos de pesca utilizados no Complexo do Lago Grande de Manacapuru Composição da ictiofauna no Complexo do Lago Grande de Manacapuru Composição da dieta dos principais peixes citados e capturados no Complexo do Lago Grande de Manacapuru Similaridade entre o conhecimento científico e tradicional sobre a composição da dieta da ictiofauna Período reprodutivo dos peixes mais citados pelos pescadores no complexo do lago Grande de Manacapuru citados pelos pescadores DISCUSSÃO Perfil dos pescadores entrevistados no Complexo do Lago Grande de Manacapuru...43

9 ix 5.2 Conhecimento científico e tradicional sobre a composição taxonômica dos peixes no Complexo do Lago Grande de Manacapuru Locais de pesca e apetrechos utilizados pelos pescadores no Complexo do Lago Grande de Manacapuru Conhecimento científico e tradicional sobre a composição da dieta da ictiofauna no Complexo do Lago Grande de Manacapuru Período e locais de reprodução de peixes citados pelos pescadores no Complexo do Lago Grande de Manacapuru CONCLUSÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXOS....66

10 10 1. INTRODUÇÃO Esta pesquisa foi realizada no Complexo do Lago Grande de Manacapuru e teve como objetivo caracterizar o saber tradicional dos pescadores do Complexo do Lago Grande de Manacapuru corroborando o saber científico. A alimentação, períodos e locais de desova dos principais peixes citados e mais capturados no Complexo do Lago Grande de Manacapuru pescadores bem como os locais de pesca e os apetrechos utilizados pelos pescadores tiveram sua sazonalidade levantada mostrando que a dinâmica de subida e descida das águas do rio Solimões não apenas rege a biologia dos peixes, mas também é conhecida pelos pescadores do complexo. A pesca é uma das atividades econômicas de maior tradição e altamente relevante para estrutura sócioeconômica e no processo de ocupação humana, especialmente das comunidades ribeirinhas (SANTOS & FERREIRA, 1999). Considerando essa importância, é de se supor que as comunidades de ribeirinhos e indígenas, tenham conhecimentos sobre a fauna íctica que exploram, pois formam culturas que mantêm uma estreita relação com os recursos naturais. A maioria dos ribeirinhos realiza a pesca de subsistência, mas eventualmente, a produção excedente é comercializada, principalmente no período de águas baixas. Assim, espera-se que as comunidades se preocupem com a disponibilidade de peixes para o seu consumo e conseqüentemente imponham limites para a sua captura. Isso porque muitos barcos da frota pesqueira promovem o chamado arrastão que consiste na utilização de redes de arrasto de grande profundidade e comprimento capturando peixes de diversos tamanhos e destruindo os ambientes aquáticos, regando conflitos entre os ribeirinhos e os pescadores comerciais (BATISTA et al., 2004). A caracterização da pesca comercial na bacia amazônica já fora destacada por vários trabalhos (PETRERE Jr., 1978; SMITH, 1979; BAYLEY & PETRERE, 1989; BARTHEM, 1999; MÉRONA, 1993; BATISTA, 1998) de conservação e/ou preservação. A maioria desses trabalhos

11 11 tem como base informações obtidas por meio de estatísticas de desembarque pesqueiro. No entanto, o conhecimento acumulado por ribeirinhos sobre a biologia e ecologia de peixes é uma importante ferramenta que vem sendo utilizada cada vez mais nos estudos de conservação dos recursos pesqueiros. Como ferramenta de documentação o conhecimento tradicional pode ser considerado como uma primeira etapa, de grande importância, quando se pretende desenvolver projetos que envolvam comunidades humanas em áreas de conservação e/ou preservação. Nesse contexto o trabalho propõe levantar o conhecimento tradicional das populações ribeirinhas sobre bioecologia de espécies de peixes capturadas para consumo e comercialização no Complexo Lago Grande de Manacapuru.

12 12 2. REVISÃO DE LITERATURA Os estudos de etnobiologia são antigos, sendo que os primeiros datam do século XIX, e descrevem a interação entre o homem e a natureza. A maioria destes estudos pioneiros era concentrada em etnobotânica, principalmente nos estudos de plantas com potencial para serem utilizadas como remédios (GUARIM NETO, 2006, AMOROZO, 2002). Na etnozoologia, a maior parte dos estudos está concentrada em nas áreas de etnoornitologia (CADIMA & MARÇAL JÚNIOR, 2004) e etnoictiologia (BEGOSSI & GARAVELLO 1990, ISAAC et al., 1996, BEGOSSI et al., 1999, BATISTELLA et. al, 2005). Um dos primeiros trabalhos de etnoecologia foi realizado por MARANHÃO (1975) e aborda a classificação dos peixes feita por uma comunidade de pescadores do litoral cearense. Grande parte dos estudos etnoictiológicos tem sido realizada em comunidades de pescadores artesanais, como os caiçaras, por exemplo, que atuam em regiões litorâneas. Recentemente BEGOSSI (2005) analisou a etnotaxonomia de peixes em comunidade de pescadores da mata Atlântica, São Paulo. Muitos trabalhos destacam a descrição de recursos pesqueiros, como por exemplo, Silva et al. (2007) que analisou o modo de vida, a diversidade cultural e os instrumentos utilizados na atividade pesqueira em Conceição do Araguaia; RAMIRES & BARELLA (2003) analisaram a pesca artesanal exercida pelos pescadores na Estação Ecológica de Juréia descrevendo a composição de espécies a sazonalidade e produtividade das pescarias. THÉ (2004) analisou a atividade pesqueira de comunidades de pescadores do Rio São Francisco (MG), e registrou a existência de regras de uso para a utilização dos recursos pesqueiros. Trabalhos de caráter mais ecológico passaram a abordar o conhecimento popular sobre alimentação, migração, comportamento reprodutivo e mecanismos de defesa da ictiofauna. RAMIRES et al. (2007) abordaram o conhecimento que os pescadores de São Paulo possuem sobre aspecto morfológicos e comportamentais dos peixes como habitat e reprodução verificando as similaridades entre o etnoconhecimento da população local e a literatura científica; SILVANO & BEGOSSI (2002), verificaram o conhecimento dos pescadores artesanais sobre a biologia e

13 13 comportamento dos peixes do Rio Piracicaba; SOUZA & BARRELLA (2001) analisaram o conhecimento dos pescadores artesanais da Estação Ecológica de Juréia-Itatins em relação ao habitat, ecologia trófica e distribuição espacial dos peixes; COSTA-NETO & MARQUES (2000a, 2000b) descreveram a percepção dos pescadores de Siribinha (BA) sobre o comportamento, produção de som, reprodução e ecologia trófica, distribuição temporal e espacial dos recursos pesqueiros na Bahia; CLAUZET (2000) relacionou o conhecimento dos pescadores de Enseada do Mar Virado, em Ubatuba (SP), sobre variáveis ambientais com os resultados de produção pesqueira da comunidade; GERHARDINGER et al. (2006) investigaram os aspectos gerais referentes ao conhecimento ecológico de dois grupos de pescadores sobre sete espécies de peixes marinhos da família Serranidae ocorrentes na baía Babitonga (Estado de Santa Catarina). Os estudos de RAMIRES et al. (2007), CLAUZET (2003) PINHEIRO (2004) e LOPES (2004) apontaram a importância da incorporação do conhecimento popular sobre a ictiofauna no desenvolvimento de planos de manejo sustentável. O diálogo entre essas duas formas de compreensão do mundo pode contribuir para gestão participativa dos recursos pesqueiros por meio da implantação de planos de manejo que considerem a complementaridade entre os sistemas tradicional e científico de produção, visando à sustentabilidade. Por essa razão, o registro do conhecimento ecológico tradicional e da percepção de alterações antropogênicas em comunidades indígenas, atualmente é fundamental para acompanhar os efeitos de manejo ecológico ou de utilização dos recursos naturais. Dentre esses grupos, as comunidades de pescadores são importante fonte de informação ecológica (CARVALHO, 2002).

14 14 Conhecimento Tradicional na Amazônia O conhecimento tradicional dos ribeirinhos é depositário de informações sobre a dinâmica dos sistemas hídricos que podem ser de extrema relevância para o desenvolvimento do manejo integrado e participativo dos recursos naturais na região Amazônica (DIEGUES, 2000). Essas informações confluem em um saber comumente denominado de saber popular ou etnoconhecimento, com inúmeras teorias referentes à estrutura e funcionamento dos ecossistemas têm sido ainda pouco avaliadas em relação ao conhecimento científico (DIEGUES, 2000). Dentro desse conhecimento se destaca a etnoictiologia que busca a compreensão do fenômeno da interação da espécie humana com os recursos ícticos (MARQUES, 1995). Recentemente, BEGOSSI et al. (2002) sintetizaram a etnoictiologia como sendo a interação entre pescadores e os peixes sob os mais diversos aspectos, incluindo táticas de pesca, dieta e, em particular, atribuição de nomes (etnotaxonomia). Os estudos sobre conhecimento tradicional, inicialmente, investigavam os conceitos e os relacionamentos estabelecidos pelos grupos indígenas dentro e entre as categorias cognitivas (POSEY, 1987). Posteriormente, foram ampliados de forma a envolver as populações de seringueiros e de ribeirinhos, em que habitantes de rios e lagos que são detentores de amplo conhecimento sobre o ambiente em que vivem, o qual vem sendo acumulado ao longo de várias gerações (DIEGUES & ARRUDA, 2001). Na Amazônia, ainda são incipientes os estudos acerca do conhecimento tradicional no que diz respeito ao recurso pesqueiro, mas alguns trabalhos têm dado ênfase aos aspectos ecológicos e comportamentais dos peixes (LIMA, 2003); classificação (BEGOSSI & GARAVELLO, 1990); migração, alimentação, variação morfológica e medidas de ordenamento informal da pesca de grandes bagres (BARROS & RIBEIRO, 2005); análise ecológica sobre o uso dos peixes, os tabus e uso medicinal (BEGOSSI & BRAGA, 1992; BEGOSSI et al., 1999); análise do conhecimento

15 15 etnoecológico referente à ecologia, comportamento e classificação de espécies de peixes em comunidades ribeirinhas residentes na Floresta Nacional de Caxiuanã, PA (SILVA & MONTAG, 2002). Também existem estudos sobre a pesca realizada por meninos ribeirinhos em Manacapuru (GARCEZ & SÁNCHEZ-BOTERO, 2006); sobre o etnoconhecimento dos moradores da comunidade Boas Novas, Janauacá, referente à dieta de peixes relacionando com a literatura científica; e sobre o uso de apetrechos mais utilizados nas pescarias no Careiro da Várzea, Iranduba, Manaquiri e Manacapuru (BATISTELLLA et al., 2005). O conhecimento dessas comunidades ribeirinhas não só permite o acesso rápido às muitas informações a serem utilizadas em pesquisas científicas direcionadas para manejo e conservação dos recursos naturais (BEGOSSI, 1999; GARCEZ & SÁNCHEZ-BOTERO, 2006; ESTUPIÑÁN, 2002) como também na produção de dados que possibilitem o seu envolvimento direto, no que se refere às questões relacionadas com a defesa de seu lugar (PEREIRA, 1999; COSTA et al., 1999; LIMA, 2003). Finalmente, o conhecimento tradicional das populações ribeirinhas a respeito da ecologia dos peixes locais deveria ser usado como subsídio para estudos preliminares; constituindo assim, fonte secundária de informação para trabalhos científicos (POIZAT & BARAN, 1997) e minimizando os custos de uma pesquisa mais aprofundada e longa. Na Amazônia as etnias indígenas têm sido consideradas como detentoras de vasta gama de informações a respeito do mosaico de ambientes como campina, campinarana, várzea, igapó e terrafirme englobando não só a flora e fauna presente neles como também relações e interações existentes entre eles. Os índios Kayapós, por exemplo, não só conhecem os padrões de migração e de cruzamento dos peixes como detêm um extenso inventário dos mesmos (PETRERE JR., 1990); as tribos Tukano e Tuyuka no alto rio Tiquié tem conhecimento da nomenclatura usual, habitat, reprodução e hábitos alimentares de 147 espécies de peixes (CABALZAR, 2005). As informações geradas sobre o conhecimento das etnias indígenas são muito variadas e difíceis de serem validadas uma vez que: 1) alguns conceitos indígenas podem gerar novas hipóteses a serem testadas; 2)

16 16 algumas idéias não passíveis de serem analisadas devem ser arquivadas; 3) algumas crenças podem vir a demonstrar seu papel de mecanismos sociais para regular o uso dos recursos naturais ou a manutenção do equilíbrio ecológico (POSEY, 1963). A pesca de grandes bagres como a dourada (Brachyplatystoma rouseauxii) e a piramutaba (B. Vaillantii) na Amazônia é uma atividade produtiva e social que vem diminuindo de produção em locais como o estuário e alto Solimões principalmente pelo aumento do número de pescadores em todo o eixo Solimões - Amazonas (BARROS & RIBEIRO, 2005). Esses pescadores possuem um conjunto de informações sobre migração, alimentação, variação morfológica e medidas de ordenamento informal da pesca (BARROS & RIBEIRO, 2005) que pode ser compartilhado com pesquisadores e gestores para o seu uso, manejo e conservação visando uma exploração sustentada do recurso (FABRÉ et al., 2005; RIBEIRO & FABRÉ, 2005). Outro grupo de conhecedores com grande importância são os ribeirinhos, constituídos em sua grande maioria por moradores indígenas e/ou migrantes e seus descendentes que dividem o tempo entre a agricultura e a pesca artesanal sendo o peixe a maior fonte de proteína animal (CERDEIRA et al. 1997; BATISTA et al., 2004). A atividade pesqueira faz parte da cultura regional e tem importante papel no cotidiano social das comunidades ribeirinhas, especialmente daquelas que residem em pequenas comunidades ao longo das margens dos rios e lagos ou isoladas no interior da Amazônia. No rio Solimões, lago Janauacá, os ribeirinhos da comunidade de Boas Novas, pescadoreslavradores, possuem conhecimentos consistentes e detalhados da dieta alimentar de mais 40 espécies de peixes por eles capturados (BATISTELLA et al., 2005); em Manacapuru crianças, com idade de 5 e 12 anos participam ativamente na atividade pesqueira (GARCEZ & SÁNCHEZ- BOTERO, 2006) e na Floresta Nacional de Caxiuanã, PA, os pescadores das comunidades ribeirinhas de Caxiuanã, Pedreira e Laranjal acumulam detalhado conhecimento da ecologia dos

17 17 peixes que pescam, sendo capazes de mencionar semelhanças entre espécies baseando-se nas informações adquiridas nas suas pescarias (SILVA & MONTAG, 2002). Conforme já mencionado, na Amazônia os índios, pescadores comerciais e ribeirinhos, detêm conhecimentos peculiares em relação à ictiofauna que exploram: locais de pesca, da migração e locais de alimentação, período de desova, proteção e comportamento de cardumes. Sabendo onde estão os recursos e qual a sua disponibilidade, são capazes inclusive, de elaborar divisões que possam colaborar no sentido de evitar uma exploração indevida. Essas informações são fundamentais para um plano de manejo com bases científicas, onde os conhecimentos científicos e tradicionais corroboram entre si com informações necessárias ao plano de manejo. Assim, as comunidades, partindo de uma organização social maior, podem criar planos de gestão de seus recursos naturais para não exauri-los.

18 18 3. METODOLOGIA 3.1 Área de estudo O estudo foi desenvolvido nos lagos Jaitêua ( S e W) e São Lourenço ( S e W), Manacapuru, Estado do Amazonas, Brasil, situados na margem esquerda do rio Solimões (Figura 1). Os lagos Jaitêua e São Lourenço integram um sistema de lagos, que compõem o Complexo do Lago Grande de Manacapuru (ou lago Cabaliana), interligados entre si e recebendo nomes diferentes conforme sua localização na área. Esse complexo é formado por lagos, paranás, furos, canais e igarapés onde ocorre uma constante pressão pesqueira realizada tanto pelos moradores como pelos pescadores profissionais que abastecem os mercados de Manacapuru e de outras cidades. Segundo RUFFINO et al. (2006) e GONÇALVES & BATISTA, (2008) Manacapuru é uma das cidades de maior produção pesqueira no Amazonas. O lago Jaitêua é comprido e estreito, com profundidade média de 5m e dividido em Jaitêua de Baixo, onde está situada a comunidade Santo Antônio, e Jaitêua de Cima, onde estão localizadas as comunidades Tradicional, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e Assembléia de Deus. O São Lourenço é bem mais extenso, com profundidade média de 8m. Na margem esquerda do lago estão situadas as comunidades Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e Aparecida (Figura 1). Em geral, o período da enchente no rio Solimões começa em Novembro e continua até o final de Abril correspondendo à fase mais longa do período de alagação, quando as águas do Solimões não só invadem o complexo como também represam a água do rio Manacapuru e dos0 igarapés que deságuam no lago Grande, atingindo sua cota máxima em Junho; na vazante, de julho até setembro, é grande a redução da área alagada apresentando o nível de água mais baixo, seca, em outubro quando a conexão com o Solimões acontece apenas pela desembocadura do rio Manacapuru e somente os canais mais profundos e lagos permanentes não secam completamente. O Complexo do Lago Grande de Manacapuru permanece conectado ao rio Solimões durante todo o

19 19 ciclo hidrológico (Figura 2). As médias mensais do nível da água (em metros) foram obtidas na Agência Nacional de Águas (ANA), na estação de Manacapuru. Brasil Nossa Senhora Perpétuo Socorro Assembléia de Deus Tradicional Lago Jaitêua Lago São Lourenço Santo Antônio Nossa Senhora Perpétuo Socorro Nossa Senhora Aparecida Manacapuru Lago Grande (Cabaliana) Figura 1 - Localização dos lagos Jaitêua e São Lourenço, rio Solimões, Município de Manacapuru, Amazonas. Fonte: Banco de Imagens BASPA Nível da água (m) Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Figura 2. Variação média mensal do nível do rio Solimões. Fonte: CPRM, Estação de Manacapuru (2005).

20 Coleta de dados Perfil dos pescadores entrevistados Os dados do trabalho foram obtidos por meio de entrevistas estruturadas aplicando-se formulários para cada pescador, chefe de família ou alguém da família que mais pratique a pesca. Isso permitiu liberdade nas respostas, ao mesmo tempo em que conferiu maior detalhamento à informação sobre a ictiofauna local. As entrevistas foram realizadas entre agosto de 2006 e outubro de 2007 e os questionários continham perguntas chaves e questões abertas, abordando os aspectos biológicos e ecológicos (alimentação, reprodução) da ictiofauna conhecida pelos entrevistados. As informações fazem parte do banco de dados do subprojeto Caboclos-ribeirinhos e a Etnoconservação dos Recursos Pesqueiros em Manacapuru, Sub-rede BASPA (Bases para a Sustentabilidade na Pesca na Amazônia). Os dados foram tabulados em um banco de dados do programa ACCESS. Nos formulários, foram abordados aspectos reprodutivos como período e locais de desova além dos locais de migração de peixes conhecidos pelos entrevistados. Para análise dos dados, foram selecionados os peixes que tem seus aspectos reprodutivos conhecidos por mais de 25% dos entrevistados (N>15). Em seguida, uma análise de dados foi efetuada por meio de uma tabela de cognição comparada (MARQUES, 1995). Esta tabela exibe lado a lado as informações dos pescadores sobre os peixes mais citados e os dados da literatura científica específica Composição taxonômica da ictiofauna do Complexo lago Grande de Manacapuru Paralelamente às entrevistas com os formulários, foram realizadas pescarias experimentais nos quatro períodos do ciclo hidrológico: enchente, cheia, vazante e seca entre novembro de 2006 a abril de Os peixes foram coletados na região de água livre e floresta alagada dos lagos em

21 21 locais de pesca indicados pelos pescadores com baterias de malhadeiras dos tamanhos 30, 40, 50, 60, 70, 80, 90, 100, 110 e 120 mm entre nós opostos. As malhadeiras permaneceram expostas durante 24 horas, sendo efetuada despesca a cada seis horas. As espécies de peixes foram identificadas no campo com auxílio de chaves de identificação (GERY, 1977; SANTOS et al, 1984; FERREIRA et al., 1998). Somente as espécies não identificadas foram etiquetadas, fixadas em formol a 10% e transportadas para o INPA, para posterior identificação. Ainda durante o trabalho de campo, foram registrados o comprimento padrão (Cp), em centímetros (cm), e peso total, em gramas (g), de cada exemplar. Posteriormente, foram retirados os estômagos, etiquetados e preservados em formol 10% para identificação dos alimentos no Laboratório de Ecologia de Peixes de Áreas Alagáveis no INPA. Considerando a importância da identificação das espécies, uma vez que os pescadores conhecem apenas o nome comum dos peixes, as espécies capturadas na pesca experimental foram também identificadas pelos pescadores entrevistados. A identificação foi realizada, com o auxílio de um catálogo de fotos das espécies capturadas na primeira excursão à campo, no qual foram registrados os nomes comuns para cada etnogênero e quando possível para cada etnoespécie. Quando possível, os pecadores entrevistados participavam das despescas e nomeavam os peixes Composição da dieta dos peixes no Complexo do Lago Grande de Manacapuru Com o objetivo de comparar o nível de conhecimento dos pescadores acerca da alimentação dos peixes, analisamos o conteúdo estomacal de 160 exemplares das seguintes espécies: Cichla sp. (tucunaré), Colossoma macropomum (tambaqui), Piaractus brachypomus (pirapitinga), Pygocentrus nattereri (piranha-caju), Mylossoma duriventre (pacu), Brycon amazonicus (matrinchã), Prochilodus nigricans (curimatã), Osteoglossum bicirrhosum (aruanã), e Astronotus crassipinis (acará-açú) e comparamos os resultados com as informações obtidas nas entrevistas com

22 22 os pescadores residentes nas comunidades que circundam o complexo do lago Grande de Manacapuru. Os peixes selecionados para as análises os estômagos foram aqueles mais citados (>25%) pelos entrevistados. A influência do ciclo hidrológico sobre a composição da dieta dos peixes também foi investigada através das informações obtidas nas entrevistas. E, considerando o fato de grande parte dos entrevistados nomearem enchente e cheia como água alta e por nomearem vazante e seca como séca a análise dos dados foi agrupada em águas baixas (AB) e águas altas (AA), respectivamente. Também, os tipos de alimentos foram investigados por meio de análises do conteúdo estomacal dos peixes capturados. Os estômagos já preservados em formol 10% foram lavados em água corrente e fixados em álcool 70%, os tratos digestivos pesados(g) e examinados sob microscópio estereoscópico. Os itens alimentares foram identificados até o grupo taxonômico possível, com auxílio de chaves de identificação. Na análise dos estômagos foi usado o método de freqüência de ocorrência (GOULDING 1980; SOARES et. al. 1986) para os períodos de águas baixas e águas altas. Os resultados das análises dos estômagos foram corroborados com literatura específica. Em seguida os resultados foram comparados com as informações obtidas nas entrevistas com os pescadores Similaridade entre conhecimento científico e conhecimento tradicional sobre a composição da dieta da ictiofauna no Complexo do Lago Grande de Manacapuru Para determinar se há similaridade entre o conhecimento dos pescadores do complexo lago Grande de Manacapuru e o conhecimento científico foi empregado o método de Escalonamento Multidimensional não-métrico (NMDS). A NMDS é um método de ordenações que consiste basicamente em sintetizar, em um gráfico com eixos perpendiculares, a variação multidimensional de um conjunto de variáveis. Inicialmente uma matriz de similaridade foi calculada, baseada em

23 23 informações de presença-ausência (índice de Jaccard) de cada item alimentar por espécie analisada., e na ausência de exemplares capturados em dado período, foram usadas literaturas referentes a dieta alimentar para cada peixe. Na matriz foram incluídos apenas os peixes conhecidos por mais de 25% dos pescadores entrevistados (N 15), o que correspondeu a 9 tipos de peixes. As análises de NMDS foram realizadas com o auxílio do programa PAST versão 1.78 (HAMMER et al., 2008) 3.3 Pré-teste dos questionários aplicados O pré-teste de uma amostra pode indicar se é possível o formulário ser aplicado e permite avaliar as dificuldades e estimar o tempo e custo necessário à pesquisa (BABBIE, 2003). O préteste permite ao pesquisador identificar situações, problemáticas, que poderão ser encontradas no decorrer do trabalho definitivo, propiciando tomadas de decisões mais cuidadosas e assegurar que elas serão seguidas até o final do estudo conforme MORAIS (2006). O pré-teste (Anexo I) foi realizado na primeira excursão em parceria com o grupo do subprojeto Caboclos-ribeirinhos e a Etnoconservação dos Recursos Pesqueiros em Manacapuru. O questionário definitivo (Anexo II) foi aplicado após as correções do pré-teste. 4. RESULTADOS 4.1 Perfil dos pescadores entrevistados no Complexo Lago Grande de Manacapuru Foram entrevistados 62 comunitários pertencentes às seis comunidades que habitam dois lagos, Jaitêua e São Lourenço, que fazem parte do Complexo Lago Grande de Manacapuru. No Jaitêua, os pescadores pertenciam às comunidades Santo Antônio, Tradicional, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e Assembléia de Deus e no São Lourenço às comunidades Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e Aparecida.

24 24 Os pescadores entrevistados tinham entre dezesseis e setenta e seis anos, sendo que a maioria possui mais de 40 anos (Tabela 1). Todos são pais e chefe de famílias, com, no mínimo, uma fonte de renda oriunda de aposentadorias, pensão, auxilio defeso, agricultura ou da pesca. Com relação à escolaridade o ensino fundamental é o que tem maior representatividade entre os entrevistados. A grande maioria é alfabetizada, 72,6%, sendo que quase metade cursou até 4 a. série do ensino fundamental. Mas, 22,4% são analfabetos ou analfabetos funcionais (Tabela 2). Finalmente, quase todos os entrevistados nasceram no Estado do Amazonas, sendo o município de Manacapuru responsável por 88,7% da origem dos entrevistados. O Pará é o estado de origem de todos os entrevistados não nascidos no Amazonas, 6,4% (Tabela 3). Quando indagados sobre a profissão que exercem, 71%, responderam que são agricultores e apenas 27,4% que são pescadores. Somente um entrevistado (1,6%) não se enquadra nessas categorias, atuando como agente de saúde (Figura 2). Tabela 1: Faixa etária dos entrevistados nos lagos do Complexo do Lago Grande de Manacapuru. Fonte: Banco de dados BASPA. Idade Pescadores Tabela 2: Grau de escolaridade dos entrevistados nos lagos do Complexo do Lago Grande de Manacapuru. Fonte: Banco de dados BASPA. Grau de Escolaridade N % 1a a 4a Série 28 45,2 5a a 8a Série 12 19,4 Só Assina o Nome 10 16,1 Ensino Médio Incompleto 3 4,8 Ensino Médio Completo 2 3,2 Analfabetos 7 11,3

25 25 Tabela 3: Procedência dos entrevistados nos lagos do Complexo do Lago Grande de Manacapuru. Fonte: Banco de dados BASPA. Local de nascimento N % Autazes/ AM 1 1,6 Manacapuru/AM 55 88,7 Manaquiri/AM 1 1,6 Parintins/AM 1 1,6 Manicoré/AM 1 1,6 Alenquer/PA 2 3,2 Óbidos/PA 2 3,2 Com relação à pesca a maioria dos entrevistados exerce a pesca de subsistência, 63,0%, que capturam apenas o necessário à manutenção própria e dos familiares. Para esses entrevistados a variação de locais de pesca é ampla e os apetrechos utilizados nas pescarias são seletivos. Alguns entrevistados (16%) afirmaram que além da pesca familiar também capturam peixe para a venda. Isso, segundo os pescadores entrevistados, ocorre no período de enchente quando há uma boa quantidade de pescado em locais de pesca conhecidos pelos entrevistados. A pesca comercial no complexo do Lago Grande é executada por 16,1% (Figura 3) dos entrevistados que são profissionais registrados na colônia de pescadores Z-9 do município de Manacapuru. Em geral, possuem barcos simples de 4-9 m de comprimento e pescam nos períodos de águas altas (cheia e vazante) no lago Jaitêua, mas, no período de águas baixas (seca) pescam no Paraná do Anamã.

26 26 1,6 27,4 Agricultor Pescador 71,0 Agente de sa úde Figura 3: Profissões mais exercidas pelos entrevistados nos lagos do Complexo do Lago Grande de Manacapuru. Fonte: Banco de dados BASPA. 16% 21% 63% Subsistência Comercial Sub/Com Figura 4: Tipos de pesca praticada pelos entrevistados nos lagos do Complexo do Lago Grande de Manacapuru. Fonte: Banco de dados BASPA.

27 Locais e apetrechos de pesca utilizados no complexo Lago Grande de Manacapuru No Complexo do lago Grande foram registrados 11 principais pesqueiros (locais de maior pesca) que estão sendo utilizados pelos entrevistados ao longo do ciclo hidrológico. No nível mais elevado das águas as pescas ocorrem freqüentemente nos igarapés. Isso por causa do grande número de igarapés que ocorre no complexo e as suas margens fornecem alimento e abrigo para muitos peixes. Por outro lado, no nível mai baixo das águas, o Paraná do Anamã é o local mais procurado. Outros locais como canais, enseadas, furos, poços, chavascais, praias e beiradões, foram também citados pelos pescadores como locais de pesca no período de águas altas (Figura 5). Nas pescarias onze tipos de apetrechos de pesca são usados, sendo a malhadeira e tramalha, os mais utilizados pelos pescadores em todos os períodos do ciclo hidrológico (Figura 6). Mas, segundo os entrevistados, 52,2%, o uso da malhadeira é maior na descida das águas (vazante). A tramalha é o segundo apetrecho de maior uso pelos pescadores nos lagos, sendo semelhante à malhadeira, mas com menor potencial de captura por possuir menor tamanho. Os pescadores que a usam afirmam que preferem fabricá-la ao invés de comprá-la, pois a fabricação, além de ter menor custo, permite que o apetrecho fique com os tamanhos que os entrevistados julgam serem melhores para as pescarias. O uso de apetrechos com maior seletividade como arpão, zagaia, arco e flecha são mais utilizados no período de águas baixas quando a pesca é efetuada em locais onde é difícil o uso de apetrechos com redes maiores dos peixes. Nos igapós e igarapés o uso desses apetrechos é alto para o período de águas altas (Figura 6).

28 28 Seca Vazante Cheia Enchente Igarapé da Cajazeira Igarapé do Cedro Igarapé Grande Lago do Jaiteua Lago Grande Parana do Anamã Boca Larga Igarapé do Acari Igarapé do Peraço RDS do Piranha Igarapé do Acarí Figura 5: Principais locais de pesca usados pelos entrevistados, no ciclo hidrológico, nos ambientes do Complexo lago Grande de Manacapuru. Fonte: Banco de dados BASPA. Freqüência de citação de uso 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 enchente cheia vazante seca malhadeira tramalha caniço arco e flecha tarrafa zagaia arpão anzol currico arrastão caçoeira de fio Apetrechos utilizados Figura 6: Freqüência relativa (n=62) do uso dos apetrechos de pesca utilizados pelos entrevistados no ciclo hidrológico no Complexo lago Grande de Manacapuru. Fonte: Banco de dados BASPA.

29 Composição da ictiofauna no Complexo do lago Grande de Manacapuru No Complexo do Lago Grande de Manacapuru foram capturadas 192 espécies (anexo 3), exemplares, sendo Characiformes a Ordem mais rica e abundante com 81 espécies, seguidos de Siluriformes (62 spp.), Perciformes (34 spp.) e Clupeiformes (7 spp.). As famílias Characidae, Cichlidae e Loricariidae apresentaram os maiores números de espécies e Characidade, Curimatidae e Pristigasteridae as maiores abundâncias. P. nattereri, P. flavipinnis, P. latior, A. falcirostris, T. albus, S. spilopleura, T. angulatus, A. melanopogon, H. edentatus. Das espécies capturadas na pesca experimental, P. flavipinnis, P. nattereri, P. latior, A. falcirostris, T. albus, A. elongatus são responsáveis pelas maiores abundâncias (Tabela 4).

30 30 Tabela 4: Lista das 60 espécies de peixes mais capturadas na pesca experimental nos lagos Jaitêua e São Lourenço, Complexo do Lago Grande de Manacapuru. Espécies capturadas Nome comum N Espécies capturadas Nome comum N Pygocentrus nattereri piranha-vermelha, piranha-caju 2588 Hemiodus immaculatus cubiu, charuto 137 Pellona flavipinnis apapá-branco, sardinhão 2123 Hydrolycus scomberoides peixe-cachorro 125 Potamorhina latior branquinha 1957 Curimata inornata branquinha 118 Acestrorhynchus falcirostris peixe-cachorro 900 Hoplias malabaricus traíra 116 Triportheus albus sardinha 704 Leporinus friderici aracu-cabeça-gorda 105 Serrasalmus spilopleura piranha-amarela 674 Heros efasciatus acará 104 Triportheus angulatus sardinha 674 Rhytiodus microlepis aracu 100 Hemiodus sp. cubiu 667 Lycengraulis sp. sardinha 93 Anodus melanopogon cubiu 571 Acarichthys heckellii acará-papa-terra 92 Hypophthalmus edentatus mapará 509 Satanoperca acuticeps acará-bicudo, acarápapa-terra 92 Triportheus auritus sardinha 507 Curimatella meyeri branquinha 88 Semaprochilodus insignis jaraqui-escamagrossa 458 Semaprochilodus taeniurus jaraqui-escama-fina 87 Hypophthalmus marginatus mapará 448 Cichla monoculus tucunaré 85 Potamorhina altamazonica branquinha 435 Hemiodus unimaculatus charuto 77 Psectrogaster rutiloides branquinha-cascuda 435 Satanoperca jurupari acará-papa-terra, acará-bicudo 75 Colossoma macropomum tambaqui, ruelo 430 Roeboides myersii zé-do-ó 74 Hemiodus microlepis charuto, orana, flexeira 391 Leporinus trifasciatus aracu-cabeça-gorda 71 Plagioscion squamosissimus pescada, pescadabranca 357 Pimelodus blochii mandi 65 Schizodon fasciatum aracu, piau, aracupororoca 344 Prochilodus nigricans curimatã, curimatá 65 Serrasalmus altispinis piranha-seca 338 Calophysus macropterus piracatinga 63 Mylossoma duriventre Pacu 297 Metynnis hypsauchen pacu-marreca, pacu 63 Auchenipterus nuchalis mandi 285 Chalceus erythrurus arari 62 Serrasalmus elongatus piranha-mucura, piranha 239 Liposarcus pardalis bodó, acari-bodó 61 Serrasalmus rhombeus piranha-preta, piranha 224 Brycon amazonicus matrinxã 54 Psectrogaster amazonica branquinha 183 Geophagus proximus acará-papa-terra, acará-rói-rói 54 Hoplosternum littorale tamoatá 175 Chaetobranchus orbicularis acará-cascudo 53 Pellona castelnaeana apapá-amarelo, sardinhão 173 Piaractus brachypomus pirapitinga 53 Rhaphiodon vulpinus peixe-cachorro 169 Plagioscion montei pescada 53 Parauchenipterus galeatus cangati 164 Acestrorhynchus microlepis peixe-cachorro, dentudo 49 Lycengraulis batesii sardinha 161 Sorubim lima bico-de pato, braço de moça 49

31 31 Com relação à ictiofauna relatada pelos entrevistados foi possível listar 40 tipos de peixes que no conhecimento tradicional também são agrupados em gêneros, especificamente em etnogêneros. Dos 40 tipos de peixes, 30 foram identificados em nível de etnogênero e 10 em nível inferior de etnoespécies. Dos dez grupos de espécies mais citadas como capturadas nas pescarias dos entrevistados, 6 são consideradas sedentárias (Cichla spp., Pygocentrus nattereri, Liposarcus pardalis, Astronotus crassipinis, Osteoglossum bicirrhosum, Satanoperca spp.) e quatro são migradoras (Colossoma macropomum, Prochilodus nigricans, Mylossoma spp., Potamorhina spp.). Os peixes de maior valor comercial como o tucunaré, tambaqui e curimatã são capturados em todos os períodos do ciclo hidrológico pelos pescadores, mas são mais pescados no período de águas baixas. Para esses pescadores as águas baixas e a enchente são os períodos para pesca de muitos dos 40 tipos de peixes listados nas entrevistas. É importante destacar que as espécies migradoras (branquinhas, sardinhas, pacus) são em geral capturadas nos períodos de alagação, enchente e cheia (Tabela 5).

32 32 Tabela 5: Lista das 40 espécies de peixes mais citadas (Freqüência de ocorrência) pelos pescadores entrevistados no Complexo Lago Grande de Manacapuru. S, sedentárias; M, migradoras conforme GRANARO-LORENCIO et al. (2005) e SANTOS et al. (2004). Nome Vulgar Nome científico cheia vazante seca enchente tucunaré Cichla monoculus S 58,1 59,7 82,3 59,7 tambaqui/ruelo Colossoma macropomum M 67,7 51,6 83,9 54,8 curimata Prochilodus nigricans M 40,3 33,9 72,6 45,2 piranha Pygocentrus nattereri S 21,0 45,2 48,4 56,5 acará-açú Astronotus ocellatus S 27,4 35,5 35,5 45,2 acari,bodó Liposarcus pardalis S 21,0 22,6 35,5 35,5 aruanã Osteoglossum bicirrhosum S 16,1 22,6 38,7 22,6 pacú Mylossoma duriventre M 37,1 19,4 19,4 37,1 acará Satanoperca spp. S 14,5 24,2 27,4 19,4 branquinha Potamorhina spp. M 29,0 22,6 21,0 24,2 surubim Pseudoplatystoma punctifer M 9,7 11,3 30,6 9,7 aracu Leporinus spp. M 22,6 11,3 17,7 21,0 cuiu-cuiu Oxydoras niger S 4,8 11,3 29,0 6,5 pirapitinga Piaractus brachipomum M 11,3 9,7 16,3 14,5 acará-preto, acará roxo Heros severum S 30,6 11,3 16,1 12,9 traíra Hoplias malabaricus S 6,5 12,9 17,7 6,5 jaraqui Semaprochilodus insignis, S. taeniurus M 4,8 6,5 6,5 8,1 matrinxã Brycon amazonicus M 9,7 11,3 4,8 6,5 pescada Plagioscion squamosissimus S 17,7 12,9 11,3 sardinha Triportheus spp. M 12,9 9,7 3,2 8,1 pirarucu Arapaima gigas S 4,8 3,2 8,1 acará-bararuá Uaru amphiacantoides S 1,6 1,6 4,8 3,2 cambuti/tamoatá Hoplosternum littorale S 4,8 1,6 6,5 acará-pixuna Aequidens tetramerus S 1,6 8,1 3,2 3,2 acará-branco Aequidens sp. S 3,2 1,6 3,2 acará-prata Chaetobranchus flavescens S 3,2 1,6 1,6 3,2 jacundá Crenicichla spp. S 3,2 1,6 1,6 3,2 mapará Hypophthalmus edentatus, H. marginatus, H. fimbriatus M 1,6 4,8 1,6 3,2 apapá Pellona castelnaeana, P. flavipinnis M 3,2 3,2 1,6 acará-cascudo Chaetobranchopsis orbicularis S 3,2 pirarara Phractocephalus hemioliopterus M 3,2 acará-coruja Acaronia nassa S 1,6 rebeca Anadoras gryppus S 1,6 mandi Pimelodus blochii S 1,6 arraia Potamotrygon spp. M 1,6 bacu Pterodoras granulosus S 1,6 1,6 1,6 acará-disco Symphysodon aequifasciatus S 1,6 dourada Brachyplatystoma rousseauxii M 1,6 cubiu Hemiodus immaculatus, H. unimaculatus, H. microlepis, H. sp., Anodus elongatus M 1,6 piranha preta Serrasalmus rhombeus S 1,6

33 Composição da dieta dos principais peixes citados e capturados no complexo do Lago Grande de Manacapuru Os pescadores mencionaram nas entrevistas que dos 40 grupos de peixes que são capturados em suas pescarias, 32 tem a composição da dieta conhecida (Tabela 6). E, para os peixes de alta aceitação comercial é alto o número de entrevistados que possuem informações sobre os tipos de alimentos ingeridos por esses peixes: tambaqui, 95,2%; tucunaré, 69,4%; pacu, 41,9%; acará açú 38,71%; curimatã, 37,10%; aruanã, 33,87%; matrinxã, 30,65%; piranha, 30,65% e pirapitinga, 25,81%. Para a maioria desses peixes (tucunaré, tambaqui, pirapitinga, piranha-caju, pacu, matrinxã) os conteúdos estomacais foram analisados nos dois períodos e apenas curimatã, aruanã e acará-açú em apenas um período, totalizando160 estômagos de exemplares capturados nas águas altas nas águas baixas (Tabela 7). O tucunaré não é o peixe de maior abundância no complexo do lago Grande de Manacapuru, no entanto sua dieta e bem conhecidas pelos pescadores e 69,8% deles afirmam que no período de águas altas ele ingere principalmente peixes como sardinha, charuto, piaba, curimatã, cará, aracu e jacundá. Nesse período os pescadores também afirmam que o tucunaré completa a sua dieta com camarão e outros itens em menores quantidades. No período de águas baixas segundo os pescadores (65,1%) a alimentação do tucunaré é similar às águas altas, porém ocorre um decréscimo no consumo camarão. Nas análises dos conteúdos estomacais de tucunarés capturados pelo projeto BASPA, no período de águas altas e no de águas baixas foram encontrados peixe em 100% dos peixes analisados Segundo os pescadores, no período de águas altas o tambaqui alimenta-se principalmente de frutos e sementes (68,4%) como: araçá (Psidium acutangudum), capitari (Tabebuia barbata), catoré (Crataevea benthami), cacau (Theobroma cacao), caçari (Myrciaria dubia), feijão-orana (Vigna unguiculata), jauari (Astrocaryum sp.), marajá (Pirenoglyphis maraja), munguba (Bombacopsis

34 34 macrocalyx), paricarana (Bowdichia virgilioides), socoró (Mouriri brevipes) e a seringa (Hevea brasiliensis). Por outro lado, no período de águas baixas, os pescadores afirmam que o consumo de frutos e sementes é reduzido (31,6%), pois há pouca disponibilidade desse recurso no ambiente e por isso o peixe utiliza outros itens alimentares disponíveis como jia (rã) (21,1%) e limo (10,54%), consumindo pequenos peixes e piolho d água ou micróbio d água (zooplâncton) e poucas quantidades. Durante as análises dos conteúdos estomacais feitas pelo projeto BASPA, foram observadas, sementes e frutos foram encontrados em 94,7% dos peixes analisados para o período de águas altas. Não diferente do que foi relatado pelos pescadores, nas águas baixas o consumo de frutos pelo tambaqui caiu (61%) sendo que camarão (57,1%) passou a integrar a sua alimentação. O pacu no relato de 69,2% dos pescadores que conhecem sua dieta alimenta-se, no período de águas altas, de material vegetal preferindo frutos, flores e sementes como: araçá, arroz, batataorana, capitari, crista de galo (Celosia cristata), embaúba, feijão-orana, jauari, louro, macaquinho, milho, munguba, muruxi, paricá, seringa, supiarana, taquari. Completa ainda sua dieta com camarão, limo e gafanhotos. Segundo os pescadores, o consumo desses vegetais diminui conforme o nível das águas. Nas análises do conteúdo estomacal de pacus capturados pelo projeto BASPA no período de águas altas, apontaram uma alimentação baseada em raízes e folhas de macrófitas aquáticas além de frutos e sementes de arbóreas de áreas alagadas como os pescadores também relataram. No período de águas baixas os conteúdos estomacais dos pacus apresentaram uma maior diversidade de alimentos com material vegetal em maior quantidade que fora complementado com detritos, peixe e zooplâncton. A pirapitinga, segundo os entrevistados, no período de águas altas ingere muitos tipos de frutos e sementes como abiurana (Pouteria glomerata), apuruí (Duroia duckei), araçá, batataorana, capitari, catoré, crista de galo, jauari, louro e priprioca que são abundantes no igapó durante a subida das águas. Nas águas baixas a dieta da pirapitinga é à base de taquari, capitari, flor da munguba, louro, jauari, capim, catoré, batata brava, seringa, taquari, frutas de cipó, tarumã, marajá,

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