A Geometria de Traços na representação das fricativas sibilantes nas Cantigas de Santa Maria*

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1 Gallæcia. Estudos de lingüística portuguesa e galega Universidade de Santiago de Compostela, DOI pp A Geometria de Traços na representação das fricativas sibilantes nas Cantigas de Santa Maria* Mariana Moretto Gementi** Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho mariana_moretto@hotmail.com Feature Geometry in the Representation of Sibilant Fricatives in the Cantigas de Santa Maria Resumo O principal objetivo do presente trabalho é estudar as fricativas sibilantes a partir das relações entre letras e sons, e as possíveis grafias nas Cantigas de Santa Maria. Foram escolhidas as consoantes fricativas, pois há controvérsias quanto à consideração da oposição acerca das fricativas entre os autores que vêm estudando o assunto. Além disso, a grande produtividade das fricativas na lírica medieval galego-portuguesa é de considerável relevância. A metodologia baseia-se na observação da possibilidade (ou não) de variação gráfica na representação das consoantes e na consideração da possibilidade (ou não) de rima entre essas palavras específicas para determinar sua possível realização fonética naquela época. A análise do sistema consonantal do Português Arcaico especificamente no que concerne às fricativas sibilantes, foi embasada na teoria fonológica não linear, especialmente o modelo de Geometria de Traços (Clements / Hume 1995) - e para o Português Brasileiro, Cagliari (1998a). Por meio desta pesquisa pretendemos mostrar se as ocorrências das fricativas sibilantes no Português Arcaico apresentam as mesmas características que encontramos hoje no Português Brasileiro ou não. Palavras-chave Fricativas sibilantes, Português Arcaico, Cantigas de Santa Maria Sumário 1. Introdução. 2. Corpus: Cantigas de Santa Maria. 3. Subsídios teóricos. 4. Procedimentos metodológicos. 5. Análise dos dados. 6. Considerações finais. Abstract The main objective of this work is to study the sibilant fricatives from the relationships between letters and sounds, and their possible spellings, in the Cantigas de Santa Maria. Fricative consonants have been chosen because there are controversies regarding the consideration of the opposition concerning fricatives among the authors who have studied this subject. In addition, the high occurrence of fricatives in the Galician-Portuguese medieval lyric is of considerable relevance. The methodology is based on the observation of the possibility (or not) of graphic variation in the representation of consonants and on the consideration of the possibility (or not) of rhyme between these specific words to determine their possible phonetic character at that time. The analysis of the Archaic Portuguese consonantal system, specifically concerning the sibilant fricatives, was based on non-linear phonological theory, especially the model of Feature Geometry (Clements / Hume 1995), and also considering the Brazilian Portuguese, Cagliari (1998a). Through this research, we intend to show if the occurrences of sibilant fricatives in Archaic Portuguese present or not the same characteristics that we find today in Brazilian Portuguese. Keywords Fricative sibilants, Archaic Portuguese, Cantigas de Santa Maria Contents 1. Introduction. 2. Corpus: Cantigas de Santa Maria. 3. Theory. 4. Methodological procedures. 5. Analysis. 6. Final considerations. * O presente trabalho vincula-se ao grupo de pesquisa Fonologia do Português: Arcaico & Brasileiro, que congrega um grupo de estudantes de Graduação e de Pós-Graduação da Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Estadual Paulista (UNESP), Campus de Araraquara, Brasil, e é coordenado pela Profª. Drª. Gladis Massini-Cagliari. ** Bolsista CAPES.

2 906 Gallæcia. Estudos de lingüística portuguesa e galega 1. Introdução As reflexões que apresentamos neste artigo estão centradas nas frivativas sibilantes nas Cantigas de Santa Maria (CSM) e na observação de se existem ou não as oposições apontadas pelos estudiosos entre fricativas surdas e sonoras e entre dentais e alveolares em todas as posições silábicas, ou se essas oposições são condicionadas pela posição da consoante na sílaba. Portanto, este estudo pretende investigar se, em todas as posições, as palavras contendo consoantes grafadas com <s>, <z> e <x>, e também as grafadas com <c>, <ç>, <sc>, <ss> podiam alternar graficamente ou rimar entre si ou não, estabelecendo se, no Português Arcaico (PA), havia ou não oposição entre os fonemas representados por esses grafemas nos contextos de início e de final de sílaba. A escolha das cantigas religiosas como corpus do trabalho deve-se ao fato de que, por meio da análise das rimas, é possível obter pistas satisfatórias sobre a realização fônica de vogais e consoantes em momentos passados da língua, dos quais não se têm registros orais. Dessa forma, mapeamos e analisamos todas as rimas encontradas nas CSM. Levando em consideração que uma única letra pode estar associada a mais de um fonema, analisamos e observamos as possibilidades de rima no corpus selecionado, entre as fricativas sibilantes, para alcançarmos os resultados pretendidos. Ressaltamos que, ao buscarmos informações sobre os sons da época, não partimos da simples hipótese de que dados da escrita sejam mera transcrição da fala. Acreditamos que a falta de normalização ortográfica oferecia condições favoráveis para que elementos da fala fossem reproduzidos na escrita. Sobre o assunto, Mattos e Silva (2006: 42) argumenta: Discute-se muito sobre a relação entre os dados que a documentação medieval fornece e a língua então falada. Isto é, discute-se se é possível chegar, através da documentação escrita, ao português corrente. Há até quem defenda que sobre a documentação arcaica só se possam construir gramáticas de textos, nunca uma gramática de um estado de língua passado [...]. Consideraremos, contudo, que, sendo a documentação escrita que permanece, e sendo esta uma representação convencional da fala, desta teremos nos documentos um reflexo que permite tirar conclusões até certo ponto seguras, no nível fônico-mórfico [...]. Do mesmo modo, se o que está escrito procura espelhar a voz e esta nos falta, pelo escrito se pode depreender, embora não integralmente, a língua no seu uso primeiro, em qualquer dos níveis em que se pode estruturá-la: fônico, mórfico, sintático, discursivo. Segundo Maia ( : 303), apesar de haver discussões sobre a relação entre grafema e fonemas, na interpretação dos textos do português antigo,

3 MARIANA M. GEMENTI A Geometria de Traços na representação das fricativas sibilantes nas Cantigas de Santa Maria 907 algumas -ou mesmo muitas- formas da língua falada escaparam na transcrição de documentos desse teor [escritos] e, através da sua análise e interpretação, muitos dados se podem obter e algumas conclusões se podem formular. É importante ressaltar que consideramos as palavras de Mattos e Silva (2006) e de Maia ( ), quando utilizamos a grafia do corpus para análise e como espelho do português falado na época trovadoresca. Maia ( : 304) salienta também que, para interpretar os textos antigos no que se refere às relações entre grafemas e fonemas, é necessário conhecer o estado fonológico da língua, estudar e conhecer as gramáticas coevas ou de épocas ligeiramente posteriores, para, então, observar o processo evolutivo da língua. Além disso, a autora afirma que muitas vezes, para esclarecer dúvidas concretas, os textos poéticos da época fornecem alguns dados, sobretudo no que se refere às formas que, pelo fato de aparecerem em rima, nos oferecem informações bastante seguras sobre aspectos da pronúncia do período arcaico. Então, considerando essa afirmação sobre as rimas, procuramos nelas as informações sobre as consoantes fricativas sibilantes no PA. 2. Corpus: Cantigas de Santa Maria As CSM foram escolhidas como corpus deste trabalho porque, além de fazerem parte do corpus do grupo de pesquisa ao qual este projeto está vinculado, são uma das fontes mais ricas do galego-português (cf. Mettmann 1986, 1988, 1989, 1972; Parkinson 1998; Leão 2002). Através da observação de textos poéticos podemos levantar questões sobre aspectos da pronúncia da língua daquele período, sobretudo com relação à prosódia. Massini-Cagliari e Cagliari (1998: 83) exemplificam esta importância quando se trata de uma análise linguística de línguas antigas: A tradição da análise poética tem mostrado que a poesia pode revelar a duração das sílabas, a localização do acento e pausas (cesuras) e um valor melódico/rítmico de natureza acústica. As CSM são a maior coletânea medieval de poesias em louvor à Virgem Maria. Encomendadas pelo então rei de Leão e Castela, D. Afonso X 1, as cantigas medievais 1 De acordo com Filgueira Valverde (1985), Afonso X nasceu em 22 de novembro de 1221, na cidade de Toledo. Foi filho primogênito de Fernando e Beatriz Suabia e passou parte de sua infância na Galícia. Em 1246, casou-se com a princesa Yolanda e, algum tempo depois, começou seu reinado, em De acordo com Vieira (1987: 141), Afonso X teve um governo atribulado, cheio de conflitos externos e internos, que culminaram com a revolta de seu filho D. Sancho, o qual procurou apossar-se do trono, em 1282, abandonado por todos, inclusive por seu neto, D. Dinis, rei de Portu-

4 908 Gallæcia. Estudos de lingüística portuguesa e galega religiosas foram escritas na segunda metade do séc. xiii, em galego-português. A obra mariana é um documento literário, musical e artístico da mais elevada importância (Parkinson 1998: 179) e o mais rico da Idade Média (Mettmann 1986b: 7, Bertolucci Pizzorusso 2002: 142). Para Lapa (1993: iii), a coletânea afonsina é um dos mais primorosos monumentos da língua e literatura galego-portuguesa. O conjunto das cantigas afonsinas é composto por 420 poemas marianos musicados, divididos entre cantigas narrativas ou de milagres, as quais contam os feitos milagrosos da Virgem Santa Maria, a respeito de ajuda com enfermidades, socorro e perigos, ou também na ajuda às decisões do Rei D. Afonso X, e cantigas líricas, de louvor à Virgem Maria como auxiliadora, mediadora e interventora (Bertolucci Pizzorusso 2002: 143). As CSM encontram-se distribuídas em quatro manuscritos provenientes do final do séc. xiii. Segundo Parkinson (1998, p. 180), dos quatros manuscritos, o menor e o mais antigo é o códice de Toledo (To), o mais rico em conteúdo artístico é o códice rico de El Escorial (T), que, juntamente com o códice de Florença (F), formam os chamados códices das histórias, e o mais completo é o códice dos músicos de El Escorial (E). Schaffer (2000: 207) afirma que o códice de To é o único que foi terminado, os demais (T, F e E) estão inacabados. Todas as CSM são escritas em galego-português e quase todas contêm notação musical, acompanhadas por pautas musicais que eram cantadas 2. A autoria é atribuída geralmente a Afonso X, o Rei Sábio, porém, a autoria do total das cantigas pelo rei é contestada por diversos estudiosos. Além da notação musical, as cantigas contêm, também, iluminuras - desenhos miniaturizados que representam o conteúdo que está sendo narrado na respectiva cantiga. Mongelli (2009: 287) considera o repertório afonsino um dos mais esplêndidos documentos musicográficos da Idade Média. Sobre o assunto, Bertolucci Pizzorusso (2002: 144) salienta que a coletânea das cantigas trovadorescas é uma obra para ser vista e ouvida, na qual uma milagrística por imagens junta-se à milagrística em versos. Há um perfeito equilíbrio entre texto, melodias e pintura e, assim, Mettmann (1986b: 8) afirma que as CSM ocupam um lugar privilegiado na literatura medieval e revelam que, para seu principal idealizador, o Rei Afonso X, a música e a pintura não eram menos importantes do que o contar, o trovar e o rimar. Sobre esse assunto, Leão (2007: 30-31) declara: gal, acabou sendo socorrido pelo rei mouro de Marrocos. O Rei Sábio morreu em Sevilha, em 4 de abril de 1284, aos 63 anos, tendo sido rei até sua morte. Durante todo esse período, sua figura está no centro da atividade poética ibérica do século xiii (Bertolucci Pizzorusso 2002: 37). 2 O códice de Firenze não contém notação musical, apenas o espaço destinado a colocá-la posteriormente; mas infelizmente, isto nunca chegou a acontecer.

5 MARIANA M. GEMENTI A Geometria de Traços na representação das fricativas sibilantes nas Cantigas de Santa Maria 909 Conforme se reconhece hoje, os textos, as iluminuras e as notações musicais, em conjunto, fazem das Cantigas de Santa Maria uma das mais ricas de toda a Idade Média - o que justifica que tenha sido caracterizada por Menéndez y Pelayo como a Bíblia estética do século xiii. Após o conteúdo exposto, podemos reforçar o argumento de que a escolha das CSM como corpus deste trabalho é muito pertinente, pois representam a linguagem dos trovadores e os costumes da época. Além disso, a obra mariana possui uma imensa riqueza lexical. Segundo Leão (2007: ), as CSM apresentam uma grande riqueza, pois não se limita à tópica amorosa como as cantigas de amigo e de amor. Pode-se observar também que a versificação das CSM é extremamente sofisticada, tanto na escolha e combinação dos metros, quanto na construção das estrofes e na disposição das rimas, deixando longe a simplicidade estrutural das cantigas de amigo e mesmo das cantigas de amor. Portanto, a obra afonsina é considerada um precioso documento linguístico e verdadeira obra de arte literária, iconográfica e musical, e também uma valiosafonte histórica para o conhecimento do viver e do morrer da época. 3. Subsídios teóricos A análise do sistema consonantal do Português Arcaico, especialmente no que concerne às fricativas sibilantes, foi embasada nas teorias fonológicas não lineares, especialmente nos modelos de Geometria de Traços (Clements / Hume 1995). A abordagem inicial dos dados, para estabelecer se havia ou não oposição entre os sons representados pelos grafemas focalizados, foi tomada a partir do modelo estruturalista de Pike (1947a, 1947b). 4. Procedimentos metodológicos A metodologia utilizada baseia-se na observação da possibilidade (ou não) de variação gráfica na representação das consoantes e na consideração da possibilidade (ou não) de rima entre palavras específicas para determinar sua possível realização fonética naquela época. Faz parte dos procedimentos metodológicos de nossa pesquisa a consulta a glossários e dicionários do português medieval, a fim de auxiliar no mapeamento das ocorrências nas cantigas medievais. Dentre os glossários e dicionários utilizados, citamos: o glossário de Mettmann (1972) e o rimário de Betti (1997).

6 910 Gallæcia. Estudos de lingüística portuguesa e galega As ocorrências de cada grafema específico representativo de consoantes fricativas no PA foram quantificadas de acordo com a posição em que ocorrem na sílaba (onset ou coda). Abaixo, como ilustração, apresenta-se um exemplo dos procedimentos de mapeamento dos dados propostos para esta pesquisa. O exemplo citado é um fragmento da Cantiga de Santa Maria de número nove (CSM 9). As palavras que possuem fricativas serão grafadas em negrito: (1) Cantiga 9 O monge da dona non foi connoçudo, onde prazer ouve, e ir-se quisera; logo da capela u era metudo non viu end a porta nen per u veera. Por que non leixamos. contra ssi dizia, e sen demorança, esta que conpramos, e Deus tiraria nos desta balança? Por que nos ajamos [...] Conforme podemos observar abaixo, depois de mapeadas as ocorrências das fricativas, foram elaborados quadros, nos quais os grafemas foram divididos entre onset (início e meio de palavra) e coda (meio e fim de palavra); assim, pudemos observar e quantificar todas as ocorrências das fricativas sibilantes nas CSM. Os resultados das ocorrências serão analisados tanto quantitativa, quanto qualitativamente. CANTIGAS DE SANTA MARIA Consoantes Sibilantes Quantidades Percentual ( ) Onset ,00 % Coda ,00 % Total ,00 % Quadro 1. Quantificação das ocorrências das consoantes fricativas sibilantes mapeadas nas CSM Após o levantamento quantitativo, os dados foram analisados com base na variação dos grafemas representativos de cada fonema, visando estabelecer as relações entre letras e sons, para as fricativas, naquele período específico da língua.

7 MARIANA M. GEMENTI A Geometria de Traços na representação das fricativas sibilantes nas Cantigas de Santa Maria Análise dos dados Na posição de onset, observamos que os segmentos representados pelos grafemas <s>, <z>, <c>, <ç> e <ss> estão em oposição fonológica. No caso, o grafema <ss> está em oposição com <s> no contexto intervocálico, já os grafemas <c> e <ç> representam o mesmo som, não estando em oposição. Exemplo disso é a configuração das rimas da vigésima CSM. 3 (2) Cantiga 20 Virga de Jesse, 2 quen te soubesse 3 loar como mereces, 4 e sen ouvesse 5 per que dissesse 6 quanto por nos padeces! 7 Na cantiga acima, podemos observar que o grafema <ss> não rima com <c> diante de <e>. O grafema <ss> só rima com o que está grafado com <ss>. Algo semelhante acontece com o grafema <c>, que só rima com o que está grafado com <c> e <ç>. No terceiro e sexto versos ocorre o acréscimo, no final da palavra, de um <s>, como em mereces e padeces que, por sua vez, rimam entre si. Na posição de onset da rima, ocorre a oposição entre a fricativa sonora e surda, de modo semelhante ao que ocorre na posição de onset em outros contextos. No mesmo contexto, por exemplo, diante de vogal, a letra <z> representa o som de /z/ e as ocorrências das letras <s> e <ss> representam a realização do fonema /s/, como ocorre em meio de palavra em posição de onset. Como podemos observar no exemplo (3), abaixo, pobreza rima com requeza, em que <z> representa o som de /z/. (3) Cantiga 75 Omildade con pobreza 4 que a Virgen corõada, 5 mais d orgullo com requeza 6 é ela mui despegada. 7 Já os exemplos em (4) mostram que palavras com sibilantes grafadas com <c, ç, z> podem rimar entre si, porém não rimam com palavras grafadas com <s, ss>. Este fato comprova que, muito provavelmente, esses grafemas representam uma fricativa diferente de /s/, talvez uma dental /θ/. 3 Segundo Mettmann (1986a), na Cantiga 20, o sistema rimário é constituído por: AABAAB. As sílabas finais, em posição de rima, trazem no onset o som [s], representado ora por <ss> ora por <c>.

8 912 Gallæcia. Estudos de lingüística portuguesa e galega (4) Cantiga 28 Onde daquesta razon 5 un miragre vos quero 6 contar mui de coraçon 7 que fez mui grand e fero 8 a Virgen que nin á par, 9 que nin quis me perdudo 10 foss o poboo qu eguardar 11 avia, nen vençudo. 12 Todo logar mui ben pode seer deffendudo 13 Cantiga 65 Respos a Virgen con paravoas doces; 170 Vay ora mui quedo e non t alvoroçes; 171 e o que t escomungou, se o connoçes, 172 chama-o ante mi, e serás soltado. 173 A creer devemos que todo pecado 174 Na posição de coda, encontramos diferentes grafias de uma mesma palavra como podemos observar no quadro 2: Cantigas CSM Grafias prez (CSM 5-128) significa preço pres (CSM 5-160) refere-se ao verbo prender fis (CSM 5-181) significa certo, seguro fiz (CSM 5-8) e fix (CSM ) referem-se ao verbo fazer quis (CSM 4-83) refere-se ao verbo querer e/ou ao pronome indefinido cada um quix (CSM 84-8) refere-se ao verbo querer diz (CSM 9-135) refere-se ao verbo dizer dix (CSM 148-8) -refere-se ao verbo dizer Quadro 2. Diferentes realizações gráficas na posição de coda nas CSM Gementi (2013: 125) demonstra que nas CSM, apesar de os significados das palavras se alterarem, não havia oposição fonológica na posição de coda, pois não foram encontrados pares mínimos que indicassem oposição, conforme se pode observar no exemplo seguir: (5) Cantiga 5 E desto vos quer eu ora contar, segund a letra diz, 5 un mui gran miragre que fazer quis póla Enperadriz 6

9 MARIANA M. GEMENTI A Geometria de Traços na representação das fricativas sibilantes nas Cantigas de Santa Maria 913 de Roma, segund eu contar oý, per nome Beatriz, 7 Santa Maria, a Madre de Deus, ond este cantar fiz, 8 que a guardou do mundo, que lle foi mal joyz, 9 e do demo que, por tentar, a cuydou vencer. 10 Quenas coitas deste mundo ben quiser sofrer 11 [ ] Per nulla ren que ll o Emperadr dissesse, nunca quis 180 a dona tornar a el; ante lle disse que fosse fis 181 que ao segre non ficaria nunca, par San Denis, 182 nen ar vestiria pano de seda nen pena de gris, 183 mas hũa cela faria d obra de Paris, 184 u se metesse por mays o mund avorrecer. 185 Quenas coytas deste mundo ben quiser soffrer 186 Cantiga 124 Un crerigo mi aduzede, a que diga quanto fix 35 de mal, de que peẽdença de meus pecados non prix. 36 E pois ll esto feit ouveron, diss : Amigo, sempr eu quix 37 Neste exemplo, encontram-se, na posição focalizada, finalizadas por grafemas representativos de consoantes fricativas, as palavras fiz, fis e fix. Observamos que entre as palavras destacadas no exemplo acima não ocorre diferença fonológica, mas há diferença de significado. A palavra fis é um adjetivo, e significa certo, seguro (Mettmann 1972: 147), enquanto as grafias fiz e fix referem-se ao verbo fazer, na 1ª pessoa do singular. As diferentes realizações escritas (<s>, <z> e <x>) poderiam indicar algumas variantes fonéticas. Por exemplo, poderíamos achar uma diferença de sonoridade entre (<s> e <z>) ou uma diferença de articulação entre <s>/<z> (fricativa alveolar) e <x> (fricativa alveopalatal). Levantamos a hipótese inicial de que as letras correspondem a um arquifonema fricativo /S/. Como no corpus das CSM não aparece qualquer fricativa alveopalatal em posição de coda, concluímos que a letra <x> não corresponde a uma fricativa alveopalatal. Verificou-se que a diferença de sonoridade entre <s> e <z> só tem sido atestada em posição de onset e não na posição de coda silábica, por isso, a pronúncia mais provável é [fis] e a representação fonológica é /fiʃ/ (Gementi 2013: 125). Além disso, em Gementi (2013: 125), argumentou-se que as diferentes realizações gráficas poderiam estar ligadas ao contexto em que estão inseridas, ou seja, no contexto de coda final em que todos os versos da estrofe apresentam o grafema <s>, a palavra fis está escrita com <s> como em quis, Denis, gris, Paris, para ressaltar a rima. O mesmo ocorre com o grafema <z>, como em diz, Enperadriz, Beatriz, joyz, e com o grafema <x>, como em prix, quix. A realização gráfica das palavras que apresentam

10 914 Gallæcia. Estudos de lingüística portuguesa e galega os grafemas <s>, <x> ou <z> em posição de coda final depende do contexto em que está inserida para compor a rima da estrofe. Como pode ser comprovado, na posição de onset, há oposição fonêmica entre /s/ e /z/ e entre /ʃ/ e /ʒ/. Traços s z ʃ ʒ Consonantal Sonoro Nasal Contínuo Labial Coronal Anterior Distribuído Dorsal Quadro 3. Matriz dos traços das consoantes Todas essas consoantes são plenamente especificadas na posição de onset. Na matriz e na árvore que definem os segmentos, os traços distintivos são apresentados com os valores + ou -. Os quatro segmentos são consonantais, contínuos e coronais. Dois deles são anteriores e dois são distribuídos. Dois deles são sonoros e dois deles são surdos. Desse modo, todos os segmentos são plenamente especificados uns em oposição aos outros. A representação na forma de árvore, abaixo, mostra a configuração de traços dessas consoantes: (6)

11 MARIANA M. GEMENTI A Geometria de Traços na representação das fricativas sibilantes nas Cantigas de Santa Maria 915 Assim como ocorre no Português Brasileiro (PB) atual, as fricativas do português arcaico são apenas seis: /s/, /z/, /ʃ/, /ʒ/, /f/ e /v/ 4. Em termos da geometria de traços, as fricativas da coda do português medieval são quatro ([s], [z], [ʃ], [ʒ]), definidas como [+cons], [+cont], [+cor], [-nas] e [-lab]. Essas quatro fricativas se distribuem em dois grupos, um [cor] [ant] ([s] e [z]) e outro [cor] [dist] ([ʃ] e [ʒ]). As fricativas também se opõem quanto ao vozeamento [+voice]: [z] e [ʒ]; [-voice]: [s] e [ʃ]. Na posição de coda, não há oposição entre os quatro segmentos fricativos apresentados anteriormente. Temos, então, um caso de neutralização da oposição verificada na posição de onset, que, na abordagem da geometria de traços, pode corresponder a um caso de subespecificação. Os valores negativos ficam de fora, ou seja, ficam subespecificados, por serem de alguma forma redundantes, uma vez que a fonologia da geometria de traços trabalha com o limite máximo de eliminação das redundâncias, próprio do modelo de subespecificação (Cagliari 1997: 18). A árvore que define a posição de coda é simplificada, porque os traços relativos ao vozeamento e ao ponto de articulação são neutralizados. No lugar das quatro fricativas surge um arquifonema, cuja especificação fonológica é ser apenas [+cons], [+cont], como podemos ver na representação: (7) Na posição de coda, a consoante já é simplificada na forma de base, como pode ser visto no exemplo (8), com a representação da consoante [s]. Vale lembrar que nas demais consoantes, isso ocorre de forma semelhante. (8) 4 Considera-se que as fricativas dentais e alveolares (ou apicoalveolares, conforme classificam Lindley Cintra (1984), Gonçalves (1985) e Maia (1997) não se encontram em oposição no PA, sendo, portanto, realizações fonéticas de dois fonemas fricativos, desvozeado e vozeado, que, nesta dissertação, são representados por /s, z/.

12 916 Gallæcia. Estudos de lingüística portuguesa e galega Portanto, verifica-se que, no PA, acontece com as fricativas em posição de coda o mesmo que Cagliari (1997: 60) já verificara para o PB: No Português, a fricativa alveolar, que ocupa a posição de Coda, é um arquifonema não especificado quanto à sonoridade e ao traço [±ant]. A sonoridade depende da consoante que ocupa a posição de Onset na sílaba imediatamente seguinte. O traço anterior é definido em função do dialeto. Assim, no dialeto carioca, e em alguns outros ocorre o alofone palatoalveolar e nos demais, ocorre o alofone alveolar. Dependendo do dialeto do português brasileiro, o arquifonema /S/ se realizará foneticamente como uma fricativa alveolar ([+cor] [+ant]) ou palatoalveolar ([+cor] [+dist]). A sonoridade virá através do espraiamento do segmento seguinte (Cagliari 1997: 33), como podemos ver abaixo: (9) Dado o fato de que ocorria no PA o mesmo tipo de neutralização entre as fricativas na coda que se verifica em PB, pode ser que, já naquela época, se verificasse o processo de espraiamento do vozeamento descrito acima. No PB atual, a posição consonantal final de sílaba, ou seja, a coda, é preenchida não apenas pelas fricativas indicadas acima, mas também por outras consoantes. A esse respeito, Cagliari (1997: 34) diz que: É importante constatar que os elementos /N, L, R, S/ representam grandes classes de modo de articulação de uma consoante: nasal, lateral, vibrante, fricativa. Há líquidas: /L, R/, sonorantes (vozeamento intrínseco), /N, L, R/ e um segmento tipicamente surdo /S/. Além disto, todos são coronais (em princípio, embora não estejam definidos quanto ao lugar de articulação na forma básica). Neste quadro, pode-se entender melhor por que, na Geome-

13 MARIANA M. GEMENTI A Geometria de Traços na representação das fricativas sibilantes nas Cantigas de Santa Maria 917 tria de Traços, é preferível interpretar as laterais como [+cont] e as vibrantes como [-cont]. Estas últimas seriam uma espécie de oclusivas múltiplas que se realizam na mesma duração de uma consoante qualquer da língua (embora, no caso do tepe, o que se encontra é um segmento muito mais breve do que qualquer outra consoante). 6. Considerações finais Ao final desta análise, pode-se concluir que, embora haja dúvidas quanto às possibilidades de realizações fonéticas das fricativas em posição de onset (cf. 134 dentais, apicoalveolares ou alveolares) e em posição de coda no PA, do ponto de vista fonológico, pode-se verificar que o sistema consonantal da época, no que concerne às fricativas, já se encontrava estabilizado da mesma maneira que se apresenta até os dias de hoje no PB, ou seja, com oposições no início da sílaba, que se neutralizam, a partir de segmentos subespecificados, no travamento silábico. É importante ressaltar que este trabalho, além de trazer informações sobre a realização das sibilantes no PA, traz reflexões sobre a relação que se pode estabelecer entre a forma fonética, a fonológica e a ortográfica. Além disso, mostra como é possível obter resultados satisfatórios a partir da relação entre letras e sons com relação às grafias possíveis da lírica medieval. Para finalizar, podemos afirmar que este estudo contribuiu para compreendermos parte da história do português, partindo da análise da descrição fonológica das fricativas sibilantes do PA. Constatamos que, através de estudos do passado da língua portuguesa, podemos ter um maior entendimento da estrutura do português atual e da identidade dos falantes desta língua. referências BIBLIOGRÁFICAS Bertolucci Pizzorusso, Valeria (2002): Afonso X, em Giulia Lanciani. / Giuseppe Tavani (orgs.), Dicionário da literatura medieval galega e portuguesa. Lisboa: Caminho, e Betti, Maria Pia (1997): Rimario e Lessico in Rima delle Cantigas de Santa Maria di Alfonso X di Castiglia. Pisa: Pacini Editore. Cagliari, Luiz Carlos (1998a): Fonologia do Português: análise pela Geometria de Traços. Campinas: Edição do Autor. Cagliari, Luiz Carlos (1998b): A escrita do português arcaico e a falsa noção de ortografia fonética, em Thomas Foster Earle (org.), Actas do V Congresso da Associação Internacional de Lusitanistas. Coimbra: AIL,

14 918 Gallæcia. Estudos de lingüística portuguesa e galega Cagliari, Luiz Carlos (1997): Fonologia do Português: análise pela Geometria de Traços e Traços e pela Fonologia Lexical. Campinas: Edição do autor. Clements, George Nick / Elizabeth V. Hume (1995): The internal organization of speech sounds, em John A. Goldsdmith, The handbook of Phonological Theory. Cambridge MA / Oxford UK: Blackwell, Filgueira Valverde, Xosé (1985): Introducción, em Alfonso X el Sabio, Cantigas de Santa María: Códice Rico de El Escorial. Madrid: Castalia, XI-LXIII. Gementi, Mariana Moretto (2013): Estudo das sibilantes nas Cantigas de Santa Maria. Dissertação de Mestrado. Araraquara: FCL / UNESP. Gonçalves, Elsa ( ): Apresentação crítica, em Elsa Gonçalves / Maria Ana Ramos, A Lírica Galego- Portuguesa (Textos Escolhidos). Lisboa: J. A. Rosado Flores, Lapa, Manuel (1993): Introdução, em Afonso X, o Sábio, Cantigas de Santa Maria editadas por Rodrigues Lapa. Lisboa: Imprensa Nacional, iii-viii. Leão, Ângela Vaz (2007): Cantigas de Santa Maria, de Afonso X, o Sábio: aspectos culturais e literários. Belo Horizonte: Veredas & Cenários. Leão, Ângela Vaz (2002): Questões de linguagem nas Cantigas de Santa Maria, de Afonso X, o Sábio, em Ensaios Associação Internacional de Lusitanistas. (17/01/2005). Lindley Cintra, Luis F. (1984): A Linguagem dos Foros de Castelo Rodrigo. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda. Maia, Clarinda de Azevedo ( ): História do Galego-Português. Coimbra: Fundação Calouste Gulbenkian / Junta de Investigação Científica e Tecnológica. [Reimpressão da edição do INIC, 1986.] Massini-Cagliari, Gladis (1998): Quantidade e duração silábicas em português. D.E.L.TA, vol. 14, Mattos e Silva, Rosa Virgínia (2006): O português arcaico: fonologia, morfologia e sintaxe. São Paulo: Contexto. Mettmann, Walter (ed.) (1989): Alfonso X, el Sabio. Cantigas de Santa Maria (Cantigas 261 a 427), III. Madrid: Castalia. Mettmann, Walter (ed.) (1988): Alfonso X, el Sabio. Cantigas de Santa Maria (Cantigas 101 a 260), II. Madrid: Castalia. Mettmann, Walter (ed.) (1986): Alfonso X, el Sabio. Cantigas de Santa Maria (Cantigas 1 a 100), I. Madrid: Castalia. Mettmann, Walter (ed.) (1972): Glossário, em Afonso X, O Sábio. Cantigas de Santa Maria, IV. Coimbra: Universidade, Mongelli, Lênia Márcia (2009): Fremosos cantares: antologia da lírica medieval galego -portuguesa. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes. Parkinson, Stephen (1998): As Cantigas de Santa Maria: estado das cuestións textuais, em Anuário de Estudios Literarios Galegos, Pike, Kenneth (1947a): Phonemics: A technique for reducing languages to writing. Ann Arbor: The University of Michigan Press.

15 MARIANA M. GEMENTI A Geometria de Traços na representação das fricativas sibilantes nas Cantigas de Santa Maria 919 Pike, Kenneth / Eunic Pike (1947b): Immediate constituents of Mazateco syllables, International Jounal of Applied Linguistics, Schaffer, Martha E. (2000): The Evolution of the Cantigas de Santa Maria: The Relationships between Manuscripts T, F and E, em Stephen Parkinson (ed.), Cobras e Son: Papers on the Text Music and Manuscripts of the Cantigas de Santa Maria. Oxford: Legenda / University of Oxford, Vieira, Yara (1987): Afonso X, em Yara Vieira (org.), Poesia medieval: literatura portuguesa. São Paulo: Global,

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