QUALIDADE DE VIDA. I-Vaporização ou micronebulização

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1 QUALIDADE DE VIDA I-Vaporização ou micronebulização O vapor da água é importante para ajudar na hidratação do nariz e da laringe. Com isso, a eliminação das secreções é facilitada. O vapor também pode aliviar um pouco a inflamação, embora não chegue aos pulmões. O vaporizador pode ser usado por uma a duas horas, várias vezes ao dia. No inverno, utilize-o para aquecer e umidificar o ar do quarto das crianças. Ligue-o no início da noite e no meio da madrugada. Evite usar o vaporizador no final da madrugada para que não ocorra o choque térmico quando a criança sair do quarto e também evite usar em quartos mal ventilados e úmidos. A micronebulização, realizada com o auxílio de um pequeno compressor a ar, alcança as vias aéreas inferiores, chegando, portanto, aos pulmões. Mas a micronebulização com o uso de medicamentos só deve ser feita com orientação do médico. A vaporização e a micronebulização não substituem a hidratação oral. II-A proteção do nariz O nariz funciona 24 horas por dia: aquece, umidifica e purifica o ar que respiramos. Ele é o guarda-costas protetor da garganta e do pulmão. O nariz é revestido por um tecido de coloração rosada, que se chama mucosa nasal. Nesse revestimento encontramos muco com anticorpos e substâncias bactericidas (que matam bactérias), além de células de defesa. Essa mucosa forma um revestimento especial que atua como barreira contra a entrada de microorganismos e partículas potencialmente nocivas, evitando sua penetração na garganta e nos pulmões. Além disso, o ar inspirado contém altas concentrações de partículas que são agressivas aos alvéolos pulmonares. Essas partículas são captadas eficientemente pelo muco e transportadas para a garganta, sendo então engolidas. Portanto, os pulmões se beneficiam da função nasal adequada. O ar puro, quente e úmido preparado pelo nariz não agride as vias aéreas. O nariz das crianças é bem mais estreito que o dos adultos. Portanto, a alergia, o frio e a fumaça do cigarro obstruem com mais facilidade o pequeno nariz. Além do tamanho reduzido, a grande maioria dos bebês não sabe respirar pela boca quando nasce, por isso são considerados respiradores nasais obrigatórios. Por essa razão, eles ficam muito incomodados quando estão com o nariz entupido. Os bebês com nariz entupido ficam muito irritados quando estão deitados e não conseguem mamar adequadamente. É importante lembrar que as crianças que respiram pelo nariz têm melhores chances de ter os dentes bem posicionados, língua, lábios e músculos faciais mais fortes. Tudo isso contribui para uma estética facial melhor. O sono e a alimentação também são melhores nas crianças que respiram bem. Quem respira pelo nariz vive melhor! II-Limpando o nariz É muito importante sabermos como limpar o nariz de nossos filhos. A limpeza nasal adequada pode prevenir doenças respiratórias e ajudar no tratamento das rinites e sinusites, bem como nas gripes ou resfriados. As crianças chegam a produzir mais de um litro de secreção por dia no nariz. Por isso, uma boa hidratação é fundamental. A orientação do seu médico é o primeiro passo para iniciar a limpeza. Geralmente é necessário remover as secreções antes de lavar o nariz. Removendo as secreções O fluxo contínuo de ar pela cavidade nasal é um dos responsáveis pela retirada das secreções que são formadas dentro do nariz. Portanto, para que as crianças tenham um nariz limpo é preciso que elas respirem adequadamente. Em crianças menores, lactentes ou aquelas que ainda não sabem como assoar o nariz deve-se fazer a higienização nasal com soro e, com cuidado, usar uma haste com algodão nas extremidades para retirar as secreções da parte mais externa das narinas. Nunca se deve introduzir profundamente a haste. Em crianças maiores, peça a seu filho para assoar levemente o nariz. Em caso de obstrução nasal, o nariz não deve ser assoado com força. O hábito de assoar fortemente, quando o nariz está entupido, pode enviar secreções para os ouvidos ou para as cavidades sinusais, favorecendo o desenvolvimento de otites e sinusites.

2 Lavando o nariz Para proceder à lavagem do nariz é preciso antes garantir um ambiente calmo e explicar à criança a importância da limpeza do nariz e como ela será feita. Inicialmente deve-se aquecer o soro fisiológico ou similar até a temperatura corporal; para tanto, pode-se friccionar o frasco entre as mãos ou colocá-lo na axila durante certo tempo. Quando aquecer em banho-maria ou em forno de microondas, avaliar antes a temperatura do soro no dorso da mão. Para aplicar o soro no nariz da criança, e desse modo remover as secrecões, pode-se utilizar um conta-gotas ou uma pequena seringa (sem agulha, claro) ou também utilizar o soro fisiológico em forma de spray. Cuidados com o soro fisiológico Armazenar tampado em geladeira. Renovar a cada sete dias. Não deixar o conta-gotas entrar em contato com o frasco de soro (colocar o soro da limpeza em um pequeno copinho e desprezar o que sobrou). Algumas embalagens de soro fisiológico em formato de spray foram desenvolvidas para evitar a contaminação e facilitar a limpeza nasal. IV-Cuidados com a alergia Algumas medidas devem ser tomadas com o objetivo de evitar uma crise alérgica ou auxiliar o tratamento. Por isso, a família deve estar atenta e manter a criança alérgica com uma vida saudável, ambiente familiar estável, alimentação balanceada, casa arejada e ensolarada. Esses são os mais importantes aliados no tratamento da alergia. Cuidados com o quarto de dormir Manter o quarto arejado e, sempre que possível, ensolarado. Retirar o máximo de enfeites e objetos que juntam poeira. Retirar tapetes, cortinas e brinquedos de pano ou pelúcia. Lavar e trocar freqüentemente as roupas de cama. Usar capas para colchões e travesseiros, que são muito úteis, ou deixar o colchão exposto ao sol semanalmente (quando possível). Fazer uso de produtos em forma de spray, que eliminam os ácaros e o mofo quando são aplicados periodicamente nos quartos, guarda-roupas e demais ambientes da casa. Esses produtos não substituem os outros cuidados ambientais. Evitar a fumaça do cigarro. Pais ou familiares não devem fumar dentro de casa. Cuidados com a casa Não deixar a criança dentro de casa enquanto estiver sendo feita a limpeza. Usar pano úmido. Não utilizar vassoura nem espanador de pó para a limpeza. Não usar produtos de limpeza com cheiro forte em casa. Evitar carpetes, tapetes e cortinas. Evitar plantas dentro de casa. Evitar animais com pêlos ou penas dentro de casa. Caso os tenha, mantenha-os limpos e fora da casa. Proteger a criança ao passar para um ambiente frio. Evitar os extremos e as mudanças bruscas de temperatura. Procurar manter a casa aquecida. Evitar a fumaça de cigarro.

3 V-O nariz da criança alérgica Dentro do nosso nariz existem os cornetos ou conchas nasais, que ficam nas paredes laterais. São estruturas com formato de concha que aquecem, filtram e umidificam o ar que vai para os pulmões. A rinite alérgica é uma reação exagerada do organismo quando entra em contato com poeira da casa, mofo, pêlos ou penas de animais, pólen ou outras substâncias capazes de provocar alergia. Os principais sintomas ou sinais da rinite são: espirros, coceira, obstrução ou secreção nasal (catarro). A alergia nasal pode ser controlada e tratada, mas ainda não existem medicamentos para curá-la. O interessante é que boa parte das crianças alérgicas, à medida que cresce, fica livre dos sintomas da alergia respiratória. VI-Como usar medicamentos no nariz É importante assoar o nariz levemente, limpando-o bem. E, se necessário, aplicar soro fisiológico. Agitar o frasco do medicamento e remover a tampa. Se o spray for usado pela primeira vez ou se não estiver em uso há mais de uma semana, teste o produto, acionando-o até que seja liberada uma névoa fina. Para isso, pressione para baixo com os dedos indicador e médio, usando o polegar para suportar a base do frasco. Coloque delicadamente a ponta do spray dentro de uma das narinas e incline levemente a cabeça da criança para a frente. Desse modo, o jato do medicamento irá para o fundo do nariz. Repita todo o processo na outra narina, se for necessário. Quando terminar de utilizar o produto, limpe o frasco com um lenço ou pano limpo e recoloque a tampa protetora. VII-Faringites As faringites têm múltiplas origens e podem estar associadas à dor, à febre, à coceira e ao pigarro. Os vírus podem causar dor de garganta, febre, dor no corpo, congestão nasal, coriza (secreção aquosa que escorre pelo nariz) e vermelhidão nos olhos. Esses episódios geralmente estão associados às gripes e aos resfriados. A herpangina é uma infecção viral que causa feridas muito dolorosas (aftas) no céu da boca e próximo das amígdalas. A criança apresenta febre alta, salivação em excesso, pára de se alimentar e fica extremamente irritada. No caso de gengivoestomatite herpética, também causada por um vírus, além das aftas ocorre uma inflamação intensa na gengiva. O tratamento é feito com analgésicos, antitérmicos e sprays com anestésicos. A dor de garganta está presente nas faringites associadas à alergia (faringite alérgica) e ao hábito incorreto de respirar pela boca. Em algumas crianças, o suco gástrico ácido, que é produzido no estômago, pode voltar para a faringe (refluxo gastresofágico) e causar irritação na garganta, pigarro, dor e tosse. VIII-A audição das crianças A-Ouvindo bem O mundo que nos cerca é repleto de música. A capacidade de ouvir os estímulos sonoros está intimamente relacionada ao poder expressar sentimentos e pensamentos por meio da fala, além de ser uma das características únicas do ser humano. Se forem tratadas no momento adequado, as crianças que nascem surdas ou com problemas graves de audição podem aprender a falar como as outras crianças da mesma idade. O recém-nascido deve ter a audição avaliada preferencialmente durante o primeiro mês de vida, mesmo que não existam suspeitas sobre o funcionamento da audição. Nos casos de suspeita de alteração auditiva, deverá ser reavaliado até o terceiro mês de idade. Ainda assim, durante toda a vida devemos ficar alertas para os principais sinais relacionados aos problemas da audição: Atraso no desenvolvimento da linguagem (quando seu filho é comparado com o irmão mais velho, com primos ou coleguinhas de mesma idade). Pedidos freqüentes para repetir o que foi dito.

4 Preferência por sons altos, além de pedidos constantes para aumentar o som da televisão. Não gostar de conversas ao telefone. Manifestar desatenção em casa ou na escola. Quedas freqüentes. Não gostar de andar de bicicleta, patins, skate ou nem mesmo de elevador. É importante levar a criança ao médico todas as vezes em que perceber alguns desses sinais. B-Comunicando-se bem Aqueles que já experimentaram a privação dos sentidos têm maior capacidade de ensinar a importância da comunicação. Segundo Helen Keller, a escritora deficiente visual e surda que viveu no início do século XX, a surdez é o maior dos infortúnios, a perda do estímulo mais vital: o som da voz que nos traz a linguagem desencadeia os pensamentos e nos põe em companhia intellectual dos homens. No início do século passado, as habilidades manuais eram os principais requisitos no mercado de trabalho. No início do século XXI, a capacidade de comunicação é o diferencial para a maioria dos jovens que iniciam suas profissões. O desenvolvimento da capacidade de comunicar-se bem tem início na infância. Os pais podem participar desse processo, acompanhando o desenvolvimento da linguagem de suas crianças, com base nos marcos do desenvolvimento da linguagem. As crianças normalmente imitam o que escutam: o quanto os pais falam com elas, o que se diz e como se diz. Esse conjunto de estímulos irá afetar a forma da sua comunicação. Portanto, uma boa audição é fundamental nesse processo! A criança deverá ser levada ao médico sempre que ocorrerem dúvidas ou quando se identificarem dificuldades ou atrasos no desenvolvimento da linguagem. C-Tratamentos da surdez e das alterações da audição Nas crianças com problemas auditivos infecciosos ou metabólicos pode existir tratamento medicamentoso. Nos tumores, geralmente, o tratamento é cirúrgico. Quando não há opção de tratamento medicamentoso ou cirúrgico, uma das possíveis soluções para minimizar as dificuldades auditivas é o uso do aparelho auditivo. O aparelho auditivo tem como finalidade a amplificação sonora, da forma mais adequada possível, incluindo não só sinais de fala, mas sons ambientais, sinais de perigo e de alerta, bem como sons agradáveis ao indivíduo, como a música. Existem diversos tipos de aparelhos auditivos. Eles podem variar quanto ao tamanho (retroauricular, intracanal e microcanal), potência e tecnologia (analógicos, híbridos e digitais). Alguns pacientes podem também se beneficiar de algumas formas de reabilitação que incluem leitura labial (habilidade de compreender o que as pessoas falam ao observar o movimento de seus lábios), o distanciamento de locais ruidosos, cujo barulho atrapalha a compreensão das palavras, e a orientação para a família falar mais devagar e com mais clareza. Outra forma de tratamento é o implante coclear, que consiste na instalação de um equipamento eletrônico atrás da orelha e sob a pele, feito por meio de cirurgia. D-Cuidados com a criança com deficiência auditiva Continue a brincar, cantar e conversar com seu filho. O contato humano positivo é essencial para o crescimento emocional e para o bem-estar da criança. Olhe para seu filho quando conversar com ele. Seus lábios, expressões faciais e movimentos do corpo fornecem informações importantes. A criança precisa ver seu rosto claramente para entendê-lo melhor. Fale com clareza e devagar, sem gritar. Em geral, a articulação adequada das palavras é tão importante quanto o volume da sua voz. Um ensino alternativo poderá suplementar ou substituir o treinamento da linguagem e da fala. Este ensino pode incluir o uso de leitura labial, gestos e expressões ou comunicação com as mãos.

5 IX-A garganta das crianças Infecções de garganta A garganta pode ser comparada a uma grande sala. Ao abrir os lábios que podem ser comparados à porta dessa sala vemos a parede posterior, que recebe o nome de faringe. Nas paredes laterais observamos as amígdalas, um tecido com aspecto esponjoso, que se projeta para o interior da garganta. As infecções de garganta geralmente causam febre e dor, que pioram com a deglutição. As crianças menores, que ainda não se queixam de dor, podem apresentar alterações do hábito alimentar, como a dificuldade de engolir sólidos e alterações do comportamento. A salivação excessiva também pode estar associada às infecções de garganta. Na criança com dor de garganta observa-se com freqüência dor de barriga, febre alta e mau hálito. Os vírus ou as bactérias podem agredir a faringe e causar faringite, e as amígdalas, gerando a amigdalite. Essas duas infecções apresentam características diferentes ao exame realizado pelo médico. O sistema de defesa do nosso organismo é capaz de resolver, sem a ajuda de antibióticos, os problemas causados pelos vírus. Nas infecções de garganta ocasionadas por vírus, o nariz pode estar entupido ou com secreção. As infecções causadas por bactérias devem ser tratadas com antibióticos. Nos casos indicados, sob orientação médica, é preciso fazer uso dos antibióticos de acordo com o número de dias prescritos pelo médico. Um tipo especial de bactéria, conhecida como estreptococo, causa infecção de garganta: se não for adequadamente tratado, poderá gerar problemas no coração e nos rins. Existem testes diagnósticos que comprovam ou afastam a presença dessa bactéria. Somente o médico, com auxílio de testes microbiológicos específicos, pode fazer a distinção entre uma infecção causada por bactéria ou vírus, além de identificar se a infecção está na faringe, na amígdala ou nos dois lugares ao mesmo tempo (faringoamigdalite). Em certos casos, é necessário fazer mais de uma avaliação médica da criança, em dias diferentes, para a confirmação do diagnóstico. X-A laringe das crianças A-A laringe Órgão especializado na produção dos sons, a laringe tem a forma de um cilindro, onde se encontram as pregas ou cordas vocais. A laringe também protege os pulmões contra a entrada de alimentos. Nos bebês, a laringe é muito estreita, e os processos inflamatórios podem dificultar bastante a passagem do ar para os pulmões. Quando isso acontece, as crianças, e principalmente os bebês, têm dificuldades respiratórias significativas; ao respirar, emitem um som chamado estridor. Além do estridor, outros sons característicos são produzidos pela laringe doente. A tosse de cachorro, caracterizada pelo som metálico, e os episódios de tosse, que são seguidos pelo guincho ou inspiração ruidosa, também são características das laringites. A rouquidão esporádica ou permanente também sugere doença das pregas vocais. B-A laringe mal formada Algumas crianças nascem com malformação da laringe e não conseguem respirar normalmente. Apresentam ainda enorme dificuldade para mamar, engasgam e perdem o fôlego facilmente e, às vezes, ficam com os lábios arroxeados. Não conseguem se alimentar direito e, portanto, não ganham peso As principais malformações da laringe são as estenoses (estreitamentos), as fendas (aberturas nas paredes da laringe) e as membranas laríngeas (mal formações). O tratamento é cirúrgico naquelas crianças que correm risco de vida por não respirar adequadamente e por não ganhar peso. Mas algumas malformações não prejudicam o desenvolvimento da criança.

6 XI-O nariz das crianças A-A proteção do nariz O nariz funciona 24 horas por dia: aquece, umidifica e purifica o ar que respiramos. Ele é o guarda-costas protetor da garganta e do pulmão. O nariz é revestido por um tecido de coloração rosada, que se chama mucosa nasal. Nesse revestimento encontramos muco com anticorpos e substâncias bactericidas (que matam bactérias), além de células de defesa. Essa mucosa forma um revestimento especial que atua como barreira contra a entrada de microorganismos e partículas potencialmente nocivas, evitando sua penetração na garganta e nos pulmões. Além disso, o ar inspirado contém altas concentrações de partículas que são agressivas aos alvéolos pulmonares. Essas partículas são captadas eficientemente pelo muco e transportadas para a garganta, sendo então engolidas. Portanto, os pulmões se beneficiam da função nasal adequada. O ar puro, quente e úmido preparado pelo nariz não agride as vias aéreas. O nariz das crianças é bem mais estreito que o dos adultos. Portanto, a alergia, o frio e a fumaça do cigarro obstruem com mais facilidade o pequeno nariz. Além do tamanho reduzido, a grande maioria dos bebês não sabe respirar pela boca quando nasce, por isso são considerados respiradores nasais obrigatórios. Por essa razão, eles ficam muito incomodados quando estão com o nariz entupido. Os bebês com nariz entupido ficam muito irritados quando estão deitados e não conseguem mamar adequadamente. É importante lembrar que as crianças que respiram pelo nariz têm melhores chances de ter os dentes bem posicionados, língua, lábios e músculos faciais mais fortes. Tudo isso contribui para uma estética facial melhor. O sono e a alimentação também são melhores nas crianças que respiram bem. Quem respira pelo nariz vive melhor! B-O nariz da criança alérgica Dentro do nosso nariz existem os cornetos ou conchas nasais, que ficam nas paredes laterais. São estruturas com formato de concha que aquecem, filtram e umidificam o ar que vai para os pulmões. A rinite alérgica é uma reação exagerada do organismo quando entra em contato com poeira da casa, mofo, pêlos ou penas de animais, pólen ou outras substâncias capazes de provocar alergia. Os principais sintomas ou sinais da rinite são: espirros, coceira, obstrução ou secreção nasal (catarro). A alergia nasal pode ser controlada e tratada, mas ainda não existem medicamentos para curá-la. O interessante é que boa parte das crianças alérgicas, à medida que cresce, fica livre dos sintomas da alergia respiratória. C-Sinusites Os ossos da face apresentam cavidades no seu interior, conhecidas como cavidades paranasais, sinusais ou seios da face. Essas cavidades têm canais de comunicação com o nariz. Por esses canais, o ar entra para o interior das cavidades e as secreções ali formadas são eliminadas. A sinusite é uma infecção originada no interior das cavidades paranasais, quando os canais de comunicação das mesmas com o nariz ficam obstruídos por tempo prolongado. As secreções que se acumulam e a falta de ventilação favorecem o crescimento de microorganismos que causam a infecção. A sinusite não escolhe idade e ocorre até mesmo em bebês. As principais alterações relacionadas com a sinusite são: febre, nariz entupido, secreção nasal persistente verde-amarelada (por mais de dez dias) e tosse. Em crianças maiores, podemos observar halitose e hábito de raspar a garganta. A dor de cabeça não é uma queixa comum na criança com sinusite.

7 XII-Preparando a criança e a família para a cirurgia É muito importante conversar com a criança a respeito da cirurgia, de forma carinhosa e de acordo com o entendimento de seu filho. As crianças precisam saber que irão para o hospital para resolver o problema que está causando prejuízos à sua saúde e ao seu bem-estar, assim como o de sua família. Os ganhos que virão após a cirurgia devem ser mencionados. Pode-se falar, de acordo com a situação, que a criança vai respirar melhor, não terá mais infecções, escutará melhor e até mesmo poderá jogar bola sem se cansar, tomar sorvete etc. Mesmo que os pais estejam estressados ou angustiados, é importante que transmitam ao filho segurança e tranqüilidade. Sentir medo da cirurgia pode ser normal, mas se os pais perceberem que o medo incomoda muito a criança prejudica o sono, causa sonhos, altera o comportamento e o apetite, gera questionamentos preocupantes, pode ser necessária a intervenção do psicólogo. A anesthesia Seu filho vai ser operado? Consulte o especialista. Anestesia é o estado de total ausência de dor e outras sensações durante uma operação ou exame diagnóstico. O tipo de anestesia e os medicamentos a serem usados dependem do tipo da operação e das condições físicas e emocionais da criança. Depois de conhecer a criança e avaliar seus exames, além de saber sobre a cirurgia proposta, o anestesiologista indicará a melhor opção de anestesia. O tipo de anestesia também se baseia na idade e na compreensão da criança. Na consulta com o médico anestesiologista, os pais receberão inúmeros esclarecimentos e orientações. Nessa oportunidade, serão informados a respeito da anestesia, de seus benefícios, riscos e o que acontecerá antes, durante e depois da cirurgia. Os pais terão oportunidade de perguntar, por exemplo, sobre alergia à anestesia, transfusão de sangue, expressar seus receios, compartilhar o medo etc. Lembre-se: perguntar sobre anestesia não dói. Internação no hospital Em geral, as crianças são operadas pela manhã e devem estar em jejum absoluto. A orientação do horário de jejum será prescrita pelo anestesista. A criança operada permanecerá no hospital por cerca de 12 a 24 horas. Na maioria das vezes, a criança passa a noite da cirurgia em sua própria casa, desde que esteja na mesma cidade onde será realizada a cirurgia. A mãe pode levar dois jogos de pijaminhas e um chinelo para a criança. Em alguns hospitais, pode-se levar o suco preferido da criança e até mesmo, em situações especiais, o sorvete que ela mais gosta.