INTRODUÇÃO À ASTROFÍSICA LIÇÃO 6: A ESFERA CELESTE E AS CONSTELAÇÕES

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "INTRODUÇÃO À ASTROFÍSICA LIÇÃO 6: A ESFERA CELESTE E AS CONSTELAÇÕES"

Transcrição

1 Introdução à Astrofísica INTRODUÇÃO À ASTROFÍSICA LIÇÃO 6: A ESFERA CELESTE E AS CONSTELAÇÕES Os desenhos no céu Lição 5 A Esfera Celeste e as Constelações

2 A ESFERA CELESTE Quando olhamos para o céu, temos a sensação de que o mesmo está girando ao nosso redor. É como se a Terra estivesse parada no centro de uma enorme esfera preenchida com estrelas, que gira ao nosso redor, trazendo o Sol e o levando embora. Embora essa ideia seja errada (pelo menos temos fortes evidências para que seja), esse modelo nos ajuda a entender o movimento aparente do céu. Todas as estrelas que observamos fazem parte de uma das 88 regiões na qual a esfera celeste é dividida. Essas regiões chamamos de constelações. Podemos imaginar a esfera celeste como uma expansão da esfera terrestre. É como se a Terra fosse uma lâmpada e a esfera celeste um lustre a sua volta. A projeção do polo norte na esfera celeste chamamos de polo celeste norte, e a projeção do polo sul, chamamos de polo celeste sul. A projeção do equador terrestre é o equador celeste. O ponto na esfera celeste bem acima da cabeça do observador é chamador de zênite, enquanto que o oposto (abaixo dos pés) é chamado de nadir. Uma reta imaginária passando pelo zênite e o nadir é o que chamamos de meridiano. O movimento aparente que o Sol faz na esfera celeste é chamado de eclíptica. A eclíptica possui uma inclinação com relação ao equador celeste de 23,5, e é essa inclinação que ocasiona as diferentes estações do ano.

3

4 Quando o Sol está na posição de maior angulação na eclíptica, temos os chamados solstícios, que marcam o início do verão ou do inverno. Quando Sol cruza com o equador celeste, temos o chamado equinócio, que marcam o início do outono e da primavera. O equinócio de primavera também é chamado de ponto vernal, e ocorre entre 22 e 23 de março. Ele marca a passagem do Sol do hemisfério sul para o norte, iniciando a primavera (norte) e o outono (sul). Já o equinócio de outono recebe o nome de ponto de libra, e ocorre entre 22 e 23 de setembro.

5 No globo terrestre temos um sistema de coordenadas dado por latitude e longitude. Contamos a latitude em graus partindo do equador. Para o norte temos graus positivos (0 a +90 ) e para o sul, graus negativos (0 a -90 ). A latitude é representada por linhas horizontais, paralelas ao equador.

6 A longitude consiste de linhas verticais, contadas a partir do meridiano de Greenwich de 0 a 180 para o leste ou para o oeste. Assim, é possível determinar algum ponto na superfície do globo terrestre através de suas coordenadas. Para a esfera celeste também temos um sistema de coordenadas análogo. O chamamos de declinação (DEC., análogo à latitude) e ascensão reta (A.R., análogo a longitude). Contamos a declinação, a partir do equador celeste, em graus, minutos e segundos. Para o norte temos valores positivos e para o sul, valores negativos. A ascensão reta é contada a partir do ponto vernal (não contamos a partir do meridiano de Greenwich devido à rotação da Terra). Partindo desse ponto, medimos a ascensão reta de 0 a 24 horas. Sendo que um círculo contém 360, cada hora terá: = 15 Assim, cada constelação possui uma posição fixa na esfera celeste.

7 AS CONSTELAÇÕES O céu é estudado desde os povos antigos. Há cerca de anos o homem já buscava compreender o céu, embora suas ideias estavam mais centradas em mitologias. Os sumérios e babilônios, povos da Mesopotâmia, foram os primeiros a dividir o céu em regiões contendo conjuntos particulares de estrelas. Essas regiões foram as primeiras constelações. Atribuíam contos mitológicos a elas, dando nomes aos desenhos que viam as estrelas formarem. O escrito mais antigo que temos sobre constelações está registrado no texto Phenomena, de Aratus (século III a.c.). Em Phenomena estão descritas 43 constelações. Porém, a mais importante obra contendo o nome de constelações e estrelas foi escrita por Ptolomeu (final do século II d.c.). Em sua obra, Almagesto, Ptolomeu registra a posição e brilho de mil estrelas e as distribui em 48 constelações. Foi com Ptolomeu que a astronomia se desvinculou da sua antiga irmã: a astrologia. No século X, o astrônomo árabe al-sufi atualizou o Almagesto em seu Livro das Estrelas Fixas, onde deu nome árabes às estrelas. Os astrônomos passaram a tentar compreender o mecanismo de funcionamento do universo, enquanto que os astrólogos continuaram a estudar a influência da posição dos astros em nossas vidas. É verdade que a astronomia surgiu da astrologia, mas as duas tomaram caminhos diferentes. Hoje, a astrologia está para a astronomia assim como a alquimia está para a química. Um dos mais belos e mais elaborados dos primeiros atlas celestes foi o Uranometria, do astrônomo alemão Johann Bayer, em 1603.

8

9 Ele associou letras gregas às estrelas de cada constelação, em ordem alfabética, de acordo com seus brilhos. Assim, uma estrela alpha (α) seria a mais brilhante da constelação. Por exemplo, a estrela alpha Orionis (α Orionis) é a mais brilhante da constelação de Órion. No ano de 1801 o astrônomo alemão Johann Bode publicou seu atlas Uranographia, onde catalogou mais de 100 constelações (algumas inventadas por ele mesmo). Mas no ano de 1922, a União Astronômica Internacional elaborou, através de um acordo geral, uma lista com 88 constelações, que são as que permanecem até hoje. As constelações, portanto, são áreas delimitadas no céu com estrelas que, aparentemente, formam alguma figura. Dentro das constelações podem surgir os asterismos, que são estrelas formando pequenas figuras (além daquela que determina a constelação).

10 AS CARTAS CELESTES Muitas constelações foram sendo adicionadas aos catálogos durante os anos. Navegadores, como os holandeses Pieter Dirszoon Keyser e Frederick de Houtmann, catalogaram cerca de 200 estrelas durante suas viagens até as Índias Orientais. Da Europa, eles não conseguiam ver essa região do céu que fica abaixo do horizonte. Hoje, temos cartas celestes para cada região do globo terrestre. Para regiões ao norte, temos a carta que representa o céu polar boreal. Para as regiões ao sul, temos a carta que representa o céu polar austral. Por fim, temos as cartas do céu equatorial, dividida em quatro cartas (para cada época do ano). Essas cartas mostram que nem todas as constelações são visíveis para determinado observador. Tudo vai depender de sua posição no globo.

11

12 AS 88 CONSTELAÇÕES

13

14

15

16

17

18

19 ALGUMAS CONSTELAÇÕES FÁCEIS DE VER Muitas vezes não temos a mesma imaginação que os antigos para encontrar fácil as constelações. Mas algumas são mais fáceis de se encontrar. Para quem está no Brasil, seguimos a carta equatorial. Entre dezembro e fevereiro, no começo da noite o céu é dominado pela constelação de Órion, o caçador. Ele é facilmente identificado devido ao conjunto tríplice de estrelas, conhecidas popularmente como as três Marias. Essas três estrelas formam o cinturão de Órion.

20 Abaixo das três Marias (Alnitak, Alnilam e Mintaka) temos uma região onde é possível observar uma faixa nebular de nuvens. Nessa região, que compreende a espada do caçador, temos a famosa M42, ou nebulosa de Órion. Trata-se de uma região de formação estelar. A estrela mais brilhante dessa constelação é Betelgeuse (α Orionis), uma supergigante vermelha. Partindo do cinturão de Órion, podemos facilmente identificar outras duas constelações: Touro e Cão Maior. Com Órion próximo ao zênite, traçamos uma linha reta cerca de alguns graus para noroeste até encontrarmos uma estrela vermelha. Essa estrela será as pontas de um enorme V, e seu nome é Aldebaran (Aldebarã), ou α Tauri.

21 Aldebaran representa o olho do Touro, e as estrelas que formam sua cabeça é um aglomerado aberto chamado de hyades (hiades). Uma região do Touro que consiste em um asterismo é o aglomerado plêiades, formado por nove estrelas. A mais brilhante desse aglomerado é a estrela Alcyone, com uma magnitude de -2,9 (A magnitude representa o brilho da estrela. Estrelas com magnitude positivas são mais difíceis de serem vistas. Nosso Sol possui uma magnitude de -26). A constelação de Touro tem uma história interessante: No ano de 1054, os astrônomos chineses observaram, na ponta de um dos seus chifres, uma supernova. De acordo com os escritos desses astrônomos uma estrela visitante se tornou, repentinamente, mais brilhante do que a Lua cheia. Hoje nós vemos os resquícios da estrela que explodiu, a qual chamamos de nebulosa do caranguejo

22 Voltando para o cinturão do caçador, traçamos uma linha reta em direção ao leste até chegarmos a uma estrela brilhante e branca. Essa estrela é Sirius, a mais brilhante do céu. Estamos agora na constelação do Cão Maior (Canis Major). Essa constelação abriga um aglomerado aberto (M41) visível com um pequeno binóculo. Se traçarmos uma linha reta entre Sirius e Betelgeuse, teremos a base de um enorme triângulo. Traçando duas outras retas a fim de formar mais um vértice, iremos encontrar uma estrela brilhante, Procyon que faz parte da constelação de Cão Menor (uma constelação formada por apenas duas estrelas). Procyon, Sirius e Betelgeuse formam o grande Triângulo de Inverno. Quando Cão Maior estiver próximo do zênite, podemos traçar uma linha reta em direção ao sudeste até encontrarmos, próximo do horizonte, o Cruzeiro do Sul. Essa constelação encontra-se abaixo das patas do Centauro.

23 O Cruzeiro do Sul costuma dominar o céu entre março e maio, junto com Centauro. Com um pequeno binóculo ou telescópio, é possível observar um aglomerado de cintilantes estrelas chamado de caixa de jóias (figura abaixo):

24 Reza a lenda que Órion, o caçador, foi morto pelo Escorpião. Por essa razão as duas constelações não aparecem ao mesmo tempo no céu. Quando o Escorpião está surgindo de um lado no horizonte, Órion está se escondendo no lado oposto. O caçador sempre irá fugir do Escorpião. Essa constelação está bem visível no céu entre junho e agosto, e fica próxima do Cruzeiro.

25 A estrela mais brilhante dessa constelação é Antares, uma supergigante vermelha que está situada no coração do grande escorpião. Próximo da cauda temos outra constelação fácil de encontrar: Coroa Austral. Trata-se de um belo arco de estrelas. A partir dessas constelações, que são bem mais fáceis de serem notadas, podemos, com o auxílio de uma carta celeste, encontrar outras constelações. Por exemplo, próximo dos braços de Órion, oposto a Touro, temos a constelação de Gêmeos. Ao lado de Gêmeos, acima de Cão Menor, temos a constelação de Câncer. Próximo da cauda do Escorpião e acima da Coroa Austral, têm-se a constelação de Sagitário. Seguindo uma reta cortando o coração do Escorpião e indo até Sagitário, encontramos em seguida Capricórnio. Se prosseguirmos com essa reta, chegaremos em Aquário e depois Peixes. Acima de Peixes estará Pegasus. Continuando a reta a partir de Peixes, encontramos Aries. Se irmos no sentido oposto, partindo do coração de Escorpião e dividindo sua cabeça ao meio, chegaremos em Libra. Continuando pela reta chegamos em Vigem e depois Leão, Câncer, Gêmeos, Touro e por fim voltamos para Aries. Esse é o caminho que o Sol faz em seu trajeto aparente ao redor da Terra. Isso implica que, para cada mês do ano, o Sol nasce em uma dessas constelações. Isso deu origem aos doze signos do zodíaco (embora, para a Astronomia existam 13 constelações que compõem o zodíaco, sendo essa 13ª a constelação de Ofiúcio).

26 Áries Touro Gêmeos Câncer Leão Virgem Libra Constelação Período de Passagem Escorpião Ofiúco Sagitário Capricórnio Aquário Peixes 19 de abril a 13 de maio 14 de maio a 19 de junho 20 de junho a 20 de julho 21 de julho a 9 de agosto 10 de agosto a 15 de setembro 16 de setembro a 30 de outubro 31 de outubro a 22 de novembro 23 de novembro a 29 de novembro 30 de novembro a 17 de dezembro 18 de dezembro a 18 de janeiro 19 de janeiro a 15 de fevereiro 16 de fevereiro a 11 de março 12 de março a 18 de abril Dias de permanência do Sol 25 dias Hamal 37 dias Aldebaran 31 dias 20 dias Al Tarf 37 dias Regulus 45 dias Spica Estrela mais Brilhante Beta Geminorum (Pollux) 23 dias Zubeneschamali 7 dias Antares 18 dias Rasalhague 32 dias Kaus Australis 28 dias Deneb Algedi 24 dias Sadalsuud 38 dias Eta Piscium

AS CONSTELAÇÕES Jonathan Tejeda Quartuccio Instituto de Pesquisas Científicas

AS CONSTELAÇÕES Jonathan Tejeda Quartuccio Instituto de Pesquisas Científicas AS CONSTELAÇÕES Jonathan Tejeda Quartuccio Instituto de Pesquisas Científicas A Esfera Celeste Quando olhamos para o céu, temos a sensação de que o mesmo está girando ao nosso redor. É como se a Terra

Leia mais

Astronomia de posição (I)

Astronomia de posição (I) Esfera celeste Constelações Bandeira Nacional Ângulos Sistemas de coordenadas esféricas Projeção da esfera no plano Coordenadas terrestres Coordenadas horizontais e equatoriais Astronomia de posição (I)

Leia mais

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Física Departamento de Astronomia. Fundamentos de Astronomia e Astrofísica: FIS02010

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Física Departamento de Astronomia. Fundamentos de Astronomia e Astrofísica: FIS02010 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Física Departamento de Astronomia Fundamentos de Astronomia e Astrofísica: FIS02010 Prof. Tibério B. Vale Bibliografia básica: http://astro.if.ufrgs.br/

Leia mais

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Física Departamento de Astronomia. Fundamentos de Astronomia e Astrofísica

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Física Departamento de Astronomia. Fundamentos de Astronomia e Astrofísica Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Física Departamento de Astronomia Fundamentos de Astronomia e Astrofísica Prof. Rogério Riffel Por que estudamos astronomia? Por que estudamos astronomia?

Leia mais

Astronomia de posição (I)

Astronomia de posição (I) Esfera celeste Constelações Bandeira Nacional Ângulos Sistemas de coordenadas esféricas Projeção da esfera no plano Coordenadas terrestres Coordenadas horizontais e equatoriais Astronomia de posição (I)

Leia mais

Constelações e Reconhecimento do Céu Postagem antiga, mas me pediram para relembrar. Então...

Constelações e Reconhecimento do Céu Postagem antiga, mas me pediram para relembrar. Então... Constelações e Reconhecimento do Céu Postagem antiga, mas me pediram para relembrar. Então... Constelações O que são constelações: As constelações são agrupamentos de estrelas que formam desenhos de pessoas,

Leia mais

Astronomia de posição (II)

Astronomia de posição (II) Sistema de coordenadas horizontal, equatorial, eclíptico e galáctico. Determinação de distâncias (métodos clássicos): Eratostenes, Hiparco, Aristarco e Copérnico. Astronomia de posição (II) Gastão B. Lima

Leia mais

OBSERVAÇÕES DO UNIVERSO E ORIENTAÇÃO NO CÉU O

OBSERVAÇÕES DO UNIVERSO E ORIENTAÇÃO NO CÉU O OBSERVAÇÕES DO UNIVERSO E ORIENTAÇÃO NO CÉU O céu noturno Zênite Céu Alfa Centauri A e B z Cen a Cen Próxima Aglomerado Aberto Caixa de Jóias (NGC 4755) b Cen e Cen b Cru Mimosa g Cru Rubídea d Cru Pálida

Leia mais

SISTEMAS DE COORDENDAS CELESTES

SISTEMAS DE COORDENDAS CELESTES SISTEMAS DE COORDENDAS CELESTES Prof. Dr. Carlos Aurélio Nadal Distância angular e diâmetro aparente Diâmetro aparente da Lua Medidas angulares com o auxilio das mãos Ângulo medido a partir do centro da

Leia mais

A Esfera Celeste MOVIMENTOS APARENTES. Tópicos de Astronomia para Geofísicos AGA103

A Esfera Celeste MOVIMENTOS APARENTES. Tópicos de Astronomia para Geofísicos AGA103 A Esfera Celeste MOVIMENTOS APARENTES Tópicos de Astronomia para Geofísicos AGA103 Enos Picazzio IAGUSP / Ago.2010 Devido à infinitude, tudo parece estar à mesma distância. O horizonte encontra-se com

Leia mais

A história da Astronomia

A história da Astronomia ASTRONOMIA A história da Astronomia Profª Eliana D'Avila OBSERVANDO O CÉU Desde a antiguidade o ser humano observa o céu. As especulações sobre a natureza do Universo devem remontar aos tempos pré-históricos,

Leia mais

Movimentos da Terra. Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP. Agradecimento ao Prof. Roberto Boczko pelo material cedido

Movimentos da Terra. Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP. Agradecimento ao Prof. Roberto Boczko pelo material cedido Movimento aparente diurno e anual Sistemas geocêntrico e heliocêntrico Leis de Kepler Rotação e translação da Terra Definição de dia e ano Precessão e nutação Estações do ano Movimentos da Terra Gastão

Leia mais

O céu pertence a todos

O céu pertence a todos I Curso Introdução à Astronomia Jan 2017 O céu pertence a todos Daniel R. C. Mello Observatório do Valongo - UFRJ Nesta aula veremos: A divisão do céu e o conceito de constelações O conceito de esfera

Leia mais

INT R ODU ÇÃO À AS T R ONOMIA AGA S istemas de Coordenadas

INT R ODU ÇÃO À AS T R ONOMIA AGA S istemas de Coordenadas INT R ODU ÇÃO À AS T R ONOMIA AGA-210 3. S istemas de Coordenadas (J.B.K aler, 1994, Fig. 3.11, p.36) S ol à meia noite? Nas calotas polares, durante o ver ão, o S ol nunca s e põe. IAG/U S P E NOS PICAZZIO

Leia mais

Prof. Eslley Scatena Blumenau, 22 de Agosto de

Prof. Eslley Scatena Blumenau, 22 de Agosto de Grupo de Astronomia e Laboratório de Investigações Ligadas ao Estudo do Universo Prof. Eslley Scatena Blumenau, 22 de Agosto de 2017. e.scatena@ufsc.br http://galileu.blumenau.ufsc.br A esfera celeste

Leia mais

SISTEMAS DE REFERÊNCIA Coordenadas celestiais e terrestres

SISTEMAS DE REFERÊNCIA Coordenadas celestiais e terrestres SISTEMAS DE REFERÊNCIA Coordenadas celestiais e terrestres Posição do Disco solar acima do horizonte Em função da grande distância entre o Sol e a Terra, a radiação solar pode ser considerada colimada,

Leia mais

Introdução. Aula 2 - Esfera Celeste e Movimento Diurno dos Astros.

Introdução. Aula 2 - Esfera Celeste e Movimento Diurno dos Astros. Aula 2 - Esfera Celeste e Movimento Diurno dos Astros. Maria de Fátima Oliveira Saraiva, Kepler de Souza Oliveira Filho & Alexei Machado Müller Fotografia de Stonehenge, um monumento megalítico, com idade

Leia mais

ASTRONOMIA NO DIA A DIA

ASTRONOMIA NO DIA A DIA ASTRONOMIA NO DIA A DIA Dr. André Milone Divisão de Astrofísica (DAS) Curso de Introdução à Astronomia e Astrofísica 2013 A Esfera Celeste na visão toponcêntrica Movimentos diários aparentes do céu e Sol

Leia mais

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Física Departamento de Astronomia. Introdução à Astronomia. Prof.

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Física Departamento de Astronomia. Introdução à Astronomia. Prof. Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Física Departamento de Astronomia Introdução à Astronomia Prof. Rogério Riffel Por que estudamos astronomia? Por que estudamos astronomia? Para entender

Leia mais

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Física Departamento de Astronomia. FIS Explorando o Universo

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Física Departamento de Astronomia. FIS Explorando o Universo Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Física Departamento de Astronomia FIS02009 - Explorando o Universo Gerando e entendendo o céu visível em cada lugar Constelações e roda do zodíaco

Leia mais

Movimentos da Terra. Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP. Agradecimento ao Prof. Roberto Boczko pelo material cedido

Movimentos da Terra. Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP. Agradecimento ao Prof. Roberto Boczko pelo material cedido Movimento aparente diurno e anual Sistemas geocêntrico e heliocêntrico Leis de Kepler Rotação e translação da Terra Definição de dia e ano Precessão e nutação Estações do ano Movimentos da Terra Gastão

Leia mais

2. Alguns conceitos e convenções na relação da Terra com o Céu

2. Alguns conceitos e convenções na relação da Terra com o Céu 2. Alguns conceitos e convenções na relação da Terra com o Céu Luís Cunha Depº de Física Universidade do Minho Esfera Celeste Equador Celeste Equador Pólo Norte Celeste Pólo Sul Celeste Pólo Norte Pólo

Leia mais

Coordenadas geográficas. Porto Alegre 2015

Coordenadas geográficas. Porto Alegre 2015 Coordenadas geográficas Porto Alegre 2015 Localização no espaço geográfico O conceito mais apropriado de orientação é direção. Usamos em nosso dia-a-dia uma localização básica fundamentada em Direita,

Leia mais

OBA Astronomia. Prof. MSc. Elton Dias Jr.

OBA Astronomia. Prof. MSc. Elton Dias Jr. OBA-2011 -Astronomia Prof. MSc. Elton Dias Jr. Astronomia de Posição 1. Astronomia de Posição 1.1. Coordenadas Celestes Devemos imaginar que as estrelas estão fixas na superfície de uma esfera oca, cujo

Leia mais

EFEMÉRIDES DO MÊS DE DEZEMBRO DE 2014

EFEMÉRIDES DO MÊS DE DEZEMBRO DE 2014 EFEMÉRIDES DO MÊS DE DEZEMBRO DE 2014 POSIÇÃO GEOGRÁFICA: LATITUDE: -8.1º LONGITUDE: -34.9º LATITUDE: 8º 0 48.1 Sul LONGITUDE: 34º 51 3.4 Oeste CALENDÁRIO DO CÉU COM OS HORÁRIOS DE VISIBILIDADE DOS OBJETOS

Leia mais

Movimento de Translação

Movimento de Translação Movimento de Translação Sol A Terra completa ~ uma volta em torno do Sol em um ano Terra Variação na distância Terra-Sol ~ 2% (órbita ~ circular) Movimento de Translação Sol ECLÍPTICA Eclíptica é o plano

Leia mais

Coordenadas. Prof. Jorge Meléndez

Coordenadas. Prof. Jorge Meléndez Coordenadas Bibliography: Any book (or chapter) on astronomical coordinates. Slides from Prof. Roberto Boczko + myself (Elementos de Astronomia): http://www.astro.iag.usp.br/~jorge/aga205/ Prof. Jorge

Leia mais

I. Movimento Aparente e o Sistema Solar. 1º Simpósio do Ensino Médio, Etec Vasco Antonio Venchiarutti, Jundiaí-SP, 21-22/07/2010

I. Movimento Aparente e o Sistema Solar. 1º Simpósio do Ensino Médio, Etec Vasco Antonio Venchiarutti, Jundiaí-SP, 21-22/07/2010 I. Movimento Aparente e o Sistema Solar 1º Simpósio do Ensino Médio, Etec Vasco Antonio Venchiarutti, Jundiaí-SP, 21-22/07/2010 Enos Picazzio IAGUSP / Jul.2010 Devido à infinitude, tudo parece estar à

Leia mais

Introdução. Aula 2: Astronomia antiga; esfera celeste e movimento diurno dos astros

Introdução. Aula 2: Astronomia antiga; esfera celeste e movimento diurno dos astros Aula 2: Astronomia antiga; esfera celeste e movimento diurno dos astros Maria de Fátima Oliveira Saraiva, Kepler de Souza Oliveira Filho e Alexei Müller Reprodução da gravura de Flamarion, datada do século

Leia mais

O signo duro de engolir na sua vida

O signo duro de engolir na sua vida O signo duro de engolir na sua vida o signo dificil na sua vida Você já parou para pensar que existem pessoas de certos signos com quem você tem maior dificuldade de relacionamento? Segundo a Astrologia,

Leia mais

Céu aparente, sistema solar e exoplanetas TEMPO E COORDENADAS. Licenciatura em Ciências USP/ Univesp. Enos Picazzio. 3.1 Tempo

Céu aparente, sistema solar e exoplanetas TEMPO E COORDENADAS. Licenciatura em Ciências USP/ Univesp. Enos Picazzio. 3.1 Tempo 3.1 Tempo 3.1.1 Dia sideral, dia solar aparente e dia solar médio 3.1.2 Hora local, fuso horário e linha internacional de data 3.1.3 Mês sinódico e mês sideral 3.1.4 Ano sideral e ano trópico 3.2 Sistemas

Leia mais

CONSTELAÇÕES. Autor: Viviane Lopes da Costa

CONSTELAÇÕES. Autor: Viviane Lopes da Costa CONSTELAÇÕES Autor: Viviane Lopes da Costa Contexto: Esta aula se insere no decorrer do curso de ciências para a 5 a série (3 o ciclo do Ensino Fundamental). Os alunos já deverão ter tido contato com os

Leia mais

UECEVEST TD DE GEOGRAFIA (Orientação/Localização/Astronomia) Prof. Elvis Sampaio

UECEVEST TD DE GEOGRAFIA (Orientação/Localização/Astronomia) Prof. Elvis Sampaio UECEVEST TD DE GEOGRAFIA (Orientação/Localização/Astronomia) Prof. Elvis Sampaio 1. (Unb) A necessidade de orientação no espaço terrestre esteve presente na humanidade desde as sociedades primitivas. A

Leia mais

HEMISFÉRIOS DA TERRA. - Para fins didáticos, a Terra foi dividida em linhas imaginárias.

HEMISFÉRIOS DA TERRA. - Para fins didáticos, a Terra foi dividida em linhas imaginárias. HEMISFÉRIOS DA TERRA - Para fins didáticos, a Terra foi dividida em linhas imaginárias. - A linha central horizontal que divide a Terra ao meio é chamada de Equador e dá origem ao Hemisfério Norte (acima)

Leia mais

Movimentos da Terra: Formação Tópicos Gerais de Ciências da Terra Turma B. Karín Menéndez-Delmestre Observatório do Valongo

Movimentos da Terra: Formação Tópicos Gerais de Ciências da Terra Turma B. Karín Menéndez-Delmestre Observatório do Valongo Movimentos da Terra: Formação Tópicos Gerais de Ciências da Terra Turma B Karín Menéndez-Delmestre Observatório do Valongo Os Movimentos da Terra Rotação Revolução Precessão Nutação Movimento dos Pólos...

Leia mais

O Universo no meu bolso. Figuras no céu. Grażyna Stasińska. No. 5. Observatório de Paris ES 001

O Universo no meu bolso. Figuras no céu. Grażyna Stasińska. No. 5. Observatório de Paris ES 001 O Universo no meu bolso Figuras no céu No. 5 ES 001 Grażyna Stasińska Observatório de Paris 2 Esta pintura de 17.000 anos da caverna de Lascaux na França mostra as estrelas do que agora é chamado aglomerado

Leia mais

Colégio Santa Dorotéia

Colégio Santa Dorotéia INSTRUÇÕES Colégio Santa Dorotéia Área de Ciências Humanas Disciplina: Ano: 6º - Ensino Fundamental Professor: Rogério Duarte VERIFIQUE A PUBLICAÇÃO DO GABARITO. O professor estará disponível para esclarecer

Leia mais

CALENDÁRIO ASTRONÔMICO JUNHO2017 / JUNHO2018

CALENDÁRIO ASTRONÔMICO JUNHO2017 / JUNHO2018 JUNHO2017 / JUNHO2018 VOCÊ DEVE ESTAR SE PERGUNTANDO POR QUE ESTE CALENDÁRIO NÃO COMEÇA EM JANEIRO, COMO TODOS OS OUTROS. A resposta está na importância de junho para a astronomia. Esse mês marca o Solstício

Leia mais

CARTOGRAFIA: ELEMENTOS E TÉCNICAS MÓDULO 01 GEOGRAFIA 01

CARTOGRAFIA: ELEMENTOS E TÉCNICAS MÓDULO 01 GEOGRAFIA 01 CARTOGRAFIA: ELEMENTOS E TÉCNICAS MÓDULO 01 GEOGRAFIA 01 Cartografia ciência responsável pela elaboração de representações da superfície da Terra. Com a ajuda da matemática, evoluiu e aprimorou mapas e

Leia mais

Explorando o Universo: dos quarks aos quasares. Astronomia de Posição. Professor: Alan Alves Brito Agradecimento: Professor Roberto Bockzo

Explorando o Universo: dos quarks aos quasares. Astronomia de Posição. Professor: Alan Alves Brito Agradecimento: Professor Roberto Bockzo Explorando o Universo: dos quarks aos quasares Astronomia de Posição Professor: Alan Alves Brito Agradecimento: Professor Roberto Bockzo Tópicos e Objetivos da Aula Conceitos Fundamentais Manipulações

Leia mais

1.1.2 Observação do céu

1.1.2 Observação do céu Ciências Físico-químicas - 7.º ano de escolaridade No final desta apresentação deverás ser capaz de: Indicar o que são constelações e dar exemplos de constelações visíveis no hemisfério Norte. Associar

Leia mais

b. CARTAS CELESTES DO ALMANAQUE NÁUTICO

b. CARTAS CELESTES DO ALMANAQUE NÁUTICO b. CARTAS CELESTES DO ALMANAQUE NÁUTICO O Almanaque Náutico apresenta 4 Cartas Celestes, duas na Projeção Polar Azimutal Eqüidistante, centradas, respectivamente, no Pólo Norte e no Pólo Sul Celeste e

Leia mais

Colégio Santa Dorotéia

Colégio Santa Dorotéia Colégio Santa Dorotéia Área de Ciências Humanas Disciplina: Geografia Série: 6 a - Ensino Fundamental Professora: Cristiane Mattar Geografia Atividades para Estudos Autônomos Data: 25 / 4 / 2016 Aluno(a):

Leia mais

LOCALIZAÇÃO E COORDENADAS GEOGRÁFICAS. Luiz Fernando Wisniewski

LOCALIZAÇÃO E COORDENADAS GEOGRÁFICAS. Luiz Fernando Wisniewski LOCALIZAÇÃO E COORDENADAS GEOGRÁFICAS Prof.º Luiz Fernando Wisniewski lfw.geografia@gmail.com LOCALIZAÇÃO E COORDENADAS GEOGRÁFICAS Orientação através da rosa dos ventos Paralelos e Meridianos Latitude

Leia mais

Energia Solar Térmica. Prof. Ramón Eduardo Pereira Silva Engenharia de Energia Universidade Federal da Grande Dourados Dourados MS 2014

Energia Solar Térmica. Prof. Ramón Eduardo Pereira Silva Engenharia de Energia Universidade Federal da Grande Dourados Dourados MS 2014 Energia Solar Térmica Prof. Ramón Eduardo Pereira Silva Engenharia de Energia Universidade Federal da Grande Dourados Dourados MS 2014 O Sol Energia Solar Térmica - 2014 Prof. Ramón Eduardo Pereira Silva

Leia mais

ESTAÇÕES DO ANO INTRODUÇÃO À ASTRONOMIA AULA 03: COORDENADAS, A TERRAEA LUA

ESTAÇÕES DO ANO INTRODUÇÃO À ASTRONOMIA AULA 03: COORDENADAS, A TERRAEA LUA INTRODUÇÃO À ASTRONOMIA AULA 03: COORDENADAS, A TERRAEA LUA TÓPICO 05: ESTAÇÕESDOANOE FUSOS ESTAÇÕES DO ANO VERSÃO TEXTUAL As estações do ano estão associadas ao movimento anual da Terra entorno do Sol,

Leia mais

Olhando o céu. Jorge Meléndez (baseado/ Prof. R. Boczko) IAG-USP

Olhando o céu. Jorge Meléndez (baseado/ Prof. R. Boczko) IAG-USP Olhando o céu 25 08 11 Jorge Meléndez (baseado/ Prof. R. Boczko) IAG-USP Céu de São Paulo (interior...) Itupeva, a 70 km de São Paulo http://www.fernando.arq.br/estrelas.htm Céu de São Paulo (interior...)

Leia mais

Movimento Anual do Sol, Fases da Lua e Eclipses

Movimento Anual do Sol, Fases da Lua e Eclipses Hipertexto: http://www.astro.if.ufrgs.br Fundamentos de Astronomia e Astrofísica Movimento Anual do Sol, Fases da Lua e Eclipses Rogemar A. Riffel e-mail: rogemar@ufrgs.br http://www.if.ufrgs.br/~rogemar

Leia mais

ESCOLA MAGNUS DOMINI

ESCOLA MAGNUS DOMINI ESCOLA MAGNUS DOMINI UM DESENHO NO CÉU: ESTUDO DAS CONSTELAÇÕES Ana Carolina Petrucci Enzo Seiti Koyama João Pedro Borges Nascimento Mariana Herold Constantino Renan Karling Hoffmann MARINGÁ 2016 1. INTRODUÇÃO

Leia mais

Amor e horóscopo: signos que combinam muito. Os signos que mais combinam no Horóscopo do Amor.

Amor e horóscopo: signos que combinam muito. Os signos que mais combinam no Horóscopo do Amor. Amor e horóscopo: signos que combinam muito Os signos que mais combinam no Horóscopo do Amor. Será que a gente combina??? Se o seu amor é geminiano pode apostar que ele conta muito com o seu companheirismo,

Leia mais

Introdução à Astronomia Semestre:

Introdução à Astronomia Semestre: Introdução à Astronomia Semestre: 2015.1 Sergio Scarano Jr 22/10/2013 Terra Redonda Fases da Lua associada a disposição relativa entre a Terra, Lua e Sol. Sombra indicavam que a própria Lua não era plana

Leia mais

A GEOMETRIA DO GLOBO TERRESTRE

A GEOMETRIA DO GLOBO TERRESTRE Sumário A GEOMETRIA DO GLOBO TERRESTRE Grupo de Pesquisa em Matemática para o Ensino Médio GPMatEM Prof Luciana Martino: lulismartino@gmail.com Prof Marcos: profmarcosjose@gmail.com Prof Maria Helena:

Leia mais

Universidade Federal Fluminense

Universidade Federal Fluminense Universidade Federal Fluminense Curso de Formação continuada em Astronomia Para professores de Educação Básica Prof. Dr. Tibério Borges Vale Projeto de Extensão O uso da Astronomia como elemento didático

Leia mais

Horizonte local e relógios de Sol

Horizonte local e relógios de Sol Horizonte local e relógios de Sol Rosa M. Ros International Astronomical Union Universidad Politécnica de Cataluña, España Objetivos Comprender o movimento diurno do Sol. Comprender o movimento anual do

Leia mais

COLÉGIO 7 DE SETEMBRO DISICIPLINA DE GEOGRAFIA PROF. RONALDO LOURENÇO 1º ANO CAPÍTULO 01 PLANETA TERRA: COORDENADAS, MOVIMENTOS E FUSOS HORÁRIOS

COLÉGIO 7 DE SETEMBRO DISICIPLINA DE GEOGRAFIA PROF. RONALDO LOURENÇO 1º ANO CAPÍTULO 01 PLANETA TERRA: COORDENADAS, MOVIMENTOS E FUSOS HORÁRIOS COLÉGIO 7 DE SETEMBRO DISICIPLINA DE GEOGRAFIA PROF. RONALDO LOURENÇO 1º ANO CAPÍTULO 01 PLANETA TERRA: COORDENADAS, MOVIMENTOS E FUSOS HORÁRIOS IMPORTÂNCIA O homem não existe sem a geografia O princípio

Leia mais

Orientação Geográfica e Relógio de Sol

Orientação Geográfica e Relógio de Sol Orientação Geográfica e Relógio de Sol Curso de Introdução à Astronomia e Astrofísica Dr. André de Castro Milone DAS/INPE acmilone@das.inpe.br 1.1 MEIO-DIA SOLAR E ORIENTAÇÃO GEOGRÁFICA Finalidade: Determinar

Leia mais

Correção do TPC. Astronomia É a Ciência que estuda o Universo, numa tentativa de perceber a sua estrutura e evolução.

Correção do TPC. Astronomia É a Ciência que estuda o Universo, numa tentativa de perceber a sua estrutura e evolução. Sumário 1. Constituição do Universo Correção do TPC. A organização do Universo - O sistema planetário, as galáxias, os quasares, os enxames e os superenxames. - A nossa galáxia - A Via Láctea, a sua forma

Leia mais

Fundamentos de Astronomia e Astrofísica

Fundamentos de Astronomia e Astrofísica Fundamentos de Astronomia e Astrofísica Astronomia Antiga, Esfera Celeste, Coordenadas e Movimento Diurno dos Astros Rogemar A. Riffel Sala: N101 e-mail: rogemar@ufrgs.br http://www.if.ufrgs.br/~rogemar

Leia mais

CURSO DE INTRODUÇÃO À ASTRONOMIA

CURSO DE INTRODUÇÃO À ASTRONOMIA CURSO DE INTRODUÇÃO À ASTRONOMIA INTRODUÇÃO TEÓRICA E OBSERVACIONAL 1 Introdução Este curso destina-se a todas as pessoas interessadas por observações astronômicas, sendo adequado a qualquer pessoa. Estudantes

Leia mais

Pessoas difíceis na sua vida

Pessoas difíceis na sua vida Pessoas difíceis na sua vida o signo dificil na sua vida Você já parou para pensar que existem pessoas de certos signos com quem você tem maior dificuldade de relacionamento? Segundo a Astrologia, há signos

Leia mais

O Universo e o Sistema Solar

O Universo e o Sistema Solar O Universo e o Sistema Solar 1 O cientista não estuda a natureza porque ela é útil; ele a estuda porque tem prazer nisso, e ele tem prazer nisso porque ela é linda. Se a natureza não fosse linda, não valeria

Leia mais

1. Mecânica do Sistema Solar (I)

1. Mecânica do Sistema Solar (I) 1. Mecânica do Sistema Solar (I) AGA 215 Elisabete M. de Gouveia Dal Pino Astronomy: A Beginner s Guide to the Universe, E. Chaisson & S. McMillan (Caps. 0 e 1) Introductory Astronomy & Astrophysics, M.

Leia mais

ASTRONOMIA FUNDAMENTAL MEDIDAS DE POSIÇÃO E TEMPO

ASTRONOMIA FUNDAMENTAL MEDIDAS DE POSIÇÃO E TEMPO ASTRONOMIA FUNDAMENTAL MEDIDAS DE POSIÇÃO E TEMPO Ruth Bruno CONSTELAÇÕES Os astrônomos da antiguidade atribuíam figuras de pessoas, animais ou objetos a agrupamentos aparentes de estrelas. Constelação

Leia mais

Seu signo combina bem com qual signo?

Seu signo combina bem com qual signo? Seu signo combina bem com qual signo? A melhor compatibilidade entre dois signos. Descubra agora! Junte alguém do signo de Câncer com uma pessoa de Capricórnio e pode apostar que vai dar liga. Um equilibra

Leia mais

Constelações são grupos aparentes de estrelas. Os antigos gregos, chineses e egípcios já haviam dividido o céu em constelações.

Constelações são grupos aparentes de estrelas. Os antigos gregos, chineses e egípcios já haviam dividido o céu em constelações. Constelações são grupos aparentes de estrelas. Os antigos gregos, chineses e egípcios já haviam dividido o céu em constelações. Surgiram na antiguidade pra ajudar a identificar as estações do ano. As constelações

Leia mais

A esfera celeste e a orientação pelas estrelas Pp. 30 a 35. Importância do conhecimento da esfera celeste

A esfera celeste e a orientação pelas estrelas Pp. 30 a 35. Importância do conhecimento da esfera celeste 1.4- A esfera celeste e a orientação pelas estrelas Pp. 30 a 35 Importância do conhecimento da esfera celeste Esfera celeste Constelação Mapa celeste Orientação pelas estrelas Coordenadas celestes horizontais:

Leia mais

TESTE TIPO Nº1 UNIVERSO GRUPO I

TESTE TIPO Nº1 UNIVERSO GRUPO I TESTE TIPO Nº1 UNIVERSO GRUPO I 1. Exemplos de astros com luz própria são: A. o Sol e a Lua. B. as estrelas e a Lua. C. as estrelas. 2. As galáxias são formadas por: A. apenas estrelas. B. estrelas e planetas.

Leia mais

Geodésia II - Astronomia de Posição: Aula 02

Geodésia II - Astronomia de Posição: Aula 02 Engenharia Cartográfica Geodésia II - Astronomia de Posição: Aula 02 Capítulos 03, 04 e 05 Prof. Gabriel Oliveira Jerez SUMÁRIO Noções Preliminares de Cosmografia o Astros Fixos e Errantes; o Sistema Solar;

Leia mais

Elementos de Astronomia

Elementos de Astronomia Elementos de Astronomia Astronomia Antiga, Esfera Celeste, Coordenadas e Movimento Diurno dos Astros Rogemar A. Riffel Sala 1316 e-mail: rogemar@ufsm.br http://www.ufsm.br/rogemar/ensino.html Por que estudar

Leia mais

GEOGRAFIA (AULA 04) - NOÇÕES ESPACIAIS: MOVIMENTOS TERRESTRES E FUSO HORÁRIO

GEOGRAFIA (AULA 04) - NOÇÕES ESPACIAIS: MOVIMENTOS TERRESTRES E FUSO HORÁRIO GEOGRAFIA (AULA 04) - NOÇÕES ESPACIAIS: MOVIMENTOS TERRESTRES E FUSO HORÁRIO 1. Movimentos terrestres O planeta Terra apresenta diversos fenômenos naturais, dentre muitos estão os movimentos executados

Leia mais

Como funciona o relógio solar?

Como funciona o relógio solar? Historia Desde remotos tempos o homem, ao observar o Sol, percebeu que este provocava a sombra dos objetos, ao fazer estas observações notou que ao longo do dia o tamanho destas sombras variavam. O homem

Leia mais

Movimentos aparentes dos Astros. Prof. J. Meléndez, baseado no Prof. R. Boczko IAG - USP

Movimentos aparentes dos Astros. Prof. J. Meléndez, baseado no Prof. R. Boczko IAG - USP Movimentos aparentes dos Astros 15 09 2011 Prof. J. Meléndez, baseado no Prof. R. Boczko IAG - USP Movimentos aparentes Movimento diurno (diário) aparente do Sol Movimento anual aparente do Sol Movimento

Leia mais

SIMULADO DE GEOGRAFIA CURSINHO UECEVEST (ORIENTAÇÃO, FUSOS HORÁRIOS E CARTOGRAFIA) PROFESSOR RAONI VICTOR./DATA: 29/08/15

SIMULADO DE GEOGRAFIA CURSINHO UECEVEST (ORIENTAÇÃO, FUSOS HORÁRIOS E CARTOGRAFIA) PROFESSOR RAONI VICTOR./DATA: 29/08/15 SIMULADO DE GEOGRAFIA CURSINHO UECEVEST (ORIENTAÇÃO, FUSOS HORÁRIOS E CARTOGRAFIA) PROFESSOR RAONI VICTOR./DATA: 29/08/15 1. A distribuição de energia solar, ou insolação, depende dos movimentos de rotação

Leia mais

Movimentos da Terra e da Lua e eclipses. Gastão B. Lima Neto IAG/USP

Movimentos da Terra e da Lua e eclipses. Gastão B. Lima Neto IAG/USP Movimentos da Terra e da Lua e eclipses Gastão B. Lima Neto IAG/USP AGA 210 2 semestre/2006 Nascer do Sol Movimento aparente do Sol Movimento aparente dos astros frequência quotidiana. Interpretação? (1)

Leia mais

POR QUE GEOCENTRISMO PREVALECEU?

POR QUE GEOCENTRISMO PREVALECEU? POR QUE GEOCENTRISMO PREVALECEU? Não percebemos a Terra se movendo contraintuitivo Modelo heliocêntrico contrariava frontalmente o pensamento aristotélico. Aristóteles: Sol jamais poderia ocupar o centro

Leia mais

Astronomia... também para astrólogos

Astronomia... também para astrólogos Astronomia... também para astrólogos Prof. Luiz Ferraz Netto [Léo] luizferraz.netto@gmail.com leobarretos@uol.com.br Céu e Terra - noções básicas #1 - Resumo histórico A cada dia o universo todo (esfera

Leia mais

Magnetizando e abençoando a água

Magnetizando e abençoando a água Magnetizando e abençoando a água Jarra de água com efeito Cromoterapia e luz Solar Eis uma forma simples, barata (de graça) para melhorar tudo na sua vida: aprenda a Magnetizar a sua água pelas manhãs

Leia mais

ALGUMAS NOTAS DE TÉCNICA ESCOTISTA

ALGUMAS NOTAS DE TÉCNICA ESCOTISTA ALGUMAS NOTAS DE TÉCNICA ESCOTISTA Orientação A Rosa dos ventos A utilização de rosas-dos-ventos é extremamente comum em todos os sistemas de navegação antigos e atuais. Seu desenho em forma de estrela

Leia mais

INTRODUÇÃO À CARTOGRAFIA. Prof. Rogério da Mata

INTRODUÇÃO À CARTOGRAFIA. Prof. Rogério da Mata INTRODUÇÃO À CARTOGRAFIA A importância dos pontos de referência Pontos Cardeais: são pontos principais utilizados como padrão de localização ou pontos de referência. Através deles é possível localizar

Leia mais

Fundamentos da navegação astronómica.

Fundamentos da navegação astronómica. Fundamentos da navegação astronómica. "E pur si muove" Galileu Galilei Ângulos, ângulos, ângulos... Ângulos, como veremos neste capítulo, são a matéria-prima do astrónomo. As posições dos astros e dos

Leia mais

Lua cheia de doçura. É grátis no seu Seu (obrigatório)

Lua cheia de doçura. É grátis no seu   Seu  (obrigatório) Lua cheia de doçura No dia 25 de Abril teremos a última Lua Cheia do mês e nesse dia especial você pode fazer um ritual simples que não é para pedir nada e acaba trazendo um bem que não tem preço para

Leia mais

Introdução: Tipos de Coordenadas

Introdução: Tipos de Coordenadas Introdução: Tipos de Coordenadas Coordenadas Geográficas: Geodésicas ou Elipsóidicas: latitudes e longitudes referidas à direção da normal. Astronômicas: latitudes e longitudes referidas à direção da vertical.

Leia mais

18 a OBA PROVA DO NÍVEL

18 a OBA PROVA DO NÍVEL 18 a OBA PROVA DO NÍVEL 3-2015 - Veja o gabarito em nossa home page www.oba.org.br Nota de Astronomia: Nota de Astronáutica: Nota Final: Observação: A Nota Final é a soma das notas de Astronomia e de Astronáutica.

Leia mais

UNIDADE III ASTRONOMIA DE POSIÇÃO

UNIDADE III ASTRONOMIA DE POSIÇÃO UNIDADE III ASTRONOMIA DE POSIÇÃO AULA 9 ASTRONOMIA ESFÉRICA OBJETIVOS: Ao final desta aula, o aluno deverá: ter familiaridade com os sistemas de coordenadas utilizados para localizar astros no céu; ser

Leia mais

Astronomia de Posição

Astronomia de Posição Astronomia de Posição Notas de Aula Versão 01/02/2017 Gastão Bierrenbach Lima Neto Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) Universidade de São Paulo (USP) A última versão destas

Leia mais

Modelos astronômicos

Modelos astronômicos Astronomia Modelos astronômicos Durante muitos séculos a ideia de que a Terra era o centro do universo foi aceita, esta teoria se baseava no movimento aparente do Sol. Esta teoria se chama Geocentrismo

Leia mais

Alisamento de cabelo dica caseira sem química

Alisamento de cabelo dica caseira sem química Alisamento de cabelo dica caseira sem química A melhor receita caseira de alisamento de cabelos sem química que eu já vi e com dezenas de depoimentos de excelentes resultados. Com o poder da queratina

Leia mais

Geografia. Prof. Guilherme Motta

Geografia. Prof. Guilherme Motta Geografia Prof. Guilherme Motta Imagem: NASA / Public Domain. Polo Norte Polo Sul Imagem: MeMoRY / GNU Free Documentation License Imagem: GSFC team, cropped & up-sampled by Jason Harwell / Public Domain

Leia mais

Espante o calor da sua casa

Espante o calor da sua casa Espante o calor da sua casa Espante o calor da sua casa Dicas especiais para tornar a sua casa mais fresca. O Outono chegou, mas tem muitos lugares no Brasil onde o calor anda ainda atormentando, e com

Leia mais

Curso de Iniciação à. Astronomia e Astrofísica. Observatório Astronómico de Lisboa. Rui Jorge Agostinho José Manuel Afonso. Janeiro e Junho de 2013

Curso de Iniciação à. Astronomia e Astrofísica. Observatório Astronómico de Lisboa. Rui Jorge Agostinho José Manuel Afonso. Janeiro e Junho de 2013 Curso de Iniciação à Astronomia e Astrofísica do Observatório Astronómico de Lisboa Rui Jorge Agostinho José Manuel Afonso Janeiro e Junho de 2013 Conteúdo Objectivos e Estrutura do Curso.............................

Leia mais

Veja o gabarito em nossa home page Dados do(a) aluno(a) (use somente letras de fôrma): Nome completo:... Sexo:... Endereço:...n º...

Veja o gabarito em nossa home page  Dados do(a) aluno(a) (use somente letras de fôrma): Nome completo:... Sexo:... Endereço:...n º... XVII OBA PROVA DO NÍVEL 3 (Para alunos do 6 º ao 9 º ano das escolas nas quais o ensino fundamental é de 9 anos ou alunos da 5 a à 8 a série das escolas nas quais o ensino fundamental ainda tem 8 anos.)

Leia mais

Astronomia. O nosso Universo

Astronomia. O nosso Universo Astronomia O nosso Universo O sistema solar Distância entre a Lua e a Terra: 384.000 Km (aprox. 1 seg-luz Velocidade da luz (c) : 300.000 Km/s Distância média entre a Terra e o Sol: 146 milhões Km (aprox.

Leia mais

A magia da deusa do amor

A magia da deusa do amor A magia da deusa do amor Um poderoso banho de atração que transforma o corpo da pessoa em verdadeiro centro de paixão e amor. Para quem está só e quer encontrar alguém, para quem quer a volta do(a) ex,

Leia mais

Acredita-se que a origem da palavra remete à moeda portuguesa de mesmo nome (o dinheiro).

Acredita-se que a origem da palavra remete à moeda portuguesa de mesmo nome (o dinheiro). Vibração da semana O número 7 vem forte para reger esta semana de 16 a 23/07. Saiba o que essa energia proporciona de bom e de ruim. Um estudo interessante e gratuito para você. Acredita-se que a origem

Leia mais

Painel inferior direito Escolhando a opção Ângulo de incidência da luz solar (sunlight angle)

Painel inferior direito Escolhando a opção Ângulo de incidência da luz solar (sunlight angle) Estações do ano e a Ecliptica Trabalhe através do material introdutório na página entitulada Orbits and Light. Abra o Seasons and Ecliptic Simulator. Note que há três painéis principais (esquerda, superior

Leia mais

PREPARAÇÃO PARA A PROVA DE AFERIÇÃO

PREPARAÇÃO PARA A PROVA DE AFERIÇÃO PREPARAÇÃO PARA A PROVA DE AFERIÇÃO 2016-17 CIÊNCIAS FÍSICO-QUÍMICAS PARTE 2: FÍSICA 7º ANO DE ESCOLARIDADE III O Planeta Terra Período de rotação da Terra - É o tempo que a Terra demora a dar uma volta

Leia mais

Orientação pelas estrelas

Orientação pelas estrelas Orientação pelas estrelas Laurindo Sobrinho 24 de março de 2017 1 A Terra roda em torno do Sol a cada 365.24 dias A Terra roda sobre si mesma a cada 24h. Inclinação do eixo de rotação da Terra: 23.4º Latitude

Leia mais

EXPLICAÇÕES DA SEÇÃO D 1 D

EXPLICAÇÕES DA SEÇÃO D 1 D EXPLICAÇÕES DA SEÇÃO D 1 D São apresentadas as efemérides para Observações Físicas do Sol, Lua, Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno, calculadas a partir dos seus elementos de rotação e posições relativas.

Leia mais

O Movimento da Terra AGA292 Enos Picazzio

O Movimento da Terra AGA292 Enos Picazzio O Movimento da Terra AGA292 Enos Picazzio - 2011 O movimento aparente da esfera celeste Zênite: está na direção da vertical (fio de prumo). Seu oposto: Nadir Horizonte: linha divisória entre terra (abaixo)

Leia mais

Sumário. O Planeta Terra. Os movimentos da Terra. 29 e 30 26/01/2012

Sumário. O Planeta Terra. Os movimentos da Terra. 29 e 30 26/01/2012 Sumário Correção do TPC. O movimento de rotação da Terra e as suas consequências sucessão dos dias e das noites. O movimento de translação da Terra e as suas consequências as estações do ano. Movimento

Leia mais