FICHA DE REGISTRO DE SÍTIO ARQUEOLÓGICO

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1 Sist. Nac. de Informações Culturais SNIC FICHA DE REGISTRO DE SÍTIO ARQUEOLÓGICO Depto.de Identificação e Documentação-DID Nome do Sítio: SÍTIO ALDEIA DAS ESCRAVAS II Outras designações ou siglas: CNSA : (campo reservado) SÍTIO ESTRADA DA ALDEIA DAS ESCRAVAS II Município: DUQUE DE CAXIAS Localidade: UF RJ AMAPÁ Outras designações da localidade: Descrição sumária: Sítio Misto, antigo porto fluvial sobre área parcial de ocupação pré-histórica ceramista de Tradição Tupigurani. Foi localizado e registrado pela arqueóloga Jeanne Cordeiro em 2008 pelo Laboratório de Arqueologia Brasileira na fase de prospecções do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro. Localizado em areal do Bairro do Amapá em Duque de Caxias, foi resgatado pelo IAB em 2010 e Embora estivesse há 200 m da AID do Arco sofreu grandes impactos provocados por atividade mineraria detentora de licença de lavra para a exploração de areia pela empresa CONTERRA MINERAÇÃO E COMÉRCIO LTDA pela qual vem sendo explorada em grande escala há alguns anos. Situado em amplo terraço fluvial, na margem esquerda do Canal Bandeiras, resultante da canalização do Rio Otum, tributário da margem esquerda do Rio Iguaçu no qual deságua à cerca de 1.450m ao sul. A poligonal inicial totalizava uma área de m2. Cerca de 2/3 foi destruído pela retirada de areia. O grande impacto de origem antrópica é responsável pela descaracterização da estratigrafia em diversos setores do mesmo. Predominaram nas coletas artefatos do período histórico, concentrados em áreas diferenciadas em superfície e subsuperfície. A cerâmica domina no conjunto, mas foram muito comuns a louça, a faiança, o stoneware, as telhas, metal, lítico e madeira. Entre esta se destacaram os barrotes de secção retangulares, bem preservados, assim como restos de tijolos e de lajotas de piso, que indicaram a existência de estruturas portuárias construtivas de grandes dimensões. Completa o acervo a ocorrência pontual de material lítico e de cerâmica indígena, em uma área específica e mais próxima do antigo curso do Rio Otum. Abordagem Extensiva - A primeira abordagem dividiu a área em quatro quadrantes: Quadrante Norte (150 X 100 metros), Quadrante Sul (150 X 130 metros), Quadrante Leste (150 X 100 metros) e Quadrante Oeste (150 X 130 metros). Os setores foram identificados pelo sistema alfanumérico mediam cada um 25m2, sendo que as linhas a partir do datum em cada quadrante foram numeradas de 0 a 30 e as alfabetadas de A a U. Após a setorização dos mesmos as sondagens foram inicialmente realizadas de cinco em cinco metros, no cruzamento entre linhas com o objetivo de averiguar a distribuição de vestígios arqueológicos em sub-superfície, tendo sido efetuadas Resultados - O resultado final das sondagens extensivas permitiu constatar a ocorrência de material arqueológico em cinco concentrações, distribuídas entre os Quadrantes Norte, Sul e Oeste. Estas áreas foram denominadas Concentração 1, 2, 3, 4 e 5 e definidas segundo o estabelecimento de critérios sistemáticos de abordagem destas concentrações em cada quadrante. Abordagem Intensiva - Considerações do resgate feito. Este sítio arqueológico enquadra-se no tipo multicomponencial, sendo constituído por um rico acervo representativo de diferentes períodos culturais, caracterizados por fragmentos de cerâmica pré-histórica e histórica, faiança decorada, louça decorada, stoneware, porcelana, vidro, cachimbos cerâmicos, artefatos de metal, bem como artefatos líticos. A este acervo se juntam algumas estruturas que, apesar do alto grau de impacto e destruição infligidas ao longo do tempo, sugerem algumas condições de uso local. Ocupações Arqueológicas - Os elementos cronológicos diagnósticos, indicados pelos artefatos, em contexto estratigráfico, permitiram identificar ocupações relacionadas a quatro faixas cronológicas. Primeira Ocupação - Caracterizada por uma expressiva quantidade de artefatos cerâmicos e líticos que recuam seu povoamento ao período pré-colonial. A cerâmica tem características predominantemente tupiguarani, incluindo-se um tipo vaso de boca ampla, com a borda digitungulada e alguns cacos com vestígios de pintura. A ela se associam artefatos líticos e alguns poucos fragmentos de cerâmica neobrasileira de subcategoria 2 (pintada). Segunda Ocupação - A segunda delas caracteriza-se por artefatos que se localizam numa faixa cronológica

2 situada entre os séculos XVI e XVII. Acervo composto por fragmentos de peças de cerâmica neobrasileira, faiança simples e decorada, cerâmica de torno, vitrificada ou não, com grande recorrência de formas de pão de açúcar em níveis mais profundos de escavação. Terceira Ocupação - Caracterizada pela ocorrência, em menor proporção, de fragmentos de objetos associados aos séculos XVIII e XIX, principalmente constituído por louça decorada nos padrões: willow pattern, borrão azul, floral policromico, cut sponge, shell edge entre outros e reforçado por peças de stoneware, vidro, porcelana e cerâmica diversificada, características deste período. O material construtivo na forma de telhas, pisos e tijolos foi bastante recorrente, destacando-se um fragmento de piso com assinatura e de um segundo apresentando incisões radiais compondo um relógio solar. Coletaram-se, também, todos os fragmentos de lajotas cerâmicas de piso, objetivando-se levantar informes sobre a superfície mínima calçada que um dia existiu na área. Quarta e última Ocupação - A última ocupação se deu a partir da segunda metade do século passado, com a caracterização do lugar como jazida de areia, a princípio extraída manualmente depois, através de maquinária. Esta é a fase presente que impactou diretamente o sítio. Observação: Posteriormente, tendo sido verificada a invasão da área preservada em comum acordo com a empresa proprietária do sítio tornou-se necessário um acordo com a intervenção do IPHAN, tanto para avaliação do potencial que restou da mesma, quanto para novas pesquisas e preservação do terreno menos impactado. Os trabalhos foram efetivados com o apoio da empresa proprietária, reabordando-se o sítio e ampliando-se a exposição tanto da área com os barrotes, quanto nas margens do antigo canal do possível porto fluvial ali existente. Mas já fora do Programa em foco. Sítios relacionados: Aldeia das Escravas I,K4 - Proximidade física. Sítio K4, Engenho do Alto, Terra Prometida, Sítio das Palmeiras Filiação Cultural Nome do proprietário do terreno: Conterra - Lavra de Areia Endereço: Rua Coronel Tamarindo 59 Gragoatá Cidade: CEP: Fone/Fax Ocupante atual: Conterra Lavra de Areia Acesso ao sítio: Seguir estrada de Rio D Ouro entrar na Rua Duzentos e um. Medidas do sítio: Niterói UF RJ Comprimento: 240 m Largura: 280 m Altura máxima: m (a partir do nível do solo) Área: 67200m² Medição: Estima Passo Mapa Instrumento Nome e sigla do documento cartográfico: Imagem de Satélite Ano de edição: 2008 Órgão: IBGE DSG OUTRO Escala:

3 Delimitação da área/coordenadas UTM: dados atualizados na escavação Zona: 23 K E: N: GPS Em mapa DATUM: SAD 69 Margem de erro 7 metros Perímetro: Zona: Zona: Zona: Zona: 23 k 23 k 23 k 23 k E: E: E: E: N: N: N: N: Unidade geomorfológica: (vide tabela) Compartimento topográfico: (vide tabela) Planície de Inundação Altitude: (com relação ao nivel do mar) 07 m Outras referência de localização: Agua mais próxima: Canal Bandeiras 10 m Planície Distância: 1050 m Rio: Iguaçu Bacia: Iguaçu/ Baia de Guanabara Vegetação atual: Floresta ombrófita Campinarana Savana-estépica (caatinga Capoeira Floresta estacional Savana (cerrado) Estepe Outra: Gramínea Uso atual do terreno: Atividade urbana Estrutura da fazenda Plantio Via pública Pasto Área não utilizada Outro: Estrutura do antigo Porto do Barriga Propriedade da terra: Área pública Área privada Área militar Área indígena Outra: Proteção legal Unidade de conservação ambiental Categoria: Municipal Estadual Federal Patrimônio da humanidade/unesco Exposição: Contexto de deposição: Uniconponencial Multicomponencial Pré-colonial De contato Histórico Céu aberto Gruta Abrigo sob rocha Submerso Outra: Em superfície Em profundidade Tipo de sítio: Forma: (vide tabela) Tipo de solo Porto Fluvial Estratigrafia: (indicar o número, espessura e profundidade das camadas arqueológicas) Arenoso Vide relatório final do Arco no IPHAN Estruturas Área de refugo Vestígios de mineração Buracos de estacas De Lascamento Fossas Alinhamento de pedras De Combustão (fogueira, forno, fogão) Manchas pretas Muros de Pedra Funerárias Canais tipo trincheira, valetas Palafitas Vestígios de edificação Círculo de pedra Paliçadas Concentrações cerâmicas Quantidades Outras: Artefatos: Lítico lascado Lítico político Cerâmico Sobre concha Sobre material orgânico Outros vestígios líticos: Material histórico: Louça, Cerâmica, grés, faiança etc.

4 Outros vestígios orgânicos: Carvão Outros vestígios inorgânicos: Acervo:o material coletado) Números de catálogo: Vide Lista Inventário INSTITUTO DE ARQUEOLOGIA BRASILEIRA Arte rupestre: Pintura Gravura Ausente Artefatos líticos - Filiação cultural: Tradições: Fases: Complementos: Outras atribuições: Artefatos cerâmicos - Filiação cultural: Tradições: Tupiguarani, NeoNeobraileirV Neobrasileira, Colonial e Importada Louça e Porcelana Restos construtivos Complementos: Fases: Outras atribuições: Tijolos, Telhas, vidro, etc Arte rupestre - Filiação cultural: Tradições: Fases: Complementos: Outras atribuições: Datações absolutas: Datações relativas: Grau de integridade: Fatores de destruição: mais de 75% entre 25 e 75% menos de 25% Erosão eólica Erosão pluvial Construção de estradas Vandalismo Erosão Fluvial Atividades agrícolas Construções de moradias Outros fatores naturais: Outros fatores antrópicos: Mineração de areia Possibilidades de destruição: Mineração de areia Medidas para preservação: Salvamento emergencial da área remanescente Existe uma área de cerca de 15% do sítio ainda preservada

5 Relevância do sítio: Alta Média Baixa Atividades desenvolvidas no local: Registro Coleta de Superfície Sondagem ou Corte estratigráfico Escavação de grande superfície Levantamento de gráficos rupestres Responsável pelo registro: Inicial Jeanne Cordeiro Definitivo : Ondemar Ferreira Dias Junior e Josefa Jandira Neto Ferreira Dias Cidade: Estrada Sarapui, 3199 Belford roxo CEP: Fone/Fax: Nome do projeto: UF RJ Projeto de Monitoramento, Salvamento Arqueológico e Valorização do Patrimônio Cultural nas Obras da Estrada RJ 493/ RJ-109 Trecho C do Arco Metropolitano. Nome da instituição: INSTITUTO DE ARQUEOLOGIA BRASILEIRA Endereço: Estrada da Cruz Vermelha 45, Vila Santa Tereza CEP Documentação produzida: (quantidade) iab@arqueologia-iab.com.br Cidade: Fone/Fax: Belford Roxo - IAB UF RJ Mapa com sítio plotado: Planta baixa dos locais afetados: Perfil topográfico: Foto preto e branco: Cópia total de arte rupestre: Caderneta de campo: Croqui: Planta baixa de estrutura: Foto aérea: Reprografia de imagem: Cópia parcial de arte rupestre: Video/filme: Planta baixa do sítio: Perfil estratigráfico: Foto colorida: Imagem de satélite: Ilustração de imagem: Outra: Quantidade de imagens anexadas à Ficha de registro para inclusão no Banco de imagens: 10 fotos Bibliografia: Relatório Final no IPHAN Observações: 1. Todos os processos de atividades de Educação Patrimonial e Estudos de Patrimônio Culturais Imateriais desenvolvidos ao longo de cinco anos se encontram no Relatório Final Atenção! Esta Ficha de Registro foi refeita ao final da pesquisa e deverá substituir a anterior no CNA. Belford Roxo, 01/10/2014 Assinatura:

6 Mapas, croquis, desenhos e fotos, abaixo: Mapas Croqui Desenho

7 Planta Fotos Panorâmica Sítio Aldeia das Escravas II Vista Setorização Sítio Aldeia das Escravas II

8 Escavação Sítio Aldeia das Escravas II Escavação Sítio Aldeia das Escravas II Escavação Sítio Aldeia das Escravas II Escavação Sítio Aldeia das Escravas II

9 Escavação do forno do Sítio Aldeia das Escravas II Escavação do forno do Sítio Aldeia das Escravas II Escavação do forno do Sítio Aldeia das Escravas II Material resgatado do Sítio Aldeia das Escravas II