VIII Congresso Brasileiro de Administração e Contabilidade - AdCont a 21 de outubro de Rio de Janeiro, RJ

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1 Conservadorismo Condicional e a Estrutura do Conselho de Administração Carlos André Marinho Vieira, Doutorando em Ciências Contábeis Universidade Federal da Paraíba (UFPB) c.andre.mv@gmail.com Luiz Felipe de Araújo Pontes Girão, Doutor em Ciências Contábeis Universidade Federal da Paraíba (UFPB) lfapg@hotmail.com Resumo O conservadorismo consiste no viés contábil em utilizar um maior grau de verificabilidade para o reconhecimento das receitas que das despesas, o que gera uma visão conservadora do resultado e ativos líquidos aos quais os acionistas têm direito. Um conselho de administração mais independente estaria propício a exigir um maior grau de conservadorismo para as demonstrações contábeis, com o objetivo de proteger os stakeholders da expropriação de sua riqueza por parte dos administradores. O objetivo deste trabalho se a estrutura do conselho de administração pode influenciar no nível de conservadorismo apresentado nas demonstrações. A amostra foi composta por empresas abertas listadas na BM&FBOVESPA. Foi utilizado o modelo de Ball e Shivakumar (2005) para avaliar a influência do CA no conservadorismo e as estimações se deram por estimadores de regressões quantílicas. Os resultados indicam que o nível de conservadorismo condicional nas demonstrações contábeis de empresas com conselhos formados majoritariamente por membros externos é menor que nas demais. Os resultados são inversos quando consideramos a proporção de membros independentes. O mesmo tempo, observou-se que a dualidade do CEO e o tamanho do conselho de administração são características que aumentam o nível de conservadorismo. Os resultados indicam que a independência do CA talvez sirva como mecanismo substituto ao conservadorismo na proteção dos acionistas e credores da empresa, uma vez que o nível de conservadorismo é menor para empresas com conselhos mais independentes. Já com relação aos conselheiros externos, o resultado pode indicar que estes dois mecanismos funcionam em convergência para fornecer uma maior proteção a acionistas e credores, dada a fraca governança corporativa exercida pelas empresas nacionais. Palavras-chave: Conservadorismo contábil. Conflito de Agência. Conselho de Administração. Independência. Dualidade do CEO. 1 Introdução Dentre as características da informação contábil, o conservadorismo aparece como um dos princípios que mais influenciou a prática contábil ao longo da história. O seu constante uso é explicado pela sua eficiência na redução dos custos de agência inerentes aos contratos firmados entre as várias partes que convergem para o funcionamento de uma empresa (WATTS, 2003a). Quando estudados os conflitos de agência entre acionistas e credores, o conservadorismo aparece como um mecanismo de proteção a estes últimos, que necessitam de medidas de desempenho de ativos líquidos para embasar suas decisões de crédito. Dada a assimetria informacional existente entre acionistas e credores, estes teriam propensão a maximizar o valor dos seus investimentos ao mesmo tempo em que aumentam o risco ao qual o credor está submetido. 1

2 Já quando o conflito de agência se dá entre administradores e acionistas, os primeiros tendem a enviesar os números contábeis para aumentar a sua remuneração baseada nos resultados e fornecer ao mercado sinais de uma boa gestão. Nestes casos, o conservadorismo funciona como um mecanismo de proteção aos acionistas, os quais dificilmente poderiam recuperar os pagamentos anteriormente feitos a título de remuneração, além de restringir o comportamento oportunista dos administradores, onde a antecipação do reconhecimento das perdas envia um sinal através dos resultados para que possa ser exercida uma maior monitoração (WATTS, 2003a). O Conselho de Administração (CA) é o principal mecanismo de governança de uma empresa, sendo este a ponte entre os acionistas e administradores, o qual tem função de monitorar e assessorar a alta administração, maximizando o valor da empresa para todos os seus stakeholders (JENSEN, 1993; IBGC, 2009). Dada a utilização do conservadorismo como um mecanismo de proteção e a influência do CA na formação dos controles internos, vários trabalhos anteriores estudaram a influência da estrutura deste órgão no conservadorismo contábil (BEEKS; POPE; YOUNG, 2004; AHMED; DUELLMAN, 2007; LIM, 2011). Com base nisso, esta pesquisa tem por objetivo analisar a relação entre as características do CA, especificamente, sua independência, presença do CEO no órgão e número de membros, no nível de conservadorismo apresentado pelas empresas abertas brasileiras. Utilizando modelos de regressão quantílica com dummies setoriais e temporais para controlar a variação dos resultados por estes fatores, foi descoberto que o nível de conservadorismo é maior para empresas que apresentam CAs formados majoritariamente por membros externos, mas menor quando os CAs têm uma maior proporção de membros independentes. O mesmo tempo, observou-se que a dualidade do CEO e o tamanho do conselho de administração são características que aumentam o nível de conservadorismo. 2 Referencial Teórico 2.1 A estrutura do Conselho de Administração Na presença de vários acionistas, torna-se custoso para estes envolver-se nas decisões sobre os negócios da empresa e chegar a um consenso sobre a decisão a ser tomada. Para diminuir os custos associados à tomada de decisão, os acionistas ( principais ) delegam autoridade para administradores profissionais ( agentes ) sobre o controle dos ativos de sua propriedade para que ajam com o objetivo de maximizar o valor de seus ativos e, consequentemente, sua riqueza. Ao delegar autoridade para que administradores os representem nas decisões corporativas, aos acionistas fica estabelecida a tarefa de monitorar tais atividades, vista a propensão de cada agente em maximizar o seu próprio bem-estar, onde os administradores estarão propensos a maximizar o seu próprio bem-estar em detrimento da riqueza dos acionistas. Sendo assim, o principal incorre em custos para alinhar os interesses do agente com os seus interesses, conhecidos como custos de agência (JENSEN; MECKLING, 1976). Para limitar as perdas associadas ao conflito de interesses entre os administradores (agentes) e acionistas (principais) que resulta em perdas residuais, os principais incorrem em custos de monitoração, aqueles associados à avaliação e controle do comportamento do agente, a exemplo de restrições ao orçamento, políticas de remuneração, restrições às ações praticadas e mecanismos de controle interno (JENSEN; MECKLING, 1976). Dentre os mecanismos de controle interno utilizados na monitoração das atividades dos gestores, destaca-se o CA, ao qual são delegados poderes para monitorar, avaliar, recompensar 2

3 e homologar as decisões tomadas pelos agentes sobre as atividades desempenhadas pela empresa, servindo como um órgão que disciplina o comportamento da administração (FAMA; JENSEN, 1983, p. 313). Sendo assim, o CA tem como principal objetivo agir em prol da maximização da riqueza de acionistas e demais stakeholders (IBGC, 2009), o que inclui alinhar os interesses entre administradores e acionistas, modelando contratos entre as partes de modo a evitar o comportamento oportunista da administração em razão da sua propensão a maximizar sua própria utilidade, fazendo com que as perdas residuais sejam minimizadas. Ao limitar-se a monitorar as atividades da administração, os acionistas e o CA demandarão medidas de desempenho periódico para avaliar e recompensar a equipe de gestão. Sendo muito custoso para estes avaliar e mensurar o esforço despendido pela administração no alcance dos objetivos traçados, os mesmos focam a sua avaliação no resultado gerado pelo empenho da administração na perseguição de suas metas, sendo a monitoração deste mais fácil de mensurar e consequentemente menos custosa (HOLMSTROM, 1979; KOTHARI; RAMANNA; SKINNER, 2010). Porém, a capacidade de monitoração do CA pode mudar de acordo com a estrutura deste órgão. Há várias teorias à respeito de como a composição do CA pode influenciar na sua capacidade de supervisionar as atividades da alta gestão da empresa. Primeiramente, a capacidade de monitoração deste órgão pode mudar de acordo com a origem dos membros que o compõem. O CA é composto por dois tipos de membros, integrantes da alta gestão que também ocupam cadeira neste Conselho (membros internos à empresa) e membros externos à empresa. Os outros integrantes da alta administração teriam incentivos para monitorar as atividades do principal executivo da empresa, geralmente o Chief Executive Officer (CEO), dada a existência de uma competição interna pelo cargo, onde estes seriam os primeiros na linha sucessória em caso de destituição do CEO, em razão de serem melhor informados sobre as atividades da empresa (FAMA, 1980). Por outro lado, a entrada destes membros no CA pode fazer com que estes decidam pela expropriação da riqueza dos acionistas ao invés de competirem internamente para assumirem o cargo de CEO. Ao mesmo tempo, pelo fato de a carreira dos principais executivos da empresa estar ligada à do CEO, estes teriam menos incentivos para confrontá-lo quando responsáveis pela monitoração de suas atividades (WEISBACH, 1988). A inclusão de membros externos ao órgão pode restringir o comportamento oportunista destes executivos, sendo que os primeiros têm incentivos para exercer um alto grau de monitoração sobre as atividades da administração (FAMA, 1980). Estes incentivos surgem em razão da valorização do capital humano dos membros externos pelo mercado estar em função da sua reputação, a qual é prejudicada quando estes são diretores de empresas que não são bem geridas. Este fato disciplina seu comportamento ao enviar um sinal para o mercado de sua qualidade, o que pode trazer consequências para a execução de suas atividades em outros cargos, onde muitos destes são também administradores/conselheiros em outras empresas e acadêmicos respeitados (FAMA, 1980; FAMA; JENSEN, 1983; WEISBACH, 1988). A independência destes membros pode ser analisada no trabalho de Weisbach (1988), o qual encontra evidências de que a presença de conselheiros externos aumenta a probabilidade de substituição do CEO em razão de um baixo desempenho. O fato de o CEO ocupar também uma cadeira neste órgão pode também influenciar a capacidade de monitoração do CA sobre as suas atividades. As principais teorias focam no fato de o CEO ser também o Presidente do CA (ou Chairman/Chairperson), conhecido como dualidade. O fato de o Chairman conduzir as reuniões deste órgão e liderar o processo de supervisão das atividades da administração faz com que a independência deste seja um fatorchave no grau de monitoração executado pelo CA. Jensen (1993, p. 866) afirma que torna-se 3

4 difícil para o CA desempenhar suas funções sem a presença de um líder independente, onde seria necessário a separação dos cargos de CEO e Chairman para garantir a efetividade deste órgão. Condizente com essa afirmativa, Goyal e Park (2002) encontraram evidências de que a probabilidade de substituição do CEO em razão de um baixo desempenho diminui quando este ocupa também a presidência do CA, o que demonstra a falta de independência do órgão quando da existência de dualidade do CEO. Apesar dos benefícios inerentes à separação entre estes dois cargos, há também custos associados a esta separação. A maior parte da literatura foca nos custos de agência associados à dualidade do CEO, porém ignora os custos de agência associados à separação dos cargos, onde são introduzidos custos associados à monitoração e controle do comportamento do Chairman quando este é um membro externo, ao qual é dado o poder de agir em nome dos acionistas, o que inclui a possibilidade de destituição do CEO, concedendo ao Chairman considerável poder para extrair rendas da empresa (BRICKLEY; COLES; JARRELL, 1997). Ao mesmo tempo, surgem custos associados à transferência de informações a respeito dos riscos e oportunidades aos quais a empresa está exposta, as quais o CEO possui em maior quantidade e qualidade. Para que o Chairman desempenho seu papel de maneira eficiente, este deve estar munido de todas as informações importantes a respeito da empresa. A permanência do CEO como Chairman eliminaria os custos de transferência de informações entre estes dois indivíduos, além de prevenir uma transferência incompleta de informações (BRICKLEY; COLES; JARRELL, 1997). Por fim, outra característica que influencia a capacidade de monitoração do Conselho é a quantidade de membros que compõem este órgão. A literatura cita vários benefícios de uma maior quantidade de membros no CA, dentre elas que esta característica permite a especialização de seus membros pela melhor distribuição de funções, melhorando a capacidade de monitoração do órgão (JENSEN, 1993; AHMED; DUELLMAN, 2007; AHMED; HENRY, 2011), além do fato de a incidência de conselheiros mais experientes aumenta quando os Conselhos podem comportar mais membros (XIE; DAVIDSON; DADALT, 2003). Porém, uma maior quantidade de membros gera custos associados à coordenação entre os membros, devido às dificuldades de comunicação e aos altos custos associados à transferência de informações, o que torna o processo de tomada de decisão mais lento e torna estes menos efetivos (JENSEN, 1993; YERMACK, 1996, p. 186; AHMED; DUELLMAN, 2007), além de que o crescimento do número de membros torna a realização das reuniões do Conselho mais difícil, devido à necessidade de esta contar com a presença de grande parte dos membros para ser efetiva (CHENG, 2008). 2.2 A influência do Conselho de Administração sobre o Conservadorismo Contábil Em razão da assimetria de informação existente entre os administradores e os membros do CA/acionistas, onde os primeiros estão geralmente melhor informados sobre os fluxos de caixa futuros inerentes às operações da empresa, a ausência de um critério de verificabilidade para o reconhecimento dos lucros torna mais fácil para a administração enviesar positivamente as estimativas de fluxos de caixa futuros, uma vez que é de responsabilidade da administração a preparação das demonstrações contábeis que fornecerão as medidas de desempenho pelas quais estes serão avaliados (WATTS, 2003a, p ; KOTHARI, RAMANNA; SKINNER, 2010, p. 255). O fato de uma parte da sua remuneração estar baseada nos resultados gerados, aumenta os incentivos da administração em reportar resultados maiores, o que nem sempre é alcançado através do aumento do seu esforço na geração de receitas, mas através da manipulação de números contábeis (WATTS, 2003a, p ). Ao mesmo tempo, informar resultados 4

5 melhores diminui a probabilidade de que os membros da administração sejam substituídos em função de um baixo desempenho, além de melhorar a reputação destes dentro da empresa e no mercado de trabalho, o que pode aumentar a probabilidade de promoções futuras na empresa e até mesmo contratos de trabalho mais vantajosos em outras empresas (KOTHARI, RAMANNA; SKINNER, 2010, p. 255). Dado o horizonte temporal limitado dos administradores como funcionários da empresa, a propensão destes em enviesar os resultados reportados para aumentar o valor presente de sua remuneração e melhorar sua reputação no mercado de trabalho de gestores de alto nível, tornase excessivamente custoso e de difícil recuperação para os acionistas os montantes pagos indevidamente a título de compensação (WATTS, 2003a). Nestas situações, crescem as preocupações com a credibilidade destas informações, o que resulta numa demanda por informações mais verificáveis, onde ganha espaço o conservadorismo contábil (KOTHARI, RAMANNA; SKINNER, 2010). Caracterizado pelo reconhecimento antecipado das perdas em relação aos ganhos, Basu (1997, p. 4) relaciona o conservadorismo contábil à tendência que os contadores apresentam de exigir um menor grau de verificabilidade para as más notícias em relação às boas notícias quando do seu registro nas demonstrações financeiras, onde é esperado que as más notícias sejam refletidas no resultado mais rápido que as boas notícias. O conservadorismo contábil pode ser dividido em duas categorias: o conservadorismo condicional e o incondicional. O primeiro está ligado às preocupações com a credibilidade das informações reportadas pela administração da empresa, onde o critério de verificabilidade de uma informação é reduzido quando esta representa uma perda, enquanto o mesmo critério não é aplicado aos ganhos (KOTHARI, RAMANNA; SKINNER, 2010). Já o conservadorismo incondicional está ligado à prática contábil que tende a reduzir o valor dos ativos líquidos da empresa, conhecido no Brasil como o princípio da prudência, onde, para duas medidas de valor igualmente válidas para os itens das demonstrações contábeis, devese escolher aquela que resulte em menor valor para os ativos e receitas e maior valor para os passivos e despesas, resultando em um menor valor para o patrimônio líquido dos acionistas. Watts (2003a, p. 208) afirma que apesar da pressão de emissores de normas, acadêmicos e órgãos reguladores, o conservadorismo contábil tem sobrevivido ao longo do tempo como uma tecnologia eficiente empregada nos contratos utilizados entre as várias partes de uma empresa. Considerando que os membros externos do CA apresentam uma maior independência e incentivos maiores para supervisionar as atividades da administração, estes estão em uma posição melhor para monitorar o processo de produção das demonstrações contábeis pela gestão da empresa. O fato de estes ocuparem posições de gestão ou como conselheiros de outras empresas aumenta a probabilidade de que estes estejam familiarizados com o processo de produção das informações contábeis e assim possam monitorar a qualidade destes relatórios (FAMA; JENSEN, 1983; BEEKS; POPE; YOUNG, 2004). Um grau de verificabilidade mais baixo para as perdas acelera o reconhecimento destas e fornece ao CA e aos acionistas sinais para investigar as razões do baixo desempenho, aumentando a monitoração destes sobre as atividades da administração e permitindo a estes tomar medidas corretivas antecipadamente, incluindo a substituição dos membros da administração (WATTS, 2003a, p. 213), funcionando como um mecanismo de governança corporativa. Sendo assim, os conselheiros externos têm incentivos para exigir um reconhecimento mais oportuno das perdas nas demonstrações contábeis e, consequentemente, um maior grau de conservadorismo (BEEKS; POPE; YOUNG, 2004). 5

6 Sendo assim, Conselhos de administração com uma proporção maior de membros externos têm mais influência para exigir um grau de conservadorismo maior nas demonstrações contábeis, visto que essa qualidade ajuda a reduzir os custos de agência que surgem em razão da existência de informação assimétrica, pagamentos assimétricos e responsabilidade limitada da administração em relação às outras partes (WATTS, 2003a; AHMED; DUELLMAN, 2007). Já a exigência de tal qualidade nas demonstrações contábeis diminui quando da existência de membros internos no Conselho, os quais têm incentivos para reconhecer antecipadamente os lucros advindos das boas notícias (BEEKS; POPE; YOUNG, 2004). Como visto anteriormente, a presença do CEO no CA pode diminuir a independência e efetividade deste na execução de suas funções. Considerando que parte da remuneração do CEO é baseada nos resultados gerados, este teria incentivos para antecipar o reconhecimento dos ganhos e postergar o reconhecimento das perdas. Consequentemente, ao compor o CA, tanto como membro ordinário quanto como Chairman, é esperado que a sua influência torne as demonstrações contábeis menos conservadoras (AHMED; DUELLMAN, 2007; LIM, 2011). Por fim, em razão da probabilidade de inclusão de diretores mais experientes e da especialização de funções permitida por um número maior de membros no CA, é esperada que o maior nível de monitoração exercido pelo órgão reflita num maior grau de conservadorismo presente nas demonstrações contábeis (AHMED; DUELLMAN, 2007; LIM, 2011; AHMED; HENRY, 2012). 2.3 Estudos Anteriores Beeks, Pope e Young (2004) encontraram evidências de que a proporção de diretores externos está associada a um maior grau de conservadorismo condicional, onde nos Conselhos de administração os quais possuíam uma proporção de membros externos acima da mediana da amostra, as más notícias eram reconhecidas nos lucros de maneira mais oportuna do que nas empresas que possuíam uma proporção de membros externos abaixo da mediana. Porém, os resultados para a incorporação das boas notícias aos lucros não diferiram entre as empresas. Resultados semelhantes foram encontrados por Ahmed e Duellman (2007), onde os mesmos encontraram evidências de que o percentual de membros internos do CA está relacionado negativamente ao grau de conservadorismo. Os autores descobriram também uma associação positiva entre o percentual de ações em posse dos membros externos e o grau de conservadorismo nas demonstrações contábeis das empresas da amostra. Almeida, Scalzer e Costa (2008) investigaram a relação entre os níveis diferenciados de governança corporativa (NDGC) e o grau de conservadorismo presente nas demonstrações contábeis das empresas abertas brasileiras. Examinando o período de 2000 a 2004, os autores encontraram uma relação positiva entre a listagem das empresas em um NDGC (Nível 1, Nível 2 e Novo Mercado) e o grau de conservadorismo condicional apresentado por estas. Resultados diferentes foram encontrados por Antunes, Teixeira, Costa e Nossa (2010) ao examinar a influência dos NDGC no grau de conservadorismo. Analisando as empresas abertas brasileiras no período de 1996 a 2006, os autores não encontraram uma relação estatisticamente significante entre a adesão a um NDGC e as qualidades da informação contábil, dentre as quais a oportunidade, relevância e conservadorismo contábil. Utilizando uma amostra composta por empresas australianas, Lim (2011) investigou a influência de atributos de governança corporativa no conservadorismo contábil, sendo estes o tamanho do CA, a proporção de membros independentes neste e no comitê de auditoria, a contratação de uma grande empresa de auditoria e a dualidade do CEO. A autora encontrou uma relação positiva, porém fraca, entre a proporção de membros independentes, a separação de cargos do CEO e Chairman e a contratação de uma grande empresa de auditoria no conservadorismo contábil. 6

7 Ahmed e Henry (2012) encontraram evidências de que a formação voluntária de um comitê de auditoria, um aumento da independência dos membros do CA e a diminuição do tamanho deste estão positivamente relacionados a um maior grau de conservadorismo incondicional, porém, negativamente relacionados ao grau de conservadorismo condicional. Ao analisar uma amostra composta por 96 empresas familiares listadas na BM&FBovespa para o período de 2008 a 2010, Moura, Franz e Cunha (2015) encontraram evidências de que a adoção a um NDGC e a maior proporção de conselheiros independentes estão relacionados a um maior nível de persistência, conservadorismo, oportunidade e relevância da informação contábil. Os autores não encontraram resultados significantes para a variável que representa o tamanho do Conselho. 3 Procedimentos Metodológicos 3.1 Seleção e Composição da Amostra A população deste estudo foi composta por todas as empresas brasileiras abertas cadastradas na BM&FBovespa, com informações sobre a estrutura do CA disponíveis nos seus respectivos Formulários de Referência disponíveis na página da BM&FBovespa ( ou da Comissão de Valores Mobiliários ( para o período compreendido entre 2010 e O número inicial da amostra correspondeu a 526 indivíduos, porém, muitos destes não apresentavam dados confiáveis sobre a estrutura do CA (alguns exemplos podem ser citados como no caso de algumas empresas que alternavam a qualificação dos conselheiros, entre independente e externos, alternadamente ao longo do período da amostra) nem identificavam confiavelmente o CEO da empresa (caso em que empresas identificavam o Diretor Presidente, Diretor Superintendente e Diretor Geral sem estabelecer hierarquia), o que resultou na eliminação de 22 destas empresas da amostra inicial. Após a aplicação do primeiro filtro, foram coletadas as informações financeiras a serem utilizadas no modelo empírico no banco de dados Economatica, sendo estas o lucro líquido e o ativo total. Pelo fato de o modelo utilizar o lucro líquido e ativos de períodos defasados (t-1 e t-2), algumas empresas não possuíam informações financeiras para estes períodos. Ao mesmo tempo, foram eliminadas aquelas que tinham por objeto social a securitização de recebíveis, resultando na eliminação de mais 108 empresas da amostra. A amostra após os dois primeiros filtros foi composta por 394 empresas. Por fim, fez-se uso apenas das empresas que continuam observações para todos os anos da amostra, resultando na eliminação de outras 134 empresas. A amostra final foi composta de 262 empresas e um total de 1310 observações. 3.2 Modelo Empírico, Estimadores e Pressupostos Econométricos Para testar a influência das características do CA no conservadorismo contábil, optouse pelo uso do modelo de Basu (1997) adaptado por Ball e Shivakumar (2005) que detecta o reconhecimento antecipado assimétrico das perdas econômicas por meio da reversão dos resultados contábeis. O modelo de estimação é evidenciado na equação (1): NI i,t = α 0 + α 1 D NI i,t 1 + α 2 NI i,t 1 + α 3 D NI i,t 1 NI i,t 1 + α 4 X i,t + α 5 X i,t D NI i,t 1 + α 6 X i,t NI i,t 1 + α 7 X i,t D NI i,t 1 NI i,t 1 + ε i,t Onde NI i,t é a variação do lucro líquido da empresa i do ano t-1 para o ano t ponderada pelo valor do ativo final do ano t-1, NI i,t 1 é a variação do lucro líquido da empresa i do ano (1) 7

8 t-2 para o ano t-1 ponderada pelo valor do ativo final do ano t-2, D NI i,t 1 é uma variável dummy que assume valor 1 quando a variação do lucro em NI i,t 1 é negativa e X i,t é a característica da estrutura do CA que será analisada. Um maior grau de conservadorismo está ligado a um reconhecimento das perdas econômicas mais oportuno em relação ao reconhecimento dos ganhos econômicos, onde a incorporação destes ganhos no lucro é postergada até que estes sejam realizados, o que torna seu reconhecimento nos lucros mais persistente e aumenta a probabilidade de que este não sofra reversão, o que leva o parâmetro α 2 a ser igual a zero (α 2 =0). Por outro lado, o resultado α 2 < 0 indica um reconhecimento oportuno dos ganhos econômicos, sendo estes reconhecidos como aumentos transitórios nos componentes do lucro que tendem a reverter (Ball & Shivakumar, 2005, p. 92). O reconhecimento mais oportuno das perdas econômicas implica que o somatório dos coeficientes α 2 e α 3 seja menor que zero (α 2 +α 3 < 0) e que o coeficiente α 3 seja menor que zero e estatisticamente significante (α 3 < 0). A variável de interesse deste estudo X i,t assume diversas formas. Para testar a hipótese de que a independência do CA influencia o grau de conservadorismo condicional das empresas da amostra, utilizaram-se diversas medidas de independência. Beeks, Pope e Young (2004), Ahmed e Duellman (2007) e Lim (2011) utilizam medidas de proporção para capturar a relação entre a estrutura do CA e o conservadorismo, onde Ahmed e Duellman (2007) utilizam a proporção de membros internos em relação ao total de membros, Lim (2011) utiliza a proporção de membros independentes e Beeks, Pope e Young (2004) utilizam a proporção de membros externos. Neste trabalho, será considerada a diferença entre os conselheiros externos e independentes. Os membros independentes, além de não serem funcionários da empresa, assim como os externos, possuem algumas características adicionais, dentre as quais a ausência de relações comerciais com a empresa ou de parentesco com os executivos desta (CHENG, 2008, p. 160). Sendo assim, as primeiras medidas de independência do Conselho serão a proporção de membros externos em relação ao total de membros do Conselho (%Ext) e a proporção de membros independentes também em relação ao total de membros (%Indep). Weisbach (1988) classifica os Conselhos entre aqueles formados majoritariamente por membros internos da empresa (membros externos < 40%), Conselhos mistos (60% > membros externos 40%) e Conselhos formados majoritariamente por membros externos (membros externos 60%). Utilizando as mesmas métricas, serão utilizadas variáveis dummies para a incidência de Conselhos formados majoritariamente por membros externos (CAExt) e membros independentes (CAIndep). Para as variáveis representativas da independência do CA, esperase que o coeficiente α 7 seja menor que zero, o que indica um maior grau de conservadorismo como reflexo de uma maior independência do órgão. Em seguida, será analisada a influência da dualidade do CEO como Chairman no conservadorismo contábil. A dualidade é geralmente medida por meio de uma variável dummy, onde Beeks, Pope e Young (2004) e Ahmed e Duellman (2007) consideram o valor um (1) quando o CEO é também Chairman e zero (0), do contrário. Lim (2012) utiliza esta medida de maneira inversa. Neste trabalho, será utilizada a mesma medida que em Beeks, Pope e Young (2004) e Ahmed e Duellman (2007), sendo esta a variável Dual. Para esta variável, espera-se que o coeficiente α 7 seja maior que zero, o que indica um menor grau de conservadorismo em razão da maior influência do CEO para reportar lucros menos conservadores. Para representar o tamanho do CA, serão utilizadas duas variáveis. Primeiramente, o número de membros do CA (Nºmembros), utilizado também por Beeks, Pope e Young (2004) e Lim (2011) e, em seguida, 8

9 o logaritmo natural do número de membros (LogMembros), medida utilizada por Ahmed e Duellman (2007). Dada uma melhor distribuição de funções e especialização em razão de um maior número de membros do Conselho, espera-se que o grau de conservadorismo seja maior quanto maior for o número de membros, o que implica num coeficiente α 7 menor que zero. Em razão dos objetivos da pesquisa, não foram formuladas previsões quanto ao sinal e significância esperada para os parâmetros restantes (α 0, α 1, α 4, α 5 e α 6 ). Por fim, foram adicionadas variáveis dummies setoriais e temporais para controlar as variações nos resultados por estes fatores, assim como em Ball & Shivakumar (2005), Ahmed e Duellman (2007), Ahmed e Henry (2012). Os modelos foram estimados por meio de regressões quantílicas na mediana. As regressões quantílicas apresentam algumas vantagens desejáveis na estimação, dentre elas a sua robustez a valores extremos (outliers) que poderiam enviesar os resultados obtidos através da estimação por Ordinary Least Squares (OLS), e a ausência do pressuposto da normalidade dos resíduos da regressão, o que pode tornar os estimadores provenientes da regressão quantílica mais eficientes que aqueles calculados por OLS. Para analisar a presença de heterocedasticidade nos resíduos do modelo foi utilizado o teste de Machado-Santos Silva, também denominado de MSS (MACHADO; SANTOS SILVA, 2000). Consideramos a presença de heterocedasticidade nas regressões onde o teste MSS apresentou um nível de significância menor que 5%, rejeitando-se a hipótese nula da homocedasticidade dos resíduos. Nas regressões onde foi constatada a presença de heterocedasticidade, os erros-padrão foram recalculados em sua forma robusta. Por fim, utilizamos o teste de Wald modificado para verificar hipóteses conjuntas de significância dos principais regressores do modelo (α 1 =α 2 =...=α 7 =0) e a rejeição ou não da hipótese de que a soma do α 2 e α 3 é igual a zero (α 2 +α 3 =0). 4 Análise dos Resultados 4.1 Estatísticas Descritivas Para a amostra selecionada, seguem na tabela 1 as estatísticas descritivas das variáveis utilizadas nos modelos de regressão quantílica (Painel A) e o número de ocorrências de características específicas dos Conselhos de Administração (Painel B). Nas regressões, foram utilizados dados de 262 empresas listadas na BM&FBOVESPA no período de 2010 a A porcentagem média de diretores externos nas empresas é de 83,4%, indicando que os Conselhos das empresas durante o período são formados majoritariamente por membros externos. Estes resultados são similares aos encontrados por Ahmed e Duellman (2007) ao analisarem empresas constantes no S&P500 entre 1999 e 2001, com uma média de 77,5% de diretores externos e um pouco maiores, e um pouco maiores que os encontrados por Lara, Osma e Penalva (2009), que também analisaram empresas listadas no mercado americano entre 1992 e 2003, onde a média de membros externos nos Conselhos foi de 68,1%. O grande percentual de membros externos na amostra pode também ser observado pelos resultados do percentil inferior, mediano e superior. Este resultado também é observado pelo alto percentual (97,1%) de Conselhos formados majoritariamente por membros externos (membros externos correspondendo a 60% ou mais do total de membros). Já os membros independentes representam uma parcela menor do CA das empresas da amostra, com média de 16,0% de membros independentes nos Conselhos e apenas 3,3% destes órgãos formados majoritariamente por membros independentes. O percentual médio de 9

10 conselheiros independentes está muito abaixo dos 56,4% obtidos por Ahmed e Henry (2012) ao analisar o mercado de capitais australiano. Estes autores utilizaram características similares para classificar conselheiros independentes. A média de membros Conselhos das empresas brasileiras (6,468) está um pouco abaixo da média das empresas australianas (8,093), como mostram os dados de Ahmed e Henry (2012). É observado que algumas empresas brasileiras, assim como as australianas, apresentam Conselhos pequenos, formados por apenas dois membros. Por outro lado, observa-se diferença quando comparados os tamanhos dos maiores Conselhos das empresas brasileiras (16 membros) e australianas (20 membros). Em relação à separação dos cargos de CEO e Chairman, verificou-se que em 26,1% das observações uma mesma pessoa ocupava o mesmo cargo. Este percentual pode ser considerado baixo se comparado com os estudos para o mercado americano (72,9% em Lara, Osma e Penalva (2009) e 68,7% em Ahmed e Duellman (2007)), indicando que neste quesito, as empresas brasileiras seguem melhores práticas de governança corporativa, que indica a separação dos cargos. As observações dos dados de australianas analisadas por Ahmed e Henry (2012) apresentaram uma proporção de 17,6% dos CEOs ocupando também o cargo de Chairman. A grande variação no tamanho das empresas é observada pela comparação entre o 75º percentil e o valor máximo para a variável Ativos, onde o tamanho das empresas deixa de ser medido em bilhões de reais para ser medido em trilhões. Efeito semelhante na variação do tamanho das empresas não é observado nas empresas menores. A presença de valores extremos também é observada quando comparado o lucro líquido, que varia entre bilhões de prejuízos e lucros na amostra. Observa-se a falta de tendência central dos dados uma vez que o valor para a média e mediana são muito distintos. Derivada da utilização dos valores de Ativos e Lucro Líquido, a análise da variação percentual do lucro ponderada pelos ativos totais mostrada pelas estatísticas das variáveis NI i,t e NI i,t 1 mostra a utilidade do uso de regressões quantílicas para dar mais robustez aos resultados, uma vez que podem ser observados diversos outliers nos valores mínimos e máximos, que, consequentemente, teriam uma grande influência nos resultados obtidos por estimações feitas através de OLS. Tabela 1 Estatísticas descritivas da amostra composta por 262 empresas listadas na BM&FBOVESPA Painel A Estatísticas Descritivas Média Desviopadrão Mínimo 25º Percentil Mediana 75º Percentil Máximo % Ext 83,4% 15,6% 0,0% 71,4% 85,7% 100,0% 100,0% % Indep 16,0% 20,1% 0,0% 0,0% 0,0% 30,0% 66,7% NºMembros 6,468 2,672 1,000 5,000 6,000 8,000 16,000 Ativos Lucro Líq NI i,t ,0% ,0% ,0% -2,2% 0,1% 2,2% ,0% NI i,t ,0% ,0% % -2,0% 0,3% 2,8% ,0% Painel B Número e porcentagem de ocorrências de eventos na amostra CA externo CA independente Dualidade do CEO 97,1% 3,3% 26,1% Fonte: Economatica e Formulários de Referência. Nota: Ativos e Lucro Líquido representados em milhões de R$; Para o CA externo, CA independente e a Dualidade do CEO, primeiro é mostrado o número de observações de cada evento e abaixo o percentual destas observações em relação ao total da amostra (%). 4.2 Análise da Influência da Independência do Conselho no Conservadorismo Contábil 10

11 Neste tópico é feita a apresentação e análise dos resultados obtidos na pesquisa. A análise dos resultados do teste de Wald modificado, que analisa a significância conjunta dos principais regressores da equação, indica que todas as equações são estatisticamente significantes ao nível de 1%. Na Tabela 2 são apresentados os resultados obtidos na estimação do modelo que testa a hipótese de que a independência do CA influencia positivamente o grau de conservadorismo condicional apresentado pelas empresas brasileiras. A variável de interesse X i,t assumiu primeiramente a forma das quatro medidas de independência utilizadas no estudo: a proporção de diretores externos em relação ao total (%Ext); a proporção de diretores independentes em relação ao total (%Indep); a incidência de Conselhos formados majoritariamente por membros externos (CA Ext) ou independentes (CA Indep). Inicialmente, verifica-se que a maioria dos coeficientes α 2 das regressões estimadas apresentam valores positivos e estatisticamente significantes, o que indica que as variações positivas no lucro contábil são persistentes, sugerindo o diferimento dos ganhos econômicos (boas notícias) através dos períodos. Ao mesmo tempo, os coeficientes α 3 para a maioria dos modelos estimados apresenta sinal positivo e estatisticamente significante, indicando que não houve reconhecimento oportuno das perdas no período. Tabela 2 Regressões quantílicas que analisam a influência da independência do Conselho no conservadorismo contábil Variáveis %Ext (a) %Indep (a) CA Ext CA Indep (a) 0,1578 0,0020 0,4399 0,0001 α 0 (0,0212) (0,0014) *** (0,0101) (0,0010) 0,3134 0,0027 0,5238 0,0010 α 1 D NI i,t 1 α 2 NI i,t 1 α 3 D NI i,t 1 NI i,t 1 α 4 X i,t α 5 X i,t D NI i,t 1 α 6 X i,t NI i,t 1 α 7 X i,t D NI i,t 1 NI i,t 1 (0,0254) 4,9002 (0,0001) 1,0000 (0,0001) 0,2246 (0,0255) 0,3777 (0,0298) 7,3234 (0,0001) 2,4231 (0,0001) **(0,0013) 0,0180 0,9998 0,0116 **(0,0055) 0,0128 **(0,0055) 0,0540 0,0090 *** (0,0128) 2,4591 *** (0,0001) 1,0000 *** (0,0001) 0,4397 *** (0,0100) 0,5237 *** (0,0130) 2,4412 *** (0,0001) 0,0180 (0,0009) 0,0180 0,9998 0,0011 (0,0032) 0,0017 (0,0033) 0,0576 (0,0355) 0,0786 *(0,0438) Machado-Santos Silva ***1.307,117 ***133,681 1,005 ***128,963 Teste de Wald modificado ***2,1e+11 ***2,7e+10 ***2,1e+13 ***2,1e+10 Pseudo R² 0,3326 0,0668 0,9699 0,0616 α 2 + α 3 = 0 ***1,4e+11 ***1,8e+11 ***3,5e+12 ***1,4e+11 α 2 + α 3 5,9002 0,0181 3,4591 0,0181 Modelo (1) (2) (3) (4) Legenda: significância estatística: *10%, **5%, ***1%. Nota: Erros-padrão abaixo dos coeficientes, entre parênteses; (a) Erros-padrão calculados na sua forma robusta; Valores maiores que zero, mas abaixo de +0,0001; (c) Valores menores que zero, mas abaixo de 0,0001. Em todos os modelos, o teste de hipótese para a soma dos coeficientes α 2 e α 3 mostrou que o resultado é diferente de zero. A soma destes coeficientes é maior que zero, indicando que existe maior probabilidade de ajustes contábeis nos resultados positivos que nos resultados negativos. Os resultados para o coeficiente α 7 mostram-se conflitantes. No modelo 1 este coeficiente não mostra significância e no modelo 4 mostra um baixo nível de significância (10%), não sendo oportuno rejeitar a hipótese de que este coeficiente é diferente de zero. Estes 11

12 resultados indicam que o percentual de conselheiros externos e Conselhos formados majoritariamente por membros independentes não exercem influência sobre o nível de conservadorismo. Porém, as medidas alternativas de independência indicam relações contrárias. No modelo 2 o coeficiente positivo e estatisticamente significante mostra que uma maior proporção de membros independentes está ligada a um menor nível de conservadorismo. Estes resultados estão em desacordo com Lim (2011), onde o nível de conservadorismo aumentava na presença de diretores independentes. O resultado pode indicar que os sistemas de governança são substitutos, onde a presença de conselheiros independentes por si só traz mais segurança aos acionistas e credores, o que gera menos exigências de reconhecimento mais oportuno das perdas. Por outro lado, o coeficiente α 7 para o modelo 3 apresentou sinal negativo e estatisticamente significante. Este resultado mostra que em empresas com Conselhos formados majoritariamente por membros externos, é observado um reconhecimento mais oportuno das perdas em relação aos ganhos que em outras empresas. Estes resultados são similares aos encontrados por Beeks, Pope e Young (2004) e Ahmed e Duellman (2007). 4.3 Análise da Influência da Dualidade do CEO e do Tamanho do CA no Conservadorismo Contábil A segunda parte da pesquisa consiste na análise dos modelos que utilizam as variáveis referentes à dualidade do CEO e ao tamanho do CA para avaliar a sua influência sobre o conservadorismo contábil, onde os resultados são apresentados na Tabela 3. Todos os coeficientes α 2 das regressões estimadas pelos modelos apresentaram significância estatística. No modelo 5, o coeficiente negativo mostra que mudanças positivas nos resultados contábeis sofrem reversões em períodos subsequentes, indicando o reconhecimento oportuno das boas notícias nos resultados. Para os modelos 6 e 7 que analisam a influência do tamanho do CA no conservadorismo, o coeficiente positivo indica o diferimento no reconhecimento dos ganhos para os períodos subsequentes. Tabela 3 Regressões quantílicas que analisam a influência da dualidade do CEO e do tamanho do CA no conservadorismo contábil Variáveis Dual (a) NºMembros (a) LogMembros (a) 0,0002 0,0095 0,0220 α 0 (0,0008) *(0,0056) ***(0,0083) 0,0002 0,0102 0,0229 α 1 D NI i,t 1 α 2 NI i,t 1 α 3 D NI i,t 1 NI i,t 1 α 4 X i,t α 5 X i,t D NI i,t 1 α 6 X i,t NI i,t 1 α 7 X i,t D NI i,t 1 NI i,t 1 (0,0008) (c) 0,0001 1,0000 0,0014 (0,0018) 0,0014 (0,0018) 0,0180 0,0180 *(0,0055) 0,0270 1,0000 0,0012 *(0,0006) 0,0014 **(0,0006) 0,0030 0,0060 ***(0,0082) 0,0360 1,0000 0,0256 ***(0,0091) 0,0271 ***(0,0091) 0,0377 0,0377 Machado-Santos Silva ***133,788 ***133,749 ***133,749 Teste de Wald modificado ***7,3e+10 ***2,2e+10 ***2,7e+10 Pseudo R² 0,0676 0,0672 0,0673 α 2 + α 3 = 0 ***4,4e+11 ***1,4e+11 ***1,7e+11 α 2 + α 3 0,9999 1,0270 1,

13 Modelo (5) (6) (7) Legenda: significância estatística: *10%, **5%, ***1%. Nota: Erros-padrão abaixo dos coeficientes, entre parênteses; (a) Erros-padrão calculados na sua forma robusta; Valores maiores que zero, mas abaixo de +0,0001; (c) Valores menores que zero, mas abaixo de 0,0001. Para o α 3 foram encontrados sinais positivos e estatisticamente significantes em todos os modelos, o que indica que não foi observado reconhecimento oportuno das perdas no período da amostra, assim como nos modelos numerados de 1 a 4. O somatório dos coeficientes α 3 e α 3 foi estatisticamente diferente de zero e positivo em todos os modelos, indicando que existe maior probabilidade de ajustes contábeis nos resultados positivos que nos negativos, onde o reconhecimento dos ganhos é efetuado com menor grau de certeza que o reconhecimento das perdas. Por fim, o coeficiente α 7 estimado para os modelos apresentados na Tabela 3 mostrouse negativo e estatisticamente significante, o que indica que em empresas onde o CEO também ocupa o cargo de Chairman e em empresas onde o CA é formado por um maior número de membros, é observado um reconhecimento mais oportuno das perdas em relação aos ganhos, o que indica um maior nível de conservadorismo. Os resultados para a Dualidade do CEO dão a entender que, por ter um maior poder sobre as operações da empresa, deste é exigido que divulgue demonstrações financeiras mais conservadoras, sendo esta uma demanda de acionistas não controladores e credores para aumentar a verificabilidade das demonstrações contábeis. Os resultados contrastam com os obtidos por Ahmed e Duellman (2007), que não encontraram relação entre a dualidade do CEO e o conservadorismo e com os de Lim (2011), que encontrou uma relação fraca entre estas duas variáveis onde a separação de cargos estaria ligada a um maior nível de conservadorismo. Nos modelos que utilizaram como proxy para o nível de monitoração o tamanho do CA, a hipótese inicial do trabalho é confirmada, onde um Conselho composto por maior número de membros está relacionado com um maior grau de conservadorismo nas demonstrações contábeis. Lim (2011) e Ahmed e Henry (2012) não encontraram relação entre estas duas variáveis. 5 Considerações Finais Apesar das críticas direcionadas ao conservadorismo como sendo este oposto ao ideal de neutralidade das demonstrações contábeis, o seu uso tem sobrevivido como um mecanismo de governança que reduz os custos de agência e fornece maior proteção a credores e acionistas (WATTS, 2003a). Estudos anteriores têm buscado esclarecer a influência das características de governança sobre o conservadorismo contábil, as quais analisam primeiramente a propensão da alta administração em enviesar os relatórios contábeis com o objetivo de aumentar o valor presente de sua remuneração e sua reputação no mercado de gestores de alto nível. Ao analisar o impacto das estruturas de poder inerentes à formação do CA, buscou-se inferir a respeito do impacto das características deste órgão, onde esperava-se que uma maior proporção de diretores externos/independentes e um maior tamanho do Conselho aumentassem o nível de conservadorismo presente nas demonstrações contábeis, visto o incentivo destes indivíduos em proteger os acionistas do comportamento oportunista dos administradores e sua tendência de reconhecer ganhos antecipadamente e postergar o reconhecimento de perdas. Os resultados indicaram que um maior grau de conservadorismo condicional está associado à formação do CA por uma maioria de membros externos. Estes resultados são diferentes dos achados no trabalho de Ahmed e Henry (2012) que encontraram uma relação 13

14 negativa entre a proporção de membros externos do Conselho e o conservadorismo condicional, mas uma relação positiva entre esta variável e o conservadorismo incondicional. Essa divergência pode ocorrer por uma diferença nos mecanismos de controle interno das empresas entre países, onde para a amostra de Ahmed e Henry (2012), a independência do CA pode servir como mecanismo substituto ao conservadorismo na proteção dos acionistas e credores da empresa. No Brasil, isso pode indicar que estes dois mecanismos funcionam em convergência para fornecer uma maior proteção a acionistas e credores, dada a fraca governança corporativa exercida pelas empresas nacionais. Porém, a hipótese não se mantém quando analisada a influência dos membros independentes no conservadorismo contábil. Os resultados mostraram que uma maior proporção destes membros está negativamente relacionada com o reconhecimento assimétrico das perdas em relação aos ganhos. Verificou-se também a influência da dualidade do CEO no conservadorismo contábil, onde esperava-se um menor grau de conservadorismo quando este ocupasse também a presidência do CA. Porém, ao contrário das hipóteses apresentadas, observou-se que a dualidade do CEO está ligada a um maior (e não menor) nível de conservadorismo nas demonstrações contábeis. Relação semelhante é mostrada quando utiliza-se o tamanho do CA como proxy para a monitoração exercida por um conselho com maior número de membros. Sendo assim, o mercado de capitais brasileiro apresenta evidências de que CAs maiores estão ligados a um maior nível de conservadorismo condicional. Estudos futuros podem analisar o papel das estruturas de propriedade no nível de conservadorismo apresentado nas demonstrações contábeis, onde a participação de membros do CA no capital da empresa pode influenciar o comportamento destes no reconhecimento oportuno de perdas e ganhos. Ao mesmo tempo, há espaço para pesquisas que foquem na influência dos conselheiros independentes quando estes agem para proteger os credores contra o comportamento oportunista da administração e até mesmo dos acionistas. Referências AHMED, A. S.; DUELLMAN, S. Accounting conservatism and board of directors characteristics: an empirical analysis. Journal of Accounting and Economics, v. 43, n. 2-3, p , AHMED, K.; HENRY, D. Accounting conservatism and voluntary corporate governance mechanisms by Australian firms. Accounting and Finance, v. 52, n. 3, p , ALMEIDA, J. C. G.; SCALZER, R. S.; COSTA, F. M. Níveis diferenciados de governança corporativa e grau de conservadorismo: estudo empírico em companhias abertas listadas na Bovespa. Revista de Contabilidade e Organizações, v. 2, n. 2, p , ANTUNES, G. A.; TEIXEIRA, A. J. C.; COSTA, F. M.; NOSSA, V. Efeitos da adesão aos níveis de governança da bolsa de valores de São Paulo na qualidade da informação contábil. Advances in Scientific and Applied Accounting, v. 3, n. 1, p , BALL, R.; SHIVAKUMAR, L. Earnings quality in UK private firms: comparative loss recognition timeliness. Journal of Accounting and Economics, v. 39, n. 1, p , BASU, S. The conservatism principle and the asymmetric timeliness of earnings. Journal of Accounting and Economics, v. 24, n. 1, p. 3-37,

15 BEEKS, W.; POPE, P.; YOUNG, S. The link between earnings timeliness, earnings conservatism and board composition: evidence from the UK. Corporate Governance, v. 12, n. 1, p , BRICKLEY, J. A.; COLES, J. L.; JARRELL, G. Leadership structure: separating the CEO and Chairman of the board. Journal of Corporate Finance, v. 3, n. 3, p , CHENG, S. Board size and the variability of corporate performance. Journal of Financial Economics, v. 87, n. 1, p , FAMA, E. F. Agency problems and the theory of the firm. The Journal of Political Economy, v. 88, n. 2, p , FAMA, E. F.; JENSEN, M. C. Separation of ownership and control. Journal of Law and Economics, v. 26, n. 2, p , GOYAL, V. K.; PARK, C. W. Board leadership structure and CEO turnover. Journal of Corporate Finance, v. 8, n. 1, p , HOLMSTROM, B. Moral hazard and observability. The Bell Journal of Economics, v. 10, n. 1, p , INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA (IBGC). Código das melhores práticas de governança corporativa. 4ª Edição, São Paulo: IBGC, JENSEN, M. C.; MECKLING, W. H. Theory of the firm: managerial behaviour, agency costs and ownership structure. Journal of Financial Economics, v. 3, n. 4, p , JENSEN, M. C. The modern industrial revolution, exit, and the failure of internal control systems. Journal of Finance, v. 48, n. 3, p , KOTHARI, S. P.; RAMANNA, K.; SKINNER, D. J. Implications for GAAP from an analysis of positive research in accounting. Journal of Accounting and Economics, v. 50, n. 2, p , LIM, R. Are corporate governance attributes associated with accounting conservatism? Accounting and Finance, v. 51, n. 4, p , LARA, J. M. G.; OSMA, B. G.; PENALVA, F. Accounting conservatism and corporate governance. Review of Accounting Studies, v. 14, n. 1, p , MACHADO, J. A. F.; SANTOS SILVA, J. M. C. Glejser s test revisited. Journal of Econometrics, v. 97, n. 1, p , MOURA, G. D.; FRANZ, L.; CUNHA, P. R. Qualidade da informação contábil em empresas familiares: influência dos níveis diferenciados de governança da BM&FBovespa, tamanho e independência do CA. Contaduría y Administración, v. 60, n. 2, p , WATTS, R. L. Conservatism in accounting Part I: explanations and implications. Accounting Horizons, v. 17, n. 3, p , 2003a. WATTS, R. L. Conservatism in accounting Part II: evidence and research opportunities. Accounting Horizons, v. 17, n. 4, p , 2003b. WEISBACH, M. S. Outside directors and CEO turnover. Journal of Financial Economics, v. 20, n. 1-2, p ,

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