Aplicação da gestão do conhecimento na implantação de um sistema de gestão ambiental numa indústria agroquímica

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1 Aplicação da gestão do conhecimento na implantação de um sistema de gestão ambiental numa indústria agroquímica Elaine Ferreira (UNIVALI) Maria José Barbosa de Souza (UNIVALI) Márcia de Souza Bronzeri (FAFICP) Resumo No ambiente dinâmico dos negócios, toda organização, independente do setor em que atua, enfrenta mudanças no mercado, inovações tecnológicas incorporadas aos processos produtivos, aumento de concorrência e proliferação de novos produtos. Visando sua continuidade deve disseminar e utilizar, de forma estratégica, novos conhecimentos capazes de gerar vantagem competitiva para a empresa. Ao agir desta maneira, a empresa melhora sua imagem junto à sociedade, atende às expectativas de vários stakeholders e adquire vantagem competitiva, difícil de ser imitada pela concorrência. Com o objetivo de analisar os benefícios estratégicos e econômicos decorrentes da implantação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA), realizou-se um estudo de caso em uma empresa agroquímica. Como base da pesquisa, utilizaram-se os conceitos da gestão do conhecimento, o modelo de North de benefícios da gestão ambiental e a teoria dos stakeholders. Os resultados demonstraram haver relação entre a gestão do conhecimento para implantação do SGA e competitividade. Estrategicamente, a empresa adequou-se aos padrões ambientais vigentes, garantiu sua acessibilidade ao mercado externo e, principalmente, manteve sua credibilidade junto aos acionistas, necessária para a continuidade de seus investimentos na organização. Além disso, obteve benefícios econômicos com redução de gastos. Palavras-chave: Estratégia competitiva, Gestão ambiental, Indústria agroquímica 1. Introdução A gestão do conhecimento é entendida como a disseminação e uso estratégico, por todos na organização, de fatores importantes, capazes de determinar a vantagem competitiva da empresa. Estes fatores incluem conhecimentos sobre os mercados, as tendências nos processos de desenvolvimento tecnológico, a legislação relacionada à empresa, bem como a gestão da inovação de produtos e processos (CHAPARRO, 1998). No que se refere à implantação do SGA é imprescindível que o conhecimento da política, das inovações incorporadas nos processos produtivos, da legislação vigente, entre outros sejam disseminados através de treinamentos a todos os funcionários da empresa, de forma que a componente ambiental seja incorporada nas tarefas cotidianas, a fim de que as metas estabelecidas pelo SGA sejam atingidas e se transformem em vantagem competitiva para a organização. Atualmente, observa-se uma tendência crescente em pesquisas, demonstrando que a boa reputação ou imagem corporativa tem valor estratégico para a organização que a possui em vista de seu potencial para criação de valor e, também, pela dificuldade de replicação pelos concorrentes, por causa de seu caráter intangível (ROBERTS e DOWLING, 2002). A imagem corporativa - entendida como a forma pela qual os indivíduos enxergam a empresa como um todo, incluindo o relacionamento que ela estabelece com a sociedade, sua interação com o meio ambiente, seu envolvimento com questões sociais e os benefícios oferecidos por ela à ENEGEP 2004 ABEPRO 5138

2 comunidade, a seus funcionários e aos demais públicos envolvidos com a organização - é um fator estratégico importante de diferenciação e de preferência dos consumidores. A implantação de um SGA é uma estratégia de responsabilidade ambiental que também pode ser vista como uma estratégia de responsabilidade social, pois envolve todos os públicos da organização (stakeholders), e é uma das formas de desenvolver uma boa imagem corporativa. Considerando-se os diversos setores econômicos, o industrial é o que causa maiores conseqüências ao instalar-se em uma determinada localidade, porque a atividade de transformação desenvolvida por suas empresas, na gerência de produção, é responsável por considerável impacto social e ambiental. A indústria química, em especial, pelas características de seus produtos, é potencialmente poluidora, fato que levou o setor a adotar sistemas de gestão ambiental em suas unidades, contribuindo para a redução da degradação ambiental gerada pelo descarte de seus resíduos no meio ambiente. O setor de agroquímicos é também gerador de grande impacto ambiental e social em virtude da composição e finalidade dos bens produzidos, uma vez que utiliza como matérias-primas componentes tóxicos, de difícil degradação e tratamento. Com este trabalho pretende-se contribuir com as discussões sobre a utilização do conhecimento nas organizações para o aperfeiçoamento da gestão ambiental, considerando os aspectos de sustentabilidade, aplicada à gestão da produção e apresentar os resultados de uma pesquisa sobre os benefícios obtidos por uma empresa agroquímica localizada no estado do Paraná, Brasil, após a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA). O texto está estruturado da seguinte forma: inicialmente apresenta-se o modelo de North (1992) e discute-se a teoria dos stakeholders com vistas à obtenção de vantagem competitiva para a organização; a seguir, apresenta-se a metodologia utilizada no trabalho e na seqüência discute-se os resultados do estudo de caso, destacando os benefícios estratégicos e econômicos decorrentes da implantação de um sistema de gestão ambiental de uma indústria agroquímica. E, finalmente, comenta-se a relação observada entre a gestão do conhecimento na implantação de um SGA e as estratégias competitivas da organização. 2. Fundamentação teórica Este trabalho fundamenta-se no modelo de benefícios da gestão ambiental de North (1992) como base teórica e na teoria dos stakeholders (CORNELL E SHAPIRO, 1987). O modelo de North subdivide os benefícios da gestão ambiental em duas categorias: a) benefícios econômicos, decorrentes da redução de custos (como a redução do consumo de insumos) e do incremento das receitas (como o aumento na participação de mercado); e, b) benefícios estratégicos, advindos de fatores como a melhoria da imagem institucional e das relações com órgãos governamentais, comunidade e grupos ambientalistas. Analisando a responsabilidade ambiental nas organizações, verifica-se que é possível identificar resultados positivos, econômicos e estratégicos, naquelas que implantaram um SGA. Segundo Donaire (1995:50), os resultados não se viabilizam de imediato, há necessidade de que sejam corretamente planejados e organizados todos os passos para a interiorização da variável ambiental na organização para que esta possa atingir, no menor prazo possível, o conceito de excelência ambiental, que lhe trará importante vantagem competitiva. Portanto, a responsabilidade ambiental passa a ser fator estratégico nas empresas e parte integrante dos programas de responsabilidade social das mesmas, fato enfatizado por Donaire (1995:50) quando afirma que, cada vez mais a questão ambiental está-se tornando ENEGEP 2004 ABEPRO 5139

3 obrigatória na agenda dos executivos da empresa. O referido autor apresenta os benefícios da gestão ambiental após sua implantação nas empresas, sub-divididos em econômicos e estratégicos, conforme o Quadro 1, adaptado de North (1992). BENEFÍCIOS ESTRATÉGICOS Melhoria da imagem institucional. Renovação do portfólio de produtos. Aumento da produtividade. Alto comprometimento do pessoal. Melhoria das relações de trabalho. Melhoria e criatividade para novos desafios. Melhoria das relações com órgãos governamentais, comunidade e grupos ambientalistas. Acesso assegurado ao mercado externo. Melhor adequação aos padrões ambientais. BENEFÍCIOS ECONÔMICOS Economia de custos Economias devido à redução do consumo de água, energia e outros insumos. Economias devido à reciclagem, venda e aproveitamento de resíduos e diminuição de efluentes. Redução de multas e penalidades por poluição Incremento de receitas Aumento da contribuição marginal de produtos verdes que podem ser vendidos a preços mais altos. Aumento da participação no mercado devido a inovação dos produtos e menos concorrência. Linhas de novos produtos para novos mercados. Aumento da demanda para produtos que contribuam para a diminuição da poluição. Fonte: Adaptado de NORTH, K. Environmental business management.genebra: ILO, 1992, apud DONAIRE, 1995, p.59. Quadro 1 Benefícios da gestão ambiental Segundo a teoria dos stakeholders, o desempenho social corporativo é determinado pelo sucesso obtido pela organização em atender às demandas de múltiplos públicos. Esta teoria incorporou, além dos investidores e acionistas, outros grupos como os fornecedores, empregados, clientes, governo e comunidade, que os dirigentes de empresas precisam considerar nas suas tomadas de decisões (CLARKSON, 1995; DONALDSON e PRESTON, 1995; JONES, 1995; MITCHELLL et al, 1995; WOOD e JONES, 1995). A teoria dos stakeholders defende que o valor de uma organização depende dos custos decorrentes não só de exigências explícitas como também implícitas. Sob este ponto de vista, o conjunto de exigências sobre os recursos de uma empresa inclui os interesses dos stakeholders preocupados com o desempenho da organização, que vão desde a qualidade de bens e serviços até a responsabilidade sobre as conseqüências das atividades da firma na sociedade. Na medida em que a empresa não cumpre com algumas exigências implícitas, tais como respeito ao meio ambiente, por exemplo, no futuro os órgãos governamentais responsáveis poderão criar mecanismos mais rígidos de punição, que passam a constituir-se em custos explícitos. Tomando como base à gerência de produção, área causadora de grande impacto social e ambiental, devido às atividades realizadas, a preocupação é ampliada para a procedência e composição da matéria-prima; redução do consumo de energia por quantidade de produto fabricado; redução do uso, recuperação ou reciclagem de água por quantidade de produto fabricado; controle, recuperação de gases e emissões gasosas geradas pelas atividades industriais; disposição adequada de resíduos sólidos e lixo industrial; seletividade de fornecedores e distribuidores ambientalmente corretos e com preocupação em relação a contratação de mão-de-obra infantil, condições de higiene e segurança exigidas por lei; utilização da embalagem como fonte de informação cidadã ao consumidor, orientando e educando sobre novas posturas a respeito do consumo e da sociedade, entre outros (TACHIZAWA, 2002). Segundo Porter (1999), a melhoria na relação com o meio ambiente é capaz de beneficiar a produtividade dos recursos utilizados na organização, uma vez que traz benefícios para o processo e para o produto. Dentre os benefícios para o processo, destacam-se: a) economia de ENEGEP 2004 ABEPRO 5140

4 materiais, decorrente do processamento, da substituição, da reutilização ou da reciclagem dos insumos de produção; b) melhor utilização dos sub-produtos; c) menor consumo de energia durante o processo de fabricação; d) aumento no rendimento do processo; e) redução dos custos de armazenamento e manuseio de materiais; f) conversão dos desperdícios na forma de valor; g) eliminação ou redução do custo das atividades envolvidas na descarga, manuseio, transporte e descarte de resíduos. Os benefícios para o produto estão relacionados com: a) melhoria da qualidade e uniformidade do produto; b) redução dos custos do produto; c) redução dos custos de embalagem; d) aumento da segurança do produto, e) utilização mais eficiente dos recursos na fabricação dos produtos; f) redução do custo líquido do descarte do produto pelo cliente; e, g) maior valor de revenda e de sucata do produto. A redução de custos ocorre na medida em que as ineficiências dos recursos utilizados e as falhas no processo produtivo começam a ser identificadas e corrigidas como, por exemplo, o reaproveitamento e reciclagem de materiais e embalagens anteriormente descartados (ALIGLERI, CÂMARA e ALIGLERI, 2002). Neste sentido, Porter e Linde (1999) chegam a afirmar que sob a abordagem da produtividade dos recursos, as melhorias referentes a questão social e a competitividade andam juntas. Estas considerações fazem com que o clássico paradigma da responsabilidade social, percebida como um fator negativo para a competitividade da empresa, deva ser revisto uma vez que se tem focalizado apenas na progressão dos custos decorrentes da adoção de um posicionamento socialmente responsável, ignorando os efeitos compensadores importantes, como a melhor reputação (PORTER e LINDE, 1999; BORGER e KRUGLIANSKAS, 2002). Neste sentido Souza e Marcon (2002:10) argumentam que: as empresas costumam quantificar os investimentos feitos na melhoria dos produtos, dispositivos de segurança e antipoluentes. Mas é necessário avaliar também os gastos decorrentes das ações socialmente irresponsáveis, pois estas guardam estreita relação com os resultados da empresa. 3. Metodologia O objetivo deste trabalho foi identificar aos benefícios a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) numa empresa do setor de agroquímicos, localizada no estado do Paraná. Especificamente, a pesquisa levantou: a) características do setor agroquímico brasileiro; b) informações sobre a caracterização da organização estudada; c) dados relativos à implantação do SGA da empresa; e d) os benefícios econômicos e estratégicos alcançados com a implantação do SGA, conforme o modelo de North (1992), citado por Donaire (1995:59). A metodologia utilizada foi um estudo de caso único descritivo, conforme a classificação de YIN (2001:60-64). Para obtenção dos dados utilizou-se duas estratégias: a) pesquisa documental coletando dados registrados pela empresa em manuais e relatórios gerenciais, e b) entrevista semi-estruturada realizada com o responsável do setor de produção, no período de fevereiro a maio de Foram levantados na empresa os seguintes dados: seu histórico, estrutura física, linha de produtos e posicionamento do SGA no organograma. A respeito da implantação do SGA, observou-se através de análise de documentos e, entrevistas com o gerente de produção, os seguintes aspectos: os investimentos realizados, as adaptações exigidas em sua estrutura física, o processo de tratamento de resíduos e a existência de monitoramento dos indicadores ambientais. Além disso, foram coletados dados referentes aos benefícios de implantação do SGA, como redução do consumo de energia, óleo combustível, volume de efluentes e outros. ENEGEP 2004 ABEPRO 5141

5 A escolha da empresa foi feita por conveniência, considerando-se o critério de concordância por parte da direção da organização em participar da pesquisa e disponibilidade da gerência de produção em participar da entrevista. A escolha do gerente da produção foi feita em virtude de ser o ocupante deste cargo, a pessoa que dominava as informações tanto do processo produtivo quanto do SGA. Os instrumentos utilizados para a coleta dos dados foram os seguintes: formulários para registro das informações constantes em documentos e um questionário, os quais incluíam itens referentes a: caracterização da empresa, programas de qualidade (certificação ISO 9000 e 14000) implantados; tipos de resíduos gerados pelo processo produtivo; consumo de insumos e principais melhorias registradas após a implantação do SGA. Por comum acordo, resguardou-se o sigilo acerca do nome e localização da empresa, bem como do entrevistado, na tentativa de estabelecer um clima de confiança e empatia (TRIVINOS, 1987). 4. Resultados 4.1 Caracterização da empresa pesquisada A empresa pesquisada foi fundada em 1970, no interior de São Paulo, e no ano de 2000 ocorreu a sua fusão com um grupo internacional. Atua no mercado de produtos agroquímicos, sendo a maior fabricante de produtos químicos genéricos para a proteção das lavouras da América Latina e possui duas unidades fabris. Exporta seus produtos para o Mercosul e vários países da América do Norte e Europa. Na ocasião da pesquisa contava com um faturamento anual superior a US$ 250 milhões, o que a inclui entre as duas maiores participações do mercado agroquímico brasileiro, com mais de 50 produtos em sua linha de fabricação. A organização destaca a sua preocupação com a qualidade dos seus produtos, de suas atividades produtivas e do meio ambiente, em virtude de ter implantado um Sistema Integrado de Gestão (SIG). Além de programas para seus funcionários e dependentes, a empresa desenvolve um programa social de formação profissional para jovens a partir de 15 anos, que estudam a noite e ficavam ociosos durante o dia Programa FORMARE, visando prepará-los para o mercado de trabalho. A organização mantém uma cooperativa para criação de novos negócios, com vistas a contribuir para a redução do desemprego onde está inserida. 4.2 Sistema de Gestão Ambiental (SGA) Conforme informações do gerente de produção, o Sistema Integrado de Gestão (SIG), compreende o Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ), com certificação ISO 9002 e o Sistema de Gestão Ambiental (SGA), com certificação ISO O primeiro sistema implantado foi o SGQ certificado em Com a implantação do SGQ, foram implementadas também ações voltadas ao meio ambiente, culminando com a implantação do SGA, certificado em Os investimentos totais da empresa, no período , para a implantação do SIG ultrapassaram o montante de US$ 12 milhões, sendo US$ 9 milhões na ISO e US$ 3,5 milhões para ISO Na implantação do SGA, tendo em vista a necessidade de todos os funcionários da empresa serem envolvidos na gestão do conhecimento, a fim de que a aprendizagem resultasse em vantagem competitiva duradoura, foi contratada uma consultoria para conscientizar todos os componentes da organização sobre os impactos ambientais decorrentes do processo produtivo. Com a participação de todos foram identificados cerca de itens (aspectos ambientais), na sua unidade do Paraná, sendo que 90% deles foram facilmente adequados à norma, através de ajustes simples e treinamentos; os 10% restantes, de impacto ambiental mais relevante, ENEGEP 2004 ABEPRO 5142

6 necessitaram de maior investimento. Isto sugere que o conhecimento tácito dos empregados com relação as suas tarefas deve ser considerado como importante fator para obtenção de benefícios tanto estratégicos quanto econômicos, sem desconsiderar os demais fatores da gestão do conhecimento já mencionados. Foram levantados, também, os passivos ambientais de cada grupo de impacto e desenvolvidos 40 programas de gestão ambiental, com projetos direcionados para cada problema. Tornou-se necessário investimento na construção de novos armazéns, específicos para produtos químicos, numa área total de m 2, com bacias de contenção a fim de evitar vazamento. Filtros de carvão ativado foram instalados em todas as chaminés, para evitar a contaminação do ambiente. Todos os efluentes líquidos são captados em tanques próprios, homogeneizados e encaminhados para tratamento em uma empresa especializada neste tipo de procedimento, na Bahia. Os resíduos sólidos são encaminhados para incineração por uma empresa especializada no Rio de Janeiro. A organização adota um sistema de monitoramento de itens de poluição e indicadores ambientais chamado de Systemanalyse and Programment-wicklung, por meio do qual os itens referentes ao meio ambiente e as atividades da organização são acompanhados com informações em tempo real. 4.3 Benefícios estratégicos e econômicos decorrentes da implantação do SGA Os benefícios estratégicos que a empresa pesquisada obteve após a implantação do SGA foram os seguintes: a) melhoria da imagem; b) acesso assegurado ao mercado externo não ocorrendo o risco de enfrentar barreiras pela falta de certificação do SGA; c) adequação aos padrões ambientais; d) fortalecimento das relações com órgãos ambientais, comunidades e grupos ambientalistas; e) melhoria nas relações de trabalho; f) melhoria contínua através da implantação de processo específico; g) maior comprometimento dos funcionários na melhoria e adequação da organização aos padrões ambientais e, h) manutenção da participação dos acionistas na organização, devido à credibilidade dos mesmos na segurança dos processos produtivos.o gerente de produção listou ainda: a) eliminação dos itens de não conformidade; b) incremento de segurança nos processos produtivos; e, c) aumento de ações preventivas na empresa. Não ocorreu uma renovação do portfólio de produtos porque, segundo o entrevistado: a empresa optou por não lançar no mercado novos produtos por apresentarem riscos ao meio ambiente. Como benefícios econômicos encontrados, pode-se apresentar uma diminuição de custos, no período de 2000 a 2002, obtida pela redução no consumo de energia elétrica, que baixou de 160 para 125 KW/1000 l e, de óleo BPF (utilizado na produção de energia calorífica), cujo consumo reduziu-se de 80 para 52 kg /1000 l de produto. A redução do volume de efluentes gerados foi outro fator que contribuiu para a diminuição de custos, implicando em redução dos gastos com tratamento destes efluentes, uma vez que devido a sua toxicidade, estes não podem ser lançados no meio ambiente sem o devido tratamento. A garantia de não interrupção das atividades produtivas por autuações dos órgãos fiscalizadores ambientais foi um dos benefícios da implantação do SGA. Deve-se observar que a paralisação das atividades fabris causa um prejuízo considerável, pois conforme informou o gerente de produção entrevistado se as atividades da organização fossem interrompidas por um órgão ambiental, mesmo que por um dia, a organização ficaria inativa por aproximadamente seis dias, porque além deste dia, levaria mais dois a três dias para desativar todos os equipamentos e mais dois a três dias para reativá-los. O custo diário da paralisação da organização é de, no mínimo, US$ 1 milhão, além da multa que pode chegar a R$ 50 milhões, conforme a Lei Federal n o Em caso de reincidência esta multa pode ser ENEGEP 2004 ABEPRO 5143

7 duplicada ou triplicada. Os custos pela não observância da legislação ambiental são significativos, fora o desgaste da imagem, que não se têm como mensurar. 5. Conclusões Na implantação de um SGA a gestão do conhecimento pode ser de grande utilidade para a identificação dos aspectos e impactos ambientais referentes ao processo produtivo, uma vez que se aproveita o conhecimento tácito de cada individuo, relacionado às suas tarefas especificas. Além disso, esta tecnologia pode contribuir para a disseminação e incorporação de novas práticas mais seguras, de acordo com a legislação ambiental vigente entre os funcionários de todos os níveis. Ao implantar este sistema a organização alcançou benefícios estratégicos importantes, como o acesso ao mercado externo, o fortalecimento das relações com órgãos ambientais, comunidade e grupos ambientalistas, o aumento da credibilidade da empresa, a melhoria da imagem corporativa e a manutenção da participação dos acionistas em virtude da segurança dos processos produtivos. A utilização do Modelo de North mostrou que, na análise da implantação de um SGA, em uma indústria agroquímica, se obteve tanto benefícios econômicos quanto estratégicos. Verificou-se que a gestão ambiental está relacionada com a teoria dos stakeholders, uma vez que a empresa demonstrou preocupar-se com seus diferentes públicos, tais como: acionistas, funcionários, consumidores, órgãos governamentais, comunidade e parceiros da cadeia produtiva. Os resultados da pesquisa sugerem que a aplicação da gestão do conhecimento na implantação de um SGA melhora os aspectos humanos, na medida em que aperfeiçoam as relações de trabalho e elevam o comprometimento dos funcionários no que se refere à adequação da organização aos padrões ambientais. Com relação aos aspectos tecnológicos, a implantação do SGA contribui para a melhoria contínua, através do aperfeiçoamento de processos produtivos, redução do volume de resíduos gerados e adequação aos padrões ambientais. Nos aspectos organizacionais, além dos benefícios estratégicos, observa-se redução de gastos com o tratamento dos resíduos, consumo de energia elétrica e de óleo. Além disso, a empresa descarta a possibilidade de ocorrência de multas e paralisação de suas atividade por penalidades legais. Esta pesquisa apresenta como limitação tratar-se de um estudo de caso em uma única organização cujos resultados não podem ser generalizados. No entanto suas constatações são importantes para a compreensão do processo de implantação do SGA em uma organização e dos benefícios advindos desta. Sugere-se que estudos semelhantes sejam realizados em outras regiões, com empresas de outros ramos industriais e de portes diferentes da pesquisada. Além disso, recomenda-se a realização de pesquisas quantitativas com um número significativo de empresas, a fim de que se possa verificar a validade das hipóteses levantadas nesses novos trabalhos. Referências ALIGLERI, L; CÂMARA, M. R.; ALIGLERI, L. A. Responsabilidade social na cadeia logística: uma visão integrada para o incremento da competitividade. In: Encontro Nacional de Estudos Organizacionais, v.2, 2002, Recife. Anais..., Recife: Observatório da Realidade Organizacional: UFPE: ANPAD, maio BORGER, F. G.; KRUGLIANSKAS, I. Corporate social responsibility and environmental and technological innovation performance: case studies of Brazilian companies. In: ICTPI Kansai 2002, Anais, Kyoto, Japan, p CLARKSON, M. A. A stakeholder framework for analysing and evaluating corporate social performance. Academy of Management Review, 20, 1995, p ENEGEP 2004 ABEPRO 5144

8 CHAPARRO, F. Apropriacion Social del conocimiento em el processo de construccion de la sociedad. Palestra proferida no XX Simpósio de Gestão da Inovação Tecnológica. São Paulo, 17 a 19/11/98 CORNELL, B. & SHAPIRO, A. Corporate stakeholders and corporate finance. Financial Management, 16:5-14, DONAIRE, Denis. Gestão ambiental na empresa. 2. ed. São Paulo: Atlas, DONALDSON T., PRESTON, L. The stakeholder theory of the corporation: concepts, evidence and implications. Academy of Management Review, Mississippi State, v.20, jan p JONES, T. M. Instrumental stakeholder theory: a synthesis of ethics and economics. Academy of Management Review, p , April MITTCHELL, R. N.; AGLE, B. R.; WOOD, D. J. Stakeholder attributes and firm responsibilities and responses. Paper presented at the Annual Meeting of the Academy of Management. Proceedings of... Vancouver, Canada, NORTH, K. Environmental business management. Genebra: ILO, PORTER, M. E.; LINDE, C. V. D. Verde e competitivo: acabando com o impasse. In: PORTER, M.E. Competição on competition: estratégias competitivas essenciais. Rio de Janeiro: Campus, 1999, p ROBERTS, P. W. & DOWLING, G. R. Corporate reputation and sustained superior financial performance. Strategic Management Journal, 23, p , Sept SOUZA, M. J.; MARCON, R. A responsabilidade social das empresas para com consumidores, acionistas e sociedade. In: Encontro Nacional de Estudos Organizacionais, v.2, 2002, Recife. Anais..., Recife: Observatório da Realidade Organizacional: UFPE: ANPAD, maio 2002, p TACHIZAWA, T. Gestão ambiental e responsabilidade social corporativa. São Paulo: Atlas, TRIVINOS, A. Introdução à pesquisa em ciências sociais. São Paulo: Atlas, WOOD, J. J.; JONES, E. J. Stakeholder mismatching: a theoretical problem in empirical research on corporate social performance. The International Journal of Organizational Analyses, 3 (3), p , YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2 ed. Porto Alegre: Bookman, ENEGEP 2004 ABEPRO 5145

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