ÁREA: ECONOMIA POLÍTICA, HISTÓRIA DO PENSAMENTO ECONÔMICO E HISTÓRIA ECONÔMICA GERAL
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- Camila Fialho Gabeira
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1 Fetichismo e alienação do trabalho na atualidade a partir das concepções de Marx 1 Cliciane Sampaio Pinheiro Cunha 2 Daphne Sousa de Abreu 3 Marina Alessandra Santos Vasconcelos 4 Sérgio Ricardo Ribeiro Lima 5 RESUMO Karl Marx discutiu o tema fetiche da mercadoria no qual é explicado o caráter que a mercadoria possui na sociedade capitalista, ou seja, a ocultação da exploração nas relações de trabalho. O pensamento marxista conduz à desmistificação do fetichismo da mercadoria e do capital, desvendando o caráter alienado de um mundo em que as pessoas são dominadas pelas coisas que elas próprias criam. O que se observa na sociedade atual são novas formas de alienação pelo caráter que assumiu o fetiche das mercadorias. Neste artigo, pretende-se retratar, de forma breve, o conceito do fetichismo da mercadoria e a teoria da alienação em Marx nas perspectivas do consumo, utilizando o método analítico-dedutivo. Levou-se em consideração a hipótese de que o fetiche da mercadoria na sociedade atual assumiu maior importância em função dos avanços tecnológicos e da crescente valorização da imagem. Tentou-se entender a relação entre o fetiche da mercadoria e a teoria da alienação para além de sua concepção original da relação trabalho-produção na atualidade. Palavras-chave: fetiche da mercadoria; consumo; alienação. 1 Artigo apresentado na disciplina de Economia Política na Universidade Estadual de Santa Cruz 2 Graduada em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual de Santa Cruz. htane_17@hotmail.com 3 Graduada em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual de Santa Cruz. daphne_abreu@hotmail.com 4 Graduada em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual de Santa Cruz. marinaasv@yahoo.com.br 5 Doutor em Sociologia pela Universidade Federal Pernambuco. economiapolitica.uesc@gmail.com
2 INTRODUÇÃO Karl Marx foi um dos grandes colaboradores do pensamento econômico, sendo a categoria valor a essência de suas ideias econômicas e sociológicas. Suas ideias até hoje são discutidas e utilizadas como embasamento para estudos sobre o comportamento do sistema capitalista e o seu reflexo na sociedade. O tema do fetiche da mercadoria é uma ideia de Marx exposta em sua obra, O Capital 6, na qual é explicado o caráter que a mercadoria possui na sociedade capitalista, ou seja, a ocultação da exploração nas relações de trabalho. O pensamento marxista conduz à desmistificação do fetichismo da mercadoria e do capital, desvendando o caráter alienado de um mundo em que as pessoas são dominadas pelas coisas que elas próprias criam. A mercadoria, enquanto objeto, no processo produtivo, ainda está sob domínio do sujeito que trabalha, transformando-a em objeto útil. Quando é colocada à venda, no processo de circulação, a ordem é invertida, pois o produtor passa a ser dominado pela criação, coisificando o produtor (RUBIN, 1987). O consumo da mercadoria impõe e apaga todas as etapas da produção e o esforço físico e intelectual - humano. Vê-se, na sociedade atual, novas formas de alienação pelo caráter que assumiu o fetiche das mercadorias. Viana (2009) descreve que: A alienação surge com a ascensão da sociedade de classes. As sociedades divididas em classes sociais são fundamentadas no trabalho alienado. Isto ocorre devido ao fato de que a atividade vital consciente, a práxis ou o trabalho como objetivação, perde seu caráter teleológico consciente e passa a ser apenas um meio para satisfação de outras necessidades. As pessoas possuem uma ideia de realização, de riqueza e de felicidade mais exteriorizada, ou seja, valorizam cada vez mais as coisas que consomem. Nota-se que o fetiche e a alienação, devido à importância dos bens tecnológicos, a divulgação dos produtos e o incentivo ao consumo, desenvolveu-se consideravelmente. Neste artigo, pretende-se retratar, de forma breve, o conceito e significado do fetichismo da mercadoria e a teoria da alienação em Marx, que a acompanha, nas perspectivas do consumo atual. Parte-se da seguinte questão: 6 MARX, K. O Capital. São Paulo: Nova Cultura, cap. I, p ;
3 o que induz as pessoas na sociedade atual a sentirem-se cada vez mais realizadas e felizes ao consumirem? 1 O fetichismo da mercadoria Karl Marx ( ), em O Capital, tentou desvendar o caráter misterioso da mercadoria, através do conceito de fetichismo da mercadoria, sob o ponto de vista da teoria do valor. A produção de mercadorias, na visão de Marx, torna-se fantasmagórica na medida em que não revelam as características da própria relação de trabalho. Para Marx (1996), o fetiche não existe quando se é considerado apenas o valor de uso, pois nessa perspectiva a mercadoria seria apenas para utilidade da própria espécie humana. No entanto, esta utilidade não é algo aéreo, é determinada pelas propriedades materialmente inerentes às mercadorias, só existe através delas. Para ser valor de uso, a mercadoria precisa confrontar-se com a necessidade particular para a qual é objeto de satisfação e só se realiza com a utilização ou o consumo. Segundo Marx (p.18, 1996), desde que os homens trabalham uns para os outros, independentemente da forma como o fazem, o seu trabalho adquire também uma forma social, e é na forma social de mercadoria, isto é, na atribuição de valor de troca, que provém o fetichismo. O valor de troca é uma relação quantitativa de troca de valores de usos diferentes. As mercadorias só adquirem valor à medida que são expressões de uma mesma substância social: o trabalho humano. Seu valor é, portanto, uma realidade social, só podendo manifestar-se na relação social da troca de uma mercadoria por outra. Marx buscou com a teoria fetichista desvendar o que existe nas relações de produção. A troca, segundo Rubin (1987), torna-se parte do verdadeiro processo de reprodução da atividade produtiva das pessoas e apenas este processo da troca, a proporção de troca, o valor das mercadorias, é base do estudo do fetichismo. Marx (p. 1996), afirmou que o fetichismo do mundo das mercadorias decorre do caráter social próprio do trabalho que produz a mercadoria, e o mesmo ainda conceitua o fetichismo como um caráter misterioso que o produto do trabalho apresenta no capitalismo. Netto e Braz (2006) explicam que o fetichismo acontece devido à produção mercantil ocultar a característica social do trabalho. Para eles, quando a produção mercantil está
4 desenvolvida para produzir as mercadorias, faz-se necessário que haja a divisão do trabalho. Existem diversos ramos de produção na composição de uma só mercadoria, originando uma grande ligação entre todos os produtores, o que significa ser o trabalho de cada um deles (privado) parte do conjunto do trabalho da sociedade ( social) e só ser possível no seu interior. Para Netto e Braz (2006), como se trata de um produtor privado, ele administra isoladamente a sua produção, atuando independentemente dos outros produtores; sendo assim, o produtor só se confronta com o caráter social do seu trabalho no mercado: sua interdependência em face dos outros produtores evidencia-se no momento de compra - venda das mercadorias. Marx (1996) afirma que o comportamento alienado e a coisificação das relações de produção são efeitos de uma forma histórica específica de organização social, a saber, a baseada na produção de mercadorias. O processo de alienação econômica, segundo Branco (2008) tem duplo caráter, que obedece as ideias sociais da ordem capitalista, onde o homem é tratado como coisa, e visto como produto, ora na posição de trabalhar em prol da reprodução do sistema, ora como consumidor do mesmo. O fetichismo da mercadoria, e a teoria da alienação estão interligados, sendo uma manifestação da sociedade histórica e capitalista. Podemos dizer assim que, enquanto a alienação é um processo que decorre de diversos modos de produção, e de distintas modalidades, o fetichismo da mercadoria é uma particularidade econômica do modo de produção capitalista. 2 Criador e criatura como domínios da alienação À medida que o movimento das mercadorias apresenta-se independentemente da vontade de cada produtor, opera-se uma inversão: a mercadoria criada pelos homens aparece como algo que lhes é alheio e os domina. A criatura (mercadoria) revela um poder que passa a subordinar o criador (homens). No mercado, a mercadoria realiza esta inversão: enquanto as relações sociais, relações entre os homens, aparecem como relações entre as coisas, as relações entre os produtores mostram-se como relações entre mercadorias. Assim como Netto e Braz (2006), Rubin (1987) observa que na relação da produção capitalista, as mercadorias não aparecem como objetos feitos por pessoas, mas sim na forma
5 de mercadoria, pois no mercado elas ganham vida própria, e os trabalhadores se tornam objetos que seguem as regras do mercado. A partir daí, pode-se melhor compreender a percepção de Marx sobre o fetichismo, acerca das: (...) relações humanas por trás das relações entre as coisas, revelando a ilusão da consciência humana que se origina da economia mercantil e atribui às coisas características que têm sua origem nas relações sociais entre as pessoas no processo de produção (RUBIN, 1987). No capitalismo, o caráter social das relações de produção de mercadoria é obscurecido, dominando e explorando o ser humano sob seu domínio ideológico, reféns do próprio fetichismo da mercadoria. A personificação das coisas que ocorre na superfície só pode ser entendido como resultado da retificação das relações de produção. Na produção capitalista se desfigura o trabalhado humano, que consiste numa conveniente armadilha para sua manutenção da produção alienada e exploração. Para Viana (2009): (...) a alienação se caracteriza pela heterogestão e o trabalho alienado pela direção do não-trabalhador sobre o trabalho do produtor. Portanto, a alienação é um relação social específica, marcada pela direção de um ser humano sobre outro e o trabalho alienado é caracterizado pelo domínio de não-trabalhador sobre o trabalhador no processo de produção. Por conseguinte, a alienação não é um processo que ocorre no mundo da consciência, embora provoque efeitos sobre este, e sim uma relação social. Há uma inversão na qual as relações humanas surgem enquanto relações entre coisas, e as coisas adquirem relações sociais. Dessa forma, podem-se enxergar os valores como uma propriedade natural das coisas. Segundo Marx (1986), isso é um engano, pois afasta a noção do trabalho humano incorporado ao valor. Segundo Mészáros (2007), a questão da alienação está diretamente relacionada à questão do produto excedente e da mais-valia o valor revela a ideia da mais-valia. A taxa de mais-valia é o resultado da exploração capitalista sobre o trabalho alienado do individuo. Num ponto de vista mais atual, Debord (1997), faz uma crítica da sociedade capitalista, uma acusação do seu caráter alienante, fetichista e espetacular. As ideias de Debord (1997) apontam para um reconhecimento correto da generalização do fetichismo da mercadoria, que passa a se manifestar como fetichismo da arte, da ciência, etc. e nesse mundo fetichista, tudo vira fetiche.
6 O fetiche das relações se reproduz na obra de Debord (1997), pois ele mostra a emergência que exerce na sociedade espetacular, da imensa acumulação de espetáculos, mas não sua produção, seu processo de constituição. A Sociedade do Espetáculo mantém seu valor e atualidade, valor este que consiste em analisar o modo de produção capitalista que é a expansão do consumo, e das imagens criadas por ele, o que denominou espetáculo. Os autores diante da sua realidade tentaram conceituar e desvendar os mistérios da relação social existente no processo de produção das mercadorias, relações sociais em que os determinantes se tornam alegorias passivas, subservientes a suas próprias criações. Na atualidade, devido à importância dos bens tecnológicos, estendeu-se à alienação. Ela está não só no sujeito que trabalha e produz, porém, mais que isto, no sujeito que trabalha e consome; não apenas nos bens tangíveis, mas também nos intangíveis, ou seja, em todos os lugares ao nosso redor. 3 Fetichismo, alienação e o consumo nas sociedades contemporâneas O fetichismo e a alienação completam-se, e para Marx, a ideia de alienação revela uma relação de estranhamento entre o sujeito e aquilo que ele produz como negação de sua essência, observou-se que na atualidade o homem passou a viver como se fosse atributo do próprio bem, intensificando a negação de sua essência. Para o homem, o processo de fabricação das coisas (bens) não importa, pois para ele o que importa é o produto final ignorando todas as etapas de sua construção e negação da existência do trabalhador. Corroborando ao mencionado acima, Rubin(1987) descreve que: As coisas aparecem numa forma social pronta, influenciado a motivação e o comportamento dos produtores individuais. Este aspecto do processo reflete-se diretamente na psique dos indivíduos e pode ser diretamente observado. É muito mais dificil detectar a geração das formas sociais das coisas a partir das relações de produção entre as pessoas. O aumento do consumo na sociedade atual é visto de forma objetiva e subjetiva na vida das pessoas. A sociedade atual vive num processo de ter necessidades, onde o consumo desenfreado é cada vez maior. A sociedade capitalista pode ser compreendida como o reino do espetáculo, da representação fetichizada do mundo dos objetos e das mercadorias, ou seja, o espetáculo é um mundo de aparências dominado pelo o homem.
7 A aparência para a sociedade atual é de fundamental importância, sendo que esta assume personalidade própria, visto que, o que é levado em consideração é a forma com que a pessoa se veste e acessórios que usa. Nota-se que as leis que regem a sociedade moldam o caráter dos seus membros (caráter social), pois na sociedade é observado que o desejo em obter objetos e lucro invadiram o conjunto das relações sociais. Na atualidade tudo visa à aceleração do consumo e a acumulação capitalista. Pode-se afirmar que o consumidor busca comprar aparelhos para poder ficar livre de tarefas que lhe ocupem o tempo, objetos que ajudam no dia-a-dia, porém trabalham cada vez mais para consumir mais. Onde quer que vá, tende a fazer visita às lojas e o ato do consumo passa a ser tido como uma saída divertida do que como uma tarefa maçante. Contudo, o consumo é acompanhado por um desvio de valores na sociedade, ou seja, o valor de uso foi substituído pelo espírito de aquisição das mercadorias. O mercado atual caracteriza-se por ter uma alta competitividade, onde os produtos são ofertados em grandes quantidades e a concorrência entre eles tem sido cada vez mais acirrada. O desafio da publicidade, enquanto expressão importante do sistema capitalista é dar vazão à enorme gama desses produtos que surgem todos os dias. Nota-se na atualidade diversas formas de alienação pelo caráter que assumiu o fetiche das mercadorias; a alienação que outrora era vista por Marx no processo de negação do trabalho através da produção da mercadoria, hoje é visualizado via consumo que é impulsionado pelas imagens, que neste sentido pode ser considerada como instrumento de alienação. No sistema de mercado atual não é mais a demanda que cria a oferta e sim a oferta que está gerando a demanda e isso tem ocasionado no surgimento de novas necessidades, que condicionam as pessoas à ideia de que só terão uma vida boa se possuírem determinadas mercadorias. Os homens em geral veem-se alienados com seu trabalho, e são essas atividades alienantes que são visualizadas por eles como transmissoras de melhoria para suas condições de vida. Muitas pessoas na atualidade buscam aparecer nas primeiras páginas de milhares de revistas, ser visto, notado, comentado e, portanto, presumivelmente desejado por muitos assim como sapatos, saias ou acessórios exibidos nas revistas luxuosas e nas telas de TV. No final o que todos almejam é tornarem-se uma mercadoria notável e cobiçada, uma mercadoria comentada, que se sobressai da massa de mercadorias, impossível de ser ignorada, ri-
8 dicularizada ou rejeitada. No consumo alienado não existe relação direta e real entre consumidor e o prazer de adquirir determinado objeto. Os consumidores adquirem rótulos e grifes induzido por propagandas, não por necessidade, mas por prazer pessoal. Através da propaganda, surge a necessidade de possuir para ser feliz, impondo a necessidade de consumir como um ideal a ser seguido. Vive-se na era dos laptops e celulares que cabem na palma da mão, a maioria de nós tem uma quantidade de artifícios tecnológicos que nos condicionam e torna os bens escravos nosso, pois, num mundo em que uma novidade é tentadora, a alegria está toda nas compras, enquanto a aquisição das coisas em si, se deflagra de forma alarmante. O princípio fundamental e essencial da indústria capitalista corresponde à produção de novos objetos imprópria para continuar sendo utilizados e destinados à lata de lixo, devido a constante tecnologia no mercado. O sistema capitalista mantém uma grande oferta de produtos para a sociedade. O poder do consumo se torna assim contagioso, pois, envolve o indivíduo e estimula a dinâmica da sociedade capitalista. O poder de consumo é tão contagioso e sua capacidade de alienação é tão forte que a possibilidade de não consumir atribui às pessoas a condição de insatisfação e infelicidade. Acredita-se que o sistema capitalista serve como manipulador em nossa sociedade, que ativa o consumo nas sociedades modernas, onde a imagem (representação do objeto), a partir da publicidade, o marketing, invadem o contexto da mercadoria e agrega outros valores ao produto. CONCLUSÕES O desenvolvimento do capitalismo reproduz em todos os aspectos o crescimento da alienação e do fetichismo, embora trazendo novos elementos não visualizados por Marx e estimulados quando se propaga em maior expressão o regime de acumulação integral, regime este que gera mudanças sociais do capitalismo e dentre estas está a necessidade constante de reprodução ampliada do mercado consumidor (VIANA, 2009), na época em que o espetáculo e o fetichismo invadem tudo.
9 Diferente do conceito de alienação do trabalho que Marx mostrou, a imagem é outra forma do desdobramento da alienação fetichista apresentado por Debord, considerada atualmente como uma das melhores fontes transmissoras de informação que tem sido criadora de modelos, alienadora de mentes e ainda provocadora de frustrações, onde o consumir age como se não soubesse que está adquirindo uma ilusão. A sociedade contemporânea retrata o espetáculo do mercado, que tem a ideia de fetiche contido em imagens, onde as mercadorias são como objetos de consumo, e não uma relação social feita à imagem do capitalismo, onde a relações sociais foram modificadas por relações entre os objetos visto que, o sistema cada vez mais domina as pessoas. A alienação é a principal explicação para o comportamento consumista das pessoas. Isso justifica o fato da oferta hoje gerar a demanda e, por conseguinte ocasionar o surgimento de novas necessidades e do condicionamento das pessoas à ideia de que podem ser felizes se possuírem determinadas mercadorias. A valorização do consumo proporcionado pelo marketing aliena a sociedade atual. O sistema capitalista escraviza os trabalhadores; além de ser escravizados no processo de produção, tornam-se também escravos do relógio, da mídia, do cartão de crédito, ou seja, escravo do sistema. As pessoas não medem esforços para terem seus bens de consumo, ocasionando esse espírito consumista desenfreado. Observa-se que quanto mais se consome, mais as indústrias fabricam ocasionando uma maior demanda por matéria-prima, e isso tem refletido negativamente na natureza. O que se conclui então é que o efeito estufa, aquecimento global, valorização do ter, espírito alienado, tudo isso é fruto do capitalismo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BAUMAN, Zyngmunt. Vida para o consumo: a transformação das pessoas em mercadorias. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, BERGER, P. A construção social da realidade. Petrópolis: Vozes, BOTTOMORE, T. (org.) Dicionário do Pensamento Marxista, Rio de Janeiro : Jorge Zahar Editores, 1988
10 BRANCO, R. C. Maldição, Fetiches e Comunismo na crítica da Economia Política: a teoria da alienação de Karl Marx Disponível em: < Acesso em: 14 out DEBORD, G. A sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto HOBSBAWN, E. J.(org.) - A História do Marxismo, Rio de Janeiro : Ed. Paz e Terra, 1986 MARX, K. O Capital. São Paulo: Nova Cultura, cap. I, p ; MÉSZÁROS, I. A teoria da alienação em Marx. São Paulo: Boitempo, cap. IV, p Disponível em: < Acesso em: 09 out NETTO, J. P. & BRAZ, M. Economia política: uma introdução crítica. São Paulo: Cortez, cap. 3 e 4, p Disponível em: < Acesso em: 09 out ORTIZ, R. Mundialização e cultura. São Paulo, PELBART, P. P. A vertigem por um fio: políticas da subjetividade contemporânea. São Paulo: Iluminuras RUBIN, I. I. A teoria marxista do valor. São Paulo: Polis, I parte, p VIANA, Nildo. O Capitalismo na Era da Acumulação Integral. São Paulo: Ideias e Letras, 2009.
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