O PAPEL DA UNMIT NA REFORMA DA POLÍCIA NACIONAL

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1 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS ABRI 1º SEMINÁRIO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS BRASÍLIA BR, 12 E 13 DE JULHO DE 2012 Autor: WEMBLLEY LUCENA DE ARAÚJO UEPB Co-Autora: JEANE DA SILVA FREITAS UEPB PAINEL AVULSO O PAPEL DA UNMIT NA REFORMA DA POLÍCIA NACIONAL TIMORENSE ÁREA TEMÁTICA SEGURANÇA INTERNACONAL 2012

2 O PAPEL DA UNMIT NA REFORMA DA POLÍCIA NACIONAL TIMORENSE RESUMO: Autor: Wemblley Lucena de Araújo 1 Co-autora: Jeane Silva de Freitas 2 O presente trabalho tem o propósito analisar o papel da Missão Integrada das Nações Unidas no Timor-Leste UNMIT, na reforma da Polícia Nacional Timorense PNTL. O Timor Leste é um Estado situado ao sul do arquipélago de Sonda, na extremidade oriental do Oceano Índico, ao norte da Austrália, localizado no continente asiático, é um caso que merece destaque por se tratar de um recente Estado soberano no sistema internacional. A reforma da Polícia Nacional Timorense é elemento fundamental e decisivo para o estabelecimento de um ambiente estável e seguro, porém devido às insuficiências burocrática e institucional que leva a falta de comprometimento ou de profissionalismo para o desenvolvimento da PNTL, compromete totalmente a evolução do estabelecimento de um Estado democrático de direito que garanta a segurança de seus cidadãos. O caso do Timor Leste é peculiar por se tratar de um recente Estado no sistema anárquico internacional, seu estudo merece destaque para uma análise mais profunda da Polícia Nacional Timorense e o papel da UNMIT, uma operação de paz das Nações Unidas como órgão responsável em desenvolver uma instituição de segurança doméstica que garanta a ordem doméstica do Estado timorense. PALAVRAS-CHAVE: Timor-Leste, UNMIT, Operações de Paz, Polícia Nacional do Timor Leste. ABSTRACT: The present paper has as its aim to analyze the role of UNMIT (United Nations Integrated Mission in Timor-Leste) in the reform of National Police East Timor PNTL. The East Timor is a state located south of the Sonda Islands, at the eastern end of the Indian Ocean north of Australia, located in Asia, is a case that deserves mention because it is a recent sovereign state in the international system. The reform of the National Police of East Timor is fundamental and decisive for the establishment of a stable and secure environment, but due to bureaucratic and institutional weaknesses that leads to lack of commitment and professionalism to the development of the PNTL, totally committed developments in the establishment of a democratic state that guarantees security of its citizens. The case of East Timor is peculiar because it is a recent state in international system, its study deserves attention for a deeper analysis of the National Police of East Timor and the role of UNMIT, a peacekeeping operation the United Nations as a body responsible for developing a establishment of domestic order in East Timor. KEYWORDS: East Timor, UNMIT, Peacekeeping Operations, East Timor National Police. 1 Mestrando em Relações Internacionais UEPB wemblley@gmail.com 2 Mestranda em Relações Internacionais UEPB jeanesfreitas@hotmail.com

3 1. INTRODUÇÃO O Timor-Leste é um Estado situado ao sul do arquipélago de Sonda, na extremidade oriental do Oceano Índico, ao norte da Austrália, localizado no continente asiático, é um caso que merece destaque por se tratar de um recente Estado soberano no sistema internacional. Palco de diversas lutas que disputavam o controle de seu território, sua história foi marcada por recorrentes pela ausência de instituições domésticas, o que afetou profundamente a criação de fato de um Estado. Nos últimos anos, os conflitos intra-estatais passaram a ser um fenômeno perturbador nas relações internacionais contemporâneas, ganhando proeminência a ponto de levantar a preocupação da comunidade internacional, que passaram a desenvolver políticas de médio e longo prazo nesses cenários conturbados. As instituições internacionais a exemplo das Nações Unidas através de suas Operações de Paz têm exercido grande impacto no desenvolvimento de atividades direcionada a resolução desses conflitos. Essa necessidade de lidar com conflitos intra-estatais e principalmente com as novas demandas que emergiram no contexto do pós- Guerra Fria, fizeram com que surgissem as operações de paz de caráter multidimensional. O Timor-Leste é um caso emblemático, onde a ONU tem tentado minimizar as divergências política que tem levado o Estado timorense a uma debilidade das instituições doméstica, desencadeado em conflitos decorrentes da ausência de uma definição clara sobre sua soberania, fenômeno que passou a ser considerado uma verdadeira fonte de ameaça à segurança internacional. A UNMIT (Missão Integrada das Nações Unidas no Timor-Leste) autorizada pelo Conselho de Segurança pela resolução 1704 (2006) apresentou em seu escopo a dimensão encarregada pela reforma da polícia nacional timorense como um dos alicerces para a construção da segurança doméstica e para a manutenção da segurança internacional, ao considerar o Timor Leste um ponto estratégico no que se refere ao seu alto nível em disposição de petróleo, o que desperta o interesses de outros Estados. A questão da construção do Timor-Leste com base na reforma da Polícia Nacional Timorense vem se demonstrando um elemento essencial e que para a comunidade internacional constitui um fator fundamental para a construção de um

4 Estado seguro capaz de defender seu território. Seguindo essa linha, o presente trabalho tem o propósito analisar o papel da UNMIT na Reforma da Polícia Nacional Timorense, verificando se as atividades traçadas pela operação em campo da reforma do setor de segurança pública estão ao não em consonância com a necessidade da reconstrução da Polícia Nacional Timorense. Para tanto, num primeiro apresentaremos brevemente um histórico da instabilidade da segurança no Timor-Leste decorrente das disputas pelo seu território, observaremos, os principais acontecimentos que levaram a desestruturação da ordem doméstica, trazendo a problemática da questão do Timor- Leste para o âmbito das Relações Internacionais. Num segundo momento passaremos a entender o papel das operações de paz das Nações Unidas na reforma do setor de segurança, especificamente reforma da polícia em Estados pósconflitos, aplicando a problemática da questão para o Estado do Timor-Leste, e finalmente, trataremos especificamente do papel da UNMIT na reforma da Polícia Nacional Timorense. Para isso, estamos partindo da hipótese de que a UNMIT tem desempenhado atividades decisivas na profissionalização, treinamento e aperfeiçoamento da Polícia Nacional Timorense contribuindo para o restabelecimento e controle da ordem doméstica. 2. DA COLONIZAÇÃO À CHEGADA DAS OPERAÇÕES DE PAZ NO ESTADO TIMORENSE A questão do Timor-Leste por se tratar de um fenômeno peculiar nas relações internacionais, nos leva a questionar e procurar entender os principais fatores históricos que levaram a questão a uma proeminência no âmbito internacional, uma breve análise histórica nos ajuda a entender a questão. Segundo Rizzi (2010, p. 53), os portugueses chegaram à ilha do Timor no início do século XVI, ao mesmo tempo em que ampliavam sua presença na Ásia, em busca de sândalo e outras especiarias. No final do século XVI, os holandeses chegaram à ilha de Timor aportaram na parte ocidental, iniciando um conflito de fronteiras entre o Timor português e o Timor holandês, conflito que foi aparentemente solucionado por uma série de tratados assinados entre Portugal e Países Baixos. Assim, desde o início da colonização,

5 Portugal exerceu sua soberania colonial sobre o território oriental da ilha de Timor Timor Leste, à exceção de uma breve interrupção entre 1941 e 1945 devido à Segunda Guerra, na qual Portugal se posicionou como um país neutro. Durante este conflito forças australianas e holandesas, diante dos protestos de Portugal, ocuparam o território desembarcando em Díli, com o objetivo de prevenir a invasão das forças japonesas na ilha de Timor, que ocupava posição estratégica com relação ao território australiano (MORE, 2002, p. 90). Porém, o processo de descolonização no Timor-Leste, iniciou-se com a Revolução dos Cravos em 1974, uma mudança política vivida por Portugal, coloca em evidência o princípio de autodeterminação dos povos (GOMES, 2010, p. 67). Nesse momento, das associações políticas timorenses surgiram três relevantes: UDT (União Democrática Timorense), defendendo "a integração de Timor numa comunidade de língua portuguesa; a ASDT (Associação Social-Democrata Timorense) depois transformada em FRETILIN (Frente Revolucionária de Timor- Leste Independente) defendia o direito à independência; e APODETI (Associação Popular Democrática Timorense), propunha a integração com autonomia na comunidade Indonésia (CUNHA, 2001, p. 15). Em Agosto de 1975, a UDT declarou independência unilateralmente, que deu início a uma guerra civil que provocou o afastamento das autoridades portuguesas e culminou na invasão da Indonésia no Timor-Leste em 7 de Dezembro de 1975, causando o rompimento das relações com Portugal e manifestações contrárias na Assembléia Geral da ONU e no Conselho de Segurança, que pediram a retirada daquela do território timorense (MORE, 2002, p. 94). A indonésia permaneceu no território timorense por mais de 25 anos de pura dominação. Até com a queda do regime de Suharto, o Conselho de Segurança autoriza a primeira operação de paz (UNAMET) no Timor Leste, com o propósito de realizar uma consulta popular, realizar assim o desejo de independência do povo timorense (BALLARD, 2008, p. 43). A consulta Popular ocorreu em 30 de agosto de 1999, com a impressionante participação de aproximadamente 98% da população timorense compareceram às urnas. A contagem dos votos, determinada pela Comissão Eleitoral, revelou que, dos votos válidos, uma maioria esmagadora tinha escolhido a independência: por 78,5% contra 21,5%, os timorenses expressaram o seu desejo de se tornarem independentes (RIZZI, 2010, p.67).

6 Desde então, outras operações de paz se sucederam no Timor Leste, INTERFET Força Internacional para o Timor-Leste (Setembro 1999 Outubro 1999), UNTAET Administração Transitória de Timor-Leste das Nações Unidas (Outubro Maio 2000); UNMISET Missão de Apoio das Nações Unidas em Timor-Leste ( ) e finalmente a UNMIT Missão Integrada das Nações Unidas em Timor-Leste, estabelecida desde 2006 até o presente momento. Todas essas operações foram estabelecidas diante de uma difícil tarefa, construir um Estado a partir do praticamente do nada. 3. AS OPERAÇÕES DE PAZ E A REFORMA DA POLÍCIA LOCAL As operações de paz das Nações Unidas não estavam prevista na Carta de São Francisco de 1945, porém grande parte da literatura aponta para o seu marco inicial situado na crise do canal de Suez em Desde então, várias transformações foram realizadas no âmbito das operações de paz, mudanças na sua taxonomia, no planejamento, na sua execução e no desenvolvimento das atividades em campo foram influenciadas pelo com o advento das novas demandas. Do ponto de vista conceitual, a literatura especializada carece de uniformidade, porém para nos situarmos em termos gerais, podemos validamente entender as operações de paz com base na definição elaborada por Goulding (1991) e recuperada por Melo (2006): Operações de campo das Nações Unidas, nas quais pessoal civil ou militar é empregado com o consentimento das partes e sob o comando das Nações Unidas, para ajudar a controlar e a resolver conflitos internacionais ou internos, existentes ou potenciais que tenham uma clara dimensão internacional (GOUDING apud MELO, 2006, p. 11). A institucionalização das Nações Unidas sobre os escombros da Segunda Guerra Mundial trouxe ao cenário internacional uma arena de debate em os Estados poderiam desenvolver mecanismos de resoluções de conflitos por meios pacíficos e 3 Vale ressaltar que durante o período da Liga das Nações já se empreendiam ações pontuais para resolver crises localizadas, ainda que sem denominação específica, não havia a necessidade de consenso ou engajamento de todos os membros da Organização, e eram direcionadas à manutenção da paz e a prevenção de conflitos, nessas eram enviados observadores ou forças militares para zelar pela ordem, administrar territórios em conflito, e monitorar cessar-fogo, nestas se estabeleceu os precedentes das técnicas de prevenção e monitoramento de hostilidades entre Estados que mais tarde foram consolidadas pelas Nações Unidas (BIGATÃO, 2009, p. 22).

7 baseados num sistema de segurança coletiva. Porém devido à conjuntura da época, as decisões do Conselho de Segurança se encontravam praticamente paralisadas, e o sistema de segurança coletiva raramente conseguia ser aprovado nas resoluções do organismo e isso refletia na própria atuação das Nações Unidas frente às questões de manutenção da paz. Durante a Guerra Fria as operações de manutenção da paz representavam a segunda categoria de operações durante a Guerra Fria, e eram formadas por um contingente levemente armados para autodefesa, que geralmente visavam resolver uma crise ou estabilizar uma situação. O termo operação de manutenção da paz foi incorporado pela primeira vez no vocabulário onusiano, diante da crise do Canal de Suez em 1956 com a UNEF (United Nations Emergency Force), essa operação tinha como mandato a separação de forças israelenses e egípcias (HERZ e HOFFMANN, 2004, p. 109). Segundo Diehl (2008, p. 42), a crise do Canal de Suez levou a uma fundamental transformação do pensamento do papel da ONU e nos mecanismos para lidar com as ameaças da paz e da segurança internacional, além do mais, essa transformação da foi necessária, antes mesmo que a comunidade internacional contemplasse as estratégias de peacebuilding anos mais tarde. Nas décadas de 1950 a 1980, os esforços das Nações Unidas no campo dos processos de resolução de conflitos concentravam-se em forças multinacionais que procuravam cultivar um grau de confiança entre as partes, para que estas empreendessem um processo de diálogo político, entre as atividades executadas estavam o desenvolvimento do monitoramento do cessar-fogo, tréguas e armistícios, o patrulhamento das fronteiras e zonas de exclusão militar, apoio a retirada de tropas e o acompanhamento das negociações para a assinatura de um tratado de paz que pudesse por fim ao conflito e as hostilidades (SAINT-PIERRE, s/d, p.41). No pós-guerra Fria, diante das transformações conjunturais e para auxiliar as Nações Unidas no desenvolvimento e na coordenação das operações de paz, o Secretariado foi recrutado e em Fevereiro de 1992, e foi criado o Department of Peacekeeping Operations (DPKO). Desde então, a ONU passou a desenvolver uma grande capacidade institucional para as operações de paz, que através do DPKO começou, a desenvolver ofícios e suporte ao planejamento das missões, além da promoção dos aspectos logísticos (BELLAMY e WILLIAMS, 2010, p. 52).

8 A nova ordem internacional do Pós-Guerra Fria gerou novas concepções de como manter a paz e a segurança no sistema internacional, Uma Nova Agenda para Paz é apresentada pelo Secretário Geral das Nações Unidas, Boutros Boutros- Ghali em 17 de Junho de 1992, o relatório adiciona à diplomacia preventiva, mais quatro mecanismos ou papeis para a atuação das Nações Unidas diante da transformação do contexto da política internacional. Como podemos perceber através das categorias apresentada por Doyle e Sambanis (2006, p. 10): Preventive Diplomacy 4, Peacemaking 5, Peacekeeping 6, Peace Enforcement 7 e Post-conflict Recosntruction 8. As operações de paz geralmente não se limitam a apenas uma dessas categorias, na maioria das vezes haverá três ou quatro destas numa mesma operação, isso depende muito dos mandatos a ela delegados, expedidos em face das demandas locais. Uma operação de manutenção da paz, que por princípio, desenvolve um suporte a implementação de um cessar-fogo ou um acordo de paz, são geralmente levadas a desenvolver um papel ativo na construção e consolidação da paz. As mudanças ocorridas no contexto internacional no pós-guerra Fria emergiram a necessidade de operações de paz de caráter multidimensionais, passaram apresentar uma concepção de paz positiva 9, onde não só se tem o cessar-fogo, como também num momento pós-conflito, o desenvolvimento de 4 Realizada para prevenir disputas entre as partes, através de mediadas de confiança, averiguação, alerta precoce, visando evitar a deflagração em larga escala de conflitos que possam ocorrer entre eles. A diplomacia preventiva procura reduzir o perigo da violência e aumentar as soluções pacíficas (Doyle e Sambanis, 2006, p.10). 5 Projetada para levar um acordo às partes hostis, por meios pacíficos como os presentes no Capítulo VI da Carta das Nações Unidas. Mediante um acordo judicial, mediação, e outras formas de negociação, as medidas de pacificação da ONU seriam para tentar convencer as partes a uma solução pacífica de suas diferenças (Doyle e Sambanis, 2006, p.10). 6 Projetada para implementar a presença das Nações Unidas no campo, até então com o consentimento de todas as partes interessadas, como medida de confiança para monitorar uma trégua entre as partes, enquanto os diplomatas se esforçam para negociar uma paz abrangente e diplomatas atuam para implementar um acordo de paz. Esse tipo de operação não está prevista na Carta da ONU, porém alguns analistas as incluem entre os Capítulos VI e VII (Doyle e Sambanis, 2006, p.10). 7 Autorizada para agir com ou sem o consentimento das partes, a fim de garantir a ordem entre as partes e a restauração da paz e da segurança. Atua sob um mandato do Conselho de Segurança da ONU baseado no Capítulo VII da Carta das Nações Unidas. Essas forças militares são compostas por forças nacionais fortemente armadas que operam sob a direção do Secretário-Geral da ONU (Doyle e Sambanis, 2006, p.10). 8 Organizada para promover a cooperação econômica e social com o propósito de construir a confiança entre as partes beligerantes, desenvolvimento social, política e infraestrutura econômica, a fim de prevenir uma possível violência futura, estabelecendo assim, as bases para uma paz duradoura (Doyle e Sambanis, 2006, p. 10). 9 Para uma concepção mais ampla sobre o conceito de paz positiva, ver Galtung (1969).

9 atividades em diversas frentes, como reconstrução, reforma e fortalecimento das instituições domésticas. No campo do setor de segurança, deve haver uma clara diferenciação entre o papel da polícia nacional (manutenção da ordem interna) e das forças armadas (segurança e defesa do território nacional), porém muitas vezes em situações de conflito essas divisões se tornam turvas, principalmente devido às funções internas exercidas pela força militar (MELO, 2006, p. 234). Segundo Melo (2006), no campo da polícia civil, a necessidade de manutenção da lei e da ordem levou à institucionalização das atividades da CivPol de monitoramento e suporte ao corpo de polícia local no exercício de suas funções cotidianas, ao receber o mandato, a CivPol também pode assumir a função de polícia executiva, com poderes para impor a ordem em substituição aos corpos de segurança locais, fato que só ocorreu efetivamente nas operações em que a ONU assumiu total responsabilidade pela administração transitória local, que foram os casos da UNMIK e da UNTAET e na UNMISET (MELO, 2006, p. 418). No campo da reforma da polícia local, o papel das operações de paz reside basicamente, garantir a formação de uma força civil legítima que garanta a segurança da população local, bem como seja diferenciada das forças militares locais, que segundo Hansen (2002) exige duas principais diretrizes a serem tomadas: de um lado, uma reforma estrutural, voltada para questões como os salários dos oficiais e a criação de níveis de força sustentáveis na formação de um contingente que o governo local tenha condições práticas de sustentar; de outro lado, voltada para o âmbito comportamental, se enfatiza a mudança de atitude dos policiais no exercício de suas atividades, com base nos princípios de polícia democrática e da noção de policiamento voltado para a comunidade, padrões estes a serem seguidos e mantidos pela polícia local (ibidem, p. 247). 4. A ATUAÇÃO DA UNMIT NA REFORMA DA POLÍCIA TIMORENSE Por se tratar de um recente Estado no sistema internacional, o Timor Leste ainda não desenvolveu uma sólida cultura de segurança típica dos Estados democráticos, fundamental para a manutenção da ordem doméstica, muitas vezes uma falta de ação no comando, ausência de uma polícia mais ativa condicionaram

10 na necessidade de reforma dos padrões da Polícia Nacional Timorense, papel desempenhado pelas operações de paz das Nações Unidas. Para além da reestruturação e reforma do setor de polícia, a colocação das forças de segurança domésticas sob controlo civil é crucial nos processos de democratização de Estados pós-conflitos, assegurarem a prevalência de normas no fornecimento da segurança com respeito à governança e ao Estado de direito. A UNMIT foi estabelecida através da resolução S/RES/1704 em 25 de Agosto de 2006, inicialmente por um período de seis meses com o intuito de renová-la posteriormente, trazendo consigo além de um corpo civil, um aparato de no máximo efetivos policiais, e um componente oficial inicial de 34 oficiais militares 10. O Conselho de Segurança fez necessários pedidos ao Secretário Geral para que este verificasse o ambiente para o estabelecimento propício da operação em campo, pedindo a colaboração do governo do Timor Leste que contribua para a preparação de um ambiente seguro, colaborando assim com as tropas de segurança internacionais 11. O objetivo principal da UNMIT nascia de uma natureza multidimensional, em campo a operação foi direcional além de estabelecer e resguardar um ambiente democrático, assegurando o fortalecimento das instituições domésticas, promovendo o diálogo político entre os grupos antagônicos garantindo assim a imparcialidade e um processo de reconciliação nacional. No que se refere ao setor de segurança nacional o Conselho de Segurança da ONU aprova mandato descrito a seguir. Prestar assistência ao Governo da República Democrática do Timor Leste em realizar um exame amplio da função e das necessidades de futuros setores de segurança, incluídas as Falintil-Forças Armadas de Defesa do Timor-Leste, o Ministério da Defensa, a policia Nacional do Timor-Leste e o Ministerio do Interior, em colaboração e coordenação com outros associados, no fortalecimento e na criação da capacidade institucional (UN. Doc. S/RES/1704, 2006, p. 3, 4). A Polícia Nacional do Timor-Leste está subordinada ao Ministério do Interior e seu modelo organizacional é uma plataforma para todo o seu território nacional. A PNTL tem como missão defender a legalidade democrática e garantir a segurança doméstica de todos os seus cidadãos, além dessas atividades, a PNTL também assume a função de uma polícia judiciária, entretanto, competindo ao Ministério 10 UN. Doc. S/RES/1704, 2006, p. 02, UN. Doc. S/RES/1704, 2006, p. 03, 02

11 Público Timorense, dirigir a investigação criminal. Os integrantes da PNTL não são exclusivamente militares, mas a sua estrutura é extremamente militarizada, de acordo com o regime regulado pela lei orgânica nº08/2004 de 06 de Maio que apresenta todos os princípios e normas a serem executados e desempenhados pela organização em campo (CARVALHO, 2010, p. 29). Depois que o secretário Geral fez sérias recomendações para o estabelecimento da nova missão no Estado do Timor-Leste, alegando uma fragilidade da Polícia Nacional bem como das Forças Armadas Timorense, apontando principalmente uma ineficiência institucional dessas organizações 12. Na realidade, desde o início da problemática enfrentada pelo Timor-Leste, as relativas privações sofridas pelas Forças Armadas se converteram em fortes tensões crescentes entre esta e a Polícia Nacional, havendo uma desintegração dentro das duas organizações. As deficiências administrativas e de organização da PNTL somada à ingerência política do Ministério do Interior, afetou gradativamente a eficiência geral, o profissionalismo e a credibilidade dessa instituição. A assistência dada pelas outras operações de paz anterior à UNMIT não deve respaldo substancial as necessidades de um apoio voltado para um longo prazo 13. O que contribuiu diretamente para a insuficiência dessa instituição em campo, complicada ainda pela dificuldade de relacionamento entre a Polícia Nacional e as Forças Armadas do Timor-Leste. A crise de 2006 levou o governo timorense a estabelecer um acordo com a UNMIT para a reforma, reconstrução e reestruturação da PNTL e o Ministério do Interior deixando claras as definições da polícia da UNMIT e da PNTL, os primeiros procedimentos adotados formam uma ampla avaliação, partindo dessa avaliação seria possível a elaboração de um plano de reforma fomentando todos os aspectos para o desenvolvimento e da capacidade da PNTL 14. Fruto dessa avaliação, o diagnóstico foi o esperado, a PNTL mostrou-se uma organização débil, com numerosas carências de natureza institucional, e que estava relacionada com as políticas de construção das capacidades, o que se tornou necessário que se 12 UN. Doc. S/2006/628, 2006, p. 19, UN. Doc. S/2006/628, 2006, p. 20, UN. Doc. S/2007/70, 2007, p. 11, 33.

12 executasse maior apoio substantivo 15. Nesse processo também foram considerados algumas instancias de direitos humanos, para avaliar o grau de envolvimento da PNTL perante seu exercício para com o Estado timorense e seus cidadãos. Um calendário foi preparado pela UNMIT com apoio do governo timorense e para o restabelecimento e preparação da PNTL e que foram observados cinco critérios fundamentais para a atuação da PNTL no âmbito funcional da segurança doméstica, os cinco critérios estão postos a seguir Estabelecimento de um ambiente seguro de segurança; 2- A adaptação de agentes certificados; 3- A disponibilidade de instrumentos logísticos operacionais; 4- A estabilidade institucional; 5- O estabelecimento do respeito mútuo entre a F-FDTL 17 e a Polícia Nacional. O processo de redefinição das responsabilidades foi peça fundamental para o estabelecimento das bases de desenvolvimento da PNTL em longo prazo e por ser a forma deliberada para manter a integridade e a eficácia do processo. Em conseqüência, a UNMIT seguiu exercendo um papel decisivo na vigilância e supervisão dos processos e ao mesmo tempo seguiu promovendo o assessoramento e apoio operacional em casos extremos, reassumindo a responsabilidade de manter a ordem tanto quanto a se foram solicitadas 18. Em última instância, o êxito da reconstrução e do desenvolvimento da PNTL exigia naquele momento um compromisso voltado para uma paz duradoura, de longo prazo promovido pelo governo do Timor e pela Polícia Nacional, quanto à presença da comunidade internacional promover uma transição efetiva sem precipitações. Devido à dissolução de um Mandato Conjunto em 19 de junho de 2009, as medidas de segurança voltaram à normalidade em todo país. A polícia da UNMIT, que trabalhou na colaboração com a Polícia Nacional, ficou encarregada da segurança interna. O Governo esteve considerando a possibilidade de esclarecer 15 UN. Doc. S/2007/523, 2007, p. 9, UN. Doc. S/2008/551, 2008, p.7, F-FDTL Falintil Forças de Defesa do Timor Leste 18 UN. Doc. S/2009/72, 2008, p.8, 22.

13 para as F-FDTL uma função direcionada para a segurança das fronteiras 19. Nesse período, a UNMIT seguiu prestando apoio ao Governo na elaboração de uma política de segurança nacional, processo que seguiu sendo afetadas pela falta de claridade na relação entre a política e as leis existentes 20. A polícia da UNMIT esteve trabalhando na capacitação e na certificação em matéria de armas de fogo, assim como no apoio do programa de orientação. Também se teve executado cursos para melhorar as competências de gestão (conjuntamente com o Centro de Capacitação da PNTL), entre outros os comandantes de distrito e de comissões da PNTL, além de cursos especializados sobre escolta, polícia de proximidade, controle do tráfico, investigação penal básica, reunião de informação e de inteligência básica e investigação da disciplinaria 21. No entanto, alguns problemas operacionais foram destacados nesse período. A polícia da UNMIT e a PNTL elaboraram e estabeleceram conjuntamente medidas para aumentar a capacidade institucional da PNTL a fim de facilitar a segurança em todos os distritos. Essas medidas incluíram o melhoramento da capacidade logística da instituição e a capacitação específica conjunta em temas como as competências administrativas, a investigação da violência e violações de direitos humanos 22. Segundo o Capitão Onierberth, peacekeeper que atuou na UNMIT em 2009, entre os principais problemas enfrentados pela UNMIT estavam os de ordens orçamentárias, receptividade diante da cultura local, foram fatores intervenientes que esteve afetando diretamente o processo de reforma da PNTL 23. No entanto, alguns relatos como o da Mónica Ferro e Hermenegildo, nos afirmam que, a ausência de uma doutrina policial forte onusiana aliada a incapacidade de ministrar formação básica uniforme a todos os seus elementos faz com que os sucessos da polícia onusiana, na construção de capacidades locais, na reforma da PNTL, sejam tributários das doutrinas, estilos e estratégias nacionais de cada formador 24. Aqui percebemos uma das patologias nas burocracias internacionais, a (contestação cultural) identificada por Barnett e Finnemore (2004, p. 19 UN. Doc. S/2009/72, 2008, p.6, UN. Doc. S/2009/72, 2008, p.9, UN. Doc. S/2010/85, 2010, p. 11, UN. Doc. S/2011/32, 2011, p. 8, Palestra com o Capitão da PM Onierberth. Operações de Paz no Timor Leste, realizada em 02 de Maio de 2012, na Universidade Estadual da Paraíba UEPB, João Pessoa-PB, Brasil. 24 Afirmação Disponível em: < acesso em 12/04/2012.

14 40), pois havia diferentes percepções de como executar as atividades, assumindo distintas formas de perceber o ambiente, executavam de maneiras diferentes tarefas e objetivos, resultando em um choque de perspectivas que geram tendências patológicas. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS A formação institucional e a capacitação das forças policiais fazem parte dos objetivos de qualquer programa de reforma e reconstrução da paz (peacebuilding) em Estados pós-conflitos, envolvendo nesse campo a revisão do sistema de recrutamento, da formação, do equipamento, a reestruturação do sistema organizacional, o desarmamento, reintegração e transformação das forças de segurança, bem como a repressão a grupos armados, a fim de restabelecer o monopólio estatal sobre o uso da força. Sendo assim, o processo de reforma do setor de segurança pública é peça fundamental na prevenção de violência doméstica, controle da ordem interna, e na prevenção da criminalidade e para a manutenção da lei e da ordem; no fundo, a garantia das condições de estabilidade com vista à implementação de reformas estruturais calcados em padrões democráticos, como o estabelecimento de uma polícia democrática que combine em suas ações a garantia da ordem interna e respeito aos direitos fundamentais dos cidadãos. Daqui para frente, o Plano Estratégico de Desenvolvimento formulado pelo Governo do Timor Leste assume o objetivo principal de proporcionar estabilidade e segurança publica, apontando que será essencialmente uma responsabilidade da PNTL, porém muito precisa ser corrigido, problemas operacionais, problemas na execução das atividades da UNMIT frente à necessidade da PNTL, a tendência está sendo gradativamente o desligue de parte das tropas da UNMIT, no entanto a comunidade internacional deve está atenta a necessidade timorense, e essa transição deve acontecer porem sem precipitações, para que o caso do Timor não reincida em um novo conflito. O fato é que diante da fragilidade de um recém Estado no sistema internacional, como o Timor Leste, ainda é fundamental o comprometimento da

15 comunidade internacional no desenvolvimento das instituições domésticas timorenses, bem como a adequada aplicação dessa ajuda ao moldes da realidade do Timor, além disso, é peça fundamental considerar o papel que o governo do Timor Leste irá exercer daqui para frente bem como o comprometimento da própria PNTL no provimento de sua função, na ordem doméstica timorense. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BALLARD, John R. The triumph of self-determination: operation stabilise United Nation peacekeeping in East Timor. London: Praeger Security International, BARNETT, Michael; FINNEMORE, Martha. Rules for the world: International Organizations in Global Politics. USA: Cornell University Press, BELLAMY, Alex J.; WILLIAMS, Paul D. Understanding peacekeeping. Cambridge: Polity Press, BIGATÃO, Juliana P. Manutenção da paz e resolução de conflitos: respostas das Nações Unidas aos conflitos armados intraestatais na década de Dissertação de mestrado. São Paulo: San Tiago Dantas UNESP/UNICAMP/PUC-SP, CARVALHO, A. Reis De. As instituições jurídicas em Timor-Leste: Uma abordagem ao Ministério Público Timorense. Curitiba, CUNHA, João S. Carneiro da. A questão de Timor-Leste: origens e evolução. FUNAG: Brasília, DIEHL, Paul F. Peace Operations. War and Conflict in the Modern World. Cambridge: Polity Press, DOYLE, Michael W.; SAMBANIS, Nicholas. Making war and building peace: United Nations peace operations. Princeton University Press, 2006, p FERRO, Mônica; HERMENEGILDO, Reginaldo S. (Re) Formação do setor de segurança do Timor-Leste. Revista Militar. Disponível em: < acesso em 12/04/2012. GALTUNG, Johan. Violence, Peace, and Peace research, Journal of peace research, Vol. 6, No. 3, 1969, p

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