PARIDADE DE GÊNERO: construção da igualdade no MSTTR

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1 PARIDADE DE GÊNERO: construção da igualdade no MSTTR Proposta de implementação na CONTAG Brasília, 21 de novembro de 2014.

2 Implementação da PARIDADE NA CONTAG APRESENTAÇÃO A aprovação, de forma unânime, da paridade no 11º Congresso Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais da CONTAG, realizado em 2013, confirmou a importância estratégica de seu exercício para consolidar relações igualitárias no MSTTR. Isso mostra, que um movimento que é capaz de promover a Marcha das Margaridas, a maior mobilização de mulheres trabalhadoras rurais do mundo, precisa ser coerente e enfrentar o desafio de renovar as práticas sindicais com igualdade de gênero, com as mesmas convicções e princípios os quais, com tanto êxito, tem defendido e pleiteado em outros espaços da sociedade e do governo, visando, numa perspectiva classista, o fortalecimento da democracia, igualdade e justiça, ao longo dos 50 anos de existência da Contag. Destaca-se, neste contexto, o protagonismo das trabalhadoras rurais que vêm ampliando, qualificando e descentralizando o debate sobre a importância da aprovação da paridade nas demais instâncias sindicais. Temos, hoje, diversas FETAGs que já deliberaram em Congresso a aprovação da paridade nos estados de: Rondônia, Pará, Ceará, Alagoas, Roraima, Minas Gerais, Piauí, Rio Grande do Norte, Distrito Federal, Bahia, e Amazonas. É preciso continuar avançando no debate e na sua implementação para que seu exercício reflita os verdadeiros anseios de igualdade entre homens e mulheres, não se reduzindo à mera divisão de cargos. Nesse sentido, é hora de aprofundarmos reflexões em torno dos desafios que precisam ser superados para consolidar o exercício pleno da paridade, entendida aqui, como estratégia que busca alterar as relações de desigualdade entre mulheres e homens, ainda presentes em nosso movimento. Este documento, pretende assim, trazer subsídios para os debates e iniciativas que precisam ser desenvolvidas pelos (as) dirigentes dos sindicatos, federações e CONTAG, com o intuito de implementação da paridade onde a mesma já tenha sido aprovada. E, ou ainda, nos demais espaços que se fizerem necessários para a referida aprovação. Como ponto de partida para o debate e visando alcançar tais objetivos, organizamos este documento em três partes: 1) Paridade de gênero e a construção da igualdade no MSTTR: este ponto se subdivide em duas sessões. A Primeira delas trata da história de organização e luta das trabalhadoras no Brasil, especialmente no âmbito do sindicalismo rural. A segunda apresenta as concepções, sentidos e conteúdos que fundamentam a importância da paridade de gênero na sociedade e no MSTTR. 2) Problematizando a paridade de gênero a partir da realidade sindical: nesta etapa tomaremos como referência as especificidades e dinâmicas próprias do MSTTR, para fortalecer o exercício da paridade, buscando superar os desafios ainda colocados. 3) Estratégias para o exercício da paridade: neste ponto queremos propor possíveis caminhos para o exercício efetivo da paridade em todas as instâncias sindicais. É importante destacar que parte dos conteúdos aqui tratados, foram extraídos do documento da 4ª Plenária de Mulheres Trabalhadoras Rurais, dos Anais do 11º Congresso dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais e do boletim, sobre paridade produzido pela Secretaria de Mulheres da CONTAG, para o 11º Congresso, em diálogo com a pauta interna da Marcha das Margaridas. Esperamos que este material possa contribuir com as discussões e tomadas de decisões em todas as instâncias sindicais, para o fortalecimento da democracia interna e da representatividade sindical, que só se consolida a partir da divisão do poder e da participação autônoma das mulheres. Que possamos fazer uma boa discussão! Diretoria da contag

3 1.1) Contexto de lutas e organização das mulheres no MSTTR Na década de 70, os movimentos de mulheres e feministas no Brasil ganham expressão social na esteira das lutas feministas internacionais e da conjuntura de resistência e luta contra a repressão e o regime ditatorial (PIMENTA, 2012, p 24). Apesar do momento político nacional estar marcado pelo cerceamento das liberdades democráticas, é nesse contexto que emerge o feminismo organizado dos anos 70. Em 1975, a ONU institui o Ano Internacional da Mulher, inaugurando um decênio de expressivas lutas feministas, apoiadas em reflexões sobre a discriminação fundada na diferença sexual e nas especificidades da condição da mulher. Registram-se diversas lutas relacionadas às condições de vida e reprodução social (creches, transporte, habitação, contra a carestia) e no que tange ao mundo do trabalho destaca-se uma dupla angulação com reivindicações voltadas para superar as discriminações por sexo nos locais de trabalho salário, segregação ocupacional, falta de assistência à gestante, e demandas voltadas para vencer as desigualdades no mundo sindical, de participação e exercício da política sindical (CAPPELLIN, 1994) (PIMENTA, 2012, p 24). Assim, nos grandes centros urbanos do país formam-se grupos feministas organizados para denunciar as discriminações que atingem as mulheres e para realizar análise das formas de opressão cultural e econômica sofridas por elas na sociedade brasileira (CAPPELLIN, 1990, p.18). Por outro lado, ainda nesse período, em decorrência do enorme crescimento da presença de mulheres no mercado de trabalho, as trabalhadoras brasileiras ampliaram de maneira expressiva sua participação nos sindicatos. De acordo com Delgado (1998, p. 209/2010) a expansão da base trabalhadora feminina chamou a atenção dos sindicatos urbanos, fazendo com que muitos deles desenvolvessem atividades dirigidas às trabalhadoras de sua área. Outro fator foi a eclosão de um movimento sindical dinâmico e vigoroso, no final dos anos 70, que despertou maior interesse pelo sindicato como espaço de representação e de luta por melhorias salariais e das condições de trabalho. Finalmente, a emergência do movimento feminista e de um movimento de mulheres diversificado, desde meados dos anos 70, contribuiu para estimular o desejo de participação em uma parcela da população feminina, inclusive trabalhadoras assalariadas. No caso das trabalhadoras rurais, o processo foi diferente. Impedidas pelas direções sindicais de se associar quem o fazia era apenas o chefe da família, as mulheres do campo, entre os anos 70 e 80, reuniam-se sob o abrigo de entidades da Igreja católica para troca de experiências sobre sua condição de mulheres. Nesse processo foram percebendo os sindicatos como instrumento importante de luta. Tiveram de lutar pelo direito de sindicalização, participaram de oposições sindicais [representação do Novo sindicalismo ] e da fundação de vários sindicatos rurais no Sul e Nordeste do país, num contexto marcado por uma grande efervescência política e de lutas pela democratização do país, no qual emerge novos sujeitos políticos e movimentos sociais (MST, MAB, dentre outros) fortemente estimulados pela ação política organizativa das CEBs (PIMENTA, 2012, p 26), bem como se dá a criação das centrais sindicais,

4 especialmente a CUT (1983), defensora do sindicalismo autônomo, democrático e de luta. É ainda no decorrer da década de 1980 que, gradativamente, as sindicalistas mobilizadas a partir desses processos, articulam-se como grupo para reivindicar uma política unificada da CUT relacionada às mulheres trabalhadoras. Fruto desse processo, em 1986, sindicalistas urbanas e rurais, de diversas regiões do país, reuniram-se, para desenhar a Comissão Nacional sobre a Mulher Trabalhadora (CNMT) e as comissões estaduais. Em agosto do mesmo ano, a CUT, no seu 2º Congresso reconhece a existência da discriminação das mulheres na sociedade e assume o compromisso de lutar por sua eliminação, aprovando a constituição da Comissão Nacional. Posteriormente, as trabalhadoras Rurais, além de estarem integradas à CNMT, criaram a Comissão Nacional sobre a Questão da Mulher Trabalhadora Rural junto ao Departamento Nacional dos Trabalhadores Rurais, por meio do qual coordenaram as reivindicações particulares das mulheres do campo (reconhecimento como trabalhadoras, salário-maternidade, por exemplo) e desenvolveram um importante trabalho de sensibilização do conjunto de sindicalistas rurais quanto às relações de gênero. (DELGADO, 1998) É justamente nesse período, que as mulheres rurais desencadeiam uma ampla e crescente dinâmica de participação política, com expressiva participação no processo de construção da nova Constituição de 1988, momento no qual mulheres de diferentes segmentos sociais se uniram na denúncia às discriminações e desigualdades e na reivindicação da ampliação da cidadania e da igualdade de direitos. As reivindicações por reconhecimento como trabalhadora, pelos direitos à aposentadoria e ao salário maternidade, marcaram profundamente a trajetória das trabalhadoras rurais e passaram a integrar a nova constituição, marcando a sua entrada no mundo dos direitos e lutas por cidadania. Como trabalhadoras rurais, elas integraram as lutas sindicais com reivindicações próprias, trazendo novas temáticas para a plataforma sindical, ampliando o debate sobre a reforma agrária, seu acesso à terra, o direito à titularidade e propondo a gestão compartilhada da unidade produtiva e o acesso às políticas públicas voltadas para a agricultura familiar (PIMENTA, 2012, p. 27). Ainda no âmbito do sindicalismo rural, o debate sobre a participação das mulheres no MSTTR ganhou força a partir do 4º Congresso Nacional dos Trabalhadores Rurais em 1985, 22 anos após a fundação da Contag, com a conquista do reconhecimento da importância da sua sindicalização e da dupla discriminação, como mulher e como trabalhadora rural. Até então a participação das mulheres no MSTTR era muito limitada e se dava, em geral, pela filiação ao sindicato na condição de esposa ou filha do associado titular. Durante o 4º Congresso, as mulheres não chegavam a 3% dos delegados, ainda assim conseguiram aprovar uma monção pelo reconhecimento da trabalhadora rural, pelo direito à sindicalização independente do marido, pai ou irmão e ainda conquistaram uma deliberação sobre o estímulo e apoio da sindicalização da mulher. No final da década de 80, precisamente em 1989, as trabalhadoras rurais conquistaram a criação da Comissão Nacional Provisória da Trabalhadora Rural,

5 subordinada à presidência da Contag, significando um passo fundamental para o avanço da sua organização em âmbito nacional. Nessa época, em alguns estados e municípios, a participação e organização sindical das mulheres rurais já alcançara forte expressão, a exemplo de estados da região nordeste (Contag, 2002) (PIMENTA, 2012, p. 28). A década de 90 inaugura um novo período na trajetória de lutas por participação sindical das mulheres no MSTTR. Ela marca a construção de formas organizativas próprias das trabalhadoras rurais por meio das comissões municipais e estaduais de mulheres e pela reivindicação da participação nos cargos de direção. (PIMENTA, 2012, p. 28) Em 1991, durante o 5º Congresso, a participação das mulheres na direção da Contag, restrita a um cargo de suplência de diretoria, ocupado pela companheira Gedalva de Sergipe, é ampliada com a eleição da companheira Tereza Santos (Tereza de Araxá), de Minas Gerais que passa a ocupar o cargo de 1ª Secretária na diretoria efetiva da Contag. Entretanto, a participação das mulheres seguiu encontrando diversas barreiras no espaço sindical, que passavam pela discriminação e desqualificação, pelo desempenho de tarefas auxiliares e falta de recursos para viabilizar o seu trabalho e participação. Em 1993, a Central Única dos Trabalhadores CUT, após dois anos de debates, aprova a cota mínima de 30% de mulheres nos cargos de direção. O Partido dos Trabalhadores, em 1991, fora precursor na adoção da cota mínima de 30% de mulheres nas suas instâncias de direção, lançando assim, as bases para a qualificação do debate político e posterior proposição e aprovação das cotas no MSTTR, cinco anos depois. Esta medida inovadora resultou do debate sobre a necessária correção das desigualdades na participação política entre homens e mulheres para a democracia interna, um dos princípios fundamentais das organizações de esquerda. O 7º Congresso Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, realizado em 1998, então com mais um T em sua sigla CNTTR denota o protagonismo político das trabalhadoras rurais e o seu empoderamento na luta por reconhecimento, visibilidade, democracia e igualdade para as mulheres. A delegação deste Congresso com 42% de mulheres comprovou todo o investimento organizativo das trabalhadoras rurais. Antecedido por um amplo processo de preparação nos estados e regiões com a participação articulada e qualificada das mulheres no debate sobre a importância e necessidade da aprovação da política de cotas, o 7º CNTTR marcou não só a trajetória das trabalhadoras rurais no movimento sindical, mas de todo o MSTTR. As mulheres souberam enfrentar o debate de modo qualificado, com habilidade política e capacidade de convencimento. O resultado desse processo foi a aprovação da cota de no mínimo 30% de mulheres para a diretoria executiva da Contag, 35 anos após fundação da CONTAG.

6 A aprovação da cota de no mínimo 30% de mulheres nos cargos de direção da CONTAG, no 7º Congresso dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais e posteriormente a extensão dessa deliberação às Federações e Sindicatos, bem como em todas as instâncias deliberativas do MSTTR, e de 50% de mulheres nos espaços de formação, resultaram em significativas mudanças no perfil, plataforma, lutas sindicais e especialmente, na dinâmica das relações de gênero. O exercício da cota de mulheres também permitiu maior aprofundamento, por parte do MSTTR, de reflexões em torno da adoção de ações afirmativas voltadas a outros segmentos sociais que compõem a classe trabalhadora rural, com vistas a qualificar a democracia interna e a representatividade sindical. Foi neste sentido, que a juventude rural construiu processos de diálogo e mobilização na perspectiva de estabelecer cotas para sua participação nas instâncias do MSTTR. Dessa forma, em 2005, foi aprovada, no 9º Congresso da CONTAG, a cota de no mínimo 20% de jovens em todas as instâncias, deliberativas e diretivas, do MSTTR. O argumento central que justifica a cota da juventude, refere-se aos limites ainda colocados à participação juvenil, principalmente entre as mulheres jovens rurais, nos espaços de participação e deliberação do MSTTR. Dessa forma, ela contribui para corrigir as discriminações, que ainda recaem socialmente sobre a juventude trabalhadora rural. O Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário, expressa tais mudanças com a presença das mulheres no movimento sindical e o firme propósito da CONTAG em avançar na construção da igualdade a partir de uma concepção de desenvolvimento que reconhece as mulheres como sujeitos políticos e sua real importância nas esferas social e política. A expressão maior do crescente protagonismo político das mulheres está na realização das marchas das margaridas, que em sua dimensão política e simbólica, deu visibilidade às trabalhadoras do campo, da floresta e das águas, com toda a sua diversidade étnico-cultural, construiu plataformas e pautas de reivindicação, fortalecendo sua capacidade de diálogo e negociação de políticas públicas. Em que pese esse conjunto de iniciativas e avanços, a questão da participação das mulheres nos cargos de direção e nas instâncias de deliberação do movimento sindical desafia de forma permanente a cultura sindical, que em seu caráter patriarcal e machista reproduz práticas discriminatórias e condições desiguais para as mulheres. A Pauta Interna voltada para as relações e práticas sindicais, expressa no Eixo VII da plataforma da Marcha das Margaridas Democracia, Poder e Participação Política reafirma que não há democracia no movimento sindical de trabalhadores e trabalhadoras rurais, se as mulheres não tiverem sua participação e representação sindical assegurada em condições de igualdade com os companheiros. Os princípios que orientam o movimento sindical e que fazem do Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário o seu principal instrumento de luta, permanecem comprometidos se são perpetuadas as práticas de discriminação e violência contra as mulheres.

7 O lema da Marcha das Margaridas Desenvolvimento Sustentável com democracia, justiça, autonomia, liberdade e igualdade, implica basicamente no respeito aos direitos civis, sociais e políticos das mulheres trabalhadoras do campo, da floresta e das águas. Implica também, e necessariamente na participação política das mulheres que se realiza com a participação em condições de igualdade nos espaços de poder e representação política, fundamental para superar as desigualdades de gênero e promover a democracia interna. Diante deste contexto de avanços e desafios na luta das mulheres trabalhadoras rurais, as mais de 43% de mulheres presentes no 11º CNTTR em 2013, exatamente no ano em que a Contag comemora seus 50 anos de existência, conquistam mais um marco na historia da construção da Igualdade entre homens e mulheres no movimento sindical. Onde, por unanimidade se aprova a paridade participativa de gênero na Contag, ( no qual consta o texto da paridade aprovado), além do compromisso de avançar com o debate junto as federações e sindicatos. Marco este acompanhado de um debate forte sobre a igualdade de gênero em outros espaços de luta. No contexto da implementação da paridade, a Escola de Formação da Contag- ENFOC e demais atividades formativas realizadas pelas secretarias, cumprem um papel fundamental, uma vez que os espaços formativos com o cumprimento de no mínimo 50% da participação de mulheres têm traduzido a importância do investimento em capacitação para o avanço das mesmas, no exercício da participação política e dos cargos de direção. Ainda no ano de 2013 as mulheres rurais conquistam um fato histórico quando pela primeira vez no marco das conferencias nacionais, espaço este fundamental no fortalecimento da capacidade avaliativa, propositiva e de dialogo entre sociedade civil e governo, se conquista a paridade na 2º conferencia nacional de desenvolvimento rural sustentável e solidária, cujo eixo de mobilização e reivindicação das mulheres e também a necessidade de paridade nas políticas públicas. Passados, aproximadamente, quinze anos da aprovação e implementação da política de cotas de participação das mulheres nos cargos de direção da CONTAG, se coloca a necessidade política de avançar na construção democrática, o que significa investir na igualdade de representação política entre homens e mulheres. A proposta de paridade participativa nos cargos de direção e nas instâncias de deliberação, responde a este desafio associado ao investimento na formação política e na defesa da ética das relações sindicais. Especialmente agora, num contexto em que temos à frente do Governo Federal Dilma Rousseff, a primeira mulher presidenta da República, agora reeleita, aumentando assim a responsabilidade da organização das mulheres no exercício do protagonismo na construção de políticas públicas, voltadas às trabalhadoras do Campo, da Floresta e Águas, na perspectiva de um desenvolvimento rural sustentável baseado nos princípios de justiça, autonomia, igualdade e liberdade. E calcado no protagonismo que já vinha sendo exercitado e reconhecido pela atuação da Marcha das Margaridas.

8 1.2) Concepções e sentidos da paridade de gênero no MSTTR Quando percorremos a história de luta e organização das trabalhadoras rurais, especialmente no âmbito do sindicalismo rural, percebemos que a aprovação da paridade pelo MSTTR é fruto de um processo protagonizado pelas mulheres. Cada passo dado se manifesta como conquista, mas também aponta novos sentidos e desafios que precisam ser assumidos pelo conjunto do MSTTR. Se em momentos anteriores a pauta das mulheres colocava com maior ênfase a defesa do seu direito à sindicalização, hoje as mulheres ocupam um significativo espaço como sócias dos sindicatos, independente dos maridos, pais e irmãos. Também na constituição de instâncias específicas de organização, a partir da criação da Secretaria de Mulheres da Contag e da Comissão Nacional de Mulheres. Ou até mesmo, a afirmação da participação das mulheres nas instâncias deliberativas, diretivas e formativas, hoje, ganha maior centralidade a necessidade de participar e decidir, conjuntamente, com autonomia e igualdade. Por outro lado, não podemos concluir que as questões pautadas anteriormente já estão superadas, mas sim que sua vigência, e as disputas em torno de sua efetiva implementação, devem também considerar a dimensão da igualdade na representação política entre homens e mulheres. Além do protagonismo interno no MSTTR, com a Marcha das Margaridas, enquanto uma vigorosa ação estratégica para a conquista de novos padrões de desenvolvimento sócio econômico, político e cultural, integra o processo de construção do PADRSS protagonizado pelo movimento sindical de trabalhadores e trabalhadoras rurais, que tem como pilares a reforma agrária e a agricultura familiar. Portanto, implica na valorização e reconhecimento do trabalho das mulheres e jovens e na reivindicação de políticas públicas que integrem e apóiem seu potencial e capacidade produtiva. Somente desta perspectiva é possível transformar efetivamente o meio rural em um projeto de vida e mudança dos sistemas produtivos de modo sustentável. No âmbito da produção a importância das mulheres tem sido preponderante, para sair da invisibilidade, confirmando o papel fundamental desenvolvido por elas, na garantia e fortalecimento da geração de renda para a família. Reside justamente na responsabilidade a ela delegada, de cuidar do cultivo diversificado de gêneros alimentícios, especialmente para o sustento da família como as hortaliças e a criação de pequenos animais, além de desempenhar trabalho conjunto nas demais atividades da propriedade. A paridade significa reconhecer a importância social, econômica e política das mulheres trabalhadoras rurais da base do movimento sindical, e a partir de um princípio de justiça social, uma vez que as mulheres hoje somam mais de 51% da população brasileira, dado este que se replica na participação produtiva das mulheres, no meio rural. Significa também, assumir que as mulheres têm o direito de ser representadas com igualdade de condições nos cargos de direção. Isso quer dizer igualdade de condições

9 materiais (recursos financeiros e infraestrutura) e humanos (assessoria, formação política, visibilidade, comunicação) essenciais ao exercício dos cargos e realização das atividades de representação. A importância da aprovação da paridade reside no fortalecimento político da CONTAG, que ao compartilhar igualmente os cargos de direção entre homens e mulheres, amplia as possibilidades de diálogo, de renovação e qualificação da sua plataforma política, criando, assim, novas condições para o fortalecimento da unidade no MSTTR. Além disso, a aprovação da paridade pelo 11º Congresso fortalece politicamente a CONTAG ao inserir o MSTTR no contexto dos debates e avanço da construção democrática, protagonizado por diversas instituições e organizações sociais, que reconhecem na igualdade de gênero e na adoção da paridade um princípio de justiça essencial às relações democráticas. Para tanto, se faz essencial realizar o debate sobre a paridade levando em conta, pelo menos três dimensões da dominação e desigualdade: a econômica, a do reconhecimento e a da representação política, que perpassa pela dimensão geracional. Somente articulando estas dimensões pode-se, de fato, construir a igualdade. Mais do que um recurso numérico para repartir os cargos de direção, a adoção da paridade participativa na CONTAG deve considerar: A construção de uma política permanente no cotidiano sindical fundada em relações respeitosas, pautadas por valores éticos e morais que façam avançar a democracia interna com igualdade para as mulheres, o que os números por si só não podem garantir. O reconhecimento, de fato, do protagonismo das mulheres trabalhadoras rurais e a sua condição de sujeito político, fundamental para operar as transformações almejadas no Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário PADRSS. A garantia de igualdade de condições às mulheres para participarem e exercerem seus mandatos, superando todas as formas de discriminação baseadas na diferença sexual, democratizando as práticas políticas e as relações de poder. A pauta interna da Marcha das Margaridas atualizada durante a Jornada 2013, no sentido de traduzi-la em ações concretas (ANEXO 2). Paridade participativa ou paridade na política significa, pois, construir relações de igualdade no cotidiano sindical, verdadeiramente democráticas e solidárias fundadas no respeito e em valores morais e éticos condizentes com as relações democráticas que se quer construir. 1) Problematizando a paridade de gênero a partir da realidade sindical A aprovação da política de cotas pelo MSTTR, em 1998, objetivava desbloquear os espaços de decisões políticas, essencialmente masculinizados, pois embora as

10 mulheres tivessem expressão e participação ativa em várias esferas do movimento e participação importante nas mobilizações havia um foco de resistência à sua participação nas esferas de decisão, atestado pela sua baixa presença nas direções. Com isso, o MSTTR inclui a agenda da maior representação das mulheres, questão que se tornou indispensável para o movimento, visto que o número de mulheres associadas ao sindicato já era bastante representativa. A adoção da política de cotas pela Contag, federações e sindicatos, significou sem dúvida, uma conquista da organização das mulheres, e possibilitou não apenas a sua participação efetiva, como a reconfiguração do perfil do movimento sindical em sua plataforma política, bandeiras de luta e práticas organizativas. Em 2005, no 9º Congresso Nacional da Contag, é aprovada a cota de 20% de jovens. A coexistência da cota de mulheres e jovens propiciou uma ampla presença das jovens mulheres no âmbito das Coordenações Estaduais de Jovens Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais. Consequentemente, também na Comissão Nacional de Jovens Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais da CONTAG, que hoje é composta por 70% de mulheres (ou seja, das 27 representações estaduais que integram a CNJTTR, 19 delas são mulheres jovens). Esse é um aspecto importante, quando se intenciona promover processos de maior empoderamento das mulheres jovens com vistas à intenção de construir relações de gênero igualitárias, também nos espaços de organização da juventude rural. Contudo, a falta de maior compreensão no MSTTR, do significado da política de cota para as mulheres e os(as) jovens do movimento sindical, conduziu a uma prática que se tornou comum no movimento: a consideração do sexo na composição do cargo. Passou-se a priorizar para ocupação de determinados cargos as mulheres jovens, pela possibilidade dela atender o requisito para o cumprimento das duas cotas, a de mulheres e a de jovens, de modo que, em muitos casos, ao invés de coexistir, a cota de jovens e de mulheres acabou por se sobrepor. Deixando com isso, de ser considerada a responsabilidade com o cumprimento da cota de juventude pelos cargos que, na maioria das vezes, são assumidos por homens adultos. Além disso, diante da exigência estatutária de que para concorrer às eleições, as chapas devem ser compostas por no mínimo 30% de candidatos (as) que não tenham ocupado quaisquer cargos na gestão anterior, no processo de eleição para renovação da diretoria, são justamente os cargos ocupados por mulheres e jovens que são, prioritariamente, renovados. Normalmente, são os homens adultos que se perpetuam nos cargos. A grande renovação destes cargos tem sido motivo de grande preocupação, tendo em vista que esse fator proporciona alto índice de renovação nas comissões de jovens e de mulheres, dificultando assim o fortalecimento das ações dos referidos segmentos. Assim como a política de cotas, a paridade é uma ação afirmativa. É afirmativa por reconhecer/afirmar as diferenças entre homens e mulheres e as desigualdades geradas socialmente, e fundamentadas ideologicamente, a partir dessas diferenças. O MSTTR ao aprovar a paridade entre homens e mulheres reconhece que, no seu interior, há uma desigualdade entre homens e mulheres na ocupação dos espaços de poder e decisão. Desigualdade que se expressa tanto quantitativamente, quanto nas condições que são dadas às mulheres, para exercer seu papel nesses espaços.

11 Ora, o fato das mulheres hoje, representar mais de 50% do conjunto dos (as) associados (as) não se expressa na representação do conjunto das instâncias que compõem o movimento sindical, que ainda continuam fortemente masculinizadas. Além disso, as condições que são dadas aos homens para exercerem o seu papel como dirigente, não são as mesmas, dadas às mulheres, aspecto que se agrava se considerarmos o fator geracional. Pois bem, ações afirmativas, como as cotas, a paridade e outras, têm como objetivo reparar as desigualdades. No caso, a paridade de gênero tem como objetivo reparar as desigualdades de gênero, construídas culturalmente com base em um atributo biológico: o sexo, e reproduzida através de práticas sociais excludentes. Por isso, pretende-se com a Paridade, que ao agir na reparação dessas desigualdades, ela induza transformações no interior do MSTTR que gere e produza outra cultura sindical em relação à diversidade dos sujeitos políticos que compõem o movimento; também que ela promova a discussão sobre essa pretensa supremacia de um grupo sob o outro, dos homens sobre as mulheres, dos adultos (as) sobre os (as) jovens, dos (as) brancos (as) sobre os (as) negros, que se observa na sociedade brasileira, e que repercute fortemente no movimento sindical. Ademais, que ela promova a eliminação dos efeitos persistentes que afetam e que atingem a todo (as): os efeitos psicológicos, culturais e comportamentais da discriminação, que se reproduz também no interior do MSTTR. E por fim, que ela promova a igualdade na representação política das mulheres, que embora componha a maioria do (as) associados (as), ainda é um grupo discriminante, dando-lhes condições de exercer a representatividade, ou seja, condições de construir a sua legitimidade como dirigente, de atuar e assumir posições como tal na sua base, criando com ela uma relação de identificação, como categoria ao qual representa. Quando se fala em Paridade, logo vem a preocupação numérica, afinal, de imediato, trata-se de uma categoria matemática. Entretanto, se realmente a entendemos a partir de uma leitura política social crítica, e não matemática, iremos dar a ela outro significado e afirmá-la não como um fim em si mesmo, mas como um MECANISMO DE SUPERAÇÃO DE DESIGUALDADES. Ou seja, o que se quer não é simplesmente 50% de mulheres e 50% de homens em cargos de direção, e formar vários pares. Aliás, esse não deve ser o foco da discussão, e sim uma conseqüência de novos comportamentos. A paridade deve contribuir para fazer com que mais mulheres participem da política, e com que mais mulheres tenham seu trabalho reconhecido, para que, um dia, não sejam mais necessárias políticas afirmativas. Igualdade não é simplesmente dividir as coisas ao meio, mas sim superar as condições que fazem com que seja necessária essa divisão. A paridade pressupõe contribuir para novos arranjos sociais a fim de que todos os membros da sociedade, e no caso do MSTTR, interajam entre si como pares (como iguais). E isso requer: (i) uma distribuição de recursos materiais que garanta o exercício do trabalho sindical, autonomia em relação ao trabalho desenvolvido, independência e voz das pessoas, ou seja, garantia para que todo (as), homens e mulheres, adultos e jovens exerçam a sua representatividade em igualdades de condições; e (ii) um reconhecimento das diferenças, que se expressa no igual respeito a todas as pessoas,

12 independente do sexo, bem como na garantia de oportunidades para superar as desigualdades de gênero, entre outras. Portanto, a condição de ser par não é meramente numérica, mas uma qualidade da relação igualitária, horizontal. Isso é importante ser dito por que tem sido muito comum o argumento de que o ideal é metade-metade, assim ninguém ficará sub-representado. Entretanto a subrepresentação só é considerada quando atinge os homens. A pergunta é: porque que mais mulheres do que homens, em cargos de direção, resultaria numa subrepresentação dos homens, mas quando é o contrário, e isso acontece na maioria das vezes, a sub-representação não é questionada? Por que uma diretoria composta majoritariamente por homens não é questionada e ao contrário sim? Essa é apenas uma das polêmicas que giram em torno da Paridade de gênero. Quando não compreendida na sua essência a Paridade pode significar, para algumas pessoas, a concessão de privilégio às mulheres, como se as mesmas estivessem chegando e entrando pela janela e não pela porta. Mas se compreendida como uma ação afirmativa, logo se entende que não é possível tratar com igualdade aqueles (as) que são tratados (as) de maneira desigual na sociedade. Pois uma ação afirmativa parte justamente do reconhecimento de uma desigualdade social que precisa ser combatida. Há outros argumentos que reavivam tais polêmicas. Não é incomum escutar que nunca foi proibido à mulher participar da política sindical (pelo menos do ponto de vista jurídico) e se elas não ocupam cargos de direção nas instâncias do movimento é por que não querem ou por que o destino assim o quis. Aliás, a falta de mulheres para comporem as chapas para concorrerem aos sindicatos e assumirem cargos de direção é um dos argumentos que podem pesar sobre a Paridade, por ser considerado por muitos como um impeditivo para que as chapas se credenciem. É preciso que se compreenda, de fato, que não pode ser atribuída à mulher a sua ausência da vida política. Dispositivos sociais a impedem de se reconhecerem, de se verem como capazes de assumir esses espaços. Ademais, quando conseguem ocupar esses espaços, é fácil identificar que oportunidades de inclusão e participação não lhe são devidamente proporcionados. Isso por que há uma visão estereotipada dos papéis de gênero. As mulheres foram preparadas socialmente a circular na esfera privada e não pública, ao contrário do homem. Além disso, os homens podem se dedicar exclusivamente à vida política, algo pouco provável para as mulheres, a quem são atribuídas todas as atividades relacionadas à esfera doméstica e de cuidados, apresentando sempre excesso de demandas e de jornadas. Assim como não é proibido à mulher participar da vida política sindical, também não é proibido ao homem assumir as tarefas domésticas e de cuidados, mas quantos o fazem? É certo que o MSTTR já assimilou o discurso da igualdade, mas a Paridade vai permitir ao Movimento dar materialidade ao discurso, garantindo condições à mulher de ocupar seu espaço no movimento sindical rural. (PIMENTA, 2011) Há ainda quem considera que as mulheres são/estão despreparadas. Inclusive, é possível que se pense que a inclusão de mulheres nos espaços de decisão do MSTTR,

13 através deste tipo de mecanismos (Paridade), poderá conduzir a uma diminuição da qualidade política, em termos de competência, mérito que nunca é posto à mesa para avaliar a condição dos dirigentes homens que pleiteiam estar em determinados espaços. Será mesmo que as mulheres não participam por que não querem? Por que será que se questiona tanto o mérito, a competência das mulheres na política? Será que a avaliação do mérito é neutra? É preciso que se entenda que o espaço político, de uma maneira geral, é numérica e simbolicamente, masculino - e, grosso modo, isso raramente é questionado pelas pessoas, mas aceito como natural, afinal, política é coisa de homem -, por isso, a sub-representação da mulher na política, de uma forma geral, é encarada como uma situação normal, quando na verdade é uma prática discriminatória. Certamente que essa compreensão é influenciada por uma ideologia de gênero. E, de fato, não é difícil constatar que ela influencia a avaliação do mérito ou da competência. Sempre há uma espécie de dúvida ou desconfiança relativamente ao mérito das mulheres, no contexto político, mesmo por parte das mesmas. É preciso que se compreenda que ninguém nasce dirigente de nada, aprende-se a ser dirigente sendo, assumindo as tarefas que cabem a um (a) dirigente, e tendo ou sendo dadas as condições de fazê-lo. E isso vale tanto para mulheres como para os homens. Na verdade, não faltam mulheres aptas a comporem as direções dos sindicatos, federações e confederação. Não são incomuns as queixas das mulheres de que elas não têm o apoio necessário das federações, ou dos sindicatos, para desenvolver o seu trabalho: não possuem assessoria, há sempre uma desculpa para não disponibilizar os recursos necessários a que elas desenvolvam o seu trabalho, os temas das mulheres sempre são temas menores, de menor importância e por aí vai... Por tudo isso é que a paridade não deve ser tratada como algo congelado, que acabe por impedir uma maior participação das mulheres, mas sim, como já afirmamos, como um meio de superação de desigualdades. Um mundo justo e igualitário não é aquilo simplesmente dividido ao meio, mas sim um mundo em que haja igualdade de oportunidades. 3) Dialogando com a Pauta Interna da Marcha das Margaridas A Pauta Interna voltada para as relações e práticas sindicais, expressa no Eixo VII da plataforma da Marcha das Margaridas Democracia, Poder e Participação Política reafirma que não há democracia no movimento sindical de trabalhadores e trabalhadoras rurais se as mulheres não tiverem sua participação e representação sindical assegurada em condições de igualdade com os companheiros, sendo, portanto, esse um fator fundamental para superar as desigualdades de gênero e promover a democracia interna ao MSTTR. Nesse sentido, os princípios sobre os quais está assentada a construção da paridade no movimento, devem ser os mesmos que fundamentam a construção de uma política permanente no cotidiano sindical fundada em relações respeitosas, pautadas por

14 valores éticos e morais que façam avançar a democracia interna com igualdade para as mulheres, o que os números por si só, não podem garantir. Nessa perspectiva, é importante que sejam feitas discussões e tomadas decisões em todas as instâncias sindicais visando o fortalecimento da democracia interna e da representatividade sindical, entendendo que ela só se consolida a partir da divisão do poder e da participação autônoma das mulheres. Para não comprometer o pleno exercício da Paridade, como visto acima, resultou do debate sobre a necessária correção das desigualdades na participação política entre homens e mulheres para garantir a democracia interna do MSTTR. É necessário que este reflita, e dê respostas às questões postas pelas mulheres trabalhadoras rurais através das suas reivindicações para o conjunto do MSTTR, as quais compõem a sua pauta interna. Nesse sentido, é preciso o MSTTR defina um plano de ação específico, definindo ações e metas a serem desenvolvidas a fim de garantir maiores condições de participação das mulheres no movimento sindical, fortalecendo assim a superação das desigualdades entre homens e mulheres no MSTTR. 4 ) ESTRATÉGIAS PARA O EXERCÍCIO DA PARIDADE proposição para implementação na CONTAG 4.1) COM RELAÇÃO ÀS INSTÂNCIAS DELIBERATIVAS DA CONTAG As instâncias deliberativas e de administração da CONTAG são as seguintes: o Congresso Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais; o Conselho Deliberativo; a Diretoria; e o Conselho Fiscal. O Congresso Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais é a instância máxima de deliberação da CONTAG. Neste sentido o GT propõe as seguintes adaptações em relação às referidas instâncias: - Em todas as situações em que as instâncias forem compostas por um número ímpar, sugere-se que seja cumprida a cota de no mínimo 50% de mulheres. - Com relação à participação de juventude, no intuito do cumprimento da cota de 20% desse público, deverá ser discutidas a participação de, no mínimo, 10% de jovens homens entre os delegados do sexo masculino, e 10% de jovens mulheres entre as delegadas do sexo feminino, mantendo assim a paridade de gênero entre as representações da juventude COM RELAÇÃO AO CONGRESSO NACIONAL DE TRABALHADORES E TRABALHADORAS RURAIS O 11º Congresso Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais aprovou a paridade nos seguintes termos: - Na composição da Direção da CONTAG, compreendendo a Direção Efetiva, a Diretoria Executiva, o Conselho Fiscal e as respectivas suplências, consideradas separadamente,

15 a partir da gestão , a ser eleita no 12º Congresso Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais - 12 CNTTR; - As alterações do estatuto da CONTAG, que se fizerem necessárias para o cumprimento das deliberações, acima, incluindo o registro em cartório competente, deverão ser processadas antes da realização da 4ª Plenária Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais. Diante dos itens aprovados, propõe-se que: Em todas as etapas para retirada de delegados e delegadas, à exceção das assembléias gerais dos Sindicatos, e em todos os órgãos deliberativos do Congresso respeitar, obrigatoriamente, a paridade de gênero COM RELAÇÃO AO CONSELHO DELIBERATIVO O GT após análise da composição do conselho definiu manter os respectivos números de representações das federações, conforme o número de sindicatos filiados como ordenado atualmente, onde a cada 100 sindicatos se aumenta um(a) delegado(a) a mais ao conselho. Assim sendo, para as federações cujo número de delegados(as) for ímpar, se deverá cumprir, no mínimo, a participação de 50 % de mulheres. Nas demais Federações, cujo número de delegados (as) for par, deverá ser garantida a paridade de gênero. DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS Para efeito de participação no 12º Congresso e na 4ª Plenária será respeitada a composição das Diretorias da CONTAG e das Federações que tenham sido eleitas antes da data da presente alteração estatutária, não se exigindo a paridade em sua composição. Para efeito de assegurar a paridade, até a realização do 12º Congresso, as Federações filiadas poderão complementar as suas delegações de diretores efetivos para participar do Conselho Deliberativo com membros do conselho fiscal ou com suplentes da Diretoria. As substituições que ocorram ao longo do mandato da Diretoria respeitarão sempre a manutenção da paridade de gênero da composição da mesma COM RELAÇÃO AO CONSELHO FISCAL Com relação ao conselho fiscal se propõe a manutenção dos mesmos números de composição do conselho fiscal, sendo que deverá ser respeitada a participação de no mínimo 50% de mulheres na composição dos membros titulares e seus respectivos suplentes COM RELAÇÃO À DIRETORIA DA CONTAG

16 Quanto ao cumprimento da paridade na diretoria da Contag, deverá ser garantida a participação de no mínimo 50% de mulheres, assim como nas suas demais instâncias, quando a diretoria for composta por número ímpar de diretores(as). Compreende-se que a existência da paridade não deve ser utilizada como argumento para criação ou extinção de secretarias, mas que tais definições ocorram a partir da demanda conjuntural e política do MSTTR. Propõe-se, ainda, que no processo de eleições para a renovação da diretoria, seja considerada a alternância por secretaria, priorizando aquelas que não tiveram seus cargos renovados na gestão anterior, tendo o cuidado desse critério não recair somente sobre os cargos ocupados por mulheres e jovens. Em todos os cargos da diretoria, deverão ser garantidos a alternância de gênero a cada mandato, ainda que preservado o direito à reeleição, caso a construção política compreenda essa possibilidade. Entretanto, a gestão posterior deve ser assumida por gênero oposto. Salvaguardando a comissão de mulheres, que permanentemente deverá ser dirigida por mulheres. Referências bibliográficas CAPPELLIN, Paola Giulani. Trabalhadoras rurais e aspirações feministas: um diálogo em curso. In: SILVA, Eliane Moura et al. Camuflagem e transparência: as mulheres no sindicalismo. Comissão Nacional sobre a Questão da Mulher Trabalhadora. Central Única dos Trabalhadores - CUT. São Paulo: p DELGADO, Maria Berenice Godinho. Mulheres na CUT: um novo olhar sobre o sindicalismo. In: BORBA, Ângela; FARIA, Nalu; GODINHO, Tatau (orgs.). Mulher e Política: gênero e feminismo no Partido dos Trabalhadores. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, PIMENTA, Sara Deolinda. Participação, Poder e Democracia: mulheres trabalhadoras no sindicalismo rural. Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Democracia Participativa, República e Movimentos Sociais da Universidade Federal de Minas Gerais, 2012, 70p.

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