UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ JAHINE FERNANDA DE SOUZA RIBEIRO LIBERDADES E RESTRIÇÕES DO ALTO MAR

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1 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ JAHINE FERNANDA DE SOUZA RIBEIRO LIBERDADES E RESTRIÇÕES DO ALTO MAR CURITIBA 2015

2 JAHINE FERNANDA DE SOUZA RIBEIRO LIBERDADES E RESTRIÇÕES DO ALTO MAR Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Direito da Faculdade da Universidade Tuiuti do Paraná como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel. Orientador: Prof. Dr. Wagner Rocha D Angelis CURITIBA 2015

3 TERMO DE APROVAÇÃO JAHINE FERNANDA DE SOUZA RIBEIRO LIBERDADES E RESTRIÇÕES DO ALTO MAR Este trabalho foi julgado e aprovado para a obtenção do título de Bacharel no Curso de Direito da Universidade Tuiuti do Paraná. Curitiba, 20 de setembro de Prof. Doutor Eduardo de Oliveira Leite Coordenador do Núcleo de Monografias Universidade Tuiuti do Paraná Orientador: Prof. Dr. Wagner Rocha D Angelis Universidade Tuiuti do Paraná Membro: Prof. Dr. Universidade Tuiuti do Paraná Membro: Prof. Dr. Universidade Tuiuti do Paraná

4 3 DEDICATORIA Dedico a Deus que é o responsável por todas as conquistas da minha vida. E especialmente a minha mãe, Sonia, que é merecedora de todos os méritos por mais essa etapa concluída.

5 4 AGRADECIMENTOS Primeiramente quero agradecer a Deus, sem ele eu não teria forças ou capacidade para concluir esse curso. Agradeço ainda mais, por ter me dado a possibilidade de levantar todos os dias, e ter uma nova chance de tentar. Agradeço especialmente a minha mãe, Sonia, que não mediu esforços para que eu conseguisse concluir esta etapa tão importante da minha vida, e embora tenha havido momentos em que tropecei em meio aos meus objetivos, me ajudou a levantar e continuar, independendo das nossas condições financeiras, físicas e emocionais. Também, agradeço a minhas amigas de sala, pois, definitivamente é difícil a convivência em meio a tanta diversidade, mas demos um jeito, e sempre ajudamos umas às outras, brigamos quando uma de nós fazia algo prejudicial, nos incentivamos e persistimos. Por fim, agradeço ao meu orientador, o qual, não só me inspirou a escolher este tema, no momento em que foi meu professor, como, por todo o esforço, dedicação, aprendizado e compreensão que me transmitiu durante o período em que fui orientada. Deixo aqui, por intermédio destas palavras, meus mais sinceros agradecimentos.

6 EPIGRAFE Todos nós queremos que tudo fique bem. Nem mesmo desejamos que as coisas sejam fantásticas, maravilhosas ou extraordinários. Aceitamos, satisfeitos, o bem, porque, bem na maior parte do tempo, é suficiente David Levithan

7 RESUMO O direito possui diversas vertentes, para que possa reger todos os campos que este abrange, e assim tornar harmonioso o convivio dentro de uma nação ou mesmo entre várias nações. No que diz respeito ao direito maritimo, há uma gama de assuntos regulados por este, porém, dentre estes estão assunto de suma importancia, por tratarem não apenas de uma parcela de direitos destinados a um determinado local. Afinal, o direito marítimo envolve bens e interesses que são patrimônio comum da humanidade, no seu objetivo de regular o uso e o aproveitamento das várias questões pertinentes ao mar e seus elementos. O universo marítimo possui diversas regras, envolvendo restrições e liberdades, as quais procuram estabelecer padrões comuns para o convivio pacifico entre os povos do globo terrestre, buscando assegurar igualdade de direitos entre eles, independendo da riqueza ou capacidade tecnológica de cada país. Ao longo do trabalho haverá esclarecimentos sobre as divisões do mar, baseadas na convenção de Montego Bay de 1982, a qual estabeleceu inumeras diretrizes para manter a ordem mundial neste tema. Palavras-chave: Direito. Alto mar. Liberdades. Restrições. Patrimônio comum.

8 ABSTRACT The right has various aspects, so you can rule all the fields that it covers, and so make the harmonious socializing within a nation or between various nations. With regard to maritime law, there is a range of matters regulated by this, however, among these are of paramount importance issue for addressing not just a portion of rights to a particular location. After all, the maritime law involves goods and interests that are the common heritage of humanity in its purpose of regulating the use and exploitation of the various issues related to the sea and its elements. The maritime world has several rules involving restrictions and freedoms, which seek to establish common standards for the peaceful conviviality among peoples of the globe, seeking to ensure equal rights between them, regardless of wealth or technological capacity of each country. Throughout the work there will be clarification of the divisions of the sea, based on the Montego Bay Convention of 1982, which established numerous guidelines for maintaining world order in this area. Keywords: Right. High seas. Freedoms. Restrictions. Common heritage.

9 8 LISTA DE ABREVIAÇÕES CNUDM - Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar FUNAG - Fundação Alexandre de Gusmão MM - Milhas Marítima MN Milhas Náuticas MT - Mar Territorial ONU - Organização das Nações Unidas ZEE - Zona Econômica Exclusiva ZC - Zona Contígua

10 9 SUMÁRIO LISTA DE ABREVIAÇÕES EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO MARÍTIMO AS QUATRO FAIXAS DE MAR CONVENÇÃO DE DIREITO DO MAR DA ONU DE ZONA CONTÍGUA ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA MAR TERRITORIAL ALTO MAR LIBERDADES PREVISTAS PARA O ALTO MAR NA CONVENÇÃO DA ONU DE LIBERDADE DE NAVEGAÇÃO LIBERDADE DE SOBREVOO LIBERDADE DE COLOCAR CABOS E DUTOS SUBMARINOS LIBERDADE DE PESCA LIBERDADE DE CONSTRUÇÃO DE ILHAS ARTIFICIAIS E OUTRAS INSTALAÇÕES LIBERDADE DE PESQUISA CIENTIFICA RESTRIÇÕES ÀS LIBERDADES DO ALTO MAR PROIBIÇÃO DA GUERRA BLOQUEIO EM TEMPO DE GUERRA DIREITO DE VISITA PATRIMONIO COMUM DA HUMANIDADE LIMITAÇÕES À EXPLORAÇÃO DO PATRIMÔNIO COMUM DA HUMANIDADE RESTRIÇÕES ÀS LIBERDADES EM ALTO MAR NÃO IMPEDEM DESASTRES AMBIENTAIS CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 43

11 10 1. A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO MARÍTIMO O direito marítimo, assim como os demais, tem sua devida importância nos mais diversos aspectos, como a pesca, o comércio, o turismo, a extração do petróleo, conservação ambiental, entre outros, o que para a humanidade torna sua conservação e utilização essencial. Não há como se prender ao título de direito marítimo, quando este abrange muito mais que apenas este direito, como é o caso do direito da navegação, que está inteiramente ligado ao direito marítimo, os quais mesmo que algumas vezes se confundam, tratam de concepções diferentes. Porém, buscam proporcionar ao mar um regime jurídico, deste modo o protegendo de disputas territorialistas entre Estados que buscam usurpar suas riquezas naturais e recursos vivos. Bem como, apenas por intermédio do regime jurídico adotado, procura-se manter essa relação estável entre estados nos territórios marítimos e possibilitando deste modo, preservar o mar enquanto bem e fonte de riqueza para toda a humanidade. O Alto Mar é a extensão de mar que não é parte da zona econômica exclusiva, da zona contígua, do mar territorial de um estado costeiro, ou que faça parte das aguas marítimas de algum arquipélago. Sendo desta forma considerado alto mar todo conjunto de zonas marítimas que não estejam sob a égide de alguma jurisdição especifica de um Estado. Em sua obra, o autor Celso D. de Albuquerque Mello observou que foi na Idade Média que surgiram as primeiras noções de mar territorial e a noção de espaço marítimo sem proteção de uma jurisdição. Historicamente, o Direito do Mar nos remete às épocas das grandes navegações, estas sendo de enorme importância, pois, muitas civilizações dependiam do comercio. Antes dessa época, porém, o mar já era utilizado como forma de sobrevivência e de obtenção de lucros comerciais, e como exemplos pode-se citar os fenícios, gregos, egípcios, entre outros. Já na Idade Média, muitos povos utilizavam do mar, de forma semelhante à pirataria, espalhando histórias sobre aventuras no mar de modo a desencorajar outros povos, e assim manter o comércio marítimo de forma avantajada para si, demonstrando claramente que Estados estavam exercendo jurisdição sobre um bem comum a todos, e privando outros de utilizar deste, surgindo então a necessidade de uma jurisdição que interviesse nessa situação egoística que certos Estados

12 11 mantinham no mar. Cabe não esquecer, ainda, que a pirataria marítima, como ação ilegal para enriquecimento de particulares e do próprio Estado, foi intensamente utilizada nos séculos XVII até meados do século XIX, forçando novas preocupações com o tema, principalmente entre os europeus. (1971, p. 565) De uma forma geral, algumas providências foram tomadas para evitar essa intensa intervenção exclusivista de alguns Estados no mar. Como exemplos, a Lei Rodes (Lex Rhodia de Jactu), Basilika, Consolato Del Mare (Consulado do Mar), A Tabua Amalfitana, os Assizes de Jerusalém, Leis de Oléron, Leis Wisbuenses ou também chamadas Leis Marítimas de Gothland. 1 O comércio marítimo foi prejudicado com a queda de Constantinopla em 1453, sendo expedida a Bula Inter Coetera destinada a fixar limites entre as posses espanholas e portuguesas, levando estes países a elaborarem o Tratado de Tordesilhas, em A partir da Paz de Westfália, em 1648, os grandes países europeus comandaram avanços na regulação do mar territorial e das liberdades de alto mar. O Tratado Internacional de Gand, no século XIX, tratou das noções acerca da Zona contígua e de Mar Territorial. Em 1856, pelo Tratado de Paris, determinou-se o fim do corso e das ações dos corsários piratas contratados por Governos. Após a Conferência da Paz de Haia em 1907, a de 1930 e os convênios firmados no seio de organizações internacionais como a ONU, se ampliou atribuições ao mar. Todavia, as principais fontes do Direito do Mar vigentes até hoje são as Convenções de Genebra de 1958 e de 1960, e, principalmente, a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar de 1982, a qual regulou amplamente o tema. 1

13 12 2. AS QUATRO FAIXAS DE MAR 2.1. CONVENÇÃO DE DIREITO DO MAR DA ONU DE 1982 Devido à ausência de legislação regulamentando o território marítimo, no dia 10 de dezembro de 1982 houve a conclusão da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM), em Montego Bay, na Jamaica. Esta Convenção, por sua vez, trouxe à tona importantes regulamentações em todos os aspectos do universo marítimo, como; delimitação das fronteiras, regulamentos ambientais, investigação científica, comércio, resolução de conflitos internacionais relacionados ao mar, e o mais importante, a sustentabilidade do espaço marítimo. O referido tratado internacional restou aprovado no Brasil pelo Decreto Legislativo nº 5, de 9 de novembro de 1987, tendo a sua ratificação se verificada em 22 de dezembro de 1989 pelo Governo brasileiro; posteriormente, o Brasil editou a Lei nº 8.617, de 4 de janeiro de 1993, dispondo sobre o mar territorial, a zona contígua, a zona econômica exclusiva e a plataforma continental brasileiros, e dando outras providências. Finalmente, com as alterações levadas a efeito em parte da Convenção do Mar de 1982, o Governo Brasileiro promulgou o Decreto nº 1.530, de 22 de junho de 1995, estabelecendo que o mencionado tratado entrara em vigor internacional e para o Brasil a partir de 16/11/1994. Conforme explica Francisco Rezek: A Convenção das Nações Unidas sobre o direito do mar foi concluída, depois de quase nove anos de negociação, em Montego Bay, na Jamaica, em 10 de dezembro de Compõe-se de trezentos e vinte artigos e vários anexos. Entrou em vigor no dia 16 de novembro de 1994, um ano após a reunião do quórum de sessenta Estados ratificantes ou aderentes. (2015, p.356) Na CNUD foram definidos os espaços marítimos, estes sendo divididos em: Águas Interiores, Mar Territorial, Zona Contígua, Zona Econômica Exclusiva, Plataforma Continental, Alto-Mar e Fundos Marinhos. Porém, ocorreram mudanças em alguns aspectos, pouco tempo depois da assinatura da Convenção.

14 13 Beirão e Pereira esclarecem: Os trinta anos da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, de 1982, complementada pelo Acordo sobre a Implementação de sua Parte XI, de 1994, apresenta prós (respeito à soberania, uso pacífico dos mares, delimitação do mar territorial, da zona contígua, da zona econômica exclusiva e da plataforma continental) e contras (quotas de captura na zona econômica exclusiva, a noção de patrimônio comum da humanidade da Área, frágeis medidas contra o comércio ilícito de entorpecentes). (2014, p.21) Tal complementação trouxe um destaque maior referente ao Boat Paper, que é uma complementação a respeito da área do fundo do mar internacional, concluída em 1994, modificando a forma de exploração dos fundos oceânicos. Com a entrada em vigor da Convenção, também ocorreu a fixação da largura do mar territorial em 12 milhas náuticas, ao contrário da pretensão dos países pobres que pleiteavam um limite ampliado de 200 milhas náuticas; ao mesmo tempo, deu-se a delimitação dos espaços no território marítimo; mar territorial, zona contígua, zona econômica exclusiva e plataforma continental. Wagner Menezes alude: A Convenção estabeleceu uma estrutura legal detalhada para regular todo o espaço do oceano, seus usos e recursos, contendo normas disciplinadoras sobre o mar territorial, a zona contígua, a plataforma continental, a zona econômica exclusiva e o alto mar. Fornece regras para a proteção e preservação do ambiente marinho, para a pesquisa científica, para o desenvolvimento e transferência da tecnologia marinha para a exploração dos recursos do oceano e de seu subsolo, delimitando os limites da jurisdição nacional para cada matéria; também consolidou princípios costumeiros que devem ser observados pelos Estados na utilização conjunta dos espaços marítimos, como a liberdade do mar, o exercício da jurisdição interna dos Estados dentro de limites do mar adjacente ao Estado e a caracterização da plataforma continental. (2015, p.33) Enfim, pela CNUDM de 1982, ficou estabelecida a existência de quatro faixas de mar, sendo elas: mar territorial (MT), zona contígua (ZC), zona econômica exclusiva (ZEE), e, alto mar.

15 ZONA CONTÍGUA A Zona contígua passou por uma redefinição nos contornos da faixa existente entre o alto-mar, o mar territorial e a zona econômica exclusiva, estabelecendo o disposto na seção 4, artigo 33, deste Decreto. Acerca de sua criação, esclareça-se: A noção de zona contígua foi elaborada através dos séculos por motivos principalmente econômicos: o controle aduaneiro e fiscal. A sua principal finalidade é evitar o contrabando. (Celso D. de Albuquerque Mello, 1971, p. 570). Também, permite que o Estado costeiro tome as devidas medidas para fiscalização desta área, exercendo-a de modo soberano, buscando evitar infrações, a regulamentos aduaneiros e fiscais, estes sendo de imigração ou sanitários, em seu território ou mar territorial, bem como, reprimir as infrações das leis em tais questões, podendo sancionar os infratores desta área. Não pode a zona contígua ultrapassar as 24 milhas marítimas estipuladas, devendo esta ser contada a partir da linha base do mar territorial. Anteriormente a zona contígua tinha outras especificações. 2 Wagner Menezes ensina: Nos limites da zona contígua, o Estado pode exercer parcela de sua jurisdição, mas somente para adotar medidas de vigilância e fiscalização sobre o cumprimento de certas regras administrativas, como regulamentos aduaneiros, fiscais, de imigração ou sanitários. Tem por finalidade a proteção de seu território, evitando e reprimindo a infração a essas leis e regulamentos. É um espaço em que o Estado costeiro está legitimado a atuar, mas somente para fazer cumprir regras administrativas ou de segurança. (2015, P. 102) Conforme Celso D. de Albuquerque Mello descreve: A zona contígua se distingue do mar territorial por diversas razões: a) a zona contígua faz parte do alto-mar, enquanto o mar territorial faz parte do território do Estado; b) na zona contígua o estado tem direitos limitados, enquanto no mar territorial a competência do Estado é plena. A zona contígua, pela Convenção de Genebra, vai até a largura de 12 milhas de largura, contadas a partir da linha base que serve para medir o 2 Art. 33, Zona contígua; 1. Numa zona contígua ao seu mar territorial, denominada zona contígua, o Estado costeiro pode tomar as medidas de fiscalização necessárias a: a) evitar as infrações às leis e regulamentos aduaneiros, fiscais, de imigração ou sanitários no seu território ou no seu mar territorial; b) reprimir as infrações às leis e regulamentos no seu território ou no seu mar territorial. 2. A zona contígua não pode estender-se além de 24 milhas marítimas, contadas a partir das linhas de base que servem para medir a largura do mar territorial.

16 15 mar territorial. Em consequência, se o estado tiver o mar territorial de 12 milhas de largura, ele não terá zona contígua. O Estado tem na zona contígua os seguintes direitos: a) polícia aduaneira, sanitária e fiscal; b) controle de imigração; c) pode exercer o direito de perseguição visando à repressão das infrações cometidas no mar territorial ou no próprio território. (1971, p.571) Porém, mesmo com as modificações feitas na CNUDM de 1982, houve lacunas. O controle do Estado Costeiro acabou sendo reduzido, deixando de possuir esse controle total, mesmo que este não fosse absoluto do mar territorial, chegando à ausência de controle do alto mar. Isso devido à dificuldade de estabelecer controle de maneira efetiva sobre as embarcações que ali transitam, de modo que surge uma abertura maior para a utilização de bandeiras de conveniência ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA Quanto à ZEE, esta teve sua inserção na CNUDM de 1982, parte 5, Artigo 57, com fins de atender anseios de matéria econômica. Sua delimitação territorial é de 200 milhas náuticas, porém na realidade se tratam apenas de 188 milhas náuticas, já que até 24 milhas náuticas o tratado de Montego Bay fixou a existência das faixas de mar territorial e zona contígua. Situada além do mar territorial e adjacente à zona contígua. Sua soberania está nas mãos do Estado costeiro, porém, este devendo respeitar os direitos e liberdades dos demais Estados, de acordo com o regulado no Decreto nº 1.530/1982. Objetiva a exploração, aproveitamento, conservação e gestão dos recursos naturais, renováveis ou não renováveis, das águas que se sobressaem ao leito do mar e seu subsolo. 3 Sidney Guerra explica: A zona econômica exclusiva foi inserida na Convenção sobre o direito do Mar, de 1982, para atender aos anseios dos Estados costeiros em razão de lhes conferir uma série de direitos em matéria econômica sobre espaços marítimos adjacentes ao mar territorial. (2015, p. 217) Dispõe o Art. 56 do Decreto Nº 1.530, de 22 de junho de 1995: 3 Art. 57. Largura da zona econômica exclusiva; A zona econômica exclusiva não se estenderá além de 200 milhas marítimas das linhas de base a partir das quais se mede a largura do mar territorial.

17 16 1. Na zona econômica exclusiva, o Estado costeiro tem: a) direitos de soberania para fins de exploração e aproveitamento, conservação e gestão dos recursos naturais, vivos ou não vivos das águas sobrejacentes ao leito do mar, do leito do mar e seu subsolo, e no que se refere a outras atividades com vista à exploração e aproveitamento da zona para fins econômicos, como a produção de energia a partir da água, das correntes e dos ventos; c) jurisdição, de conformidade com as disposições pertinentes da presente Convenção, no que se refere a: I) colocação e utilização de ilhas artificiais, instalações e estruturas; II) investigação cientifica marinha; III) proteção e preservação do meio marinho; 2. No exercício dos seus direitos e no cumprimento dos seus deveres na zona econômica exclusiva nos termos da presente Convenção, o Estado costeiro terá em devida conta os direitos e deveres dos outros Estados e agirá de forma compatível com as disposições da presente Convenção. 3. Os direitos enunciados no presente artigo referentes ao leito do mar e ao seu subsolo devem ser exercidos de conformidade com a Parte VI da presente Convenção. É ainda Francisco Rezek quem ensina: Todos os Estados gozam, na zona econômica exclusiva de qualquer deles, de liberdades que distinguem essa área do mar territorial: a navegação prerrogativa mais ampla que a simples passagem inocente -, o sobrevoo que acima das águas territoriais não é permitido por norma geral alguma e a colocação de cabos ou dutos submarinos, além de outros usos compatíveis com os direitos do Estado costeiro. Quando este último, em matéria de exploração econômica, não tiver capacidade para o pleno aproveitamento racional possível da zona, deverá tornar o excedente acessível a outros Estados, mediante atos convencionais. (2015, p.364) Devem-se observar os direitos e deveres do Estado costeiro para com a ZEE, bem como, os dos demais Estados. Estes, livres para gozar das liberdades de navegação, de sobrevoo, operação de navios, aeronaves e de colocação de cabos e dutos submarinos, sejam Estados costeiros ou Estados sem litoral desde que de acordo com o que estabelece no Art. 58 da CNUDM de Art. 58. Direitos e deveres de outros Estados na zona econômica exclusiva; 1. Na zona econômica exclusiva, todos os Estados, quer costeiros quer sem litoral, gozam, nos termos das disposições da presente Convenção, das liberdades de navegação e sobrevôo e de colocação de cabos e dutos submarinos, a que se refere o artigo 87, bem como de outros usos do mar internacionalmente lícitos, relacionados com as referidas liberdades, tais como os ligados à operação de navios, aeronaves, cabos e dutos submarinos e compatíveis com as demais disposições da presente Convenção. 2. Os artigos 88 a 115 e demais normas pertinentes de direito internacional aplicam-se à zona econômica exclusiva na medida em que não sejam incompatíveis com a presente Parte. 3. No exercício dos seus direitos e no cumprimento dos seus deveres na zona econômica exclusiva, nos termos da presente Convenção, os Estados terão em devida conta os direitos e deveres do Estado costeiro e cumprirão as leis e regulamentos por ele adotados de conformidade com as disposições da presente

18 MAR TERRITORIAL O mar territorial se estabelece a partir da linha base, em outras palavras, a linhas de baixa-mar ao longo da costa, definido por cartas marítimas, não sendo permitido que este ultrapasse 12 milhas náuticas. Dispõe a seção 2, do Decreto Nº 1.530/95 os seus limites. 5 A soberania do Estado costeiro diz a Convenção de 1982 estende-se, além do seu território e das suas águas interiores, a uma zona de mar adjacente designada pelo nome de mar territorial. A soberania, em tal caso, alcança não apenas as águas, mas também o leito do mar, o respectivo subsolo, e ainda o espaço aéreo sobrejacente. Esta soberania só não é absoluta como no caso do território ou das águas interiores porque sofre uma restrição tópica, ditada por velha norma internacional: trata-se do direito de passagem inocente, reconhecido em favor dos navios mercantes ou de guerra de qualquer Estado. Não só os navios que flanqueiam a costa realizam passagem inocente, mas também aqueles que tomam o rumo das águas interiores para atracar num porto, ou dali se retiram. Em todos os casos a passagem inocente deve ser contínua e rápida, e nada pode degenerá-la, sob risco de ato ilícito: proíbem-se ao navio passante manobras militares, atos de propaganda, pesquisas e busca de informações, atividades seja estritamente relacionado com o ato simples de passar pelas águas territoriais. Aos submarinos manda-se que naveguem na superfície e arvorem seu pavilhão. O Estado costeiro tem o direito de regulamentar a passagem inocente de modo a prover à segurança da navegação, à proteção de instalações e equipamentos diversos, à proteção do meio ambiente e à prevenção de infrações à própria disciplina da passagem. Pode ele ainda, quando isso for necessário à segurança da navegação, estabelecer rotas marítimas a serem seguidas pelos barcos transeuntes. (IBID, 2015, p.359/360) O Brasil aproveitou o fato de ser parte da convenção de 1958, e unilateralmente, havia estabelecido com o Decreto Lei Nº 1.098/70, unilateralmente, o seu limite de mar territorial em 200 milhas náuticas, com uma intenção puramente econômica, principalmente em relação à pesca. Porém, em 1971, o Decreto nº limitou uma zona de 100 milhas náuticas para a pesca (a ser feita Convenção e demais normas de direito internacional, na medida em que não sejam incompatíveis com a presente Parte. 5 Art. 3. Largura do mar territorial; Todo Estado tem o direito de fixar a largura do seu mar territorial até um limite que não ultrapasse 12 milhas marítimas, medidas a partir de linhas de base determinadas de conformidade com a presente Convenção. Art. 4. Limite exterior do mar territorial; Limite exterior do mar territorial é definido por uma linha em que cada um dos pontos fica a uma distância do ponto mais próximo da linha de base igual à largura do mar territorial. Art. 5. Linha de base normal; Salvo disposição em contrário da presente Convenção, a linha de base normal para medir a largura do mar territorial é a linha de baixa-mar ao longo da costa, tal como indicada nas cartas marítimas de grande escala, reconhecidas oficialmente pelo Estado costeiro.

19 18 exclusivamente por embarcações nacionais), com algumas exceções. Foi então promulgada a Lei nº 8.617/93, a qual estabeleceu internamente em 12 milhas náuticas a largura para o Mar Territorial, e uma Zona Contigua relacionada a infrações às normas aduaneiras, fiscais, sanitárias e de imigração. Marcelo D. Varella comenta: E Wagner Menezes aduz: O Brasil realizou estudos para aumentar seu território além do limite de 200 milhas e descobriu que em diversos pontos a plataforma continental brasileira o ultrapassa. Neste sentido, formalizou um pedido à ONU, incorporando uma área equivalente a 900 mil km² ao território brasileiro, o equivalente aos Estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A área total da plataforma continental brasileira será de 4,4 milhões de km², ou quase metade da área terrestre do território nacional. (2012, p.217) A definição do mar territorial foi importante para estabelecer os limites jurídicos de exercício dos plenos poderes de jurisdição do Estado e de seu domínio, nos quais ele soberanamente pudesse exercer seu papel de polícia, guarda e segurança, aplicar suas leis de forma plena e executar medidas adjudicatórias; também, para definir os limites exploratórios dos recursos marinhos, sem qualquer intervenção de outro Estado ou da comunidade internacional. (2015, p. 93) Assim, ficam estabelecidos os limites de jurisdição do Estado, bem como, seu domínio, tornando possível exercer seu papel de polícia, guarda e segurança, tornando por meio desta autoridade cabível a aplicação da lei ALTO MAR A Convenção da ONU de 1982 regulamentou a partir do art. 86, significativamente, o espaço marítimo, buscando a cooperação mutua de todos os povos, para que deste modo seja possível estabelecer a paz, a justiça e o progresso a todos, com a consciência de que os problemas em espaço marítimo dizem respeito a todos, se baseando no Princípio da Justiça e o Princípio da Igualdade. Além do respeito à soberania dos Estados, existe a necessidade de se observar [...] uma ordem jurídica que facilite as comunicações internacionais e promova o uso pacífico dos mares, a conservação e utilização equitativa de seus recursos vivos e a

20 19 proteção do meio marinho. (Jana Maria Brito Silva e Larissa Maciel do Amaral, 2013, p.9) Até o regime de Montego Bay, o alto-mar era tudo o que se estendia além do mar territorial, mas, com disciplinamento da zona econômica exclusiva, suas dimensões foram relativamente diminuídas, não obstante a perda geográfica tenha afetado seu princípio fundamental consuetudinariamente arraigado da liberdade do alto-mar. (IBID, 2015, p. 114) Friedmann Wendpap e Rosane Kolotelo explicam: Excluída a parte do mar que está suscetível à soberania política e aquela que está submetida à soberania econômica dos Estados (zona econômica exclusiva), uma parcela do mar remanesce livre: é o alto-mar, um bem internacional, onde há liberdade de trânsito e de exploração científica e econômica. Os recursos minerais do solo e subsolo do alto-mar, denominados de Área pela Convenção de Montego Bay, não se enquadram na classificação de res omnium aplicável às águas e ar suprajacente. (2007, p. 208) Ficou legitimado após a CNUDM de 82, que nenhum Estado pode exercer soberania sobre o alto mar, baseando-se no Res Communis Omnium, 6 sendo ilegal tentar ultrapassar as zonas estipuladas de sua jurisdição de Estado, ou seja, o alto mar é um espaço coletivo comum, por sua vez tornando todos iguais, não devendo estes desrespeitar o estipulado na Convenção. Devido ao fato de ser um espaço comum a todos, a CNUDM de 82 estipulou alguns deveres e direitos a todos, e mesmo que seja este um espaço coletivo, podem alguns Estados ter o dever diferenciado para com este bem de interesse de toda a humanidade. Neste ponto, Sidney Guerra relata: O alto mar deve ser utilizado com finalidades pacíficas e pode ser conceituado como todas as partes do mar não incluídas na zona econômica exclusiva, no mar territorial ou nas águas interiores em um Estado, nem nas águas arquipelágicas de um Estado arquipélago. (2015, p. 224) Por seu turno, Washinton Luiz da Trindade comenta: 6 Res Communis: coisa comum a todos [...] observam Azevedo Matos e Teófilo de Azeredo Santos, apoiados nas autoridades de Francisco Antônio da Veiga Beirão e de Danjon, respectivamente, ao afirmarem que o Direito Marítimo tem seu domínio

21 20 próprio e seu caráter de normas estáveis, uniformes e universalistas. (1983, p ) O alto mar é classificado como parte do patrimônio comum da humanidade, sendo uma das regiões que não está sob domínio direto de nenhum Estado, ficando sua preservação como uma responsabilidade de toda humanidade. Aliás, assim como reservado aos fundos oceânicos, também estão classificados como patrimônio comum da humanidade a Antártica, o espaço geoestacionário, o espaço sideral e os corpos celestes. Marcelo Dias Varella ensina: O alto-mar compreende as regiões além da zona econômica exclusiva dos Estados. Anteriormente, acreditava-se que os fundos marinhos eram ricos em minérios e que as riquezas extraídas deveriam beneficiar todos os Estados, indistintamente. O termo patrimônio comum da humanidade decorre de um discurso do embaixador de Malta, Arvid Pardo, na Organização das Nações Unidas, sobre a necessidade de compartilhamento desse patrimônio, que estaria de certa forma monopolizado pelos Estados industrializados, os únicos a deterem tecnologia suficiente para realizar a extração dos recursos em grandes profundidades. Nos anos noventa, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento chegou a propor a divisão dos fundos marinhos entre os Estados, que poderiam em seguida vender suas partes a empresas privadas ou possibilitar a exploração mediante o pagamento de royalties. No entanto, diversos fatores impediram o sucesso da proposta, como a falta de uma metodologia para dividir tal território e a descoberta que mais de 90% dos recursos marinhos encontram-se nas zonas econômicas exclusivas. O alto-mar foi regulado em 1982, por meio da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar. A região do leito do mar os fundos marinhos e seu subsolo - além da jurisdição nacional, é chamada de área internacional dos oceanos ou simplesmente Área. Nessas regiões, os Estados podem livremente navegar, sobrevoar, colocar cabos submarinos, construir ilhas artificiais, pescar e realizar pesquisas, sempre respeitando o uso sustentável dos recursos existentes e para fins pacíficos. [...]a exploração mineral na Área é submetida ao controle da Autoridade Internacional dos Fundos Marítimos. Esta foi criada com o objetivo de melhor dividir os resultados da exploração de nódulos polimetálicos existentes na Área (ricos em níquel, cobalto, manganês e cobre) e de controlar a poluição resultante de atividades em alto-mar. Sua criação é o resultado de uma pretensão dos Estados em desenvolvimento que acreditavam que pouco adiantaria considerar a área uma região internacional se apenas as empresas dos Estados tecnologicamente avançados teriam condições de explorar minérios nessas regiões. Assim, para uma empresa poder explorar esses minérios, paga uma taxa, além de uma parcela de royalties sobre o resultado da exploração. Existem poucas atividades licenciadas, em virtude das dificuldades para a exploração e a existência de importantes jazidas nacionais de acesso mais fácil. (2015, p )

22 21 Foram criadas normas em relação ao alto mar com a finalidade de dividir de maneira mais justa os bens e recursos encontrados nele, para que os Estados que ainda se encontram em desenvolvimento, não fiquem de alheios as atividades que ocorrem no alto mar.

23 22 3. LIBERDADES PREVISTAS PARA O ALTO MAR NA CONVENÇÃO DA ONU DE 1982 Os direitos dos Estados que compõem a liberdade do alto mar estão divididos em seis, as chamadas seis liberdades básicas (Wagner Menezes, 2015, p.115): a) liberdade de navegação; b) liberdade de sobrevoo; c) liberdade de instalação de cabos e oleodutos; d) liberdade de construção de ilhas artificiais e outras instalações; e) liberdade de pesca; f) liberdade de pesquisa científica. Devendo sempre se observar os direitos dos Estados. Inúmeros casos de restrições à liberdade dos mares surgiram convencionalmente. (Celso D. de Albuquerque Mello, 1971, p. 581) Vale conferir as lições de Francisco Rezek: Princípio da liberdade. A liberdade do alto mar outrora se dizia simplesmente a liberdade dos mares é ampla: diz respeito à navegação e a todas as formas possíveis de aproveitamento. Nenhuma pretensão restricionista podendo emanar da autoridade soberana de qualquer Estado. O Princípio da liberdade foi afirmado por Roma ao tempo de sua hegemonia. Sofreu desgaste na Idade Média, à força de aspirações de domínio que as potências navais manifestaram sob influência do princípio nhóis do século XVI, Francisco de Vitória e Francisco Suárez, e motivou, na primeira metade do século seguinte, a célebre controvérsia doutrinária entre o holandês Hugo Grotius, que publicou em 1609 o Mare liberum, e o inglês John Selden, que replicou em 1635 com o Mare clausum obra supostamente encomendada por Carlos I de Inglaterra, onde o autor sustenta que o mar é suscetível de apropriação e domínio, mas não chega a excluir a liberdade coletiva de navegação. As pretensões dominiais desaparecem com o século XVII. (2015, p. 367) E Celso D. de Albuquerque Mello destaca: A liberdade do alto-mar sofre uma série de limitações de origem costumeira. Estas limitações restringem a regra de não interferência. A finalidade delas é regulamentar de um certo modo a utilização do alto-mar, para evitar que nele haja uma anarquia. (2002, p.1206) Devem as liberdades asseguradas na CNUDM de 82 serem respeitadas por todos os Estados, levando em conta o interesse de todos os Estados em relação ao exercício desta liberdade em alto mar, não se abstendo de nenhuma atividade prevista pela convenção. O Decreto nº 1.530/95 confirma:

24 23 Artigo 87 Liberdade do alto mar 1. O alto mar está aberto a todos os Estados, quer costeiros quer sem litoral. A liberdade do alto mar é exercida nas condições estabelecidas na presente Convenção e nas demais normas de direito internacional. Compreende, inter alia, para os Estados quer costeiros quer sem litoral: a) liberdade de navegação; b) liberdade de sobrevôo; c) liberdade de colocar cabos e dutos submarinos nos termos da PARTE VI; d) liberdade de construir ilhas artificiais e outras instalações permitidas pelo direito internacional, nos termos da parte VI; e) Liberdade de pesca nos termos das condições enunciadas na seção 2; f) liberdade de investigação científica, nos termos das Partes VI e XIII. 2. Tais liberdades devem ser exercidas por todos os Estados, tendo em devida conta os interesses de outros Estados no seu exercício da liberdade do alto mar, bem como os direitos relativos às atividades na Área previstos na presente Convenção. Deste modo, especifica o Artigo 87 todas as liberdades do alto mar, esclarecendo que estas devem considerar o interesse de todos os Estados, baseando-se no seu exercício da liberdade sobre o alto mar, não deixando de lado os direitos da Área que a Convenção prevê LIBERDADE DE NAVEGAÇÃO Considerada a mais clássica das liberdades do alto mar, é garantida até mesmo para os estados sem litoral, [...] desde que arvorem sua bandeira. (Sidney Guerra, 2015, p. 224). Cada navio deve possuir uma bandeira, para que não seja considerado um sem nacionalidade. É como uma proibição de interferência de um pavilhão sobre o outro, em tempos de paz, ou seja, se um navio possui uma bandeira, e o outro uma diversa, mesmo que um deles seja militar não pode interferir. A liberdade de navegação tem sido admitida de longa data, porém não existia norma costumeira do que a regulasse. Wagner Menezes ressalta: O direito de navegação envolve também a atribuição de que cada Estado deve regular a relação ou o atributo da personalidade aos navios, dandolhes a nacionalidade e o direito/dever de alvorar sua bandeira e, assim, estabelecer um vínculo político-jurídico do Estado com o navio, que terá o direito/dever de alvorar sua bandeira, submetendo-se a sua jurisdição e vinculando-se juridicamente a ele. Nesse sentido, o Estado deve obrigatoriamente construir um sistema jurídico legal que discipline o registro de navios com os respectivos nomes e características, detendo direitos de

25 24 jurisdição, com base no Direito interno, sobre os navios registrados sob sua bandeira e sobre toda tripulação, e garantir a segurança por meio do poder de polícia, principalmente em relação às condições de navegabilidade, às condições de trabalho e formação da tripulação e à prevenção de abalroamento. (2015, p.116) Existe a garantia de os Estados que se encontram entre o mar e aqueles Estados que não possuem litoral poderem resolver em comum acordo o direito de acesso ao mar, desde que se considerem os direitos do Estado ribeirinho ou de trânsito e as particularidades do Estado sem litoral, ficando assim, possibilitados de exercer tal liberdade desde que respeitem a liberdade de trânsito e à liberdade de tratamento dos portos. O que pode ocasionar uma rivalidade entre dois grandes princípios, o da liberdade das comunicações internacionais e o da soberania territorial LIBERDADE DE SOBREVOO A liberdade de sobrevoo está ligada ao entendimento de que o espaço aéreo segue o mesmo regime jurídico do espaço terrestre, usando então o princípio da liberdade como base para a liberdade de navegação aérea nesta área, tornando-a livre e sem restrições. É de se observar que a liberdade do sobrevoo, não possui detalhes para se materializar, para que não fiquem configuradas regras de direito aéreo. Segundo Celso D. de Albuquerque Mello: A liberdade de sobrevôo é uma consequência da liberdade dos mares, uma vez que o espaço aéreo segue a situação da superficie terrestre ou marítima a que ele é sobrejacente.(2007, p. 1202) Wagner Menezes comenta: A liberdade de sobrevoo é o direito de aeronaves, quer militares, quer comerciais, de utilizar livremente o espaço aéreo sobrejacente ao alto-mar e utilizá-lo livremente, desde que para fins pacíficos. Embora a Convenção regule o uso do mar, ela estendeu seu alcance para disciplinar e regular o espaço aéreo existente sobre o alto-mar, reconhecendo a aplicabilidade de seu princípio fundamental também para o espaço aéreo. (2015, p. 118)

26 25 É admitido o sobrevoo inocente, bem como, o pouso forçado, caso comprovado que advindo de força maior. Já no espaço aéreo situado sobre ao altomar a liberdade de sobrevoo é total (Adherbal Meira Mattos, 2002, p. 173). Porém, deve-se lembrar de que todas as vezes que é aumentada a extensão do mar territorial de determinado país (desde que não ultrapassadas as 12 milhas náuticas convencionadas), este tem seu espaço de sobrevoo diminuído, pois, como consequência de tal aumento a extensão do alto-mar diminui LIBERDADE DE COLOCAR CABOS E DUTOS SUBMARINOS É uma das liberdades mais recentes, visto que só a partir do século XIX foram colocados os primeiros cabos em área marinha, tendo em vista que antes deste século não havia tal possibilidade devido à ausência de tecnologia. Celso D. de Albuquerque Mello ensina: O estado que coloca tais cabos deve levar em consideração os já existentes, a fim de não impedir a sua reparação. (2002, p. 1207) O Estado Costeiro só pode tomar em relação aos cabos e oleodutos medidas razoáveis, tendo em vista a exploração da plataforma e seus recursos. (IB, 1971, p. 577) Cabe lembrar que na Convenção de Genebra sobre o Alto Mar, de 1958, já havia sido estipulada a garantia de colocação de cabos e oleodutos submarinos no leito do alto-mar a todos os Estados (Adherbal Meira Mattos, 2002, p. 172), bem como, a reserva de direito de exploração da sua plataforma submarina, e também o aproveitamento de seus recursos naturais aos Estados Costeiros LIBERDADE DE PESCA Sempre foi uma das liberdades do alto mar, pois decorria de se considerar os recursos piscícolas inesgotáveis (Mello, 1971, p. 585). Porém, algumas espécies começaram a diminuir, devido aos métodos utilizados por pescadores e caçadores, o que consequentemente ocasionou o surgimento de tratados para regulamentação da pesca de algumas espécies marinhas, para que estas não desaparecessem.

27 26 Diante das ocorrências, não é mais absoluta a liberdade de pesca, estando ela sujeita a restrições. Sidney Guerra enfatiza: A liberdade de pesca está assegurada para todos os Estados da sociedade internacional, mesmo aqueles que não possuem acesso para o mar, levando-se em consideração as limitações que são apresentadas pelo direito internacional ambiental. (2015, p. 224) Celso D. de Albuquerque Mello explica: A liberdade de pesca no alto-mar é um princípio tradicional no DIP do mar. Ela partia do pressuposto de que os recursos vivos do mar eram inesgotáveis. Atualmente, com a verificação de que esta afirmativa não corresponde à realidade, a liberdade de pesca deixou de ser absoluta e passou a estar sujeita a uma regulamentação, visando a conservação dos recursos vivos do alto-mar. (2002, p. 1206) Há de se observar que muitos dos navios que pescam em alto mar utilizam a bandeira de conveniência, de modo que não é respeitada a conservação dos recursos vivos, consequentemente os peixes podem ter uma redução de sua espécie LIBERDADE DE CONSTRUÇÃO DE ILHAS ARTIFICIAIS E OUTRAS INSTALAÇÕES É parte integrante do direito do Estado a construção de ilhas artificiais, instalações e estruturas, contanto que estas não interfiram na navegação, bem como, deve o Estado garantir a sinalização e segurança destas instalações. Seu regime jurídico é o mesmo tanto na ZEE, quando no alto mar, o qual está disposto no art. 80, parte VI, da Convenção. Assim sendo, o Estado costeiro, ou o Estado de pavilhão, em caso de alto mar, não possuem soberania sobre estas, apenas possuem jurisdição, ficando então sujeitas a Lei de pavilhão (Decreto nº /1929). 7 7 Art 80. Ilhas artificiais, instalações e estruturas na plataforma continental; O artigo 60 aplica-se, mutatis mutandis, às ilhas artificiais, instalações e estruturas sobre a plataforma continental.

28 27 Celso D. de Albuquerque Mello ressalta: A liberdade de colocar ilhas artificiais é regulada pelas normas sobre esta matéria para a plataforma continental, onde são aplicadas, "mutatis mutandis", as mesmas normas para a colocação de ilhas artificiais na zona econômica. (2002, p. 1207) Wagner Menezes aduz: É de se destacar que, embora não possam os Estados exercer sua jurisdição no alto-mar, o fato de terem instalado as ilhas e construções lhes dará o direito de regulamentar o uso sobre tais instalações, bem como estabelecer leis de imigração, sanitárias e de segurança. Isso porque o dispositivo que versa sobre a liberdade de instalação de ilhas artificiais e instalações faz remissão ao artigo 60 da Convenção, que autoriza o Estado a utilizar sua jurisdição, criando, assim, um regime de exceção ao princípio. (2015, p. 119) As ilhas artificiais não possuem o mesmo regime jurídico das ilhas naturais, podendo ser criada uma zona de segurança ao redor desta de 500 metros. Sidney Guerra esclarece: Essa ideia relaciona-se à capacidade dos Estados de fomentarem o crescimento no plano interno utilizando esse espaço que pertence a todos. A possibilidade de incrementar as comunicações de um Estado e/ou carrear a produção de óleo, por exemplo, por meio de dutos e cabos possibilitam, por certo, o incremento das relações entre os diversos sujeitos de direito internacional. (2015, p. 224) Deixa claro então, o interesse dos Estados em impulsionar o crescimento, por intermédio desse espaço que é considerado de todos, possibilitando o desenvolvimento das relações entre os sujeitos de direito internacional LIBERDADE DE PESQUISA CIENTIFICA Todos os Estados, independente de sua localização geográfica, bem como, as organizações internacionais competentes, têm o direito de realizar pesquisas cientificas marinhas que contribuam para preservação dos recursos vivos, bem como para a manutenção e utilização coletiva dessa região (Wagner Menezes, 2012, p. 121). Naturalmente, deve-se observar se não há prejuízo dos deveres e

29 28 direitos de outros estados, vez que tal gênero de pesquisa está ligado ao uso exclusivo para fins pacíficos, assim como é necessário respeitar os regulamentos existentes, principalmente os destinados à proteção e preservação do meio marítimo, evitando-se intervenções. Celso D. de Albuquerque Mello lembra a respeito dessa liberdade: Ela estabelece que todo e qualquer Estado tem o direito de realizar pesquisa científica marinha e está deverá ser feita para fins pacíficos, com métodos e meios específicos adequados, etc. Determina, ainda, que a pesquisa cientifica não será "fundamento jurídico" para reivindicações sobre o meio marinho ou seus recursos. (2002, p. 1213) O Estado ou organização que vá realizar pesquisa científica deverá dar informações ao Estado costeiro como o tipo e objetivos do projeto, o método e meios que vão ser utilizados, as áreas geográficas em que ela vai ser realizada, o nome da instituição patrocinadora, etc. O Estado costeiro poderá participar da exploração, bem como poderá solicitar os resultados finais da pesquisa. O Estado costeiro poderá suspender ou fazer cessar a pesquisa se ela é realizada de modo diverso do que consta das informações que foram dadas a ele, etc. Os Estados sem litoral e os desfavorecidos pela geografia serão notificados de pesquisa realizada na zona econômica e plataforma continental realizada por outros Estados e organizações e também poderão participar dela. (IBID, p. 1214) Todo o Estado ou organização que realizar pesquisas cientificas, tem como obrigação deixar ciente o Estado costeiro sobre seus objetivos do projeto, métodos e meios, de que se utilizará, entre outras informações, estando este Estado que pretende realizar tais pesquisas sujeito a ter elas suspensas ou cessadas, se o Estado costeiro não houver recebido as informações devidas sobre tais pesquisas.

30 29 4. RESTRIÇÕES ÀS LIBERDADES DO ALTO MAR Buscando preservar e manter a paz e respeitar o direito internacional, há algumas restrições à liberdade de navegação, considerando-se que mesmo com a ausência de soberania, não se deve permitir anarquia. São então reguladas estas restrições por tratados e convenções internacionais. Os Estados se uniram para cooperar em caso de repressão de algumas atividades ilícitas, considerando que estas são próprias do meio marítimo, ou nela encontrar um caminho para sua prática. Desta forma, todos os Estados conjuntamente ficam responsáveis por esta fiscalização, sobre embarcações de seu pavilhão e também contra embarcações estrangeiras. O princípio geral da liberdade dos mares foi consagrado pela doutrina apenas no século XIX, nos fins do primeiro quartel, mesmo que este viesse se impondo desde o século XVIII. Porém, o princípio da liberdade sofre restrições seja em tempo de paz ou de guerra. Neste sentido, a CNUDM atribui aos navios de guerra o direito de visita às embarcações em alto mar, tal qual o exercício de um poder de polícia, situação essa normatizada no art. 110 da Convenção de As referidas restrições derivam da natureza das coisas no sentido de que a liberdade de cada Estado, no alto-mar (Hildebrando Accioly, 1991, pg. 197), [...] não deve ultrapassar limites que levem a prejudicar a liberdade de outro Estado, ou pode ser decorrente de acordos ou convenções internacionais PROIBIÇÃO DA GUERRA Devido a questão de o alto mar ter o dever de ser utilizado apenas para fins pacíficos, há à proibição formal da guerra desde 1945 pelo menos, quando da Conferencia São Francisco, que criou a ONU, em 26 de junho daquele ano. A ONU estabeleceu na sua Carta de criação que todos os Estados resolvam seus conflitos internacionais pacificamente. 8 A Convenção de 1982 criou 8 Carta São Francisco Art. 1. Os propósitos das Nações Unidas são: 1 Manter a paz e a segurança internacionais e, para esse fim, tomar, coletivamente, medidas efetivas para evitar ameaças à paz e reprimir os atos de agressão ou outra qualquer ruptura da paz e chegar, por meios pacíficos e de conformidade com os princípios da justiça e do direito internacional, a um ajuste ou solução das controvérsias ou situações que possam levar a uma perturbação da paz;

31 30 mecanismos de solução pacífica sobre todas as disputas relacionadas à Convenção, na parte XV, art Porém, há de se observar que nem todos os países são parte da ONU, não tendo esses a obrigatoriedade de cumprir com o estipulado, assim como, sabe-se que mesmo para os países integrantes da ONU, há aqueles que infringem as normas BLOQUEIO EM TEMPO DE GUERRA Semelhante a um cerco terrestre, o bloqueio é o corte de comunicações exteriores, de modo que há interdição de todas as embarcações que ali tentarem transitar. Se o bloqueio for estabelecido de forma legitima, autoriza-se que ocorra apresamento ou até o confisco das cargas que estiverem sendo transportadas, comportando exceções. Entre elas os casos de desconhecimento do capitão em desrespeitar o bloqueio Aborda o capítulo I da Declaração relativa ao direito da guerra marítima, assinada em Londres, na data de 26 de fevereiro de 1909, a respeito do bloqueio em tempo de guerra: Art. 1. O bloqueio deve limitar-se aos portos e às costas do inimigo ou por ele ocupados. Art. 2. De conformidade com a Declaração de Paris de 1856, o bloqueio, para ser obrigatório, deve ser efetivo, isto é, mantido por uma força suficiente para impedir realmente o acesso ao litoral inimigo. Art. 3. Saber se o bloqueio é efetivo é uma questão de fato. Art. O bloqueio não será considerado levantado se, em razão do mau tempo, as forças que mantêm o bloqueio se distanciaram momentaneamente. Art. 5. O bloqueio aplicar-se-á imparcialmente às diferentes bandeiras. Art. 6. O comandante da força bloqueadora pode conceder a navios de guerra autorização para entrar no porto bloqueado e para posteriormente dele sair. Art. 7. Um navio neutro, em caso de perigo comprovado por uma autoridade das forças bloqueadoras, pode penetrar no local bloqueado e dele sair posteriormente, sob condição de não haver deixado ou retirado carga alguma. Art. 8. O bloqueio, para ser obrigatório, deverá ser declarado conforme o artigo 9 e notificado conforme os artigos 11 e 16. Art. 9. Fará a declaração de bloqueio a Potência bloqueadora ou as autoridades navais que atuem em seu nome. [...] 9 Art Solução de controvérsias por quaisquer meios pacíficos escolhidos pelas partes; Nenhuma das disposições da presente Parte prejudica o direito dos Estados Partes de, em qualquer, momento, acordarem na solução de uma controvérsia entre eles relativa à interpretação ou aplicação da presente Convenção por quaisquer meios pacíficos de sua própria escolha.

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