GUIÃO DA MISSA NO DOMINGO DE PÁSCOA B 2009

Transcrição

1 GUIÃO DA MISSA NO DOMINGO DE PÁSCOA B 2009 Domingo de Páscoa Abr 2009 Ressuscitou ao terceiro dia segundo as Escrituras! (I Cor.15,4)

2 CÂNTICO DE ENTRADA: O Senhor ressuscitou verdadeiramente. Aleluia. Glória e louvor a Cristo. Glória e louvor a Cristo para sempre! SAUDAÇÃO INICIAL: P- Somos nós, Senhor, a prova de que Tu ressuscitastes! À volta da mesa da Palavra e da Pão, és Tu o clarão da tarde, a notícia, a carícia, a ressurreição. Comecemos esta celebração, retomando o pregão da visita Pascal. Presidente: O amor é mais forte do que a morte! O Senhor ressuscitou! Aleluia. Aleluia. R. O Senhor ressuscitou verdadeiramente. Aleluia. Glória e louvor a Cristo, Glória e louvor a Cristo para sempre! Presidente: O amor tudo desculpa, tudo crê, tudo esperam tudo suporta. O amor é mais forte do que a morte! O Senhor ressuscitou! Aleluia. Aleluia. R. O Senhor ressuscitou verdadeiramente. Aleluia. Glória e louvor a Cristo, Glória e louvor a Cristo para sempre! Presidente: Se não tiver amor, nada sou, nada serei! O amor é mais forte do que a morte! O Senhor ressuscitou! Aleluia. Aleluia. R. O Senhor ressuscitou verdadeiramente. Aleluia. Glória e louvor a Cristo, Glória e louvor a Cristo para sempre! Aleluia. Aleluia. Monitor: Através da água do Baptismo, - diz São Paulo - o cristão participa na ressurreição de Cristo, liberta-se do mal, renasce como filho de Deus (Rm 8,12-17) e incorpora-se na Igreja. O Presidente vai aspergir a assembleia, em memória do baptismo, nossa primeira Páscoa. ASPERSÃO DA ÁGUA BENTA Cântico: Vós que fostes baptizados em Cristo, estais revestidos da Luz. Aleluia, Aleluia... GLÓRIA ORAÇÃO COLECTA. LITURGIA DA PALAVRA: 1ª Leitura; Salmo; 2ª Leitura (1ª opção: Col.3,1-4); Aclamação ao Evangelho; Evangelho (= Vigília Pascal: Mc.16,1-7).

3 HOMILIA NO DOMINGO DE PÁSCOA B 2009 «Quem nos irá revolver a pedra da entrada do sepulcro?» (Mc.16,3)! 1. A pergunta, nestes últimos dias, renova-se, a cada passo, com o sismo na cidade de L Áquila! Pessoas e famílias, na sua impotência, angustiam-se e interrogam: Quem poderá ainda descobrir, entre as ruínas de um sismo, um corpo morto ou algum sinal de vida? Quem nos levantará a pedra, por baixo da qual se esconderá - quem sabe? - o corpo ainda vivo ou já morto de um pai, de uma mãe, de um filho, de um familiar, de um amigo? Ao ver, de perto, a dor dos habitantes daquela, «pobre cidade [italiana], batida pela tempestade» (Is.54,11) de um violento terramoto, veio-me à mente, como réplica, esta cena do evangelho! Naquela primeira manhã de Páscoa, como neste Domingo da Ressurreição, há irmãos nossos, que deixam as suas tendas e partem a caminho da sua cidade destruída, para chorar os seus mortos, na esperança de encontrar sinais de vida! Levam, no peito ferido, a mesma pergunta lancinante e silenciosa, feita outrora pelas mulheres, na manhã de Páscoa: «Quem nos irá revolver a pedra da entrada do sepulcro» (Mc.16,13)? 2. Esta pergunta poderá alargar-se e radicalizar-se, pondo-nos a todos, perante a questão essencial, da vida e da morte: Quem pode remover o poder da morte? Quem pode superar a insustentável leveza da ausência de todos os sinais? Quem pode debelar essa altíssima barreira? Quem pode ultrapassar a sua impenetrável fronteira? No caminho para o sepulcro, a morte era, para aquelas mulheres, como para nós, a grande pedra de tropeço, entre angústias e esperanças! Apesar de tudo isso, as mulheres caminham para lá, possuídas pelo mistério da vida, atraídas pela beleza daquele amor, que não acaba e aumenta à medida da dor e é sempre mais forte do que a destruição e a morte! 3. E que vêem elas? Não vêem, por certo, a Ressurreição, pois trata-se de um acontecimento que escapa ao sentido da visão, está para lá das variações do tempo. Que viram então elas? «Olhando, viram que a pedra da entrada de sepulcro, já fora revolvida; e era muito grande» (Mc.16,4)!» Viram que a sepultura de Jesus, esse último passo da sua vida terrena, afinal não foi o derradeiro. Se a morte O conduzira à sepultura, a verdade é que «Deus não permitiu que o seu servo Jesus conhecesse a decomposição» (Act.2,27; Sal.15,10). A pedra removida, e a ausência do corpo de Jesus, são a senha e o sinal da derrota definitiva da morte! 4. O sinal visível, de que Jesus foi arrancado ao poder escuro e obscuro da morte, é confirmado pela palavra angélica, consoladora e esclarecedora de um jovem

4 vestido de branco: «Não vos assusteis. Procurais a Jesus de Nazaré, o Crucificado? Ressuscitou: não está aqui» (Mc.16,6)! A palavra da Escritura cumpre-se em Jesus, «Deus o ressuscitou ao terceiro dia» (Act.10, 40). A novidade da ressurreição consiste no facto de que Jesus, elevado da humildade da sua existência terrena, é agora constituído Filho de Deus "em todo o seu poder". Jesus ressuscitou da morte, para ser doravante o Senhor dos mortos e dos vivos (cf. Rm 14, 9; 2 Cor 5, 15) ou, por outras palavras, para ser o nosso Salvador (cf. Rm 4, 25)! 5. Irmãos e irmãs: o acontecimento da ressurreição de Jesus é a resposta às perguntas que fazemos perante o drama da Cruz e da morte. Sozinha, a Cruz não poderia explicar a fé cristã. Aliás permaneceria uma tragédia, indicação do absurdo do ser. O mistério pascal consiste no facto de que aquele Crucificado "ressuscitou ao terceiro dia segundo as Escrituras (1 Cor. 15, 4). Não se trata aqui de uma operação de busca e salvamento, de uma morte adiada ou de um cadáver reanimado! Aquele que foi crucificado, e que assim manifestou o amor imenso de Deus pelo homem, ressuscitou e está vivo e vive para sempre. Sem este acontecimento da ressurreição, a nossa vida cristã seria simplesmente absurda e a morte uma desgraça. "Se Cristo não ressuscitou, vazia é a vossa fé" (1 Cor 15, 14.17), disse-o São Paulo, realçando a importância decisiva da ressurreição de Jesus e, por consequência, da nossa. 6. Doravante, as mulheres que se dirigiam ao sepulcro, em vez de procurar Jesus no lugar da morte, hão-de encontrá-lo sempre «mais adiante». Quer dizer: Jesus de Nazaré, o Crucificado, manifestar-se-á e deixar-se-á ver, Ressuscitado, sempre, para lá dos sentidos, sempre «mais adiante», em todos os sinais de vida nova e de nova criação, de nova esperança e de nova aliança, de novo começo e de nova meta, de um sentido novo no caminho e de novo ardor na missão! É o testemunho de uma vida transformada, no encontro com o Ressuscitado, que acompanha e confirma a inesperada notícia da Ressurreição! 7. Irmãos e irmãs: Em tempo de crise ou de crises, a maior ameaça que nos pode destruir ou arruinar, é a perda de confiança na vida, que desmobiliza, entristece, mina e contamina toda uma vida. Neste dia de Páscoa, voltemo-nos, cheios de alegria e esperança, para Cristo Ressuscitado e rezemos-lhe, assim: Passa, outra vez, Senhor Ressuscitado! E fica connosco, dá-nos a Tua mão! Acorda-nos do medo e levanta-nos do chão! Não nos deixes enrolados no peso dos nossos pecados! Fica connosco. Sacia-nos. Envia-nos. E iremos mais adiante. E partiremos o Pão da Paz e do perdão! Até que em cada um de nós nasça um irmão! Faz de nós, Senhor, a prova da Tua Ressurreição (adapt. Dom A. Couto)!

5 CREDO RITO DA LUZ 1 Monitor: Acendemos os nossos círios, a partir da luz do grande círio Pascal. (quatro pessoas sobem com os seus círios apagados e acendem-nos no círio pascal e dirigem-se para o ambão, para depois ler a sua frase do credo) Pela Ressurreição, Jesus tomou verdadeiramente a luz do céu e trouxe-a à terra. Trouxe a luz da verdade e o fogo do amor que transformam o ser do homem. Somos todos baptizados e isso significa que o fogo desta luz desceu ao nosso íntimo. Por isso, na Igreja Antiga, o Baptismo era chamado também o Sacramento da Iluminação: a luz de Deus entra em nós; e assim nos tornamos nós próprios filhos da luz! (mais algumas pessoas tomam a luz do círio e acendem os círios das famílias que estão no chão ou que estejam na mão das pessoas) Presidente: Ano após ano, acendemos esta luz. Ontem renovávamos as nossas promessas baptismais! Hoje faz todo o sentido professar a nossa fé, de maneira dialogada e actualizada. (quatro pessoas com os círios sobem e professam a fé, com estas frases) 1. Sim, creio que o mundo e a minha vida não provêm do acaso, mas da Razão eterna e do Amor eterno. Somos criados pelo Amor do Deus omnipotente! 2. Sim, creio que em Jesus Cristo, na sua encarnação, na sua cruz e ressurreição, se manifestou o Rosto de Deus; creio que n Ele e por meio dele, Deus está presente no meio de nós, nos une e nos conduz para a nossa meta, para o Amor eterno. 3. Sim, creio que o Espírito Santo nos dá a Palavra da verdade e ilumina o nosso coração! 4. Sim, creio que, na comunhão da Igreja, nos tornamos todos um só Corpo com o Senhor e, deste modo, vamos ao encontro da ressurreição e da vida eterna. 1 Nota: Quer o texto inicial quer o texto do credo, são adaptados, a partir da Homilia de Bento XVI, na Vigília Pascal de 2008

6 P- O Senhor deu-nos a luz da verdade. Esta luz é ao mesmo tempo também fogo, força que nos vem de Deus: uma força que não destrói, mas quer transformar os nossos corações, para nos tornarmos verdadeiramente homens de Deus e para que a sua paz se torne operativa neste mundo. Cântico: Vós que fostes baptizados em Cristo, estais revestidos da Luz. Aleluia, Aleluia... ORAÇÃO DOS FIÉIS P- Irmãos: A Cristo, que se levantou vitorioso do túmulo, elevemos as nossas orações, para que o Céu se una à Terra e o Homem, se encontre com Deus, dizendo com a alma em festa: Cristo, fonte de esperança, ouvi-nos! 1. Cristo, nossa Páscoa, que pela vossa Ressurreição, alegrais o coração de toda a Igreja: animai, na esperança, todos os seus pastores e fiéis. Invoquemos. 2. Cristo, nossa Páscoa, que pela Vossa Ressurreição, nos trazeis a promessa da Vida em abundância: não permitais que se perca, na morte, nenhum dos fiéis baptizados. Invoquemos. 3. Cristo, nossa Páscoa, que pela Ressurreição vencestes toda a espécie de mal: inundai de Justiça, de Amor e de Paz a Terra inteira. Invoquemos. 4. Cristo, nossa Páscoa, que pela Vossa Ressurreição encheste de Luz e de esperança a noite, que se tornou mais clara que o dia: dissipai as trevas do nosso pecado. Invoquemos. 5. Cristo, nossa Páscoa, que pela Ressurreição, vos levantastes, vitorioso do sepulcro: enchei de alegria os que andam tristes e desanimados. Invoquemos. 6. Cristo, nossa Páscoa, que pela Ressurreição, vencestes a morte: dai a vida eterna, aos que viveram e morreram em Vós! Invoquemos. 7. Cristo, nossa Páscoa, que pela Ressurreição, mudastes a nossa sorte: dai-nos a graça do vosso amor, mais forte do que a morte! Invoquemos. P- Senhor, Jesus Cristo, que sois glorificado pelos Anjos no Céu e na Terra sois aclamado pelos fiéis, fazei resplandecer no mundo, a beleza do amor, que nos redime. Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.

7 OFERTÓRIO CÂNTICO DE OFERTÓRIO: Cantai alegremente ao Senhor, nosso Deus! Cantai alegremente, cantai! Monitor: A Páscoa celebra o Dom de Cristo que, por amor, se entregou à morte por nós e, pela sua Ressurreição, nos restituiu à Vida. No ofertório desta Eucaristia queremos colocar junto do altar os sinais da Vida e da Festa por excelência que é a Páscoa do Senhor. 1. (Ovos) Aparentemente mortos, os ovos contêm uma vida que surge repentinamente, ao sair da casca. Nós sabemos também que «a nossa vida está escondida com Cristo em Deus». Nós trazemos os ovos de Páscoa ao altar, sabendo que «quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também nós nos havemos de manifestar com ele na glória». 2. (Coelho) O Coelho é o primeiro animal a sair da toca anunciando a Primavera. Simboliza a Igreja que, pela força do Cristo Ressuscitado, é fecundada para produzir e espalhar por todo o mundo novos discípulos de Cristo, Filho de Deus. Nós, vo-lo oferecemos, Senhor, como sinal de que queremos sair da toca do medo, para anunciar com alegria a vossa Ressurreição. 3. (Cesta de Amêndoas) A amêndoa, pequenina semente resguardada pelo açúcar, lembra o gérmen de Vida nova de Cristo Ressuscitado que se esconde na doçura de cada pessoa humana. Senhor, nós oferecemos estas amêndoas, como sinal de que a semente da vossa vida divina há-de crescer em nós, até frutificar em Vida nova (Patena com hóstia, e o cálice com vinho) Sempre que comemos deste Pão e bebemos deste Vinho anunciamos ao mundo a Ressurreição do Senhor. Como os cristãos que, desde o princípio celebraram a Páscoa semanal, em cada Domingo, nós vos oferecemos, Senhor, em Eucaristia o Pão e o Vinho, dons do vosso amor, para a vossa glória e nossa salvação... CÂNTICO DE OFERTÓRIO: Cantai alegremente ao Senhor, nosso Deus! Cantai alegremente, cantai!

8 ACÇÃO DE GRAÇAS Uma luz nova em nossos olhos arde! Átrio de luminosidade Pão de trigo e de liberdade. Claridade que se ateia ao coração. Lume novo! Lareira acesa na cidade! És tu, Senhor, o clarão da Tarde, A notícia, A carícia, A ressurreição! BAILADO DA RESSURREIÇÃO ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO Alguns avisos: 1) Missas, de terça a sexta, às 19h15, presididas pelo Sr. Pe. Luís; 2) Próxima Quinta-feira, oração na Igreja Antiga, às 21h30. 3) Próxima sexta-feira, às 21h30, em Leça do Balio, reflexão vicarial, no âmbito do ano Paulino, sobre a Moral, em São Paulo, pelo Doutor Jorge Cunha; 4) Próximo sábado, retoma a catequese e a Missa Vespertina às 19h00; 5) Próximo sábado, ensaio do 4º ano, às 16h30. Monição antes da Bênção e despedida: A Páscoa, que celebrámos intensamente, neste tríduo pascal, prolonga-se agora, por 50 dias. Vivamo-los, reanimando a nossa esperança. Vamos receber a bênção, à qual responderemos em três momentos diferentes Ámen». Depois, a nossa resposta, à despedida tem o entusiasmo próprio da Páscoa que celebramos. Diremos Graças a Deus. Aleluia. Aleluia. Inclinai-vos, agora, para a Bênção: BÊNÇÃO E DESPEDIDA: P- Ide em Paz e que o Senhor vos acompanhe. Aleluia. Aleluia. R. Graças a Deus. Aleluia. Aleluia.