Parecer CFJN nº 10/08 : Flor de Lis
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- Bruna Antas Meneses
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1 CORPO NACIONAL DE ESCUTAS Escutismo Católico Português CONSELHO FISCAL E JURISDICIONAL NACIONAL Parecer CFJN nº 10/08 : Flor de Lis A Junta Central, através da Chefe Nacional Adjunta, do CNE questiona: Pretendendo a JC criar uma ferramenta on line que permita a pesquisa sobre os Actos Oficiais, e deixar de publicar os Actos Oficiais na versão em papel da revista, passando a publicar os mesmos exclusivamente na versão Online do órgão oficial do CNE, se: 1- Há impedimentos regulamentares. Se sim, quais as alterações necessárias ao regulamentos e/ou estatutos que tornariam essa intenção viável. 2- Que outras objecções poderiam ser levantadas? Sumário: 1- A Revista Flor de Lis é o órgão oficial do CNE, e nela são publicados todos os actos normativos vinculativos da associação e os relativos aos seus dirigentes; 2 A revista Flor de Lis espelha a todos os níveis a vida da associação, e permite a todos os seus associados estar inteirado desta, sendo por via disso um elo de união. dirigentes; 3- É de aquisição obrigatória por todos os níveis do CNE e pelos seus associados 4- Não há impedimentos estatutários ou regulamentares á criação, coexistente com a Revista Flor de Lis em papel, de uma ferramenta on line que permita a pesquisa sobre os Actos Oficiais após inserção destes na internet, mas com salvaguarda, nos termos da lei geral, do bom nome dos associados e da associação, razão de um acesso não livre a tais dados pessoais; 1
2 5- Querendo acabar com a Revista Flor de Lis, e deixar de publicar os Actos Oficiais na versão em papel da revista, passando a publicar os mesmos exclusivamente na versão Online do órgão oficial do CNE, há impedimentos estatutários e regulamentares. 6- Tais impedimentos só cessam com a alteração/ revogação das normas estatutárias e regulamentares e implicam a eliminação da Revista Flor de Lis como órgão oficial do CNE e a perda da mesma como bem integrante do seu património. 7- Como alteração/ modificação / revogação estatutária, é da competência exclusiva do Conselho Nacional Plenário e a respectiva deliberação apenas será válida se tomada por maioria de três quartos dos membros presentes tendo as propostas de alteração de ser distribuídas com antecedência mínima de sessenta dias artº 50º ECNE e artº 35º 3a) RG,. 8- e no que ás normas regulamentares respeita (e apenas na medida em que o sejam) para além de dever ser observado rigorosamente o disposto no artº 75º RG as alterações ao RG carecem de aprovação pela maioria absoluta dos membros presentes e não sendo alteradas no mesmo CNP podem ser apreciadas posteriormente pelo CNR., e a inobservância rigorosa das regras do artº 75ºRG torna as deliberações nulas artº 35º 9 e) RG. 9 A investigação / averiguação / estudo sobre outras objecções / implicações, não são da competência deste CFJN.. Texto Integral: Âmbito do parecer: A competência do CFJN é definida nos artºs 27º ECNE e 39º RG de acordo com o qual lhe compete elaborar parecer sobre questões de âmbito estatutário e regulamentar, e fora disso quando os regulamentos do CNE o impõem. A matéria em questão apenas parcialmente se insere nesse âmbito, razão pela qual serão excluídas as questões de natureza administrativa, jurídica ou de gestão, que se surpreendam na solicitação, porque extravasando a competência do CFJN, poderem ser entendidas como interferência na preparação da decisão que JC pretende tomar, nomeadamente as que se prendem com a segunda interrogação; 2
3 Apreciando Situação actual e evolução: O órgão oficial do CNE é a Flor de Lis, no qual se publicam obrigatoriamente todos os actos de carácter vinculativo para a associação artº 7º ECNE, revista Flor de Lis esta que, juntamente com a Editorial Flor de Lis constituem e fazem parte do património do CNE artºs 46ºd) e e) ECNE e artº 19º d) e e) RG. Na Revista Flor de Lis, são publicados obrigatoriamente, todas as normas que vinculam a Associação, interna e externamente artº6º5 RG e nela são publicados os Actos normativos artº 10º RG e Anexo 1 e artº 64º 1, 2 e 3 RG e todos os actos associativos relativos aos seus órgãos ou ás suas normas artº 16º 6 RG, e aos seus dirigentes eleitos ou não artº 73º RG; É obrigatório o seu arquivo em todos os níveis do CNE ( artº 16º3, e artºs 38º11, 43º7 e 49º8 RG, incluindo a Junta Central), e é obrigatória a sua assinatura pelas Juntas Regionais, de Núcleo, Direcção de Agrupamento e todos os dirigentes investidos e em efectividade de funções artº 16º4 RG. É obrigatória a sua publicação no mínimo de 2 em 2 meses artº 16º1 RG Do exposto é possível extrair duas conclusões: 1ª- A revista Flor de Lis existe para publicação dos Actos Oficiais, normativos ou não da associação, sem a qual tais normas não são vinculativas quando devam ali ser publicadas, revestindo essa publicação carácter declarativo no caso de identificação dos titulares eleitos ( artº 73º 6 RG); Todo o restante conteúdo de carácter formativo ou informativo que contém actualmente é algo que lhe foi acrescentado. 2ª- A revista Flor de Lis espelha a todos os níveis a vida da associação e permite a todos os seus associados estar inteirado desta, quer pela via do acesso á existente nos agrupamentos, núcleos e juntas, como pela enviada a todos os dirigentes e ou associados que a assinem voluntariamente, sendo por via disso um elo de união e de comunicação. Ainda recentemente a Flor de Lis foi objecto de campanhas contraditórios: - A alteração proposta pelo C.R.R Açores ao CNR de Março de 2005, ao artº 16º4 RG, no sentido de a assinatura da Flor de Lis pelos dirigentes ser facultativa, com 3
4 o argumento entre outros, de que a revista poderá ser acedida via Internet foi rejeitada; - foi lançada a campanha um escuteiro uma revista, visando a publicação de exemplares por edição. Vista a situação e a evolução há que ponderar. Situação pretendida: Se se visa criar uma ferramenta on line que permita a pesquisa sobre os Actos Oficiais não vemos qualquer impedimentos estatutário ou regulamentar, pois a inserção dos Actos Oficiais na Internet, é uma questão, vista a esta luz, de simples gestão administrativa sem implicações estatutárias e regulamentares, que apenas deve prever a salvaguarda do bom nome dos associados e da associação, não devendo, por isso, ser de acesso livre, para alem de dever ter um sistema de busca múltiplo e eficaz; Neste caso, tal ferramenta coexiste com a Revista Flor de Lis em papel; Se se visa acabar com a Revista Flor de Lis, e deixar de publicar os Actos Oficiais na versão em papel da revista, passando a publicar os mesmos exclusivamente na versão online do órgão oficial do CNE, há impedimentos estatutários e regulamentares, que são os das normas supra expressas e outras com elas relacionadas. Tal acto para além de implicar a alteração /revogação das normas estatutárias e regulamentares em causa, implica também a perda de um bem patrimonial da Associação, através da eliminação da Revista Flor de Lis como órgão oficial do CNE e de aquela deixar de fazer parte do seu património. Neste caso como alteração estatutária e regulamentar, é da competência exclusiva do Conselho Nacional Plenário (porque implica alteração dos estatutos e não apenas dos Regulamentos), deliberar sobre tal matéria, que apenas será válida se tomada por maioria de três quartos dos membros presentes tendo as propostas de alteração de ser distribuídas com antecedência mínima de sessenta dias artº 50º ECNE e artº 35º 3a) RG, devendo também no que ás normas regulamentares respeita ( e apenas na medida em que o sejam) ser observado rigorosamente o disposto no artº 75º RG pois estas alterações ao RG carecem de aprovação pela maioria absoluta dos membros presentes e não sendo alteradas no mesmo Conselho podem ser apreciadas posteriormente pelo CNR. A inobservância rigorosa das regras do artº 75ºRG no que ás alterações respeita, torna as deliberações nulas artº 35º 9 e) RG. 4
5 + Outras implicações (sejam de ordem económica / financeira e de relacionamento com fornecedores dos bens e serviços a ela ligados, ou implicações a nível associativo de desagregação ou alheamento na vida da associação por falta de acesso á net por parte dos agrupamentos e seus dirigentes e associados e até publicidade ao CNE,- ou até pela eventual queda no domínio publico da Flor de Lis com a consequente perca de protecção da propriedade intelectual/ industrial) é matéria que não cabe a este CFJN investigar, analisar ou ponderar, razão pela qual sobre ela não se emite parecer, pois tal se traduz num estudo prévio e preparatório á decisão; Assim e em conclusão: 1- A Revista Flor de Lis é o órgão oficial do CNE, e nela são publicados todos os actos normativos vinculativos da associação e os relativos aos seus dirigentes; 2 A revista Flor de Lis espelha a todos os níveis a vida da associação, e permite a todos os seus associados estar inteirado desta, sendo por via disso um elo de união. 3- É de aquisição obrigatória por todos os níveis do CNE e pelos seus associados dirigentes; 4- Não há impedimentos estatutários ou regulamentares á criação, coexistente com a Revista Flor de Lis em papel, de uma ferramenta on line que permita a pesquisa sobre os Actos Oficiais após inserção destes na internet, mas com salvaguarda, nos termos da lei geral, do bom nome dos associados e da associação, razão de um acesso não livre a tais dados pessoais; 5- Querendo acabar com a Revista Flor de Lis, e deixar de publicar os Actos Oficiais na versão em papel da revista, passando a publicar os mesmos exclusivamente na versão Online do órgão oficial do CNE, há impedimentos estatutários e regulamentares. 6- Tais impedimentos só cessam com a alteração/ revogação das normas estatutárias e regulamentares e implicam a eliminação da Revista Flor de Lis como órgão oficial do CNE e a perda da mesma como bem integrante do seu património. 5
6 7- Como alteração/ modificação / revogação estatutária, é da competência exclusiva do Conselho Nacional Plenário e a respectiva deliberação apenas será válida se tomada por maioria de três quartos dos membros presentes tendo as propostas de alteração de ser distribuídas com antecedência mínima de sessenta dias artº 50º ECNE e artº 35º 3a) RG,. 8- e no que ás normas regulamentares respeita (e apenas na medida em que o sejam) para além de dever ser observado rigorosamente o disposto no artº 75º RG as alterações ao RG carecem de aprovação pela maioria absoluta dos membros presentes e não sendo alteradas no mesmo CNP podem ser apreciadas posteriormente pelo CNR., e a inobservância rigorosa das regras do artº 75ºRG torna as deliberações nulas artº 35º 9 e) RG. 9 A investigação / averiguação / estudo sobre outras objecções / implicações, não são da competência deste CFJN. Tal é s.m.o. o nosso parecer. Aprovado CFJN, 20 / 06/ 2008 José A. Vaz Carreto ( vogal relator) F. Saul Mouro ( vogal) Francisco J. Camarinha ( Secretário) Rita Vaz. Luís ( Vice Presidente) F. Calado Lopes ( Presidente) 6
2 O licenciamento dos veículos depende da prova de que a actividade principal da entidade requerente ( CNE) implica a deslocação de crianças;
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