PHD 2538 Gestão de Recursos Hídricos. Aula 1. Conceitos

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1 PHD 2538 Gestão de Recursos Hídricos Aula 1 Conceitos

2 Gestão de Recursos Hídricos Utilização de um conjunto de medidas estruturais (barragens, canais, adutoras, etc.) e não-estruturais ( leis, regulamentos, instituições, taxas, etc.) para uso da água em benefício da sociedade e do meio natural.

3 Gestão de Recursos Hídricos Equilíbrio entre DISPONIBILIDADE (oferta) e DEMANDA (usos). Minimização dos conflitos de uso.

4 10 million km km km km km 3

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6 T I G R I S E U F R A T E S

7 Países detentores de sistemas de irrigação altamente Iraque, Síria, o Turquemenistão e o Usbequistão dependem de rios em que dois terços ou mais do respectivo caudal correm nos países vizinhos. A maior parte da água consumida pelo Iraque e a Síria depende dos rios Tigre e Eufrates, que provêm da Turquia.

8 Países detentores de sistemas de irrigação altamente Iraque, Síria, o Turquemenistão e o Usbequistão dependem de rios em que dois terços ou mais do respectivo caudal correm nos países vizinhos. a BaciaHidrográficado Tigre-Eufratesserve o Iraque, a Síriae a Turquia(aproximadamente populaçãode 103 milhões) No Sudesteda Turquia háum projeto quecompreendea criaçãode 21 barragens e 1,7 milhõesde hectares de terra irrigada, o que poderia reduzir os caudais na Síria emcercade um terço

9 Rio Jordão

10 Interdependência hidrológica: o Rio Jordãoligapessoas, modosde vidae ecossistemas de Israel, Jordânia e dos territórios ocupados da Palestina, através do recurso hídrico comum a todos.

11 R I O N I L O

12 11 países compartilham as águas da bacia do rio Nilo Por exemplo: O Egito depende das águas do rio Nilo que provém da Etiópia area da bacia: 3,2 milhões de quilómetros quadrados 7 Grandes barragens Iniciativa da Bacia do Nilo. Possui um conselho de ministros, um comitê de aconselhamento técnico e um secretariado. Essa iniciativa é recente e possui pouca experiência em programas de parceria. Até há pouco tempo, as questões relacionadas com os recursos hídricos estavam circunscritas às cotas volumétricas acordadas entre o Egipto e o Sudão. Mas hoje em dia, a iniciativa centra-se num conjunto de benefícios que podem estender-se a toda a bacia, desde a energia hidroelétrica até ao controle das cheias ou à sustentabilidade ambiental, bem como preparação de Programa de Ação Estratégica para projetos de cooperação.

13 ESTRESSE HÍDRICO

14 Contribuição média anual das regiões hidrográficas brasileiras Brasil: km 3 (12%) Brasil + Territ. Estrang: km 3 (18%) ESCALA Mundo: km 3

15 Demanda (Usos da água) Usos não-consuntivos: não há consumo significativo. Geração de energia elétrica Navegação fluvial Recreação e harmonia paisagística Aquicultura e Pesca Diluição e transporte de esgotos Preservação da biota aquática Alguns usos industriais (lavagem, resfriamento)

16 Demanda (Usos da água) Usos consuntivos: aqueles que efetivamente consomem água, pois o volume captado é maior que o devolvido ao corpo hídrico. Exemplos: Abastecimento público (doméstico e industrial) Dessedentação animal Produção de alimentos com irrigação

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18 Situação dos Recursos Hídricos Demandas consuntivas Manutenção do quadro de demandas consuntivas Retirada total do Brasil 1.841,5 m 3 /s 7 Consumo total do Brasil 986,4 m 3 /s Fonte: ANA, 2010

19 Disponibilidade (oferta) Quando as demandas dos usuários não são plenamente atendidas, diz-se que a bacia enfrenta problemas de disponibilidade hídrica. O pleno atendimento às demandas pode ser comprometido sob dois aspectos: Quantitativo: Há água suficiente para todos os usos? Qualitativo: A qualidade da água disponível é apropriada ao uso pretendido?

20 Disponibilidade (oferta) Formas de avaliar a disponibilidade hídrica em termos quantitativos: a) Disponibilidade hídrica per capita (Banco Mundial) (m 3 /hab/ano): Menos de m 3 /hab/ano Crítico Entre a m 3 /hab/ano Pobre Acima de m 3 /hab/ano Confortável

21 Disponibilidade (oferta) b) Razão entre demanda total e vazão média: Q RETIRADA Somatória das vazões retiradas a montante Q MLT Qmédiade longo período na seção Se <5% Excelente. Requer pouca ou nenhuma atividade de gestão. De 5 a 10% Confortável. Pode haver problemas locais. De 10 a 20% Preocupante. Gestão necessária, médios investimentos. De 20 a 40% Crítica. Gestão indispensável e grandes investimentos. Se >40% Muito crítica.

22 Demanda/Disponibilidade hídrica < 5% Excelente 5-10% Confortável 10-20% Preocupante 20-40% Crítica > 40% Muito crítica Região hidrográfica DEMANDA/DISPONIBILIDADE

23 E quanto à qualidade? Há vários índices de avaliação da qualidade. Exemplos: Índice de Qualidade da Água (IQA): avalia a qualidade para abastecimento público segundo 9 parâmetros de qualidade. Índice de Estado Trófico (IET): Avalia o potencial de eutrofização do corpo hídrico a partir dos valores de P TOTAL. CARGA ORG. LANÇADA Capacidade de assimilação de esgotos = CARGA ASSIMILÁVEL Índice de Preservação da Vida Aquática (IVA); Índice de Qualidade de Água Bruta para Abastecimento Público (IAP)

24 Situação dos Recursos Hídricos Qualidade da água IQA - Situação no ano de pontos Resumo Fontes: CETESB (SP), COGERH (CE), CPRH (PE), EMPARN (RN), FEPAM (RS), IAP (PR), IDEMA (RN), IEMA (ES), IGAM (MG), IGARN (RN), IMA (AL), IMASUL (MS), INEA (RJ), INGÁ (BA), SANEATINS (TO), SEMA (MT), SRH (PE), SUDEMA (PB) e SUDERHSA (PR) Manutenção do quadro geral do país Aumento dos pontos de monitoramento Melhora da qualidade da água no rio das Velhas

25 Qualidade de água Melhora do IQA em pontos de monitoramento Bacia do Rio das Velhas (RMBH) IQA situação em 2001 IQA situação em ETE Onça Capacidade = 1,8m 3 /s ETE Arrudas Capacidade = 2,25m 3 /s Fonte: IGAM

26 Capacidade de assimilação dos rios brasileiros (ANA, 2006)

27 Principal problema da qualidade das águas: lançamento de esgoto doméstico sem tratamento.

28 Balanço qualiquantitativo Criticidade quantitativa Rios do Nordeste - Baixa disponibilidade hídrica para atender a demanda Classificação da extensão dos rios brasileiros Criticidade qualiquantitativa: Rios em regiões metropolitanas - Elevada demanda e grande carga de lançamento de esgotos Criticidade quantitativa Rios no sul do Brasil. Elevada demanda para irrigação (arroz inundado)

29 Brasil Norte: recursos hídricos concentrados na bacia Amazonica Nordeste: seco e empobrecido R$ 180 bilhões para atingir as metas do Milenio da ONU 23% Água Potável 77% Saneamento Sul e Sudeste: poluição urbana e industrial Centro-oeste: a nova fronteira agrícola

30 OFERTA DE ÁGUA NO BRASIL

31 ANA AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS Contribuição média anual das regiões hidrográficas brasileiras Brasil: km 3 (12%) Brasil + Territ. Estrang: km 3 (18%) ESCALA Mundo: km 3

32 ANA AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS km 3 /ano ¼ da disp. Sup.

33 ÁREA DE RECARGA DOS PRINCIPAIS SISTEMAS AQÜÍFEROS Boa Vista Alter do Chão Barreiras Itapecuru Motuca Açu Serra Grande Jandaíra Solimões Corda Poti-Piauí Urucuia-Areado Cabeças Exu Marizal Beberibe Missão Velha Tacaratu Inajá Parecis Furnas Bambuí São Sebastião Área total: km 2 67% das bacias sedimentares 32% do território nacional Ponta Grossa Bauru-Caiuá Guarani Barreiras Reservas hídricas: 20 mil m 3 /s Serra Geral 27 Sistemas Aqüíferos

34 ANA AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS ÁGUA SUBTERRÂNEA NO BRASIL Número de poços: mais de Capitais: Manaus, São Luís, Natal (65% da população), Fortaleza, Recife (60%) e Maceió (81%) Estados: São Paulo (72% municípios), Piauí (mais de 80%) e Maranhão (mais de 70%) Mercado de águas minerais: U$ 450 milhões/ano; Crescimento anual de 20%. Poço Piratuba (SC): altura do jato 35 m e profundidade 718 m (Foto: Luiz Amore)

35 DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NOS ESTADOS BRASILEIROS (PER CAPITA/ANO) Disponibilidade hídrica per capita (m³/hab/ano) Riquíssimo > Muito rico > Estado Disp. hídrica Per capita por Estado (m³/hab/ano) RR AM AP AC MT PA TO RO MS GO RS MA SC PR MG Disponibilidade hídrica per capita (m³/hab/ano) Rico > Situação adequada > Pobres < Situação crítica < Estado Disp. hídrica Per capita por Estado (m³/hab/ano) PI ES BA SP CE RJ RN DF AL SE PB PE Fonte: Águas Doces no Brasil (Barthl/1999)