O CÉU É O Limite! Adaptação de Ellie O Ryan Baseado na série criada por Dan Povenmire & Jeff «Swampy» Marsh

Transcrição

1 O CÉU É O Limite! Adaptação de Ellie O Ryan Baseado na série criada por Dan Povenmire & Jeff «Swampy» Marsh

2

3 capítulo 1 O Phineas e o Ferb pousaram duas grandes tigelas cheias até cima com os seus cereais preferidos na mesa baixa da sala. A manhã mal tinha começado, e a luz do Sol enchia a sala de estar. Os irmãos preparavam-se para tomar o pequeno- -almoço antes de sair para desfrutar de um dia de atividades de verão. Não há nada melhor para começar o dia do que tomar o pequeno-almoço enquanto se aprende alguma coisa disse o Phineas, ligando o televisor. 5

4 O ecrã acendeu-se e ouviu-se a voz de um locutor. Voltamos agora a Milionários Excêntricos da História! disse, muito empolgado. O televisor iluminou-se e branco de um homem com cabelo castanho bem grama explicou que o senhor se chamava Howard Hughes e que era famoso por ter sido um grande empresário e, ao mesmo tempo, ter construído aviões incríveis. Howard Hughes é particularmente conhecido por ter construído o Spruce Goose, ou Ganso de Madeira, um avião com estrutura em madeira disse o locu- 6

5 O CÉU É O LIMITE! enorme e com ar antigo. Tinha noventa e oito metros de envergadura de asas e ainda hoje detém o recorde de maior avião jamais construído declarou o narrador, muito sério. Ganso de Madeira a voar. Uau, é um recorde impressionante! exclamou o Phineas. Noventa e oito metros é quase tanto como um campo de futebol. É um recorde a pedir para ser batido esta tarde. Ferb, já sei o que vamos fazer hoje! No início do verão, o Phineas e o Ferb tinham jurado desfrutar ao máximo das férias, ocupando cada dia com aventuras divertidas. Entre viagens exóticas e a construção de invenções impressionantes, os irmãos passavam todo o tempo que tinham a tornar cada dia o mais fantástico possível! Sabiam que tinham muita sorte por a mãe do Phineas ter casado com o pai do Ferb, fazendo deles meios-irmãos e os melhores amigos um do outro. E nenhum dos dois queria perder um minuto que fosse das férias de verão. Por isso, quando um tinha uma grande ideia, o outro nem pensava duas vezes antes de o apoiar! 7

6 O Ferb percebeu logo o que o Phineas queria dizer. Na verdade, previu que o Phineas ia querer bater o recorde do avião assim que o Ganso de Madeira apareceu no ecrã. Tanto, que o Ferb até tinha posto uma peruca preta e um pequeno bigode. Com aqueles acessórios, parecia tal e qual o famoso Howard Hughes! O Phineas e o Ferb puseram imediatamente mãos à obra. Começaram por empilhar jornais velhos no jardim. A seguir, arranjaram várias sacas grandes de farinha. Foi então que a Isabella, o Buford, o Baljeet e as escuteiras apareceram. Olá, rapazes cumprimentou a Isabella. Que estão a fazer? Vamos construir o maior avião do mundo! respondeu o Phineas. 8

7 O CÉU É O LIMITE! Fixe disse a Isabella. Por acaso, ainda não temos os nossos crachás de aeronáutica. O Phineas sorriu. Por acaso, dava-nos jeito uma ajudinha disse. Por acaso, nós alinhamos! exclamou alegremente a Isabella. O Phineas sorriu, satisfeito. Com tantos ajudantes, iam bater o recorde em menos de nada! Vamos fazer o nosso avião com pasta de papel de jornal explicou o Phineas aos amigos. Porquê? Para ter a certeza de que o avião aparece nos jornais? brincou a Isabella. Todos se riram. Sim, e que é lido em toda a parte! acrescentou o Phineas, provocando nova gargalhada geral. Eh eh eh! Aos quadradinhos! interveio o Buford. Então Por causa, por causa da página de banda desenhada disse o Buford, para explicar a sua piada, enquanto mostrava a página de banda desenhada do jornal. Passado um instante, o Phineas interrompeu o silêncio. Agora a sério disse, o Howard Hughes 9

8 chamou ao seu avião Ganso de Madeira, porque ele era feito de madeira. Por isso, vamos chamar ao nosso Pelicano de Papel, porque será feito de jornal. Assim, vai ter uma boa circulação! Mais uma vez, todos se desataram a rir exceto o Buford. Oh, não tem assim tanta piada! queixou-se o Buford. Achava que a piada dele tinha muito mais graça do que a do Phineas, mas ninguém se tinha rido. Subitamente, o Phineas olhou em redor. Hum Onde está o Perry? perguntou. Os irmãos olharam para todos os cantos do jardim,mas o Perry, o seu ornitorrinco de estimação, não estava em parte nenhuma. O que o Phineas e o Ferb não sabiam era que, por trás do disfarce de normal ornitorrinco de 10

9 O CÉU É O LIMITE! estimação, o Perry era um agente secreto! Os seus colegas agentes da OSAF, ou Organização sem Acrónimo Fixe, chamavam-lhe agente P. O seu arqui-inimigo, o malvado Dr. Doofenshmirtz, estava sempre a tramar algum esquema diabólico que o agente P tinha de travar. O agente P tinha um esconderijo secreto por debaixo da casa do Phineas e do Ferb, a que podia aceder sempre que quisesse. E era precisamente para lá que se dirigia! O agente P aproximou-se sorrateiramente de um baixo. Todo o canteiro se virou ao contrário, enviando diretamente o agente para o seu esconderijo secreto. Passado um instante, o agente P estava sentado frente a um ecrã plano, onde o major Monograma, seu chefe, esperava para lhe dar instruções. Ah, agente P! começou o major, na sua voz rude. Acabámos de descobrir que o Doofenshmirtz anda a roubar garrafas dos contentores de reciclagem. E isso não é um sinal nada bom. Apareceu uma imagem do Dr. Doofenshmirtz a remexer num caixote do lixo no ecrã ao lado do major Monograma. 11

10 A não ser que, como é evidente, ele ande a reciclá- -las, e então isso só pode ser um bom sinal continuou o major Monograma. Porém, logo a seguir começou a duvidar: A não ser que ande a transformá-las numa arma terrível, o que, novamente, não é um sinal nada bom. Tirando, é claro, a parte da reciclagem, que, a bem dizer, por princípio, é uma coisa boa. Mesmo que esteja a fazer uma coisa má, não deixa de ser reciclagem O major fez uma pausa e coçou a cabeça. Sabe, se calhar não devíamos atribuir às coisas estes rótulos de «bom» e «mau». Digamos apenas que o Doofenshmirtz anda a fazer de que continua neutra. O agente P nem precisou de ouvir duas vezes. A cadeira em que estava sentado virou-se ao contrário e o agente P começou imediatamente a sua missão. Boa, má, neutra para o agente P, pouco importava. Estava determinado a descobrir tudo sobre aquela nova e estranha obsessão do Dr. Doofenshmirtz de andar aos caixotes. E o agente P não tinha medo de sujar as mãos! 12