ADVOGADO(A) : DR.(a) GEOVANDE A. BRITO CARVALHO,RAQUEL DOURADO MOITINHO,GEOVANDE A. BRITO CARVALHO,RAQUEL DOURADO MOITINHO

Transcrição

1 TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA BAHIA TURMAS RECURSAIS CÍVEIS E CRIMINAIS SEGUNDA TURMA - CÍVEL E CRIMINAL PROCESSO Nº 633/ Cível RECORRENTE: MANOEL TEIXEIRA SALES, IZABEL TELES DE SOUZA ADVOGADO(A) : DR.(a) GEOVANDE A. BRITO CARVALHO,RAQUEL DOURADO MOITINHO,GEOVANDE A. BRITO CARVALHO,RAQUEL DOURADO MOITINHO RECORRIDO: REAL PREVIDENCIA E SEGUROS S/A ADVOGADO (A): DR.(A) ROSEMBERGUE FENELON MEIRA CORDEIRO RELATOR (A): JUIZ(A) SANDRA INÊS MORAES RUSCIOLELLI AZEVEDO 1 / 5

2 EMENTA: DEFESA DO CONSUMIDOR. AÇÃO DE COBRANÇA DA DIFERENÇA DO SEGURO OBRIGATÓRIO (DPVAT). PRESCRIÇÃO CORRETAMENTE DECLARADA. EVENTO ANTERIOR À ENTRADA EM VIGOR DO NOVO CÓDIGO CIVIL, SEM SE VERIFICAR A METADE DO PRAZO PRESCRICIONAL DA LEI ANTERIOR (10ANOS). APLICAÇÃO DA REGRA DE TRANSIÇÃO. ACERTO DA DECISÁO DE PRIMEIRO GRAU. RECURSO IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA PELOS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. Com a entrada em vigor do novo Código Civil, o prazo prescricional para reclamação de seguro obrigatório que antes era vintenário (o mesmo estabelecido para as ações pessoais), passou a ser de 03 anos.. Outrossim, de conformidade com as regras de direito intertemporal e como forma de resguardar o princípio da irretroatividade, dogma constitucional, o novo prazo prescricional passou a fluir na data da entrada em vigor do novo Código, segundo a regra do seu art ACÓRDÃO Realizado Julgamento do Recurso do processo acima epigrafado. A SEGUNDA TURMA, composta dos Juízes de Direito, AURELINO OTACILIO PEREIRA NETO, MOACIR REIS FERNANDES FILHO, SANDRA INÊS MORAES RUSCIOLELLI AZEVEDO, decidiu, à unanimidade de votos, NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO, mantendo-se integralmente a sentença recorrida pelos próprios fundamentos. Sem ônus sucumbenciais. Salvador, Sala das Sessões, em 27 de novembro de JUIZ(A) AURELINO OTACILIO PEREIRA NETO Presidente JUIZ(A) SANDRA INÊS MORAES RUSCIOLELLI AZEVEDO Relator(a) 2 / 5

3 SEGUNDA TURMA RECURSAL. RECURSO No 633/2006 RECORRENTES: MANUEL TEIXEIRA SALES E ISABEL TELES DE SOUZA RECORRIDO: RELATORA: SANDRA INES MORAES RUSCIOLELLI AZEVEDO EMENTA : DEFESA DO CONSUMIDOR. AÇÃO DE COBRANÇA DA DIFERENÇA DO SEGURO OBRIGATÓRIO (DPVAT). PRESCRIÇÃO CORRETAMENTE DECLARADA. EVENTO ANTERIOR À ENTRADA EM VIGOR DO NOVO CÓDIGO CIVIL, SEM SE VERIFICAR A METADE DO PRAZO PRESCRICIONAL DA LEI ANTERIOR (10ANOS). APLICAÇÃO DA REGRA DE TRANSIÇÃO. ACERTO DA DECISÁO DE PRIMEIRO GRAU. RECURSO IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA PELOS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. Com a entrada em vigor do novo Código Civil, o prazo prescricional para reclamação de seguro obrigatório que antes era vintenário (o mesmo estabelecido para as ações pessoais), passou a ser de 03 anos.. Outrossim, de conformidade com as regras de direito intertemporal e como forma de resguardar o princípio da irretroatividade, dogma constitucional, o novo prazo prescricional passou a fluir na data da entrada em vigor do novo Código, segundo a regra do seu art RELATÓRIO Cuida-se de recurso interposto pela, contra a sentença que decretou a prescrição da pretensão deduzida na inicial, obstaculizando-lhe o recebimento de diferença de seguro obrigatório DPVAT, devido pela morte de familiar em razão de acidente automobilístico Em suas razões recursais, analisa questões de fato e de direito, invocando-as para respaldar o seu pedido de 3 / 5

4 reforma da decisão de primeiro grau. O recorrido ofertou contra-razões, onde postula a manutenção da sentença. O recurso é tempestivo e foi devidamente preparado. VOTO Da análise da documentação acostada aos autos, verifica-se que em razão do acidente automobilístico que vitimou familiar do recorrente. Recebeu-se a indenização dita parcial no dia 29/ Ocorre, no entanto, que a presente demanda somente foi aforada em 26/05 /2006, mais de quatro anos após o recebimento da indenização. A prescrição, antes vintenária, com a entrada em vigor do novo Código Civil passou a ser de 03 anos. Em respeito às regras de direito intertemporal e ao princípio da irretroatividade, o novo prazo não regularia os eventos com prazo superior a 10 anos, de sorte que os demais resultaram submetidos ao novo código. No caso, prescreveu em janeiro de 2006 o direito do recorrente de exigir qualquer diferença do seguro, daí já fulminada pela prescrição a pretensão que deduziu em maio do mesmo anos. A sentença vergastada, no entanto, não merece censura, porque conduziu o melhor direito, devendo ser mantida pelos próprios fundamentos, caso em que servirá de Acórdão a Súmula do julgamento, a teor do art. 46 da Lei 9.099/95, segunda parte. `` O julgamento em segunda instancia constará apenas da ata, com indicação suficiente do processo sucinta e dispositiva. Se a sentença for confirmada pelos seus próprios fundamentos, a súmula do julgamento servirá de acórdão``. 4 / 5

5 Com essas razões, e buscando luzes no art do Código Civil em vigor, voto no sentido de se negar provimento ao recurso, mantendo-se integralmente a sentença recorrida pelos próprios fundamentos. Sem ônus sucumbenciais. É como voto. Salvador, Sala das Sessões, em 27 de novembro de 2007 Sandra Inês Moraes Rusciolelli Azevedo Juíza Relatora. 5 / 5