Capítulo 1 1. Figura Ciclo de absorção acionado pelo calor de rejeito do motor de combustão interna.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Capítulo 1 1. Figura Ciclo de absorção acionado pelo calor de rejeito do motor de combustão interna."

Transcrição

1 Capítulo Introdução Este estudo experimental descreve a adaptação e modificação de uma unidade de refrigeração por absorção, transformando-a num aparato para investigação e coleta de dados. Estuda-se o desempenho de um sistema de refrigeração por absorção de vapor de amônia e água (SRA), tendo como fonte de calor, fluxo de gases quentes, provenientes do rejeito de um processo industrial ou da exaustão de um motor de combustão interna, como mostrado na Figura 1-1. Figura Ciclo de absorção acionado pelo calor de rejeito do motor de combustão interna. O aparato experimental em questão funciona por resistência elétrica de potência variável. O seu desempenho é comparado com o funcionamento do mesmo ciclo tendo como fonte de calor um soprador térmico, operando com e sem regeneração do calor.

2 Capítulo 1 2 Pretende-se com a comparação anterior (resistência elétrica, soprador térmico, com e sem regenerador) demonstrar que o sistema de escape dos gases de descarga de um motor de combustão interna direcionados ao aquecimento do gerador, o tubo bomba do sistema de refrigeração por absorção, pode produzir as mesmas características de funcionamento do ciclo de absorção funcionando a resistência elétrica. Observa-se também que, com um estudo e projeto cuidadoso, o acoplamento do gerador do sistema ao duto de escape do motor do veículo não prejudica o desempenho da unidade de propulsão (como aumento da perda de carga na descarga, reduzindo a admissão de ar no motor). Pode-se, assim, construir o sistema com tamanho reduzido, obtendo uma menor massa embarcada e consumo de potência mecânica para mover o compressor. 1.1 Motivação e Justificativa A motivação deste estudo é demonstrar a viabilidade termodinâmica da utilização de um equipamento de refrigeração por absorção, em substituição ao ar condicionado convencional, que funciona por compressão de vapor. Atualmente, com o avanço da tecnologia, busca-se maximizar o aproveitamento de energia disponível, com o menor custo possível de aquisição. O interesse crescente neste campo se deve à busca de soluções dos sérios problemas relacionados ao fornecimento de energia. A cogeração é uma área de pesquisa não só em voga, mas extremamente atrativa, motivando a realização de um trabalho experimental com um ciclo de absorção gerenciado por outra fonte de energia. Objetiva-se sua viabilidade termo-mecânica com o aproveitamento de calor de rejeito, e se propõe o retorno da construção, em larga escala dos ciclos de refrigeração por absorção. Deve-se mencionar que, apesar do coeficiente de desempenho térmico encontrado, COP Térmico ou COP de Carnot, apresentarem um valor expressivamente baixo, torna-se oportuno lembrar que, além da metodologia de cálculo ser diferente, a fonte energética é gratuita e, atualmente, desprezada, visto que os gases de descarga do motor de combustão interna são direcionados para a atmosfera. Este estudo, resumidamente, é uma investigação experimental para o uso de refrigeração por absorção, podendo ser aplicado em veículos automotores,

3 Capítulo 1 3 que podem usar o calor de rejeito dos gases de exaustão, como a fonte geradora principal de energia térmica. Isto seria uma alternativa para substituir o sistema convencional de refrigeração por compressão de vapor, acionado mecanicamente pelo compressor, através de um conjunto de engrenagens, polias e correias ou com um motor exclusivo para este fim, como nos casos de alguns ônibus ou caminhões frigoríficos (Horuz, 1999). Vários fatores apontam favoravelmente pela utilização do ciclo de refrigeração por absorção, como redução de combustível, custo operacional, custo aplicativo e o reduzido impacto ao meio ambiente. Uma sugestão importante sobre os custos de implantação deve ser feita, já que o sistema de absorção tem um custo não só de material, mas também de operação bem mais reduzido que o de compressão. Deve-se observar, também, que possíveis vazamentos, tanto da substância absorvente (água) quanto do refrigerante (amônia), não atacam o meio ambiente, seja destruindo a camada de ozônio ou contribuindo para o efeito estufa, como ocorre com os gases à base de CFC e os R134a (Tyagi, 1988). 1.2 Breve Histórico Um breve histórico, por Radermarcher e Antoniolli (2001), é apresentado a seguir. Em 1777, a refrigeração por absorção foi idealizada por Nairn, muito embora o primeiro refrigerador comercial usando absorção só tenha sido construído em 1823 por Ferdinand Carré (Costa, 1996). Em 1860, Ferdinand Carré requereu patente do ciclo de refrigeração por absorção, nos EUA. Foi, provavelmente, a sua primeira aplicação usada pelos Estados Confederados durante a guerra civil americana, já que os Estados do Norte haviam cortado o fornecimento de gelo natural para o sul (Stoecker e Jones, 1985). A primeira máquina a funcionar de forma intermitente foi feita na Inglaterra por John Leslie em Assim que as máquinas por compressão utilizando motores elétricos foram desenvolvidas por volta de 1915, as máquinas de absorção foram gradualmente sendo esquecidas e relegadas a segundo plano.

4 Capítulo 1 4 Em 1930, a Arkla construiu uma máquina de absorção de 5 a 20 TR para aplicação em ar condicionado utilizando brometo de lítio e água. Em 1945, Willis Carrier projetou a primeira máquina de refrigeração para produção em escala a LiBr. Em 1958, no Japão, a Kawasaki fabricou a primeira máquina de absorção, e começou a produção em larga escala em Em 1962, surge a Ebara, sendo o maior fabricante nos últimos anos. Em 1964, surge a primeira máquina de duplo efeito fabricada pela Kawasaki. Em 1965, a Ebara é a primeira a ter sistemas combinados, fabricando uma máquina acionada por turbina a vapor e uma de absorção acionada pelos gases da descarga da turbina. Em 1966, a Ebara produz uma máquina para baixas temperaturas, menores que -25 C para 25 TR e 5 C para 440 TR. Em 1968, a Kawasaki lança a primeira máquina de duplo efeito e fogo direto. Em 1970, a Mitsubishi-York instalou um sistema de cogeração administrando energia em Tokyo, utilizando uma máquina de refrigeração centrifuga acionada por turbina a gás, e os gases de descarga acionando um boiler de absorção. Em 1971, a Ebara produz a primeira máquina de simples efeito com bomba de calor acoplado e em 1974, produz a primeira máquina de duplo efeito usada em bomba de calor. Em 1977, a Hitachi constroe uma máquina de 1500 TR de fogo direto. Em 1978, a Ebara e a Kawasaki num consórcio, chegam a 30% de melhoria de eficiência para máquina de fogo direto. Em 1979, a Ebara fabrica em escala máquinas de fogo direto de 40 a 75 TR. Em 1980, a Hitachi projeta uma máquina de 200 TR acionada por energia solar. Em 1980, a Yazaki Sogio e Tokyo Sanyo projetam máquinas de absorção de duplo efeito de 20 a 30 TR. Em 1987, Tokyo Sanyo e Ebara iniciam a nova era de equipamentos inteligentes e acionados por micro processamento.

5 Capítulo Revisão Bibliográfica Vários trabalhos podem ser encontrados na literatura atual disponível, a respeito de ciclos de refrigeração por absorção e sua eventual aplicação a motores térmicos: Barger et al. (1969) demonstraram a liberação de calor e porcentagem energética, suas temperaturas, vazões e velocidades nos tubos de descarga dos motores, de acordo com o tipo de combustível usado, regime de funcionamento, tipo de operação e tipo de máquina e implemento agrícola de arrasto. Taylor (1987), em estudo sobre motores a combustão interna, apresenta dados sobre os gases de descarga, suas temperaturas e vazões de acordo com o regime de funcionamento e potência durante testes em bancos de prova e condições normais de funcionamento. Estuda também, o ciclo de resfriamento do motor, incluindo, a água dos trocadores de calor (radiador), temperaturas e vazões tanto nos dutos (mangueiras), quanto na própria bomba d água. Tyagi (1988) faz menção ao uso de refrigerantes de baixa pressão, amônia e água, que são fluidos da classe natural e não atacam a camada de ozônio. Pereira e Martins (1990) obtém resultados experimentais com a construção otimizada de um fogão a lenha de alvenaria. Estudaram os efeitos no rendimento térmico, tipo de madeira utilizada para lenha. Em paralelo, estudaram a conjugação entre o fogão e um refrigerador por absorção, onde foi adaptado, junto ao queimador, um tubo sifão devidamente pressurisado, levando vapor de água a alta pressão para um trocador de calor que aquecia o boiler do refrigerador de absorção. Resultados satisfatórios foram obtidos. Riffat e Wong (1994) analisam a termodinâmica do aproveitamento do calor de rejeito de máquinas operando com recompressão de vapor. Costa (1997) apresenta um estudo experimental sobre o uso de refrigeração por absorção em motores de embarcações a regime constante de rotações. Observaram, para os casos estudados, um super dimensionamento, dado que há grande quantidade de energia disponível, tanto para o aquecimento de águas quanto para a refrigeração de recintos, resultando em mais um caso de cogeração bem aplicado.

6 Capítulo 1 6 Milanes (1997) determina os aprimoramentos que devem ser feitos, em um sistema de refrigeração por absorção, para a fabricação de gelo, em regiões rurais não providas de energia elétrica. Teixeira (1997) refere-se à produção de frio via chillers de absorção, sendo empregado o calor gerado por motores diesel ou turbinas a gás empregados na geração de energia elétrica, assim como sistemas de cogeração. Gallego (1998) obteve resultados de viabilidade econômica de um sistema de refrigeração por absorção, funcionando a partir da utilização dos gases de descarga de uma turbina de geração de energia elétrica. Andrade (1999) investigou a transferência do excedente de calor do vapor das caldeiras da usina, para energizar um sistema de refrigeração por absorção, com o intuito de manter constante e controlada a temperatura de fermentação do álcool combustível. Horuz (1999) relata um estudo experimental de um ciclo de refrigeração por absorção, funcionando através da liberação dos gases de descarga de um motor Ford 150 Dover de 6 litros, diesel e turbo alimentado, que é usado no Laboratório de Sistemas de Energia Elétrica da Universidade de Strathclyde. Silvério (1999) apresenta uma simulação numérica de uma máquina por absorção para a fabricação de gelo, operando em regime permanente. Sugere ser uma ferramenta adequada para análise e posterior aperfeiçoamento de um sistema de absorção. Zukowski Júnior (1999) propõe a utilização da refrigeração por absorção como alternativa, sugerindo que seja a metodologia de cálculo da eficiência exergética e o COP, em máquinas de absorção para a produção de gelo. Radermarcher e Antoniolli (2001) relatam o histórico da refrigeração por absorção. Lima et al. (2002) trabalharam com um ciclo de refrigeração por absorção (Electrolux sem bomba) idêntico ao utilizado no presente trabalho. Ao contrário de resistência ou soprador elétricos, obtiveram o próprio gás de escape de um motor a combustão interna, operando sem carga. A utilização de um regenerador (matriz metálica), para atenuar as variações de potência da fonte de calor, conforme estudado no presente trabalho, foi originalmente proposta por Lima et al (2002). Reis e Silveira (2002) calculam a eficiência termo-mecânica ao consorciar o sistema de refrigeração por absorção, gerenciado pelos gases de descarga de um motor estacionário Chevrolet (Corsa), funcionando a gás GLP, obtendo dados energéticos e exergéticos do conjunto.

7 Capítulo Contribuição do Presente Trabalho A partir da redução na produção, e na totalidade, dos refrigerantes halogenados, exigida pelo Protocolo de Montreal, em setembro de 1987, e da solicitação da parada de fabricação até o final de 1999, feita pela conferência de Londres em 1991, está se fazendo necessário a substituição dos refrigerantes halogenados e clorofluorcarbonados (CFC), por outros que não causem danos à camada de ozônio, como a amônia usada nos ciclos de baixa pressão. Há, então, a necessidade de se fazer vários estudos do comportamento destes fluidos com os componentes do sistema de refrigeração, nos quais se incluem os dispositivos do ciclo de refrigeração por absorção. A proposta deste trabalho é (1) estudar novas formas de gerenciar energia térmica, suficiente para colocar o ciclo de refrigeração por absorção em pleno funcionamento; (2) avaliar o desempenho de equipamentos e acessórios ainda não testados, e (3) disponibilizar novos dados experimentais para estudos futuros. Estuda-se, também, a viabilidade técnica de colocá-lo a contento funcionamento, aproveitando os rejeitos energéticos de qualquer processo industrial onde ocorra liberação de energia na forma de calor, ou de um motor de combustão interna, através dos gases de escapamento ou pela água de refrigeração. 1.5 Organização do Trabalho Esta dissertação está dividida em quatro capítulos, divididos da seguinte maneira: No capítulo 2 é feita a descrição do funcionamento do ciclo de absorção, assim como de procedimento experimental. No capítulo 3 são apresentados e comentados os resultados experimentais da operação com resistência elétrica, com soprador de ar quente (sem e com regenerador). No capítulo 4 é apresentada a conclusão, onde são mencionados ajustes e melhorias como sugestão para trabalhos futuros.

1 Introdução 1.1 Contexto geral

1 Introdução 1.1 Contexto geral 1 Introdução 1.1 Contexto geral O presente trabalho aborda o tema da produção simultânea de frio, calor e energia elétrica. Usando a simulação, investiga as relações entre os diferentes tipos de energia,

Leia mais

Ciclos Termodinâmicos de Refrigeração. STE Termodinâmica Aplicada II

Ciclos Termodinâmicos de Refrigeração. STE Termodinâmica Aplicada II Ciclos Termodinâmicos de Refrigeração STE010-13 - Termodinâmica Aplicada II - 2017 1 Objetivos Introduzir os conceitos de refrigeradores e bombas de calor e medir sua performance; Analisar o ciclo ideal

Leia mais

1 Introdução Contexto geral

1 Introdução Contexto geral Introdução 21 1 Introdução 1.1. Contexto geral Este trabalho aborda o tema de eficiência energética, usando a simulação dos custos de operação e investimento como ferramenta de auxílio na decisão de investimento

Leia mais

2 Aparato Experimental

2 Aparato Experimental Capítulo 2 8 2 Aparato Experimental 2.1 Princípio de Funcionamento do Ciclo de Absorção Para o desenvolvimento deste trabalho foi utilizado uma unidade de refrigeração por absorção completa da Electrolux

Leia mais

Classificação de Tipos de Sistemas de Climatização

Classificação de Tipos de Sistemas de Climatização Classificação de Tipos de Sistemas de Climatização PME 2515 Alberto Hernandez Neto -Direitos autorais reservados - É proibida a reprodução deste material sem a autorização expressa do autor 1/45 Critérios

Leia mais

Máquinas Térmicas e a 2ª Lei da Termodinâmica. Módulo 7 Frente B

Máquinas Térmicas e a 2ª Lei da Termodinâmica. Módulo 7 Frente B Máquinas érmicas e a ª Lei da ermodinâmica Módulo 7 Frente B ENERGIA ÉRMICA E AS MÁUINAS ÉRMICAS Poder calorífico do combustível Rendimento (η) Ciclo termodinâmico de transformações ENERGIA ÉRMICA E AS

Leia mais

Refrigeração e Ar Condicionado

Refrigeração e Ar Condicionado Refrigeração e Ar Condicionado Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor Filipe Fernandes de Paula filipe.paula@engenharia.ufjf.br Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica Faculdade de Engenharia

Leia mais

4 SISTEMAS DE ABSORÇÃO

4 SISTEMAS DE ABSORÇÃO 44 4 SISTEMAS DE ABSORÇÃO O francês Ferdinand Carré inventou o sistema de absorção e tirou uma patente nos Estados Unidos em 1860. O primeiro uso do referido sistema nos Estados Unidos foi provavelmente

Leia mais

Ciclos de Produção de Frio

Ciclos de Produção de Frio Ciclos de Produção de Frio Prof. José R. Simões Moreira EPUSP/PME/SISEA E-mail: jrsimoes@usp.br www.pme.poli.usp.br/sisea Julho/2003 COGEN Cogeração, auto-produção e produção independente Pressão Princípio

Leia mais

Instruções. Leia as questões antes de respondê-las. A interpretação da questão faz parte da avaliação.

Instruções. Leia as questões antes de respondê-las. A interpretação da questão faz parte da avaliação. Nome: Curso: RA: Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas Campus Indianópolis SUB Termodinâmica Básica Turma: Data: Instruções Leia as questões antes de respondê-las. A interpretação da questão faz

Leia mais

Centrais de cogeração em edifícios: o caso da Sonae Sierra

Centrais de cogeração em edifícios: o caso da Sonae Sierra Centrais de cogeração em edifícios: o caso da Sonae Sierra Miguel Gil Mata 29 Maio 2009 FEUP Semana da Energia e Ambiente 1 Centrais de Cogeração em edifícios o caso da Sonae Sierra 1. O conceito de Cogeração

Leia mais

Sumário. Capítulo 1 Introdução... 1 Referências... 8

Sumário. Capítulo 1 Introdução... 1 Referências... 8 Sumário Capítulo 1 Introdução... 1 Referências... 8 Capítulo 2 Exergia A Qualidade da Energia... 9 2.1 Conceito de Exergia... 9 2.1.1 Análise Exergética... 15 2.1.2 Método de Análise... 16 Capítulo 3 Eficiência

Leia mais

3 Resultados Experimentais

3 Resultados Experimentais Capítulo 3 2 3 Resultados Experimentais Neste capítulo são apresentados os resultados dos ensaios do aparato, funcionando com resistência elétrica, com o fluxo de ar quente gerado pelo soprador de ar,

Leia mais

Módulo I Ciclo Rankine Ideal

Módulo I Ciclo Rankine Ideal Módulo I Ciclo Rankine Ideal Sistema de Potência a Vapor As usinas de potência a vapor são responsáveis pela produção da maior parte da energia elétrica do mundo. Porém, para o estudo e desenvolvimento

Leia mais

Bombas de Calor Oilon A solução mais eficiente para aquecer água.

Bombas de Calor Oilon A solução mais eficiente para aquecer água. Bombas de Calor Oilon A solução mais eficiente para aquecer água. O que é? Como funciona a Bomba de Calor Bomba de Calor ou térmica é um equipamento que potencializa calor residual dos processos através

Leia mais

Exercícios sugeridos para Ciclos de Refrigeração

Exercícios sugeridos para Ciclos de Refrigeração Exercícios sugeridos para Ciclos de Refrigeração 11-13 (Cengel 7ºed) - Um ciclo ideal de refrigeração por compressão de vapor que utiliza refrigerante R134a como fluido de trabalho mantém um condensador

Leia mais

Refrigeração e Ar Condicionado

Refrigeração e Ar Condicionado Refrigeração e Ar Condicionado Introdução aos Ciclos Refrigeração por Compressão de Vapor Filipe Fernandes de Paula filipe.paula@engenharia.ufjf.br Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica Faculdade

Leia mais

Equipamentos Água Gelada Água Torre

Equipamentos Água Gelada Água Torre Água Gelada Água Torre Equipamentos Equipamentos Bombeamento Água Torre Bombeamento Água Gelada Torres de Resfriamento Fancoil de Alvenaria Equipamentos Vista Externa Fancoil de Alvenaria Equipamentos

Leia mais

MÁQUINAS TÉRMICAS AT-101

MÁQUINAS TÉRMICAS AT-101 Universidade Federal do Paraná Curso de Engenharia Industrial Madeireira MÁQUINAS TÉRMICAS AT-101 Dr. Alan Sulato de Andrade alansulato@ufpr.br 1 HISTÓRICO: O desenvolvimento da tecnologia de cogeração

Leia mais

Dispositivos com escoamento em regime permanente

Dispositivos com escoamento em regime permanente Dispositivos com escoamento em regime permanente Bocais e difusores Os bocais e difusores normalmente são utilizados em motores a jato, foguetes, ônibus espaciais e até mesmo em mangueiras de jardim. Um

Leia mais

PME 3344 Termodinâmica Aplicada

PME 3344 Termodinâmica Aplicada PME 3344 Termodinâmica Aplicada 11) Ciclos motores a vapor 1 v. 2.0 Por que estudar ciclos? Pergunta: Quanto custa operar uma usina termelétrica de 1000 MW de potência elétrica, queimando combustível fóssil,

Leia mais

Máquinas Térmica Introdução. Jurandir Itizo Yanagihara

Máquinas Térmica Introdução. Jurandir Itizo Yanagihara Máquinas Térmica Introdução Jurandir Itizo Yanagihara Origem de nossa energia Usinas hidrelétricas 2 Origem de nossa energia Usinas termoelétricas 3 Origem de nossa energia Usinas nucleares 4 Qual o impacto?

Leia mais

TERMODINÂMICA. Módulo 6 1ª Lei da Termodinâmica Módulo 7 2ª Lei da Termodinâmica

TERMODINÂMICA. Módulo 6 1ª Lei da Termodinâmica Módulo 7 2ª Lei da Termodinâmica TERMODINÂMICA Módulo 6 1ª Lei da Termodinâmica Módulo 7 ª Lei da Termodinâmica 1) Trabalho de um gás () p F A Para F = cte: F p. A F d cos F = cte. p Ad V Variação de Volume d V Ad p = cte. p V Para p

Leia mais

SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA

SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA PROF. RAMÓN SILVA Engenharia de Energia Dourados MS - 2013 SISTEMAS DE POTÊNCIA A VAPOR 2 SIST. POTÊNCIA A VAPOR Diferente do ciclo de potência a gás, no ciclo de potência

Leia mais

Sistemas e Componentes II

Sistemas e Componentes II Sistemas e Componentes II Alberto Hernandez Neto -Direitos autorais reservados - É proibida a reprodução deste material sem a autorização expressa do autor 1 Serpentina de resfriamento e desumidificação

Leia mais

SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA

SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA SISTEMAS DE POTÊNCIA A VAPOR Prof. Dr. Ramón Silva - 2015 O objetivo dessa aula é relembrar os conceitos termodinâmicos do ciclo Rankine e introduzir aos equipamentos que

Leia mais

PME 3344 Exercícios - Ciclos

PME 3344 Exercícios - Ciclos PME 3344 Exercícios - Ciclos 13) Exercícios sobre ciclos 1 v. 2.0 Exercício 01 Água é utilizada como fluido de trabalho em um ciclo Rankine no qual vapor superaquecido entra na turbina a 8 MPa e 480 C.

Leia mais

Universidade do Vale do Rio dos Sinos PPGEM Programa de Pós-Graduação de Engenharia Mecânica

Universidade do Vale do Rio dos Sinos PPGEM Programa de Pós-Graduação de Engenharia Mecânica Universidade do Vale do Rio dos Sinos PPGEM Programa de Pós-Graduação de Engenharia Mecânica SIMULAÇÃO DE CICLO TÉRMICO COM DUAS CALDEIRAS EM PARALELO: COMBUSTÃO EM GRELHA E EM LEITO FLUIDIZADO Herson

Leia mais

Conteúdo. 1 Introdução e Comentários Preliminares, Propriedades de uma Substância Pura, 53

Conteúdo. 1 Introdução e Comentários Preliminares, Propriedades de uma Substância Pura, 53 Conteúdo 13 Conteúdo 1 Introdução e Comentários Preliminares, 21 1.1 O Sistema Termodinâmico e o Volume de Controle, 23 1.2 Pontos de Vista Macroscópico e Microscópico, 24 1.3 Estado e Propriedades de

Leia mais

VZ Chiller series. Resfriador de líquido parafuso a água. A mais alta tecnologia para resfriadores de líquido

VZ Chiller series. Resfriador de líquido parafuso a água. A mais alta tecnologia para resfriadores de líquido VZ Chiller series Resfriador de líquido parafuso a água A mais alta tecnologia para resfriadores de líquido Tecnologia de ponta em resfriadores Série EWWD-VZ A crescente demanda de sistemas de ar condicionado

Leia mais

Fís. Monitor: Caio Girão

Fís. Monitor: Caio Girão Professor: Leonardo Gomes Monitor: Caio Girão Máquinas térmicas 05 jul RESUMO O que é uma máquina térmica? Máquinas térmicas são dispositivos usados para converter calor em energia mecânica. Como assim?

Leia mais

PME 3344 Termodinâmica Aplicada

PME 3344 Termodinâmica Aplicada PME 3344 Termodinâmica Aplicada 12) Ciclos de Refrigeração 1 v. 3.0 Ciclos de refrigeração A transferência de calor de compartimentos de baixa temperatura para outros a temperaturas maiores é chamada de

Leia mais

Usinas termoelétricas

Usinas termoelétricas Usinas termoelétricas Usina termoelétrica, ou termelétrica, é uma instalação industrial usada para geração de energia elétrica a partir da energia liberada por qualquer produto que possa gerar calor. Uma

Leia mais

Abrisntal. Eficiência Energética

Abrisntal. Eficiência Energética Abrisntal Eficiência Energética 01.03.2019 Agenda Geração de Energia Climatização CHP Cogeração Segmento Residencial Geradores Geradores standby Residenciais O que é? Fonte de energia secundária sendo

Leia mais

Máquinas térmicas, refrigeradores e 2 a lei da Termodinâmica

Máquinas térmicas, refrigeradores e 2 a lei da Termodinâmica Máquinas térmicas, refrigeradores e 2 a lei da Termodinâmica Processos irreversíveis. Máquinas térmicas. Ciclo de Carnot 2 a lei da Termodinâmica: enunciado de Kelvin-Planck. Refrigeradores. 2 a lei da

Leia mais

Termodinâmica 12. Alexandre Diehl. Departamento de Física - UFPel

Termodinâmica 12. Alexandre Diehl. Departamento de Física - UFPel Termodinâmica 12 Alexandre Diehl Departamento de Física - UFPel Ciclo termodinâmico Definição Sequência de processos termodinâmicos aplicados sobre um sistema, tal que o mesmo é levado desde o seu estado

Leia mais

Ciclos de Potência a Gás

Ciclos de Potência a Gás Ciclos de Potência a Gás Máquinas Térmicas e Motores Térmicos Dispositivos que operam segundo um dado ciclo de potência Ciclos de Potência: Ciclos termodinâmicos para conversão de calor em trabalho Ciclo

Leia mais

Refrigeração e Ar Condicionado

Refrigeração e Ar Condicionado Refrigeração e Ar Condicionado Ciclo de Refrigeração Por Absorção Filipe Fernandes de Paula filipe.paula@engenharia.ufjf.br Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica Faculdade de Engenharia Universidade

Leia mais

Processamento da Energia de Biocombustíveis

Processamento da Energia de Biocombustíveis Processamento da Energia de Biocombustíveis Professor: Marcello Mezaroba Dr. Email: marcello.mezaroba@udesc.br Junho de 2016 Sumário I. Biomassa II. Cogeração de energia a partir de biocombustíveis III.

Leia mais

GABARITO - QUESTÕES DE MULTIPLA ESCOLHA

GABARITO - QUESTÕES DE MULTIPLA ESCOLHA Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas P2 Termodinâmica Básica Nome: Curso: RA: Turma: Data: Instruções Leia as questões antes de respondê-las. A interpretação da questão faz parte da avaliação. É

Leia mais

26/08/ Agosto/2012

26/08/ Agosto/2012 26/08/2012 1 Agosto/2012 Refrigeração. 26/08/2012 2 Circuito Frigorifico O ciclo de refrigeração ou ciclo frigorífico é um ciclo termodinâmico que constitui o modelo matemático que define o funcionamento

Leia mais

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Termodinâmica. Ciclos motores a vapor

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Termodinâmica. Ciclos motores a vapor Termodinâmica Ciclos motores a vapor 1 v. 1.1 Por que estudar ciclos? Pergunta: Quanto custa operar uma usina termelétrica de 1000 MW de potência elétrica, queimando combustível fóssil, operando segundo

Leia mais

MOTORES TÉRMICOS AULA 3-7 SISTEMAS DE POTÊNCIA A VAPOR PROF.: KAIO DUTRA

MOTORES TÉRMICOS AULA 3-7 SISTEMAS DE POTÊNCIA A VAPOR PROF.: KAIO DUTRA MOTORES TÉRMICOS AULA 3-7 SISTEMAS DE POTÊNCIA A VAPOR PROF.: KAIO DUTRA Modelando Sistemas de Potência a Vapor A grande maioria das instalações elétricas de geração consiste em variações das instalações

Leia mais

Aula 6 A 2a lei da termodinâmica Física II UNICAMP 2012

Aula 6 A 2a lei da termodinâmica Física II UNICAMP 2012 Aula 6 A 2a lei da termodinâmica Física II UNICAMP 2012 http://en.wikipedia.org/wiki/steam_car Caldeira de carro a vapor de 1924. Populares até a década de 1930, perderam prestígio com a popularização

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA TM-364 MÁQUINAS TÉRMICAS I. Máquinas Térmicas I

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA TM-364 MÁQUINAS TÉRMICAS I. Máquinas Térmicas I UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA TM-364 MÁQUINAS TÉRMICAS I Máquinas Térmicas I "Existem três tipos de pessoas: as que sabem e as que não sabem contar...

Leia mais

Refrigeração e Ar Condicionado

Refrigeração e Ar Condicionado Refrigeração e Ar Condicionado Compressores Filipe Fernandes de Paula filipe.paula@engenharia.ufjf.br Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica Faculdade de Engenharia Universidade Federal de Juiz

Leia mais

Nota: Campus JK. TMFA Termodinâmica Aplicada

Nota: Campus JK. TMFA Termodinâmica Aplicada TMFA Termodinâmica Aplicada 1) Considere a central de potência simples mostrada na figura a seguir. O fluido de trabalho utilizado no ciclo é água e conhece-se os seguintes dados operacionais: Localização

Leia mais

GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA DE ELÉTRICA

GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA DE ELÉTRICA Universidade do Estado de Mato Grosso Campus Sinop Faculdade de Ciências Exatas e Tecnológicas GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA DE ELÉTRICA ROGÉRIO LÚCIO LIMA Sinop Outubro de 2016 Principais

Leia mais

PROGRAMA. CONCEITOS E PROPRIEDADES TERMODINÂMICAS & TRABALHO E CALOR (Parte 1) 1ª, 2ª, 3ª e 4ª semanas. PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA (Parte 2)

PROGRAMA. CONCEITOS E PROPRIEDADES TERMODINÂMICAS & TRABALHO E CALOR (Parte 1) 1ª, 2ª, 3ª e 4ª semanas. PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA (Parte 2) PROGRAMA CONCEITOS E PROPRIEDADES TERMODINÂMICAS & TRABALHO E CALOR (Parte 1) 1ª, 2ª, 3ª e 4ª semanas. PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA (Parte 2) 5ª, 6ª, 7ª, 8ª e 9ª semanas; 1ª prova individual. SEGUNDA

Leia mais

PME 3344 Termodinâmica Aplicada

PME 3344 Termodinâmica Aplicada PME 3344 Termodinâmica Aplicada 10) Ciclos motores a vapor 1 v. 2.0 Por que estudar ciclos? Pergunta: Quanto custa operar uma usina termelétrica de 1000 MW de potência elétrica, queimando combustível fóssil,

Leia mais

Católica de Santa Catarina em Jaraguá do Sul para contato:

Católica de Santa Catarina em Jaraguá do Sul  para contato: SIMULAÇÃO NUMÉRICA DOS FLUIDOS REFRIGERANTES R11, R12, R22, R134A, R410A E R717 APLICADOS NO CICLO DE REFRIGERAÇÃO POR COMPRESSÃO DE VAPOR CONVENCIONAL J. P. dos REIS 1 e W. SEIDEL 1 1 Católica de Santa

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FICHA DE COMPONENTE CURRICULAR CÓDIGO: FEELT31507 COMPONENTE CURRICULAR: FONTES ALTERNATIVAS DE ENERGIA I UNIDADE ACADÊMICA OFERTANTE: SIGLA: FACULDADE DE ENGENHARIA

Leia mais

MÁQUINAS TÉRMICAS E PROCESSOS CONTÍNUOS

MÁQUINAS TÉRMICAS E PROCESSOS CONTÍNUOS MÁQUINAS TÉRMICAS E PROCESSOS CONTÍNUOS AULA 1-3 TERMODINÂMICA APLICADA AS MÁQUINAS TÉRMICAS PROF.: KAIO DUTRA Diagrama de Fases Estado líquido Mistura bifásica líquido-vapor Estado de vapor Conservação

Leia mais

3. Revisão bibliográfica

3. Revisão bibliográfica 40 3. Revisão bibliográfica 3.1. O ciclo de refrigeração por compressão de vapor Um dos métodos mais usados para se retirar calor de um ambiente a ser refrigerado é a utilização do sistema de compressão

Leia mais

Módulo II Processo Reversível e Irreversível, Ciclos (Potência, Refrigeração e Bomba de Calor) de Carnot

Módulo II Processo Reversível e Irreversível, Ciclos (Potência, Refrigeração e Bomba de Calor) de Carnot Módulo II Processo Reversível e Irreversível, Ciclos (Potência, Refrigeração e Bomba de Calor) de Carnot Processos Reversíveis e Irreversíveis Nenhuma máquina térmica pode ter eficiência 100% de acordo

Leia mais

Capítulo 5. Ciclos de Refrigeração

Capítulo 5. Ciclos de Refrigeração Capítulo 5 Ciclos de Refrigeração Objetivos Estudar o funcionamento dos ciclos frigoríficos por compressão de vapor idealizados e reais Apontar as distinções entre refrigeradores e bombas de calor 5.1.

Leia mais

MÁQUINAS TÉRMICAS E PROCESSOS CONTÍNUOS AULA 9-11 SISTEMAS DE POTÊNCIA A GÁS

MÁQUINAS TÉRMICAS E PROCESSOS CONTÍNUOS AULA 9-11 SISTEMAS DE POTÊNCIA A GÁS MÁQUINAS TÉRMICAS E PROCESSOS CONTÍNUOS AULA 9-11 SISTEMAS DE POTÊNCIA A GÁS PROF.: KAIO DUTRA Instalação de Potência com Turbinas a Gás As turbinas a gás tendem a ser mais leves e mais compactas que as

Leia mais

PLANO DE CURSO DE EXTENSÃO (NÍVEL DE APERFEIÇOAMENTO / RECICLAGEM) DETALHAMENTO E EMENTA

PLANO DE CURSO DE EXTENSÃO (NÍVEL DE APERFEIÇOAMENTO / RECICLAGEM) DETALHAMENTO E EMENTA 1/5 PLANO DE CURSO DE EXTENSÃO (NÍVEL DE APERFEIÇOAMENTO / RECICLAGEM) 1. ÁREAS DO CONHECIMENTO Engenharia Elétrica / Engenharia Mecânica. 2. TÍTULO DO CURSO DETALHAMENTO E EMENTA INDUSTRIAIS / COMERCIAIS

Leia mais

Cogeração SISTEMA DE COGERAÇÃO DE ENERGIA

Cogeração SISTEMA DE COGERAÇÃO DE ENERGIA SISTEMA DE COGERAÇÃO DE ENERGIA O Que é Cogeração? SISTEMA DE COGERAÇÃO DE ENERGIA A cogeração a partir do gás natural é o processo que permite a produção de energia elétrica e térmica, de forma simultânea,

Leia mais

Termodinâmica e Estrutura da Matéria (MEFT)

Termodinâmica e Estrutura da Matéria (MEFT) Termodinâmica e Estrutura da Matéria (MEFT) 2014-2015 Vasco Guerra Carlos Augusto Santos Silva carlos.santos.silva@tecnico.ulisboa.pt Versão 1.0 24-1-2014 1. Um inventor diz que desenvolveu uma máquina

Leia mais

Profa.. Dra. Ana Maria Pereira Neto

Profa.. Dra. Ana Maria Pereira Neto Universidade Federal do ABC BC1309 Termodinâmica Aplicada Profa.. Dra. Ana Maria Pereira Neto ana.neto@ufabc.edu.br Segunda ei da Termodinâmica 1 Segunda ei da Termodinâmica Comparação com a 1ª ei da Termodinâmica;

Leia mais

Compressores. Profa. Alessandra Lopes de Oliveira FZEA/USP

Compressores. Profa. Alessandra Lopes de Oliveira FZEA/USP Compressores Profa. Alessandra Lopes de Oliveira FZEA/USP Compressores l Função: aspirar vapor do evaporador (mantendo P e T desejadas) comprimir o vapor a determinada P e T e deslocar o refrigerante no

Leia mais

Recursos Energéticos e Meio Ambiente. Professor Sandro Donnini Mancini. 8 Motores e Turbinas. Sorocaba, Março de 2016.

Recursos Energéticos e Meio Ambiente. Professor Sandro Donnini Mancini. 8 Motores e Turbinas. Sorocaba, Março de 2016. Instituto de Ciência e Tecnologia de Sorocaba Recursos Energéticos e Meio Ambiente Professor Sandro Donnini Mancini 8 Motores e Turbinas Sorocaba, Março de 2016. Motor: transforma energia de combustíveis

Leia mais

TE T R E M R O M D O I D NÂ N M Â I M CA C Prof. Rangel

TE T R E M R O M D O I D NÂ N M Â I M CA C Prof. Rangel TERMODINÂMICA Prof. Rangel Conceito de termodinâmica É a área da física que estuda as causas e os efeitos das mudanças de temperaturas (volume e pressão) em sistemas termodinâmicos. Termodinâmica Termo

Leia mais

PRINCÍPIOS BÁSICOS DA TERMODINÂMICA

PRINCÍPIOS BÁSICOS DA TERMODINÂMICA PRINCÍPIOS BÁSICOS DA TERMODINÂMICA... 1 1.1 Variáveis e Transformações Termodinâmicas... 1 1.2 Primeiro Princípio da Termodinâmica... 1 1.3 Segundo Princípio da Termodinâmica... 2 1.4 Expressões das Variáveis

Leia mais

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE FACULDADE DE ENGENHARIA Departamento de Engenharia Mecânica

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE FACULDADE DE ENGENHARIA Departamento de Engenharia Mecânica UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE FACULDADE DE ENGENHARIA Departamento de Engenharia Mecânica PROJECTO DO CURSO PROJECÇÃO DE UMA FORNALHA PARA QUEIMA DE BIOMASSA PARA ALIMENTAR UM CICLO DE REFRIGERAÇÃO POR

Leia mais

Aula 6 Dimensionamento de grandes equipamentos de usinas termoelétricas

Aula 6 Dimensionamento de grandes equipamentos de usinas termoelétricas BIJ-0207 Bases conceituais da energia Aula 6 Dimensionamento de grandes equipamentos de usinas termoelétricas Prof. João Moreira CECS - Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas Universidade

Leia mais

Aula 7 Refrigeração e bombeamento de calor

Aula 7 Refrigeração e bombeamento de calor Universidade Federal do ABC P O S M E C Aula 7 Refrigeração e bombeamento de calor MEC202 Refrigeração Transferência de calor a partir de uma região de temperatura mais baixa para uma região com temperatura

Leia mais

TURBINAS. Engenharia Elétrica Especializada. Eng. Vlamir Botelho Ferreira 1 INTRODUÇÃO

TURBINAS. Engenharia Elétrica Especializada. Eng. Vlamir Botelho Ferreira 1 INTRODUÇÃO 1 TURBINAS Eng. Vlamir Botelho Ferreira 1 INTRODUÇÃO Turbinas são equipamentos mecânicos que transformam energia de algum fluido (água, vento, gás, etc) que se move através dela, convertendo ou a energia

Leia mais

Programa Detalhado de Máquinas Térmicas e Hidráulicas

Programa Detalhado de Máquinas Térmicas e Hidráulicas Programa Detalhado de Máquinas Térmicas e Hidráulicas 1. Generalidades 1.1. Dimensões e unidades de medida 1.1.1. Dimensões e homogeneidade dimensional 1.1.2. Sistemas de unidades 2. Máquinas Hidráulicas

Leia mais

(com até 0,7% em massa de água) na mistura com gasolina pura (gasolina A). A meta almejada era de 20% de adição de etanol anidro à gasolina (gasolina

(com até 0,7% em massa de água) na mistura com gasolina pura (gasolina A). A meta almejada era de 20% de adição de etanol anidro à gasolina (gasolina 15 1. INTRODUÇÃO Os motores a combustão interna continuarão sendo nos próximos anos a principal forma de propulsão dos veículos, justificando as intensas atividades de pesquisa e desenvolvimento nessa

Leia mais

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Termodinâmica. 10) Ciclos motores a vapor. v. 2.5

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Termodinâmica. 10) Ciclos motores a vapor. v. 2.5 Termodinâmica 10) Ciclos motores a vapor 1 v. 2.5 Por que estudar ciclos? Pergunta: Quanto custa operar uma usina termelétrica de 1000 MW de potência elétrica, queimando combustível fóssil, operando segundo

Leia mais

Professor Dr. Evandro Rodrigo Dário Curso: Engenharia Mecânica Disciplina: Termodinâmica. Processos reversíveis e Irreversíveis

Professor Dr. Evandro Rodrigo Dário Curso: Engenharia Mecânica Disciplina: Termodinâmica. Processos reversíveis e Irreversíveis Processos reversíveis e Irreversíveis Um processo reversível é definido como um processo que pode ser invertida sem deixar nenhum vestígio no ambiente. Ou seja, tanto o sistema e o ambiente são devolvidos

Leia mais

COGERAÇÃO COM TURBINA A GÁS ASSOCIADA AO SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO POR ABSORÇÃO: UM PROGRAMA COMPUTACIONAL PARA ANÁLISE EXERGOECONÔMICA

COGERAÇÃO COM TURBINA A GÁS ASSOCIADA AO SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO POR ABSORÇÃO: UM PROGRAMA COMPUTACIONAL PARA ANÁLISE EXERGOECONÔMICA COGERAÇÃO COM TURBINA A GÁS ASSOCIADA AO SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO POR ABSORÇÃO: UM PROGRAMA COMPUTACIONAL PARA ANÁLISE EXERGOECONÔMICA Júlio Santana Antunes 1 José Luz Silveira 2 José Antônio Perrella Balestieri

Leia mais

Lista de Exercícios - Máquinas Térmicas

Lista de Exercícios - Máquinas Térmicas DISCIPLINA: MÁQUINAS TÉRMICAS - 2017/02 PROF.: MARCELO COLAÇO PREPARADO POR GABRIEL ROMERO (GAROMERO@POLI.UFRJ.BR) 4. Motores de combustão interna: Os calores específicos são constantes para todos os exercícios

Leia mais

Aula 6 Vapor e ciclos combinados

Aula 6 Vapor e ciclos combinados Universidade Federal do ABC P O S M E C Aula 6 Vapor e ciclos combinados MEC202 Ciclos de vapor Consideramos os ciclos de alimentação de vapor, em que o fluido de trabalho é alternativamente vaporizado

Leia mais

Cogeração na indústria: os benefícios e os ganhos energéticos

Cogeração na indústria: os benefícios e os ganhos energéticos Cogeração na indústria: os benefícios e os ganhos energéticos Grupo Light Distribuição Geração Serviços de Energia Restrita a parte do estado do RJ (incluindo a Grande Rio) Light Energia Itaocara Paracambi

Leia mais

Repotenciação de Termelétricas

Repotenciação de Termelétricas Repotenciação de Termelétricas por meio do Aproveitamento do Calor Rejeitado O caso da UTE Viana Prof. Dr. José Joaquim C. S. Santos Jose.j.santos@ufes.br ou jjcssantos@yahoo.com.br Sumário Introdução

Leia mais

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Termodinâmica. Ciclos de Refrigeração. v. 2.0

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Termodinâmica. Ciclos de Refrigeração. v. 2.0 Termodinâmica Ciclos de Refrigeração 1 v. 2.0 Ciclo de refrigeração A transferência de calor de compartimentos de baixa temperatura para outros a temperaturas maiores é chamada de refrigeração; Equipamentos

Leia mais

A normalização e a Eficiência Energética no Projeto. Eng Mário Sérgio Almeida

A normalização e a Eficiência Energética no Projeto. Eng Mário Sérgio Almeida A normalização e a Eficiência Energética no Projeto Eng Mário Sérgio Almeida DNPC Departamento Nacional de Empresas Projetistas e Consultores 3 Norma em consulta pública ABNT NBR 7256 Tratamento de ar

Leia mais

SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA

SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA PROF. RAMÓN SILVA Engenharia de Energia Dourados MS - 2013 TURBINAS A GÁS TURBINAS A GÁS Turbogeradores são sistemas de geração de energia onde o acionador primário é uma

Leia mais

Capítulo 4: Análise de Sistemas - 1ª e 2ª Leis da Termodinâmica

Capítulo 4: Análise de Sistemas - 1ª e 2ª Leis da Termodinâmica Capítulo 4: Análise de Sistemas - 1ª e 2ª Leis da Termodinâmica A segunda lei da termodinâmica Máquinas térmicas e bombas de calor Ciclos reversíveis Ciclo de Carnot A segunda lei da termodinâmica O que

Leia mais

Curso Técnico Subsequente em Refrigeração e Climatização CÂMPUS SÃO JOSÉ (RESOLUÇÃO CEPE/IFSC Nº 70 DE 13 DEZEMBRO DE 2016)

Curso Técnico Subsequente em Refrigeração e Climatização CÂMPUS SÃO JOSÉ (RESOLUÇÃO CEPE/IFSC Nº 70 DE 13 DEZEMBRO DE 2016) Curso Técnico Subsequente em Refrigeração e Climatização CÂMPUS SÃO JOSÉ (RESOLUÇÃO CEPE/IFSC Nº 70 DE 13 DEZEMBRO DE 2016) GRADE CURRICULAR E CORPO DOCENTE Módulo 1 Carga horária total: 400h Unidade Curricular

Leia mais

ANÁLISE DO COEFICIENTE DE PERFORMANCE DE UM CHILLER DOMÉSTICO OPERANDO COM O R-401A EM REGIME TRANSIENTE

ANÁLISE DO COEFICIENTE DE PERFORMANCE DE UM CHILLER DOMÉSTICO OPERANDO COM O R-401A EM REGIME TRANSIENTE ANÁLISE DO COEFICIENTE DE PERFORMANCE DE UM CHILLER DOMÉSTICO OPERANDO COM O R-401A EM REGIME TRANSIENTE Pedro Samuel Gomes Medeiros Graduando de Engenharia Mecânica da Universidade Federal do Rio Grande

Leia mais

A Segunda Lei da Termodinâmica

A Segunda Lei da Termodinâmica A Segunda Lei da ermodinâmica -Evitar desperdícios - Conservar energia - A Energia total do Universo não muda! A 1ª Lei não conta a história toda! 2ª Lei trata da possibilidade ou impossibilidade de se

Leia mais

Modelagem de equipamentos térmicos Trocadores de calor

Modelagem de equipamentos térmicos Trocadores de calor Universidade do Vale do Rio dos Sinos UNISINOS Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica Modelagem de equipamentos térmicos Trocadores de calor Introdução Trocadores de calor Equipamentos que realizam

Leia mais

Desenvolvimento da Rede - Treinamento

Desenvolvimento da Rede - Treinamento Desenvolvimento da Rede - Treinamento ÍNDICE Introdução... 3 Dados técnicos... 4 Vantagens da utilização do sistema de gerenciamento eletrônico... 5 Inovações técnicas... 6 Componentes e sistemas... 7

Leia mais

Geração Termelétrica

Geração Termelétrica Geração Termelétrica Prof. José Antônio Perrella Balestieri (perrella@feg.unesp.br) Departamento de Energia Faculdade de Engenharia Campus de Guaratinguetá/UNESP Versão Set/2015 Perfil da geração elétrica

Leia mais

Refrigeração e Ar Condicionado

Refrigeração e Ar Condicionado Refrigeração e Ar Condicionado Sistemas de Múltiplos Estágios Filipe Fernandes de Paula filipe.paula@engenharia.ufjf.br Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica Faculdade de Engenharia Universidade

Leia mais

Disciplina : Termodinâmica. Aula 14 Segunda Lei da Termodinâmica

Disciplina : Termodinâmica. Aula 14 Segunda Lei da Termodinâmica Disciplina : Termodinâmica Aula 14 Segunda Lei da Termodinâmica Prof. Evandro Rodrigo Dário, Dr. Eng. Introdução a segunda lei da termodinâmica Uma xícara de café quente deixado em uma sala mais fria,

Leia mais

CAPÍTULO I. 1 Introdução Motivação

CAPÍTULO I. 1 Introdução Motivação CAPÍTULO I 1 Introdução. 1.1. Motivação A busca por melhores eficiências, menor consumo de energia e maior conforto é cada vez mais um objetivo perseguido por todos. Os fabricantes de veículos não são

Leia mais

Introdução. Produção simultânea de potência mecânica ou elétrica e de calor útil a partir de uma única fonte de calor

Introdução. Produção simultânea de potência mecânica ou elétrica e de calor útil a partir de uma única fonte de calor Cogeração Parte 1 Introdução Cogeração Produção simultânea de potência mecânica ou elétrica e de calor útil a partir de uma única fonte de calor OBS: alguns consideram também ciclo combinado como cogeração

Leia mais

Geração Elétrica Centrais Termoelétricas

Geração Elétrica Centrais Termoelétricas Geração Elétrica Centrais Termoelétricas Prof. Dr. Eng. Paulo Cícero Fritzen 1 GERAÇÃO TERMOELÉTRICA Introdução O processo fundamental de funcionamento das centrais termelétricas baseia-se na conversão

Leia mais

PROGRAMA DE ENSINO CÓDIGO DISCIPLINA OU ESTÁGIO SERIAÇÃO IDEAL/PERÍODO Termodinâmica I Transferências de Calor e Massa I

PROGRAMA DE ENSINO CÓDIGO DISCIPLINA OU ESTÁGIO SERIAÇÃO IDEAL/PERÍODO Termodinâmica I Transferências de Calor e Massa I PROGRAMA DE ENSINO UNIDADE UNIVERSITÁRIA: UNESP CÂMPUS DE ILHA SOLTEIRA CURSO: ENGENHARIA (Resolução UNESP nº 74/04 - Currículo: 4) HABILITAÇÃO: OPÇÃO: DEPARTAMENTO RESPONSÁVEL: Engenharia Mecânica CÓDIGO

Leia mais

CENTRAIS TEMELÉTRICAS E COGERAÇÃO

CENTRAIS TEMELÉTRICAS E COGERAÇÃO CENTRAIS TEMELÉTRICAS E COGERAÇÃO GRUPOS MOTOGERADORES Prof. Dr. Ramón Silva - 2015 O Grupo Motogerador consiste de um ou mais motores alternativos de combustão interna utilizados para converter energia

Leia mais

FLUÍDOS FRIGORÍFICOS

FLUÍDOS FRIGORÍFICOS FLUÍDOS FRIGORÍFICOS , Fluidos Frigoríficos ou Refrigerantes Substâncias empregadas como veículo térmico para transporte de calor nos sistemas de refrigeração Podem ser classificados nas seguintes categorias:

Leia mais

MÁQUINAS TÉRMICAS Prof. Dr. Charles Assunção

MÁQUINAS TÉRMICAS Prof. Dr. Charles Assunção MÁQUINAS TÉRMICAS Prof. Dr. Charles Assunção APLICAÇÃO DO ESTUDO DE MÁQUINAS TÉRMICAS Fonte: Wylen; Sonntag; Borgnakke. Fundamentos da termodinâmica. Blucher. APLICAÇÃO DO ESTUDO DE MÁQUINAS TÉRMICAS Fonte:

Leia mais

Energia Térmica: 1ª e 2ª Leis da Termodinâmica Aulas 25 e 26

Energia Térmica: 1ª e 2ª Leis da Termodinâmica Aulas 25 e 26 Energia Térmica: 1ª e 2ª Leis da Termodinâmica Aulas 25 e 26 19/05/2017 IFSP PTB / Téc. em Logística Int. ao Ensino Médio / 1ª série / Física Prof. Renato Pugliese Como fornecer energia para o interior

Leia mais

MÁQUINAS TÉRMICAS E PROCESSOS CONTÍNUOS

MÁQUINAS TÉRMICAS E PROCESSOS CONTÍNUOS MÁQUINAS TÉRMICAS E PROCESSOS CONTÍNUOS AULA 6-8 MELHORANDO O DESEMPENHO PROF.: KAIO DUTRA Superaquecimento Como não estamos restritos a ter vapor saturado na entrada da turbina, uma energia adicional

Leia mais

EM-524 Fenômenos de Transporte

EM-524 Fenômenos de Transporte EM-524 Fenômenos de Transporte Livro : Introdução às Ciências Térmicas F.W. Schmidt, R.E. Henderson e C.H. Wolgemuth Editora Edgard Blücher Denilson Boschiero do Espirito Santo DE FEM sala : ID301 denilson@fem.unicamp.br

Leia mais