DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
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- Diogo Paixão
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1 DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Parte 2 Prof. Renata Menezes
2 Força: qualquer meio de agressão art. 1º, Resolução da AGNU: Agressão é o uso da força armada por um Estado contra a soberania, integridade territorial ou independência política de outro Estado, ou qualquer outra atitude que seja inconsistente com a Carta das NU, conforme determinado por esta definição.
3 Legítima defesa: exceção ao princípio da ilicitude do recurso à força armada. Marco jurisprudencial relativo à matéria: Caso Caroline, 1837.
4 A despeito do caso ter terminado com um pedido formal de desculpas da Grã-Bretanha ao Canadá, posições antagônicas dos dois Estados demonstraram que a legítima defesa somente pode ser admitida se exercida imediatamente a agressão injusta ou a perigo de dano atual e iminente e desde que seja proporcional. Após ONU, com tratamento especial:
5 . Art. 51, Carta das NU: Nada na presente Carta prejudicará o direito inerente de legítima defesa individual ou coletiva no caso de ocorrer um ataque armado contra um Membro das Nações Unidas, até que o Conselho de Segurança tenha tomado as medidas necessárias para a manutenção da paz e da segurança internacionais. (...)
6 (...) As medidas tomadas pelos Membros no exercício desse direito de legítima defesa serão comunicadas imediatamente ao Conselho de Segurança e não deverão, de modo algum, atingir a autoridade e a responsabilidade que a presente Carta atribui ao Conselho para levar a efeito, em qualquer tempo, a ação que julgar necessária à manutenção ou ao restabelecimento da paz e da segurança internacionais.
7 Observe: - direito de legítima defesa transitório: comunicação necessária ao CS + legítima defesa exercida somente até o momento em que o CS tomar as medidas necessárias para restabelecimento da paz e segurança internacionais.
8 - direito de legítima defesa condicionado à ocorrência de ataque armado contra membro das NU. Atenção: Direito costumeiro e forte corrente doutrinária admitem legítima defesa também para fins preventivos (legítima defesa preventiva)!
9 Veja: supressão completa da guerra com a característica de ilicitude? Grande dificuldade da ordem internacional em exigir das grandes potências o cumprimento e respeito às normas que tornem a guerra menos destrutiva.
10 Normas que tornem a guerra menos destrutiva leis de guerra. Principais: Convenções de Haia de 1907 e Convenções de Genebra de 1949 (prisioneiros de guerra; feridos e enfermos das forças combatentes; feridos, enfermos e náufragos da guerra marítima; proteção à população civil).
11 Neutralidade: situação de imparcialidade que determinado Estado se coloca frente às hostilidades entre potências; abstenção; alheamento consciente da prática de atos que possam favorecer alguma das partes do conflito. Depende de declaração de neutralidade (podendo ser perpétuas) - manifestação de neutralidade: manifestação unilateral voluntária ou tratado internacional.
12 Atente! Sistema de cooperação mundial atual, com O.I s de natureza universal com finalidade de manutenção e preservação da paz tendência natural de extinção da neutralidade ou de redução a índices muito limitados. Vide art. 43, 1º, Carta da ONU:
13 Todos os Membros das Nações Unidas, a fim de contribuir para a manutenção da paz e da segurança internacionais, se comprometem a proporcionar ao Conselho de Segurança, a seu pedido e de conformidade com o acordo ou acordos especiais, forças armadas, assistência e facilidades, inclusive direitos de passagem, necessários à manutenção da paz e da segurança internacionais. (...)
14 Assim: neutralidade = alheamento a evento bélico desde que respeitadas as normas estabelecidas pelo DIP. Neutralidade considerada à luz do sistema de segurança individual do estado. Em face do sistema de segurança coletiva mundial, com estabelecimento de O.I s de natureza universal (ONU) nenhum Estado mantém-se totalmente neutro.
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