José Ricardo Simões Rodrigues. Prescrição Penal

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1 José Ricardo Simões Rodrigues Prescrição Penal Cacoal - RO Julho de 2006

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3 José Ricardo Simões Rodrigues Prescrição Penal Trabalho apresentado em cumprimento às exigências da Disciplina de Direito Penal I do curso de Bacharelado em Ciências Jurídicas da universidade Federal de Rondônia, Campus de Cacoal, ministrada pelo Professor Marcos Vinícius, Esp. Professor Marcos Vinícius, Esp. UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA CAMPUS DE CACOAL DEPARTAMENTO DE DIREITO CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS JURÍDICAS DISCIPLINA DE DIREITO PENAL I Cacoal - RO Julho de 2006

4 Sumário Introdução... 3 Histórico e Conceito... 4 Conceito de Prescrição... 5 Natureza jurídica da Prescrição... 6 Imprescritibilidade...7 Espécies de Prescrição... 8 Prescrição da pretensão punitiva... 8 Suspensão e interrupção dos prazos prescricionais Prescrição subseqüente à condenação Prescrição retroativa Prescrição da pretensão executória Efeitos da Prescrição Legislação especial Conclusão Bibliografia Consultada e Referenciada... 23

5 Introdução Introdução Neste pequeno trabalho trataremos brevemente das diversas formas possíveis de manifestação do fenômeno jurídico da prescrição. Na seção Histórico e Conceito na p. 4 buscaremos as raízes de tal instituto bem como sua conceituação à luz da doutrina corrente (Conceito de Prescrição, p. 5). Sabemos que a prática de um fato descrito na lei penal como crime faz surgir o direito de punir do Estado (Prescrição da pretensão punitiva, p. 8), direito este originado pela relação jurídico-punitiva que se desenrola durante o trâmite da ação penal. Tal ação possui duplo objetivo: o julgamento da pretensão punitiva e a imposição da sanção penal. Sobrevindo sentença a sentença condenatória na ação penal e transitando em julgado a mesma, o poder-dever de punir do Estado adquire a feição de jus executionis (Prescrição da pretensão executória, p. 14). Trataremos, ainda, de outras duas possibilidades de ocorrência da prescrição, quais sejam, Prescrição subseqüente à condenação (p. 11) e Prescrição retroativa (p. 12), bem como de seus efeitos (p. 16). 3

6 Histórico e Conceito Histórico e Conceito Origina-se a palavra prescrição do termo latino praescriptio que por sua vez deriva do verbo prescrever, significando um escrito posto antes. O conceito era conhecido no Direito Grego, mas só se tem notícia do instituto no Direito Romano, como mais antigo texto legal, a Lex Julia de Adulteriis, datada de 18 A.C. Os crimes de maior potencial ofensivo, para o Direito Romano, eram tidos por não passíveis de prescrição, uma vez que a prescrição associava-se à idéia de perdão. A prescrição da condenação (após o passamento em julgado da sentença) surgiu na França com o Código Penal de 1791, como fruto da Revolução Francesa. Nos séculos XVI e XVII a prescrição vem ser reconhecida por países como Alemanha e Itália. Hodiernamente, a prescrição da ação é aceita quase sem exceção, sendo que a prescrição da condenação, porém, é ainda repelida por algumas legislações, inclusive a inglesa. O Código de Processo Criminal de 1832 e leis posteriores vieram regulamentar a prescrição da ação no Brasil. Tal legislação já considerava prazos maiores para os crimes inafiançáveis e menores para os crimes afiançáveis, influenciando-se, ainda, pela presença ou ausência do réu para sua fixação. Assim procedendo, o legislador se fundamentava na presunção da negligência do Poder Público no exercício de punir. Com Lei N. 261, de 03 de dezembro de 1841 e do Regulamento N. 120, de 31 de janeiro de 1842, maior severidade foi dada à prescrição estabelecendo-se prazo único de 20 anos, ainda permanecendo hipóteses de crimes imprescritíveis e o requisito da presença do delinqüente para o reconhecimento da prescrição. Já a 4

7 Histórico e Conceito prescrição da condenação foi instituída no ando de 1890 pelo Decreto 774, que discriminava os prazos da prescrição com base no tempo da pena. Com os Códigos Penais de 1890 e 1940 consagraram-se as duas modalidades de prescrição, assim como no Código Penal vigente, de Conceito de Prescrição O doutrinador Damásio E. de Jesus assim conceitua prescrição: A prescrição é a perda do poder-dever de punir do Estado pelo não exercício da pretensão punitiva ou da pretensão executória durante certo tempo 1. Quanto à Legislação Penal, a prescrição tem com fundamentos o decurso do tempo, o desinteresse estatal em apurar fato ocorrido há anos ou punir o seu autor, a correção do condenado, decorrente do lapso temporal sem reiteração criminosa e a negligência da autoridade, como castigo à sua inércia no exercício de seu poderdever. Mirabete, Delmanto, Leal, Salles Jr., Bastos definem prescrição como sendo "a perda do direito de punir do Estado pelo decurso do tempo", ou seja pelo seu não exercício no prazo previsto em lei. Segundo Mirabete, prescrição é matéria criminal 2 de ordem pública e portanto deve ser decretada ex offício ou a requerimento de uma das partes em qualquer fase do processo a teor do artigo 61 do Código de Processo Penal. Beccaria 3 sustenta que o prazo da prescrição deve ser proporcional à gravidade do delito: Os crimes cruéis que permanecem longo tempo na lembrança dos homens, assim que provados, não merecem prescrição alguma em favor do réu, que se livra pela fuga. Também Henckel e Bentham 4, condenam o regime da prescrição com argumento de que deixar de aplicar a pena, tão somente face ao transcurso do tempo, implicaria na consagração da impunidade, resultando no encorajamento da prática criminosa. Aníbal Bruno 5 assim assevera quanto ao passar do tempo e suas consequências: Apagam-se os seus sinais físicos e as suas circunstâncias na memória dos homens, escasseiam e se tornam incertas as provas materiais e os 1 JESUS, Damásio E. de. Direito Penal. 18. Ed. São Paulo: Saraiva, MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal, 18 Ed. São Paulo: Atlas, 2002, p BECCARIA, Cesare. Dos Delitos e das Penas, Editora Revista dos Tribunais, São Paulo: 1996, p Apud PORTO, Antônio Rodrigues. Da Prescrição Penal, José Bushatsky Editor, 2 ed, São Paulo: 1977, p BRUNO, Aníbal. Direito Penal, Editora Forense, 3 ed, Rio de Janeiro: 1967, Tomo III, p

8 Histórico e Conceito testemunhos, e assim crescem os riscos de que o juízo que se venha a emitir sobre ele se extravie, com grave perigo para a segurança do Direito. Entre todas as teorias, a que está em consonância com os fundamentos do direito penal da atualidade é a sustentada por Christiano José de Andrade 6 : A meu ver, a causa principal e primária da prescrição é o tempo, aliado à inércia do Estado, que, através de seus órgãos competentes, não exercitou a pretensão punitiva, ou deixou de executar a pena em tempo oportuno. Já disse escorreitamente Basileu Garcia que a prescrição é uma questão de tempo. A quantidade de tempo decorrido após o cometimento do delito, ou após a sentença condenatória não executada, é que gera a dispersão ou dificuldade das provas, a obliteração (esquecimento) dos fatos, a falta de exemplaridade da execução da pena, a perda de interesse no castigo ou a inutilidade social da pena, a desnecessidade de defesa social, o arrefecimento do clamor público contra o delito e o delinqüente, os perigos de erros e injustiças, a dificuldade de defesa do réu, a consolidação dos fatos, e, às vezes, a emenda e transformação psíquica do criminoso. E tais efeitos, que derivam do tempo, atuando, por sua vez, como causas secundárias, é que levam o Estado a abdicar e renunciar ao jus puniendi. Natureza jurídica da Prescrição A natureza jurídica da prescrição é objeto de controvérsia na doutrina. Para uns é instituto de Direito Penal; para outros, de Direito Processual Penal e havendo, ainda, os que a atribuem um caráter misto. A corrente dominante a considera como de Direito Penal, embora haja conseqüências imediatas de Direito Processual Penal. É considerada um direito do réu, direito de não ser julgado ou punido após o decurso do tempo previsto para se extinguir a punibilidade, direito este que o réu adquire por efeito da renúncia do Estado ao poder-dever de punir. A prescrição penal diferencia-se da prescrição civil pois na primeira o Estado perde o direito de apurar e punir certa infração; na prescrição cívil, perde o direito de ação apenas, subsistindo o direito material. Imprescritibilidade A prescrição é a regra no ordenamento penal pátrio. A Magna Carta Federal de 1988, em seu artigo 5º, criou dois casos em que as pretensões punitiva e executória não serão atingidas pela prescrição. São os casos previstos nos incisos abaixo: XLII - "a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito á pena de reclusão, nos termos da lei;" e XLIV "constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, 6 ANDRADE, Christiano José de. Da Prescrição em Matéria Penal. 1ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, p. 24 6

9 Histórico e Conceito civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático", definidos pela Lei N. 7716/89 e a lei de segurança Nacional, respectivamente. Quanto ao momento de ocorrência da infração, estabeleceu a nova Carta Federal que, por tratar-se de instituto de natureza material, a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu. 7

10 Espécies de Prescrição Espécies de Prescrição O artigo 107, inciso IV do Código Penal elenca duas espécies básicas de prescrição: a prescrição da pretensão de punir (art. 109, CP) e a prescrição da pretensão de executar a pena (art. 110, caput, CP). As duas espécies de prescrição podem ocorrer de quatro variações. São as seguintes as possibilidades: 1. a prescrição da pretensão punitiva propriamente dita (art. 109, CP); 2. a prescrição subseqüente/superveniente/intertemporal à sentença condenatória (art. 110, 1º combinado com art. 109, CP) antes do passamento em julgado da sentença final; 3. a prescrição retroativa (art. 110, 1º e 2º c/c art. 109 CP); 4. a prescrição da pretensão executória da pena (art. 110, caput, CP) com trânsito em julgado da sentença final condenatória. Prescrição da pretensão punitiva O lapso temporal da consumação do direito até a sentença final sem efetivo exercício do poder-dever de punir do Estado constitui a prescrição da pretensão punitiva. Tal ocorrência de prescrição pode ser declarada em qualquer fase do Inquérito Policial ou da Ação Penal, seja ex officio (art. 61, caput, CPP) ou a requerimento de uma das partes. É possível sua alegação em grau de Habeas Corpus, Apelação, Recurso em Sentido Estrito, Embargos de declaração, Embargos Infringentes, Revisão e Agravo em Execução. É irrenunciável e uma vez esgotada a sua jurisdição o Juiz não pode mais reconhecê-la. Uma vez ocorrida a prescrição, não cabe exame do mérito da questão posta em apreciação, impedindo a absolvição ou condenação do réu,. Os prazos prescricionais são taxativos e obedecem a uma escala imodificável 8

11 Espécies de Prescrição regulada pela quantidade máxima da pena em abstrato para cada crime, conforme a tabela abaixo extraída do artigo 109. Pena Cominada (anos) Prazo prescricional (anos) Maior que Maior que 8 e menor ou igual a Maior que 4 e menor ou igual a 8 12 Maior que 2 e menor ou igual a 4 8 Maior ou igual a 1 e menor ou igual a 2 4 Menor que 1 2 O prazo é computado incluindo-se o dia do começo, diferentemente dos prazos cíveis, mesmo que fração do dia, durante o lapso previsto em lei de acordo com a pena abstrata até as vinte e quatro horas do dia anterior do cometimento do delito, do ano fixado em lei. No Juízo Singular, quanto aos crimes de sua competência, a prescrição punitiva pode ocorrer entre a data da consumação do crime e a data do recebimento da denúncia ou queixa. Devem ser rejeitadas a instauração de inquérito policial ou oferecimento da denúncia uma vez ocorrida a prescrição, a teor do art. 432, II, CPP. Surge também entre a data do recebimento da denúncia ou queixa e a da publicação da sentença final. Nestas condições, em ocorrendo a prescrição não há julgamento de mérito. Quanto aos crimes de competência do Tribunal do Júri, os prazos prescricionais computam-se entre a data do fato e do recebimento da denúncia; entre a data do recebimento da denúncia e a da publicação da pronúncia; a data da pronúncia e sua confirmação; e entre a data da pronúncia ou sua confirmação e a sentença final. Quando ocorre desclassificação, o prazo final será regulado pela pena máxima cominada à infração para qual foi desclassificada. Ocorrendo a prescrição o Juiz poderá declará-la ex officio. Em conformidade com o artigo 111 do CP o termo inicial está no dia em que o crime se efetivou, tratando-se de crimes materiais comissivos e omissivos, crimes preterdolosos e crimes de resultado. Nos crimes permanentes, da data da cessação do comportamento delituoso. Nos crimes de mera conduta, inicia-se na data do comportamento. No crime habitual, da data do último ato delituoso. No crime continuado, da data da realização de cada crime, considerado individualmente; e no 9

12 Espécies de Prescrição crime condicionado, da data em que se verificar a condição. Tratando-se de tentativa, do dia em que cessou o comportamento delituoso, do último ato executório. As causas de aumento da pena alteram o prazo prescricional. Incidindo causa de aumento de pena de quantidade variável considera-se a que mais agrava. Se de diminuição da pena a que menos diminui. Nos casos de tentativa a pena será reduzida em um terço. Exceção se faz nos casos de concurso formal e do crime continuado (art. 70 e 71, CP), no sentido de não tornar mais gravosa a sanção do que a estabelecida no concurso material. Existindo circunstâncias legais genéricas, sejam agravantes ou atenuantes (art. 61 e 62; art. 65, CP) não influem na fixação do prazo prescricional. Excetuam-se a menoridade relativa (18-21 anos) e a maioridade senil (maior de 70 anos), casos em que o prazo prescricional reduz-se pela metade (art. 115, CP), exigindo-se comprovação através do registro de nascimento, ainda que não haja contestação pela acusação. Pelo disposto no artigo 119 do Código Penal, tratando-se de concurso material (art. 69,CP), concurso formal (art. 70, CP) e crime continuado (art. 71, CP) cada delito tem seu prazo prescricional próprio, não se relacionando entre si. Havendo conflito aparente de normas, a prescrição da pretensão punitiva referente ao fato criminoso específico, principal e ao crime fim abrange a infração penal genérica, subsidiária e o delito meio. Suspensão e interrupção dos prazos prescricionais O prazo prescricional não tem curso durante certo período até que cesse a causa que deu origem à suspensão da contagem, recomeçando a correr quando do seu término, isto é, aproveitando-se o prazo já decorrido anteriormente. As causas da suspensão estão previstas taxativamente no art. 116 do Código Penal. As questões prejudiciais (art. 116, I, CP) se a decisão sobre a existência da infração depender de solução de controvérsia, que o Juiz repute séria e fundada, provocam a suspensão. O cumprimento da pena pelo agente no estrangeiro (art. 116, II, CP) suspende o prazo prescricional por não caber extradição. Não obstante o art. 116 do Código Penal ser taxativo, a Constituição Federal de 1988 prevê a suspensão do prazo prescricional no art. 53, 1º, parte final e 2º; o art. 366 do CPP estabelece a suspensão do prazo prescricional quando o réu for citado por edital e não comparecer e nem constituir 10

13 Espécies de Prescrição advogado. O prazo pára temporariamente o seu curso até a cessação da causa que lhe deu origem (art. 117, CP), voltando a correr do início, ou seja, sem aproveitamento do já decorrido anteriormente. São causas da interrupção: o recebimento da denúncia ou queixa (Art. 117, I, CP); a pronúncia (art. 117, II e III, CP), prevalecendo a data da publicação desta; a desclassificação para outro crime de competência do Júri (art. 408, 4º); a sentença condenatória recorrível (art. 117, IV, CP), ainda que parcialmente reformada pelo tribunal; os embargos infringentes também interrompem o prazo prescricional quando interpostos contra acórdão absolutório. Em concurso de agentes, a causa interruptiva se comunica, exceto em caso de reincidência ou continuação do cumprimento da pena. Prescrição subseqüente à condenação É forma de prescrição da pretensão punitiva a que vem prevista no art. 109, 1º do CP e ocorre imediatamente após a sentença condenatória e antes do trânsito em julgado para a acusação. Exceção se faz ao quantum prescricional, que se regula pela pena em concreto, atribuído à sentença e não mais pela pena abstrata prevista em lei. Apesar de transitada em julgado para a acusação a sentença ainda não se tornou definitiva, pois ainda transitou em julgado para a defesa. Ocorre em quatro momentos distintos: escoando-se o prazo prescricional sem a intimação do réu quanto a sentença condenatória; intimado, o réu apela, mas a decisão do tribunal é prolatada em tempo superior ao prazo prescricional; o tribunal, pouco antes de findar o prazo prescricional julga o recurso, entretanto o acórdão confirmatório da condenação não é unânime e os embargos contra ele opostos só vão a julgamento após transcorrido o prazo; 11

14 Espécies de Prescrição o tribunal nega provimento à apelação do réu antes de transcorrer o prazo prescricional, mas é interposto recurso especial e/ou extraordinário e antes do julgamento de qualquer deles decorrer o lapso prescricional. Sendo imposta a pena privativa de liberdade, regular-se-á a prescrição de acordo com os prazos assinalados nos incisos I a IV do artigo 109 do CP, pela pena imposta em concreto fixada na sentença. Se for restritiva de direitos observar-se-á os mesmos prazos, entretanto, se for multa a pena unicamente cominada, não se aplica o 1º, do art. 110, do CP, incidindo o art. 109 c/c 114 e 117, IV do CP, o prazo prescricional sempre será de 02 (dois) anos e ocorrendo a interrupção pela sentença condenatória recorrível o biênio recomeçará a ser contado. Tais prazos sujeita-se a redução pela menoridade relativa e maioridade senil (art. 115, CP), não sendo acrescidos por reincidência. Constitui termo inicial da prescrição subsequente à condenação a data em que a sentença for entregue em cartório pelo Juiz e o marco final ocorre com o passamento em julgado para ambas as partes. A prescrição da medida de segurança imposta ao semi-imputável considera-se regulada pela pena substituída. Se houver omissão da sentença em relação a imposição da pena a ser substituída caberá embargos de declaração, se por ventura, forem rejeitados ou não tiverem sido propostos cabe a apelação. Ao inimputável, em que a medida de segurança é a única sanção aplicada, os prazos prescricionais baseiam-se na pena mínima cominada em lei. Prescrição retroativa Conforme o Código Penal vigente, é uma das espécies de prescrição punitiva. A prescrição da pretensão punitiva propriamente dita transcorre da data da consumação do crime até a sentença final; já a retroativa é aquela que ocorre quando a sentença condenatória transita em julgado para a acusação para trás, para o passado. Assim, a pena imposta serve apenas para marcar a quantidade justa pela qual será aferida a prescrição. Prolatada a sentença condenatória esta perderá seus efeitos se ocorrida a prescrição. O prazo prescricional é contado da data da publicação da sentença condenatória retroagindo até a data do recebimento da denúncia ou queixa, ou entre esta data e a da consumação do crime. 12

15 Espécies de Prescrição Se a pena imposta for privativa de liberdade ou restritiva de direitos serão observados os prazos previstos no art. 109, I a IV do CP. Na pena de multa, a prescrição opera-se como nos demais casos. As causas de aumento e diminuição da pena, bem como as agravantes e atenuantes, já são consideradas na sentença condenatória, por isso não influem no prazo prescricional em si. No caso de concurso formal, considera-se a pena base imposta na sentença condenatória excluindo-se o acréscimo legal. No crime continuado, leva-se em conta cada uma das penas, se forem iguais, ou mais grave, se diversas, desprezando-se o aumento. No concurso material cada infração tem seu prazo prescricional considerado isoladamente. A menoridade relativa ou a maioridade senil permitem a redução do prazo prescricional pela metade. A reincidência não aumenta o prazo prescricional visto que já foi considerada na sentença que a reconheceu. A aplicação da prescrição retroativa pressupõe a existência de uma sentença condenatória irrecorrível para a acusação, ou ainda que se interposto o recurso antes seja improvido, ou se provido não altere o prazo prescricional. Equipara-se à sentença condenatória o acórdão condenatório prolato pelo Tribunal quando o réu tiver sido absolvido em primeira instância. Não é necessário recurso do réu e nem a sua intimação da sentença condenatória para início da contagem do prazo prescricional. Tratando-se de sentença concessiva de perdão judicial também incide o princípio retroativo, regulado pelo mínimo abstrato da pena. Não cabe ao Juiz de 1º grau reconhecer a prescrição retroativa, pois ao prolatar a sentença exaure sua jurisdição. O Juiz da execução também não é competente, cabendo-lhe apenas declarar a prescrição da pretensão executória. Assim, a prescrição retroativa pode ser reconhecida ex officio pelo Tribunal ou em grau de Habeas Corpus, Apelação e revisão, também em Embargos de Declaração, Infrigentes e Agravo de Execução. Quando a competência originária for do Tribunal nada impede que seja declarada a extinção da punibilidade, ainda que os réu seja condenado, não sendo obstáculo a interposição de recurso especial ou extraordinário sem efeito suspensivo. São causas interruptivas da prescrição retroativa (art. 117, CP): 1. a publicação da sentença condenatória anulada; 2. a comunicabilidade nos casos de concurso de agentes, salvo o caso da 13

16 Espécies de Prescrição reincidência 3. o início ou continuação do cumprimento da pena. Prescrição da pretensão executória Com o passamento em julgado da sentença condenatória o direito de punir do Estado se transforma em jus executionis. Pelo decurso do tempo o Estado perde este poderdever ou seja, o poder de executar a sanção penal imposta anteriormente. O dever de executar a sanção no prazo estabelecido é irrenunciável. Damásio Evangelista de Jesus 7 assim trata da matéria: Praticada a infração penal, surge para o Estado o direito de deduzir em juízo a pretensão punitiva. E o faz por intermédio da acusação, promovida pelo próprio Estado-Administração ou pelo particular, podendo valer-se do inquérito policial, peça informativa da ação penal. Tem ele o direito de invocar o Estado-Judiciário no sentido de aplicar o direito penal objetivo a um fato considerado típico e antijurídico, cometido por um sujeito culpável. Adquire o poder-dever de processar o delinqüente e, considerada procedente a pretensão punitiva, de impor a sanção penal previamente cominada. Transitando em julgado a sentença condenatória, surge a pretensão executória, pelo que o Estado adquire o direito de executar a sanção imposta pelo Poder Judiciário Nesta modalidade de prescrição, a condenação já se tornou definitiva para ambas as partes, ainda que um dos seus termos iniciais seja o trânsito em julgado da sentença condenatória para a acusação; o outro, a revogação do sursis ou o livramento condicional; e, finalmente, o dia em que se interrompe a execução da pena. O prazo regula-se pela pena imposta na sentença transitada em julgado. Na pena imposta não se desconsideram eventuais causas de agravamento ou de aumento eventualmente reconhecidas, salvo os casos do art. 70 e 71 do CP. Se houver substituição de pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, aquela é que comanda o lapso prescricional da pretensão executória. No caso da evasão ou revogação do livramento condicional, a prescrição regula-se pelo tempo que ainda restar da pena. Inadmissível a aplicação do princípio da detração penal em termos de dedução do tempo da prisão provisória, incabível também no caso de concessão do perdão judicial. Havendo reincidência, o prazo prescricional executório acresce-se em um terço. Este aumento pressupõe que a sentença condenatória tenha reconhecido a reincidência. O 7 JESUS, Damásio Evangelista de. Prescrição Penal. 11ª ed. rev. e ampl. São Paulo: Saraiva, p

17 Espécies de Prescrição tipo da pena não influi no reconhecimento da reincidência. Nos concursos de crime e no crime continuado a prescrição executória opera da mesma forma que na prescrição punitiva. Quanto à multa, o art. 51 do CP manda que o valor da pena de multa deve ser inscrito como dívida ativa em favor da Fazenda Pública, de modo que não existe mais prescrição da pretensão executória no tocante a multa. À prescrição executória também aplicam-se o disposto quanto a menoridade relativa e a maioridade senil, reduzindo-se o prazo pela metade. Sendo circunstância de caráter pessoal é incomunicável no caso de concurso de agentes. Suspende-se a prescrição durante o tempo em que o condenado estiver preso por outro motivo que não seja o cumprimento de pena no estrangeiro, como prisão preventiva, em flagrante, em decorrência de pronúncia ou sentença condenatória penal; excetuadas as prisões de natureza civil (art. 110, parágrafo único, CP). As causas interruptivas também previstas no art. 117, V e VI do CP ocorrem quando do início ou continuação do cumprimento da pena e pela reincidência. Se o condenado vier a fugir, na data da fuga tem início novo prazo prescricional regulado pelo restante da pena (art. 112, II, 1ª parte e art. 113, CP). Recapturado o fugitivo, novamente se interrompe o prazo. Perde-se o efeito interruptivo no caso de anulação de certidão de trânsito em julgado da sentença condenatória, na data da prática do novo delito interrompe-se o prazo prescricional. O efeito interruptivo não fica condicionado ao trânsito em julgado da sentença condenatória do novo, mas, sim ao reconhecimento deste. Se absolvido o réu, desaparece a reincidência e, consequentemente, o efeito interruptivo incide sobre o primeiro delito. No concurso de pessoas comunicam-se as causas interruptivas da prescrição, exceto na reincidência e no início ou continuação do cumprimento da pena. Nos delitos conexos, quando objetos do mesmo processo há comunicação das causas interruptivas relativas a qualquer deles (art. 117, 1º, 2ª parte, CP). 15

18 Efeitos da Prescrição Efeitos da Prescrição Na prescrição da pretensão punitiva, declarada a extinção da punibilidade o Juiz deverá ordenar o encerramento do processo e se houver sentença condenatória, ela deixa de existir. Da mesma forma não há falar-se em registro na folha de antecedentes criminais do réu e nem na certidão extraída dos Livros do juízo, salvo quando requisitados por juízo criminal. A prescrição subseqüente gera os seguinte efeitos: irresponsabilidade do acusado pelo crime, a não inscrição do seu nome no rol dos culpados e nem a geração de futura reincidência. Não responde pelas custas processuais e o dano resultante do crime só lhe poderá ser cobrado pela via ordinária do Código de Processo Penal (art. 66 e 67, CPP). Na prescrição retroativa extingue-se a própria pretensão de obter uma decisão a respeito do crime, implica irresponsabilidade do acusado, não marca seus antecedentes e nem gera futura reincidência. O réu não responde pelas custas do processo e os danos poderão ser cobrados no cível por via ordinária. No tocante a prescrição da pretensão executória impede-se que execução das penas e da medida de segurança (art. 96, parágrafo único, CPP), subsistindo as conseqüências de ordem secundárias da sentença condenatória, como lançamento do nome do réu no rol dos culpados, pagamentos das custas e reincidência. A sentença condenatória pode ser executada no cível para reparação do dano (art. 63, CPP). Se houver pagamento de fiança, seu valor fica sujeito ao pagamento das custas e reparação do dano (art. 336, parágrafo único, CPP). 16

19 17 Efeitos da Prescrição

20 Legislação especial Legislação especial Aplicam-se, subsidiariamente, as normas previstas no Código Penal quanto à prescrição nos crimes abaixo sempre que não há disposição específica: delito de abuso de autoridade; crimes contra a segurança nacional; contravenções; delitos contra a economia popular; crimes eleitorais; crimes falimentares; crimes de imprensa e crimes militares. 18

21 Conclusão Conclusão Neste pequeno trabalho, procuramos traçar um rápido... O instituto teve origem no ensejo de impor ao estado um termo legal que limitasse o seu direito de punir, aos parâmetros da razão e convivência. A pena só é legítima quando traduz o sentimento médio da coletividade, assim, insistir em apenar o delito cuja repercussão social diminui pelo esquecimento criaria dentro do Direito Penal uma contradição de grande interesse entre seus fins teóricos e a sua respectiva efetivação. Tem por escopo amenizar a situação do réu, objetivando livrá-lo da punibilidade pelo decurso do tempo, marcado pela inércia de punir ou demora do Estado em exercer tal poder-dever. Logo, a prescrição é um meio de viabilizar a justiça penal com a realidade fática e não um estímulo à impunidade ou criminalidade. Com a evolução histórico-jurídica, a reforma de 1984 consubstanciou nos artigos 109 e 110 do CP as espécies de prescrição (prescrição da pretensão punitiva e prescrição da pretensão executória), regidas por regras próprias, e igualmente conhecidas em outros países. Porém, possui o sistema brasileira tipo prescricional próprio a prescrição retroativa, que se originou em nossos tribunais (Súmula 146, STF) e após muitas críticas e debates encontra-se, atualmente, contida no ordenamento jurídico positivo. Em suma, embora complexo, o instituto se faz necessário no ordenamento para não atribuir ao Estado um direito ilimitado, sendo inconcebível perpetuar uma relação jurídica ad eternum, salvo raríssimas exceções. Visa impedir eventuais incertezas e 19

22 Conclusão injustiças que venham a surgir em virtude da inércia estatal em cumprir com os direitos e obrigações decorrentes de sua natureza. Assim, vencido o lapso temporal previsto em lei para a extinção da punibilidade pela prescrição, esta deve ser decretada ex officio ou a requerimento do interessado. 20

23 Bibliografia Consultada e Referenciada Bibliografia Consultada e Referenciada ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉ CNICAS. NBR 6023: Informação e documentação referˆencias elaboração e apresentação de citações em documentos. Rio de Janeiro, ago p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉ CNICAS. NBR 10520: Apresentação de citações em documentos procedimentos. Rio de Janeiro, out p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉ CNICAS. NBR 10520: Informação e documentação apresentação de citações em documentos. Rio de Janeiro, jul p. BRASIL. Constituição de Constituição da Rep ublica Federativa do Brasil. 15. ed. Bras ılia, DF: Cˆamara dos Deputados, p. Com as Emendas Constitucionais de N. 1 a 30 e Emendas de Revis ao de N. 1 a 6. JESUS, Damásio Evangelista de. Direito Penal. 18. Ed. São Paulo: Saraiva, MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal, 18 Ed. São Paulo: Atlas, BECCARIA, Cesare. Dos Delitos e das Penas, Editora Revista dos Tribunais, São Paulo: PORTO, Antônio Rodrigues. Da Prescrição Penal, José Bushatsky Editor, 2 ed, São Paulo: BRUNO, Aníbal. Direito Penal, Editora Forense, 3 ed, Rio de Janeiro: 1967, Tomo III, p ANDRADE, Christiano José de. Da Prescrição em Matéria Penal. 1ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, JESUS, Damásio Evangelista de. Prescrição Penal. 11ª ed. rev. e ampl. São Paulo: Saraiva, DELMANTO, Celso. Código Penal Comentado. 3. Ed. São Paulo: Renovar, ANDRADE, Cristiano José de. Da prescrição em matéria penal. São Paulo: Revista dos Tribunais, FRAGOSO, Heleno Claudio. Lições de direito penal. 3. Ed. São Paulo: Renovar,

24 Bibliografia Consultada e Referenciada LEAL, João José. Curso de Direito Penal, Fabris Editor, Porto Alegre: PRADO, Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro, 2. Ed. São Paulo: Revista dos Tribunais,

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