Universidade Federal de Rondônia Curso de Agronomia Fruticultura II

Transcrição

1 Universidade Federal de Rondônia Curso de Agronomia Fruticultura II Bananicultura Emanuel Maia lahorta.acagea.net Apresentação Aspectos botânicos Exigências edafoclimáticas Cultivares Implantação Tipos de mudas Adubação Irrigação Tratos culturais Principais pragas e doenças Colheita e pós-colheita

2 Aspectos botânicos Gênero: Musa Espécies Musa acuminata (AA) Musa balbisiana (BB) Cultivares comerciais Ocorrência de partenocarpia em M. aculminata Cruzamentos espontâneos entre os gêneros Formação de híbridos triplóides e tetraplóides Mutações somáticas

3 Aspectos botânicos Morfologia Planta herbácea completa: raízes, caule, folhas, flores, frutos e sementes

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6 Exigências edafoclimáticas Temperatura ideal: 26ºC Faixa de cultivo: 15-35ºC Temperaturas abaixo de 12ºC -> danos irreversíveis Ventos Fedilhamento das folhas, redução produtividade e tombamento de plantas Solos ph= 4,5-7,0 Disponibilidade mm mensais Profundos e textura média Cultivares

7 Cultivares Níveis cromossômicos Diplóides (22), triplóides (33) e tetraplóides (44) Grupos genômicos Caracterizados pelas letras (A ou B), conforme a origem Subgrupos Cavendish, Gros Michael, Prata, Terra, Figo Grupo genômico Subgrupo Cultivares AA - Ouro AAA - Caipira AAA Cavendish Nanica, Nanicão, Grand Naine AAA Gros Michael Gros Michael, Highgate AAB - Maçã AAB Prata Prata, Pacovan, Prata anã AAB - Mysore AAB Terra Terra, Terrinha, Pacovan, D Angola AAB Figo Figo Vermelha, Figo cinza AAAB - Pioneira, FHIAs

8 Cultivares recomendados pelo CPAA - Embrapa Fonte: Pereira et al (2002) Características de cultivares de bananeira resistentes a Sigatoka Negra Cultivares Reação às doenças Sigatokanegra Mal-do- Panamá Tipo do fruto* Peso médio do cacho no 1 o ciclo(kg) Resistência ao despencamento Caipira AR¹ R Ouro 14 Alta Thap Maeo R R Maçã 18 Muito alta Prata Zulu AR S Prata² 20 Muito alta FHIA 18 AR S Prata 21 Baixa FHIA 01 AR R Prata 23 Baixa FHIA 02 AM R R Nanicão 21 Baixa Pelipita R R Figo³ 20 Muito alta Prata Ken AR R Prata 20 Alta *Com relação ao formato e sabor. Fonte: Pereira & Gasparotto (2001). ¹AR - Altamente resistente; R - Resistente; S Suscetível; ²Prata Zulu Fruto tipo Prata com sabor agridoce; ³Frutos tipo Figo ou Marmelo.

9 Implantação Preparo do solo Preparo convencional Locação talhões Facilidade no transporte após a colheita Covas ou sulcos Espaçamento e densidade Afeta: Ciclos de produção Produção (t/ha) Rendimento (t/ha/ano) Qualidade do fruto

10 Espaçamentos Porte Exemplos Espaçamentos 1 Baixo Nanica 2,0 x 2,0 e 2,5 x 2,0 Médio Prata Anã e Nanicão 2,5 x 2,5; 3,0 x 2,0; 4,0 x 2,0 Alto Prata e Pacovan 3,0 x 3,0 e 4,0 x 3,0 1 Entre linha e entre planta, respectivamente Densidades

11 Tipos de mudas Micropropagadas Rizoma inteiro Chifrinho: até 1,5 kg Cifre: 1,5 a 2,5 kg Chifrão: mais de 2,5 kg Pedaço de rizoma Frações do rizoma entre 0,4 a 1,2 kg

12 Empresas: Fonte: Multiplanta Adubação V = 60-70% Adubação plantio Cobertura primeiro ciclo Cobertura após primeiro ciclo Exigências Macronutrientes: K>N>Ca>Mg>S>P Micronutrientes:Cl>Mn>Fe>Zn>B>Cu

13 Adubação plantio Fertilidade Dose P 2 O 5 (g/cova) Dose K 2 O (g/cova) Baixa Média Alta Complementação por cova: Esterco bovino 20 litros 2 g de zinco 1 a 2 g de boro Adubação cobertura 1º ciclo K 2 O (g/cova) Época de parcelamento Disponibilidade de K Baixa Media Alta N (g/cova) Pegamento da muda Dois meses após Aparecimento inflorescência Total

14 Adubação após 1º ciclo K 2 O (g/cova) P 2 O 5 (g/cova) Época de parcelamento Disponibilidade de K Disponibilidade de P Baixa Media Alta Baixa Media Alta N (g/cova) Colheita da mãe Dois meses após Total

15 Amostragem foliar Amostragem foliar

16 Irrigação Pode-se empregar qualquer método Reduz a sazonalidade de produção Melhora as qualidades dos frutos Aumento significativo na produção Demanda de mm/mês Fonte: Braga Filho et al (2008) Manejo do mato Efeitos de diferentes formas de manejo do mato sobre componentes de produção em bananeiras Terra (médias de 1º e 2º ciclos), Nazaré, BA. Fonte: Cintra (1988) Tratamento Massa cacho (kg) Nº frutos Nº pencas Prod. (t/ha) Cob. Morta 38,1 a 128,1 a 8,7 a 42,3 a Feijão de porco 16,5 b 90,0 b 7,1 b 18,3 b Capina 14,8 b 91,3 b 7,1 b 16,4 b

17 Manejo das plantas Desbrota Desfolha Despistilagem Eliminação do coração e desbaste de pencas Ensacamento dos cachos Escoramento das plantas Rebaixamento do pseudocaule Desbrota Principal manejo aplicado a bananeira Objetivo: reduzir a competição entre o cacho e os perfilhos por reservas Consiste em remover o excesso de perfilhos laterais Sistema mais empregado: Mãe, filha e neta Realizada quando os perfilhos estiverem com altura entre 0,2 0,4 m (4, 6 e 10 meses, para as cultivares do subgrupo Cavendish)

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19 Lurdinha

20 Ciclo para o sudeste Desfolha Retirada de folhas secas, com grande parte da superfície necrosada ou pecíolo quebrado É uma operação realizada de 3 4 vezes por ano Objetivo: reduzir danos causados aos cachos e/ou reduzir incidência de pragas e doenças Utiliza-se uma foice em u retirada das folhas e de baixo para cima

21 Despistilagem Retirada dos restos florais remanescentes Ex.: Nanica Objetivo: melhorar o aspecto visual, evitar que os pistilos mumificados danifiquem os frutos, bananeira e de tripes. Pode ser realizada assim que cesse a emissão de pencas femininas Se realizado após a colheita fazer em tanque com água e detergente para evitar que o látex manche os frutos favorecer o controle da traça da Eliminação coração e desbaste de pencas Eliminação do coração, objetivo: melhor controle da traça e de tripes Quebra da ráquis masculina cm manual ou com instrumento (limpo) Desbaste de pencas, objetivo: favorece o crescimento e uniformidade das pencas remanescentes Retirada da ultima e penúltima penca deixando um fruto Evitar a morte ou apodrecimento da ráquis

22 Ensacamento dos cachos Envolvimento dos cachos com filmes plásticos Polietileno de baixa densidade, perfurado Objetivos Redução do período entre a emissão da inflorescência e da colheita do cacho Proteção contra danos mecânicos e ataques de pragas Melhor aspecto visual das pencas Realizado após a retirada do coração e desbaste das pencas Escoramento das plantas Objetivo Evitar que as plantas tombem Realizado com bambus ou fitas plásticas

23 Rebaixamento do pseudocaule Permite a translocação das reservas remanescentes da mãe colhida para a filha Deixar os pseudocaules com 1,2 a 1,5 m Efeito por cerca de 60 dias Não recomendado em locais com ataque de broca do rizoma Neste caso deve-se reduzir ao máximo o tamanho dos restos da planta para favorecer a decomposição