O que se colhe com a Contribuição Sindical Rural
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- Nathalie Back Cesário
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1 INFORMATIVO DA FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO E SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL - ANO XII - Nº ABRIL/2008 O que se colhe com a Contribuição Sindical Rural PÁGINA 3 Sindicatos voltam à ativa Novas estratégias para exportações Faes e Fetaes: novo piso salarial PÁGINA 4 PÁGINA 5 PÁGINA 8
2 EDITORIAL Produção de alimentos Tema amplamente discutido ultimamente, quando se constata um novo patamar de preços das principais commodities agrícolas. Neste ano, no Brasil, os preços estão bem mais altos do que na média dos últimos anos, quando registramos forte crise na agropecuária, entre os anos de É bom lembrar que a carne bovina, alimento que mais provocou surpresa pelos preços alcançados, ainda não permitiu a recuperação das perdas dos últimos quatro anos. A CNA/CEPA/USP registra uma alta do Custo Operacional Total (COT), entre março de 2003 a dezembro de 2007, de 47,5%, enquanto a arroba subiu 23,1% nos estados pesquisados. Obviamente que os fatores internacionais influenciaram fortemente, pelo descompasso entre a oferta e a demanda de alimentos. A demanda cresceu, pelo aumento de renda dos consumidores, o que é bastante positivo. A oferta diminuiu, devido à seca em importantes regiões do planeta, alcançando a Austrália, a América do Sul e à Europa, provocando acentuadas quedas nos estoques mundiais de milho, trigo e arroz, da ordem de 52%, 59,5% e 52,1%, respectivamente, provocando alta destes produtos. Este cenário representa excelentes oportunidades para o Brasil, no próximo decênio, já que dispomos de significativo potencial de expansão, que permitirá crescimento expressivo na X Energia renovável produção de carne bovina e de frango, como também na de suínos; na produção de soja, milho, açúcar e arroz, sendo o milho e a soja, os responsáveis diretos pelo crescimento da produção de carnes de suínos e de frangos. Há que se considerar algumas ameaças, como o impedimento à exportação de carnes, que pode provocar queda no preço de grãos; a crise americana, que pode se agravar, criando efeito dominó, provocando queda dos preços. A questão dos fertilizantes é inquietante, já que tiveram majoração de 109% nos últimos 12 meses. A estratégia americana de produção de etanol pelo uso do milho, contribuiu significativamente para o aumento dos preços. O Brasil deverá manter a vanguarda na produção de etanol, tendo como fonte a cana de açúcar, que como dito anteriormente, deverá registrar crescimento de área plantada, sem comprometer nossa produção de alimentos. No Espírito Santo, temos potencial para suprir toda a demanda de madeira e de cana, usando menos de 1/3 da área ocupada com pastagens degradadas, que é de 600 mil ha. Portanto é cômodo e invejável a posição do Brasil e do Estado do Espírito Santo. Vontade política e negociações racionais são imprescindíveis. Na área de produção, de pesquisa e de extensão rural estamos garantidos. Os nossos produtores são imbatíveis. Júlio da Silva Rocha Presidente da Faes CAMPO LEGAL Mudanças nos contratos por pequenos prazos Em 09 de abril deste ano o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou a Medida Provisória Nº 410 que acrescenta artigo à Lei nº 5.889, de 8 de junho de 1973 (que Estatui Normas Reguladora do Trabalho Rural), criando o Contrato de Trabalhador Rural por Pequeno Prazo, estabelece normas transitórias sobre a aposentadoria do trabalhador rural e prorroga o prazo de contratação de financiamentos rurais. A Medida Provisória nº 410 teve sua proposta original modificada pelo relator, que por meio de um Projeto de Lei de Conversão para a MP 410/ 2007, TORNOU REGRA GERAL a anotação do Contrato na Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS. A única possibilidade de não assinar a CTPS é existindo Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho que permita a inscrição do trabalhador na Previdência Social por meio da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e Informação a Previdência Social - GFIP, o que não é EDITAL o caso da Convenção Coletiva de Trabalho entre a FAES e a FETAES, que não consta esta Cláusula. A matéria foi remetida ao Senado Federal em e aguarda votação da casa, enquanto isso não acontece os empregadores devem assinar a CTPS do empregado trabalhador rural contratado por pequeno prazo que goza dos mesmos direitos de natureza trabalhista que o trabalhador rural permanente, inclusive o recolhimento das contribuições previdenciárias, tudo nos termos da legislação pertinente à Previdência Social. A Assessora Jurídica da FAES elaborou um modelo no novo molde de Contrato de Trabalho Por Pequeno Prazo que está à disposição daqueles que se interessarem. Valdirene Ornela da Silva Barros Assessora Jurídica Coordenadora - FAES ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE GIROLANDO DO ESPIRITO SANTO E ACEPES CONVIDAM A TODOS PARA A I EXPOSIÇÃO INTERESTADUAL DA RAÇA GIROLANDO, QUE ACONTECERÁ DO DIA 28/ 05 A 01/06/2008, NO PARQUE DE EXPOSIÇÕES DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM. NO DIA 31/05 OCORRERÁ O 1º LEILÃO DA RAÇA GIROLANDO DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM PROMOVIDO PELA ASSOCIAÇÃO. EXPEDIENTE O Jornal Esta Terra é uma publicação mensal da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo (FAES) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado do Espírito Santo SENAR-AR/ES). FAES: DIRETORES: Júlio da Silva Rocha Júnior (Presidente), João Calmon Soeiro (1º Vice-presidente), Waldir Magewiski (2º Vice-presidente), Jonas Sossai (3º Vice-presidente), Tolentino Ferreira de Freitas (4º Vice-presidente), Francisco Loss Milagres (5º Vice-Presidente), Francisco Vervloet Sampaio Silva (1º Secretário), José Manoel Monteiro de Castro (2º Secretário), Neuzedino Alves Victor de Assis (1º Tesoureiro), Carlos Roberto Aboumrad (2º Tesoureiro). SUPLENTES DA DIRETORIA: Luiz Carlos da Silva, Leomar Bartels, Luiz Malavasi, Erci Calvi, José Silvano Bisi, Jacinto Pereira das Posses, Nilson Izoton de Almeida, Acácio Franco Lopes, Marlene Busato, Valdeir Borges da Hora. CONSELHO FISCAL: Efetivos: Acyr Annies, José de Assis Alves, Abdo Gomes - Suplentes: Luciano Henriques, Gilda Domingues, Jairo Bastianello. Endereço: Av. Nossa Senhora da Penha, nº Torre A - 10º e 11º andares - Bairro Santa Lúcia - Vitória/ES - Tel: (27) Fax: (27) faes@faes.org.br senar@faes.org.br Produzido por: Iá! Comunicação (27) (ia@iacomunicacao.com.br) - Jornalista responsável: Eustáquio Palhares (eustaquio@iacomunicacao.com.br) - Edição: Priscila Norbim - Textos: Priscila Norbim, Caroline Csaszar e Danielle Ewald - Colaboradores: Tereza Zaggo, Fabrício Gobbo, Ivanete Freitas, Liliane Fundão, Altanôr Diniz e Simone Sandre. 2
3 CSR: Colhendo benefícios O que todo produtor rural quer é ter voz e força. Por isso a importância de entidades como a CNA, a Faes e os Sindicatos Rurais Patronais, que trabalham neste sentido. Pagar a Contribuição Sindical Rural é investir em melhorias para o setor Possuir uma representatividade forte e competente é o primeiro passo para muitas conquistas. A união dos produtores rurais, independentemente do tamanho de suas propriedades ou das atividades que exercem, forma o Sistema Sindical Rural, que é o porta-voz do segmento primário brasileiro na luta por melhorias no setor. Para ter voz e vez na sociedade, nas questões políticas e econômicas é que todo o ano os proprietários rurais brasileiros investem na Contribuição Sindical Rural (CSR). Através dela é possível agir coletivamente e ter acesso a diversos serviços assistenciais, que melhoram e facilitam a vida do produtor rural. Todo o trabalho realizado pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Federações da Agricultura e Sindicatos Rurais Patronais é fruto da CSR. O que é a Contribuição Sindical Rural? É um tributo parafiscal, ou seja, arrecadação de recursos para o custeio de atividades que, em princípio, não integram funções próprias do Estado, que deve ser pago por todos os produtores rurais, pessoa física ou jurídica, enquadrados na categoria econômica rural. Como é calculado o valor da CSR? O valor a ser pago é calculado com base nas informações do Cadastro Fiscal de Imóveis Rurais (CAFIR). No caso de Pessoa Física, a referência é Valor da Terra Nua Tributável (VTNT) da propriedade, constante no ITR. Já para Pessoa Jurídica, a base é a Parcela do Capital Social - PCS, atribuída ao imóvel. Quando e como recolher a Contribuição? Quem emite a guia de CSR é a CNA. Os produtores rurais capixabas Pessoas Físicas já estão recebendo as guias, que devem ser pagas até o dia 22 de maio de O prazo de pagamento para as Pessoas Jurídicas venceu em 31 de janeiro deste ano. O que fazer se não houve o recebimento da guia? O proprietário rural que, por qualquer motivo, não recebeu a sua guia de recolhimento deste ano, deve procurar o Sindicato Rural do seu Município ou a Faes. Deve levar consigo cópia do Documento de Informação e Apuração do Imposto Territorial Rural (DIAT). E se o produtor não cumpriu o prazo de pagamento estipulado? Se o pagamento for feito após a data de vencimento, terá multa de 10% nos primeiros 30 dias, mais um adicional de 2% por mês subseqüente de atraso; juros de mora de 1% ao mês e atualização monetária, conforme indicação da CLT. O não pagamento corresponderá a posterior cobrança judicial. Qual o destino da arrecadação? Conforme estabelecido em Lei, 15% do valor recolhido é destinado a despesas administrativas. Os outros 85% são distribuídos entre Sindicato Rural do município recolhedor (60%), Ministério do Trabalho e Emprego (20%), Faes (15%) e CNA (5%). O dinheiro é revertido em prestação de serviços aos produtores rurais. Critérios de Cobrança A Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil CNA lançou a cobrança da Contribuição Sindical Rural (pessoa física) com vencimento para o dia As guias de recolhimento já estão sendo postadas nos Correios em Brasília e, caso haja alguma divergência nos dados constantes na referida guia, pedimos comunicar, por escrito, no prazo de 30 (trinta) dias, contados do recebimento da guia, conforme publicado no Edital de lançamento da referida cobrança, podendo a documentação ser encaminhada para: Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo FAES, endereço Av. Nossa Senhora da Penha, nº 1495, Torre A, 10º andar, Ed. Corporate Center, Santa Lúcia, CEP , Vitória/ES ou a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil CNA, cujo endereço encontra-se no remetente da guia, explicando os fatos e pedindo que sejam feitas as devidas correções, enviando junto, a guia recebida e os documentos comprobatórios (cópia), tais como: ITR, Certificado de Cadastro de Imóvel Rural CCIR de 2003/ 2004/2005, DP-INCRA, Contrato de Compra e Venda e outros. No ensejo, informamos, que o enquadramento sindical no setor rural, é regulado pelo Decreto-Lei nº 1.166, de , que teve seu artigo 1º alterado pelo art. 5º da Lei nº 9.701, de 17 de novembro de 1998, que assim dispõe, in verbis : Art. 1º - Para efeito da cobrança da contribuição sindical rural prevista nos arts. 149 da Constituição Federal e 578 a 591 da Consolidação da Leis do Trabalho, considerase : I (...); II empresário ou empregador rural: a) a pessoa física ou jurídica que, tendo empregado, empreende, a qualquer título, atividade econômica rural; b) quem proprietário ou não, e mesmo sem empregado, em regime de economia familiar, explore imóvel rural que lhe absorva toda a força de trabalho e lhe garanta a subsistência e progresso social e econômico em área superior a dois módulos rurais da respectiva região; c) os proprietários de mais de um imóvel rural, desde que a soma de suas áreas seja superior a dois módulos rurais da respectiva região. Desta forma, o primeiro requisito para que o produtor rural seja enquadrado como empregador rural, é que ele tenha empregado (inciso II, alínea a ), não importando o tamanho de sua propriedade. Não tendo empregado, mas o número de módulos rurais da propriedade estiver acima de dois módulos rurais, enquadrase como empregador rural (inciso II, alíneas b e c ). Assim sendo, sugerimos aos produtores rurais que receberem as guias de cobrança da Contribuição Sindical Rural, que efetuem o pagamento dentro do prazo de vencimento, a fim de evitar maiores transtornos no futuro, tais como: incidência de juros, multa e correção monetária e até custas judiciais e honorários advocatícios, no caso de cobrança judicial na Justiça do Trabalho. Vitória, 10 de abril de 2008 Maria Christina A de Araújo Coordenadora do Setor Sindical da FAES 3
4 Recentemente a Faes iniciou um trabalho de retomada e fortalecimentos dos Sindicatos Rurais capixabas. Dentro dessa perspectiva, já está em andamento a criação de novos sindicatos rurais em locais que ainda não possuem essa representatividade, e a retomada de alguns que estão temporariamente fechados. O responsável por este trabalho é o secretário executivo da Faes, Altanôr Lôbo Diniz. Ele entra em contato com a prefeitura do município, o Incaper e as Secretaria Municipais da Agricultura para falar sobre a viabilidade de implantação de um sindicato na região, e, a partir da aceitação desses órgãos, tudo se torna possível. Durante o período de articulação e contatos, Altanôr argumenta sobre a importância Novos Sindicatos, mais voz para o campo do sindicato, os objetivos e benefícios, além de melhorias que ele pode trazer para os moradores da região. Quanto aos sindicatos que já existem, mas que por algum motivo estão parados ou desativados, há um trabalho de motivação, e mudanças são realizadas para que o sindicato possa ser reaberto e continuar ativo. PARTICIPAÇÃO Segundo Altanôr é fundamental a participação da comunidade. Não adianta o sindicato ter presidente se a população não participa. O sindicato é uma integração da comunidade e é toda ela que vai dar vida ao mesmo, afirma. O Sindicato Rural de Bom Jesus do Norte, por exemplo, estava desativado, mas graças Segundo Altanôr, outros doze sindicatos já estão em processo de reabertura Considerando as dificuldades que o Espírito Santo vem passando com a questão de recursos hídricos, os secretários estaduais da Agricultura, Abastecimento, Aqüicultura e Pesca, César Colnago, e de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Maria da Glória Abaurre, criaram um grupo de trabalho para propor adequações à legislação vigente e ações a serem implementadas na área. No grupo participam 13 entidades do segmento, entre elas a Faes, através do coordenador do Conselho de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da entidade (COMARH), Murilo Pedroni, e do presidente do Sindicato Rural de Pinheiao trabalho desenvolvido pela Federação, no mês de março foi feita uma assembléia que nomeou uma junta governativa composta por seis produtores rurais. Essa junta administrará por seis meses até que o sindicato possa eleger um presidente. Comunicação/Faes Em Ibitirama, o sindicato também está paralisado por causa de problemas administrativos, mas medidas já estão sendo tomadas para que ele volte a funcionar e dentro de algumas semanas será realizada uma assembléia para eleger uma junta governativa. Em defesa da água ros, Érico Orletti. O novo grupo de trabalho também resolverá problemas relacionados ao licenciamento ambiental, além de colocar no papel propostas para harmonizar a produção do campo com a conservação do meio ambiente. Segundo Érico Orletti, a iniciativa será importante para o setor produtivo do Estado. Nunca foi tão boa a comunicação entre o Estado e o setor produtivo capixaba e isso só trará benefícios aos agricultores. Produtores querem mudanças nos financiamentos No dia 07 de abril o Bandes atendendo pleito dos produtores rurais, representados pela Faes e pela Fetaes, reuniu Seag e um grupo de entidades ligadas à agropecuária capixaba para debater soluções aos problemas relacionados a dívidas agrícolas e dificuldades para novos financiamentos. Ficou acertado que uma comissão formada pela Federação da Agricultura (Faes), Bandes, Incaper, Fosemag, OCB e Seag será responsável por um documento apontando soluções para a situação. A intenção é buscar apoio federal para modificar as regras de financiamento, inclusive, do Pronaf. No Estado existem proprietários rurais que, depois de prejuízos nas safras passadas, acumulam dívidas e correm o risco de perder suas terras em virtude das altas taxas de financiamento. Entre as modificações sugeridas, estão a manutenção dos contratos vigentes e alternativas para os corriqueiros problemas de documentação. Posteriormente, o material será entregue a bancada Federal. Vale ressaltar aos produtores rurais que observem detalhadamente os documentos de crédito que assinam, para evitar problemas posteriores. 4
5 O que fazer para exportar mais? Entidades agropecuárias brasileiras se reuniram em Brasília a fim de atrair novos mercados consumidores para o Brasil No dia 4 de março, entidades agropecuárias brasileiras se reuniram na Confederação Nacional da Agricultura (CNA), em Brasília, a fim de discutir novas estratégias para incrementar as exportações do país. Entre os participantes, estiveram presentes representantes do Ministério da Agricultura (MAPA) e do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior. Quem representou a Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo (Faes) foi o presidente do Sindicato Rural de Linhares, Leomar Bartels. Segundo ele, foram definidas ações de promoção das exportações agropecuárias brasileiras. O Governo não está medindo esforços para resolver as questões das barreiras econômicas, afirma. ESTRATÉGIAS Bartels explica que 62% das exportações do agronegócio brasileiro destinam-se aos países da União Européia, EUA, China e Rússia, ou seja, sobram apenas 38% para o restante do mundo. A expectativa é aumentar e diversificar a comercialização de produtos primários brasileiros neste mercado. A maior participação em feiras internacionais, mostrando o que há de melhor em cada setor do país, divulgando imagem e qualidade, além da visita de autoridades e empresários estrangeiros, para conhecerem a capacidade de produção, qualidade, diversidade, tecnologia, e compromisso no cumprimento de acordos assumidos, estão entre as estratégias apontadas. Também se discutiu a questão do Brasil ser visto como um dos maiores produtores de alimentos do mundo. O Governo quer quebrar este estigma e vender a imagem de que aqui há qualidade e se cumpre com os acordos. Ainda estiveram em pauta negociações para buscar consenso sobre as barreiras comerciais, políticas, fitossanitários, ambientais e sociais. SEMINÁRIO Além da reunião para discutir estratégias de exportações, Leomar Bartels também partici- pou do seminário Agronegócios e Inovação promovido pelo Sebrae entre os dias 5 e 7 de março. O evento abordou diversos temas e apresentou palestras exemplificando atuações no agronegócio. O gerenciamento da propriedade de maneira empresarial, independentemente do seu tamanho, teve atenção especial. Dentro do seminário, foi orientado que o empresário rural deve estar sempre atualizado e acompanhar as variações de mercado, tanto em preço quanto em opções. Além disso, o proprietário rural tem que treinar, capacitar e valorizar todos os funcionários e parceiros, além de produzir em harmonia com o meio ambiente. Leomar Bartels repete as palavras do presidente do Sebrae, Paulo Okamoto: inovar é fazer diferente para fazer melhor. E completa: O agricultor deve diversificar produtos, agregar valores, distribuir renda, respeitar o meio ambiente e ser competitivo. Leomar repassou as novidades e estratégias aos Sindicatos Comunicação/Faes Capixaba no Conselho Deliberativo do Café Enio Bergoli, secretário estadual de Projetos e Gestão, é o mais novo representante titular da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) no Conselho Deliberativo do Café (CDPC), órgão do MAPA. Os novos membros do conselho foram oficialmente escolhidos no dia 3 de abril. Através de um consenso en- tre os sindicatos rurais, a Faes, a Comissão de Agricultura da Assembléia Legislativa e a Seag, a Federação, responsável pela indicação ao cargo, encaminhou o nome de Bergoli à CNA. A entidade o acolheu, transferindo ao MAPA, que o aprovou. O mandato possui duração de dois anos, prorrogáveis por mais dois. Visita técnica na Agrishow 2008 Entre os dias 27 de abril e 1º de maio, a Faes e o Senar levarão uma comitiva formada por presidentes de sindicatos rurais e produtores do Estado para visitar a Agrishow 2008, que acontece em Ribeirão Preto (SP). Este ano, o evento é presidido pelo ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues. Segundo o secretário executivo da Faes e organizador da viagem, Altanôr Lôbo Diniz, o objetivo é conhecer as novidades do setor, fazer novos contatos com fornecedores e trocar experiências. Cerca de 30 pessoas fazem parte da comitiva. A Faes arcará com todas as despesas relacionadas à estadia e transporte para o evento. Alimentação e ingressos ficarão a cargo de cada participante. Maior feira do setor agropecuário da América Latina, a Agrishow movimenta milhões de reais por ano. Estima-se que mais de 160 mil pessoas passem pelo local nesta edição. 5
6 Santa Leopoldina investe em qualidade e capacitação O sindicato rural promove atividades que defendem os interesses dos produtores rurais e ajudam no desenvolvimento do município O Sindicato Rural Patronal de Santa Leopoldina constituiu desde sua fundação, em 1967, uma base sólida para execução de suas atividades. A entidade desenvolve uma série de serviços que possibilita melhorias ao produtor rural, além de incentivar o turismo do município, apresentando aos visitantes os resultados e produtos do trabalho do campo. Aperfeiçoar as atividades dos produtores está entre os serviços fornecidos pelo sindicato aos associados. A entidade promove, em parceria com o Senar, diversos treinamentos. Entre os mais procurados estão os de eletricista rural, derivados de leite, administração de recursos da família e artesanatos. A previsão para este ano é que sejam realizados mais de oito treinamentos, número 34% superior ao ano anterior. Trabalhadores melhor capacitados são sinônimos de mais e melhores serviços nas comunidades locais e renda extra no bolso dos profissionais. INVESTIMENTOS O sindicato possui sede própria, inclusive com uma extensão no distrito de Caramuru, e algumas lojas que são locadas. O aluguel de galpões é convertido em benfeitorias para o Sindicato e seus associados. Ele se mantém integrado com a comunidade local, pois se faz presente nos conselhos do município, como o Conselho Municipal de Saúde e de Desenvolvimento da Cidade. Para o presidente do sindicato, Otto Herzog, essa participação fortalece seu papel de representante dos produtores rurais e confirma sua forte atuação diante os associados. Outro trabalho de destaque do Sindicato Rural de Santa Leopoldina está no apoio ao Sindicatos certificam produtores O Sindicato Rural de Baixo Guandu, em parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente e o Incaper, entregou no dia 4 de abril, certificados a um grupo de formandos do Senar/ ES, dos treinamentos relativos a 2008 e anos anteriores. O evento aconteceu no auditório do Fórum de Baixo Guandu. Antes da entrega dos certificados, os convidados assistiram a palestras sobre meio ambiente e linhas de crédito agrícola, além de participarem de sorteios de um DVD, que ficou com Aliana da Silva (Apicultura), uma TV, que teve como ganhadora Elizabeth Schutz (Doces e Salgados), e outros brindes. Segundo Niltário Schwambach, mobilizador do sindicato, mais de 150 pessoas compareceram a cerimônia e 116 receberam o certificado de capacitação. Após a solenidade de entrega, houve um almoço de confraternização. agroturismo local. O turismo no município é favorecido pela geografia, belezas naturais, rica cultura e culinária peculiar. A região é dotada de belas cachoeiras e composta por nove etnias que dão um ar de diversificação cultural, conta. Além das riquezas turísticas, o município se destaca na agricultura capixaba como produtor e exportador de café, gengibre, inhame e cará. Sind. Rural de Santa Leopoldina Rua Presidente Vargas, 47, Centro Tel. (27) srpsleopoldina@bol.com.br SR Santa Leopoldina Para o presidente Otto Herzog a força do agroturismo é fundamental para o crescimento do homem do campo e desenvolvimento da região SR Baixo Guandu Conservas vegetais Já o Sindicato Rural de Domingos Martins concluiu com sucesso, no dia 04 de abril, mais um treinamento do Senar/ES. Desta vez, os participantes aprenderam todos os procedimentos para a produção de conservas vegetais, desde a manipulação dos alimentos até a rotulagem dos produtos. A iniciativa abre oportunidade para que moradores do município aumentem sua renda familiar. 6
7 Os outros frutos da bananeira O artesanato feito com fibra de bananeira, além de aproveitar os recursos naturais de forma sustentável, oferece oportunidade de renda extra às famílias do campo Todo mundo conhece banana. Mas o que nem todos sabem é que da bananeira, além do fruto, resultam cinco fibras diferentes, que são reaproveitadas no artesanato. Os subprodutos da bananeira são bastante valorizados no mercado, pois além de possuírem beleza diferenciada e preços acessíveis, são ecologicamente corretos. PROCESSO Segundo a instrutora de artesanato, Mônica de Paula, em 15 minutos o tronco da bananeira é transformado em fibra. Depois de um tratamento para proteção contra fungos e da posterior secagem, o material leva cerca de três dias para ser considerado pronto para o artesanato. Matéria-prima de grande qualidade, com a criatividade é possível desenvolver vários produtos extraídos da fibra de bananeira, como: tapetes, cadeiras, molduras para espelho, peças para decoração, chapéus e bolsas. O artesanato com fibra de bananeira possui tanto demanda nacional como internacional. Inclusive, nos são solicitadas o fornecimento de peças exclusivas, afirma Mônica. OPORTUNIDADES Para quem tem interesse no aprendizado de artesanato com fibra de bananeira, o Senar-ES já possui instrutores capacitados para dar treinamentos nos municípios capixabas. A próxima capacitação na área será realizada em Colatina, no dia 03 de maio. Os interessados em participar devem procurar o sindicato rural do município ou ligar para (27) Ação/Atividade Início Município Produção Artesanal de Pães e Biscoitos 01 de maio Nova Venécia Vaqueiro 03 de maio Alegre 06 de maio Ibitirama Artesanato em Fibra de Bananeira 03 de maio Colatina Cultivo de Plantas Ornamentais 05 de maio Viana Tratorista Agrícola Produção Artesanal de Pães e Biscoitos 05 de maio 06 de maio Turismo Rural 06 de maio Jerônimo Monteiro Processamento de Frutas 20 de maio Conservas Vegetais 20 de maio Eletricista Rural 10 de maio Administração de Recursos da Família 22 de maio Santa Leopoldina Divulgação O artesanato feito a partir da fibra de bananeira é muito valorizado nos mercados nacional e internacional Programa Cana Limpa Divulgação No dia 5 de maio, o assessor técnico do Senar/ES Fabrício Ferreira, e os instrutores da entidade Janilda dos Santos, Fabíola Barros e Kadmael Fontoura, desembarcam em São Paulo para conhecer de perto o Programa Cana Limpa. Serão quatro dias voltados para a busca de informações sobre todos os procedimentos do programa, inclusive recebendo treinamento sobre o corte da cana e visitando uma usina na cidade de Brotas. Um dos objetivos do Cana Limpa é a capacitação de mãode-obra, desde o plantio até a colheita, do transporte da matéria-prima à fabricação do açúcar e do álcool, oferecendo melhores serviços, segurança, produtividade e qualidade de vida aos trabalhadores da cana-deaçúcar. Segundo Fabrício Ferreira, a expectativa é implantar ainda este ano o programa no Estado, atendendo a demandas de usinas de cana existentes na região. 7
8 MAIS Sinal verde para a Faes A Federação tem sinal aberto no quesito economia. Sai ano, entra ano, a Faes demonstra cada vez mais competência no que diz respeito à gestão racionalizada das despesas. Reflexo disso, é que em 2007 mais de R$ 296 mil foram economizados. A despesa orçada para 2007 foi de R$ 981,5 mil, mas a Federação economizou 30% desse valor. No dia 14 de abril, a FAES e a FETAES (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Espírito Santo) por meio da Convenção do Trabalho, acordaram, entre outros acertos, o valor do piso salarial para categoria dos trabalhadores rurais. O valor mínimo ficou em R$ 430,00, mas a Convenção ainda precisa passar pela aprovação da Delegacia Regional do Trabalho (DRT) para entrar em vigor. O objetivo da Segundo o presidente da Faes, Júlio Rocha, a verba é melhor utilizada e distribuída. Isso é fruto de um trabalho profissional, compartilhado e transparente de toda a diretoria, dos funcionários e dos sindicatos rurais, afirma. Em todas as rubricas de despesas houve economia, comparando os valores orçados com os realizados. FAES e FETAES acordam novo piso salarial Convenção do Trabalho é regulamentar as relações e condições de emprego dos trabalhadores rurais em âmbito estadual. Assistência médica para produtores rurais Girolando é destaque no sul De 28 de maio a 01 de junho, o Parque de Exposições de Cachoeiro de Itapemirim vai sediar a I Exposição Interestadual de Girolando. O evento, realizado pela Associação dos Criadores de Girolando do ES, com o apoio da ACEPES (Associação de Criadores e Produtores do Espírito Santo), tem como objetivo instruir os produtores a melhorarem sua produção e informá-los sobre a evolução genética da raça. Durante a exposição, haverão palestras técnicas, julgamento de bovinos e o I Leilão Interestadual de Animais da raça Girolando. O leilão, que acontecerá no dia 31 de maio, vai colocar à venda cerca de 70 lotes, criando oportunidade para que os produtores possam adquirir animais genetica- mente evoluídos. A exposição trará o que há de mais atual na área da genética, laboratórios e produtos agrícolas. Ainda dentro da programação do evento, acontecerá um concurso leiteiro dividido em quatro categorias: próximo de 30, próximo de 40, próximo de 50 e categoria livre. A expectativa dos organizadores é a participação de um grande número de pecuaristas, já que a produção de leite passa por um momento favorável no Espírito Santo e a raça Girolando vem se destacando no Estado. Quem quiser mais informações sobre a exposição pode procurar a Associação dos Criadores de Girolando do Espírito Santo, nos telefones (28) / Faes no 4 Fórum das Águas do Rio Doce Os representantes do Plano de Saúde SPA Sistema Paulista de Assistência Médica, Reginaldo Paupino Pereira e Gildo Graça, estiveram na Faes durante a última reunião dos sindicatos rurais, para apresentar os serviços oferecidos pelo SPA aos produtores. Segundo Reginaldo Paupino, a empresa já tem 15 anos de experiência e possui associados em todo país. Nosso plano se preocupa em elaborar um preço que privilegie o usuário. Não haveria dificuldade em implantar o sistema no Estado, pois o ES já possui uma rede pronta de autogestão entre os sindicatos rurais. A saúde é uma preocupação constante na vida do homem do campo, por isso, segundo o presidente da Faes, Júlio Rocha, várias propostas serão analisadas juntamente com os sindicatos rurais. Vamos chegar a um consenso e escolher aquela que propiciar maior custobenefício para nossa categoria, afirma. O 4 Fórum das Águas do Rio Doce, realizado entre os dias 2 e 5 de abril, em Linhares, contou com a participação de representantes da Federação da Agricultura do Espírito Santo. Na cerimônia de abertura, compareceram o vicepresidente da Faes, João Soeiro, e o presidente do Sindicato Rural de Linhares, Leomar Bartels. Eles puderam conferir a contratação do Plano Integrado de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Doce, que definirá as ações prioritárias para as águas da bacia. O Fórum busca estimular a sociedade a contribuir para a implantação das políticas de recursos hídricos no país. Na foto, os deputados estaduais, Guerino Zanon - presidente da Assembléia Legislativa do ES, e Paulo Foletto, entre Leomar Bartels e João Soeiro. Simone Sandre Av. Nossa Senhora da Penha, nº torre A - 10º e 11º andares - Bairro Santa Lúcia - Vitória/ES - CEP:
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