A proporção entre o vermelhão dos lábios superior e inferior influencia na estética facial de homens?

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1 CASO CLÍNICO A proporção entre o vermelhão dos lábios superior e inferior influencia na estética facial de homens? Resumo / Objetivo / O objetivo desse trabalho foi comparar a percepção estética de ortodontistas, dermatologistas e leigos frente a modificações na proporção do vermelhão dos lábios superior e inferior de três homens adultos leucodermas. / Métodos / Faces de três homens leucodermas, entre 20 e 30 anos de idade, foram fotografadas e manipuladas a fim de produzir, a partir dos lábios originais de cada um, cinco proporções distintas entre o vermelhão dos lábios superior e inferior: 1:1; 1:1,5; 1,5:1; 1:2 e 2:1. As imagens geradas foram avaliadas por ortodontistas, dermatologistas e leigos, que indicaram, por meio de escala visual analógica, o nível de atratividade de cada imagem. / Resultados / Houve concordância entre os avaliadores, que consideraram mais atrativa a proporção entre o vermelhão dos lábios superior e inferior de 1:1, sem diferença estatisticamente significativa (p > 0,05) entre os três homens. / Conclusões / A proporção entre o vermelhão dos lábios superior e inferior exerceu forte influência na estética facial masculina, sendo a proporção de 1:1 considerada a mais estética. / Palavras-chave / Lábio. Face. Estética. Ortodontia. Ana Carla de Souza Nascimento Especialista em Ortodontia, UFBA. Marcos Alan Vieira Bittencourt Professor de Ortodontia, UFBA. André Wilson Machado Professor de Ortodontia, UFBA. Como citar este artigo: Nascimento ACS, Bittencourt MAV, Machado AW. A proporção entre o vermelhão dos lábios superior e inferior influencia na estética facial de homens. Rev Clín Ortod Dental Press ago-set;13(4):20-7. Enviado em: 18/07/ Revisado e aceito: 15/02/2014 Endereço de correspondência: André Wilson Machado Av. Araújo Pinho, 62 7º Andar Canela Salvador/BA CEP: awmachado@gmail.com Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo. O(s) paciente(s) que aparece(m) no presente artigo autorizou(aram) previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais, e/ou radiografias. / 20 /

2 A proporção entre o vermelhão dos lábios superior e inferior influencia na estética facial de homens Introdução A importância que a aparência facial possui, na sociedade contemporânea, é percebida pelo aumento na demanda por tratamentos estéticos nas clínicas de saúde, inclusive por parte do público masculino. No contexto odontológico, atenção especial tem sido empregada às mudanças positivas na estética do sorriso proporcionadas pelos tratamentos ortodônticos 1-5. Atualmente, o rigor estético vem aumentando e, com isso, os objetivos foram ampliados. Alguns estudos demonstraram que o volume labial está associado com a beleza e a juventude, e os padrões estéticos atuais mostram uma tendência para lábios mais volumosos e anteriormente posicionados 6,7. Assim, além de belos sorrisos, é almejada a exposição ideal de incisivos durante a fala e a obtenção de lábios volumosos e proeminentes 8,9. O conjunto dessas características proporciona o máximo em estética e jovialidade da arquitetura dentolabial. Após observar todos esses pontos, surgem alguns questionamentos: a proporção entre o vermelhão dos lábios superior e inferior modifica a percepção da estética facial? Qual seria a proporção mais estética para o sexo masculino? Devido a importância da existência desse referencial estético, nosso objetivo foi comparar a percepção estética de ortodontistas, dermatologistas e leigos frente a modificações na proporção do vermelhão dos lábios superior e inferior de três homens adultos leucodermas. MATERIAL E MÉTODOS O presente trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Odontologia da UFBA (CAAE ). Todos os participantes foram informados dos objetivos da pesquisa e assinaram um termo de consentimento esclarecido. Os avaliadores foram instruídos sobre como realizar a avaliação e, também, assinaram um termo de consentimento esclarecido. O papel que a Ortodontia desempenha no volume labial já é conhecido na literatura e, frente às movimentações dos incisivos, é possível aumentar ou diminuir o volume do vermelhão dos lábios 8,9,10. Seguindo a mesma tendência, diversos profissionais vêm aprimorando técnicas para modificar o volume labial por meio da aplicação de agentes de preenchimento Assim, torna-se necessário o desenvolvimento de parâmetros estéticos que possam guiar a realização dos mais variados procedimentos. Se, por um lado, a literatura associa beleza e juventude a lábios volumosos, por outro, é escassa em informações científicas sobre qual seria a proporção mais estética entre os lábios superior e inferior. Essa informação é de grande valia clínica, principalmente para os profissionais que trabalham diretamente com agentes de preenchimento labial. Na literatura, existe relativa controvérsia em relação à proporção entre o vermelhão dos lábios superior e inferior ideal. Segundo Farkas et al. 16, essa proporção seria de 1:1,2, enquanto outros autores consideram 1:1,5 a proporção ideal 17,18, e ainda, a proporção de 1:2 19 também é recomendada. Outro ponto crítico é que esses dados são referentes ao sexo feminino, não existindo referenciais para o público masculino. Foram utilizadas 15 imagens, provenientes de três homens, voluntários, alunos do curso de graduação da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal da Bahia, leucodermas, entre 20 e 30 anos de idade, com comprimento médio do vermelhão dos lábios entre 16 e 24mm 20. Os indivíduos selecionados possuíam as seguintes características: ausência de assimetrias faciais evidentes, selamento labial passivo, terços faciais proporcionais e perfil reto. As fotografias faciais foram obtidas em norma frontal, com o indivíduo sentado, apresentando selamento labial passivo, utilizando-se os posicionadores auriculares de um cefalostato, com o plano horizontal de Frankfort e a linha bipupilar paralelos ao solo e o plano sagital mediano na direção do operador. Após a realização das tomadas fotográficas, as imagens foram manipuladas no programa Adobe Photoshop CS4 (Seattle, EUA). Realizou-se a mensuração do vermelhão dos lábios superior e inferior e, em seguida, o vermelhão do lábio inferior foi selecionado, separadamente, e sua medida vertical foi alterada de modo a se obter a mesma dimensão vertical do vermelhão do lábio superior, ou seja, a proporção de 1:1. A partir daí, os lábios superior e inferior foram selecionados e manipulados separadamente, obtendo-se imagens com as proporções / 21 /

3 Nascimento ACS, Bittencourt MAV, Machado AW de 1:1,5; 1,5:1; 1:2 e 2:1, entre si, respectivamente. Portanto, foram produzidas cinco imagens de cada indivíduo da amostra (Fig. 1, 2, 3). Em seguida, um álbum foi confeccionado em papel fotográfico tamanho A3, e todas as imagens foram distribuídas aleatoriamente1,2,3. As imagens foram, então, submetidas à avaliação de 25 ortodontistas, 25 dermatologistas e 25 pessoas leigas, com nível superior completo, exceto cirurgiões-dentistas e médicos. A Juntamente com o álbum, cada examinador recebeu um formulário contendo uma simulação impressa de réguas (escala visual analógica). Nessas réguas, os examinadores foram solicitados a marcar um ponto e a identificar, com a letra correspondente à imagem, o grau de atratividade associado a cada uma. A escala foi configurada apresentando uma ordem crescente de qualidade, da esquerda para a direita. A cada avaliador foi explicado que era possível marcar o ponto em qualquer região da régua, podendo-se, também, colocar duas ou mais letras em um mesmo ponto. B C Figura 1: Imagens do homem 1, descrevendo as relações entre o vermelhão dos lábios superior e inferior: A) 1:1, B) 1:1,5, C) 1,5:1, D) 1:2 e E) 2:1. D / 22 / E

4 A proporção entre o vermelhão dos lábios superior e inferior influencia na estética facial de homens A escala visual analógica1,2,3,21,22,23 possuía 10cm, estando escrito em seu extremo esquerdo MUITO RUIM, e, no direito, MUITO BOM. O centro da régua foi demarcado com um traço para que a percepção de regular fosse dada ao avaliador. A distância entre a marca feita pelo avaliador e o ponto da extrema esquerda foi medida com um paquímetro digital Zeusan (Zeusan, Campinas/SP), e serviu como medida, em milímetros, do grau de atratividade da imagem avaliada, equivalendo à nota de cada examinador1,2,3. A B Os dados de cada questionário foram compilados em uma planilha para, utilizando-se o software Minitab, versão 14 (Minitab Inc., State College, EUA), serem tratados estatisticamente. Foi utilizado o teste de Kolmogorov-Smirnov para verificar se a amostra apresentava distribuição normal. Em seguida, foi utilizado o teste ANOVA e o pós-teste de Tukey para realizar comparações entre as diferentes proporções labiais e entre os grupos de avaliadores. Para todas as análises, foi utilizado nível de significância de 5%. C Figura 2: Imagens do homem 2, descrevendo as relações entre o vermelhão dos lábios superior e inferior: A) 1:1, B) 1:1,5, C) 1,5:1, D) 1:2 e E) 2:1. D E / 23 /

5 Nascimento ACS, Bittencourt MAV, Machado AW A B C Figura 3: Imagens do homem 3, descrevendo as relações entre o vermelhão dos lábios superior e inferior: A) 1:1, B) 1:1,5, C) 1,5:1, D) 1:2 e E) 2:1. D E / 24 /

6 A proporção entre o vermelhão dos lábios superior e inferior influencia na estética facial de homens RESULTADOS A Tabela 1 mostra que a proporção considerada mais atrativa no homem 1 foi a de 1:1. Entretanto, para os dermatologistas, não houve diferença estatística entre essa e a de 1:1,5 e, para os leigos, entre essas e a de 1,5:1. A proporção de 2:1 foi a pior avaliada, com diferença estatística (p < 0,05) em relação às demais. Para o homem 2 (Tab. 2), a proporção que obteve as melhores médias foi a de 1:1, sem diferença estatística quando comparada a de 1:1,5 pelos dermatologistas e às de 1:1,5 e 1.5,1 pelos leigos. A proporção considerada menos atrativa também foi a de 2:1, embora, para os dermatologistas, não tenha havido diferença estatística quando comparada à de 1:2. A Tabela 3 mostra que a proporção considerada mais atrativa no homem 3 também foi a de 1:1, entretanto, tanto para os dermatologistas quanto para os leigos não houve diferença estatística entre essa e a de 1:1,5. A proporção de 2:1 foi, novamente, considerada a menos atrativa, não havendo diferença estatística quando comparada à de 1:2 pelos leigos. Tabela 1: Avaliação do homem 1 por ortodontistas, dermatologistas e leigos. Razão Ortodontistas (O) Dermatologistas (D) Leigos (L) Média ± D.P. Resultados* Média ± D.P. Resultados* Média ± D.P. Resultados* Diferença** 1:1 73,8 ± 18,0 A 83,4 ± 13,2 A 69,3 ± 19,4 A D > L 1:1,5 60,3 ± 26,2 B 74,1 ± 22,8 A 60,4 ± 21,5 A 1:2 29,2 ± 26,6 C 29,9 ± 17,9 C 25,1 ± 14,5 B 1,5:1 51,1 ± 24,5 B 52,5 ± 24,2 B 52,3 ± 24,5 A 2:1 7,5 ± 12,6 D 10,3 ± 14,2 D 11,1 ± 8,7 C *Faces com letras semelhantes não diferem estatisticamente umas das outras (p < 0,05). **Diferença estatística entre os grupos de avaliadores (p < 0,05). Tabela 2: Avaliação do homem 2 por ortodontistas, dermatologistas e leigos. Ortodontistas (O) Dermatologistas (D) Leigos (L) Razão Média ± D.P. Resultados* Média ± D.P. Resultados* Média ± D.P. Resultados* Diferença** 1:1 81,5 ± 12,4 A 84,4 ± 14,0 A 66,9 ± 11,4 A D,O > L 1:1,5 60,3 ± 23,7 B 74,3 ± 18,0 A 59,6 ± 15,0 A D > O,L 1:2 13,5 ± 13,0 C 19,0 ± 13,5 C 17,4 ± 13,7 B 1,5:1 50,4 ± 24,3 B 52,7 ± 26,2 B 52,9 ± 19,9 A 2:1 5,3 ± 10,0 D 11,1 ± 14,0 C 9,5 ± 8,2 C *Faces com letras semelhantes não diferem estatisticamente umas das outras (p < 0,05). **Diferença estatística entre os grupos de avaliadores (p < 0,05). Tabela 3: Avaliação do homem 3 por ortodontistas, dermatologistas e leigos. Ortodontistas (O) Dermatologistas (D) Leigos (L) Diferença** Média ± D.P. Resultados* Média ± D.P. Resultados* Média ± D.P. Resultados* 1:1 78,5 ± 13,6 A 84,8 ± 13,5 A 68,2 ± 11,3 A D,O > L 1:1,5 61,1 ± 22,4 B 76,3 ± 19,4 A 65,3 ± 23,4 A 1:2 14,2 ± 12,3 D 20,1 ± 14,3 C 14,2 ± 13,6 C 1,5:1 31,2 ± 20,2 C 42,7 ± 21,6 B 41,0 ± 18,2 B 2:1 4,1 ± 6,7 E 8,4 ± 9,8 D 10,8 ± 10,4 C L,D > O *Faces com letras semelhantes não diferem estatisticamente umas das outras (p < 0,05). **Diferença estatística entre os grupos de avaliadores (p < 0,05). / 25 /

7 Nascimento ACS, Bittencourt MAV, Machado AW Em relação aos grupos de avaliadores, as Tabelas 1 a 3 mostram que os leigos deram notas significativamente menores do que os ortodontistas e os dermatologistas, quando avaliaram a proporção de 1:1 (p < 0,05). Já na avaliação da proporção de 2:1, considerada a menos estética, os ortodontistas deram as piores notas, com diferença estatística no homem 3 (p < 0,05). DISCUSSÃO Os lábios têm grande impacto na estética da face, e os homens têm procurado, cada vez mais, tratamentos estéticos. Nos últimos anos, vários trabalhos vêm sendo desenvolvidos com o intuito de definir qual proporção entre os lábios superior e inferior é a mais atrativa. Alguns autores consideram que a proporção ideal entre a altura do vermelhão dos lábios superior e inferior é de 1:1,5 17,18, enquanto a proporção de 1:1 16 também é apontada como a mais estética para os homens. No presente trabalho, a proporção entre o vermelhão dos lábios superior e inferior considerada mais estética foi a de 1:1, embora sem diferença estatística em relação à de 1:1,5, quando avaliada por dermatologistas e leigos. Embora não restritos ao público masculino, muitos autores afirmam que lábios mais grossos são considerados mais estéticos 6,7,8,11. Contudo, os achados do presente trabalho demonstraram que as proporções de 2:1 e 1:2, nas quais há grande exposição do vermelhão dos lábios superior ou inferior, obtiveram, significativamente, as piores notas (Tab. 1, 2, 3). Isso sugere que lábios volumosos são considerados mais estéticos desde que apresentem harmonia entre si, ou seja, que não haja muita diferença entre as alturas do superior e inferior. Todavia, devido à escassez de trabalhos nessa área, principalmente avaliando homens, associada à importância da estética labial no contexto global facial, mais estudos científicos são necessários para comprovação científica. Diversos estudos compararam a percepção estética de profissionais ligados à área de saúde, especialmente dos ortodontistas, e de pessoas leigas, e concluíram que os profissionais, em geral, são mais exigentes em suas avaliações 1,2,21,22,23. Na presente pesquisa, apesar de, na maioria dos casos, não ter havido diferença estatisticamente significativa entre os grupos de avaliadores, os leigos deram notas significativamente menores que os ortodontistas e os dermatologistas quando avaliaram a proporção de 1:1 (p < 0,05), considerada a mais estética. É importante observar que a proporção de 1:1 obteve a melhor avaliação, nos três homens, por todos os grupos de avaliadores, não havendo variações significativas no grau de atratividade das imagens desses. Portanto, pode-se inferir que, em homens leucodermas, a proporção ideal entre o vermelhão dos lábios superior e inferior é de 1:1, independentemente das características físicas de cada indivíduo. Apesar disso, haja vista que a estética é subjetiva, os profissionais que realizam procedimentos com o intuito de aumentar o volume do vermelhão dos lábios devem atentar, sempre, para as expectativas dos pacientes, com bom senso, individualizando o tratamento e aumentando, com isso, as possibilidades de sucesso. Como utilizamos imagens manipuladas por computador de três homens adultos, bem como opiniões de grupos específicos, os resultados devem ser cuidadosamente analisados. Como afirmado por Kokich et al. 24, em 2006, os resultados e conclusões são baseados em médias, sendo difícil personalizar essas informações para um paciente, haja vista que o conceito de beleza é subjetivo. Por isso, sugerimos a discussão dos resultados desse estudo com os pacientes interessados em aumentar os lábios para que, em seguida, decidam a melhor estratégia terapêutica, visando a maior chance de sucesso. CONCLUSÕES De acordo com os resultados obtidos na presente pesquisa, pode-se concluir que: 1) Diferentes proporções entre o vermelhão dos lábios superior e inferior influenciaram, fortemente, a percepção da estética facial. 2) A proporção entre o vermelhão dos lábios superior e inferior considerada mais estética foi a de 1:1. 3) Houve pouca diferença na percepção estética entre ortodontistas, dermatologistas e leigos. / 26 /

8 A proporção entre o vermelhão dos lábios superior e inferior influencia na estética facial de homens ABstract Influence of the ratio between upper and lower lip vermilion on the facial esthetics of white men. / Objective / The purpose of this study was to determine the perception of facial esthetics on male subjects among orthodontists, dermatologists and laypersons with respect to different ratios of the upper and lower lip vermillion. / Methods / Faces of three white men aged between 20 and 30 years were photographed and the photos manipulated to create five different ratios between the upper and lower lip vermilions, namely: 1:1, 1:1.5, 1.5:1, 1:2 and 2:1. The rendered images were assessed by orthodontists, dermatologists and laypersons, who rated the attractiveness of each face by means of a visual analog scale. / Results / Concordance between evaluators considered more attractive the 1:1 ratio of the vermilion of the upper and lower lips, with no statistically significant difference (p > 0.05) between the three men. / Conclusions / The ratio of the vermilion of the upper and lower lips exerted a strong influence on male facial aesthetics, with the 1:1 ratio being considered the most aesthetic. / Keywords / Lip. Face. Esthetics. Orthodontics. Referências: 1. Machado AW, Moon W, Gandini Jr LG. Influence of maxillary incisor edge asymmetries on the perception of smile esthetics among orthodontists and laypersons. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2013;143(5): Machado AW, McComb R, Moon W, Gandini Jr LG. Influence of the vertical position of maxillary central incisors on the perception of smile esthetics among orthodontists and laypersons. J Esthetic Rest Dent. 2013;25(6): Machado AW, Moon W, Campos E, Gandini Jr LG. Influence of spacing in the upper lateral incisor area on the perception of smile esthetics among orthodontists and laypersons. J World Fed Orthod. 2013;25(2):e Camara CALP. Estética em Ortodontia: Diagramas de Referências Estéticas Dentárias (DRED) e Faciais (DREF). Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2006;11(6) Camara CA. Estética em Ortodontia: seis linhas horizontais do sorriso. Dental Press J Orthod. 2010;15(1) Nguyen DD, Turley PK. Changes in the caucasian male facial profile as depicted in fashion magazines during the twentieth century. Am J Orthod. 1998;114(2): Auger TA, Turley PK. The female soft tissue profile as presented in fashion magazines during the 1900s: a photographic analysis. Int J Adult Orthodon Orthognath Surg. 1999;14(1): Machado AW, Santos TC, Araujo TM, Gandini Júnior LG. Integração Ortodontia e Dermatologia na busca da excelência na estética labial. Rev Clín Ortod Dental Press. 2010;9(3): Jacobs JD. Vertical lip changes from maxillary incisor retraction. Am J Orthod. 1978;74(4): Jamiliana A, Dariush G, Toliat M, Safaeian S. Changes in facial profile during orthodontic treatment with extraction of four first premolars. Orthodontic Waves. 2008;67(4): Machado AW, Santos TC, Araujo TM, Gandini Jr LG. The role of orthodontics as an auxiliary tool to lip augmentation. An Bras Dermatol. 2011;86(4): Sarnoff DS, Saini R, Gotkin RH. Comparison of filling agents for lip augmentation. Esthetic Surg. 2008;28(5): Ali MJ, Ende K, Maas CS. Perioral rejuvenation and lip augmentation. Facial Plast Surg Clin North Am. 2007;15(4): Anderson RD, Lo MW. Lip augmentation. Esthetic Surg. 1999;19(3): Segall L, David AF, Ellis DA. Therapeutic options for lip augmentation. Facial Plast Surg Clin North Am. 2007;15(4): Farkas LG, Katic MJ, Hreczko TA, Deutsch C, Munro IR. Anthropometric proportions in the upper lip-lower lip-chin area of the lower face in young white adults. Am J Orthod. 1984;86(1): Perenack J. Treatment options to optimize display of anterior dental esthetics in the patient with the aged lip. J Oral Maxillofac Surg. 2005;63(11): Mandy S. Art of the lip. Dermatol Surg. 2007;33(4): Okuyama CC, Martins DR. Preferência do perfil facial tegumentar, em jovens leucodermas, melanodermas e xantodermas de ambos os sexos, avaliados por ortodontistas, leigos e artistas plásticos. Ortodontia. 1997;30: Cohen ES. Análise estrutural estética. In: Cohen ES. Atlas de cirurgia periodontal reconstrutiva e cosmética. 3ª ed. São Paulo: Ed. Santos; cap Suzuki L, Machado AW, Bittencourt MAV. Perceptions of gingival display aesthetics among orthodontists, maxillofacial surgeons and laypersons. Rev Odontociênc. 2009;24(4): Nascimento DC, Santos ER, Machado AW, Bittencourt MAV. Influence of buccal corridor dimension on smile esthetics. Dental Press J Orthod. 2012;17(5): Correa BD, Bittencourt MAV, Machado AW. Influence of maxillary canine gingival margin asymmetries on the perception of smile esthetics among orthodontists and laypersons. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2013;145(1): Kokich VO, Kokich VG, Kiyak HA. Perceptions of dental professionals and laypersons to altered dental esthetics: assimetric and symmetric situations. Am J Orthod. 2006;130(2): / 27 /