Recursos fisioterapêuticos para melhora do equilíbrio dinâmico em pacientes com sequelas de AVC artigo de atualização
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- Valdomiro Jonathan Gorjão Pereira
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1 Recursos fisioterapêuticos para melhora do equilíbrio dinâmico em pacientes com sequelas de AVC artigo de atualização Physical therapy resources to improve the dynamic balance in patients with stroke sequelae - Article update Birla Feitosa Santos [a], Larissa Mascarenhas Pinheiro [b], Rosangela Romano Lopes John [c]. [a] Discente do Curso de Fisioterapia da Faculdade São Lucas, Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), Porto Velho, RO Brasil, birlasantos@gmail.com [b] Discente do Curso de Fisioterapia da Faculdade São Lucas, Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), Porto Velho, RO Brasil, larissamascarenhas0111@gmail.com [c] Docente do Curso de Graduação em Fisioterapia da Faculdade São Lucas, Porto Velho, RO Brasil, rosangelajohn@hotmail.com Resumo: Introdução: O AVC é definido como uma disfunção neurológica, global ou focal, de origem vascular que dura mais de 24 horas, levando ao comprometimento de funções motoras, cognitivas, psicológicas, sociais e pode levar a óbito. Objetivo: Levantamento dos recursos fisioterapêuticos para a melhora do equilíbrio dinâmico. Métodos: Foi realizada uma revisão bibliográfica pesquisada nas seguintes bases eletrônicas Medline, Lilacs, e Scielo. As buscas foram realizadas sem restrições de data inicial ou Língua. Os trabalhos foram selecionados por dois pesquisadores que entraram em consenso, por meio dos seguintes critérios de inclusão adotados: estudos publicados nas línguas portuguesa e inglesa, na íntegra e disponíveis em livre acesso, estudos recentes que estivessem dentro do período de estudo entre 2000 à 2015; estudos que tivessem relação com os descritores apresentados neste trabalho. Resultados: Para a realização da presente pesquisa bibliográfica foram encontrados 48 artigos, sendo destes triados 32 uma vez que estes tinham relação direta com o tema proposto atendendo aos critérios de inclusão adotados inicialmente. Todavia, 12 estudos foram selecionados para análise já que tinham relação direta com os objetivos propostos. Conclusão: Com a presente revisão concluise que os recursos fisioterapêuticos tiveram efetividade, como no caso da hipoterapia e biorretroalimentação, apresentando melhora significativa na escala de equilíbrio de Berg, escala de Fulg-Meyer, e no teste de levantar e caminhar cronometrado (TUGT na sigla em inglês). Porem no estudo realizado por Giriko,et al,2010, ele conclui que a fisioterapia em grupo não foi 1
2 efetiva para a melhora na pontuação dos testes, mas ajudou a manter a mobilidade. Diante dos diversos recursos fisioterapêuticos disponíveis, verifica-se a necessidade de realização de estudos para melhor elucidar a sua aplicabilidade e eficiência em relação assunto tão primordial para a melhora da funcionalidade do indivíduo com AVE que é o equilíbrio dinâmico. Palavras chaves: AVC, marcha, equilíbrio, fisioterapia. Introduction: Stroke is defined as a neurological, global or focal dysfunction of vascular origin lasting more than 24 hours, leading to impairment of motor functions, cognitive, psychological, and social and can lead to death. Objective: Survey of physical therapy resources to improve the dynamic balance. Methods: A literature review searched the following electronic databases Medline was made, Lilacs, and Scielo. The searches were carried out without restrictions initial date or language. The works were selected by two researchers who entered consensus, through the following inclusion criteria: studies published in Portuguese and English, in full and available in open access, recent studies that were within the study period from 2000 to 2015 ; studies that had compared with the descriptors presented in this paper. Results: For the realization of this literature search found 48 articles, these being screened 32 as these were directly related to the theme proposed meeting the inclusion criteria initially. However, 12 studies were selected for analysis as they had direct relation to the proposed objectives. Conclusion: With this review we conclude that physical therapy resources had effectiveness, as in the case of hippotherapy and biofeedback, with significant improvement in Berg Balance Scale, scale Fulg-Meyer, and the test stand and walk timed (TUGT its acronym in English). However the study by Giriko, et al, 2010, we concluded that the physiotherapy group was not effective for the improvement in test scores, but helped maintain mobility. On the various available physical therapy resources, there is a need for studies to further elucidate its applicability and efficiency regarding subject so central to the improvement of the individual functionality with stroke which is the dynamic equilibrium. Keywords: stroke, disorders, walk, physiotherapy INTRODUÇÃO A doença cerebrovascular (DCV) é causa importante de morbidade e mortalidade em nosso meio¹. Os acidentes vasculares cerebrais (AVCs) estão entre as mais importantes causas de morte e inaptidão física em todo o mundo desenvolvido². O AVC é definido como uma disfunção neurológica, global ou focal, de origem vascular que dura mais de 24 horas, levando ao comprometimento de funções motoras, 2
3 cognitivas, psicológicas, sociais e pode levar a óbito³. Tem etiologia mais comumente decorrente de doenças cardiovasculares, como infarto do miocárdio, valvulopatias, arritmias, doenças cardíacas congênitas e doenças sistêmicas que podem produzir êmbolos sépticos, gordurosos e de ar, e assim afetarem a circulação cerebral promovendo um tamponamento parcial ou total 4. O AVC é classificado em dois grandes grupos: O AVC isquêmico (AVCi) e o AVC hemorrágico. O mais frequente, com cerca de 85% dos casos, é o AVCi, que se caracteriza pela interrupção do fluxo sanguíneo (obstrução arterial por trombos e êmbolos) em uma determinada área do encéfalo. 5 O AVC hemorrágico é causado pela ruptura espontânea (não traumática) de um vaso, com extravasamento de sangue para seu interior do cérebro (hemorragia intraparenquimatosa), para o sistema intraventricular (hemorragia intraventricular) e/ou espaço subaracnóideo (hemorragia subaracnóideo). 6 As doenças do sistema circulatório apresentam dados importantes em relação à morbi-mortalidade do país. Entre essas doenças, a mais conhecida é o acidente vascular cerebral (AVC), que é considerado a terceira causa de mortes nos países desenvolvidos. 7 A taxa de prevalência do AVC é grande, mesmo que esse valor de sobrevida seja elevado, atualmente 90% das pessoas que tiveram essa doença apresentam algum tipo de sequela que comprometesse o lado funcional, o que o torna umas das principais causas de incapacidades em adultos. 8 Estima-se que sua incidência seja de 1 a 2 por 1000 habitantes por ano, e que após o AVC, cerca de 70% dos indivíduos (60.000) apresentem incapacidade, dos quais 24% com nível de inaptidão gravíssima, com base no índice de Barthel, com impressão muito forte nos vários domínios. 9 Os acidentes vasculares cerebrais (AVC) apresentam um alto índice de incidência entre pessoas com 70 a 80 anos de vida quando são comparados com doenças dos sistemas cardiovasculares e metabólicos associados com a idade. 10 No grupo das doenças cerebrovasculares, considerando a faixa de idade entre 20 e 49 anos, o AVC correspondeu a pouco mais de 80% das internações pelo SUS em O objetivo da fisioterapia em doentes com AVC é restaurar a função motora, melhorar a independência nas atividades da Vida Diária (AVD s) e reduzir as 3
4 complicações a estes relacionadas. A recuperação e a aprendizagem depois um AVC baseiam-se na capacidade que o cérebro tem de se reorganizar e adaptar. Um plano suficiente de reabilitação aproveita o potencial do doente e incentiva o uso funcional do segmento afetado. 12. O objetivo deste trabalho foi realizar o levantamento dos recursos fisioterapêuticos para a melhora do equilíbrio dinâmico. METODOLOGIA A presente pesquisa consistiu em uma atualização bibliográfica com abordagem qualitativa que apresenta os recursos fisioterapêuticos para a melhora do equilíbrio dinâmico em pacientes com sequelas de AVC. Foi realizada uma revisão bibliográfica pesquisada nas seguintes bases eletrônicas Medline, Lilacs, e Scielo, foram pesquisadas no período de Outubro a Novembro de As palavras-chave utilizadas foram: "AVC, equilíbrio, marcha, fisioterapia." As buscas foram realizadas sem restrições de data inicial ou Língua. Os trabalhos foram selecionados por dois pesquisadores que entraram em consenso, por meio dos seguintes critérios de inclusão adotados: estudos publicados nas línguas portuguesa e inglesa, na íntegra e disponíveis em livre acesso, estudos recentes que estivessem dentro do período de estudo entre 2000 à 2015; estudos que tivessem relação com os descritores apresentados neste trabalho. RESULTADOS Para a realização da presente pesquisa bibliográfica foram encontrados 48 artigos, sendo destes triados 32 uma vez que estes tinham relação direta com o tema proposto atendendo aos critérios de inclusão adotados inicialmente. Todavia, 12 estudos foram selecionados para análise já que tinham relação direta com os objetivos propostos.figura 1 Figura 1 - Fluxograma para seleção de artigos Artigos selecionados por estarem disponíveis em sua forma completa (n=48) Artigos selecionados para elaboração do texto completo (n=32) Artigos selecionados para análise da revisão (n= 12) 4
5 Tabela 1 - AVC Autores Objetivo e amostra Resultados Radanovic, De Siqueira Barros, Descrever o perfil de atendimentos de pacientes com AVC. Análise retrospectiva de 228 prontuários de pacientes com doença cerebrovascular no período de 1989 a 1993 Levantamento acerca da influência de intervenções fisioterapêuticos na QV de pacientes pós-avc. 53% AVC isquêmico, 26% AVC hemorrágico, 2% associação de ambos e 19% não classificados. Foram encontrados 161 estudos, sendo 153 excluídos, selecionando-se oito artigos referentes a tratamentos fisioterapêuticos que contribuem para melhora da QV, a partir de intervenções que variaram desde cinesioterapia clássica até novas possibilidades terapêuticas como a terapia por restrição e indução do movimento (TRIM), terapia espelho e esteira com suporte parcial de peso corporal. De acordo com os resultados apresentados o AVC isquêmico é o mais frequente com 53% e as intervenções fisioterapêuticas são variadas quando relacionadas com a melhora da qualidade de vida desses pacientes. (Tabela 1) Tabela 2 - MARCHA Autores Objetivo Amostra Resultados Züge, et al, Avaliar os efeitos de um único atendimento cinesioterapêutico e eletroterapêutico na cinemática da marcha de Nove voluntários com hemiparesia secundária à AVE, em fase crônica, tiveram marcadores adesivos posicionados em Os parâmetros da marcha que sofreram alterações foram as amplitudes de movimento dos joelhos parético (de 60,66 ± 8,66 para 62,44 ± 8,15 graus) e não parético (de 39,54 ± 5
6 indivíduos hemiparéticos. pontos anatômicos e foram filmados simultaneamente com duas câmeras posicionadas em cada lado do seu corpo, enquanto caminhavam a uma velocidade de sua escolha. Os parâmetros da marcha foram obtidos a partir 15,40 para 43,61 ± 18,13 graus), o comprimento do passo do lado não parético (de 0,28 ± 0,13 para 0,31 ± 0,12 m) e a velocidade da marcha (de 0,40 ± 0,16 para 0,44 ± 0,14 m/s). De um modelo bidimensional de quatro segmentos. A intervenção fisioterapêutica foi composta por mobilizações e alongamentos musculares de membros inferiores e estimulação elétrica funcional, em músculo tibial anterior do hemicorpo parético. Amaral-Natalio, et al, Verificar a relação entre a cadência de subida e descida de escada, e os graus de recuperação motora de membros inferiores e de equilíbrio dinâmico de indivíduos com hemiparesia. Fizeram parte do estudo 16 indivíduos com hemiparesia devido AVE, sendo 13 homens. O ritmo de subida e descida de escada foi medido através do tempo decorrido (degraus/minuto), separadamente, para subir e descer uma escada de A cadência obteve uma média 60,4±22,6 degraus/minuto de subida de escada, e a descida de escada foi 58,7±23,6 degraus/minuto. Na recuperação motora de acordo com a Escala Fugl- Meyer, o grau de membros inferiores foi de 24,8±5,2 pontos, e a média no TUG foi de 19,8±23,1 segundos. A medida de cadência de subida e os graus de 6
7 quatro degraus (altura: 17 cm), sendo permitido o uso do corrimão. O grau de recuperação motora de membros inferiores foi delimitado através da Escala de Fugl-- Meyer, e o equilíbrio dinâmico foram avaliados através do Teste de Levantar e Andar (Timed Up and Go TUG). recuperação motora foram verificados com correlação moderada (r=0,60, p=0,01) e de equilíbrio dinâmico (r= -0,61, p=0,01). Do mesmo modo, a medida de cadência de descida de escada apresentou correlação moderada com o grau de recuperação motora (r=0,58, p=0,02), e com o grau de equilíbrio dinâmico (r= -0,64, p=0,007). Portanto, verificou-se que o grau de recuperação motora compartilha 36% de variância com a medida da cadência de subida de escada e 33% com a cadência de descida. Da Silva, et al, 2015 Verificar qual tipo de dupla tarefa, a de demanda cognitiva ou motora, causa maior alteração no número de passos e/ou na Velocidade da marcha em sujeitos hemiparéticos pós Acidente Vascular Cerebral (AVC). Trata-se de um estudo experimental observacional transversal. A amostra foi composta por 17 sujeitos com AVC, os quais foram comparados a outros 17 sujeitos sem lesão.neurológica. Posteriormente, foi realizada a avaliação do número de passos e da velocidade da marcha de forma auto-selecionada pelo sujeito em um percurso de 10 metros, sendo estas variáveis analisadas. Durante a Foi observado que os sujeitos pós-avc aumentaram o número de passos apenas na dupla tarefa com atividade motora (p=0,01). E ocorreu diminuição da velocidade da marcha nestes sujeitos somente durante a dupla tarefa com Demanda cognitiva (p=0,01). 7
8 realização da marcha simples, marcha com demanda cognitiva e marcha com demanda motora. A cinemática da marcha em pacientes hemiparéticos sofre alterações, desde na velocidade e no número de passos quanto com o grau de equilíbrio dinâmico. Nas atividades de dupla tarefa foi observado mais eficácia em tarefas com atividades motoras do que atividades com demandas cognitivas (Tabela 2). Tabela 3 - EQUILÍBRIO Autores Objetivo Amostra Resultados Barcala, et al, Avaliar o equilíbrio em pacientes hemiparéticos submetidos ao treino de equilíbrio com o programa Wii Fit, que atuou como um recurso de biofeedback visual. Foram selecionados 12 pacientes hemiparéticos pós AVE, 5 do sexo masculino e 7 do sexo feminino, com idade média de 58 ±12,57 anos, divididos aleatoriamente em dois grupos. Um deles realizou a fisioterapia convencional (GC) pelo período de uma hora, o outro realizou por trinta minutos e mais trinta minutos de treino de equilíbrio com auxílio do Wii Fit (GW), duas vezes por semana De acordo com a EEB, os pacientes, tanto do GC quanto o do GW, obtiveram maior controle do equilíbrio estático e dinâmico. Na avaliação do COP no eixo ML, os indivíduos do GC e do GW tiveram diminuição na oscilação ML após a intervenção proposta para cada grupo, nas condições de OA e OF. No eixo AP do COP, o GC não teve diminuição na oscilação AP de OA e OF, e o GW apresentou diminuição na oscilação AP de OA e OF. 8
9 durante cinco semanas, completando dez sessões. O equilíbrio foi avaliado antes e após as intervenções, por meio da aplicação da Escala de Equilíbrio de Berg (EEB) e pela estabilometria, que mensura a oscilação do centro de pressão (COP), nos eixos ânteroposterior (AP) e médio-lateral (ML), por uma plataforma de pressão em duas condições: de olhos abertos (OA) e olhos fechados (OF). Carvalho, et al, Este trabalho teve por objetivo caracterizar os pacientes e as atividades realizadas no Projeto Hemiplegia, que consiste em encontros de portadores de hemiplegia para realização de A caracterização dos pacientes foi feita por meio da análise de seus prontuários e da aplicação da Escala de Equilíbrio de Berg (EEB), e a descrição do projeto pela análise da filmagem de 18 Dos pacientes analisados 15 pertenciam ao sexo masculino e 4 ao feminino, com idade média de. 59,63 ± 11,1 anos. O tempo médio de seqüela pós-avc foi de 5,17 ± 3,92 anos. As médias alcançadas nas Avaliações da EEB foram 43,00 ± 10,48 pontos na 1ª avaliação e 44,95 ± 9,69 9
10 fisioterapia grupo. em sessões do projeto. pontos na 2ª avaliação. A análise comparativa entre as duas avaliações determinou que houve diferença estatística significativa entre elas (p<0,05). A conduta fisioterapêutica caracteriza-se pela utilização de exercícios ativos, alongamentos, exercícios. De equilíbrio e coordenação e atividades lúdicas. Ferla, et al, 2015 Verificar o grau de alteração do equilíbrio estático, dinâmico, E de comprometimento do tronco em pacientes pós AVC divididos Em dois grupos: um que realizou protocolo de atendimento fisioterapêutico específico e outro que permaneceu em seus atendimentos Fisioterapêuticos de rotina, sem seguir o protocolo do grupo intervenção. Pesquisa quantitativa, exploratória, de intervenção, Experimental e descritiva. Fizeram parte do estudo seis pacientes avaliados através da Escala de Deficiências de Tronco (EDT) e Escala De Equilíbrio de Berg (EEB) e, posteriormente, divididos em grupo. Intervenção (GI) e grupo controle (GC). Os pacientes que fizeram parte do GI obtiveram aumento na pontuação de ambas as escalas na avaliação final, mas, por ser uma amostra pequena, os resultados não foram estatisticamente significativos. Pompeu,et al,2011. Verificar se déficits no controle de tronco correlacionase com desempenho funcional, equilíbrio e comprometimento respiratório em indivíduos após AVC. Trata-se de um estudo transversal realizado no PROMOVE São Camilo.Foram avaliados 15 pacientes com AVC através das escalas de Comprometimento do Tronco (ECT), Medida de Foi observada correlação estatisticamente significante entre as escalas BERG e ECT (r=0,57; p=0,02), BERG e MIF (r=0,64; p=0,0098), MIF e ECT (r= 0,58; p=0,02). Entretanto, não foi verificada correlação entre as medidas de força 10
11 Independência Funcional (MIF), Equilíbrio de Berg (EEB) e medidas de força muscular respiratória. respiratória e as escalas de avaliação. SOARES,et al, Verificar os efeitos da biorretroalimentação, por treinamento em plataforma instável computadorizada. Seis pacientes hemiparéticos por AVE (três homens e três mulheres, com idade média de 56,2 anos). Os pacientes foram avaliados, antes e após o tratamento, quanto a mobilidade funcional (pelo teste de levantar e caminhar cronometrado, TUGT na sigla em inglês), alcance funcional, qualidade de vida relacionada à saúde (pelo Perfil de Saúde de Nottingham) e equilíbrio sobre prancha instável. Os resultados indicam melhora do equilíbrio, em média, de 119,1% com pés separados e de 79,6% com pés juntos (p<0,001) melhora média do alcance funcional de 15% (p<0,001) melhora da mobilidade de 25,6% (p<0,001) ; e discreta melhora nos escores da auto-avaliação de qualidade de vida. O programa de treinamento resultou pois em melhoras significativas na amostra estudada, sugerindo que a biorretroalimentação do equilíbrio pode ser uma ferramenta valiosa na reabilitação de pacientes hemiparéticos decorrência de AVE. em Giriko, et al, Analisar a eficácia da fisioterapia em grupo sobre a marcha, o equilíbrio corporal e o risco de queda, e verificar se há correlação entre a capacidade funcional da marcha e o equilíbrio em indivíduos com hemiparesia crônica. Participaram do estudo 21 adultos hemiparéticos, com idade média de 58,9±10,6 anos, com seqüela de no mínimo 1 ano após acidente vascular encefálico isquêmico ou hemorrágico. Os sujeitos foram submetidos a um programa de 1 hora de fisioterapia em grupo duas vezes por semana durante Os resultados mostram uma redução progressiva, embora não-significativa, no tempo de execução do TLCC e aumento progressivo, também nãosignificativo, do escore na EEB. Foi observada forte correlação entre as duas escalas (r=0,7, p>0,05).assim, a terapia não foi efetiva para produzir melhora nos escores dos testes, mas contribuiu para manter a mobilidade. 11
12 seis meses. Foram avaliados por meio da escala de equilíbrio de Berg (EEB) e do teste de levantar e caminhar cronometrado TLCC (TUG, na sigla em inglês de timed up & go) antes do programa, após 13 e ao fim de 26 semanas. BEINOTTI, al,2010. et Avaliar a influência da hipoterapia no treino de marcha em indivíduos hemiparético pós- AVC. O estudo constou de 20 indivíduos divididos em dois grupos (A e B); o grupo A realizou tratamento convencional e o grupo B, tratamento convencional e hipoterapia, durante 16 semanas. Os pacientes foram avaliados pela Escala de Fugl- Meyer, Escala de Equilíbrio de Berg, Escala de Deambulação Funcional e a Cadência, no início e no final do tratamento. Melhoras significativas foram observadas no grupo experimental incluindo comprometimento motor em membros inferiores (pvalor=0,004), o equilíbrio, em relação ao tempo (pvalor=0,007) porém uma tendência significância entre os grupos (p=0,056). A independência na marcha, cadência e a velocidade não apresentaram relevância estatística em ambos os grupos (p-valor=0,93, 0,69 e 0,44). O equilíbrio de pacientes hemiparéticos possuem alterações significativas nas EEB (escala de equilíbrio de Berg) e na independência funcional. Alguns recursos fisioterapêuticos não mostram efetividade, como a fisioterapia aplicada em grupo, entretanto na biorretroalimentação e na hipoterapia em grupo houve resultados satisfatórios (Tabela 3). 12
13 DISCUSSÃO De acordo com Radanovic o termo acidente vascular cerebral (AVC) é usado para apontar o desfalque neurológico (transitório ou definitivo) em uma área cerebral secundário à lesão vascular, que mostram um grupo de doenças com características clínicas semelhantes, mas que possuem diversas causas. De acordo com Cancela 15 milhões de pessoas apresentam acidente vascular cerebral por ano, grande parte dos sobreviventes apresentam sequelas físicas e/ou mentais, sendo este a primeira causa de incapacidade funcional para as atividades de vida diária. 1,24 Cancela diz que o acidente vascular cerebral se caracteriza pelo traumatismo causado no tecido nervoso devido à interrupção do aporte sanguíneo para um vaso cérebro. O bloqueio pode acontecer de duas formas, como bloqueio hemorrágico ou bloqueio isquêmico. 24 De acordo com Da Silva ambos os bloqueios podem gerar déficits motores, sensitivos, cognitivos ou verbais, de acordo com a área que foi lesionada ou o tamanho dessa lesão. 15, 16, 17,24 De acordo com Scalzo o AVC resulta em prejuízos que causam limitação na execução de atividades de vida diárias (AVD), restrições na participação social e, consequentemente na piora da qualidade de vida (QV). Falcão relata que é comum em casos de AVC, a ansiedade, a depressão, os distúrbios do sono e da função sexual, entre outros. 27,7 Segundo Fernandes os déficits motores caracterizam por paralisia (hemiplegia) ou fraqueza (hemiparesia), no lado do corpo oposto ao da lesão. A falta de movimento voluntário e a imobilização podem levar à diminuição da amplitude de movimento, contraturas articulares e deformidades. 12 Segundo Calil a cinesioterapia é a prática do movimento ou exercícios como forma de tratamento, para reabilitar ou reequilibrar as forças mecânicas atuantes no organismo como um todo, proporcionando melhora na qualidade do movimento e melhora na qualidade de vida. Os pacientes com sequelas físicas e/ou mentais precisam de uma recuperação ágil, contínua, progressiva e educativa para atingirem a restauração funcional
14 De acordo com Rizzetti os indivíduos com sequelas de AVC seguem, uma rotina de tratamento de acordo com o tipo e causa do acidente vascular cerebral sendo esse hemorrágico ou isquêmico, este consiste na medida do possível em restabelecer funções e/ou minimizar sequelas deixadas 28 De acordo com Teixeira-Salmela em decorrência das alterações sensoriais e motoras, quando os indivíduos andam apresentam padrão assimétrico na curva de força de reação de solo entre os membros inferiores afetado e não-afetado. As estratégias adotadas por um indivíduo quando for andar podem ser diferentes e, quanto maior a deficiência do membro inferior acometido, maior será o gasto energético. 29,13 Giriko relata que uma das metas de recuperação das pessoas após um AVC é aumentar a velocidade do passo, também as atividades de vida diária que requerem a marcha aproximada do normal na medida do possível. Percebe-se que o controle do equilíbrio é um fator crucial para um andar estável, tendo em vista que o controle do equilíbrio é essencial para marcha, é necessário quantificar e comparar quanto à eficácia motora influencia no andar, portanto o controle neural da locomoção deve envolver a produção de um ritmo locomotor básico, suportado através da gravidade, propulsão, e 30, 31. principalmente o controle do equilíbrio De acordo com Herber as formas de treinamento com exercícios para o corpo devem ser testadas. Um estudo científico randomizado concluiu que um exercício extra realizado, que foi o de andar para trás no solo aumenta a velocidade e diminui o padrão assimétrico da marcha de indivíduos com hemiparesia, além disso, andar para trás é empregado como uma forma alternativa de treinamento e reabilitação no treinamento de circunstancias ortopédica, auxilia no aumento da força muscular do quadríceps, auxilia na força e na distribuição de peso para as pernas. 32 Em concordância com Amaral-Natalio a subida e descida de escada impõem desafios ao sistema locomotor junto com os sistemas vestibular, sensorial somático e visual, comandam a realização de movimento, a capacidade de produção de força isocinética e isométrica em pessoas com hemiparesia estão exatamente associadas com desempenhos funcionais como transferências, elevar-se, caminhar em nível plano em subida e descida de escada 14. Barcala relata que o AVC pode causar distúrbios que leva o paciente a uma redução da estabilidade corporal, para sustentar o equilíbrio é necessário à integração do 14
15 sistema visual, sistema vestibular, sistema nervoso periférico, dos comandos centrais, respostas neuromusculares, força muscular e o tempo de reação. 16 De acordo com Bambirra essa alteração compromete a marcha segura do paciente em casa e na comunidade, aumentando a probabilidade de quedas, a restauração do equilíbrio é crucial para reabilitação pós- AVC, sendo ele um precursor para a restauração da independência das funções. 33 CONCLUSÃO Com a presente revisão conclui-se que os recursos fisioterapêuticos tiveram efetividade, como no caso da hipoterapia e biorretroalimentação, apresentando melhora significativa na escala de equilíbrio de Berg, escala de Fulg-Meyer, e no teste de levantar e caminhar cronometrado (TUGT na sigla em inglês). Porem no estudo realizado por Giriko,et al,2010, ele conclui que a fisioterapia em grupo não foi efetiva para a melhora na pontuação dos testes, mas ajudou a manter a mobilidade. Diante dos diversos recursos fisioterapêuticos disponíveis, verifica-se a necessidade de realização de estudos para melhor elucidar a sua aplicabilidade e eficiência em relação assunto tão primordial para a melhora da funcionalidade do indivíduo com AVE que é o equilíbrio dinâmico. REFERÊNCIAS 1. RADANOVIC, Márcia. Características do atendimento de pacientes com acidente vascular cerebral em hospital secundário. Arq Neuropsiquiatr, v. 58, n. 1, p , OLIVEIRA, Roberto Magalhães Carmeiro de; ANDRADE, Luiz Augusto Franco de. Acidente vascular cerebral. Rev. bras. hipertens, v. 8, n. 3, p , RODRIGUES, Vitória Regina de Morais Cardoso et al. Reabilitação da funcionalidade e da marcha em hemiparéticos DE SIQUEIRA BARROS, Arthur Flávio et al. Análise de Intervenções Fisioterapêuticas na Qualidade de Vida de Pacientes Pós-AVC ROLIM, Cristina Lúcia Rocha Cubas; MARTINS, Monica. Qualidade do cuidado ao acidente vascular cerebral isquêmico no SUS Quality of care for ischemic stroke in the Brazilian Unified National Health System. Cad. saúde pública, v. 27, n. 11, p ,
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