JOÃO AFONSO RUARO. ANÁLISE DA ADEQUAÇÃO DE TÉCNICAS DE TERAPIA MANUAL DE COTOVELO E PUNHO NO TRATAMENTO DA SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO: estudo de caso

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "JOÃO AFONSO RUARO. ANÁLISE DA ADEQUAÇÃO DE TÉCNICAS DE TERAPIA MANUAL DE COTOVELO E PUNHO NO TRATAMENTO DA SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO: estudo de caso"

Transcrição

1 JOÃO AFONSO RUARO ANÁLISE DA ADEQUAÇÃO DE TÉCNICAS DE TERAPIA MANUAL DE COTOVELO E PUNHO NO TRATAMENTO DA SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO: estudo de caso Cascavel 2003

2 JOÃO AFONSO RUARO ANÁLISE DA ADEQUAÇÃO DE TÉCNICAS DE TERAPIA MANUAL DE COTOVELO E PUNHO NO TRATAMENTO DA SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO: estudo de caso Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Estadual do Oeste do Paraná UNIOESTE, Campus Cascavel, para obtenção do título de graduado em Fisioterapia. Orientador: Alberito Rodrigo de Carvalho Cascavel 2003

3 TERMO DE APROVAÇÃO JOÃO AFONSO RUARO ANÁLISE DA ADEQUAÇÃO DE TÉCNICAS DE TERAPIA MANUAL DE COTOVELO E PUNHO NO TRATAMENTO DA SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO: estudo de caso Trabalho de Conclusão de Curso aprovado como requisito parcial para obtenção do titulo graduado em Fisioterapia, na Universidade Estadual do Oeste do Paraná.... Alberito Rodrigo de Carvalho UNIOESTE (Orientador)... Karen Andréa Comparin UNIOESTE (Banca)... Rodrigo Daniel Genske UNIOESTE (Banca) Cascavel, 16 de abril de 2003.

4 Eu acredito que o ponto alto na vida de um homem, a sua maior realização, é aquele momento em que ele deu o sangue por uma boa causa, e está no campo de batalha, caído, exausto... Vitorioso. Vince Lombardi ( )

5 DEDICATÓRIA Dedico esta vitória ao meu pai e à minha mãe, Oscar e Ivete, por todo o apoio, compreensão, amor e carinho, que sempre tive durante a minha vida.

6 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus, pelo dom da vida. À minha família: Pai, Mãe, Preta e Nana, por sempre terem feito tudo que estivesse ao seu alcance por mim, nunca medindo esforços. Ao professor Alberito, pela orientação do estudo. Aos meus amigos, por tudo que já passamos juntos e pela saudade que ficará. Afinal, Deus não pode estar em todos os lugares, por isso inventou os amigos. Aos meus professores, pelo grande conhecimento compartilhado durante esta caminhada, pois na verdade a nossa formação acadêmica é um reflexo dos nossos mestres. A todos aqueles que, embora não nomeados aqui, contribuíram de maneira direta ou indireta à realização deste trabalho. E especialmente à minha namorada Marinêz Boeing, por estar sempre presente e dividir comigo momentos únicos e inesquecíveis. A todos vocês, meu Muito Obrigado!

7 RESUMO A síndrome do túnel do carpo é uma patologia freqüente, ocorrendo pela compressão do nervo mediano na sua passagem pelo punho e acarretando sintomas bastante incapacitantes na região suprida pelo nervo, como dor, parestesia, diminuição de força muscular e limitação de movimento. Este trabalho se propôs a investigar a adequação de um protocolo de técnicas de terapia manual como recurso terapêutico para o tratamento de pacientes portadores da síndrome, fazendo o estudo de um caso. Uma paciente foi submetida ao protocolo por dez sessões, e na análise dos resultados obtidos constatou-se que o modelo de tratamento apresentado foi adequado, com resultados bastante satisfatórios no que diz respeito à dor, parestesia e força muscular, e secundariamente na amplitude de movimento. Entretanto, não há significância estatística pelo tamanho reduzido da amostra. Palavras-chave: Síndrome do túnel do carpo, nervo mediano, terapia manual, fisioterapia.

8 ABSTRACT The carpal tunnel syndrome is frequent pathology, it is happening for the compression of the median nerve in your passage for the wrist, causing symptoms enough incapacities in the area supplied by the nerve, as pain, paresthesia, decrease of muscular force and movement limitation. This work intended to investigate the adaptation of a protocol of manual therapy techniques as a therapeutic recourse for the treatment of patient bearers of the syndrome, making the study of a case. One patient was submitting to the protocol by ten sessions. At the analysis of the results obtained it was verifying that the model of presented treatment was adequate, with quite satisfactory results in what concerns to the pain, paresthesia and muscular force, and secondarily in the width movement. However, there is not statistical significance for the reduced size of the sample. Keywords: carpal tunnel syndrome, median nerve, manual therapy, physiotherapy.

9 SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS LISTA DE TABELAS LISTA DE GRÁFICOS LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS INTRODUÇÃO Objetivo ANATOMIA E BIOMECÂNICA DO COMPLEXO DO PUNHO E DA MÃO Músculos que passam pelo túnel do carpo Flexor profundo dos dedos Flexor superficial dos dedos Flexor longo do polegar Anatomia do nervo mediano SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO Histórico Fisiopatologia Etiologia Estágios da sintomatologia Diagnóstico Diagnóstico diferencial Incidência e prevalência Tratamento Tratamento conservador Tratamento cirúrgico TERAPIA MANUAL MATERIAIS E MÉTODOS Caracterização do estudo Critérios de inclusão Critérios de exclusão Metodologia... 31

10 5.4.1 Dor Parestesia Força muscular Amplitude de movimento Flexão do punho Extensão do punho Desvio radial Desvio ulnar Pronação Supinação Técnicas utilizadas Técnica de tração do cotovelo Técnica articulatória do cotovelo Streching do retináculo flexor Técnica articulatória do punho Músculo-energia do pronador redondo Método de busca RESULTADOS DISCUSSÃO CONCLUSÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXO A ANEXO B ANEXO C... 57

11 LISTA DE FIGURAS Figura 01 Anatomia do túnel do carpo vista Palmar Figura 02 Anatomia do nervo mediano Figura 03 Escala visual analógica de dor Figura 04 Mensuração do movimento de flexão do punho Figura 05 Mensuração do movimento de extensão do punho Figura 06 Mensuração do movimento de desvio radial do punho Figura 07 Mensuração do movimento de desvio ulnar do punho Figura 08 Mensuração do movimento de pronação do punho Figura 09 Mensuração do movimento de supinação do punho Figura 10 Técnica de tração do cotovelo Figura 11 Técnica articulatória do cotovelo Figura 12 Streching do retináculo flexor Figura 13 Técnica articulatória do punho Figura 14 Músculo-energia do pronador redondo... 41

12 LISTA DE TABELAS Tabela 01 Escala de parestesia... Tabela 02 Graduação de prova de força muscular... Tabela 03 Resultados obtidos com a evolução do tratamento

13 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 01 Grau de dor apresentado pela paciente durante as 10 sessões Gráfico 02 Grau de parestesia apresentado pela paciente durante as 10 sessões Gráfico 03 Grau de força muscular apresentado pela paciente durante as 10 sessões Gráfico 04 Amplitude de movimento apresentada pela paciente na primeira e última sessões... 46

14 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ADM Amplitude de movimento AVD Atividade de vida diária cap. Capítulo Capes Coordenação de aperfeiçoamento de pessoal de ensino superior CCBS Centro de ciências biológicas e da saúde et al. E demais autores EVA Escala visual analógica fig. Figura FM Força muscular n. Número NCS Nerve conduction studies p. Página (s) SNC Sistema nervoso central STC Síndrome do túnel do carpo tab. Tabela UNIOESTE Universidade estadual do oeste do Paraná v. Volume

15 1 INTRODUÇÃO A mão do homem é uma ferramenta maravilhosa, capaz de executar inumeráveis ações graças à sua função principal: a preensão. É o instrumento dos instrumentos, como disse Aristóteles. Do ponto de vista fisiológico, a mão representa a extremidade realizadora do membro superior, que constitui o seu suporte e lhe permite adotar a posição mais favorável para uma determinada ação. É uma estrutura perfeitamente lógica e adaptada às suas diferentes funções (KAPANDJI, 2000). Ela é o segmento anatômico mais usado para realizarmos as atividades de vida diárias, e qualquer disfunção que a afete parcial ou totalmente, acarretará sérios prejuízos funcionais. Dentre estas disfunções, podemos citar como exemplo a síndrome do túnel do carpo. Dawson (1993) relata que a síndrome do túnel do carpo é produzida pela compressão do nervo mediano na sua passagem pelo punho. Segundo Pereira et al. (1993), ela foi descrita pela primeira vez por Sir James Paget em 1854, e para Martyn e Hughes 1 (apud Verdugo et al., 2002), ela é aceita como a síndrome de compressão nervosa mais comum. O túnel do carpo é um espaço fechado que corre dos ossos escafóide e trapézio, situados radialmente, em direção aos ossos pisiforme e hamato na borda ulnar. O ligamento transverso do carpo fica situado ventralmente através dos ossos do carpo, recobrindo o espaço. Dentro do túnel ficam os tendões dos músculos: flexor profundo dos dedos, flexor superficial dos dedos, flexor longo do polegar e o nervo mediano. A compressão pode ocorrer por vários fatores (NADLER e NADLER, 2002). Verdugo et al. (2002) relatam que a compressão produz isquemia do nervo mediano, prejudicando a condução nervosa, e os sintomas mais comuns são parestesia, hipoestesia, fraqueza muscular e dor dentro da distribuição do nervo mediano (particularmente os dedos polegar, indicador, médio e metade radial do dedo anular). 1 MARTYN, C. N.; HUGHES, R. A. C. Epidemiology of peripheral neuropathy. Journal of neurology, neurosurgery and psychiatry. v. 62, n. 04, p , apr

16 Técnicas de terapia manual podem ser uma alternativa para o tratamento da STC, pois hoje estas têm ocupado destacada posição como método terapêutico dentro da fisioterapia. Barak et al. (1993) explicam que a terapia manual pode ser definida como um método de avaliação e tratamento de disfunções do sistema neuromusculoesquelético, que visa a diminuição das tensões musculares, a restauração da mobilidade articular e, em geral, a regularização das funções. Engloba diversas técnicas as quais possuem ações específicas sobre diferentes partes do corpo, sendo que a escolha de cada técnica varia de acordo com o tipo de problema apresentado pelo indivíduo. Levando-se em consideração que foram encontradas poucas pesquisas semelhantes na literatura, justifica-se a investigação feita neste estudo. 1.1 OBJETIVO Verificar se as técnicas de terapia manual de cotovelo e punho utilizadas serão adequadas para o tratamento da síndrome do túnel do carpo, analisando a evolução de um grupo de variáveis durante o decorrer do tratamento proposto.

17 2 ANATOMIA E BIOMECÂNICA DO COMPLEXO DO PUNHO E DA MÃO Os oito pequenos ossos do punho são denominados coletivamente como carpo. Ficam dispostos em duas fileiras, uma proximal e outra distal, cada uma contendo quatro ossos. A fileira proximal de ossos do carpo (de lateral para medial) consiste nos ossos escafóide, semilunar, piramidal e pisiforme. O escafóide, em forma de barco, é o maior osso da fileira proximal e recebeu esse nome devido à sua semelhança com um barco a remos (do grego scaphe). O semilunar tem o formato de uma lua, e o piramidal lembra uma pirâmide. O pisiforme, que parece uma ervilha (do latim psium) está incluído na fileira proximal, embora seja um osso sesamóide do tendão do músculo flexor ulnar do carpo (MOORE, 1994). Moore (1994) ainda relata que a fileira distal de ossos do carpo (de lateral para medial) consiste no trapézio, trapezóide, capitato e hamato. O trapézio e o trapezóide lembram formas geométricas. O capitato (do latim caput) possui uma cabeça arredondada e o hamato pode ser identificado por seu processo proeminente, o hâmulo do hamato, que se projeta para frente. Os ossos do carpo articulam-se entre si e são unidos por vários ligamentos para formar uma massa compacta. O carpo possui uma concavidade anterior conhecida como sulco do carpo. O sulco é convertido em um túnel do carpo, osteofibroso. Para Nadler e Nadler (2002), este túnel do carpo é um espaço fechado que corre dos ossos escafóide e trapézio, situados radialmente, em direção aos ossos pisiforme e hamato na borda ulnar. O ligamento transverso do carpo fica situado ventralmente através dos ossos do carpo, recobrindo o espaço. Dentro do túnel ficam os quatro tendões do músculo flexor profundo dos dedos, mais quatro tendões do músculo flexor superficial dos dedos, tendão do flexor longo do polegar e o nervo mediano (fig. 01). A articulação entre as duas fileiras de carpos é denominada de articulação mediocárpica, e a articulação entre um par de carpos é chamada de intercárpica. Todas estas articulações são deslizantes nas quais são produzidos movimentos translatórios concomitantemente com os movimentos do punho, embora a fileira proximal seja mais móvel que a distal (HAMILL e KNUTZEN, 1999).

18 TÚNEL DO CARPO VISTA PALMAR Figura 01 Anatomia do túnel do carpo vista palmar Fonte: NETTER et al., (1999). O punho é capaz de realizar movimentos nos planos sagital e frontal, bem como de fazer movimento rotatório. A flexão é o movimento da superfície palmar da mão na direção do antebraço anterior. A extensão representa o retorno da mão à posição anatômica e, em hiperextensão a superfície dorsal da mão aproxima-se do antebraço posterior. O movimento da mão para o lado do polegar é o desvio radial, com o movimento na direção oposta sendo designado de desvio ulnar. O movimento rotacional da mão através de todas estas quatro direções produz a circundução (HALL, 2000). Para Hall (2000), os principais músculos responsáveis pela flexão são o flexor radial do carpo e o flexor ulnar do carpo, auxiliados pelo palmar longo. A extensão resulta primariamente da contração do extensor radial longo do carpo, extensor radial curto do carpo e extensor ulnar do carpo. A ação cooperativa dos músculos flexores e extensores produz os desvios laterais; o flexor radial do carpo e os extensores radiais longo e curto do carpo produzem o desvio radial enquanto o flexor e o extensor ulnar do carpo produzem o desvio ulnar.

19 Correlacionando a ação conjunta da mão e do punho, Hamill e Knutzen (1999) relatam que a mão é usada primariamente para atividades de manipulação que requeiram movimentos muito finos, com uma ampla variedade de posturas da mão e dos dedos. Conseqüentemente, ocorre um grande intercâmbio entre as posições da articulação do punho e a eficiência das ações dos dedos. A região da mão tem muitos segmentos que são estáveis, apesar de bastante móveis, com ações musculares e articulares bem complexas. 2.1 MÚSCULOS QUE PASSAM PELO TÚNEL DO CARPO Flexor profundo dos dedos Origem: superfícies anterior e medial dos três quartos proximais da ulna, membrana interóssea e fáscia antebraquial profunda. Inserção: por quatro tendões nas bases das falanges distais, superfície anterior. Ação: flexiona as articulações interfalângicas distais dos dedos indicador, médio, anular e mínimo e auxilia na flexão das articulações interfalângicas proximais e metacarpofalângicas; pode auxiliar na flexão do punho. Inervação do músculo profundo, porção I e II: mediano. Inervação do músculo profundo, porção III e IV: ulnar (KENDALL et al., 1995) Flexor superficial dos dedos Origem da cabeça umeral: tendão flexor comum a partir do epicôndilo medial do úmero, ligamento colateral ulnar da articulação do cotovelo e fáscia antebraquial profunda. Origem da cabeça ulnar: lado medial do processo coronóide. Origem da cabeça radial: linha oblíqua do rádio. Inserção: por quatro tendões nos lados das falanges intermediárias do segundo até o quinto dedo. Ação: flexiona as articulações interfalângicas proximais do segundo até o quinto dedo, auxilia na flexão das articulações metacarpofalângicas e na flexão do punho. Inervação: mediano (KENDALL et al., 1995).

20 2.1.3 Flexor longo do polegar Origem: superfície anterior do corpo do rádio abaixo da tuberosidade, membrana interóssea, borda medial do processo coronóide da ulna e epicôndilo medial do úmero. Inserção: base da falange distal do polegar, superfície palmar. Ação: flexiona a articulação interfalângica do polegar, auxilia na flexão da articulação metacarpofalângica e carpometacárpica e pode auxiliar na flexão do punho. Inervação: mediano (KENDALL et al., 1995). 2.2 ANATOMIA DO NERVO MEDIANO Segundo Dângelo e Fattini (1995), o nervo mediano é formado pela união das raízes medial e lateral, oriundas dos respectivos fascículos e possui fibras das raízes C5, C6, C7, C8 e T1. No braço ele situa-se lateralmente à artéria braquial e posteriormente à borda medial do músculo bíceps braquial. Neste segmento corpóreo, ele não lança ramos, mas à medida que corre distalmente, cruza anteriormente a artéria braquial para situar-se medialmente a ela na fossa do cotovelo (fig. 02). NERVO MEDIANO

21 Figura 02 Anatomia do nervo mediano Fonte: NETTER et al., (1999). Moore (1994) cita que este nervo entra no antebraço com a artéria braquial. Situa-se sobre o músculo braquial e passa entre as duas cabeças do músculo pronador redondo, emitindo ramos para elas. A seguir desce profundamente ao músculo flexor superficial dos dedos, ao qual está intimamente fixado pela bainha fascial do músculo e continua distalmente entre este músculo e o flexor profundo dos dedos. Próximo ao punho, o nervo mediano torna-se superficial através da passagem entre os tendões do músculo flexor superficial dos dedos e do flexor radial do carpo, profundamente ao tendão do músculo palmar longo. Como já foi dito anteriormente, o nervo mediano não possui ramos no braço. Eles se originam no antebraço e na mão da seguinte maneira: O nervo interósseo anterior origina-se do nervo mediano na parte distal da fossa ulnar, seguindo para baixo sobre a membrana interóssea com o ramo interósseo anterior da artéria ulnar. Continua entre os músculos flexor profundo dos dedos e flexor longo do polegar para atingir o músculo pronador quadrado. Supre os três músculos, embora o nervo ulnar supra metade do músculo flexor profundo dos dedos. Transforma-se no nervo interósseo dorsal, que por sua vez segue profundamente ao pronador quadrado e termina enviando ramos articulares para a articulação do punho (MOORE, 1994).

22 Wadsworth (1993) cita que a parte motora do nervo mediano ainda supre o abdutor curto do polegar, o oponente do polegar, o flexor curto do polegar e o primeiro e segundo músculos lumbricais. Moore (1994) revela que há o ramo palmar cutâneo, que se origina do nervo mediano imediatamente proximal ao retináculo dos flexores e torna-se cutâneo entre os tendões dos músculos palmar longo e flexor radial do carpo. Ele prossegue superficialmente ao retináculo dos flexores para suprir a pele da parte lateral da região palmar. Ainda com relação à parte sensitiva, Wadsworth (1993) menciona que o nervo mediano transmite a sensação da porção lateral da palma e superfície tenar, a parte palmar do polegar, indicador, médio e metade lateral do dedo anular, se estendendo sobre o dorso das falanges terminais; a inervação é pura no ápice dos dedos indicador e médio (fig. 02). É interessante citar o que Moore (1994) nos explica: ocasionalmente há comunicações entre os nervos mediano e ulnar no antebraço. Estes ramos são geralmente representados por vários nervos delgados; porém, essas comunicações são clinicamente importantes, porque mesmo com uma lesão total do nervo mediano, alguns músculos podem não ficar paralisados, o que pode levar à conclusão errada de que o nervo mediano não foi lesado.

23 3 SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO 3.1 HISTÓRICO Mello (2001) cita que, em 1865, foi realizada a primeira descrição de uma compressão crônica do nervo mediano por Paget. Putnan foi o primeiro a descrever os clássicos sintomas clínicos de parestesias nas mãos, de caráter noturno e intermitente. Entretanto, foi nas décadas de 40 e 50 que neurologistas e cirurgiões aumentaram seu interesse pela patologia. Em 1960, com o desenvolvimento dos testes eletrodiagnósticos, da eletromiografia e do estudo das conduções sensitivas e motoras, é que se pôde assim, aumentar o índice de diagnóstico de síndrome do túnel do carpo (STC). Segundo Pereira et al. (1993), existem relatos sobre tratamento conservador da síndrome desde 1956, incluindo uso de injeção de esteróides, splint para punho, splint combinado com o uso de vitaminas e splint combinado com o uso de esteróides e de antiinflamatórios não-hormonais. O tratamento cirúrgico foi realizado pela primeira vez em outubro de 1929 por James Learmonth, com a secção do ligamento transverso do carpo, técnica popularizada mais tardiamente (PEREIRA et al., 1993). 3.2 FISIOPATOLOGIA Síndrome do túnel do carpo é produzida pela compressão do nervo mediano na sua passagem pelo punho (DAWSON, 1993). Martyn e Hughes 2 (apud Verdugo et al., 2002) relatam que é aceita como a síndrome de compressão nervosa mais comum. Os sintomas mais comuns, de acordo com Verdugo et al. (2002), são hipoestesia, parestesia, fraqueza muscular e dor na região suprida pelo nervo mediano (particularmente os dedos polegar, indicador, médio e metade radial do dedo anular) piorando a noite ou aos esforços. Dawson (1993) relata que a dor pode irradiar proximalmente ao antebraço e braço. Exames em fases precoces não revelam 2 MARTYN, C. N.; HUGHES, R. A. C. Epidemiology of peripheral neuropathy. Journal of neurology, neurosurgery and psychiatry. v. 62, n. 04, p , apr

24 freqüentemente nenhuma anormalidade. Com a compressão nervosa mais severa o paciente terá perda sensorial em cima de alguns ou todos os dedos inervados pelo nervo mediano e fraqueza de abdução do dedo polegar. Estes pacientes ainda poderão sofrer fraqueza ou atrofia tenar e diminuição da força de preensão (NADLER e NADLER, 2002). Szabo e Chidgey 3 (apud Dawson, 1993) nos falam que, sob circunstâncias normais, a pressão tecidual estudada por uma técnica denominada pavio (wick technique) dentro de um compartimento de um membro é de 7 ou 8 mmhg. Em casos de síndrome do túnel do carpo, a pressão é freqüentemente 30 mmhg perto do nível ao qual ocorre a deficiência orgânica do nervo. Com flexão ou extensão do punho ela pode chegar a até 90 mmhg. Lundborg et al. (1982) mostram que em neuropatias agudas de compressão há um aumento súbito da pressão, o qual resulta em isquemia local, pois há colapso dos vasos capilares de vasa nervorum. Então o nervo é privado de oxigenação e a sua resposta fisiológica é o bloqueio de condução. Isso é rapidamente reversível quando a pressão é diminuída. A compressão externa pode ser aplicada de vários modos, incluindo: (a) uma baixa força, presente por longo período; (b) uma aplicação focal aguda de uma força externa grande ou (c) aplicação repetitiva sumária de grandes forças. Além disso, a compressão também pode estar associada ao alongamento. A resposta também será bloqueio ou redução na velocidade de condução (WERNER e ANDARY, 2002). Contudo, Werner e Andary (2002) ainda dizem que a fisiopatologia de como a pressão no túnel carpal aumenta com o passar do tempo e com respeito à posição do punho estão obscuras. Podem ser mostrados dois tipos de pressão: pressão de fluido intersticial dentro do canal carpal e pressão de contato direto no nervo mediano de tecidos adjacentes. O aumento da pressão fluida com o passar do tempo é pensado como sendo reflexo do espessamento sinovial em um espaço limitado. Há 3 SZABO, R. M.; CHIDGEY, L. K. Stress carpal tunnel pressures in patients with carpal tunnel syndrome and normal patients. Journal of hand surgery. v. 14, n. 04, p , jul

25 mudanças dramáticas de pressão fluida no túnel do carpo de acordo com a posição do punho, aumentando principalmente com a flexão ou extensão. Com relação à pressão de contato direto, Kouyoumdjian (1999a) diz que anormalidades estruturais se desenvolvem lentamente nas fibras nervosas como resultado da pressão abaixo do retináculo flexor. Werner e Andary (2002) relatam que a classificação típica de dano nervoso (neuropraxia, axoniotmese e neurotmese) é inadequada para descrever a maioria das mudanças fisiopatológicas vistas na STC. Modelos crônicos são mais pertinentes a neuropatias de encarceramento, as quais freqüentemente tem um curso lento, insidioso. Porém, infelizmente o autor não cita exemplos para estes modelos crônicos. Para Braun et al. (1989), a STC não segue um curso previsível. Alguns pacientes experimentam uma deterioração da função da mão, já outros descrevem períodos de silêncio e exacerbação intermitente de sintomas, enquanto ainda há os que revelaram melhoria espontânea de sintomas sem tratamento médico. Meals (2000) fala que qualquer que seja a etiologia da isquemia nervosa no canal carpiano, faz-se necessária uma compressão apenas moderada para produzir os sintomas quando o nervo já se encontra enfermo por outra etiologia. Exemplificando, o paciente pode estar sofrendo compressão do nervo mediano mais proximalmente, na coluna cervical, no desfiladeiro torácico ou cotovelo. Nessas circunstâncias há necessidade de menor pressão ao nível do punho para que sejam produzidos os sintomas. Essa é chamada síndrome do duplo esmagamento, ou double crush. 3.3 ETIOLOGIA Wadsworth (1993) fala que qualquer condição patológica que diminua a área do túnel do carpo ou aumente o volume do seu conteúdo pode comprimir o nervo mediano, como por exemplo: hipertrofia sinovial, tenossinovites, calos de fraturas e tumores. Kisner e Colby (1998) complementam dizendo que, além destes, ainda pode haver a compressão por tendinite dos flexores (por movimentos de punho repetitivos) e artrite. Mattar Jr et al. (1996) citam a artrite reumatóide, hipotireoidismo e mulheres na

26 gestação ou na menopausa (pela retenção hídrica e alteração hormonal, respectivamente). Entretanto, Meals (2000) explica que, mesmo que tenham sido explorados os vários possíveis fatores etiológicos como citados acima, a causa da isquemia nervosa na maioria dos pacientes permanece inexplicada; estes são os pacientes que têm síndrome do túnel do carpo idiopática. 3.4 ESTÁGIOS DA SINTOMATOLOGIA Dawson et al. 4 (apud Kouyoumdjian, 1999a) classificam os pacientes com STC em três grandes grupos ou categorias: 1. Sintomatologia leve intermitente: Dor, dormência e formigamento na área de representação do nervo mediano, predominantemente noturno, acordando o paciente várias vezes; sintomas diurnos posicionais como dirigir autos, segurar objetos na mesma posição ou fazer trabalhos manuais. O retorno à normalidade é alcançado rapidamente por mudança de postura ou movimentação das mãos; o exame neurológico está normal e os testes de Tinel e Phalen podem estar positivos. O exame de condução nervosa pode estar normal (anormalidade isquêmica rapidamente reversível) ou revelar lentificação incipiente da condução do nervo mediano no carpo. 2. Sintomatologia persistente: Déficit sensitivo e perda da habilidade manual (déficit para pinçamento); dor tipo queimação, dormência mais acentuada, sensação de edema e congestão na mão. Melhora muito mais lenta mesmo com mudança de postura ou movimentação das mãos. O exame neurológico revela déficit sensitivo e motor, testes de Tinel e Phalen positivos e eventualmente atrofia tenar; os achados clínicos não dependem do tempo de compressão e sim do grau de lesão do nervo 4 DAWSON, D. M.; HALLETT, M.; MILLENDER, L. H. Entrapment neuropathies. 2 ed, Boston: Little, Brown, 1990.

27 mediano. O exame de condução nervosa revela lentificação evidente do nervo mediano no carpo. 3. STC grave: Acentuada perda sensitiva, inclusive discriminação de dois pontos, com déficit funcional grave e acentuada atrofia tenar e de pele; prognóstico mais reservado mesmo após descompressão. 3.5 DIAGNÓSTICO Para Rempel et al. (1998), os sintomas exatos ou critérios para diagnosticar a STC permanecem pobremente definidos. Uma conferência foi organizada para fazer um consenso e identificar uma combinação de sintomas (parestesia, hipoestesia, queimação e dor em combinação com sintomas noturnos), mais função do nervo mediano anormal baseada em nerve conduction studies (NCS, ou seja, estudos de condução nervosa) como sendo o gold standard (padrão de ouro) para diagnóstico da STC. Porém, esta definição foi aceita apenas para estudos epidemiológicos, mas ainda há um pouco de confusão relativa à parte clínica. Dawson (1993) prega que os testes eletrofisiológicos são importantes para o diagnóstico preciso da STC e deveriam ser levados em consideração na maioria dos casos. Oliveira (2000) explica que o diagnóstico eletrofisiológico consiste na demonstração de bloqueio da condução no nervo mediano ao nível do punho através de estudos de condução nervosa. Os métodos para demonstração deste bloqueio são variados, sendo geralmente uma questão de preferência pessoal do eletromiografista. Os parâmetros utilizados na avaliação eletrofisiológica da STC são: a latência motora distal; a latência sensitiva distal (ortodrômica e antidrômica); a latência sensitiva da palma até o punho; estimulação seriada através do punho; comparação de latências sensitivas entre os nervos mediano e ulnar, mediano e radial; comparação das latências sensitivas entre mediano e ulnar no dedo anular e a eletromiografia. Para Wiechers e Johnson (1994), a medida da amplitude do potencial não tem valor de localização, a menos que uma amplitude normal seja obtida com estímulos distais ao túnel do carpo. Özge et al. (2002) revelam que em casos mais severos, há redução significante da velocidade de latência distal pelo punho.

28 Além disso, há dois testes clínicos que são considerados para o diagnóstico da STC, que são: o teste de Phalen, no qual o paciente deve fazer a flexão máxima do punho e manter esta posição por no mínimo um minuto, sendo considerado positivo quando os sintomas da síndrome são reproduzidos; e o sinal de Tinel, que consiste em uma leve percussão sobre o curso do nervo mediano através do canal carpiano, sendo considerado positivo quando a percussão reproduzir dor e parestesia (HOPPENFELD, 1999; MEALS, 2000). Mas para Nadler e Nadler (2002), estes testes de Phalen e Tinel têm especificidade de apenas 59 a 77%. 3.6 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL É importante investigar a história clínica do paciente e realizar o exame físico. Ainda assim, devem ser excluídas outras patologias que possam confundir o diagnóstico, tais como radiculopatia cervical, neuropatia ulnar, síndrome do desfiladeiro torácico e síndromes de overuse (uso excessivo), que incluem: dor muscular, tendinite, fibrosite, epicondilite e condições psicológicas que possam contribuir à inaptidão (DAWSON, 1993). Além destas, ainda devemos estar atentos, de acordo com Johnson et al. (2000), para: tenossinovite do flexor radial do carpo, doença de Kienböck, compressão do nervo mediano no cotovelo, artrite pisotriquetal e artrite triescafóide. 3.7 INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA Há muita discordância sobre os números da síndrome do túnel carpal que atingem a população. Para Kouyoumdjian (1999b), estes valores ficam entre 51 a 125 para cada grupo de pessoas. Já Newport (2000) sugere que a incidência está aumentando, e que com uma expectativa de idade de 70 anos, 3,5% dos indivíduos do sexo masculino e 11% dos indivíduos do sexo feminino serão afetados pela STC.

29 Porém, é preciso observar que estes dados variam muito se compararmos a população geral com um grupo de pessoas que desempenham serviços manuais, pois estas têm uma maior predisposição à síndrome do túnel do carpo em relação àquelas. Hamill e Knutzen (1999) falam que, depois das lesões lombares, a síndrome do túnel do carpo é uma das lesões ocupacionais mais freqüentes. DeKrom et al. (1992) citam que a prevalência na população geral é de aproximadamente 5,8% no sexo feminino e 0,6% no sexo masculino. 3.8 TRATAMENTO Meals (2000) prega que o tratamento da síndrome do túnel do carpo se direciona para o alívio da pressão sobre o nervo mediano, e assim para a eliminação da isquemia e seus subseqüentes sintomas Tratamento conservador O tratamento conservador geralmente é realizado, de acordo com O Connor et al. (2002), quando os pacientes têm sintomas intermitentes ou moderados da síndrome, devendo ser iniciado quando estes começarem a incomodá-lo, ou quando os pacientes com indicação à cirurgia estiverem impossibilitados de realizá-la. O Connor et al. (2002) revelam que opções não-cirúrgicas para o tratamento da STC podem incluir intervenções múltiplas diferentes, como splinting, exercícios, ioga, ultra-som terapêutico, modificação de atividade, medicamento oral e vitaminas. A efetividade destas intervenções e o papel delas na administração da síndrome permanecem incertos. Para Johnson et al. (2000), a STC relacionada ao trabalho pode ser melhorada com modificações ergonômicas, como por exemplo, um apoio para o teclado ou antebraço e ajuste adequado da altura do teclado; por outro lado, deve-se evitar que o punho seja mantido em uma posição de flexão (como ocorre com dentistas), entre outras alterações. O uso de splinting no punho afetado em uma posição neutra é recomendado para mantê-lo em uma posição que tenha a mais baixa

30 pressão intra-canal e então uma menor pressão no nervo mediano (GELBERMAN et al., 1984; GERRITSEN et al., 2002). Para Ebenbichler et al. 5 (apud O Connor et al., 2002), o uso de ultra-som terapêutico é indicado por ter um efeito antiinflamatório e foi aplicado com a possibilidade de curar o nervo mediano em casos de STC, porém sem resultados comprovados. O uso da vitamina B6 é citado por Pereira et al. (1993), que falam que os resultados positivos obtidos com o tratamento pela vitamina podem variar entre 47 a 68% de remissão dos sintomas. Já Katz e Simmons (2002) não recomendam o uso de vitamina B6, pois não há nenhuma evidência de eficácia clínica de acordo com seus estudos. A ioga foi investigada como método de tratamento para STC por Garfinkel et al. (1998), que falam que o alongamento pode aliviar a compressão no túnel carpal, e demais posturas usadas na ioga podem diminuir a compressão nervosa, além de melhorar o fluxo sangüíneo ao nervo mediano. Pela mesma razão eles sugerem também mobilizar o nervo mediano dentro do canal carpal, se ele estiver aderente. De acordo com Meals (2000), injeção de corticosteróide no canal do carpo pode ser medida curativa para os sintomas iniciais e leves. Essa medicação acelera a resolução de qualquer espessamento tenossinovial inflamatório, proporcionando alívio da compressão. Katz e Simmons (2002) demonstram que a aplicação de corticosteróides pode melhorar os sintomas em 75% dos casos em relação ao placebo, porém muitos clínicos limitam o número de injeções no túnel carpal para aproximadamente três por ano para minimizar as complicações locais (como ruptura de tendões e irritação nervosa) e a possibilidade de efeitos tóxicos sistêmicos (como hiperglicemia ou hipertensão). Para Katz e Simmons (2002), quando a síndrome do túnel carpal surgir por fatores associados, como artrites reumáticas ou outros tipos de artrites inflamatórias, o tratamento da condição subjacente geralmente 5 EBENBICHLER, G. R.; RESCH, K. L.; NICOLAKIS, P.; WIESINGER, G. F.; UHL, F.; GHANEM, A.; FIALKA, V. Ultrasound treatment for treating the carpal tunnel syndrome: randomised "sham" controlled trial. British medical journal. v. 316, p , 1998.

31 alivia os sintomas. O tratamento de outras condições associadas (como hipotireoidismo ou diabetes mellitus) também é apropriado, embora faltem dados se tal tratamento alivia a síndrome de túnel carpal. Os fatores que favorecem o tratamento incruento são: o surgimento dos sintomas em período inferior há um ano, ausência de fraqueza ou atrofia tenar, ausência de denervação no eletromiograma e prolongamento da latência evocada distal sensorial do nervo mediano inferior a 1 mseg com relação ao lado oposto. Já os que prevêem mau resultado são: manifestação dos sintomas há mais de um ano, entorpecimento constante nos dedos 1, 2 e 3, fraqueza e atrofia tenar, discriminação entre dois pontos maior que 6 mseg e evidência eletromiográfica de potenciais de fibrilação nos músculos tenares supridos pelo mediano (NADLER e NADLER, 2002) Tratamento cirúrgico De acordo com O Connor et al. (2002) e Mattar Jr et al. (1996), o tratamento cirúrgico geralmente é realizado, quando os pacientes têm síndrome do túnel do carpo severa (ou avançada) com sintomas constantes de perturbações sensórias e motoras e/ou fraqueza e atrofia tenar. Kouyoumdjian (1999a) fala que a cirurgia deve ser indicada após tratamento conservador ineficaz. O tratamento cirúrgico envolve basicamente técnicas para liberação do túnel do carpo, que podem ser abertas ou endoscópicas (SILVA et al., 1996; PEREIRA et al., 1993; VERDUGO et al., 2002). Kouyoumdjian (1999a) fala que a cirurgia, apesar de representar um procedimento terapêutico indiscutível (podendo ter eficiência de até 92%), continua sendo tema controverso, pois seus efeitos adversos, apesar de pequenos, não devem ser menosprezados, e incluem descompressão inadequada, síndrome recorrente, lesão nervosa, distrofia simpático reflexa, cicatriz hipertrófica, disestesias e infecção. Para Mattar Jr et al. (1996), ainda pode ocorrer aumento da sensibilidade na região da cicatriz, dor na borda ulnar do punho, paresia na pinça digital e retorno tardio às atividades de vida diária e ao trabalho. 4 TERAPIA MANUAL

32 Para Barak et al. (1993), a manipulação de tecidos moles é uma das formas mais antigas de terapia física mencionada em registros médicos. Hipócrates ( ac) em seu livro Corpus Hippocrates relacionou métodos de tratamento que são comparados às técnicas de mobilização utilizadas atualmente. Para Lederman (2001), a terapia manual consiste em utilizar as mãos para curar, e pode ser definida como o uso da manipulação com propósitos terapêuticos. As técnicas são os instrumentos do terapeuta manual. Uma gama de técnicas e a compreensão da sua base fisiológica permitem maior flexibilidade no tratamento de um grande número de doenças. Compreendendo os mecanismos que estão por trás da resposta fisiológica do corpo à manipulação, o profissional poderá empregar a técnica mais adequada e eficaz ao quadro clínico, proporcionando um tratamento mais seguro, mais eficaz e em menor tempo (LEDERMAN, 2001). Lederman (2001) relata sobre a aplicação de carga por tensão, que pode também ser chamada de tração, alongamento, alongamento longitudinal ou extensão. Os tecidos se alongam sob a aplicação de carga tensiva que, por esse motivo, é utilizada para aumentar o tamanho de tecidos encurtados. Durante os processos de reparo e remodelamento, há um aumento da aglomeração de colágeno, resultando num tecido mais espesso e mais denso, aumentando, dessa forma, sua força e rigidez. A compressão sustentada, em contrapartida, produz o efeito oposto, resultando num tecido mais fino e com qualidades mecânicas inferiores. Portanto, devemos aplicar a medida exata de tensão para obter um reparo tecidual adequado, preservando e equilibrando força, densidade e elasticidade, colaborando para que este tecido tenha qualidades mecânicas superiores. Melzack e Wall 6 (apud Lederman 2001) nos explicam que um achado clínico comum é o de que algumas técnicas manuais podem proporcionar o alívio imediato da dor. Uma explicação possível para a analgesia induzida manualmente pode estar relacionada a um processo neurológico chamado bloqueio sensorial, ou teoria das comportas, onde o processamento e a percepção de uma modalidade sensorial podem estar reduzidos por um estímulo concomitante sobre outro. O sistema nervoso possui 6 MELZACK, R.; WALL, P. D. Pain mechanisms: a new teory. Science. v. 150, p , 1965.

33 mecanismos capazes de aumentar ou diminuir o fluxo de impulsos dos nervos periféricos para o sistema nervoso central (SNC). Esses mecanismos atuam como um bloqueio para as informações sensoriais, pois fibras nervosas de maior diâmetro (com maior velocidade de condução), como os mecanoceptores, bloqueiam a comporta e contribuem para o alívio da dor; enquanto fibras de pequeno diâmetro abrem a comporta, aumentando a sensação de dor. Bienfait (1989) explica que, na fisiologia articular, os movimentos principais são de grande amplitude, em sentidos bem definidos e são chamados de movimentos maiores. Ao lado desses, que as articulações permitem, todas elas apresentam, em diversos graus, possibilidades de movimentos secundários perfeitamente fisiológicos. Eles são geralmente classificados de anormais, ou atribuídos a uma frouxidão mais ou menos patológica. Aquilo que muitos chamam de frouxidão, são apenas micromovimentos fisiológicos indispensáveis à harmonia do gesto. Os movimentos articulares não são feitos com peças mecânicas sobre eixos fixos. A coaptação articular, particularmente sobre as articulações que recebem carga, não pode ser realizada sem um tempo de escorregamento que permita a adaptação das superfícies, corrigindo a inevitável falta de precisão entre estas, e esse tempo de escorregamento só é possível por esta pseudofrouxidão. Ela é fisiológica, sendo que os ligamentos não são coaptadores articulares, mas limitantes dos micromovimentos secundários (BIENFAIT, 1989). A amplitude de movimento (ADM) das articulações é limitada pelo encontro de faces ósseas nas posições extremas, pelo alongamento dos componentes capsulares ou pela tensão dos elementos elásticos dos músculos que as movem. Estes fatores provocam, freiam, limitam e controlam as amplitudes articulares, mas a tensão que exercem não ocorre sempre nas melhores condições mecânicas, não tracionando o segmento móvel de forma direta, mas com menor ou maior obliqüidade, pois os

34 músculos trabalham em sinergismo, cada um controlando a obliqüidade do outro. A uma sinergia muscular, deve corresponder uma sinergia articular (BIENFAIT, 1989). Bienfait (1989) relata que estes micromovimentos são de importância capital à boa coaptação articular e à maior parte dos sinergismos, sendo solicitados, portanto, a todo momento. Exemplificando, Bienfait (1989) coloca que, além do movimento que ocorre entre o rádio e a ulna, a pronosupinação resulta de micromovimentos de abdução, adução e de rotações que ocorrem na articulação umeroulnar. Sem eles, este movimento não ocorreria tão perfeitamente.

35 5 MATERIAIS E MÉTODOS 5.1 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO Este estudo se caracterizou como sendo estudo de caso. 5.2 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO Para ser incluso no trabalho, o indivíduo deveria ser portador da síndrome do túnel do carpo e ter disponibilidade e interesse para fazer parte do estudo. 5.3 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO O indivíduo seria excluído do estudo caso faltasse na terapia por 2 vezes consecutivas ou 3 alternadas, ou caso já tivesse sido submetido a procedimento cirúrgico. 5.4 METODOLOGIA Foi elaborado um projeto, denominado Análise da adequação de técnicas de terapia manual de cotovelo e punho no tratamento da síndrome do túnel do carpo. Este obteve aprovação pelo comitê de ética em pesquisa do CCBS/UNIOESTE, sob número de protocolo CR /2002 (anexo A). A intenção inicial seria realizar um estudo comparativo entre dois grupos de pacientes portadores de síndrome do túnel do carpo, tratando um grupo com terapia manual e outro com fisioterapia convencional; entretanto, não foi conseguido o número de pacientes inicialmente desejado. Assim sendo, foi realizado o estudo de um caso. No período compreendido entre 03/12/2002 a 19/12/2002, com freqüência de 4 vezes por semana (segunda-feira, terça-feira, quinta-feira e sexta-feira), foi realizada a coleta de dados. Para a realização do trabalho foi executada a aplicação de um protocolo de técnicas de terapia manual em uma paciente portadora de síndrome do túnel do carpo, que fora submetida a este protocolo por 10 sessões.

36 Inicialmente, foi realizada a avaliação através de uma ficha elaborada para o projeto (anexo B), que foi preenchida na primeira sessão. Durante as demais 9 sessões foi preenchida um ficha de evolução (anexo C), que mensurava apenas as variáveis estudadas. Estas variáveis e a maneira como foram mensuradas são descritas a seguir Dor Como procedimento de registro dos dados, para mensurar o grau de dor foi utilizada a escala visual analógica (EVA), proposta por Teixeira e Pimenta (2001), ilustrada na fig. 03. ESCALA DE DOR Figura 03 Escala visual analógica de dor Fonte: TEIXEIRA e PIMENTA, (2001). Foi solicitado que a paciente assinalasse, dentre as dez opções, aquela que mais se assemelhava à dor que ela sentiu, como se fizesse uma média da dor sentida no dia anterior Parestesia Como procedimento de registro dos dados, para mensurar o grau de parestesia da paciente foi usada a escala proposta por Louzão Neto (1998), descrita na tab. 01. ESCALA DE PARESTESIA Grau Parestesia 0 Parestesia ausente ou duvidosa 1 Parestesia leve que raramente incomoda o paciente 2 Parestesia moderada que incomoda claramente o paciente 3 Parestesia grave que incomoda muito o paciente.

37 Tabela 01 Escala de parestesia Fonte: LOUZÃO NETO, (1998). Foi solicitado que a paciente assinalasse, dentre as quatro opções, aquela que mais se assemelhava à sensação que ela sentiu, como se fizesse uma média da parestesia sentida no dia anterior Força muscular Para testar a força muscular (FM) do movimento de oponência do polegar, foi usado o teste proposto por Kendall et al. (1995). O examinador estabilizou a mão do paciente que, na prova, fez flexão, abdução e leve rotação medial do osso metacárpico de tal modo que a unha se apresentasse em vista palmar (fez o movimento de oponência, tentando encostar a ponta do polegar na ponta do dedo mínimo). O examinador exerceu a resistência fazendo pressão contra o osso metacárpico, na direção da extensão e adução com rotação lateral. O grau de força muscular foi atribuído de acordo com a escala de força proposta por Kendall et al. (1995), apresentada na tab. 02 GRADUAÇÃO DE FORÇA MUSCULAR Força Grau Normal 5 Bom 4 Regular 3 Fraco 2 Traço 1 Zero 0 Tabela 02 Graduação de prova de força muscular Fonte: KENDALL et al., (1995). Segundo a tab. 02, o grau 5 representa que o paciente é capaz de superar maior quantidade de resistência do que um músculo são. O grau 4 representa que ele pode realizar o movimento até uma parte contra resistência externa bem como contra a gravidade. No grau 3 o paciente consegue realizar o movimento apenas contra gravidade, sem resistência. No grau 2 ele produz movimento com a gravidade eliminada, mas não é capaz de funcionar contra a gravidade. No grau 1 pode-se sentir a

38 contração muscular, mas não se consegue produzir o movimento. Já no grau 0 (zero) não se sente contração nenhuma (KENDALL et al., 1995) Amplitude de movimento A amplitude de movimento foi mensurada segundo o modelo proposto por Marques (1997). Para isso foi utilizado um goniômetro marca Carci. Os movimentos observados e sua respectiva forma de mensuração foram as seguintes: Flexão do punho (fig. 04) Amplitude normal: 0-90º Posição ideal: O indivíduo está posicionado com o antebraço em pronação e com o cotovelo fletido a aproximadamente 90º. Os dedos ficarão estendidos quando for realizado o movimento. Braço fixo do goniômetro: Colocado sobre a face medial da ulna. Braço móvel do goniômetro: Sobre a superfície medial do quinto metacarpo. Eixo: Superfície medial do punho. FLEXÃO Figura 04 Mensuração do movimento de flexão do punho Fonte: MARQUES, (1997) Extensão do punho (fig. 05) Amplitude normal: 0-70º Posição ideal: O indivíduo está posicionado com o antebraço em pronação e com o cotovelo fletido a aproximadamente 90º. Braço fixo do goniômetro: Colocado sobre a face medial da ulna. Braço móvel do goniômetro: Sobre a superfície medial do quinto metacarpo.

39 Eixo: Superfície medial do punho. EXTENSÃO Figura 05 Mensuração do movimento de extensão do punho Fonte: MARQUES, (1997) Desvio radial (fig. 06) Amplitude normal: 0-20º Posição ideal: O indivíduo está posicionado com o cotovelo fletido e o antebraço em pronação. A mão deve realizar o desvio radial. Braço fixo do goniômetro: Colocado sobre a região posterior do antebraço, apontando para o epicôndilo lateral. Braço móvel do goniômetro: Sobre a superfície dorsal do terceiro metacarpo. Eixo: Sobre a articulação radiocárpica. DESVIO RADIAL Desvio ulnar (fig. 07) Figura 06 Mensuração do movimento de desvio radial do punho Fonte: MARQUES, (1997). Amplitude normal: 0-45º Posição ideal: O indivíduo está posicionado com o cotovelo fletido e o antebraço em pronação, devendo a mão realizar o desvio ulnar. Braço fixo do goniômetro: Colocado sobre a região posterior do antebraço, dirigido para o epicôndilo lateral.

40 Braço móvel do goniômetro: Colocado paralelo e sobre a superfície dorsal do terceiro metacarpo. Eixo: Sobre a articulação radiocárpica. DESVIO ULNAR Figura 07 Mensuração do movimento de desvio ulnar do punho Fonte: MARQUES, (1997) Pronação (fig. 08) Amplitude normal: 0-90º Posição ideal: O indivíduo está posicionado, com o cotovelo fletido a 90º mantendo-se o braço junto ao corpo e o antebraço em posição neutra entre a pronação e a supinação, com o polegar estendido. O goniômetro é colocado na superfície dorsal dos metacarpianos. Braço fixo do goniômetro: Colocado sobre a superfície dorsal dos metacarpianos, paralelo ao eixo longitudinal do úmero. O goniômetro permanece fixo. Braço móvel do goniômetro: Alinhado paralelo ao eixo do polegar, acompanhar a pronação. Eixo: Sobre a articulação metacarpofalangeana do terceiro dedo. PRONAÇÃO Figura 08 Mensuração do movimento de pronação do punho Fonte: MARQUES, (1997) Supinação (fig. 09) Amplitude normal: 0-90º

41 Posição ideal: O indivíduo está posicionado, com o cotovelo fletido a 90º mantendo-se o braço junto ao corpo e o antebraço em posição neutra entre a pronação e a supinação, com o polegar estendido. O goniômetro é colocado na superfície dorsal dos metacarpianos. Braço fixo do goniômetro: Colocado sobre a superfície dorsal dos metacarpianos, paralelo ao eixo longitudinal do úmero. O goniômetro permanece fixo. Braço móvel do goniômetro: Alinhado paralelo ao eixo do polegar, acompanhar a supinação. Eixo: Sobre a articulação metacarpofalangeana do terceiro dedo. SUPINAÇÃO Figura 09 Mensuração do movimento de supinação do punho Fonte: MARQUES, (1997) Técnicas utilizadas Foi utilizado um protocolo composto por 5 técnicas de terapia manual. A seguir, segue a descrição de cada uma: Técnica de tração do cotovelo (adaptada de Edmond et al., 2000) Posicionamento: paciente deitado em decúbito dorsal. A articulação umeroulnar é colocada na posição de repouso, com flexão de cotovelo de 90º. O terapeuta fica ao lado do quadril do paciente, de frente para a articulação umeroulnar, com o braço do paciente apoiado na mesa. A mão que estabiliza segura o úmero distalmente pelo lado ventral. A mão que mobiliza segura o punho em forma de bracelete (fig. 10). Procedimento: a mão que estabiliza segura o úmero distal contra a mesa, ou divã. A mão que manipula traciona o punho para cima, afastando-o da superfície articular umeral. Esta técnica objetiva aumentar a mobilidade intra-articular na articulação umeroulnar, aumentar a ADM geral da articulação do cotovelo, diminuir a dor no cotovelo e aumentar a nutrição para as estruturas articulares.

COMPRESSÃO DO NERVO MEDIANO NO PUNHO (SÍNDROME DO

COMPRESSÃO DO NERVO MEDIANO NO PUNHO (SÍNDROME DO COMPRESSÃO DO NERVO MEDIANO NO PUNHO (SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO) Roberto Sergio Martins A síndrome do túnel do carpo (STC) é a neuropatia de origem compressiva mais frequente, incidindo em cerca de 1%

Leia mais

Dados Pessoais: História social e familiar. Body Chart. Questões especiais Exames Complementares Rx (23/08/2012) placa de fixação interna a nível da

Dados Pessoais: História social e familiar. Body Chart. Questões especiais Exames Complementares Rx (23/08/2012) placa de fixação interna a nível da Dados Pessoais: Nome: M. Idade: 29 Morada: Contacto: Médico: Fisioterapeuta: Profissão: Técnica de comunicação Diagnóstico Médico: Síndrome de Kienbock História Clínica: 2009-1 mês após uma mudança de

Leia mais

EXAME CLÍNICO DE MEMBROS SUPERIORES E COLUNA ATIVO CONTRA-RESISTÊNCIA MOVIMENTAÇÃO ATIVA

EXAME CLÍNICO DE MEMBROS SUPERIORES E COLUNA ATIVO CONTRA-RESISTÊNCIA MOVIMENTAÇÃO ATIVA Logomarca da empresa Nome: N.º Registro ESQUERDA EXAME CLÍNICO DE MEMBROS SUPERIORES E COLUNA ATIVO CONTRA-RESISTÊNCIA MOVIMENTAÇÃO ATIVA PESCOÇO (COLUNA CERVICAL) Inclinação (flexão lateral) OMBROS Abdução

Leia mais

É uma artic. de eixo uniaxial que possui um grau de liberdade; Posição de repouso: 10 de supinação; Posição de aproximação máxima: 5 de supinação.

É uma artic. de eixo uniaxial que possui um grau de liberdade; Posição de repouso: 10 de supinação; Posição de aproximação máxima: 5 de supinação. Avaliação Fisioterapêutica do Punho e da Mão Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional Profa. Dra. Sílvia Maria Amado João 1. Anatomia Aplicada Articulação Radioulnar Distal É

Leia mais

Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional-FMUSP. Profa. Dra. Sílvia Maria Amado João

Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional-FMUSP. Profa. Dra. Sílvia Maria Amado João Avaliação Fisioterapêutica do Cotovelo Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional-FMUSP Profa. Dra. Sílvia Maria Amado João 1. Anatomia Aplicada Articulação ulnoumeral ou troclear:

Leia mais

PROVA ESPECÍFICA DE FISIOTERAPIA. Conforme a Síndrome de De Quervain, estão corretas as afirmações, EXCETO:

PROVA ESPECÍFICA DE FISIOTERAPIA. Conforme a Síndrome de De Quervain, estão corretas as afirmações, EXCETO: 12 PROVA ESPECÍFICA DE FISIOTERAPIA QUESTÃO 41: Conforme a Síndrome de De Quervain, estão corretas as afirmações, EXCETO: a) É a inflamação da bainha dos tendões do abdutor longo e do extensor curto do

Leia mais

Capsulite Adesiva ou Ombro Congelado Congelado

Capsulite Adesiva ou Ombro Congelado Congelado 1 Consiste em uma articulação do ombro com dor e rigidez que não pode ser explicada por nenhuma alteração estrutural. Obs: Embora seja comum o uso destes termos nas aderências pós traumáticas do ombro,

Leia mais

LER/DORT. www.cpsol.com.br

LER/DORT. www.cpsol.com.br LER/DORT Prevenção através s da ergonomia DEFINIÇÃO LER: Lesões por Esforços Repetitivos; DORT: Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho; São doenças provocadas pelo uso inadequado e excessivo

Leia mais

Ergonomia é o estudo do. relacionamento entre o homem e o seu trabalho, equipamento e ambiente, e. particularmente a aplicação dos

Ergonomia é o estudo do. relacionamento entre o homem e o seu trabalho, equipamento e ambiente, e. particularmente a aplicação dos ERGONOMIA ERGONOMIA relacionamento entre o homem e o seu trabalho, equipamento e ambiente, e conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução dos problemas surgidos deste relacionamento. Em

Leia mais

BANDAGEM FUNCIONAL. Prof. Thiago Y. Fukuda

BANDAGEM FUNCIONAL. Prof. Thiago Y. Fukuda BANDAGEM FUNCIONAL Prof. Thiago Y. Fukuda INTRODUÇÃO (BANDAGEM) Refere-se à aplicação de algum tipo de fita protetora que adere à pele de determinada articulação. A bandagem quando aplicada corretamente,

Leia mais

EXERCÍCIOS SISTEMA ESQUELÉTICO

EXERCÍCIOS SISTEMA ESQUELÉTICO EXERCÍCIOS SISTEMA ESQUELÉTICO 1. Quais as funções do esqueleto? 2. Explique que tipo de tecido forma os ossos e como eles são ao mesmo tempo rígidos e flexíveis. 3. Quais são as células ósseas e como

Leia mais

Reumatismos de Partes Moles Diagnóstico e Tratamento

Reumatismos de Partes Moles Diagnóstico e Tratamento Reumatismos de Partes Moles Diagnóstico e Tratamento MARINA VERAS Reumatologia REUMATISMOS DE PARTES MOLES INTRODUÇÃO Também denominado de reumatismos extra-articulares Termo utilizado para definir um

Leia mais

Complexo do cotovelo. Diogo Barros de Moura Lima

Complexo do cotovelo. Diogo Barros de Moura Lima Complexo do cotovelo Diogo Barros de Moura Lima Anatomia Complexo do cotovelo Articulação umeroulnar Cotovelo Articulação umerorradial Articulação radiulnar proximal (pronação/supinação) flexão/extensão

Leia mais

Classificação e diagnóstico das LER/DORT

Classificação e diagnóstico das LER/DORT Aula 06 Classificação e diagnóstico das LER/DORT 5 - CLASSIFICAÇÕES DOS GRAUS DE ACOMETIMENTO PELAS LER/DORT Grau I - É caracterizado pela sensação de peso e desconforto no membro afetado, dor localizada

Leia mais

ANATOMIA HUMANA. Faculdade Anísio Teixeira Prof. João Ronaldo Tavares de Vasconcellos Neto

ANATOMIA HUMANA. Faculdade Anísio Teixeira Prof. João Ronaldo Tavares de Vasconcellos Neto ANATOMIA HUMANA Faculdade Anísio Teixeira Prof. João Ronaldo Tavares de Vasconcellos Neto Os seres mais basais possuem capacidade de reação a estímulos ambientais; Células procariontes, metazoários contraem

Leia mais

AVALIAÇÃO DO OMBRO ANATOMIA DO OMBRO ANATOMIA DO OMBRO ANATOMIA DO OMBRO ANATOMIA DO OMBRO ANATOMIA DO OMBRO Articulação Sinovial Forma de sela Três graus de liberdade Posição de Repouso Posição de aproximação

Leia mais

Dor no Ombro. Especialista em Cirurgia do Ombro e Cotovelo. Dr. Marcello Castiglia

Dor no Ombro. Especialista em Cirurgia do Ombro e Cotovelo. Dr. Marcello Castiglia Dor no Ombro Dr. Marcello Castiglia Especialista em Cirurgia do Ombro e Cotovelo O que a maioria das pessoas chama de ombro é na verdade um conjunto de articulações que, combinadas aos tendões e músculos

Leia mais

Fraturas e Luxações do Cotovelo em Adultos:

Fraturas e Luxações do Cotovelo em Adultos: Fraturas e Luxações do Cotovelo em Adultos: Fraturas do cotovelo em adultos: l As fraturas correspondem 31.8% dos traumas em cotovelo no adulto; l Freqüência: cabeça do rádio 39,4%; luxação do cotovelo

Leia mais

É uma fratura comum que ocorre em pessoas de todas as idades. Anatomia. Clavícula

É uma fratura comum que ocorre em pessoas de todas as idades. Anatomia. Clavícula Fratura da Clavícula Dr. Marcello Castiglia Especialista em Cirurgia do Ombro e Cotovelo É uma fratura comum que ocorre em pessoas de todas as idades. Anatomia O osso da clavícula é localizado entre o

Leia mais

Músculos do Antebraço e Mão

Músculos do Antebraço e Mão UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Instituto de Ciências Biomédicas Departamento de Anatomia Músculos do Antebraço e Mão Profa. Elen H. Miyabara elenm@usp.br Músculos da Flexão do Cotovelo (3) Músculos da Extensão

Leia mais

Ergonomia Corpo com Saúde e Harmonia

Ergonomia Corpo com Saúde e Harmonia Ergonomia Corpo com Saúde e Harmonia Dr. Leandro Gomes Pistori Fisioterapeuta CREFITO-3 / 47741-F Fone: (16) 3371-4121 Dr. Paulo Fernando C. Rossi Fisioterapeuta CREFITO-3 / 65294 F Fone: (16) 3307-6555

Leia mais

Lesoes Osteoarticulares e de Esforco

Lesoes Osteoarticulares e de Esforco Lesoes Osteoarticulares e de Esforco Dr.Roberto Amin Khouri Ortopedia e Traumatologia Ler/Dort Distúrbio osteoarticular relacionado com o trabalho. Conjunto heterogênio de quadros clínicos que acometem:

Leia mais

Núcleo de Ensino em saúde www.sogab.com.br Escola de Massoterapia APOSTILA DE POMPAGEM. Pompagem

Núcleo de Ensino em saúde www.sogab.com.br Escola de Massoterapia APOSTILA DE POMPAGEM. Pompagem Pompagem Dentre as várias técnicas da terapia manual, a Pompagem é uma das mais simples de ser aplicada e traz benefícios aos pacientes quase de imediato. Foi desenvolvida por um osteopata Norte-Americano

Leia mais

Avaliação Fisioterapêutica do Ombro Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional-FMUSP

Avaliação Fisioterapêutica do Ombro Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional-FMUSP Avaliação Fisioterapêutica do Ombro Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional-FMUSP Profa. Dra. Sílvia Maria Amado João 1. Anatomia Aplicada Articulação esternoclavicular: É uma

Leia mais

Músculos do Antebraço e Mão

Músculos do Antebraço e Mão UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Instituto de Ciências Biomédicas Departamento de Anatomia Músculos do Antebraço e Mão Profa. Elen H. Miyabara elenm@usp.br Músculos da Flexão do Cotovelo (3) Músculos da Extensão

Leia mais

MÚSCULOS DO ANTEBRAÇO

MÚSCULOS DO ANTEBRAÇO FACULDADE DE PINDAMONHANGABA 1 MÚSCULOS DO ANTEBRAÇO REGIÃO ANTERIOR (flexores do punho e dos dedos e pronadores) GRUPO SUPERFICIAL MÚSCULO PRONADOR REDONDO cabeça umeral: epicôndilo medial do úmero cabeça

Leia mais

Global Training. The finest automotive learning

Global Training. The finest automotive learning Global Training. The finest automotive learning Cuidar da saúde com PREFÁCIO O Manual de Ergonomia para o Motorista que você tem em agora em mãos, é parte de um programa da Mercedes-Benz do Brasil para

Leia mais

CURSO DE MUSCULAÇÃO E CARDIOFITNESS. Lucimére Bohn lucimerebohn@gmail.com

CURSO DE MUSCULAÇÃO E CARDIOFITNESS. Lucimére Bohn lucimerebohn@gmail.com CURSO DE MUSCULAÇÃO E CARDIOFITNESS Lucimére Bohn lucimerebohn@gmail.com Estrutura do Curso Bases Morfofisiológicas - 25 hs Princípios fisiológicos aplicados à musculação e ao cardiofitness Aspectos biomecânicos

Leia mais

LESÕES DOS ISQUIOTIBIAIS

LESÕES DOS ISQUIOTIBIAIS LESÕES DOS ISQUIOTIBIAIS INTRODUÇÃO Um grande grupo muscular, que se situa na parte posterior da coxa é chamado de isquiotibiais (IQT), o grupo dos IQT é formado pelos músculos bíceps femoral, semitendíneo

Leia mais

Artroscopia do Cotovelo

Artroscopia do Cotovelo Artroscopia do Cotovelo Dr. Marcello Castiglia Especialista em Cirurgia do Ombro e Cotovelo Artroscopia é uma procedimento usado pelos ortopedistas para avaliar, diagnosticar e reparar problemas dentro

Leia mais

Tipos de tratamentos utilizados para os pectus: vantagens e desvantagens de cada um

Tipos de tratamentos utilizados para os pectus: vantagens e desvantagens de cada um Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade física adaptada e saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira Tipos de tratamentos utilizados para os pectus: vantagens e desvantagens de cada um 1 - Órteses de

Leia mais

Avaliação Fisioterapêutica da Coluna Cervical Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional

Avaliação Fisioterapêutica da Coluna Cervical Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional Avaliação Fisioterapêutica da Coluna Cervical Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional Profa. Dra. Sílvia Maria Amado João 1. Anatomia Aplicada A coluna cervical consiste em diversas

Leia mais

O QUE É TREINAMENTO FUNCIONAL? Por Artur Monteiro e Thiago Carneiro

O QUE É TREINAMENTO FUNCIONAL? Por Artur Monteiro e Thiago Carneiro O QUE É TREINAMENTO FUNCIONAL? Por Artur Monteiro e Thiago Carneiro O corpo humano é projetado para funcionar como uma unidade, com os músculos sendo ativados em seqüências especifica para produzir um

Leia mais

Alongamentos para a Parte Inferior das Costas e Quadril para Fazer em sua Mesa

Alongamentos para a Parte Inferior das Costas e Quadril para Fazer em sua Mesa Flexibilidade Total Saiba como Melhorar sua Flexibilidade através de Alongamentos Específicos por Joey Atlas Alongamentos para a Parte Inferior das Costas e Quadril para Fazer em sua Mesa Rotina de 6 minutos

Leia mais

Antebraço, Fossa Cubital e Mão

Antebraço, Fossa Cubital e Mão Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Ciências Básicas da Saúde Departamento de Ciências Morfológicas Curso de Fisioterapia DISCIPLINA DE ANATOMIA HUMANA Antebraço, Fossa Cubital e Mão

Leia mais

*Ulna Rádio Carpo Metacarpo Falanges: Sesamóides

*Ulna Rádio Carpo Metacarpo Falanges: Sesamóides PUNHO E MÃO OSSOS *Ulna processo estilóide e cabeça da ulna. Rádio - processo estilóide, tubérculo de Lister e incisura ulnar do rádio. Carpo: escafóide, semilunar, piramidal, pisiforme, trapézio, trapezóide,

Leia mais

E S T U D O D O M O V I M E N T O - V

E S T U D O D O M O V I M E N T O - V 1 Pronação A pronação corresponde ao movimento que coloca a face palmar da mão virada para trás, colocando o 1º dedo (polegar) da mão mais próximo do plano sagital. Supinação A supinação corresponde ao

Leia mais

Luxação da Articulação Acrômio Clavicular

Luxação da Articulação Acrômio Clavicular Luxação da Articulação Acrômio Clavicular INTRODUÇÃO As Luxações do ombro são bem conhecidas especialmente durante a prática de alguns esportes. A maior incidencia de luxção do ombro são na verdade luxação

Leia mais

A Lesão. A Lesão. A lesão provoca congestão local causada por obstrução de QiE XUE nas articulações

A Lesão. A Lesão. A lesão provoca congestão local causada por obstrução de QiE XUE nas articulações Acupuntura Acupuntura e Traumatologia e Traumatologia É o estudo das patologias próprias do sistema esquelético, causadas principalmente por traumatismos utilizando a especialidade de acupuntura como recurso

Leia mais

13/05/2013. Prof.Msc.Moisés Mendes Universidade Estadual do Piauí- Teresina

13/05/2013. Prof.Msc.Moisés Mendes Universidade Estadual do Piauí- Teresina Prof.Msc.Moisés Mendes Universidade Estadual do Piauí- Teresina professormoises300@hotmail.com Extremidade distal do rádio Extremidade distal da ulna Carpo ( escafóide, semilunar, piramidal, trapézio,

Leia mais

Treino de Alongamento

Treino de Alongamento Treino de Alongamento Ft. Priscila Zanon Candido Avaliação Antes de iniciar qualquer tipo de exercício, considera-se importante que o indivíduo seja submetido a uma avaliação física e médica (Matsudo &

Leia mais

Músculo Origem Inserção Inervação Ação

Músculo Origem Inserção Inervação Ação Músculos Toracoapendiculares Anteriores Músculo Origem Inserção Inervação Ação Peitoral Maior Porção clavicular: Face anterior da metade anterior da clavícula; Porção esternocostal: face anterior do esterno

Leia mais

RETALHOS LIVRES PARA O COTOVELO E ANTEBRAÇO

RETALHOS LIVRES PARA O COTOVELO E ANTEBRAÇO RETALHOS LIVRES PARA O COTOVELO E ANTEBRAÇO Mário Yoshihide Kuwae 1, Ricardo Pereira da Silva 2 INTRODUÇÃO O antebraço e cotovelo apresentam características distintas quanto a cobertura cutânea, nas lesões

Leia mais

Lesões Labrais ou Lesão Tipo SLAP

Lesões Labrais ou Lesão Tipo SLAP INTRODUÇÃO Lesões Labrais ou Lesão Tipo SLAP Desde que os cirurgiões ortopédicos começaram a utilizar câmeras de vídeo, chamadas artroscópios, para visualizar, diagnosticar e tratar problemas dentro da

Leia mais

Sintomas da LER- DORT

Sintomas da LER- DORT LER-DORT A LER e DORT são as siglas para Lesões por Esforços Repetitivos e Distúrbios Osteo-musculares Relacionados ao Trabalho. Os termos LER/DORT são usados para determinar as afecções que podem lesar

Leia mais

LESÕES OSTEOMUSCULARES

LESÕES OSTEOMUSCULARES LESÕES OSTEOMUSCULARES E aí galera do hand mades é com muito orgulho que eu estou escrevendo este texto a respeito de um assunto muito importante e que muitas vezes está fora do conhecimento de vocês Músicos.

Leia mais

Punho - Mão. Punho - Mão Cinesiologia. Renato Almeida

Punho - Mão. Punho - Mão Cinesiologia. Renato Almeida Punho - Mão Questão de Concurso Treinando... (NOVA ESPERANÇA DO SUL - RS) São ossos carpais: a) Trapezoide, Escafoide, Capitato, Cuboide, Estiloide, Trapézio e Hamato. b) Rádio, Capitato, Trapezoide, Talo,

Leia mais

www.josegoe s.com.br Prof. Ms. José Góes Página 1

www.josegoe s.com.br Prof. Ms. José Góes Página 1 Página 1 A coluna vertebral, assim como qualquer articulação, apresenta movimentos que possuem tanto grande como pequena amplitude articular. Estes recebem o nome de Macromovimentos e Micromovimentos,

Leia mais

Gerenciamento de Problemas

Gerenciamento de Problemas Gerenciamento de Problemas O processo de Gerenciamento de Problemas se concentra em encontrar os erros conhecidos da infra-estrutura de TI. Tudo que é realizado neste processo está voltado a: Encontrar

Leia mais

Por esse motivo é tão comum problemas na coluna na sua grande maioria posturais.

Por esse motivo é tão comum problemas na coluna na sua grande maioria posturais. R.P.G. E A MECÂNICA DA NOSSA COLUNA VERTEBRAL * Dr. Gilberto Agostinho A coluna vertebral, do ponto de vista mecânico é um verdadeiro milagre. São 33 vértebras (7 cervicais + 12 torácicas + 5 lombares

Leia mais

AT I. ACADEMIA DA TERCEIRA IDADE Melhor, só se inventarem o elixir da juventude. Uma revolução no conceito de promoção da saúde.

AT I. ACADEMIA DA TERCEIRA IDADE Melhor, só se inventarem o elixir da juventude. Uma revolução no conceito de promoção da saúde. AT I ACADEMIA DA TERCEIRA IDADE Melhor, só se inventarem o elixir da juventude. Uma revolução no conceito de promoção da saúde. Maringá é integrante da Rede de Municípios Potencialmente Saudáveis e não

Leia mais

4 Segmentação. 4.1. Algoritmo proposto

4 Segmentação. 4.1. Algoritmo proposto 4 Segmentação Este capítulo apresenta primeiramente o algoritmo proposto para a segmentação do áudio em detalhes. Em seguida, são analisadas as inovações apresentadas. É importante mencionar que as mudanças

Leia mais

Teste de Flexibilidade

Teste de Flexibilidade Teste de Flexibilidade Introdução O teste de Fleximetria foi aprimorado pelo ICP à partir do teste do Flexômetro de LEIGHTON deve ser aplicado com a intenção de se coletar informações sobre o funcinamento

Leia mais

SISTEMA MUSCULAR. Profª Fabíola Alves dos Reis 2014

SISTEMA MUSCULAR. Profª Fabíola Alves dos Reis 2014 SISTEMA MUSCULAR Profª Fabíola Alves dos Reis 2014 OBJETIVOS Diferenciar os tipos de músculos. Conhecer as estruturas micro e macroscópicas dos músculos. Conceituar: estados de contração e de relaxamento,

Leia mais

A CIÊNCIA DOS PEQUENOS JOGOS Fedato Esportes Consultoria em Ciências do Esporte

A CIÊNCIA DOS PEQUENOS JOGOS Fedato Esportes Consultoria em Ciências do Esporte A CIÊNCIA DOS PEQUENOS JOGOS Fedato Esportes Consultoria em Ciências do Esporte Prof. Antonio Carlos Fedato Filho Prof. Guilherme Augusto de Melo Rodrigues Monitorando e conhecendo melhor os trabalhos

Leia mais

Bursite do Olécrano ou Bursite do Cotovelo

Bursite do Olécrano ou Bursite do Cotovelo INTRODUÇÃO Bursite do Olécrano ou Bursite do Cotovelo Bursite do olécrano é a inflamação de uma pequena bolsa com líquido na ponta do cotovelo. Essa inflamação pode causar muitos problemas no cotovelo.

Leia mais

ÓRTESES DE MÃOS. ÓRTESES: Vem da palavra grega orthos que significa corrigir.

ÓRTESES DE MÃOS. ÓRTESES: Vem da palavra grega orthos que significa corrigir. ÓRTESES DE MÃOS ÓRTESES: Vem da palavra grega orthos que significa corrigir. O que é Órtose: é um dispositivo utilizado para suportar, imobilizar um segmento durante a fase de recuperação, ou para corrigir

Leia mais

CINESIOLOGIA APLICADA. Articulações do cotovelo, punho e da mão

CINESIOLOGIA APLICADA. Articulações do cotovelo, punho e da mão CINESIOLOGIA APLICADA Articulações do cotovelo, punho e da mão OSSOS - COTOVELO ÚMERO ULNA RÁDIO MOVIMENTOS ARTICULARES ARTICULAÇÃO DO COTOVELO: FLEXÃO EXTENSÃO ARTICULAÇÃO RÁDIO ULNAR: PRONAÇÃO SUPINAÇÃO

Leia mais

LER/DORT. Dr. Rodrigo Rodarte

LER/DORT. Dr. Rodrigo Rodarte LER/DORT Dr. Rodrigo Rodarte Há dois lados em todas as questões (Pitágoras, 410 445 a.c.) Definição: As L.E.R. são Lesões por Esforços Repetitivos (definição mais antiga) A D.O.R.T. (conhecidas como doenças

Leia mais

Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP. Ossos

Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP. Ossos Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP Ossos Resumo da aula Classificação Estrutura óssea Funções Remodelagem Cargas Torque/ Momento Stress em função da Geometria Óssea Resumo da aula Esqueleto axial

Leia mais

Fratura da Porção Distal do Úmero

Fratura da Porção Distal do Úmero Fratura da Porção Distal do Úmero Dr. Marcello Castiglia Especialista em Cirurgia do Ombro e Cotovelo O cotovelo é composto de 3 ossos diferentes que podem quebrar-se diversas maneiras diferentes, e constituem

Leia mais

A importância da Ergonomia Voltada aos servidores Públicos

A importância da Ergonomia Voltada aos servidores Públicos A importância da Ergonomia Voltada aos servidores Públicos Fisioterapeuta: Adriana Lopes de Oliveira CREFITO 3281-LTT-F GO Ergonomia ERGONOMIA - palavra de origem grega, onde: ERGO = trabalho e NOMOS

Leia mais

Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional. Profa. Dra. Sílvia Maria Amado João

Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional. Profa. Dra. Sílvia Maria Amado João Avaliação Fisioterapêutica do Quadril Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional Profa. Dra. Sílvia Maria Amado João 1. Anatomia Aplicada Articulação do Quadril: É uma articulação

Leia mais

Qualidade de vida laboral

Qualidade de vida laboral Qualidade de vida laboral Qualidade de vida laboral INTRODUÇÃO: Prevenir doenças ocupacionais (DORT Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho / LER Lesões por Esforços Repetitivos) decorrentes

Leia mais

O IMPACTO DO PROGRAMA DE GINÁSTICA LABORAL NO AUMENTO DA FLEXIBILIDADE

O IMPACTO DO PROGRAMA DE GINÁSTICA LABORAL NO AUMENTO DA FLEXIBILIDADE O IMPACTO DO PROGRAMA DE GINÁSTICA LABORAL NO AUMENTO DA FLEXIBILIDADE UM ESTUDO QUANTO À APLICABILLIDADE DO PROGRAMA PARA COLETORES DE LIXO DO MUNICÍPIO DE NITERÓI ALESSANDRA ABREU LOUBACK, RAFAEL GRIFFO

Leia mais

SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO. Prevenção das Lesões por Esforços Repetitivos L E R

SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO. Prevenção das Lesões por Esforços Repetitivos L E R SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO Prevenção das Lesões por Esforços Repetitivos L E R O QUE SÃO AS LESÕES POR ESFORÇOS REPETITIVOS LER são doenças do trabalho provocadas pelo uso inadequado e excessivo do

Leia mais

PROVAS NEUROMUSCULARES 1 2009

PROVAS NEUROMUSCULARES 1 2009 SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE UNIDADE DE TRAUMA ORTOPÉDICO Hospital Universitário Miguel Riet Corrêa - Rua Visconde de Paranaguá, 102 Rio Grande, RS CEP 96200/190 Telefone:

Leia mais

Miguel C. Branchtein, Delegacia Regional do Trabalho no Rio Grande do Sul

Miguel C. Branchtein, Delegacia Regional do Trabalho no Rio Grande do Sul DETERMINAÇÃO DE CONDIÇÃO DE ACIONAMENTO DE FREIO DE EMERGÊNCIA TIPO "VIGA FLUTUANTE" DE ELEVADOR DE OBRAS EM CASO DE QUEDA DA CABINE SEM RUPTURA DO CABO Miguel C. Branchtein, Delegacia Regional do Trabalho

Leia mais

Traumaesportivo.com.br. Capsulite Adesiva

Traumaesportivo.com.br. Capsulite Adesiva Capsulite Adesiva Capsulite adesiva, também chamada de ombro congelado, é uma condição dolorosa que leva a uma severa perda de movimento do ombro. Pode ocorrer após uma lesão, uma trauma, uma cirurgia

Leia mais

CARTILHA DE AUTOCUIDADO DE COLUNA

CARTILHA DE AUTOCUIDADO DE COLUNA CARTILHA DE AUTOCUIDADO DE COLUNA APRENDA A CUIDAR DA SUA COLUNA Elaboração: Júlia Catarina Sebba Rios Pesquisa: Efeitos de um programa educacional de autocuidado de coluna em idosos ati vos e sedentários

Leia mais

Cefaleia crónica diária

Cefaleia crónica diária Cefaleia crónica diária Cefaleia crónica diária O que é a cefaleia crónica diária? Comecei a ter dores de cabeça que apareciam a meio da tarde. Conseguia continuar a trabalhar mas tinha dificuldade em

Leia mais

Artrodese do cotovelo

Artrodese do cotovelo Artrodese do cotovelo Introdução A Artrite do cotovelo pode ter diversas causas e existem diversas maneiras de tratar a dor. Esses tratamentos podem ter sucesso pelo menos durante um tempo. Mas eventualmente,

Leia mais

AULA 04 - TABELA DE TEMPORALIDADE

AULA 04 - TABELA DE TEMPORALIDADE AULA 04 - TABELA DE TEMPORALIDADE 4.1 - Tabela de Temporalidade Como é cediço todos os arquivos possuem um ciclo vital, composto pelas fases corrente, intermediária e permanente. Mas como saber quando

Leia mais

FIBROMIALGIA EXERCÍCIO FÍSICO: ESSENCIAL AO TRATAMENTO. Maj. Carlos Eugenio Parolini médico do NAIS do 37 BPM

FIBROMIALGIA EXERCÍCIO FÍSICO: ESSENCIAL AO TRATAMENTO. Maj. Carlos Eugenio Parolini médico do NAIS do 37 BPM FIBROMIALGIA EXERCÍCIO FÍSICO: ESSENCIAL AO TRATAMENTO Maj. Carlos Eugenio Parolini médico do NAIS do 37 BPM A FIBROMIALGIA consiste numa síndrome - conjunto de sinais e sintomas - com manifestações de

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

Patrícia Zambone da Silva Médica Fisiatra

Patrícia Zambone da Silva Médica Fisiatra Reabilitação da Paralisia Cerebral no CEREPAL Patrícia Zambone da Silva Médica Fisiatra Histórico Fundada no dia 02 de março de 1964 por um grupo de pais que os filhos possuíam lesão cerebral. É uma entidade

Leia mais

Título: Modelo Bioergonomia na Unidade de Correção Postural (Total Care - AMIL)

Título: Modelo Bioergonomia na Unidade de Correção Postural (Total Care - AMIL) Projeto: Unidade de Correção Postural AMIL Título: Modelo Bioergonomia na Unidade de Correção Postural (Total Care - AMIL) Autores: LACOMBE,Patricia, FURLAN, Valter, SONSIN, Katia. Instituição: Instituto

Leia mais

EXERCÍCIO E DIABETES

EXERCÍCIO E DIABETES EXERCÍCIO E DIABETES Todos os dias ouvimos falar dos benefícios que os exercícios físicos proporcionam, de um modo geral, à nossa saúde. Pois bem, aproveitando a oportunidade, hoje falaremos sobre a Diabetes,

Leia mais

Homeopatia. Copyrights - Movimento Nacional de Valorização e Divulgação da Homeopatia mnvdh@terra.com.br 2

Homeopatia. Copyrights - Movimento Nacional de Valorização e Divulgação da Homeopatia mnvdh@terra.com.br 2 Homeopatia A Homeopatia é um sistema terapêutico baseado no princípio dos semelhantes (princípio parecido com o das vacinas) que cuida e trata de vários tipos de organismos (homem, animais e plantas) usando

Leia mais

O que é câncer de mama?

O que é câncer de mama? Câncer de Mama O que é câncer de mama? O câncer de mama é a doença em que as células normais da mama começam a se modificar, multiplicando-se sem controle e deixando de morrer, formando uma massa de células

Leia mais

Dist. da linha saída à 1ª barreira

Dist. da linha saída à 1ª barreira TÉCNICA DAS CORRIDAS COM BARREIRAS Antes de mais nada podemos dizer que as corridas com barreiras são provas de velocidade rasa porque, muito embora o barreiristas se depare com uma série de barreiras

Leia mais

ESCLERODERMIA LOCALIZADA LOCALIZED SCLERODERMA

ESCLERODERMIA LOCALIZADA LOCALIZED SCLERODERMA ESCLERODERMIA LOCALIZADA LOCALIZED SCLERODERMA Esclerodermia significa pele dura. O termo esclerodermia localizada se refere ao fato de que o processo nosológico está localizado na pele. Por vezes o termo

Leia mais

CIRURGIA DO NARIZ (RINOPLASTIA)

CIRURGIA DO NARIZ (RINOPLASTIA) CIRURGIA DO NARIZ (RINOPLASTIA) Anualmente milhares de pessoas se submetem a rinoplastia. Algumas destas pessoas estão insatisfeitas com a aparência de seus narizes há muito tempo; outras não estão contentes

Leia mais

VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS

VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS Leia o código e assista a história de seu Fabrício Agenor. Este é o seu Fabrício Agenor. Ele sempre gostou de comidas pesadas e com muito tempero

Leia mais

PROCESSO DE PRESCRIÇÃO E CONFECÇÃO DE ÓRTESES PARA PACIENTES NEUROLÓGICOS EM UM SERVIÇO DE TERAPIA OCUPACIONAL

PROCESSO DE PRESCRIÇÃO E CONFECÇÃO DE ÓRTESES PARA PACIENTES NEUROLÓGICOS EM UM SERVIÇO DE TERAPIA OCUPACIONAL PROCESSO DE PRESCRIÇÃO E CONFECÇÃO DE ÓRTESES PARA PACIENTES NEUROLÓGICOS EM UM SERVIÇO DE TERAPIA OCUPACIONAL Lígia Maria Presumido Braccialli. (bracci@marilia.unesp.br) Aila Narene Dahwache Criado Rocha.

Leia mais

Protocolo em Rampa Manual de Referência Rápida

Protocolo em Rampa Manual de Referência Rápida Protocolo em Rampa Manual de Referência Rápida 1 O que é o Protocolo em Rampa O protocolo em rampa é um protocolo para testes de esforço que não possui estágios. Nele o incremento da carga se dá de maneira

Leia mais

Considerada como elemento essencial para a funcionalidade

Considerada como elemento essencial para a funcionalidade 13 Epidemiologia e Flexibilidade: Aptidão Física Relacionada à Promoção da Saúde Gláucia Regina Falsarella Graduada em Educação Física na Unicamp Considerada como elemento essencial para a funcionalidade

Leia mais

AS TEORIAS MOTIVACIONAIS DE MASLOW E HERZBERG

AS TEORIAS MOTIVACIONAIS DE MASLOW E HERZBERG AS TEORIAS MOTIVACIONAIS DE MASLOW E HERZBERG 1. Introdução 2. Maslow e a Hierarquia das necessidades 3. Teoria dos dois Fatores de Herzberg 1. Introdução Sabemos que considerar as atitudes e valores dos

Leia mais

Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil

Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil A OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgou nesta terça-feira os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos,

Leia mais

Unidade 1 Adaptação e Lesão Celular

Unidade 1 Adaptação e Lesão Celular DISCIPLINA DE PATOLOGIA Prof. Renato Rossi Jr Unidade 1 Adaptação e Lesão Celular Objetivo da Unidade: Identificar e compreender os mecanismos envolvidos nas lesões celulares reversíveis e irreversíveis.

Leia mais

Humberto Bia Lima Forte

Humberto Bia Lima Forte Humberto Bia Lima Forte Observando-se a maneira como o paciente se move, é possível, em algumas infecções neurológicas, suspeitar-se ou dar-se o diagnóstico sindrômico Marcha helicópode, ceifante ou hemiplégica

Leia mais

azul NOVEMBRO azul Saúde também é coisa de homem. Doenças Cardiovasculares (DCV)

azul NOVEMBRO azul Saúde também é coisa de homem. Doenças Cardiovasculares (DCV) Doenças Cardiovasculares (DCV) O que são as Doenças Cardiovasculares? De um modo geral, são o conjunto de doenças que afetam o aparelho cardiovascular, designadamente o coração e os vasos sanguíneos. Quais

Leia mais

Displasia coxofemoral (DCF): o que é, quais os sinais clínicos e como tratar

Displasia coxofemoral (DCF): o que é, quais os sinais clínicos e como tratar Displasia coxofemoral (DCF): o que é, quais os sinais clínicos e como tratar A displasia coxofemoral (DCF) canina é uma doença ortopédica caracterizada pelo desenvolvimento inadequado da articulação coxofemoral.

Leia mais

Instalações Máquinas Equipamentos Pessoal de produção

Instalações Máquinas Equipamentos Pessoal de produção Fascículo 6 Arranjo físico e fluxo O arranjo físico (em inglês layout) de uma operação produtiva preocupa-se com o posicionamento dos recursos de transformação. Isto é, definir onde colocar: Instalações

Leia mais

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho Câncer de Próstata Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho O que é próstata? A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão muito pequeno, tem

Leia mais

Cinesioterapia\UNIME Docente:Kalline Camboim

Cinesioterapia\UNIME Docente:Kalline Camboim Cinesioterapia\UNIME Docente:Kalline Camboim Cabeça do fêmur com o acetábulo Articulação sinovial, esferóide e triaxial. Semelhante a articulação do ombro, porém com menor ADM e mais estável. Cápsula articular

Leia mais

3 Classificação. 3.1. Resumo do algoritmo proposto

3 Classificação. 3.1. Resumo do algoritmo proposto 3 Classificação Este capítulo apresenta primeiramente o algoritmo proposto para a classificação de áudio codificado em MPEG-1 Layer 2 em detalhes. Em seguida, são analisadas as inovações apresentadas.

Leia mais

Deficiência de Desempenho Muscular. Prof. Esp. Kemil Rocha Sousa

Deficiência de Desempenho Muscular. Prof. Esp. Kemil Rocha Sousa Deficiência de Desempenho Muscular Prof. Esp. Kemil Rocha Sousa Desempenho Muscular Refere-se à capacidade do músculo de produzir trabalho (força X distância). (KISNER & COLBI, 2009) Fatores que afetam

Leia mais

ANATOMIA DA MÃO SISTEMA OSTEOARTICULAR. A descrição associada às figuras anatômicas. será feita analisando os sistemas ostearticular,

ANATOMIA DA MÃO SISTEMA OSTEOARTICULAR. A descrição associada às figuras anatômicas. será feita analisando os sistemas ostearticular, ANATOMIA DA MÃO Edie Benedito Caetano 1, João José Sabongi Neto 2, Luiz Angelo Vieira 3, Mauricio Ferreira Caeno 4 A descrição associada às figuras anatômicas será feita analisando os sistemas ostearticular,

Leia mais