Dados estatísticos revelam o perfil da mão-de-obra, o desempenho e a participação no contexto nacional do setor gráfico do Estado do Pará

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1 Os números da indústria gráfica paraense Dados estatísticos revelam o perfil da mão-de-obra, o desempenho e a participação no contexto nacional do setor gráfico do Estado do Dados gerais da indústria gráfica paraense Em 2014 o PIB do estado foi da ordem de R$ 113,0 bilhões, a participação da industria no PIB do estado foi de 29,5%. Entre 2004 e 2014 a participação da indústria no total do PIB do estado aumentou 0,9 ponto percentual. O estado emprega trabalhadores na indústria, equivalente a 18% do emprego formal do estado e 1,9% da força de trabalho industrial nacional. No tocante ao setor gráfico, com base nos dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE/RAIS), o parque gráfico paraense reúne um contingente de 296 gráficas distribuídas em 43 municípios, estando 41% destas localizadas na capital Belém. No que se refere ao comércio internacional de produtos gráficos, com base nas informações disponibilizadas pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Aliceweb) no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Externo (MDIC), o Estado não mantém tradição de exportar ou importar produtos gráficos (tabela 1). No ano de 2014, o gerou déficit na balança comercial de produtos gráficos de US$ 234 mil, tendo exportado apenas US$ 24 mil e importado US$ 258 mil (tabela 1).

2 Tabela 1: Dados gerais da indústria gráfica paraense 2013 e % no período % participação % participação Número de estabelecimentos ,42% ,45% 1% -1% Número de funcionários ,60% ,63% -1% Número de funcionários / Estabelecimento 4,4 10,6 4,6 10,6 3% 0% Balança comercial (US$ FOB milhões) -269,54-204,37-0,62-0,23 Exportação (US$ FOB milhões) 0,00 279,10 0,00% 0,02 289,61 0,01% 45 Importação (US$ FOB milhões) 0,62 548,64 0,11% 0,26 493,97 0,05% -58% -10% Fonte: MTE/RAIS, e AliceWeb/MDIC/Secex Elaboração: Decon/Abigra Na comparação entre 2013 e 2014, o porte médio das empresas paraenses teve aumento de 3% e emprega aproximadamente 4,6 funcionários por estabelecimento gráfico. A capital Belém é o município que emprega o maior número de gráficos no Estado (612), mas as gráficas são pequenas, com 4,6 funcionários por estabelecimento, em média (tabela 2). Perfil das gráficas e do emprego no setor A tabela 2 descreve os municípios que concentram a maior parte das gráficas e do emprego no setor.

3 Tabela 2: - Números de empresas e emprego na indústria gráfica por município 2014 nº Município Nº Nº Nº funcionários / funcionários estabelecimentos estabelecimento 1 Belém ,1 2 Parauapebas ,1 3 Santarém ,3 4 Marabá ,7 5 Castanhal ,8 6 Altamira ,3 7 Outros ,9 Total ,6 Fonte: MTE/RAIS.. Figuras 1 e 2: - Distribuição do número de gráficas e do emprego entre os municípios 2014 Belem 45% Distribuição dos funcionários por município Parauape bas 8% Belem 41% Distribuição das gráficas por município Parauape bas Santarem 7% Outros 32% Castanhal Santarem Maraba 5% Outros 3 Maraba Castanhal Fonte: MTE/RAIS 2014

4 Figura 3: - Distribuição do emprego na indústria gráfica por porte de empresa 2014 O parque gráfico no Estado do é composto por micro e pequenas empresas, e 90% delas empregam até 19 funcionários. A média nacional para essa mesma faixa por pessoal ocupado é de 83% (figura 4). De 50 a 99 De 20 a 49 0% 2% 2% Até 19 90% 83% Nenhum 8% 8% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Fonte: MTE/RAIS 2014 Do ponto de vista de remuneração, 55% dos funcionários paraenses recebem, em média, entre 1 e 2 salários mínimos, uma distância significativa da média nacional, que é de 39% (figura 4). Em relação ao grau de instrução, a maior parte da mão de obra paraense finalizou o ensino médio completo (68%). A média nacional para esse mesmo nível escolar é de 58%. Nos demais graus de instrução o Estado acompanha a média nacional gráfica (figura 5).

5 Figuras 4 e 5: Número de funcionários no setor gráfico do Estado do e no por faixa de remuneração e por nível de escolaridade. Mais de 20,0 Entre 15,01 e 20,00 Entre 7,01 e 15,00 Entre 4,01 e 7,00 Entre 2,01 e 4,00 Entre 1,01 e 2,00 Até 1,00 1% 3% 12% 15% % 55% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% Ensino SuperiorCompleto Ensino Superior incompleto Ensino Médio completo Ensino Médio incompleto Ensino fundamental Ensino fundamental 11% 2% 9% 9% 10% 12% 5% 68% 58% 0% 20% 40% 60% 80% Fonte: MTE/RAIS 2014 Balança comercial A indústria gráfica paraense não mantém tradição exportadora. De 2007 a 2015, o Estado mais importou do que exportou produtos gráficos, com exceção do ano de 2010 em que foi registrado superávit de 4,42 mil na balança comercial gráfica. Na tabela 3, temos a evolução da balança comercial de produtos gráficos paraenses.

6 Tabela 3: Valores consolidados anuais do comércio exterior da indústria gráfica paraense (de 2007 a 2015) Período Exportações (US$ mil) Importações (US$ mil) Saldo comercial ,25 57,77-40, ,17 31,06-30, ,66 94,20-80, ,97 44,54 4, ,71 138,05-119, ,78 57,69-54, ,49 620,08-615, ,97 258,37-233, ,51 372,24-369,99 Fonte: MDIC/Secex Os produtos mais importados, em 2015, foram embalagens (77%); cartões impressos correspondeu a 12% do total importado. Apesar do pequeno valor, o produto gráfico mais exportado foi embalagens impressas.