Universidade do Extremo Sul Catarinense Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais EUGLOSSINI (APIDAE, HYMENOPTERA) NO SUL DE SANTA CATARINA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Universidade do Extremo Sul Catarinense Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais EUGLOSSINI (APIDAE, HYMENOPTERA) NO SUL DE SANTA CATARINA"

Transcrição

1 Universidade do Extremo Sul Catarinense Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais EUGLOSSINI (APIDAE, HYMENOPTERA) NO SUL DE SANTA CATARINA Letícia Nicoleti Essinger Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade do Extremo Sul Catarinense para a obtenção do Grau de Mestre em Ciências Ambientais. Orientadora: Profª Drª Isabel Alves dos Santos Criciúma 2005

2 ii EUGLOSSINI (APIDAE, HYMENOPTERA) NO SUL DE SANTA CATARINA Letícia Nicoleti Essinger Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade do Extremo Sul Catarinense para a obtenção do Título de Mestre em Ciências Ambientais. Área de Conhecimento: Ecologia e Gestão de Ambientes Alterados Orientador: Prof(a). Dr(a) Isabel Alves dos Santos Criciúma 2005

3 iii Dados Internacionais de Catalogação na Publicação E78e Essinger, Letícia Nicoleti. Euglossini (apidae, hymenoptera) no sul de Santa Catarina / Letícia Nicoleti Essinger ; orientadora : Isabel Alves dos Santos. Criciúma : Ed. do autor, f. : il. ; 30 cm. Dissertação (Mestrado) - Universidade do Extremo Sul Catarinense. Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais, Criciúma, Entomologia. 2. Euglossini Classificação Santa Catarina, Região Sul. 3. Abelha Classificação Santa Catarina, Região Sul. 4. Plantas Polinização por insetos. I. Título. Bibliotecária: Flávia Cardoso CRB 14/840 Biblioteca Central Prof. Eurico Back UNESC

4 iv

5 Dedico aos meus pais, Rubens e Neiraci, ao meu irmão Vinicius pelo apoio e paciência. v

6 vi AGRADECIMENTO A minha orientadora Profª. Drª Isabel Alves dos Santos, pela oportunidade dada, apoio e os conhecimentos transmitidos. Ao Prof. Dr. Luiz Alexandre Campos pela orientação do estágio docente. Aos Prof. Dr. Carlos Alberto Garófalo, José Carlos Serrano e Evandson José dos Anjos-Silva da USP Ribeirão Preto, pela identificação das abelhas Euglossini. Ao Prof. Dr. Álvaro Back, pelo auxílio nas análises estatísticas. A Rosabel Bertolin Daniel, pelo apoio, amizade e acolhimento. Aos colegas do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais, pelo agradável convívio. Aos colegas do Laboratório de Abelhas Silvestres, Thiago de Souza, Morgana Silveira Sazan, Alexandre Miranda, Múcio Bratti Júnior e Cristiane Krug pelo apoio, companheirismo e contribuição para o desenvolvimento do projeto. A CAPES, pela Bolsa de Mestrado concedida e apoio financeiro. A minha família pelo apoio, incentivo e confiança. A Deus.

7 vii RESUMO As abelhas da tribo Euglossini são Neotropicais, solitárias, robustas, com coloração metálica e nidificam em cavidades pré-existentes. Ocorrem no Estado de Santa Catarina os gêneros Eufriesea, Euglossa e Eulaema. Os machos apresentam adaptações nas pernas que permitem a coleta e armazenamento de odores das flores. Neste trabalho os objetivos foram realizar um levantamento das espécies da tribo Euglossini no Sul de Santa Catarina com iscas aromáticas e fazer uma revisão bibliográfica sobre as famílias botânicas visitadas por Euglossini em diversas localidades do Brasil. O levantamento foi realizado nos municípios de Maracajá e Urussanga, em remanescentes de Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas e de Submontana respectivamente. As coletas foram realizadas com armadilhas de isca de espera e de garrafa, no período de setembro/2004 e agosto/2005, com essências artificiais de eucaliptol, vanilina, eugenol, benzoato de benzila, salicilato de metila e salicilato de benzila. As iscas de espera foram dispostas mensalmente por dois dias consecutivos, entre 9 e 12h, e as iscas de garrafa permaneciam no local por 24h. Coletas adicionais foram feitas com os dois tipos de armadilhas, entre 9 e 13h, com as mesmas essências, nos municípios de Araranguá, Cocal do Sul, Lauro Muller, Nova Veneza e Orleans, durante o mês de dezembro/2005. Além das coletas, também foi feita uma listagem das abelhas da tribo Euglossini registradas no banco de dados do Laboratório de Abelhas Silvestres da UNESC. A revisão bibliográfica sobre as plantas visitadas por Euglossini foi baseada em levantamentos de abelhas e artigos sobre interação abelha-planta realizados no Brasil. Foram obtidos 126 indivíduos nos municípios de Maracajá e Urussanga, pertencentes às espécies: Eufriesea violacea (Blanchard, 1840), Eufriesea gr. surinamensis (Linnaeus, 1758), Euglossa annectans Dressler, 1982 e Euglossa gr. analis Westwood Em Maracajá foram obtidos 64 machos das 4 espécies, atraídos pelas essências de benzoato de benzila, eucaliptol, eugenol e vanilina. Machos de Ef. violacea foram mais numerosos (35), atraídos pelas essências de vanilina, benzoato de benzila e eugenol. A essência de vanilina foi a que atraiu o maior número de machos (56,24%) e somente espécimes do gênero Eufriesea. Em Urussanga foram amostrados 62 exemplares, atraídos por benzoato de benzila, eucaliptol, eugenol, vanilina e salicilato de metila. Ef. violacea foi a mais numerosa (52), atraída pelas essências de vanilina, benzoato de benzila, eucaliptol e salicilato de metila. A essência de salicilato de benzila não atraiu nenhum indivíduo de Euglossini. Mais de 80% dos machos foram coletados em isca de espera nas duas áreas. Nas coletas adicionais, realizadas em outros municípios, foram obtidos 25 machos de Ef. violacea, em vanilina e eucaliptol. A coleção entomológica da Unesc registra 35 euglossíneos das 4 espécies, nos meses de janeiro, março, abril, setembro, outubro, novembro e dezembro, coletados nas essências de vanilina e eucaliptol, ou coletados em flores das famílias Apocynaceae, Bignoniaceae e Solanaceae. Apesar de visitar espécies de diferentes famílias vegetais, nota-se que os Euglossini apresentam certa preferência por flores de Bignoniaceae, Marantaceae e Apocynaceae. De acordo com outros trabalhos há comprovações que os Euglossini são bons polinizadores e podem promover a polinização cruzada entre indivíduos distantes, devido a sua capacidade de vôo.

8 viii ABSTRACT The bees of the tribe Euglossini are Neotropics, solitary, robust, with gaudy metallic coloration and nidifie in pre-existent cavities. In the State of Santa Catarina occur the genus Eufriesea, Euglossa and Eulaema. The males present adaptations in the legs that allow the collection and storage of scents of the flowers. In this work the objectives were to survey the species of the tribe Euglossini in the South of Santa Catarina with aromatic baits and to revise in the literature the botanical families visited by Euglossini in several places of Brazil. The survey was performed in remains of the Lowlands and Submontana Forest Ombrofila Densa in the districts of Maracajá and Urussanga, respectively. The samples were accomplished with nets (on traps of wait bait) and of baited trap, during the period of September/2004 through August/2005, with artificial essences of eucaliptol, vanillin, eugenol, benzyl benzoate, methyl salicylate and benzyl salicylate. The wait baits were offer monthly for two consecutive days, between 9 and 12h, and the baited trap stayed at the place for 24h. Additional collections were made with the two types of traps, between 9 and 13h, with the same essences, in the districts of Araranguá, Cocal do Sul, Lauro Muller, Nova Veneza and Orleans, in December/2005. Besides the collections a list of the bees of the tribe Euglossini registered in the database of the Laboratório de Abelhas Silvestres of UNESC was organized. The bibliographical revision on the plants visited by Euglossini was based on surveys of bees and papers on bee-plant interaction performed in Brazil. 126 individuals were collected in the districts of Maracajá and Urussanga, belonging to the species: Eufriesea violacea (Blanchard, 1840), Eufriesea gr. surinamensis (Linnaeus, 1758), Euglossa annectans Dressler, 1982 e Euglossa gr. analis Westwood In Maracajá 64 males of the 4 species were obtained attracted to the essences of benzyl benzoate, eucaliptol, eugenol and vanillin. Males of Ef. violacea were more abundant (35), attracted to vanillin, benzyl benzoate and eugenol essences. Vanillin attracted the largest number of males (56,24%) and only specimens of the genus Eufriesea. In Urussanga 62 males were attracted to benzoate benzyl, eucaliptol, eugenol, vanillin and methyl salicylate. Ef. violacea was again the most abundant species (52), attracted to vanillin, benzoate benzyl, eucaliptol and methyl salicylate baits. The essence of benzil salicylate didn't attract any individual of Euglossini. More than 80% of the males were collected with net in wait bait in the two areas. In the additional collections performed in the other districts 25 males were sampled of Ef. violacea, in vanillin and eucaliptol. The entomological collection of the University registers 35 euglossines of the 4 species, collected in January, March, April, September, October, November and December, in the vanillin and eucaliptol baits or collected in flowers of the families Apocynaceae, Bignoniaceae and Solanaceae. Despite visiting different botanical species it is to note that Euglossini present certain preferences for flowers of Bignoniaceae, Marantaceae and Apocynaceae families. In agreement with other works there are evidences that Euglossini are good pollinators and can promote the cross pollination among distant individuals, due to their flight capacity.

9 ix LISTA DE FIGURAS Figura 1 Localização dos municípios estudados no levantamento anual (verde escuro): Maracajá e Urussanga; e nas coletas adicionais (verde claro): Araranguá, Cocal do Sul, Lauro Muller, Nova Veneza e Orleans, Santa Catarina, Brasil...15 Figura 2 Foto aérea do Parque Ecológico de Maracajá (área 1) Figura 3 Vista aérea da Estação Experimental de Urussanga Figura 4 Isca de espera, A disposta no campo; B coletor vistoriando a armadilha para coletar, com rede entomológica, os indivíduos atraídos Figura 5 Isca em armadilha de garrafa disposta no campo...21 Figura 6 Exemplares machos das quatro espécies de abelhas Euglossini coletados na região sul de Santa Catarina. A Ef. violacea; B Ef. gr. surinamensis; C Eg. annectans; D Eg. gr. analis Figura 7 Dados de temperatura média e precipitação pluviométrica, registrados no período de setembro de 2004 a agosto de 2005, na EPAGRI Estação Experimental de Urussanga, município de Urussanga...24 Figura 8 Machos de Eufriesea violacea coletados no Parque Ecológico de Maracajá com políneas aderidas. A políneas de Catasetum cernuun aderidas ao mesoscuto; B polineas de Macradenia multiflora aderidas a fronte...27

10 x LISTA DE TABELAS Tabela 1: Espécies da tribo Euglossini coletadas com iscas aromáticas nas áreas: área 1 Parque Ecológico de Maracajá e área 2 Estação Experimental de Urussanga. (VA vanilina, EG eugenol, BB benzoato de benzila, EC eucaliptol, SM salicilato de metila e SB salicilato de metila)...26 Tabela 2: Número de machos de Euglossini capturados no período de setembro de armadilhas, no período de setembro de 2004 a agosto de 2005, no Parque Ecológico de Maracajá e EPAGRI Estação Experimental de Urussanga Tabela 3: Machos de Eufriesea violacea coletados no mês de dezembro de 2005 com iscas aromáticas, na região sul de Santa Catarina...28 Tabela 4: Espécies de Euglossini registradas na coleção da UNESC para a região sul do Estado de Santa Catarina....30

11 xi ÍNDICE 1 INTRODUÇÃO MATERIAL E MÉTODO Caracterização da Região Sul de Santa Catarina Clima Vegetação Local de estudo Parque Ecológico de Maracajá Área EPAGRI Estação Experimental de Urussanga Área Metodologia Isca de espera Isca em armadilha de garrafa Euglossíneos registrados na coleção da UNESC Plantas visitadas pela tribo Euglossini em outros Estados do Brasil RESULTADOS Euglossini do Parque Ecológico de Maracajá Área Euglossini da EPAGRI Estação Experimental de Urussanga (Epagri) Área Euglossíneos registrados na coleção da UNESC Plantas visitadas por abelhas da tribo Euglossini em outras localidades...31 DISCUSSÃO...36 REFERÊNCIAS...40 APÊNDICE...46 APÊNDICE A Espécies da Tribo Euglossini coletadas no Brasil com aromas artificiais, caixas e trap-nest. 1 eucaliptol (cineol); 2 vanilina; 3 eugenol; 4 salicilato de metila; 5 benzoato de benzila; 6 acetato de benzila; 7 escatol; 8 β-ionone; 9 acetato de amila. ( aroma não especificado)...47

12 10 1 INTRODUÇÃO As abelhas conhecidas como as abelhas das orquídeas pertencem à tribo Euglossini (Apidae: Apinae) (MICHENER, 2000). Os Euglossíneos ocorrem somente no continente americano, distribuídos na região Neotropical, que abrange as áreas entre as latitudes 30 N e 30 S (MORRONE 2004a; 2004b). O grupo tem como limite norte, o sul dos Estados Unidos (estados do Texas e Arizona), e limite sul, o norte da Argentina e o sul do Brasil (MICHENER, 2000; VIANA; KLEINERT; NEVES, 2002). No Brasil, estudos realizados por Wittmann, Hoffmann e Scholz (1988) registraram o limite sul de ocorrência da tribo Euglossini no paralelo 30 S, no Estado do Rio Grande do Sul. As abelhas da tribo Euglossini apresentam modo de vida solitária ou estágios intermediários entre solitário e social. São geralmente abelhas de grande porte, robustas e com coloração metálica. Seus ninhos são construídos em cavidades pré-existentes localizadas em barrancos e árvores, em formigueiros abandonados, no solo, termiteiros, entre outros (GARÓFALO, 1994; SILVEIRA; MELO; ALMEIDA, 2002; ROUBIK; HANSON, 2004). A tribo Euglossini tem aproximadamente 200 espécies distribuídas em cinco gêneros: Aglae Lepeletier & Serville, 1825, Exaerete Hoffmannsegg, 1817, Eufriesea Cockerel, 1909, Euglossa Latreille, 1802, e Eulaema Lepeletier, Os gêneros Aglae e Exaerete apresentam comportamento exclusivamente de parasitas de ninhos das espécies da sua própria tribo e não existem registros de ocorrência no Estado de Santa Catarina (SILVEIRA; MELO; ALMEIDA, 2002). Os gêneros Eufriesea, Euglossa e Eulaema ocorrem no Estado de Santa Catarina e serão caracterizados a seguir. Euglossa possui mais de 100 espécies descritas (ROUBIK; HANSON, 2004). Esse gênero é dividido em 5 subgêneros: Euglossa, o mais diversificado com cerca de 30 espécies; Euglossella, cerca de 10 espécies, cujos machos nunca foram coletados com iscas aromáticas; Glossura, com espécies relativamente grandes em relação às demais; Glossurella, restrito às áreas mais quentes das Américas; e Glossuropoda, restrita a Bacia Amazônica. As abelhas do gênero Euglossa são menores (9 18 mm) em relação aos gêneros Eufriesea e Eulaema, normalmente com coloração verde, bronze ou azul metálico, e também apresentam áreas com coloração vermelha, acobreada ou violeta (ACKERMAN, 1985; SILVEIRA; MELO; ALMEIDA, 2002; ROUBIK; HANSON, 2004). Os ninhos são

13 11 construídos como uma urna de resina, podendo estar expostos sobre ramos ou gravetos, mas a maioria das espécies constrói suas células de resina aglomeradas dentro de cavidades pré-existentes em ramos ou tronco de árvores, em barrancos ou em edificações. Em alguns casos, várias fêmeas dividem cooperativamente um mesmo ninho. Raramente são vistas em flores, mas são abundantes em amostras obtidas com iscas aromáticas. As espécies de Euglossa registradas para Santa Catarina são as seguintes: E. (Euglossella) mandibularis Friese, 1899 e E. (Glossura) annectans Dressler, 1982 (SILVEIRA; MELO; ALMEIDA, 2002). O gênero Eufriesea contém aproximadamente 60 espécies descritas (ROUBIK; HANSON, 2004), segundo gênero em número de espécies. São abelhas grandes e robustas (13 30 mm), com bonito padrão de cores do metassoma, combinação da cor da cutícula (freqüentemente metálico) com a cor dos pêlos (preto versus amarelo) (ACKERMAN, 1985; SILVEIRA; MELO; ALMEIDA, 2002; ROUBIK; HANSON, 2004). Seus ninhos constituem-se de células construídas com partículas de casca de árvores cimentadas com resinas, em frestas ou cavidades em troncos, rochas ou termiteiros. Aparentemente todas as espécies são solitárias, embora algumas construam seus ninhos em agregações. São freqüentemente sazonais, e pelos menos no sudeste e sul brasileiros são ativas apenas durante uns poucos meses, na estação chuvosa e nos meses mais quentes do ano. Segundo Silveira, Melo e Almeida (2002), as espécies de Eufriesea são: E. auriceps (Friese, 1899), E. danielis (Schrottky, 1907), E. faceta (Moure, 1999), E. smaragdina (Perty, 1833), E. violacea (Blanchard, 1840) e E. violancens (Mocsáry, 1898). O gênero Eulaema tem aproximadamente 16 espécies descritas. São abelhas grandes (13 30 mm) com coloração geralmente negra e tonalidades menos metálicas (ACKERMAN, 1985; ROUBIK; HANSON, 2004). As fêmeas dispõem seus ninhos em cachos de células ovais construídas de barro ou fezes, misturados com secreções glandulares ou resina. As células são abrigadas em cavidades no solo, barrancos, troncos de árvores etc. É comum as fêmeas, da mesma geração, compartilharem um mesmo ninho, mas trabalhando individualmente em suas próprias células. A única espécie registrada para Santa Catarina é Eulaema (Apeulaema) nigrita Lepeletier, 1841 (SILVEIRA; MELO; ALMEIDA, 2002).

14 12 Os machos euglossíneos apresentam adaptações morfológicas e comportamentais que os capacitam coletarem odores em flores com glândulas florais (DRESSLER, 1968; SCHLINDWEIN, 2000; BEMBÉ, 2004). Nas flores, eles coletam os compostos aromáticos secretados em regiões especializadas do labelo. A coleta das substâncias é feita por estruturas semelhantes a esponjas, no tarso das pernas anteriores, que raspam a pétala da flor, coletando o composto e transferindo-o para fendas pilosas, nas tíbias posteriores, durante o vôo, onde os compostos são armazenados (BRAGA; GARÓFALO, 2003; SINGER, 2004). A função das substâncias coletadas ainda não foi totalmente esclarecida, mas é grande a possibilidade de que sejam utilizadas para a síntese de feromônios sexuais, fazendo parte do processo de acasalamento do grupo (DODSON et al., 1969; WILLIAMS; WHITTEN, 1983; PERUQUETTI et al., 2000; SANTOS; SOFIA, 2002; SILVEIRA; MELO; ALMEIDA, 2002; BRAGA; GARÓFALO, 2003; SINGER, 2004). Na década de 1960, Dodson et al. (1969; 1970) identificaram vários componentes das fragrâncias florais presentes nas orquídeas. Com este conhecimento foram criadas as iscas aromáticas para atraírem os machos de Euglossini, possibilitando assim diversos estudos sobre a tribo, como o levantamento de espécies, sazonalidade, preferências pela substância aromáticas, entre outros (ACKERMAN, 1989, 1983, DODSON, 1969). No Brasil, o primeiro estudo sobre a tribo Euglossini utilizando iscas aromáticas foi realizado por Braga em 1976, no Estado do Amazonas (apud. Morato, 1998). Atualmente vários grupos de pesquisa dedicam-se ao estudo dessa tribo, principalmente nos Estados de São Paulo e da Bahia (Apêndice A). Na região sul do Brasil trabalhos com euglossíneos foram realizados nos Estados do Rio Grande do Sul (WITTMANN; HOFFMANN; SCHOLZ, 1988) e Paraná (SANTOS; SILVA; SOFIA, 2000; SANTOS; SOFIA, 2002; SOFIA; SANTOS; SILVA, 2004; SOFIA; SUZIKI, 2004; SUZUKI et al., 2004). As abelhas Euglossini apresentam peças bucais extremamente longas permitindo a coleta de néctar em flores com tubos florais também longos (ROUBIK, 2004). Além disso, as fêmeas apresentam habilidade na retirada de pólen de flores com anteras poricidas, que são liberados somente após a realização do movimento de vibração (o chamado buzz pollination) (GARÓFALO; MARTINS; ALVES-DOS- SANTOS, 2004), e o poder de voar grandes distâncias em uma só viaje, obtendo pólen e néctar de uma grande variedade de plantas. (JANZEN, 1971;

15 13 SCHLINDWEIN, 2000; RAMIREZ, DRESSLER; OSPINA, 2002). Os machos euglossíneos visitam muitas espécies de Orchidaceae e outras famílias botânicas como Amaryllidaceae, Annonaceae, Apocynaceae, Araceae, Bignoniaceae, Euphorbiaceae, Gesneriaceae, Haemodoraceae, Leguminosae, Malvaceae, Marantaceae, Musaceae, Rubiaceae, Solanaceae, Tiliaceae, Verbenaceae, Violaceae e Zingiberaceae (ACKERMAN, 1983; WILLIAMS; WHITTEN, 1983; ACKERMAN, 1985; DRESSLER, 1982; SILVEIRA; MELO; ALMEIDA, 2002; BRAGA; GARÓFALO, 2003; ROUBIK; HANSON, 2004; MILET- PINHEIROS; SCHLINDWEIN, 2005), podendo ser considerados polinizadores para várias espécies destas famílias. Schlindwein (2000) considera os euglossíneos polinizadores chave dos ecossistemas neotropicais. Este trabalho teve como objetivos: 1) realizar um levantamento das espécies de abelhas da tribo Euglossini no Sul de Santa Catarina; 2) comparar o efeito atrativo de essências artificiais para a captura de machos na amostragem, em remanescentes de Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas e Floresta Ombrófila Densa Submontana, no Sul de Santa Catarina; e 3) realizar uma revisão bibliográfica sobre as famílias botânicas visitadas pelas abelhas da tribo Euglossini em diversas localidades do Brasil.

16 14 2 MATERIAL E MÉTODO 2.1 Caracterização da Região Sul de Santa Catarina O Estado de Santa Catarina cobre uma área territorial de 95,4mil km², entre as coordenadas 25º 57'S e 29º 23'S e 48º 19'W e 53º 50'W e localiza-se na Região Sul do Brasil, junto com os Estados do Paraná e Rio Grande do Sul. Possui 293 municípios e habitantes (GOVERNO DE SANTA CATARINA, 2005). A região sul de Santa Catarina ocupa uma área de 9 mil km², possui 39 municípios e tem uma população estimada em 800 mil habitantes (GOVERNO DE SANTA CATARINA, 2005) Clima A região sul do Estado de Santa Catarina enquadrada pelo Sistema de Classificação de Köppen, como Cfa, (C mesotérmico, a temperatura média do mês mais quente é maior que 10 C e a do mês mais frio entre 18 e -3 C; f não há estação seca distinta; a temperaturas médias nos meses mais quentes acima de 22 C) (BACK, 2001; OMETTO, 1981; SANTA CATARINA, 1986; 2002). No município de Maracajá a temperatura média anual é 18,9 C e precipitação média anual de 1.219,4 mm; e no município de Urussanga a temperatura média anual é de 19 C e precipitação média anual é de 1.474,9 mm (SANTA CATARINA, 1986), Vegetação No Estado de Santa Catarina, o Domínio da Mata Atlântica cobria uma área de km² da extensão territorial, 85% da cobertura vegetal de todo o Estado. Hoje, restam somente 17,46% da formação vegetal (SEVEGNANI, 2002). A Floresta Ombrófila Densa (subdivisão da Mata Atlântica), junto com os manguezais e restingas, cobria km² do território catarinense; atualmente restam apenas km², distribuída em remanescentes florestais primários ou em estágio avançado de regeneração (SEVEGNANI, 2002). A denominação Floresta Ombrófila Densa foi designada por Ellenberge Mueller-Dombois (1965/6), e no ano de 1973 foi incluída no sistema de classificação fisionômico-ecológica da vegetação mundial adotado pela UNESCO (LEITE; KLEIN, 1990). É caracterizada pela presença de estratos superiores com árvores de alturas entre 25 e 30 m, perenifoliadas e densamente dispostas,

17 15 portando brotos foliares desprovidos de proteção à seca e às baixas temperaturas. A Floresta Ombrófila Densa é a formação mais pujante, heterogênea e complexa do sul do país, de grande força vegetativa, capaz de produzir naturalmente, a curto e médio prazo, grandes volumes de biomassa (LEITE; KLEIN, 1990). Os remanescentes estudados se localizam no Domínio da Floresta Ombrófila Densa, ocupando planícies cenozóicas e áreas de encostas e escarpas da Serra do Leste Catarinense e da Serra Geral (IBGE, 1986). 2.2 Local de estudo O estudo foi realizado na região sul do Estado de Santa Catarina. As coletas feitas para o levantamento anual foram realizadas nos município de Maracajá e Urussanga e as coletas adicionais nos municípios de Araranguá, Cocal do Sul, Lauro Muller, Nova Veneza e Orleans (Figura 1). Brasil Santa Catarina Lauro Muller Orleans Urussanga Nova Veneza Cocal do Sul Criciúma Maracajá Araranguá Figura 1 Localização dos municípios estudados no levantamento anual (verde escuro): Maracajá e Urussanga; e nas coletas adicionais (verde claro): Araranguá, Cocal do Sul, Lauro Muller, Nova Veneza e Orleans, Santa Catarina, Brasil.

18 Parque Ecológico de Maracajá Área 1 O município de Maracajá (28º50'S e 49º27 W) apresenta população estimada de habitantes e extensão territorial de 60km² (Figura 2). Está inserido na microrregião de Araranguá, onde a colonização é açoriana e italiana (IBGE, 2005). A economia municipal é baseada em culturas de fumo, arroz, mandioca, milho e feijão e em algumas indústrias de confecções. O Parque Ecológico de Maracajá está localizado a S e W, a 12m de altitude, no quilômetro 403 da BR-101. Sua área é formada por 112 hectares remanescente de Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas. A formação Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas está inserida em cotas de altitude abaixo de 30m e reveste sedimentos de origem fluvial, marinha e lacustre, por isso está sujeita as periódicas inundações, devido ao relevo plano e de difícil drenagem. Por se encontrar entre a restinga e a Floresta Ombrófila Densa Submontana é composta por espécies vegetais das duas formações, se caracterizando como uma formação ecótona (IBGE, 1986; LEITE; KLEIN, 1990; SEVEGNANI, 2002). A floresta apresenta árvores entre 15 e 20m de altura, copas largas, densifoliadas, porém não muito densa e apresenta espécies adaptadas ao solo arenoso ou turfoso, com variação de umidade e de nutrientes (SEVEGNANI, 2002).

19 17 Figura 2 Foto aérea do Parque Ecológico de Maracajá (área 1).

20 EPAGRI Estação Experimental de Urussanga Área 2 O município de Urussanga (28º31 S e 49º19 W) tem extensão territorial de 237.1km² e a estimativa de habitantes é de A colonização foi feita por italianos. A economia baseia-se nas indústrias de artigos plásticos, cerâmicos, móveis, esquadrias de alumínio, equipamentos para suinocultura e avicultura, confecções e vitivinicultura, e também em culturas do milho, feijão, arroz e fumo, viticultura, fruticultura e a criação de aves e suínos. A Estação Experimental de Urussanga está localizada no município de Urussanga S e w, na Rodovia SC 446 km 19 e a 48m de altitude. Trata-se de uma estação experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina S/A (EPAGRI) que atua na produção rural diversificada da agricultura familiar, com produtos como uva e cana de açúcar, no desenvolvimento de grandes culturas (arroz irrigado, feijão, milho, mandioca), sementes e mudas, irrigação e drenagem, olericultura, pecuária, recursos florestais, recursos hídricos, agrometeorologia, fruticultura de clima temperado e de clima tropical na região do Litoral Sul Catarinense. A EPAGRI possui uma área de floresta nativa de 35 hectares, de um fragmento maior que pertence a propriedades particulares (Figura 3). A formação florestal que compõe esse remanescente é a Floresta Ombrófila Densa Submontana, que ocorre em cotas de altitudes de 30 a 400m e onde as condições climáticas (temperatura amena, pluviosidade intensa e bem distribuída) propiciam seu desenvolvimento. O solo nesse tipo de floresta é drenado, com profundidade variável e recebe nutrientes das encostas e da decomposição da serrapilheira. A vegetação é composta por árvores com altura de 25 a 30m, copas largas e densas que formam uma cobertura arbórea bastante fechada, dando à vegetação o aspecto da floresta ombrófila (IBGE, 1986; SEVEGNANI, 2002).

21 19 Figura 3 Vista aérea da Estação Experimental de Urussanga. 2.3 Metodologia LEVANTAMENTO DAS ESPECIES Para o conhecimento da fauna de Euglossini no sul de Santa Catarina foram utilizados dois tipos de iscas armadilhas: isca de espera e isca em armadilha de garrafa, bem como uma busca no banco de dados do Laboratório de Abelhas Silvestres da UNESC dos indivíduos da tribo Euglossini. As coletas ocorreram entre o mês de setembro de 2004 e agosto de 2005 nos dois municípios acima descritos. Coletas adicionais foram realizadas no mês de dezembro de 2005 em municípios vizinhos Isca de espera A isca de espera consiste de um chumaço de algodão enrolado em gaze, com aproximadamente 5 cm de diâmetro, pendurado por um barbante (Figura 4A), conforme método descrito por Neves e Viana (1999). Em cada chumaço de algodão são colocadas gotas de somente um tipo de essência artificial para atrair os insetos e são vistoriados a cada 30 minutos. Os indivíduos atraídos são coletados com uma rede entomológica (Figura 4B) e mortos em câmara mortífera, vidros com papel toalha embebido em acetato de etila.

22 20 Esse tipo de armadilha foi instalado mensalmente por dois dias consecutivos, no interior de cada área estudada, totalizando 24 horas de amostragem. As armadilhas, com cada tipo de essência (6 essências), foram dispostas a 1,5 e 2m de altura e distância mínima entre elas de 10m, das 9 as 12 horas. A B Figura 4 Isca de espera, A disposta no campo; B coletor vistoriando a armadilha para coletar, com rede entomológica, os indivíduos atraídos Isca em armadilha de garrafa A isca em armadilha de garrafa utilizada nesse estudo foi confeccionada conforme o método descrito por Neves e Viana (1997). A armadilha consiste de garrafas plásticas tipo PET de dois litros, onde o gargalo de uma das garrafas é cortado e colocado invertido e o gargalo de outra garrafa é encaixado em orifício feito na lateral da garrafa anterior. Os gargalos servem de entrada na armadilha e dificultam a saída das abelhas ao entrarem nela (Figura 5). Dentro de cada armadilha é colocado um chumaço de papel absorvente embebido com um tipo de essência, atraindo assim os insetos. Os insetos capturados nas armadilhas são transferidos para a câmara mortífera. Em cada uma das armadilhas foi colocada uma essência e dispostas para a coleta substituindo as isca de espera pelas de garrafa por período de 24h, por tanto, uma vez por mês em cada uma das áreas, totalizando 12 coletas.

23 21 Figura 5 Isca em armadilha de garrafa disposta no campo. Para cada tipo de armadilha, de espera e de garrafa, foram oferecidas 6 essências artificiais, sendo elas: eucaliptol, vanilina, eugenol, benzoato de benzila, salicilato de metila e salicilato de benzila. Nas duas áreas de estudo, em que foi realizado o levantamento anual, foram utilizados os dois tipos de armadilhas descritos acima. Cada tipo foi disposto separadamente para que não houvesse sobreposição de oferta de aroma em diferentes armadilhas. A decisão de utilizar os dois tipos de armadilhas teve como objetivo oferecer o aroma por maior período de tempo. COLETAS ADICIONAIS Além de realizar o levantamento anual, foram realizadas 6 coletas adicionais em 5 municípios vizinhos: Araranguá, Cocal do Sul, Lauro Muller, Nova Veneza e Orleans, para ampliar a amostragem da região sul de Santa Catarina. Nessas coletas foram utilizados os dois tipos de armadilhas e as essências artificiais mencionadas anteriormente. No município de Araranguá, as coletas foram realizadas em dois dias; nos demais municípios foram feitas coletas em apenas um dia, entre 9-13horas. Todos os indivíduos coletados neste estudo foram levados ao laboratório, onde os exemplares foram alfinetados, colocados em estufa a 40 C para desidratação, etiquetados e depositados na coleção do Laboratório de Abelhas Silvestres da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC). A identificação do material foi feita com chave taxonômica de identificação, por comparação e como auxílio de especialistas (Dr. Carlos Alberto Garófalo, Dr. José Carlos Serrano

24 22 e Dr. Evandson José dos Anjos-Silva - USP). Os dados de temperatura média e precipitação média registrados durante o período de estudo foram registrados na EPAGRI Estação Experimental de Urussanga, no município de Urussanga e fornecidos pela pelos pesquisadores da Estação Euglossíneos registrados na coleção da UNESC Na região sul de Santa Catarina, desde novembro de 2001, têm sido colecionadas abelhas silvestres de vários municípios e localidades pelo grupo de pesquisa do Laboratório de Abelhas Silvestres da UNESC. Para essa coleção foi gerado um banco de dados, o qual foi consultado para adicionar mais informações sobre os indivíduos da tribo Euglossini já coletados na região sul de Santa Catarina. Através desse banco de dados foi elaborada uma tabela com as espécies de Euglossini, período de ocorrência, locais de coleta e a planta visitada ou a essência utilizada na coleta de tal exemplar Plantas visitadas pela tribo Euglossini em outros Estados do Brasil Uma revisão bibliográfica sobre Euglossini foi realizada nos trabalhos de levantamento de abelhas e de interação abelha-planta. Através dos dados obtidos nesses trabalhos foi elaborada uma tabela com as espécies de Euglossini e as respectivas plantas visitadas, bem como as referências pertinentes.

25 23 3 RESULTADOS No levantamento realizado no Parque Ecológico de Maracajá e na EPAGRI foram coletados 126 machos da tribo Euglossini, pertencentes a quatro espécies: Eufriesea violacea (Blanchard, 1840), Eufriesea gr. surinamensis (Linnaeus, 1758), Euglossa annectans Dressler, 1982 e Euglossa gr. analis Westwood Na figura 6 estão ilustradas as quatro espécies referidas. A B C D Figura 6 Exemplares machos das quatro espécies de abelhas Euglossini coletados na região sul de Santa Catarina. A Ef. violacea; B Ef. gr. surinamensis; C Eg. annectans; D Eg. gr. analis. Durante o período de setembro de 2004 e agosto de 2005, em que foi realizado o levantamento dos machos de Euglossini, a temperatura média mensal, variou entre 14,8 C e 24,4 C, sendo registrada a temperatura média mais baixa no mês de julho com e a temperatura média de mais alta em janeiro. No mesmo período, a precipitação média mensal variou entre 52,2mm, no mês de junho, e 278,8mm em setembro (Figura 7).

26 24 Os euglossíneos amostrados nesse estudo foram coletados no final da estação da primavera e no verão, entre os meses de novembro e fevereiro, que corresponderam aos meses de temperaturas mais altas, média de 22,6 C, e a média da precipitação mensal foi 129,6mm. Precipitação (mm) set out nov dez jan fev mar abri maio jun jul ago Temperatura ( C) Precipitação mensal Temperatura média mensal Figura 7 Dados de temperatura média e precipitação pluviométrica, registrados no período de setembro de 2004 a agosto de 2005, na EPAGRI Estação Experimental de Urussanga, município de Urussanga. 3.1 Euglossini do Parque Ecológico de Maracajá Área 1 No Parque Ecológico de Maracajá, foram coletados 64 machos das espécies Eufriesea violacea, Eufriesea gr. surinamensis, Euglossa annectans e Euglossa gr. analis, atraídos pelas essências de benzoato de benzila, eucaliptol, eugenol e vanilina (Tabela 1). Eufriesea violacea foi a espécie mais abundante nessa área de estudo, sendo obtidos 41 machos. A essência de vanilina foi a mais eficiente para essa espécie, atraindo 85,36% dos machos, seguido pelas essências de benzoato de benzila (12,19%) e eugenol (2,44%). Euglossa annectans foi a segunda espécie mais numerosa coletada nessa área, 21 indivíduos, sendo que a maioria dos indivíduos (95,23%) foi capturada em essência de vanilina seguido de eugenol (4,76%). As espécies Ef. surinamensis e Eg. analis estiveram representadas por apenas um indivíduo cada, atraídos pelas essências de vanilina e benzoato de benzila respectivamente (Tabela 1). Quanto às essências utilizadas, vanilina atraiu mais de 50% dos euglossíneos coletados no Parque Ecológico de Maracajá, seguido pela essência de eugenol (cerca de 30%). Apesar de atraírem um alto número de indivíduos, as duas essências e junto com benzoato de benzila são igualmente importantes

27 25 quanto ao número de espécies atraídas, pois cada uma atraiu indivíduos de 2 espécies. As essências de salicilato de metila, salicilato de benzila não atraíram nenhum macho de Euglossini nesta área. Os euglossíneos foram coletados nos meses de novembro (4 indivíduos), dezembro (31) de 2004, janeiro (19) e fevereiro (10) de 2005 (Tabela 2). Dezembro foi o mês com maior número de indivíduos coletados, mas somente exemplares de Ef. violacea. A espécie Eg. annectans foi coletada nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, apresentando nos dois últimos a maior ocorrência de exemplares e após o mês de maior ocorrência de Ef. violacea. Nessa área de estudo, os dois tipos de armadilhas oferecidos capturaram machos euglossíneos. Machos de Ef. violacea foram coletados em isca de espera com vanilina (30 indivíduos) e benzoato de benzila (5) e na isca em garrafa com vanilina (6). De Ef. gr. surinamensis foi obtido 1 indivíduo em isca de espera com vanilina. Indivíduos de Eg. annectans foram obtidos somente em isca de espera nas essências de eugenol (20) e eucaliptol (1). E Eg. gr. analis foi obtido um exemplar na isca de espera com benzoato de benzila. 3.2 Euglossini da EPAGRI Estação Experimental de Urussanga (Epagri) Área 2 Na EPAGRI foram amostrados 62 exemplares das espécies Ef. violacea e Eg. annectans, atraídos pelas essências de benzoato de benzila, eucaliptol, eugenol, vanilina e salicilato de metila (Tabela 1). Eufriesea violacea foi a espécie mais abundante nessa área (83,87%), sendo atraída pelas essências de vanilina, benzoato de benzila, eucaliptol e salicilato de metila. Na essência de eugenol foram obtidos 10 machos de Eg. annectans. Assim como na área 1 a essência vanilina mostrou-se bastante eficiente, atraindo 50% dos machos nessa área de estudo, seguido pelas essências de benzoato de benzila (19,35%), eucaliptol (12,80%) e salicilato de metila (1,61%). Os machos de Euglossini nesta área foram coletados nos meses de novembro (18 indivíduos), dezembro (28) de 2004 e janeiro (16) A espécie Ef. violacea apresentou grande número de indivíduos capturados no mês de dezembro e Eg. annectans ocorreu somente no mês de janeiro (Tabela 2). Na EPAGRI, foram obtidos euglossíneos das duas espécies nos dois tipos de armadilhas oferecidos. Na isca de espera, machos de Ef. violacea foram

28 26 coletados em essências de vanilina (22), benzoato de benzila (10), eucaliptol (8) e salicilato de metila (1); e euglossíneos de Eg. annectans foram obtidos em eugenol (8). Na isca em armadilha de garrafa, indivíduos de Ef. violacea foram obtidos em vanilina (9) e benzoato de benzila (2) e de Eg. annectans foram coletados em eugenosl (2). Nas duas áreas estudadas a essência de vanilina demonstrou ser o produto mais atrativo, sendo responsável por mais da metade dos indivíduos coletados (67 indivíduos). A essência de salicilato de benzila não atraiu nenhum indivíduo nas duas áreas estudadas. Tabela 1: Espécies da tribo Euglossini coletadas com iscas aromáticas nas áreas: área 1 Parque Ecológico de Maracajá e área 2 Estação Experimental de Urussanga. (VA vanilina, EG eugenol, BB benzoato de benzila, EC eucaliptol, SM salicilato de metila e SB salicilato de metila) espécie de abelha / essência VA EG BB EC SM SB total Eufriesea violacea área área Ef. gr. surinamensis área área Euglossa annectans área área Eg. gr. analis área área total

29 27 Tabela 2: Número de machos de Euglossini capturados no período de setembro de armadilhas, no período de setembro de 2004 a agosto de 2005, no Parque Ecológico de Maracajá e EPAGRI Estação Experimental de Urussanga espécie de abelha / mês set out nov dez jan fev mar abr maio jun jul ago E.violacea área área E. gr. surinamensis área área E. annectans área área E. gr. analis área área No Parque Ecológico de Maracajá foram obtidos 6 machos de Ef. violacea com polínias de flores da família Orchidaceae aderidas em seu corpo. Em quatro dos machos as polínias estavam aderidas na região do mesoscuto (tórax) e estas foram identificadas como sendo da espécie Catasetum cernuun (Catasetinae) (Figura 8A). Nos outros dois machos, as polínias estavam aderidas na região da fronte (cabeça) e pertencem a espécie Macradenia multiflora (Oncidiinae) (Figura 8B). A B Figura 8 Machos de Eufriesea violacea coletados no Parque Ecológico de Maracajá com políneas aderidas. A políneas de Catasetum cernuun aderidas ao mesoscuto; B polineas de Macradenia multiflora aderidas a fronte.

30 28 COLETAS ADICIONAIS Nas coletas adicionais realizadas em dezembro de 2005 foram obtidos 25 machos de Eufriesea violacea, atraídos pelas essências de vanilina (21 indivíduos) e eucaliptol (4 indivíduos). Estes foram obtidos nos municípios de Araranguá (11), Cocal do Sul (10) e Orleans (4). Nos municípios de Lauro Muller e Nova Veneza não foram coletados nenhum exemplar (Tabela 3). Tabela 3: Machos de Eufriesea violacea coletados no mês de dezembro de 2005 com iscas aromáticas, na região sul de Santa Catarina. espécie município essência n indivíduos Ef. violacea Orleans vanilina 4 Araranguá vanilina 11 Cocal do Sul vanilina 8 Cocal do Sul eucaliptol Euglossíneos registrados na coleção da UNESC No banco de dados da coleção entomológica do Laboratório de Abelhas Silvestres foram registrados 35 exemplares, entre machos e fêmeas, da tribo Euglossini (Tabela 4). As espécies catalogadas foram Eufriesea violacea, Eufriesea gr. surinamensis, Euglossa annectans e Euglossa gr. analis, as mesmas obtidas nas coletas realizadas para este estudo. Na tabela 4 estão listados todos os indivíduos com respectivos dados de coleta. Euglossa gr. analis foi a espécie mais numerosa no banco de dados. As fêmeas dessa espécie procedem dos municípios de Santa Rosa do Sul e Criciúma, e os machos de Siderópolis. As fêmeas foram coletadas em flores de Solanaceae e Bignoniaceae. Os machos foram capturados em flores de Tecoma stans (8 indivíduos) (Bignoniaceae), Senna macranthera (1) e S. multijuga (1) (Cesalpineaceae). Os indivíduos foram coletados nos meses de janeiro, março, abril e setembro. Eufriesea violacea foi a segunda espécie mais numerosa. De 13 exemplares, 10 eram machos e 3 fêmeas. Os indivíduos foram obtidos nos meses de março, setembro, novembro e dezembro. Os euglossíneos machos foram coletados em iscas aromáticas com essência de vanilina e em flores de Bignoniaceae e Apocynaceae. As fêmeas foram obtidas em flores de Solanum sp. e em Bignoniaceae..

31 29 Euglossa annectans está representada na coleção por 7 indivíduos. Duas fêmeas foram coletadas em Criciúma e Laguna, nos meses de setembro e outubro respectivamente. Cinco machos foram coletados em Criciúma, Maracajá e Urussanga, nos meses de janeiro, março, abril e setembro e outubro. Os euglossíneos coletados em Maracajá foram obtidos nas essências de eugenol e vanilina. Apenas um indivíduo de Eufriesea gr. surinamensis (1 macho) foi registrado em Duranta repens (Verbenaceae) no mês de novembro, em Criciúma.

32 30 Tabela 4: Espécies de Euglossini registradas na coleção da UNESC para a região sul do Estado de Santa Catarina. espécie sexo data local planta essência Ef. violacea f dez/01 Morro Albino Solanum sp. f nov/02 Araranguá Bignoniaceae f mar/03 Praia Grande m nov/02 Araranguá Bignoniaceae m nov/02 Araranguá Bignoniaceae m set/04 Araranguá Apocynaceae m mar/04 Maracajá vanilina m mar/04 Maracajá vanilina m mar/04 Maracajá vanilina m mar/04 Maracajá vanilina m nov/04 Maracajá vanilina m nov/04 Maracajá vanilina m nov/04 Maracajá vanilina Ef. gr. surinamensis m nov/04 Criciúma Duranta repens Eg. annectans f set/04 Criciúma f out/04 Laguna m jan/04 Criciúma m mar/04 Maracajá eugenol m abri/04 Maracajá vanilina m set/04 Criciúma m abr/05 Urussanga Eg. gr. analis f set02 Santa Rosa do Sul Solanaceae f set02 Santa Rosa do Sul Solanaceae f jan/04 Criciúma Bignoniaceae f jan/04 Criciúma Bignoniaceae m mar/04 Siderópolis Senna macranthera m mar/04 Siderópolis Tecoma stans m mar/04 Siderópolis Tecoma stans m mar/04 Siderópolis Tecoma stans m mar/04 Siderópolis Tecoma stans m mar/04 Siderópolis Tecoma stans m mar/04 Siderópolis Tecoma stans m mar/04 Siderópolis Tecoma stans m mar/04 Siderópolis Tecoma stans m abr/04 Siderópolis Senna multijuga

33 Plantas visitadas por abelhas da tribo Euglossini em outras localidades Na revisão bibliográfica dos levantamentos de abelhas realizados em outros estados brasileiros, verificou-se o registro de 20 espécies de Euglossini, dos gêneros Eufriesea, Euglossa, Eulaema e Exaerete nas seguintes famílias botânicas: Amaryllidaceae, Apocynaceae, Bignoniaceae, Boraginaceae, Caesalpinaceae, Clusiaceae, Fabaceae, Guttiferae, Lecythidaceae, Leguminosae, Lythraceae, Marantaceae, Melastomataceae, Passifloraceae, Rubiaceae, Scrophulariaceae e Solanaceae (Tabela 5). Plantas como Stenolobium stans, Jacaranda copaia, Tabebuia aurea, Tabebuia ochracea e Jacaranda caroba (Bignoniaceae) estão entre as mais visitadas e por um maior espectro de espécies de Euglossini. Por sua vez, Eulaema nigrita foi o Euglossini com maior espectro de plantas visitadas.

34 32 Tabela 5: Plantas visitadas pelas abelhas da tribo Euglossini em outros Estados do Brasil, segundo revisão bibliográfica. abelha planta espécie família espécie local referência Eufriesea Ef. auriceps Bignoniaceae Stenolobium stans SP DUTRA; MACHADO, 2001 Ef. mussitans Bignoniaceae Jacaranda copaia AM MAUÉS; SOUZA; KANASHIRO, 2004 Ef. nigrohirta Clusiaceae Clusia arrudae MG CARMO; FRANCESCHINELLI, 2002 Ef. nigrohirta Rubiaceae Palicourae rigida MG FARIA-MICCI; MELO; CAMPOS, 2003 Ef. surinamensis Solanaceae Solanum stramonifolium PE BEZERRA; MACHADO, 2003 Ef. violaceae Apocynaceae Peltastes peltatus MG TOSTES; VIEIRA; CAMPOS, 2003 Eufriesea sp. Lecythidaceae Bertholletia excelsa AM MAUÉS, 2002 Euglossa Eg. carinilabris Marantaceae Saranthe klotzschiana PE LOCATELLI; MACHADO; MEDEIROS, 2004 Eg. chlorina Bignoniaceae Jacaranda copaia AM MAUÉS; SOUZA; KANASHIRO, 2004 Eg. cordata Bignoniaceae Tabebuia chrysitricha, T. rosea-alba SP AGOSTINI; SAZIMA, 2003 Eg. cordata Boraginaceae Cordia superba SP AGOSTINI; SAZIMA, 2003 Eg. cordata Leguminosae Centrolobium tomentosum SP AGOSTINI; SAZIMA, 2003 Eg. cordata Bignoniaceae Stenolobium stans SP DUTRA; MACHADO, 2001 Eg. cordata Melastomataceae Cambessedesia hilariana SP FRACASSO; SAZIMA, 2004 Eg. mandibularis Scrophulariaceae Mecardonia tenella RS CAPELLARI, 2003 Eg. melanotricha Bignoniaceae Tabebuia aurea T. ochracea DF BARROS, 2001 Eg. modestior Bignoniaceae Jacaranda caroba MG FARIA-MICCI; MELO; CAMPOS, 2003

35 33 abelha planta espécie família espécie local referência Eg. townsendi Helianthus annuus MG MORGADO et al., 2002 Eg. townsendi Amaryllidaceae Crinum procerum SP BRAGA; GARÓFALO, 2003 Eg. truncata Marantaceae Saranthe klotzschiana PE LOCATELLI et al., 2004 Euglossa sp. Solanaceae Solanum stramonifolium PE BEZERRA; MACHADO, 2003 Euglossa sp. Lecythidaceae Bertholletia excelsa AM MAUÉS, 2002 Euglossa sp. Melastomataceae Comoloa ovalifolia BA OLIVEIRA-REBOUÇAS; GIMENES, 2004 Euglossa sp1 Passifloraceae Passiflora alata ES VARASSIN; SILVA, 1999 Euglossa sp2 Passifloraceae Passiflora alata ES VARASSIN; SILVA, 1999 Euglossa sp. Macroptilium atropurpureum PR VIEIRA et al., 2002 Euglossa ssp. Bignoniaceae Jacaranda copaia AM MAUÉS; SOUZA; KANASHIRO, 2004 Euglossa ssp. Caesalpinaceae Chamaecrista ramosa BA RAMALHO et al., 2003 Euglossa ssp. Fabaceae Centrosema, sp. BA RAMALHO et al., 2003 Eulaema El. bombiforme Marantaceae Saranthe klotzschiana PE LOCATELLI; MACHADO; MEDEIROS, 2004 El. cingulata Apocynaceae Peltastes peltatus MG TOSTES; VIEIRA; CAMPOS, 2003 El. cingulata Marantaceae Saranthe klotzschiana PE LOCATELLI; MACHADO; MEDEIROS, 2004 El. cingulata Passifloraceae Passiflora alata ES VARASSIN; SILVA, 1999 El. cingulata Solanaceae Solanum stramoniifolium AM SILVA et al., 2004 El. cingulata Solanaceae Solanum stramonifolium PE BEZERRA; MACHADO, 2003 El. meriana Lecythidaceae Bertholletia excelsa AM MAUÉS, 2002 El. meriana Bignoniaceae Jacaranda copaia AM MAUÉS; SOUZA; KANASHIRO, 2004 El. nigrita Leguminosae Dipteryx odorata AM MAUÉS; SOUZA; KANASHIRO, 2004

36 abelha planta espécie família espécie local referência El. nigrita Phaseolus vulgaris MG SANTANA et al., 2002 El. nigrita Apocynaceae Peltastes peltatus MG TOSTES; VIEIRA; CAMPOS, 2003 El. nigrita Bignoniaceae Tabebuia impetiginosa, T. chrysitricha, T. rosea-alba SP AGOSTINI; SAZIMA, 2003 El. nigrita Leguminosae Clitoria fairchidiana SP AGOSTINI; SAZIMA, 2003 El. nigrita Lythraceae Lagerstroemia speciosa SP AGOSTINI; SAZIMA, 2003 El. nigrita Bignoniaceae Tabebuia aurea T. ochracea DF BARROS, 2001 El. nigrita Bignoniaceae Stenolobium stans SP DUTRA; MACHADO, 2001 El. nigrita Bignoniaceae Jacaranda copaia AM MAUÉS; SOUZA; KANASHIRO, 2004 El. nigrita Fabaceae Gliricidia sepium PE KIILL; DRUMOND, 2001 El. nigrita Fabaceae Gliricida sepium PE KIILL; DRUMOND, 2001 El. nigrita Guttiferae Kielmeyera coriacea DF BARROS, 2002 El. nigrita Guttiferae Kielmeyera coriacea DF BARROS, 2002 El. nigrita Lecythidaceae Bertholletia excelsa AM MAUÉS, 2002 El. nigrita Leguminosae Dipteryx odorata AM MAUÉS; SOUZA; KANASHIRO, 2004 El. nigrita Marantaceae Saranthe klotzschiana PE LOCATELLI; MACHADO. MEDEIROS., 2004 El. nigrita Melastomataceae Comoloa ovalifolia BA OLIVEIRA-REBOUÇAS; GIMENES, 2004 El. nigrita Passifloraceae Passiflora alata ES VARASSIN; SILVA, 1999 El. nigrita Solanaceae Solanum stramonifolium PE BEZERRA; MACHADO, 2003 El. nigrita Solanaceae Solanum palinacanthum BA CARVALHO et al., 2001 El. saebrai Passifloraceae Passiflora alata ES VARASSIN; SILVA, 1999 El. spp. Caesalpinaceae Chamaecrista ramosa BA RAMALHO et al., 2003 El. spp. Fabaceae Centrosema sp. BA RAMALHO et al.,

37 35 abelha planta espécie família espécie local referência Exaereta Ex. swaragdina Apocynaceae Peltastes peltatus MG TOSTES; VIEIRA; CAMPOS, 2003 Ex. swaragdina Bignoniaceae Stenolobium stans SP DUTRA; MACHADO, 2001

38 36 DISCUSSÃO O número de machos euglossíneos coletados nas duas áreas foi semelhante, no Parque Ecológico de Maracajá (área 1) foram obtidos 64 indivíduos e na EPAGRI (área 2) 62 indivíduos, sendo que na área 1 foram coletadas quatro espécies e na área 2 duas espécies. As espécies mais abundantes nas duas áreas estudadas foram Ef. violacea, seguida por Eg. annectans. Em outros estudos realizados no sul do Brasil Ef. violacea também foi abundante, como registrado nos trabalhos realizados por Wittmann, Hoffmann e Scholz (1988), no Rio Grande do Sul e por Sofia, Santos e Silva (2004) e Sofia e Suzuki (2004) no Paraná. O presente estudo registrou a ocorrência de apenas 4 espécies da tribo Euglossini na região sul de Santa Catarina, número menor do que o registrado para todo o Estado por Silveira, Melo e Almeida (2000). Segundo os autores em Santa Catarina são citadas nove espécies da tribo Euglossini, destas foram amostradas nesse estudo somente Ef. violacea e Eg. annectans. Relacionando com o número de espécies registrados em outros Estados da Região Sul, nesse estudo o número foi menor do que no Rio Grande do Sul (5) (WITTMANN; HOFFMANN; SCHOLZ, 1988) e no Paraná (9) (SANTOS e SOFIA, 2002; SOFIA; SANTOS; SILVA, 2004). A ocorrência das espécies Ef. surinamensis e Eg. analis em Santa Catarina e na Região Sul do Brasil é inédita. Ha registros de Ef. surinamensis nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste (SILVEIRA; MELO; ALMEIDA, 2000; SILVA; REBÊLO, 2002; PERUQUETTI ET AL. 1999; BRAGA; GARÓFALO, 2000; NEVES; VIANA, 2003.) e Eg. analis nos estados do Amazonas, Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais (SILVEIRA; MELO; ALMEIDA, 2000; PERUQUETTI et al., 1999; OLIVEIRA; CAMPOS, 1995; 1996; NEVES; VIANA, 2003). A espécie Eulaema nigrita não foi registrada nesse estudo, mas é uma espécie comum no território brasileiro, sendo a segunda espécie mais numerosa nos estudos feitos por Wittmann, Hoffmann e Scholz (1988) no Rio Grande do Sul e por Sofia, Santos e Silva (2004) e Sofia e Suzuki (2004) no Paraná. Nas duas áreas, machos de euglossíneos foram obtidos entre os meses de novembro e fevereiro, sendo o mês de dezembro o que resultou maior número de indivíduos.

ABELHAS EUGLOSSINI EM FRAGMENTOS DE MATA ATLÂNTICA EM BURARAMA - ES

ABELHAS EUGLOSSINI EM FRAGMENTOS DE MATA ATLÂNTICA EM BURARAMA - ES ABELHAS EUGLOSSINI EM FRAGMENTOS DE MATA ATLÂNTICA EM BURARAMA - ES Gava, M. (1) ; Souza, L. (2) mayla.gava@gmail.com (1) Graduanda de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória

Leia mais

Colégio São Paulo Geografia Prof. Eder Rubens - 2013

Colégio São Paulo Geografia Prof. Eder Rubens - 2013 Colégio São Paulo Geografia Prof. Eder Rubens - 2013 CAP. 02 O território brasileiro e suas regiões.( 7º ano) *Brasil é dividido em 26 estados e um Distrito Federal (DF), organizados em regiões. * As divisões

Leia mais

MARIA INÊZ DA SILVA, MARIA DA CONCEIÇÃO TAVARES, CRISTIANE CIDÁLIA CORDEIRO E SUELLEN ARAÚJO. Introdução

MARIA INÊZ DA SILVA, MARIA DA CONCEIÇÃO TAVARES, CRISTIANE CIDÁLIA CORDEIRO E SUELLEN ARAÚJO. Introdução 1 TRABALHANDO AS BORBOLETAS E AS ABELHAS COMO INSETOS POLINIZADORES NAS AULAS PRÁTICAS DE DUCAÇÃO AMBIENTAL E ZOOLOGIA NO CURSO DE LICENCIATURA EM BIOLOGIA MARIA INÊZ DA SILVA, MARIA DA CONCEIÇÃO TAVARES,

Leia mais

B I O G E O G R A F I A

B I O G E O G R A F I A B I O G E O G R A F I A BIOMAS BRASILEIROS 2011 Aula VII BRASIL E VARIABILIDADE FITOGEOGRÁFICA O Brasil possui um território de dimensões continentais com uma área de 8.547.403 quilômetros quadrados. 4.320

Leia mais

ESTRUTURA FITOSSOCIOLÓGICA DO COMPONENTE ÁRBOREO DE UMA FLORESTA OMBRÓFILA EM PORTO VELHO, RONDÔNIA

ESTRUTURA FITOSSOCIOLÓGICA DO COMPONENTE ÁRBOREO DE UMA FLORESTA OMBRÓFILA EM PORTO VELHO, RONDÔNIA ESTRUTURA FITOSSOCIOLÓGICA DO COMPONENTE ÁRBOREO DE UMA FLORESTA OMBRÓFILA EM PORTO VELHO, RONDÔNIA Priscilla Menezes Andrade Antônio Laffayete Pires da Silveira RESUMO: O presente estudo foi realizado

Leia mais

Prof. MSc. Leandro Felício

Prof. MSc. Leandro Felício Prof. MSc. Leandro Felício Ecossistema: Sistema integrado e auto funcionante que consiste em interações dos elementos bióticos e abióticos e cujas dimensões podem variar consideravelmente. Bioma: Conjunto

Leia mais

Climas do Brasil GEOGRAFIA DAVI PAULINO

Climas do Brasil GEOGRAFIA DAVI PAULINO Climas do Brasil GEOGRAFIA DAVI PAULINO Grande extensão territorial Diversidade no clima das regiões Efeito no clima sobre fatores socioeconômicos Agricultura População Motivação! Massas de Ar Grandes

Leia mais

www.tiberioge.tibe o.c rioge om.br o.c A Ge G og o r g afi f a Le L va v da d a Sério

www.tiberioge.tibe o.c rioge om.br o.c A Ge G og o r g afi f a Le L va v da d a Sério 1 FLORESTA AMAZÔNICA 2 Características Localiza-se: Região Norte; parte do norte do Mato Grosso e Goiás; e parte oeste do Maranhão; O maior bioma brasileiro ocupa, praticamente, um terço da área do País.

Leia mais

O Clima do Brasil. É a sucessão habitual de estados do tempo

O Clima do Brasil. É a sucessão habitual de estados do tempo O Clima do Brasil É a sucessão habitual de estados do tempo A atuação dos principais fatores climáticos no Brasil 1. Altitude Quanto maior altitude, mais frio será. Não esqueça, somente a altitude, isolada,

Leia mais

Nome: Nº: Turma: Geografia. 1º ano Biomas Sílvia fev/08 INTRODUÇÃO

Nome: Nº: Turma: Geografia. 1º ano Biomas Sílvia fev/08 INTRODUÇÃO Nome: Nº: Turma: Geografia 1º ano Biomas Sílvia fev/08 INTRODUÇÃO São conjuntos de ecossistemas terrestres com vegetação característica e fisionomia típica em que predomina certo tipo de clima. São comunidades

Leia mais

Preferência de Iscas-odores por Espécies de Abelhas Euglossini (Hymenoptera: Apidae) em um Fragmento Florestal no Município de Ribeirão Cascalheira

Preferência de Iscas-odores por Espécies de Abelhas Euglossini (Hymenoptera: Apidae) em um Fragmento Florestal no Município de Ribeirão Cascalheira Preferência de Iscas-odores por Espécies de Abelhas Euglossini (Hymenoptera: Apidae) em um Fragmento Florestal no Município de Ribeirão Cascalheira Lucirene Rodrigues 1 & Evandson José dos Anjos-Silva

Leia mais

Biomas Brasileiros. 1. Bioma Floresta Amazônica. 2. Bioma Caatinga. 3. Bioma Cerrado. 4. Bioma Mata Atlântica. 5. Bioma Pantanal Mato- Grossense

Biomas Brasileiros. 1. Bioma Floresta Amazônica. 2. Bioma Caatinga. 3. Bioma Cerrado. 4. Bioma Mata Atlântica. 5. Bioma Pantanal Mato- Grossense Biomas Brasileiros 1. Bioma Floresta Amazônica 2. Bioma Caatinga 3. Bioma Cerrado 4. Bioma Mata Atlântica 5. Bioma Pantanal Mato- Grossense 6. Bioma Pampas BIOMAS BRASILEIROS BIOMA FLORESTA AMAZÔNICA

Leia mais

PROJETO DE PESQUISA ESTUDO DOS COMPONENTES LENHOSOS NA COBERTURA VEGETAL DA ENCOSTA DA FACULDADE MACHADO SOBRINHO, JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, BRASIL

PROJETO DE PESQUISA ESTUDO DOS COMPONENTES LENHOSOS NA COBERTURA VEGETAL DA ENCOSTA DA FACULDADE MACHADO SOBRINHO, JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, BRASIL PROJETO DE PESQUISA Professor Flávio José Soares Júnior Biólogo graduado pela Universidade Federal de Juiz de Fora; Mestre em Biologia Vegetal pela Universidade Federal de Viçosa; Doutorando em Botânica

Leia mais

CAPÍTULO 8 O FENÔMENO EL NIÑO -LA NIÑA E SUA INFLUENCIA NA COSTA BRASILEIRA

CAPÍTULO 8 O FENÔMENO EL NIÑO -LA NIÑA E SUA INFLUENCIA NA COSTA BRASILEIRA CAPÍTULO 8 O FENÔMENO EL NIÑO -LA NIÑA E SUA INFLUENCIA NA COSTA BRASILEIRA O comportamento climático é determinado por processos de troca de energia e umidade que podem afetar o clima local, regional

Leia mais

7. o ANO FUNDAMENTAL. Prof. a Andreza Xavier Prof. o Walace Vinente

7. o ANO FUNDAMENTAL. Prof. a Andreza Xavier Prof. o Walace Vinente 7. o ANO FUNDAMENTAL Prof. a Andreza Xavier Prof. o Walace Vinente CONTEÚDOS E HABILIDADES FORTALECENDO SABERES DESAFIO DO DIA Unidade I Tempo, espaço, fontes históricas e representações cartográficas

Leia mais

CLASSIFICAÇÃO E INDÍCIO DE MUDANÇA CLIMÁTICA EM VASSOURAS - RJ

CLASSIFICAÇÃO E INDÍCIO DE MUDANÇA CLIMÁTICA EM VASSOURAS - RJ CLASSIFICAÇÃO E INDÍCIO DE MUDANÇA CLIMÁTICA EM VASSOURAS - RJ Gisele dos Santos Alves (1); Célia Maria Paiva; Mônica Carneiro Alves Xavier (1) Aluna do curso de graduação em Meteorologia - UFRJ e-mail:

Leia mais

MONITORAMENTO HIDROLÓGICO EM ATENDIMENTO AO CONVÊNIO CASAN BACIA DA LAGOA DO PERI

MONITORAMENTO HIDROLÓGICO EM ATENDIMENTO AO CONVÊNIO CASAN BACIA DA LAGOA DO PERI RELATÓRIO MENSAL DE ATIVIDADES MONITORAMENTO HIDROLÓGICO EM ATENDIMENTO AO CONVÊNIO CASAN BACIA DA LAGOA DO PERI ABRIL/2006 CONVÊNIO 09.02.06.00.100.925/2000 CASAN Companhia Catarinense de Águas e Saneamento

Leia mais

CLIMAS DO BRASIL MASSAS DE AR

CLIMAS DO BRASIL MASSAS DE AR CLIMAS DO BRASIL São determinados pelo movimento das massas de ar que atuam no nosso território. É do encontro dessas massas de ar que vai se formando toda a climatologia brasileira. Por possuir 92% do

Leia mais

FERNANDA ROTEIRO DE ESTUDOS DE RECUPERAÇÃO E REVISÃO

FERNANDA ROTEIRO DE ESTUDOS DE RECUPERAÇÃO E REVISÃO Aluno (a): Disciplina GEOGRAFIA Curso Professor ENSINO MÉDIO FERNANDA ROTEIRO DE ESTUDOS DE RECUPERAÇÃO E REVISÃO Série 1ª SÉRIE Número: 1 - Conteúdo: Domínios morfoclimáticos - estudar as interrelações

Leia mais

Cap. 26 De norte a sul, de leste a oeste: os biomas brasileiros. Sistema de Ensino CNEC Equipe de Biologia. Bioma

Cap. 26 De norte a sul, de leste a oeste: os biomas brasileiros. Sistema de Ensino CNEC Equipe de Biologia. Bioma Cap. 26 De norte a sul, de leste a oeste: os biomas brasileiros Sistema de Ensino CNEC Equipe de Biologia Bioma Conjunto de vida, vegetal e animal, constituído pelo agrupamento de tipos de vegetação, condições

Leia mais

Nosso Território: Ecossistemas

Nosso Território: Ecossistemas Nosso Território: Ecossistemas - O Brasil no Mundo - Divisão Territorial - Relevo e Clima - Fauna e Flora - Ecossistemas - Recursos Minerais Um ecossistema é um conjunto de regiões com características

Leia mais

Regiões Metropolitanas do Brasil

Regiões Metropolitanas do Brasil Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia IPPUR/UFRJ CNPQ FAPERJ Regiões Metropolitanas do Brasil Equipe responsável Sol Garson Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro Juciano Martins Rodrigues Regiões Metropolitanas

Leia mais

GEOGRAFIA - 1 o ANO MÓDULO 25 O PANTANAL, A MATA DE ARAUCÁRIAS E AS PRADARIAS

GEOGRAFIA - 1 o ANO MÓDULO 25 O PANTANAL, A MATA DE ARAUCÁRIAS E AS PRADARIAS GEOGRAFIA - 1 o ANO MÓDULO 25 O PANTANAL, A MATA DE ARAUCÁRIAS E AS PRADARIAS Como pode cair no enem? (FUVEST) Estas fotos retratam alguns dos tipos de formação vegetal nativa encontrados no território

Leia mais

15- Representação Cartográfica - Estudos Temáticos a partir de imagens de Sensoriamento Remoto

15- Representação Cartográfica - Estudos Temáticos a partir de imagens de Sensoriamento Remoto 15- Representação Cartográfica - Estudos Temáticos a partir de imagens de Sensoriamento Remoto O Sensoriamento Remoto é uma técnica que utiliza sensores, na captação e registro da energia refletida e emitida

Leia mais

3º BIMESTRE 2ª Avaliação Área de Ciências Humanas Aula 148 Revisão e avaliação de Humanas

3º BIMESTRE 2ª Avaliação Área de Ciências Humanas Aula 148 Revisão e avaliação de Humanas 3º BIMESTRE 2ª Avaliação Área de Ciências Humanas Aula 148 Revisão e avaliação de Humanas 2 Tipos de vegetação Vegetação é caracterizada como o conjunto de plantas de uma determinada região. Em razão da

Leia mais

FORMAÇÃO VEGETAL BRASILEIRA. DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS Aziz Ab`Saber. Ipê Amarelo

FORMAÇÃO VEGETAL BRASILEIRA. DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS Aziz Ab`Saber. Ipê Amarelo FORMAÇÃO VEGETAL BRASILEIRA DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS Aziz Ab`Saber Ipê Amarelo Fatores que influenciam na distribuição das formações vegetais: Clima 1. Temperatura; 2. Umidade; 3. Massas de ar; 4. Incidência

Leia mais

VANESSA CONSTANTINO MATTOZO

VANESSA CONSTANTINO MATTOZO VANESSA CONSTANTINO MATTOZO ABELHAS EUGLOSSINA (HYMENOPTERA, APIDAE): DIVERSIDADE EM ÁREA DE MATA ATLÂNTICA, SETE BARRAS, SÃO PAULO. Monografia apresentada como requisito parcial para conclusão do curso

Leia mais

DIVERSIDADE DE CLIMAS = DIVERSIDADE DE VEGETAÇÕES

DIVERSIDADE DE CLIMAS = DIVERSIDADE DE VEGETAÇÕES FORMAÇÕES VEGETAIS - Os elementos da natureza mantém estreita relação entre si. - A essa relação, entendida como a combinação e coexistência de seres vivos (bióticos) e não vivos (abióticos) dá-se o nome

Leia mais

A BIOSFERA DO BRASIL (I) AULAS 34 E 35

A BIOSFERA DO BRASIL (I) AULAS 34 E 35 A BIOSFERA DO BRASIL (I) AULAS 34 E 35 OS BIOMAS DO BRASIL: (Aziz Ab Saber) O que se leva em consideração nesses domínios morfoclimáticos? Clima. Relevo. Solo. Vegetação. Vida. História da Terra e da ocupação

Leia mais

Fonte: Rondônia Rural Disponível em: Rondônia Rural.com

Fonte: Rondônia Rural Disponível em: Rondônia Rural.com I. INTRODUÇÃO O estado de Rondônia está localizado na região Norte do Brasil, a região Norte é a maior das cinco regiões do Brasil definidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Leia mais

COMPOSIÇÃO DE ESPÉCIES DE FORMIGAS NO SOLO E DOSSEL NA SERRA DO TEIMOSO, BAHIA

COMPOSIÇÃO DE ESPÉCIES DE FORMIGAS NO SOLO E DOSSEL NA SERRA DO TEIMOSO, BAHIA COMPOSIÇÃO DE ESPÉCIES DE FORMIGAS NO SOLO E DOSSEL NA SERRA DO TEIMOSO, BAHIA Breier, T.B.; 1, Andrade, M. A. R. 1 ;Valle, V. 2 ; & Silva, O. V. 3 RESUMO Investigamos a similaridade na composição de espécies

Leia mais

Fitogeografia do Brasil.

Fitogeografia do Brasil. Fitogeografia do Brasil. Profº Me. Fernando Belan Alexander Fleming Introdução Devido as grandes dimensões territoriais, estabelecemse muitas formações vegetais características de alguma região do Brasil.

Leia mais

A importância do continente europeu reside no fato de este ter

A importância do continente europeu reside no fato de este ter Conhecido como velho mundo, o continente europeu limitase a oeste com o Oceano Atlântico, ao sul com o Mediterrâneo, ao norte com o oceano Glacial Ártico e a leste com a Ásia, sendo que os Montes Urais

Leia mais

Climatologia. humanos, visto que diversas de suas atividades

Climatologia. humanos, visto que diversas de suas atividades Climatologia É uma parte da que estuda o tempo e o clima cientificamente, utilizando principalmente técnicas estatísticas na obtenção de padrões. É uma ciência de grande importância para os seres humanos,

Leia mais

A FLORESTA HOJE Cobertura Vegetal Natural do Estado de São Paulo

A FLORESTA HOJE Cobertura Vegetal Natural do Estado de São Paulo A FLORESTA HOJE Cobertura Vegetal Natural do Estado de São Paulo Importância da Floresta Proteção e conservação do solo e da água; Produção de madeira (casas, barcos, carvão; etc); Produção de alimentos

Leia mais

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira INEP. Ministério da Educação MEC

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira INEP. Ministério da Educação MEC 01) Qual o seu estado civil? A) Solteiro(a). B) Casado(a). C) Separado(a)/desquitado(a)/divorciado(a). D) Viúvo(a). E) Outro. 02) Como você se considera? A) Branco(a). B) Negro(a). C) Pardo(a)/mulato(a).

Leia mais

Respostas das questões sobre as regiões do Brasil

Respostas das questões sobre as regiões do Brasil Respostas das questões sobre as regiões do Brasil Região Norte 1. Qual a diferença entre região Norte, Amazônia Legal e Amazônia Internacional? A região Norte é um conjunto de 7 estados e estes estados

Leia mais

DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS BIOMAS BRASILEIROS

DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS BIOMAS BRASILEIROS DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS BIOMAS BRASILEIROS Creative Commons/Nao Iizuka Bioma Amazônia ou Domínio Amazônico Heterogêneo Perene Denso Ombrófila Três estratos Influenciado pelo relevo e hidrografia Bacia

Leia mais

CAPÍTULO 13 OS CLIMAS DO E DO MUNDOBRASIL

CAPÍTULO 13 OS CLIMAS DO E DO MUNDOBRASIL CAPÍTULO 13 OS CLIMAS DO E DO MUNDOBRASIL 1.0. Clima no Mundo A grande diversidade verificada na conjugação dos fatores climáticos pela superfície do planeta dá origem a vários tipos de clima. Os principais

Leia mais

Prova bimestral 5 o ano 2 o Bimestre

Prova bimestral 5 o ano 2 o Bimestre Prova bimestral 5 o ano 2 o Bimestre geografia Escola: Nome: Data: / / Turma: Leia o trecho da letra da música abaixo e, em seguida, responda às questões. [...] Eu já cantei no Pará Toquei sanfona em Belém

Leia mais

Comparação entre Variáveis Meteorológicas das Cidades de Fortaleza (CE) e Patos (PB)

Comparação entre Variáveis Meteorológicas das Cidades de Fortaleza (CE) e Patos (PB) Comparação entre Variáveis Meteorológicas das Cidades de Fortaleza (CE) e Patos (PB) F. D. A. Lima 1, C. H. C. da Silva 2, J. R. Bezerra³, I. J. M. Moura 4, D. F. dos Santos 4, F. G. M. Pinheiro 5, C.

Leia mais

GEOGRAFIA DO RIO GRANDE DO SUL

GEOGRAFIA DO RIO GRANDE DO SUL GEOGRAFIA DO RIO GRANDE DO SUL 1. Posição e situação geográfica. O Rio Grande do Sul é o estado mais meridional do Brasil, localiza-se no extremo sul do país. Tem um território de 282.062 km 2, ou seja,

Leia mais

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE A PRECIPITAÇÃO REGISTRADA NOS PLUVIÔMETROS VILLE DE PARIS E MODELO DNAEE. Alice Silva de Castilho 1

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE A PRECIPITAÇÃO REGISTRADA NOS PLUVIÔMETROS VILLE DE PARIS E MODELO DNAEE. Alice Silva de Castilho 1 ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE A PRECIPITAÇÃO REGISTRADA NOS PLUVIÔMETROS VILLE DE PARIS E MODELO DNAEE Alice Silva de Castilho 1 RESUMO - Este artigo apresenta uma análise comparativa entre os totais mensais

Leia mais

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural PROJETO FIP-ABC. Produção sustentável em áreas já convertidas para o uso agropecuário (com base no Plano ABC)

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural PROJETO FIP-ABC. Produção sustentável em áreas já convertidas para o uso agropecuário (com base no Plano ABC) Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Serviço Nacional de Aprendizagem Rural PROJETO FIP-ABC Produção sustentável em áreas já convertidas para o uso agropecuário (com base no Plano ABC) Descrição do contexto

Leia mais

Formações de Santa Catarina. Profa. Elisa Serena Gandolfo Martins Março/2015

Formações de Santa Catarina. Profa. Elisa Serena Gandolfo Martins Março/2015 Formações de Santa Catarina Profa. Elisa Serena Gandolfo Martins Março/2015 O Estado de Santa Catarina está totalmente inserido dentro do Bioma Mata Atlântica. A Mata Atlântica "O espaço que contém aspectos

Leia mais

Climas e Formações Vegetais no Mundo. Capítulo 8

Climas e Formações Vegetais no Mundo. Capítulo 8 Climas e Formações Vegetais no Mundo Capítulo 8 Formações Vegetais Desenvolvem-se de acordo com o tipo de clima, relevo, e solo do local onde se situam.de todos estes, o clima é o que mais se destaca.

Leia mais

CLASSIFICAÇÃO E INDÍCIO DE MUDANÇA CLIMÁTICA EM ITAPERUNA - RJ

CLASSIFICAÇÃO E INDÍCIO DE MUDANÇA CLIMÁTICA EM ITAPERUNA - RJ CLASSIFICAÇÃO E INDÍCIO DE MUDANÇA CLIMÁTICA EM ITAPERUNA - RJ Mônica Carneiro Alves Xavier (1); Célia Maria Paiva; Gisele dos Santos Alves (1) Aluna do curso de graduação em Meteorologia - UFRJ e-mail:

Leia mais

DOMÍNIO DOS MARES DE MORROS

DOMÍNIO DOS MARES DE MORROS DOMÍNIO DOS MARES DE MORROS Situação Geográfica Este domínio estende-se se do sul do Brasil até o Estado da Paraíba (no nordeste), obtendo uma área total de aproximadamente 1.000.000 km².. Situado mais

Leia mais

Professora Orientadora - Instituto Federal Catarinense - Campus Rio do Sul, e-mail: karlafunf@ifcriodosul.edu.br

Professora Orientadora - Instituto Federal Catarinense - Campus Rio do Sul, e-mail: karlafunf@ifcriodosul.edu.br TELHADO VERDE E A INFLUÊNCIA NO CONFORTO TÉRMICO EM UMA EDIFICAÇÃO DE MADEIRA NO IFC CAMPUS RIO DO SUL Karla Fünfgelt 1 ; Alexandra Goede de Souza 2 ; Eduardo Augusto Tonet 3 ; Samuel Fachini 4. 1 Professora

Leia mais

VEGETAÇÃO. Página 1 com Prof. Giba

VEGETAÇÃO. Página 1 com Prof. Giba VEGETAÇÃO As formações vegetais são tipos de vegetação, facilmente identificáveis, que dominam extensas áreas. É o elemento mais evidente na classificação dos ecossistemas e biomas, o que torna importante

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOLOGIA RENATA LEE DOS SANTOS MEDEIROS

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOLOGIA RENATA LEE DOS SANTOS MEDEIROS UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOLOGIA RENATA LEE DOS SANTOS MEDEIROS RIQUEZA E ABUNDÂNCIA DE ESPÉCIES EM COMUNIDADES DE ABELHAS EUGLOSSINA (HYMENOPTERA; APIDAE)

Leia mais

Cada espécie teria de ser observada em campo visitando flores;

Cada espécie teria de ser observada em campo visitando flores; Quantas espécies são polinizadoras no Brasil? Seria quase impossível estimar! pois: Cada espécie teria de ser observada em campo visitando flores; Experimentos de efetividade de polinização devem ser feitos

Leia mais

IT-1101 - AGRICULTURA IRRIGADA. (parte 1)

IT-1101 - AGRICULTURA IRRIGADA. (parte 1) 6 Sistemas de irrigação (parte 1) 6.1 Considerações iniciais Aplicação artificial de água ao solo, em quantidades adequadas, visando proporcionar a umidade necessária ao desenvolvimento das plantas nele

Leia mais

AS FORMAÇÕES VEGETAIS DO GLOBO E DO BRASIL

AS FORMAÇÕES VEGETAIS DO GLOBO E DO BRASIL AS FORMAÇÕES VEGETAIS DO GLOBO E DO BRASIL AS FORMAÇÕES VEGETAIS DO GLOBO Formações vegetais do globo AS FORMAÇÕES VEGETAIS DO GLOBO As Grandes Formações Vegetais da Superfície da Terra Tundra Vegetação

Leia mais

AVALIAÇÃO DOS ATRIBUTOS QUÍMICOS DE UM SOLO SOB FLORESTA ATLÂNTICA NA FAZENDA SANTA RITA, FARIA LEMOS, MG

AVALIAÇÃO DOS ATRIBUTOS QUÍMICOS DE UM SOLO SOB FLORESTA ATLÂNTICA NA FAZENDA SANTA RITA, FARIA LEMOS, MG AVALIAÇÃO DOS ATRIBUTOS QUÍMICOS DE UM SOLO SOB FLORESTA ATLÂNTICA NA FAZENDA SANTA RITA, FARIA LEMOS, MG Maria José Reis da Rocha 1, Camila Aparecida da Silva Martins 2, Aderbal Gomes da Silva 3, Mauro

Leia mais

Governo do Estado de Santa Catarina Grupo Reação SANTA CATARINA. O maior desastre de sua história

Governo do Estado de Santa Catarina Grupo Reação SANTA CATARINA. O maior desastre de sua história SANTA CATARINA O maior desastre de sua história As adversidades climáticas têm afetado significativamente o Estado de Santa Catarina ao longo de sua história. Essas adversidades, que podem ocasionar desastres

Leia mais

EXERCÍCIOS DE REVISÃO - CAP. 04-7ºS ANOS

EXERCÍCIOS DE REVISÃO - CAP. 04-7ºS ANOS EXERCÍCIOS DE REVISÃO - CAP. 04-7ºS ANOS LEIA AS INFORMAÇÕES, CONSULTE O LIVRO PARA ADQUIRIR MAIS CONHECIMENTO E RESPONDA OS EXERCÍCIOS EM SEU CADERNO. 1- Quente e frio: um país de extremos O Brasil é

Leia mais

REDES HIDROGRÁFICAS SÃO TODOS OS RECURSOS HIDROGRÁFICAS DE UM PAÍS, COMPOSTOS GERALMENTE PELOS RIOS, LAGOS E REPRESAS.

REDES HIDROGRÁFICAS SÃO TODOS OS RECURSOS HIDROGRÁFICAS DE UM PAÍS, COMPOSTOS GERALMENTE PELOS RIOS, LAGOS E REPRESAS. REDES HIDROGRÁFICAS SÃO TODOS OS RECURSOS HIDROGRÁFICAS DE UM PAÍS, COMPOSTOS GERALMENTE PELOS RIOS, LAGOS E REPRESAS. BACIA HIDROGRÁFICA. É UMA REDE DE TERRAS DRENADAS POR UM RIO E SEUS PRINCIPAIS AFLUENTES.

Leia mais

COMPARAÇÃO ENTRE A TEMPERATURA DA ÁREA URBANA E DA ÁREA RURAL DO MUNICÍPIO DE VIGIA

COMPARAÇÃO ENTRE A TEMPERATURA DA ÁREA URBANA E DA ÁREA RURAL DO MUNICÍPIO DE VIGIA COMPARAÇÃO ENTRE A TEMPERATURA DA ÁREA URBANA E DA ÁREA RURAL DO MUNICÍPIO DE VIGIA Andressa Garcia Lima 1, Dra. Maria Aurora Santos da Mota 2 1 Graduada em Meteorologia- UFPA, Belém-PA, Bra. andressinhagl@yahoo.com.br.

Leia mais

RESUMO. Vinicius Carmello. Miriam Rodrigues Silvestre. João Lima Sant Anna Neto

RESUMO. Vinicius Carmello. Miriam Rodrigues Silvestre. João Lima Sant Anna Neto DESIGUALDADE no campo e o risco climático em áreas de produção da soja no sul do brasil Vinicius Carmello Grupo de Pesquisa GAIA; UNESP/FCT - Presidente Prudente, São Paulo, Brasil viniciuscarmello@gmail.com

Leia mais

Biomas Brasileiros. www.tiberiogeo.com.br A Geografia Levada a Sério

Biomas Brasileiros. www.tiberiogeo.com.br A Geografia Levada a Sério Biomas Brasileiros FLORESTA AMAZÔNICA Solos com limitações quanto à fertilidade natural. Características Localiza-se: Região Norte; parte do norte do Mato Grosso e Goiás; e parte oeste do Maranhão; O maior

Leia mais

ANALISE DE PERDA DE SOLO EM DIFERENTES RELEVOS NO SEMIÁRIDO CEARENSE

ANALISE DE PERDA DE SOLO EM DIFERENTES RELEVOS NO SEMIÁRIDO CEARENSE ANALISE DE PERDA DE SOLO EM DIFERENTES RELEVOS NO SEMIÁRIDO CEARENSE Sebastião Cavalcante de Sousa (1); Rafaela Alves de Melo (1); Francisco Ramon da Cunha Alcantara (2) (Universidade Federal do Cariri,

Leia mais

Termo de Referência para Elaboração do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) TR GERAL

Termo de Referência para Elaboração do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) TR GERAL Termo de Referência para Elaboração do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) TR GERAL ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS (PRAD) ATENÇÃO O DOCUMENTO DEVE CONTER,

Leia mais

BRASIL REGIONALIZAÇÕES. Mapa II

BRASIL REGIONALIZAÇÕES. Mapa II BRASIL REGIONALIZAÇÕES QUESTÃO 01 - Baseado na regionalização brasileira, apresentados pelos dois mapas a seguir, é INCORRETO afirmar que: Mapa I Mapa II A B D C a. ( ) O mapa II apresenta a divisão do

Leia mais

Vegetação. Solo. Relevo. Clima. Hidrografia

Vegetação. Solo. Relevo. Clima. Hidrografia Vegetação Solo Relevo Clima Hidrografia VEGETAÇÃO E SOLOS HETEROGÊNEA CALOR E UMIDADE RÁPIDA DECOMPOSIÇÃO/FERTILIDADE. NUTRIENTES ORGÂNICOS E MINERAIS (SERRAPILHEIRA). EM GERAL OS SOLOS SÃO ÁCIDOS E INTEMPERIZADOS.

Leia mais

Palavras-chave: abelhas das orquídeas, armadilhas, forrageamento

Palavras-chave: abelhas das orquídeas, armadilhas, forrageamento Eficiência de métodos de coleta e horário de atividade de abelhas Euglossini (Hymenoptera: Apidae) em uma área de transição Cerrado-Floresta Amazônica, Mato Grosso José Max Barbosa de Oliveira Junior ¹

Leia mais

BIOMA. dominante. http://www.brazadv.com/passeios_ecol %C3%B3gicos_mapas/biomas.asp

BIOMA. dominante. http://www.brazadv.com/passeios_ecol %C3%B3gicos_mapas/biomas.asp BIOMAS DO BRASIL BIOMA Definição: Bioma, ou formação planta - animal, deve ser entendido como a unidade biótica de maior extensão geográfica, compreendendo varias comunidades em diferentes estágios de

Leia mais

MAS O QUE É A NATUREZA DO PLANETA TERRA?

MAS O QUE É A NATUREZA DO PLANETA TERRA? MAS O QUE É A NATUREZA DO PLANETA TERRA? A UNIÃO DOS ELEMENTOS NATURAIS https://www.youtube.com/watch?v=hhrd22fwezs&list=plc294ebed8a38c9f4&index=5 Os seres humanos chamam de natureza: O Solo que é o conjunto

Leia mais

TERCEIRÃO GEOGRAFIA FRNTE 8 A - aula 25. Profº André Tomasini

TERCEIRÃO GEOGRAFIA FRNTE 8 A - aula 25. Profº André Tomasini TERCEIRÃO GEOGRAFIA FRNTE 8 A - aula 25 Profº André Tomasini Localizado na Região Centro-Oeste. Campos inundados na estação das chuvas (verão) áreas de florestas equatorial e tropical. Nas áreas mais

Leia mais

GEOGRAFIA - 1 o ANO MÓDULO 19 VEGETAÇÃO EURO-AMERICANA

GEOGRAFIA - 1 o ANO MÓDULO 19 VEGETAÇÃO EURO-AMERICANA GEOGRAFIA - 1 o ANO MÓDULO 19 VEGETAÇÃO EURO-AMERICANA Como pode cair no enem? (ENEM) Sabe-se que uma área de quatro hectares de floresta, na região tropical, pode conter cerca de 375 espécies de plantas

Leia mais

PRODUÇÃO DE MUDAS PRÉ BROTADAS (MPB) DE CANA-DE-AÇUCAR EM DIFERENTE ESTRATÉGIAS DE IRRIGAÇÃO

PRODUÇÃO DE MUDAS PRÉ BROTADAS (MPB) DE CANA-DE-AÇUCAR EM DIFERENTE ESTRATÉGIAS DE IRRIGAÇÃO PRODUÇÃO DE MUDAS PRÉ BROTADAS (MPB) DE CANA-DE-AÇUCAR EM DIFERENTE ESTRATÉGIAS DE IRRIGAÇÃO L. G. Silva 1 ; E. F. Fraga Júnior 2 ; R. A. Santos 3 RESUMO: O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar,

Leia mais

NARRATIVA DO MONITOR DAS SECAS DO MÊS DE JUNHO DE 2015

NARRATIVA DO MONITOR DAS SECAS DO MÊS DE JUNHO DE 2015 NARRATIVA DO MONITOR DAS SECAS DO MÊS DE JUNHO DE 2015 Condições Meteorológicas do Mês de Junho de 2015 Historicamente, conforme pode ser observada na figura 1 (b), no mês de junho, o litoral oeste do

Leia mais

CIÊNCIAS PROVA 4º BIMESTRE 7º ANO PROJETO CIENTISTAS DO AMANHÃ

CIÊNCIAS PROVA 4º BIMESTRE 7º ANO PROJETO CIENTISTAS DO AMANHÃ PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SUBSECRETARIA DE ENSINO COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO CIÊNCIAS PROVA 4º BIMESTRE 7º ANO PROJETO CIENTISTAS DO AMANHÃ 2010 01. As fotografias

Leia mais

EDUCAÇÃO AMBIENTAL, RESGATAR A IMPORTÂNCIA DO BIOMA CAATINGA

EDUCAÇÃO AMBIENTAL, RESGATAR A IMPORTÂNCIA DO BIOMA CAATINGA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ CERES DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA DGEO PROJETO EDUCAÇÃO AMBIENTAL, RESGATAR A IMPORTÂNCIA DO BIOMA CAATINGA Caicó/RN 2015 UNIVERSIDADE

Leia mais

VEGETAÇÃO BRASILEIRA: visão fitogeográfica geral

VEGETAÇÃO BRASILEIRA: visão fitogeográfica geral VEGETAÇÃO BRASILEIRA: visão fitogeográfica geral PEDRO EISENLOHR pedrov.eisenlohr@gmail.com Ao final da aula, vocês deverão ser capazes de: 1. Conceituar e diferenciar termos essenciais para o estudo da

Leia mais

VARIAÇÃO DIÁRIA DA PRESSÃO ATMOSFÉRICA EM BELÉM-PA EM UM ANO DE EL NIÑO(1997) Dimitrie Nechet (1); Vanda Maria Sales de Andrade

VARIAÇÃO DIÁRIA DA PRESSÃO ATMOSFÉRICA EM BELÉM-PA EM UM ANO DE EL NIÑO(1997) Dimitrie Nechet (1); Vanda Maria Sales de Andrade VARIAÇÃO DIÁRIA DA PRESSÃO ATMOSFÉRICA EM BELÉM-PA EM UM ANO DE EL NIÑO() Dimitrie Nechet (); Vanda Maria Sales de Andrade () Departamento de Meteorologia da UFPa ABSTRACT This work describes diary variation

Leia mais

A diversidade de vida no planeta. Que animais selvagens você conhece? Em que ambiente natural e continente você acha que eles tem origem?

A diversidade de vida no planeta. Que animais selvagens você conhece? Em que ambiente natural e continente você acha que eles tem origem? A diversidade de vida no planeta Que animais selvagens você conhece? Em que ambiente natural e continente você acha que eles tem origem? Domínios naturais terrestres São extensas áreas geográficas com

Leia mais

Classificações climáticas

Classificações climáticas Classificações climáticas Glauber Lopes Mariano Departamento de Meteorologia Universidade Federal de Pelotas E-mail: glauber.mariano@ufpel.edu.br glaubermariano@gmail.com O clima do Brasil pode ser classificado

Leia mais

Bioma é um conceito estabelecido para classificar ambientes com base na

Bioma é um conceito estabelecido para classificar ambientes com base na 1 Bioma é um conceito estabelecido para classificar ambientes com base na composição predominante da vegetação. O padrão climático (temperatura e precipitação) representa o principal aspecto utilizado

Leia mais

BLOQUEIOS OCORRIDOS PRÓXIMOS À AMÉRICA DO SUL E SEUS EFEITOS NO LITORAL DE SANTA CATARINA

BLOQUEIOS OCORRIDOS PRÓXIMOS À AMÉRICA DO SUL E SEUS EFEITOS NO LITORAL DE SANTA CATARINA BLOQUEIOS OCORRIDOS PRÓXIMOS À AMÉRICA DO SUL E SEUS EFEITOS NO LITORAL DE SANTA CATARINA MARIANE CECHINEL GONÇALVES 1 KARINA GRAZIELA JOCHEM 2 VANESSA RIBAS CÚRCIO 3 ANGELA PAULA DE OLIVEIRA 4 MÁRCIA

Leia mais

DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos FEIJÃO OUTUBRO DE 2015

DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos FEIJÃO OUTUBRO DE 2015 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos FEIJÃO OUTUBRO DE 2015 CALENDÁRIO AGRÍCOLA - FEIJÃO Safra 1ª - Safra das Águas 2ª - Safra da Seca 3ª - Safra de Inverno Principais Regiões Sul, Sudeste,

Leia mais

EFICIÊNCIA DE ISCAS-ODORES NA COLETA DE EUGLOSSINI (HYMENOPTERA, APIDAE) Mayla Gava¹, Luceli de Souza²

EFICIÊNCIA DE ISCAS-ODORES NA COLETA DE EUGLOSSINI (HYMENOPTERA, APIDAE) Mayla Gava¹, Luceli de Souza² EFICIÊNCIA DE ISCAS-ODORES NA COLETA DE EUGLOSSINI (HYMENOPTERA, APIDAE) Mayla Gava¹, Luceli de Souza² 1 Graduanda em Ciências Biológicas Licenciatura, Universidade Federal do Espírito Santo/Departamento

Leia mais

Climatologia GEOGRAFIA DAVI PAULINO

Climatologia GEOGRAFIA DAVI PAULINO Climatologia GEOGRAFIA DAVI PAULINO Efeito no clima sobre fatores socioeconômicos Agricultura População Diversidade global de climas Motivação! O Clima Fenômeno da atmosfera em si: chuvas, descargas elétricas,

Leia mais

RELATÓRIO DE PLANTIO E VISTORIA

RELATÓRIO DE PLANTIO E VISTORIA Propriedade: Parque Ecológico Rio Formoso Código: 03/2011 Número de mudas plantadas: 150 (Cento e cinquenta) Data do plantio: 22/03/ 2011 Data da vistoria 01: 15/05/ 2011 Patrocinadores: Agência Ar - Hotel

Leia mais

COLÉGIO MARQUES RODRIGUES - SIMULADO

COLÉGIO MARQUES RODRIGUES - SIMULADO COLÉGIO MARQUES RODRIGUES - SIMULADO Estrada da Água Branca, 2551 Realengo RJ Tel: (21) 3462-7520 www.colegiomr.com.br PROFESSOR ALUNO ANA CAROLINA DISCIPLINA GEOGRAFIA A TURMA SIMULADO: P3 501 Questão

Leia mais

AMÉRICA: ASPECTOS NATURAIS E TERRITORIAIS

AMÉRICA: ASPECTOS NATURAIS E TERRITORIAIS AMÉRICA: ASPECTOS NATURAIS E TERRITORIAIS Tema 1: A América no mundo 1. Um continente diversificado A América possui grande extensão latitudinal e, por isso, nela encontramos diversas paisagens. 2. Fatores

Leia mais

INFLUÊNCIA DE FASES EXTREMAS DA OSCILAÇÃO SUL SOBRE A INTENSIDADE E FREQUÊNCIA DAS CHUVAS NO SUL DO BRASIL

INFLUÊNCIA DE FASES EXTREMAS DA OSCILAÇÃO SUL SOBRE A INTENSIDADE E FREQUÊNCIA DAS CHUVAS NO SUL DO BRASIL INFLUÊNCIA DE FASES EXTREMAS DA OSCILAÇÃO SUL SOBRE A INTENSIDADE E FREQUÊNCIA DAS CHUVAS NO SUL DO BRASIL Alice M. Grimm Grupo de Meteorologia - Departamento de Física - Universidade Federal do Paraná

Leia mais

OS CLIMAS DO BRASIL Clima é o conjunto de variações do tempo de um determinado local da superfície terrestre.

OS CLIMAS DO BRASIL Clima é o conjunto de variações do tempo de um determinado local da superfície terrestre. OS CLIMAS DO BRASIL Clima é o conjunto de variações do tempo de um determinado local da superfície terrestre. Os fenômenos meteorológicos ocorridos em um instante ou em um dia são relativos ao tempo atmosférico.

Leia mais

ESCRITÓRIO TÉCNICO DE ESTUDOS ECONÔMICOS DO NORDESTE ETENE INFORME RURAL ETENE PRODUÇÃO E ÁREA COLHIDA DE CANA DE AÇÚCAR NO NORDESTE.

ESCRITÓRIO TÉCNICO DE ESTUDOS ECONÔMICOS DO NORDESTE ETENE INFORME RURAL ETENE PRODUÇÃO E ÁREA COLHIDA DE CANA DE AÇÚCAR NO NORDESTE. O nosso negócio é o desenvolvimento ESCRITÓRIO TÉCNICO DE ESTUDOS ECONÔMICOS DO NORDESTE ETENE INFORME RURAL ETENE PRODUÇÃO E ÁREA COLHIDA DE CANA DE AÇÚCAR NO NORDESTE Ano 4 200 Nº 20 O nosso negócio

Leia mais

EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO RURAL NOS MUNICÍPIOS DO CENTRO- SUL PARANAENSE NO PERÍODO DE 2000 A 2010

EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO RURAL NOS MUNICÍPIOS DO CENTRO- SUL PARANAENSE NO PERÍODO DE 2000 A 2010 25 a 28 de Outubro de 2011 ISBN 978-85-8084-055-1 EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO RURAL NOS MUNICÍPIOS DO CENTRO- SUL PARANAENSE NO PERÍODO DE 2000 A 2010 Juliana Paula Ramos 1, Maria das Graças de Lima 2 RESUMO:

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2016

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2016 PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2016 Institui a Política de Desenvolvimento Sustentável da Caatinga. O CONGRESSO NACIONAL decreta: Art. 1º Esta Lei institui a Política de Desenvolvimento Sustentável da

Leia mais

PRÁTICAS SILVICULTURAIS

PRÁTICAS SILVICULTURAIS CAPÍTULO 10 PRÁTICAS SILVICULTURAIS 94 Manual para Produção de Madeira na Amazônia APRESENTAÇÃO Um dos objetivos do manejo florestal é garantir a continuidade da produção madeireira através do estímulo

Leia mais

AUDIÊNCIA PÚBLICA DO FEIJÃO GM DA EMBRAPA

AUDIÊNCIA PÚBLICA DO FEIJÃO GM DA EMBRAPA AUDIÊNCIA PÚBLICA DO FEIJÃO GM DA EMBRAPA Vamos destacar nessa apresentação a questão da reprodução do feijão, já que é uma espécie Neotropical (México, América Central), onde a maioria absoluta das espécies

Leia mais

DIVERSIDADE DE ABELHAS NATIVAS COLETADAS COM O AUXÍLIO DE NINHOS ARMADILHA NO PARQUE ESTADUAL CACHOEIRA DA FUMAÇA, ALEGRE, ES.

DIVERSIDADE DE ABELHAS NATIVAS COLETADAS COM O AUXÍLIO DE NINHOS ARMADILHA NO PARQUE ESTADUAL CACHOEIRA DA FUMAÇA, ALEGRE, ES. DIVERSIDADE DE ABELHAS NATIVAS COLETADAS COM O AUXÍLIO DE NINHOS ARMADILHA NO PARQUE ESTADUAL CACHOEIRA DA FUMAÇA, ALEGRE, ES. Arícia Leone E. M. de Assis¹, Luceli de Souza¹ 1 Universidade Federal do Espírito

Leia mais

CAPÍTULO 10 BALANÇO HÍDRICO SEGUNDO THORNTHWAITE E MATHER, 1955

CAPÍTULO 10 BALANÇO HÍDRICO SEGUNDO THORNTHWAITE E MATHER, 1955 CAPÍTULO 10 BALANÇO HÍDRICO SEGUNDO THORNTHWAITE E MATHER, 1955 1. Introdução A avaliação das condições de disponibilidade de água no espaço de solo ocupado pelas raízes das plantas fornece informações

Leia mais

A Energia Solar e o Potencial Fotovoltaico do Estado do Paraná

A Energia Solar e o Potencial Fotovoltaico do Estado do Paraná A Energia Solar e o Potencial Fotovoltaico do Estado do Paraná Prof. Dr. Gerson M. Tiepolo - tiepolo@utfpr.edu.br Universidade Tecnológica Federal do Paraná UTFPR Departamento Acadêmico de Eletrotécnica

Leia mais

POVOS INDÍGENAS NO BRASIL. Professor Sebastião Abiceu 7º ano Colégio Marista São José Montes Claros - MG

POVOS INDÍGENAS NO BRASIL. Professor Sebastião Abiceu 7º ano Colégio Marista São José Montes Claros - MG POVOS INDÍGENAS NO BRASIL Professor Sebastião Abiceu 7º ano Colégio Marista São José Montes Claros - MG Conhecendo os povos indígenas Para conhecer melhor os povos indígenas, é importante estudar sua língua.

Leia mais

Floresta Temperada é um bioma típico do hemisfério norte situado abaixo da Taiga, mais precisamente no leste da América do Norte, Europa, leste da

Floresta Temperada é um bioma típico do hemisfério norte situado abaixo da Taiga, mais precisamente no leste da América do Norte, Europa, leste da Floresta Temperada é um bioma típico do hemisfério norte situado abaixo da Taiga, mais precisamente no leste da América do Norte, Europa, leste da Ásia (Coreia, Japão, e partes da China), sul da Austrália

Leia mais

DISTRIBUIÇÃO LOCAL DAS ABELHAS

DISTRIBUIÇÃO LOCAL DAS ABELHAS PARQUE NACIONAL SERRA DE ITABAIANA - LEVANTAMENTO DA BIOTA Michelette, E.R.F. 2005. Distribuição Local das Abelhas pp. 113-119. In: Parque Nacional Serra de Itabaiana - Levantamento da Biota (C.M. Carvalho

Leia mais