Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

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2 2012 by Associação Brasileira de Educação a Distância Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da Pearson Education do Brasil. Pearson Education do Brasil Diretor editorial: Roger Trimer Gerente editorial: Sabrina Cairo Coordenadora de produção: Silvana Afonso Editor: Sérgio Nascimento Preparação: Renata Siqueira Campos Revisão: Norma Gusukuma, Christianne Fonseca Gradvohl Colas, Alzira Allegro e Giuliana Gramani Capa: Andressa Nassif (sobre o projeto original de Alexandre Mieda) Editoração eletrônica e diagramação: Globaltec Artes Gráficas Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed) Coordenação: Fredric M. Litto Conselho científico: Fredric M. Litto, Marcos Formiga e Stavros Panagiotis Xanthopoylos Pesquisa: Associação Brasileira de Educação a Distância ABED Identidade visual CensoEAD.br: André Dias e Yuri Cristian Vieira Queiroz (Mídias Educacionais) Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Censo ead.br : relatório analítico da aprendizagem a distância no Brasil São Paulo : Pearson Education do Brasil, ISBN Censo educacional 2. Educação a distância - Brasil 3. Internet (Rede de computadores) na educação 4. Realidade virtual na educação CDD Índices para catálogo sistemático: 1. Internet e universidade : Educação superior Universidade e Internet : Educação superior Direitos exclusivos para língua portuguesa cedidos à Pearson Education do Brasil, uma empresa do grupo Pearson Education Rua Nelson Francisco, 26, Limão CEP: São Paulo - SP Tel.: (11) Fax: (11) vendas@pearson.com Associação Brasileira de Educação a Distância Abed Rua Vergueiro, 875 cj CEP: São Paulo SP Tel.: (11) Fax: (11) site: www2.abed.org.br abed@abed.org

3 Sumário Introdução viii Apresentação...xi Objetivos... xi Abrangência do Censo... xi Metodologia de pesquisa...xii 1. Composição da base de dados do Censo...1 Introdução Visão geral da EAD no Brasil em Aspectos gerais da EAD em A credibilidade da EAD em Alunos participantes de cursos de EAD Instituições envolvidas com EAD Os cursos de EAD O parque tecnológico e os recursos didático-pedagógicos Infraestrutura de pessoal Gestão da EAD em A divulgação dos cursos Casos particulares da EAD no Brasil...43 A evasão segundo a percepção das instituições A tutoria O fornecimento de produtos e serviços de EAD Os professores independentes Anexos...61 Listagem das instituições participantes do Censo Abed Os cursos autorizados/reconhecidos... 68

4 IV CensoEAD.BR Dados sobre cursos livres Dados sobre cursos corporativos Dados sobre fornecedores de produtos e serviços EAD Dados sobre professores independentes

5 Com a educação a distância, a indústria fica mais perto do futuro Seja qual for o setor industrial, o SESI e o SENAI desenvolvem cursos sob medida para atender às necessidades das empresas. Com horários flexíveis e metodologias inovadoras, são oferecidos cursos de ensino fundamental, médio e capacitação profissional para jovens e adultos. A qualquer hora ou dia, os alunos têm acesso às aulas em casa ou no trabalho, tornando a indústria cada vez mais competitiva. Para saber mais, acesse

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8 Introdução Para o desenvolvimento de um país, a implantação de projetos educacionais para a formação de profissionais qualificados, em todos os níveis de ensino, é condição imprescindível. No Brasil, no que se refere ao ensino superior, temos observado uma demanda crescente, o que resulta na multiplicação das vagas existentes. Para tanto, é indispensável construir e equipar novas escolas, preparar docentes para um ensino de boa qualidade, enfim, tomar todas as providências necessárias para atender adequadamente às expectativas da sociedade. Estas são, porém, metas que necessitam de longo prazo para serem atingidas. Por outro lado, a educação corporativa, a educação permanente e a aprendizagem informal são determinantes para uma participação ativa na sociedade do conhecimento. Vivemos em um mundo no qual a única constante é a mudança e o processo contínuo de formação configura-se como de importância estratégica para o desenvolvimento do país. No intuito de superar as dificuldades, a educação a distância apresenta-se como uma alternativa válida. Há uma preocupação constante com a qualidade dessa modalidade educacional para que seu reconhecimento nos processos de formação se concretize e ela seja valorizada como uma alternativa ou complementação da educação presencial. As novas tecnologias da informação e comunicação (TIC) têm contribuído significativamente para isso. A educação a distância (EAD), por meio da convergência de diversas mídias, como material impresso, rádio, televisão, vídeo, internet ou video conferência, vem estruturando possibilidades diversificadas de ensino que se igualam ou mesmo superam os resultados da educação presencial. A Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed) vem realizando inúmeras ações para encorajar o estudo sistemático de teorias pedagógicas e comunicacionais, valorizando a excelência na prática de educação a distância e estimulando relações éticas entre instituições, docentes e discentes. A Abed cumpre sua missão ao contribuir como fórum nacional de discussão e apresentação de estudos e pesquisas relacionados à área no Brasil. Obter e divulgar informações quantitativas organizadas e apresentar análise qualitativa dos dados, referentes aos rumos do ensino e da aprendizagem a distância, concretizam o interesse técnico da Abed em fornecer uma bússola que indique onde nos encontramos, na prática dessa modalidade de ensino, e permitem inferir algumas de suas tendências para o futuro. Ao disponibilizar os dados quantitativos coletados, a Abed também oferece a oportunidade de outras análises e inferências por parte de pesquisadores e/ou interessados na educação a distância. Dados e informações são indispensáveis para que análises científicas sejam possíveis e, no Brasil, nem sempre as pessoas e instituições dispõem-se a compilá-los e disponibilizá-los a partir de esforços sistemáticos. Obter a maior quantidade de dados nos outros censos e neste de 2010 envolve um trabalho persistente e competente de uma equipe de profissionais, sem os quais esse resultado seria impossível. Assim, ao realizar este censo anualmente, a Abed também tem procurado desenvolver o hábito de instituições e empresas organizarem e cederem suas informações e, ao mesmo tempo, receberem um quadro geral de todas as outras instituições. O compromisso de cada parte e o resultado no todo das informações permitem que se reflita mais efetivamente sobre a educação a distância e se delineie o caminho efetivo que ela está seguindo ao longo dos anos. O mercado global para educação é de mais de US$ 2,2 trilhões e provoca uma convergência de forças para mudanças educacionais. O crescimento maior e mais veloz da educação, em todos os campos, tem sido em decorrência de um contexto de competitividade globalizada, apoiada em metodologias e tecnologias cada vez mais inclusivas, na pressão de uma demanda demográfica, na alteração significativa do perfil dos alunos e na necessidade de uma educação continuada e permanente. A EAD no Brasil, nos últimos anos, a partir de sua incorporação na Lei de Diretrizes e Bases (Lei n , de 20 de dezembro de 1996), foi transformada em política pública definitiva, com a criação de diversos programas públicos e privados em níveis nacional e regional. Os índices de crescimento da EAD estão acima dos apontados pelos levantamentos sobre o crescimento econômico brasileiro, sendo um dos setores que pressionam para o desenvolvimento e para a sinergia da atividade econômica do país. A formatação e aplicação de programas de grande porte, como a Universidade Aberta do Brasil (UAB), indicam um rumo no combate aos baixos índices de formação do professorado e ao baixo índice de escolaridade média do brasileiro, assim como, especificamente, da mão de obra especializada. As empresas que praticam educação corporativa já formaram gerações de colaboradores e de terceirizados com base nas técnicas da EAD e investem cada vez mais na metodologia. O número de brasileiros que estudam a distância cresce a cada ano.

9 CensoEAD.BR Essas mudanças aceleradas indicam a necessidade de reformulação nos aspectos referentes às condições de ensino e aprendizagem. Há uma valorização da busca pelo conhecimento. No ensino, há um esforço constante para a organização de informações relevantes do ponto de vista pedagógico e tecnológico, traçando-se caminhos múltiplos para que a aprendizagem seja facilitada. Conceitos do paradigma presencial, como semestre, sala de aula e os limites geográficos, deixam de fazer sentido. Essas mudanças são grandes desafios para pesquisadores tanto do meio acadêmico como do mercado. As informações quantitativas, análises qualitativas, projeções e avaliações detalhadas podem indicar onde estávamos, onde estamos e para onde estamos indo e auxiliar na tomada de decisões. Os dados e informações oferecem maior segurança na tomada de decisões, seja para instituições, seja para empresas ou mesmo para o governo e órgãos reguladores no estabelecimento de diretrizes para a política educacional. A Abed, uma instituição científica filiada à Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, representante legítima do campo do conhecimento da Educação a Distância no país, enfrenta um desafio ao apresentar a publicação do Censo EAD Brasil Esta publicação apresenta a pesquisa, a metodologia, o resultado da coleta de dados e uma análise qualitativa, além das informações organizadas para novos estudos e análises. IX

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11 Apresentação A publicação do relatório de pesquisa do Censo EAD Brasil 2010 está estruturada em três partes. Parte 1 Composição da base de dados do Censo apresenta o universo da pesquisa, indicando o número de instituições respondentes e como elas se distribuem segundo a região geográfica em que se encontram e segundo o porte da empresa. Parte 2 Visão geral da EAD no Brasil em 2010 explora os aspectos referentes à evolução dessa modalidade no biênio 2009/2010, à credibilidade que lhe é atribuída pelos seus usuários, às características dos alunos por ela atendidos, bem como das instituições que optaram por ela como forma de oferecer educação ao público interessado e de seus cursos. Além disso, contempla aspectos gerais do parque tecnológico das instituições e dos recursos didático-pedagógicos usados para concretizar suas ações. Aborda, também, aspectos referentes à infraestrutura de pessoal envolvido nessa modalidade educacional, assim como alguns referentes à gestão da EAD e as formas de divulgação que as instituições utilizam para tornar conhecidos seus produtos e serviços. Parte 3 Casos particulares da EAD no Brasil trata de alguns aspectos importantes para o estudo dessa modalidade educacional. São eles: a evasão, a tutoria, o fornecimento de produtos e serviços e a configuração do trabalho dos professores independentes no contexto da EAD. Este documento apresenta também, no item Anexos, a partir dos questionários aplicados, a sistematização em quatro segmentos de atuação das instituições brasileiras no âmbito da EAD. São eles: cursos autorizados/reconhecidos, cursos livres, cursos corporativos, fornecedores de produtos e serviços e, além disso, professores independentes. Objetivos A publicação do Censo EAD Brasil 2010 tem como principal objetivo colocar à disposição de todos os interessados os dados obtidos e oferecer uma análise qualitativa sobre as ativida des no amplo setor da educação a distância (EAD), incluindo todos os níveis educacionais, filiados ou não ao sistema formal de ensino. A partir desse objetivo, busca-se: criar sinergia no ambiente acadêmico da educação a distância, provocar discussões e incentivar o planejamento de ações para solucionar problemas comuns a toda a comunidade de educação a distância; municiar pesquisadores e interessados em EAD com dados para o estudo nos temas mais específicos do setor; promover a integração e o diálogo entre instituições de ensino, governos, órgãos de regulação, associações e representantes dos atores do ambiente da EAD. Abrangência do Censo O processo de coleta de dados para compor o Censo Abed Brasil 2010 procurou envolver o universo das instituições educacionais, empresas fornecedoras de produtos e serviços e professores independentes de vínculos institucionais que desenvolveram atividades de EAD no país, no ano de Para tanto, procedeu-se ao levantamento dos possíveis participantes tendo como referência as categorias: instituições credenciadas pelo Sistema Nacional de Educação Ministério da Educação e Conselho Nacional de Educação, nos níveis de ensino básico, graduação e pós-graduação; instituições educacionais formais e informais que oferecem cursos livres e que são associadas ou não à Abed; instituições que atuam no âmbito da educação corporativa; empresas fornecedoras de produtos e serviços de EAD; professores independentes, ou seja, que atuam na EAD mas não têm vínculo direto ou indireto com as instituições educacionais dessa modalidade educacional. Para efeitos da pesquisa realizada, entende-se por ações diretas as que implicam a realização de cursos nos quais pelo menos 30% do conteúdo é desenvolvido em atividades a distância. A partir desse mínimo percentual, estão contemplados dois tipos de cursos de EAD: os cursos a distância propriamente ditos, nos quais mais de 70% do conteúdo é desenvolvido por meio de atividades a distância e que chegam aos alunos via materiais impressos, áudio, vídeo (gravado ou ao vivo), satélite ou tecnologias por computador com atividades síncronas ou assíncronas. Quando esses 70% são veiculados por meios impressos, a designa ção

12 XII recebida é a de curso a distância com entrega postal; se pelo menos 80% dos conteúdos são veiculados pela Internet, os cursos são designados como cursos on-line; os cursos blended, híbridos ou semipresenciais que combinam atividades presenciais e atividades a distância, cuja proporção varia entre 30% e 70% de umas em relação às outras. Essas definições podem ter comprometido algumas respostas dos cursos autorizados. Algumas instituições indicaram que os 20% de EAD permitidos pela legislação nem sempre se referem a uma única disciplina, mas ao curso como um todo, o que levou a alguns desencontros junto às definições apresentadas. As ações indiretas são as que envolvem fornecimento de produtos (objetos de aprendizagem, textos, conteúdos brutos ou pedagogicamente tratados etc.) ou de serviços (hospedagem de sites, tutoria, produção de conteúdos etc.), que viabilizam ou tornam o desenvolvimento de cursos a distância mais efetivo. Foram convidadas a participar do Censo, por , 812 instituições. Além disso, a Abed disponibilizou, em seu site, informe sobre a pesquisa para os interessados, que poderiam solicitar sua participação independentemente do convite. As instituições convidadas ou interessadas em responder ao Censo 2010 que apresentassem as respostas solicitadas, além de serem citadas na pesquisa, receberiam da Abed, gratuitamente, a publicação referente ao Censo 2010, bem como uma inscrição gratuita para o 17 o Congresso Internacional de EAD. O número de respondentes correspondeu a 198 instituições, o que significa uma aceitação de convites de 24%, tal como apontado na Tabela 1, a seguir. Tabela 1 Quantitativo de instituições convidadas e respondentes Convidadas Instituições Respondentes Porcentagem de aceitação % Abranger o universo das instituições voltadas à EAD depende do interesse das instituições, da sua capacidade de organizar os dados solicitados e da disponibilidade em partilhar informações com entidades parceiras no desenvolvimento de ações, produtos e projetos voltados para educação a distância. Foram observadas atitudes diversificadas em relação à disponibilização de informações. Algumas instituições dispuseram-se prontamente a preencher os questionários e a enviar as informações solicitadas no prazo previsto; outras se cadastraram, mas não responderam aos questionários por falta de tempo ou de interesse em organizar os dados solicitados. Algumas indicaram como restrição para participarem do Censo o fato de já terem fornecido informações a outras instituições no CensoEAD.BR mesmo período e outras, ainda, em virtude do grande número de questões a serem respondidas. Quanto mais instituições respondem ao Censo, mais todos têm a ganhar, pois o retrato da EAD e de suas tendências no Brasil depende dos que estão diretamente envolvidos. Conhecer o momento e as tendências é reconhecer-se, escolher os caminhos para o desenvolvimento de projetos e futuras atividades e obter fundamentação para estudos científicos e pesquisas na área de EAD. A Abed investe no Censo buscando oferecer condições mais seguras para todos trilharem seus caminhos e melhorarem seu desempenho a partir da análise quantitativa e qualitativa dos dados do universo de respondentes. A decisão de cada um certamente pode alterar o todo. Respeitamos a decisão de participação e trabalharemos com os dados disponíveis. Sugestões para melhoras no processo são sempre bem-vindas, mas também dependem da decisão em participar. O que é oferecido nesta publicação é o resultado da computação e análise dos dados obtidos das entidades que se dispuseram a participar e partilhar informações, as quais estão relacionadas no Anexo 1. Metodologia de pesquisa Levantamento do universo de pesquisa O levantamento do universo das entidades que atuam com educação a distância foi identificado a partir das fontes a seguir: Instituições educacionais Relação das instituições de ensino credenciadas junto ao Conselho Nacional de Educação e autorizadas por este a ministrar cursos de educação a distância nos níveis de graduação e pós-graduação. Relação das instituições credenciadas nos Conselhos Estaduais de Educação e autorizadas a ministrar cursos de educação a distância nos níveis de educação básica, educação de jovens e adultos e educação profissionalizante (técnica). Relação das instituições citadas no Censo Educacional como tendo ministrado cursos a distância. Instituições conveniadas aos projetos federais Universidade Aberta do Brasil (UAB) e Escola Técnica Aberta do Brasil (e-tec) para ministrar cursos a distância. Entidades corporativas Empresas com notórios projetos de educação corporativa a distância. Empresas avaliadas em estudos recentes produzidos pelo ambiente acadêmico como envolvidas com o ambiente da EAD. Empresas listadas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) como tendo projetos de educação corporativa.

13 CensoEAD.BR Empresas indicadas por instituições representantes de classe, como a Associação Brasileira de Educação Corporativa (Abec) e a Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH). Entidades de mercado Empresas e consultores com destaque no mercado de educação a distância como fornecedoras de grandes instituições de ensino ou de empresas que praticam educação corporativa. Professores sem vínculos institucionais que desenvolvem cursos de educação a distância. As instituições foram contatadas para identificação do responsável pela EAD e receberam o convite por . A Abed também divulgou o Censo em seu site, oferecendo a possibilidade de participação para instituições não identificadas nas fontes consultadas. Variáveis da pesquisa As variáveis de estudo determinadas pela Abed foram: a EAD no biênio 2009/2010 (evolução do número de matrículas, evolução do número de cursos, obstáculos enfrentados em 2010, possíveis obstáculos a serem enfrentados em 2011, comparação entre EAD e educação presencial EP); a credibilidade da EAD em 2010 (estratégias de avaliação dos cursos, valorização dos componentes do curso, aspectos mais importantes dos cursos); o perfil dos alunos atendidos por EAD (sexo, faixa etária, renda mensal individual, situação ocupacional); o perfil das instituições envolvidas com EAD (tempo de atuação em EAD, natureza jurídica); a caracterização dos cursos de EAD oferecidos (área de conhecimento, nível acadêmico, meio-mestre, gratuidade, composição de turmas, formas de aquisição ou desenvolvimento, valores cobrados); a caracterização do parque tecnológico e dos recursos didáticos pedagógicos utilizados (servidor para cursos EAD, LMS etc.); o perfil da infraestrutura de pessoal (composição numérica, regime de trabalho, perfil das equipes, composição funcional); características da gestão da EAD em 2010 (nível hierárquico, critérios de contratação, serviço externo, evolução, distribuição dos custos operacionais, investimentos realizados e previstos, lucratividade observada e prevista); divulgação (meios utilizados); casos particulares da EAD no Brasil (evasão, tutoria, fornecimento de produtos e serviços, professores independentes). As variáveis do estudo foram transformadas em instrumentos sob a forma de cinco questionários distintos, levando-se em conta as diferentes características institucionais. São eles: Questionário 1: Instituições que oferecem cursos autorizados/reconhecidos XIII Destinado às instituições que desenvolvem cursos de EAD que obtiveram autorização e/ou reconhecimento do Ministério de Educação e Cultura, dos Conselhos Estaduais e/ou Nacional de Educação. Os cursos autorizados/reconhecidos podem ser de nível básico, técnico profissionalizante, superior, pós-graduação stricto ou lato sensu, de especialização ou MBA. Questionário 2: Instituições que oferecem cursos livres Destinado a instituições que desenvolvem cursos de EAD livres, entendidos como de educação continuada que independem da aprovação dos órgãos reguladores para poder funcionar. São exemplos de cursos livres: cursos de aperfeiçoamento, de qualificação profissional, entre outros. Os certificados são emitidos pela instituição e não requerem reconhecimento do MEC ou qualquer outro órgão regulador. Os cursos livres podem ser gratuitos ou pagos e a instituição pode desenvolvê-los ou apenas implantá-los a partir da aquisição de cursos prontos ou de parceria com outras instituições. Os cursos livres estão voltados ao público em geral. Questionário 3: Instituições/empresas que oferecem cursos corporativos Destinado a instituições que desenvolvem cursos a distância para seus funcionários, clientes e/ou fornecedores sem custo para os participantes. Os cursos corporativos podem ser desenvolvidos pela própria empresa/instituição ou ser adquiridos mediante compra ou ainda por meio de parceria ou prestação de serviços de outras instituições/empresas. As empresas ou instituições que desenvolvem cursos corporativos para seus funcionários e/ou para funcionários de outras empresas/instituições e que cobram pela prestação dos serviços caracterizam-se como instituições fornecedoras de produtos e serviços em EAD e foram orientadas a responder ao Questionário 4. Questionário 4: Instituições/empresas que desenvolvem cursos a distância para outras instituições ou empresas Instituições/empresas que fornecem serviços e produtos para o desenvolvimento e implantação de cursos a distância. A prestação de serviços inclui desde o desenvolvimento de conteúdo até a locação de LMS e de servidores para a implantação dos cursos. Questionário 5: Professores independentes Em levantamento prévio, foram detectados cerca de 80 profissionais desenvolvedores de cursos a distância pela Web sem vínculos com instituições ou empresas. Ao analisar a situação de sua empresa/instituição, cada respondente escolheu o(s) questionário(s) que deveria responder. Por exemplo, uma instituição/empresa que desenvolve cursos autorizados e livres respondeu a dois questionários.

14 XIV Montagem de sistema on-line de coleta de dados Os censos anteriores foram todos realizados por meio de planilhas que eram enviadas e devolvidas por , tabuladas e analisadas pelos organizadores do censo. No Censo 2010, pela primeira vez foi elaborado um sistema on-line para coleta e tabulação das informações. A parte operacional desse sistema contou com: readaptação dos instrumentos ao sistema de coleta; definição do cadastro; fornecimento de login e senha aos respondentes para acesso aos questionários; teste do sistema e correção dos problemas; preparação de questionários em PDF para impressão; preparação das orientações aos respondentes; emissão dos convites; preparação do suporte aos respondentes; definição dos procedimentos para emissão de relatórios; acompanhamento do envio das respostas; contato eletrônico ou telefônico com os não respondentes. Acompanhamento das respostas aos questionários Nos contatos telefônicos com os não respondentes, detectaram-se a substituição dos responsáveis pela EAD na instituição, com extravio do convite, e o não recebimento do e- -mail de convite em decorrência de bloqueios institucionais a s enviados por sistema. Em ambos os casos, foram enviados novos convites e ampliado o prazo para as respostas. Além disso, algumas instituições tiveram necessidade de mais tempo do que o previsto pelo Censo para responder aos questionários. Só não foi possível atender a solicitações de ampliação do tempo para mais de dois meses. CensoEAD.BR O acompanhamento garantiu o recebimento do convite e do login e senha para o acesso aos questionários e a solução dos obstáculos encontrados para as respostas, indicando problemas de entendimento ou de falha do próprio sistema. As falhas identificadas no sistema foram prontamente corrigidas. Cruzamento das variáveis O cruzamento de variáveis definidas na coleta de dados organizou os resultados para facilitar a identificação de algumas tendências na análise de dados. A presente publicação foca os resultados e sua análise no cruzamento de variáveis e, para os interessados na realização de outros estudos, os dados brutos foram mantidos no Anexo. Análise quantitativa e qualitativa dos resultados Os dados obtidos foram analisados de forma quantitativa e qualitativa. A análise qualitativa dos dados quantitativos, organizados em tabelas, oferece algumas hipóteses possíveis em relação às tendências observadas. A identidade das instituições participantes da pesquisa foi preservada, cumprindo-se, com isso, o compromisso de sigilo dos dados fornecidos. Os resultados foram organizados em tópicos e tabelas que correspondem às variáveis estudadas. Em cada tópico há uma introdução que situa as variáveis analisadas, os dados obtidos já organizados em tabelas e comentários a respeito. São eles: 1. Composição da base de dados do Censo. 2. Visão geral da EAD no Brasil em Casos particulares da EAD no Brasil. Os tópicos 2 e 3 são subdivididos em elementos que facilitam a análise dos resultados e, assim, neles a introdução, os dados e os comentários são referentes aos subtópicos para facilitar a compreensão dos comentários gerais. No final do relatório está o conjunto de anexos, com o conjunto dos dados brutos por tipo de questionário constituinte da pesquisa.

15 PÓS-GRADUAÇÃO A MAIOR DO BRASIL QUALIDADE COMPROVADA ABE-EAD MAIS DE 35 CURSOS EM 7 ÁREAS PRÊMIO TOP EDUCAÇÃO 2010 Maior Nota do Brasil no ENADE CURSOS DE BACHARELADO, LICENCIATURA E TECNOLOGIA PRÊMIO TOP EDUCAÇÃO LIVROS GRATUITOS EM MÉDIA PRESENTE EM TODO O BRASIL SAMUEL TAVARES MENDES ALUNO EAD UNINTER MAIOR NOTA DO BRASIL NO ENADE 2009 Credenciamento pelo MEC - FACINTER: Faculdade Internacional de Curitiba, 4210, D.O.U. 20/12/2004. FATEC INTERNACIONAL: Faculdade de Tecnologia Internacional, 4271, D.O.U * Consulte a disponibilidade no seu curso. Impresso: JUNHO Não jogue este papel em via pública - RECICLE

16 Estude sem barreiras de tempo e distância Ambiente dinâmico de inovação continuada Secretaria acadêmica em campus virtual Material didático entregue em casa Excelência acadêmica Ibmec Acompanhamento de um professor online Interação e troca de experiências MBA Pós-graduação CBA Cursos de Curta Duração Soluções Corporativas Customizadas

17 1 Composição da base de dados do Censo Introdução A base do Censo é composta pelas instituições que responderam aos questionários. Entendemos por instituições as organizações que refletem experiências quantitativas e qualitativas dos processos socioeconômicos. São organizadas com regras e normas que visam à ordenação das interações entre os indivíduos e entre suas formas organizacionais. Elas têm um papel fundamental no processo de tornar o indivíduo um membro da sociedade. As instituições participantes deste Censo, do ponto de vista jurídico, foram classificadas, segundo proposta pelo MEC, em: pública federal: instituições mantidas e administradas pelo governo federal; pública estadual: instituições mantidas e administradas pelo governo dos estados; pública municipal: instituições mantidas e administradas pelo poder público municipal; privada ou particular em sentido estrito: instituídas e mantidas por uma ou mais pessoas físicas ou jurídicas de direito privado; comunitária: instituídas por grupo de pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas, inclusive cooperativas de professores e alunos que incluam, em sua entidade mantenedora, representantes da comunidade; confessional: instituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas que atendam a orientações religiosas ou políticas específicas; filantrópica: sem fins lucrativos, que utilizam seus excedentes em suas atividades fins, em benefício de uma comunidade ou poder público que conta com benefícios fiscais. As instituições respondentes foram classificadas em pequenas, médias e grandes empresas. Essa classificação tem em vista o porte da empresa e a tabela de referência foi a do Sebrae. O Sebrae utiliza o critério do IBGE, por número de empregados como critério de classificação do porte das empresas, para fins bancários, ações de tecnologia, exportação e outros. Indústria: Micro: com até 19 empregados Pequena: de 20 a 99 empregados Média: de 100 a 499 empregados Grande: mais de 500 empregados Comércio e Serviços: Micro: até 9 empregados Pequena: de 10 a 49 empregados Média: de 50 a 99 empregados Grande: mais de 100 empregados Buscou-se, ainda, uma classificação pelo setor no qual as instituições atuam, seja comercial, seja industrial, serviços, governo e terceiro setor. Essas características nos permitem analisar as instituições e as ações que desenvolvem EAD: se cursos livres, cursos autorizados, ambas as formas, serviços e produtos em EAD. Há instituições que apenas desenvolvem um tipo de curso e outras que desenvolvem vários tipos. A distribuição dessas empresas pelas regiões nacionais nos permite verificar a tendência de polos produtores de EAD, agora que as fronteiras físicas foram superadas por essa modalidade de ensino. Além disso, é importante verificar quais os cursos, segundo o nível educacional em EAD, que essas instituições, classificadas do ponto de vista jurídico e segundo seu porte, oferecem ao público, e como estão concentradas em termos de região geográfica. Aqui, encontra-se outra tendência interessante em termos da natureza e do porte das empresas, por exemplo, o tipo de curso oferecido pelas empresas de pequeno porte e pelas de grande porte. Outro ponto importante é verificar se as instituições educacionais desenvolvem apenas cursos em EAD ou também oferecem cursos presenciais. Esse é um aspecto interessante no momento em que a questão da presencialidade está em discussão. O que é presença em um curso de EAD? Estar em um espaço virtual é estar presente em um curso? A prática é possível em cursos virtuais? Além das instituições respondentes, um grupo de professores independentes que oferecem cursos, mas não têm vínculos institucionais, foi investigado para identificar seu perfil e o perfil do trabalho de EAD que desenvolvem. Para a análise dos dados que seguem, foi considerada a base de dados indicada a seguir, referente às 198 instituições participantes do Censo. Como será possível constatar mais adiante neste documento, é importante esclarecer que a indicação do número de questionários respondidos é fundamental, uma vez que algumas instituições responderam a mais de um tipo de questionário do Censo.

18 2 CensoEAD.BR Tipo de questionário Cursos autorizados Cursos livres Cursos corporativos Produtos/serviços de EAD Total Questionários respondidos O primeiro aspecto considerado é a distribuição das instituições envolvidas no Censo 2010 segundo a região geográfica em que se localizam. Na Tabela 1.1, observa-se que a maioria das instituições respondentes (43,3%) desenvolve apenas cursos autorizados/ reconhecidos. As instituições respondentes, que desenvolvem apenas cursos livres, correspondem a menos da metade das instituições que desenvolvem cursos autorizados/reconhecidos (16%). As instituições que desenvolvem cursos autorizados e livres correspondem a 13,6% do total, e as que desenvolvem apenas cursos corporativos correspondem a 6,5%. As instituições que desenvolvem os produtos e serviços de EAD além dos cursos corporativos, livres e autorizados correspondem a 4,5%. A maioria das instituições respondentes está localizada no Sudeste do Brasil (45%). No Sul, encontram-se 22% e no Centro-Oeste, 15%. O menor número de instituições respondentes localiza-se na região Norte, com 3%. Observa-se que não há nenhuma empresa respondente que desenvolva apenas produtos e serviços de EAD nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e que elas estão presentes apenas nas regiões Sul e Sudeste e correspondem a 5% do total das respondentes. Tabela 1.1 Distribuição geográfica das instituições respondentes segundo o tipo de curso/produto oferecido ao público Tipos de cursos, serviços ou produtos oferecidos Apenas cursos autorizados/ reconhecidos Norte Nordeste Regiões geográficas Centro- -oeste Sudeste Sul Total de instituições Tipo de curso/ serviço Apenas cursos livres Apenas cursos corporativos Apenas produtos e serviços de EAD Apenas cursos autorizados e livres Apenas cursos autorizados e corporativos Apenas cursos livres e corporativos Apenas cursos livres e produtos e serviços de EAD Apenas cursos autorizados e produtos e serviços de EAD Apenas cursos corporativos e produtos e serviços de EAD Apenas cursos autorizados, corporativos e produtos e serviços de EAD Apenas cursos livres, corporativos e produtos e serviços de EAD Apenas cursos autorizados, livres e corporativos Apenas cursos autorizados, livres e produtos e serviços de EAD Cursos autorizados, livres e corporativos e produtos e serviços de EAD Quantidade de cursos/ serviços Total de questionários respondidos Total

19 CensoEAD.BR 3 É interessante observar que 73% das instituições oferecem apenas um tipo de curso de EAD e, dessas, a maioria absoluta trabalha apenas com cursos de EAD autorizados. Observa-se, também, que 17% das instituições respondentes trabalham com dois tipos de cursos de EAD, e algumas formadoras também atuam como fornecedoras de produtos de EAD. Apenas 4,5% das respondentes oferecem todos os tipos de cursos e também atuam como fornecedoras. Na Tabela 1.2, observa-se que a maioria das instituições respondentes é de grande porte, correspondendo a 60% do total. As instituições respondentes que desenvolvem cursos autorizados/reconhecidos são de grande porte, correspondendo a 74% contra 27% de empresas de micro, pequeno e médio portes que oferecem esse tipo de curso. Os cursos corporativos também são oferecidos por um número razoável de empresas de grande porte (76%), por nenhuma microempresa e por poucas empresas de pequeno e médio portes. As instituições respondentes que oferecem apenas produtos e serviços de EAD correspondem a 10% do total de instituições respondentes, sendo a maioria de micro e pequeno portes (80%). Pode-se inferir, pelos dados indicados nas tabelas 1.1 e 1.2, que as instituições respondentes que são, em geral, de grande porte, basicamente desenvolvem cursos autorizados e se localizam de forma mais concentrada nas regiões Sul e Sudeste, são instituições de ensino formal, como universidades, faculdades e centros de formação profissional. Os cursos corporativos e produtos e serviços de EAD não foram o foco das respostas e indicam que os cursos autorizados e livres são os mais importantes nesse universo de oferta ao público. Tabela 1.2 Distribuição das instituições respondentes segundo o porte e o tipo de curso/produto oferecido ao público Tipos de cursos, serviços ou produtos oferecidos Microempresa Pequena empresa Porte da empresa/instituição Média empresa Grande empresa Não informado Total Apenas cursos autorizados/ reconhecidos Apenas cursos livres Apenas cursos corporativos Apenas produtos e serviços de EAD Apenas cursos autorizados e livres Apenas cursos autorizados e corporativos Apenas cursos autorizados, corporativos e produtos e serviços de EAD Apenas cursos autorizados e produtos e serviços de EAD Apenas cursos livres e corporativos Apenas cursos livres, corporativos e produtos e serviços de EAD Apenas cursos livres e produtos e serviços de EAD Apenas cursos corporativos e produtos e serviços de EAD Apenas cursos autorizados, livres e corporativos Apenas cursos autorizados, livres e produtos e serviços de EAD Cursos autorizados, livres e corporativos e produtos e serviços de EAD Total

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22 A AnhAnguerA está revolucionando o jeito de Aprender. Agora os alunos e professores contam com google Apps. A Universidade Anhanguera-Uniderp oferece cursos de Graduação e Pós-Graduação na modalidade a distância em conformidade com a portaria SESu MEC n , de 29/11/2005. Aulas que expandem os limites da sala, alunos e professores mais conectados. A Anhanguera é a primeira instituição de ensino do Brasil a adotar as ferramentas do Google Apps na educação presencial e a distância, levando possibilidades de crescimento profissional a todos os cantos do país. Mais uma inovação que consolida no mercado sua ambição de oferecer ensino superior de qualidade e acessível a todas as pessoas. Acesse e saiba mais: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP Centro de Educação a Distância

23 2 Visão geral da EAD no Brasil em 2010 A EAD já foi considerada, no Brasil, uma educação de menor qualidade, destinada aos que, por questões socioeconômicas, não tinham acesso ao ensino formal. Assim, eram desenvolvidos cursos que ensinavam, entre outros assuntos, conteúdos de corte e costura, taquigrafia, montagem e conserto de rádios e televisões. Hoje, a situação encontra-se bem diferente. Há uma legislação que apoia a formação a distância, e a certificação do aluno dos cursos de EAD autorizados passou a ter o mesmo valor que a dos cursos presenciais. Há também uma mudança no perfil dos que procuram se aperfeiçoar em uma área ou buscam uma requalificação para o trabalho. A necessidade deixou de ser apenas receber um certificado e passou a ser preparar-se efetivamente para o mundo do trabalho. Os alunos exigem qualidade no ensino seja presencial, seja a distância. Outro fato importante são os alunos que nasceram com a presença da tecnologia da informação. Outros elementos de aprendizagem estão presentes em seu quotidiano, as informações estão disponíveis, o acesso à internet lhes fornece a possibilidade de navegar espaços e tempos antes inimagináveis e o domínio das redes sociais passou a ser condição para viver e conviver em comunidade. Enfim, os tempos são de rápida mudança de contextos cultural e social. A modalidade de educação a distância passou a ser uma possibilidade cada vez mais desejada em virtude da flexibilidade de espaço e tempo que oferece. As empresas constataram que, se a educação geral é de competência do Estado, a formação de seus quadros de trabalhadores deveria ser delas, uma vez que a competitividade com outras empresas é enorme. Quanto mais qualificados forem seus funcionários, melhores serão as possibilidades de conseguir maior produtividade e competitividade. Assim, analisar a EAD no Brasil hoje é ter um contexto amplamente favorável, em instituições educacionais tanto públicas como privadas. É nesse contexto que pretendemos traçar um retrato da EAD no Brasil em Aspectos gerais da EAD em 2010 O primeiro aspecto a considerar é o da evolução das matrículas no biênio 2009/2010. Verificou-se que o total de alunos que estudaram em cursos acadêmicos a distância em 2009 foi de , envolvendo um total de 128 entidades respondentes. A maioria das matrículas está nas regiões Sudeste e Sul ( ), sendo seguidas pelas regiões Centro-Oeste (92.509), Nordeste (17.663) e Norte (6.223). Pelos dados obtidos junto às 198 instituições respondentes em 2010, entre elas incluídas as que oferecem cursos livres e corpo rativos, constatou-se um total de alunos matriculados em cursos a distância. As matrículas concentraram-se, em sua maioria, nas regiões Sudeste ( ) e Sul ( ). Portanto, observa-se o crescimento nas matrículas de 2010 na modalidade EAD em nosso país. As matrículas Tendo como foco a quantidade de matrículas efetivadas em 2010 em cursos de EAD, pode-se observar sua distribuição na Tabela 2.1, considerando-se os tipos de cursos e as características institucionais das empresas em que eles se enquadram.

24 8 CensoEAD.BR Tabela 2.1 Distribuição das matrículas nos cursos de EAD em 2010, segundo as características das instituições formadoras Matrículas totais Instituição Cursos autorizados Cursos livres Cursos corporativos Total geral % Federal % Pública Estadual ,8% Natureza jurídica Privada Municipal ,3% Restrito % Comunitária ,3% Confessional ,6% Filantrópica % Sem informação % Total % Norte ,2% Nordeste % Região Centro-oeste % Sudeste % Sul % Total % Microempresa ,1% Porte da instituição Pequena empresa % Média empresa ,5% Grande empresa % Sem informação ,5% Total % Somente cursos a distância % Tipo de cursos oferecidos Cursos a distância e cursos presenciais % Sem informação % Total % A maioria das matrículas está concentrada nos cursos corporativos ( ), o que corresponde a 38% das matrículas, e nos cursos livres ( ), que correspondem a 33%. Os cursos autorizados ( ) correspondem a apenas 29% das matrículas. A maioria dos cursos corporativos é oferecida a distância e presencialmente, contando com matrículas, o que corresponde a 99% do total delas. Também no caso dos cursos autorizados, a maioria das matrículas (95%) está em instituições que oferecem cursos nas duas modalidades. Ou seja, a maioria das matrículas está em instituições nas quais o aluno tem a possibilidade de escolher entre cursos presenciais e a distância. No caso dos cursos livres, observa-se o oposto, pois a maior concentração de matrículas ocorre nas instituições que oferecem apenas cursos a distância. Ou seja, 62% das matriculas ( ) ocorrem nessas instituições. Assim, podemos constatar um aumento significativo do número de matrículas em 2010 em relação a 2009, pois, mesmo com um número menor de instituições respondentes, as matrículas cresceram mais de 100%. Os cursos corporativos

25 CensoEAD.BR 9 possuem um número maior de matrículas que os cursos livres e autorizados. A concentração das matrículas em todos os segmentos de cursos foi maior no Sul e no Sudeste, exceto no caso dos cursos autorizados, nos quais se observa grande concentração também no Centro-Oeste. Quanto à natureza jurídica das instituições que oferecem cursos de EAD, observa-se que, entre as respondentes, as privadas de sentido estrito apresentam o maior número de matrículas, ou seja, Na distribuição das matrículas, por processo de formação envolvido, apresentado na Tabela 2.2, observa-se que o segmento corporativo concentra 99,7% de suas ações de EAD por meio de cursos informais, que representam a maioria abso luta dos cursos por ele oferecidos. Além disso, há que se considerar que 70% dos cursos de EAD oferecidos pelas 198 instituições envolvidas no Censo 2010 são cursos informais. Esse valor interfere significativamente na mudança do quadro em análise. Tabela 2.2 Distribuição das matrículas de cursos de EAD em 2010, segundo processo de formação envolvido Processo de formação Cursos Autorizados Livres Corporativos Total % Treinamento operacional ,50 Treinamento em habilidades sociais/ comportamental ,82 Informal: tipo de curso Curso de atualização ,93 Curso de aperfeiçoamento ,04 Curso de extensão ,71 Outros 0-0 0,00 Sem informação ,00 Total % Educação básica ,07 EJA ,46 Ensino médio ,00 Técnico ,60 Superior Sequencial formação específica ,16 Sequencial complementação de estudos ,27 Bacharelado ,26 Formal: nível educacional Graduação Pós- -graduação Licenciatura ,17 Bacharelado e licenciatura ,63 Tecnólogo ,49 Disciplina a distância ,00 Especialização ,12 MBA ,69 Mestrado ,02 Doutorado ,00 Disciplina a distância ,07 Sem informação ,00 Total % Total geral

26 10 Os cursos Quanto à distribuição quantitativa dos cursos, pode-se observar na Tabela 2.3, a seguir, como eles aparecem em relação às mesmas variáveis consideradas no caso das matrículas (Tabela 2.1). Por essas tabelas, pode-se observar que é oferecido, pelas instituições participantes do Censo, um total de cursos, considerando-se tanto os autorizados pelo MEC quanto os de CensoEAD.BR característica livre, oferecidos por instituições credenciadas e não credenciadas. Observa-se que a maioria (77%) dos cursos oferecidos por essas instituições é livre, devendo-se considerar, no entanto, que essa constatação se amplia quando se considera que alguns dos cursos corporativos também são livres. Os cursos considerados informais, livres e corporativos correspondem a 84% do total de cursos oferecidos pelas instituições. O número de cursos autorizados (16% do total) é significativamente menor que o número de cursos informais. Tabela 2.3 Distribuição dos cursos de EAD em 2010, segundo as características das instituições formadoras Instituição Cursos Autorizados Livres Corporativos Total % Federal ,0 Pública Estadual ,6 Natureza jurídica Privada Municipal ,6 Restrito Comunitária ,6 Confessional ,2 Filantrópica ,8 Sem informação ,0 Total % Norte ,2 Nordeste ,6 Região Centro-Oeste ,4 Sudeste ,1 Sul ,7 Total % Microempresa ,7 Pequena empresa ,9 Porte da instituição Média empresa ,7 Grande empresa ,5 Sem informação ,2 Total % Somente cursos a distância ,4 Tipo de curso oferecido Cursos a distância e cursos presenciais ,8 Sem informação ,8 Total %

27 CensoEAD.BR 11 O número de cursos corporativos é bem menor que o número de cursos autorizados e livres, correspondendo a 7% do total de cursos oferecidos, devendo-se considerar, no entanto, que alguns dos corporativos também são autorizados e livres. A maioria dos cursos autorizados e livres concentra-se nas regiões Sudeste e Sul, seguidas da região Centro-Oeste. As ofertas dos cursos são realizadas, na maioria das vezes, por empresas de grande e médio portes. As instituições oferecem, em sua maioria (86%), cursos presenciais e também a distância. Observa-se, no entanto, que as instituições que atuam apenas com cursos a distância oferecem, em sua maioria (90%), cursos livres. Quanto à distribuição do número de cursos por natureza do processo de formação envolvido, a Tabela 2.4 apresenta um quadro que inclui cursos informais, ou seja, os que não necessitam de autorização do MEC para serem realizados, e cursos autorizados, organizados por nível educacional oferecido. Tabela 2.4 Distribuição dos cursos de EAD em 2010, segundo processo de formação envolvido Processo de formação Cursos Autorizados Livres Corporativos Total % Treinamento operacional ,85 Treinamento em habilidades sociais/ comportamental ,21 Informal: tipo de curso Curso de atualização ,97 Curso de aperfeiçoamento ,88 Curso de extensão ,57 Outros ,52 Sem informação ,00 Total % Educação básica ,37 EJA ,68 Ensino médio ,56 Técnico ,74 Superior Sequencial formação específica Sequencial complementação de estudos , ,37 Bacharelado ,49 Formal: nível educacional Graduação Pós- -graduação Licenciatura ,79 Bacharelado e licenciatura ,00 Tecnólogo ,60 Disciplina a distância ,92 Especialização ,49 MBA ,81 Mestrado ,06 Doutorado ,00 Disciplina a distância ,75 Sem informação ,00 Total % Total Geral

28 12 Por essa tabela, pode-se observar que a maior parte dos cursos livres oferecidos pelas instituições respondentes (56%) é de aperfeiçoamento, ou seja, visam possibilitar a aquisição de um nível mais elevado de instrução ou tornar mais completo o conhecimento desenvolvido pelo educando. Um volume importante (21%) de cursos oferecidos é de atualização. Esses cursos procuram colocar o educando em contato com os últimos conhecimentos produzidos em uma determinada área, o que acentua sua importância aos profissionais que nela atuam. Entre os cursos corporativos, a maioria (51%) é do tipo treinamento operacional, ou seja, voltados para o desenvolvimento de habilidades com mais de dez horas de duração e que buscam resolver um problema específico de produção ou de processo de trabalho (preenchimento de formulários, implantação de novo software etc.). Isso pode ser explicado pela própria natureza da instituição, que é voltada, em grande CensoEAD.BR parte, para a preparação de seus próprios funcionários para o desempenho adequado de sua atividade profissional. Quanto ao nível educacional, observa-se que a maior parte dos cursos (58%) é de graduação. Os cursos de EAD de pós-graduação alcançam 32% do total informado pelos respondentes, e cerca de 90% deles são de especialização não voltada para a gestão de negócios, ou seja, não se caracterizam como MBAs e têm no mínimo 360 horas de duração. Os investimentos Os investimentos em cursos de EAD constituem um aspecto de grande interesse para essa modalidade. Nesse sentido, a Tabela 2.5 apresenta o perfil evolutivo dos investimentos realizados pelas instituições nos últimos anos, enquanto a Tabela 2.6 aponta em que aspectos os investimentos realizados incidiram. Tabela 2.5 Evolução dos investimentos institucionais em ações de EAD, no período Instituições Dinâmica de investimentos em EAD no período (n = 253* questionários respondidos) Oferece cursos autorizados Oferece cursos livres Oferece cursos corporativos N. % N. % N. % Aumentou 60 44, , ,29 Diminuiu 5 3,68 1 1,22 0 0,00 Manteve-se a mesma 31 22, , ,14 Não respondido 40 29, , ,57 Total , , ,00 * Não foram considerados os questionários destinados a fornecedores. Tabela 2.6 Perfil dos investimentos institucionais em EAD Foco do investimento Instituições que oferecem cursos autorizados Investimentos Instituições que oferecem cursos livres Investimentos Instituições corporativas Investimentos N. * % N. % N. % N. % N. % N. % Ampliação do número de cursos 22 16, , , , Ampliação do quadro de profissionais 13 9, ,09 6 7,32 2 2, ,14 - Capacitação de profissionais 14 10, , ,98 5 6, ,14 Inovação tecnológica 20 14, ,97 6 7, ,63 1 2,86 Vendas e marketing 4 2,94 4 2,94 3 3,66 2 2,44 0 0,00 Logística e infraestrutura física 15 11, ,50 4 4,88 8 9,76 1 2,86 Não respondido 48 35, , , , , Total * Corresponde ao número de questionários respondidos.

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31 CensoEAD.BR 15 Das instituições respondentes, cerca de 40% aumentaram o investimento no período de 2008 a 2010, seja em ofertas de cursos autorizados, seja em cursos livres ou corporativos. Cerca de 20% das instituições mantiveram o mesmo investimento e somente cerca de 3% das instituições que oferecem cursos autorizados e 1% das instituições que oferecem cursos livres diminuíram os investimentos. Os dados da Tabela 2.5 indicam que os investimentos na modalidade EAD têm se ampliado nos últimos dois anos na maioria das instituições, quer elas desenvolvam cursos autorizados, quer livres ou corporativos. Sobre o perfil desses investimentos, a Tabela 2.6 apresenta o quadro resultante das respostas indicadas pelas instituições participantes do Censo Conforme a Tabela 2.6, o foco dos investimentos nas instituições que oferecem cursos livres e autorizados em 2010 e 2011 concentra-se na ampliação dos cursos, e em 2011 os investimentos previstos são ligeiramente maiores que em Em segundo lugar, o foco dos investimentos concentra-se na inovação tecnológica, que, para os cursos autorizados, diminui um pouco (menos que 1%) em 2011, ao passo que, para os cursos livres, a previsão é aumentar em 8,7%. Quanto às instituições que oferecem cursos corporativos, o foco se concentra na ampliação do quadro de pessoal e na capacitação de profissionais em 2010, sem previsão apresentada para Nas instituições que oferecem cursos autorizados e livres, o investimento na ampliação de quadro de profissionais e sua capacitação é menor, em termos de previsão, para 2011 do que foi em O menor foco de investimento das instituições respondentes que oferecem cursos autorizados e livres, seja para 2010, seja para 2011, é o que se refere à venda e marketing e, pelas respostas, ainda deve diminuir em As instituições que oferecem cursos corporativos nem preveem esse tipo de investimento, o que se justifica, pois em geral são cursos ofertados pela própria empresa, gratuitamente, para os funcionários. Os obstáculos enfrentados Apesar do crescimento observado na EAD em nosso país, percebe-se, ainda, a existência de muitos obstáculos para a ampla implantação dessa modalidade. São conhecidos obstáculos referentes à resistência de algumas instituições, por considerá-la de menor qualidade; aos professores que se opõem à EAD com medo de serem descartados pela tecnologia; ao alto custo da produção de cursos de qualidade o qual, nessa modalidade, assusta os investidores etc. No Censo de 2010 foram levantados os principais obstáculos enfrentados no ano e os obstáculos que as instituições imaginam que enfrentarão em O resultado pode ser observado na Tabela 2.7 a seguir. Tabela 2.7 Obstáculos à EAD, segundo a percepção das instituições educacionais Número de questionários respondidos (n = 284) Obstáculos à EAD Enfrentados em 2010 em cursos Passíveis de serem enfrentados em 2011 Autorizados Livres Autorizados Livres Resistência dos educadores à modalidade Resistência dos alunos à modalidade Custos de produção dos cursos Restrições legais (educacionais, normas de segurança etc.) Suporte pedagógico para docentes Suporte de TI para os docentes Suporte pedagógico e de TI para estudantes Acordos sindicais que definam cargas horárias Desafios organizacionais de EP para EAD Evasão dos alunos Avaliação dos cursos Demanda de alunos interessados nos cursos Integração das TICs aos cursos Adequação dos cursos para alunos com necessidades educacionais especiais (para atender à legislação) Obtenção de lucros com os cursos Obs.: os respondentes puderam indicar mais de um obstáculo.

32 16 A montagem da Tabela 2.7 considerou que os respondentes podiam indicar mais de um obstáculo enfrentado pela modalidade EAD em 2010 e os que provavelmente seriam enfrentados em O número de respostas dos cursos autorizados, referente aos obstáculos enfrentados em 2010, foi de 376 e, para 2011, foi de 189. Em relação aos cursos livres houve 378 respostas em 2010 e, para 2011, 179. Possivelmente isso indica que há uma expectativa de diminuição dos obstáculos para A maior frequência de respostas nos cursos autorizados e livres ficou com a evasão como principal obstáculo para 2010 e para A porcentagem de respostas em 2010 nos cursos autorizados foi de 15,7% e, em 2011, 12,7%. Nos cursos livres, foi de 15,6% em 2010 e 13,5% na expectativa para Embora haja uma queda na expectativa de evasão, ela ainda continua sendo um obstáculo na visão das instituições. Nos cursos autorizados outro obstáculo significativo refere-se aos desafios organizacionais para a adaptação da educação presencial (EP) para a modalidade EAD. Em 2010 esse obstáculo recebeu 12% das respostas nos cursos autorizados e, em 2011, 7,4%. Assim, há uma expectativa, nos cursos autorizados, de que esse obstáculo seja menor em Nos cursos autorizados a resistência dos educadores é um obstáculo em 2010, com 11,4% das respostas, e a expectativa para 2011 é de 11,6%, ou seja, que ela continue. Como os acordos sindicais que definem as cargas horárias não foram considerados como obstáculos, com 1% das respostas em 2010 e com a expectativa de 1,6% para 2011, é preciso investigar qual a origem da resistência dos docentes à modalidade EAD. A resistência dos alunos nos cursos autorizados, com 10,4% das respostas para 2010, tem nas instituições a expectativa de diminuir (7,9%) em Nos cursos autorizados os custos de produção receberam 7,2% de respostas em 2010, mas há uma previsão de crescer como expectativa em 2011, com 11,6% das respostas. Nos cursos livres os custos de produção foram considerados em 10% das respostas em 2010 e as expectativas aumentaram para 14% em A resistência dos educadores em relação à modalidade de EAD nos cursos livres recebeu 9% das respostas e a expectativa é que se mantenha em 2011, com 8,9% das respostas. Causa estranheza a indicação, nos cursos livres, de obstáculo decorrente de restrições legais, uma vez que esse tipo de curso não está sujeito a nenhuma legislação. É possível que as respostas refiram-se a regimentos ou normas internas institucionais. Quanto ao obstáculo decorrente dos desafios organizacionais para a adaptação de EP para a modalidade EAD em 2010, houve a mesma porcentagem de respostas (8,7%) que a expectativa para 2011, o que pode indicar uma percepção de não alteração do quadro de um ano para outro. Quanto ao caso das instituições que oferecem cursos autorizados, as restrições legais representaram obstáculo para 10% delas em 2010, mas poderão deixar de ser um obstáculo para 3% delas em CensoEAD.BR As porcentagens de respostas aumentaram em termos de 2010 para 2011 nos cursos autorizados para os seguintes obstáculos: custos de produção, dos cursos, de 7,2% para 11,6%; suporte de TI para os docentes, de 5,3% para 8,5%; suporte pedagógico e de TI para os estudantes, de 5,9% para 7,4%; acordos sindicais, de 1,0% para 1,6%; demanda de alunos, de 3,2% para 8,5%; e a integração das TICs aos cursos, de 2,9% para 3,7%. As porcentagens de respostas aumentaram em termos de 2010 para 2011 nos cursos livres para os seguintes obstáculos: custo de produção dos cursos, de 10% para 14%; do suporte de TI para os docentes, de 5,5% para 5,6%; acordos sindicais, de 2,1% para 3,4%; demanda de alunos, de 4,0% para 5,6%; integração das TICs aos cursos, de 5,9% para 7,8%; e obtenção dos lucros com os cursos, de 4,8% para 6,1%. A avaliação dos cursos permaneceu igual, em 5%. Quanto ao caso das instituições que oferecem cursos corporativos, não contemplado na Tabela 2.7, observou-se que o maior obstáculo foi, em 2010, relativo ao uso do tempo da jornada de trabalho para os funcionários realizarem os cursos. Esse obstáculo representou, entre 75 respostas dadas, 16% das opiniões dos respondentes. A esse obstáculo segue-se o referente à participação dos alunos dos cursos, em um total de 13% das opiniões consideradas. Também para 2011, o maior obstáculo a ser enfrentado deverá ser o do tempo dedicado ao estudo durante a jornada de trabalho, representado por 30% das opiniões apresentadas. A EAD em 2010 comparada à educação presencial Em 2010 um levantamento realizado pelo Departamento de Educação dos Estados Unidos concluiu que estudantes que participaram de cursos de EAD, seja parcial ou integralmente, tiveram, em média, desempenho melhor que alunos da modalidade presencial, nos mesmos cursos. Esse levantamento, que contou com o mapeamento de estudos científicos sobre EAD publicados entre 1996 e 2008, focou quatro questionamentos: Como comparar a efetividade do ensino on-line com o presencial? A educação presencial complementada com a educação on-line aumenta o aprendizado? Quais práticas estão associadas às técnicas mais efetivas de educação on-line? Quais as condições que alteram a efetividade do aprendizado on-line? Observa-se que o resultado da realidade norte-americana se repete no Brasil. De acordo com o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), os graduados em EAD tiveram, em média, 6,7 pontos a mais em comparação aos resultados dos alunos oriundos dos cursos presenciais (fonte: con tent&task=view&id=8661&itemid=32; acesso em 24 de maio de 2011).

33 CensoEAD.BR 17 A aprendizagem Para melhor compreender a percepção das instituições no que diz respeito à comparação entre EAD e EP, foram organizadas, na tabela a seguir, as informações sobre a aprendizagem dos alunos nessas duas modalidades de ensino. Buscou-se classificar essa percepção institucional pela natureza jurídica da instituição e pelo tipo de curso oferecido. Da Tabela 2.8, pode-se inferir que não existe uma preocupação em comparar as iniciativas de EAD com as da educação presencial, já que 67% dos possíveis respondentes deixaram a questão em branco. Mas, para os se predispuseram a informar, observa-se que 24% consideram as iniciativas de EAD melhores que as presenciais. Não há indicação de a EAD ser considerada como pior que a EP. Em relação aos cursos autorizados, 64% das respostas foram que a aprendizagem nos cursos de EAD é melhor do que em EP e 36% consideraram que a aprendizagem é igual nas duas modalidades. Nos cursos autorizados, 67% dos possíveis respondentes não informaram seu julgamento a respeito. Em relação aos cursos livres, observa-se a mesma tendência, pois 75% das respostas dadas consideraram a modalidade EAD melhor que a EP no que se refere à aprendizagem; 15% consideraram que a aprendizagem é igual em ambas as modalidades. Nos cursos livres, 64,6% dos possíveis respondentes não informaram seu julgamento a respeito. Nos cursos corporativos, a tendência é a mesma: 80% das respostas consideraram a EAD melhor que a EP em termos de aprendizagem e 20% consideraram que a aprendizagem é igual em ambas as modalidades. Nos cursos corporativos, 71% dos possíveis respondentes não informaram seu julgamento a respeito. Embora observemos que a tendência geral é considerar a aprendizagem nos cursos EAD melhor ou muito melhor que em EP, o fato de muitos respondentes não terem fornecido qualquer informação considerando a comparação entre EAD e EP é muito significativo e, dependendo das opiniões apresentadas, poderia mudá-la. As vantagens da EAD A percepção das instituições em relação às vantagens de EAD, no que diz respeito à redução de custos, agilidade de execução, pouca interferência na produção e possibilidade de atendimento padronizado é apresentada na Tabela 2.9. Tabela 2.9 Vantagens da EAD Vantagens Questionários respondidos (n = 253) Redução de custos 94 Agilidade na execução 91 Pouca interferência na produção dos cursos 20 Possibilidade de atendimento padronizado 74 Para os respondentes que apontaram as vantagens da adoção da modalidade EAD, a redução de custos e a agilidade de execução são o foco principal, com cerca de 36% de indicações para cada uma. A possibilidade de atendimento padronizado ficou com 29% das indicações possíveis. Uma constatação não apontada na Tabela 2.9, mas extraída dos dados obtidos, deixa claro que as instituições privadas, por sua vez, apresentaram como vantagens da modalidade EAD a redução de custos e a agilidade de execução, seguidas do atendimento padronizado. As desvantagens da EAD Por outro lado, em relação às desvantagens da EAD, no que diz respeito ao custo inicial elevado, a impessoalidade na relação com os alunos, a implantação que possui uma complexidade maior que a dos cursos presenciais e a baixa aceitação dos profissionais da instituição, a Tabela 2.10 apresenta a percepção dos respondentes a esse respeito. Tabela 2.8 Comparação EAD e EP Qualidade da EAD em relação à EP Número de questionários respondidos Autorizados Livres Corporativos Total Muito melhor Melhor A mesma Pior Muito pior Não informado Total

34 18 Tabela 2.10 Desvantagens da EAD Desvantagens Questionários respondidos (n = 234)* Custo inicial elevado 13 Impessoalidade na relação com o aluno 4 Implantação complexa/parte operacional complexa Baixa aceitação pelo pessoal da instituição * Não estão incluídos os questionários respondidos por aqueles que somente são fornecedores de produtos ou serviços de EAD. Pela Tabela 2.10, pode-se observar que, segundo os respondentes, a grande desvantagem da EAD, quando considerada em comparação à EP, é envolver um processo de implantação complexo, cuja operação também é complexa. Dos respondentes possíveis, essa opinião representou 43%. A impessoalidade na relação com o aluno, que antes do surgimento da Internet constituía um grande problema, não é considerada hoje, segundo dados sintetizados na Tabela 2.10, como uma desvantagem. É interessante apontar que somente as instituições que atuam com cursos autorizados apontaram desvantagens da EAD em relação à EP. Tanto as que trabalham com cursos livres como as que atuam com cursos corporativos não apontaram nenhuma desvantagem. Qualidade dos aspectos gerais dos cursos Um curso de EAD exige das instituições preocupar-se com diversos aspectos, como o atendimento de alunos e professores do ponto de vista administrativo e pedagógico, a capacitação dos docentes para uso dos recursos tecnológicos e o indispensável suporte tecnológico para todos os envolvidos. Também são alvos de sua atenção o acesso e a permanência dos alunos no curso. Assim, além das vantagens e desvantagens da adoção da EAD por uma instituição, é necessário observar como ela percebe a qualidade de aspectos que exigem atenção especial na modalidade a distância e compará-los com os que também são objeto de preocupação em um curso presencial. A percepção das instituições em relação à qualidade desses aspectos, tanto na EAD quanto na EP, também indica o quanto podem considerar vantajosa ou não a implantação da EAD na instituição. A Tabela 2.11 (página 19), apresenta informações sobre como as instituições percebem a qualidade de determinados aspectos da EAD em comparação com eles na EP. Os aspectos gerais dos cursos considerados os melhores na modalidade EAD são a preparação dos docentes para uso dos recursos tecnológicos, os serviços de suporte tecnológico ao professor e alunos e o acesso do estudante aos cursos que pretende fazer. CensoEAD.BR Os aspectos dos cursos da modalidade EAD considerados iguais são o atendimento administrativo e pedagógico ao aluno, o atendimento administrativo e pedagógico ao professor e a permanência do aluno. Em relação à frequência geral de respostas, nenhum dos aspectos foi considerado pior na modalidade em EAD. Não há diferença por tipo de curso para a valorização dos aspectos da EAD em relação ao presencial. A mesma relação se manteve para os cursos autorizados, livres e corporativos. Nos cursos corporativos, o aspecto considerado como pior foi o atendimento administrativo dos alunos, seguido da evasão dos cursos. A comparação do presencial com a modalidade EAD já indica que a maioria das instituições tem a percepção da modalidade EAD, em geral, igual à da modalidade presencial. O aspecto que requer mais cuidado é a evasão, que ainda é considerada, por algumas instituições, como pior na EAD que na EP. Em geral, a percepção positiva pode indicar que a implantação da modalidade de EAD tem tido maior aceitação por parte das instituições e talvez possa ser ampliada nos próximos anos. A credibilidade da EAD em 2010 De acordo com dados do Ministério da Educação, um a cada cinco novos alunos que pretendem fazer um curso de graduação prefere a modalidade a distância. Para atender a essa demanda, as instituições têm buscado tecnologia e profissionais qualificados, para atender às necessidades educacionais de pessoas que querem continuar seus estudos e nem sempre podem frequentar uma escola diariamente. A flexibilidade da modalidade a distância amplia a oportunidade de acesso ao estudo e faz aumentar a credibilidade na EAD. É fato, também, que ainda estão presentes algumas resistências, principalmente de quem nunca participou de cursos nessa modalidade educacional. As empresas, em particular, também perceberam esse potencial da EAD e têm investido bastante em educação corporativa a distância, ampliando o número de pessoas com acesso a cursos e outros programas. O aumento da confiança na EAD depende de vários fatores, como a qualidade do curso, o desenvolvimento de tecnologias de comunicação e informação, a competência dos docentes no acompanhamento dos alunos participantes, a aprendizagem efetiva dos alunos e sua aceitação pelo mercado. Além disso, o desenvolvimento de pesquisas de educadores para identificar as variáveis que influenciam a aprendizagem no mundo virtual aumenta progressivamente e, a cada ano, esses fatores tendem a se firmar e fortalecer a EAD, cada vez mais, como uma possibilidade de formação com qualidade. As estratégias de avaliação dos cursos também são elementos que nos remetem à credibilidade da EAD. Realizar provas presenciais apenas para garantir que o aluno esteja presente e prove que foi ele quem estudou é uma forma de questionar a EAD.

35 CensoEAD.BR 19 Tabela 2.11 Qualidade dos aspectos gerais de cursos de EAD e EP Nível de qualidade Aspectos gerais dos cursos Cursos EAD autorizados Cursos EAD livres Cursos EAD corporativos Não Não Não Melhor Igual Pior informado Total * Melhor Igual Pior informado Total Melhor Igual Pior informado Total Atendimento administrativo aos alunos Atendimento pedagógico aos alunos Atendimento administrativo ao professor Atendimento pedagógico ao professor Preparação docente para uso dos recursos tecnológicos Serviços de suporte tecnológico ao professor e alunos Acesso do estudante aos cursos que pretende fazer Permanência (não evasão) dos alunos nos cursos * Corresponde ao número de questionários respondidos. Se a preocupação maior é com o aspecto da presença do que com a metodologia do curso, com os recursos usados e o acompanhamento realizado, isso indica que ainda se questiona a efetividade do ensino e da aprendizagem em EAD. O MEC tem exigido que as provas dos cursos autorizados, realizados a distância, sejam presenciais, o que tem sido objeto de grandes discussões com os especialistas em EAD. Mas os cursos livres e os corporativos não têm essa obrigatoriedade. Assim, as caracte rísticas da avaliação dos cursos podem nos levar a levantar algumas hipóteses em relação à credibilidade da EAD. A Tabela 2.12, a seguir, explora as estratégias de avaliação inseridas pelas instituições em seus cursos autorizados, livres e corporativos, como indício para a credibilidade da EAD pelas instituições. Conforme a Tabela 2.12, a maioria das respostas dadas pelas instituições, sejam as que desenvolvem cursos autorizados, sejam as que desenvolvem cursos livres ou corporativos, indica que para a avaliação dos cursos, em primeiro lugar, realizam pesquisa de opinião junto aos alunos, em segundo lugar, junto à equipe docente e de apoio e, em terceiro lugar, junto a ex-alunos. Por essa tabela observa-se, também, que somente alguns poucos cursos autorizados (5%) lançam mão de consultoria especializada para realizar a avaliação de seus cursos. Nenhuma instituição respondente que realiza cursos livres ou corporativos indicou a contratação de consultoria especializada para a avaliação dos cursos. As respostas das instituições indicam uma preocupação com a avaliação dos cursos junto tanto aos alunos como aos

36 20 CensoEAD.BR Tabela 2.12 Avaliação dos cursos oferecidos: estratégias adotadas Cursos oferecidos pelas instituições Avaliação dos cursos de EAD Autorizados em que se realiza avaliação dos cursos Livres em que se realiza avaliação dos cursos Corporativos em que se realiza avaliação dos cursos Respostas positivas (n = 79) % Respostas positivas (n = 43) % Respostas positivas (n = 12) % Pesquisa de opinião junto aos alunos % 41 95% % Estratégias adotadas Pesquisa junto a ex-alunos 27 34% 15 35% 2 17% Pesquisa junto à equipe docente e de apoio 60 75% 21 48% 7 58% Contratação de consultoria especializada 4 5% Outros 9 11% 5 5% 3 2% docentes e pessoal de apoio. Isso indica uma preocupação com a satisfação tanto dos alunos como dos docentes e do pessoal de apoio, como já havia sido indicado nas respostas relativas à qualidade dos cursos na modalidade EAD. Essas respostas indicam uma preocupação com o atendimento pedagógico aos alunos e com a preparação dos professores. A preocupação com a avaliação dos cursos junto aos professores e ao pessoal de apoio pode indicar uma forma de observar a resistência ou ausência dela no desenvolvimento da modalidade EAD. Outro aspecto importante é a percepção que as instituições têm dos seus próprios cursos de EAD. A Tabela 2.13 procura apresentar sinteticamente essa percepção. Pela Tabela 2.13, é possível observar que as instituições também indicaram como veem o nível de valorização dos componentes dos cursos na modalidade EAD. Não há diferença significativa em razão da oferta do tipo de cursos (autorizados, livres e corporativos). A maioria das instituições valoriza, em primeiro lugar, o conteúdo do curso, em segundo lugar, a tutoria e o apoio técnico e pedagógico oferecido aos alunos e, em terceiro lugar, o planejamento pedagógico. As instituições que desenvolvem cursos autorizados colocaram, em primeiro lugar, empatados, conteúdo e tutoria e apoio técnico pedagógico. A preocupação com o conteúdo, apoio técnico pedagógico e planejamento pedagógico é indício do que é considerado pelas instituições respondentes em um curso de qualidade. É um curso preparado com um bom recorte de conteúdo, um planejamento pedagógico adequado e uma boa tutoria e apoio técnico e pedagógico aos alunos. Somente depois desses itens vêm a valorização dos itens design instrucional e a produção e adequação das mídias. Jogos e simuladores apareceram com pouca importância na valorização dos componentes do curso. Possivelmente isso ocorre pelo fato de as instituições compreenderem que um bom Tabela 2.13 Avaliação dos cursos oferecidos: nível de valorização dos componentes Cursos oferecidos pelas instituições Avaliação dos cursos de EAD Autorizados em que se realiza avaliação dos cursos (n = 136) Livres em que se realiza avaliação dos cursos (n = 82) Corporativos em que se realiza avaliação dos cursos (n = 35) Conteúdo 76 56% 44 54% 19 54% Planejamento pedagógico 56 41% 22 27% 11 31% Nível de valorização dos componentes Design instrucional 35 26% 17 21% 10 29% Produção e adequação de mídias 39 29% 14 17% 6 7% Jogos 2 1% 3 4% 1 3% Simuladores 5 37% 5 6% 2 6% Tutoria e apoio técnico e pedagógico 76 56% 33 40% 15 18% Avaliação da aprendizagem 44 32% 14 17% 3 9%

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39 CensoEAD.BR 23 planejamento pedagógico indicará qual o meio mais adequado e, se ele não for valorizado, esses componentes não agregam valor aos cursos. A avaliação da aprendizagem é um componente mais valorizado nas instituições que responderam sobre os cursos autorizados do que nas que responderam sobre cursos livres e corporativos. Isso pode indicar que a avaliação da aprendizagem supervisionada pelo MEC, nos cursos autorizados, deve ser presencial, pelo menos no momento final, sendo mais valorizada do que nos outros tipos de curso em que a avaliação faz parte do processo, e a decisão de sua forma está associada ao planejamento pedagógico. O que uma instituição valoriza em termos dos aspectos dos cursos de EAD nem sempre é o que ela acredita que o público em geral considera importante. Assim, é importante explorar os aspectos que as instituições percebem como o maior valor para os alunos e interessados nos cursos em EAD. Considerar o que a instituição aponta como importante para um curso de EAD e o que ela acredita que seu público valoriza para a avaliação de seu trabalho permite levantar hipóteses sobre a credibilidade da EAD. Se ela acredita que a instituição pode ser avaliada pelo seu público em relação às condições de atendimento, levando em conta o número de alunos, por turma, por exemplo, irá contemplar essa variável nas decisões para propor um curso de EAD. Se, pelo contrário, ela acreditar que seu público não considera essa variável importante para avaliar a instituição, esse aspecto dificilmente será contemplado na organização dos cursos. Assim, as instituições, ao expressarem o que consideram que o público analisa como relevante na avaliação dos cursos de EAD, estarão explicitando indiretamente o que elas também valorizam nas propostas dos cursos. Por exemplo, se as instituições consideram que o público valoriza o conteú do dos cursos, elas se preocuparão em desenvolver um conteúdo de qualidade. A Tabela 2.14 (página 24), apresenta essa percepção institucional. Examinando-se a Tabela 2.14, percebe-se que as instituições respondentes que desenvolvem cursos autorizados e livres consideram como os aspectos mais importantes na modalidade EAD, do ponto de vista do público, a satisfação do aluno/ participante, o controle da evasão e a satisfação do corpo docente e de apoio. As instituições respondentes que desenvolvem cursos corporativos na modalidade EAD consideraram os aspectos mais importantes: a conclusão/graduação dos alunos/participantes, o controle da evasão e a satisfação do empregador com os concluintes e processo de transferência de crédito no histórico escolar. Um aspecto que merece destaque é que as instituições que desenvolvem cursos autorizados consideraram o número mínimo para formação das turmas como um fator importante. Dos respondentes, 77 consideraram esse aspecto importante, enquanto 17 consideraram pouco ou não importante. Das instituições respondentes em relação aos cursos livres, a metade (28 respondentes) considerou importante o número de alunos por turma, enquanto a outra metade (28) considerou o número de alunos por turma pouco ou não importante. Se o número de alunos por turma não é considerado como um ponto importante pelas instituições que desenvolvem cursos livres na modalidade EAD, esse possivelmente é um aspecto que não será contemplado na organização dos cursos. No entanto, sabemos hoje que o número de alunos a ser atendido pela tutoria é importante para um bom atendimento. Por outro lado, a preocupação com a satisfação dos alunos, dos docentes e pessoal de apoio fornece indícios de que esse aspecto é considerado como condição para que não ocorra a evasão, o que ainda é a maior preocupação das instituições. Cabe ressaltar que os respondentes dos cursos autorizados não responderam os itens em uma porcentagem que variou de 35% a 39%. Os respondentes dos cursos livres não informaram a opinião sobre os itens em uma porcentagem entre 33% a 50% e os itens dos cursos corporativos não foram respondidos em uma porcentagem entre 49% a 57%. São números significativos para cada um dos itens, independente do tipo de curso, e que, dependendo da concentração de possíveis respostas, podem alterar as tendências aqui arroladas. Possivelmente os itens não foram avaliados pelo fato de os respondentes não se sentirem seguros em emitir uma opinião sobre aspectos referentes à modalidade EAD, uma vez que em todos os itens a escolha era realizada por seleção de alternativa. Alunos participantes de cursos de EAD Por que é importante conhecer o perfil do aluno de EAD? Moore e Kearsley (2007) já identificavam fatores extracurriculares que influenciavam o desempenho do aluno de cursos de EAD: O trabalho (estabilidade, responsabilidades), família, saúde e interesse e obrigações sociais podem influenciar positiva ou adversamente o aluno. Para os autores, o maior indicador de sucesso dos alunos era sua formação acadêmica, uma vez que, quanto mais graduado o aluno, maior a possibilidade de ele completar satisfatoriamente um curso a distância. Podemos também constatar que esse perfil pode se alterar em razão do curso que o interessado busca. No ensino superior, por exemplo, hoje temos cerca de 5,5 milhões de alunos, e 3,5 milhões são jovens pertencentes a famílias das classes C e D, o que corresponde a mais da metade dos estudantes. Esses jovens matriculados nos cursos superiores correspondem a 13% da população jovem do Brasil, o que é muito pouco se compararmos com a Argentina, que conta com 40% dos jovens em cursos universitários. Os cursos superiores no Brasil podem desenvolver pelo menos 20% das disciplinas por meio da modalidade EAD. Nesse sentido, as características dos alunos que cursam essas disciplinas estarão associadas ao seu perfil. Além disso, a média de idade dos formandos em graduação, que era de 25,8 anos, aumentou para 26,3 anos. Assim, podemos dizer que os alunos universitários hoje, em sua maioria, possuem um nível socioeconômico menor e se formam com mais idade.

40 24 CensoEAD.BR Tabela 2.14 Valorização de aspectos referentes à EAD Resultado de avaliação dos cursos Avaliação dos cursos de EAD Cursos autorizados Cursos livres Cursos corporativos Importante Pouco Não importante importante Não respondido Total * Pouco Não Importante importante importante Não respondido Total Pouco Não Importante importante importante Não respondido Total Número mínimo para formação de turma Processo de transferência de crédito/histórico escolar Controle da evasão Conclusão/ graduação do aluno ou participante Satisfação do aluno ou participante Satisfação do empregador com os concluintes Retenção do corpo docente Satisfação do corpo docente e de apoio Custo de desenvolvimento de curso Custo de produção e implantação do curso * Corresponde ao número de questionários respondidos. Os alunos de graduação em EAD ingressam nesse nível mais tardiamente que os alunos dos cursos presenciais e a conclusão ocorre em média aos 36 anos, enquanto os alunos concluem aos 28 anos na modalidade presencial. Na graduação presencial, o sexo feminino corresponde a 51,1% do total de matrículas, e 58,8% do total de concluintes, ao passo que, na graduação em EAD, o número de alunos do sexo feminino corresponde a 69,2% das matrículas e 76,2% dos concluintes. É preciso investigar se esse perfil não é o responsável, segundo o MEC, para a escolha de um em cada cinco alunos por matrículas em cursos totalmente a distância, o que significa que cerca de 20% dos universitários já estudam entre aulas na internet e em polos presenciais. Por outro lado, profissionais que desejam se qualificar melhor para o trabalho ou buscar uma requalificação profissional, ao decidirem por cursos, muitas vezes acabam optando pela modalidade a distância, tendo em vista dificuldades que a vida familiar e profissional lhes impõe. São, no geral, alunos com mais de 30 anos, casados e com filhos. Possuem um senso crítico mais apurado, escolhem com muito cuidado os cursos que desejam fazer e se dedicam bastante para obter bons resultados. Os cursos que buscam são cursos livres, que têm

41 CensoEAD.BR 25 uma autonomia maior em seu funcionamento por não serem supervisionados pelo MEC. Há também as empresas que investem na formação de profissionais de seus quadros e que encontram na EAD uma alternativa positiva para seus programas corporativos de treinamento e aperfeiçoamento. Nesse caso, o público formado é bem diversificado e em áreas distintas. Embora esses perfis sejam variados, os dados do Censo 2009 da Abed apontam que 53,4% dos alunos de EAD são mulheres, com faixa etária entre 30 e 34 anos e renda de até três salários-mínimos. Assim, esses dados diferem da pesquisa de 2007 de Dilvo Ristoff, então responsável pela estatística de avaliação do Inep, na qual 64% dos alunos de EAD eram trabalhadores que ganhavam até quatro salários-mínimos e estavam à procura de aperfeiçoamento profissional. Possivelmente a diferença esteja na abrangência dos dados. A pesquisa de Ristoff foi focada em universidades e o Censo da Abed leva em conta outras instituições fornecedoras de EAD. Para analisar o perfil dos alunos de EAD em 2010, foi montada a Tabela 2.15, a seguir. Pode-se observar, na tabela, a falta de dados sobre a faixa etária dos alunos de cursos de EAD. Isso se explica pelo fato de que a computação da faixa etária foi prejudicada por dois fatores ligados aos instrumentos de coleta: no caso dos cursos autorizados, não foi feita a separação entre alunos de graduação e de pós-graduação, que apresentam perfis muito diferenciados; esse fato impediu a obtenção de um dado com um mínimo de validade. No caso dos cursos livres, a pesquisa também foi prejudicada, uma vez que a supressão não intencional da faixa de 35 a 40 anos no questionário invalidou o levantamento. Observou-se, no entanto, no caso dos cursos corporativos, que cerca de 50% dos alunos encontram-se na faixa de 31 a 40 anos. A situação ocupacional e a experiência em cursos de EAD não foram solicitadas e, portanto, não foram computadas para o caso dos cursos corporativos. Nos cursos autorizados e livres a maioria dos alunos é do sexo feminino. Há 12% a mais de mulheres que homens nos cursos livres e 2% nos cursos autorizados. Nos cursos corporativos a situação se inverte e há 8% de alunos do sexo masculino a mais que do sexo feminino. Das respostas obtidas pelas instituições em relação aos alunos da modalidade de EAD, a grande maioria deles estuda e trabalha, tanto nos cursos autorizados como nos cursos livres. Nos cursos livres a porcentagem de alunos que estudam e estão desempregados (12%) é bem maior que a dos cursos autorizados (5%), o que pode indicar a busca de melhor qualificação para o mercado de trabalho. Segundo as instituições, 75% dos alunos matriculados em cursos de EAD autorizados nunca fizeram outro curso nessa modalidade e 23% já fizeram na própria instituição. Nos cursos livres a situação se inverte e apenas 25% nunca realizaram curso em EAD, e 51% já realizaram outro curso nessa modalidade de ensino e na própria instituição. Esses dados podem apontar para a fidelidade dos alunos à modalidade de EAD em uma instituição. Quando um aluno participa de um curso em EAD e fica satisfeito com a experiência, a tendência é buscar outro curso, na própria instituição. Instituições envolvidas com EAD Em 2009 o MEC registrava 145 instituições credenciadas, entre particulares, comunitárias e públicas, para oferta de cursos superiores na modalidade a distância, que, juntas, contam com um universo de mais de 760 mil alunos. Além dessas instituições, há as que oferecem cursos livres que independem de autorização, os centros de formação profissional e as empresas que desenvolvem os cursos corporativos, preparados ou não por elas mesmas. Uma das hipóteses presentes nessa coleta é que as empresas que desenvolvem cursos corporativos são empresas de grande porte, pois o investimento na montagem dos cursos acaba compensando em razão do número de funcionários a serem treinados e que muitas vezes se encontram em regiões diferentes do país. Entre as instituições que desenvolvem apenas cursos a distância, autorizados pelo MEC, houve a necessidade de se aprimorarem, também, nos atendimentos presenciais oferecidos nos polos previstos pela legislação, diferentemente das que desenvolvem cursos livres, que puderam se dedicar apenas ao atendimento a distância. Os polos exigem grandes investimentos e as instituições têm colocado em questão a montagem de polos sem um número razoável de matrículas que justifique o investimento. Houve uma grande expansão inicial de instituições interessadas em desenvolver cursos a distância, pois acreditavam que essa modalidade poderia fornecer muito lucro com pouco investimento. Com a percepção de que, para manter cursos a distância, é necessária uma infraestrutura tecnológica e de Tabela 2.15 Perfil dos alunos segundo a instituição respondente Questionários Sexo Situação ocupacional Participação em EAD M F Só estuda Estuda/ trabalha Estuda/ Desempregado Nunca Na instituição Em outra instituição Autorizados 49% 51% 9% 86% 5% 75% 23% 4% Livres 44% 56% 13% 75% 12% 25% 51% 24% Corporativos 54% 46%

42 26 profissionais devidamente preparados para a produção e o acompanhamento dos cursos, houve uma retração nas ofertas, bem como o descredenciamento de algumas instituições que já tinham autorização de funcionamento pelo MEC. Assim, algumas instituições têm limitado seu atendimento e diminuído o número de matrículas ofertadas, apesar de perceberem que têm de investir em EAD. Tendo em vista a pesquisa do Sebrae, realizada em 2004 junto a pequenas e médias empresas, 49,4% encerraram as atividades com até 2 (dois) anos de existência, 56,4% com até 3 (três) anos e 59,9% não sobrevivem além dos 4 (quatro) anos. O Brasil conta, anualmente, com algo em torno de 470 mil novas empresas instalando-se no mercado. Um dos fatores que levam à sobrevivência da empresa é o seu tamanho. Quanto maior o tamanho da empresa, menor a probabilidade de fechamento. As empresas que se relacionam com os governos têm, também, menor probabilidade de fechar. O estudo mostrou, ainda, que a existência de grandes empresas concorrentes no mercado do empreendedor aparentemente reduz, em vez de aumentar, o risco de fechamento. Outro fator de sobrevivência das empresas é trabalhar em consórcio, o que facilita a diluição dos custos de infraestrutura. A parceria entre instituições pode levar a soluções originais e a uma sobrevivência maior no mercado. Além das características gerais das instituições, é preciso conhecer as características das equipes de profissionais. O sucesso de cursos a distância depende, de um lado, da qualidade do conteúdo e da forma dos cursos elaborados pela equipe de produção e, de outro, do atendimento realizado pela equipe de implantação dos cursos. Especialistas em conteúdo, tutores e facilitadores capacitados em educação a distância são indispensáveis para oferecer cursos de qualidade. Além disso, a equipe administrativa que cuida de inscrições, matrículas, pagamentos e certificações tem de estar bem preparada para atender aos alunos dessa modalidade de cursos. Outro grupo importante para que o curso seja bem-sucedido é o responsável pelo suporte tecnológico. São esses especialistas que podem ajudar nas dificuldades com o sistema, com o acesso dos alunos e com o bom funcionamento de todos os recursos do curso. Cursos que contam com o uso da internet têm na equipe de suporte tecnológico um componente indispensável para o sucesso dos trabalhos. A equipe de trabalho com ações em EAD pode contar com profissionais que, segundo o vínculo empregatício, são efetivos ou terceirizados. Em alguns casos, a terceirização tem se mostrado uma boa solução, mas também é preciso cuidar para que os direitos trabalhistas não sejam negligenciados, e sim respeitados. Algumas instituições fazem da contratação de terceiros uma forma de eliminar direitos como férias, fundo de garantia e outros, uma vez que o profissional não tem o vínculo empregatício e os respectivos direitos, mas trabalha com todos os deveres de um funcionário da instituição. O parque tecnológico disponível nas instituições relacionado às ofertas de cursos pode nos dar indícios, também, da qualidade dos cursos oferecidos. Servidores dedicados a cursos a CensoEAD.BR distância, LMS (Learning Management Systems) softwares de gestão dos cursos e disponibilidade de salas com computadores com acesso à Internet apresentam um diferencial na qualidade do atendimento à EAD na instituição. Para identificar o perfil dessas instituições envolvidas com EAD em 2010, e em relação a todos os aspectos abordados, é apresentado, a seguir, um conjunto de tabelas que permite analisá-lo com maior profundidade. Inicialmente há as tabelas 2.16 e 2.17, que contêm informações sobre o perfil das instituições respondentes com vários de seus aspectos relativos à EAD. A Tabela 2.16 apresenta dados sobre o tipo de oferta educacional, o porte da instituição (micro, pequena, média e grande), a forma como atuam e o tempo que elas têm de EAD no mercado. Tabela 2.16 Perfil das instituições envolvidas com a EAD em 2010 Oferta de cursos Forma de atuação Tempo de atuação em EAD Atendimento a alunos Forma de organização Elementos do perfil Instituições Só oferece cursos a distância 33 Oferece cursos a distância e presenciais 161 Sem informação 4 Total 198 Independente 12 Em parceria com outra(s) instituição(ões) 182 Sem informação 4 Total 198 Até 2 anos 44 Entre 3 e 5 anos 66 Entre 6 e 10 anos 31 Mais de 10 anos 46 Sem informação 1 Total 198 Prevê atendimento a alunos com necessidades especiais Não prevê atendimento a alunos com necessidades especiais Já atende a alunos com necessidades especiais Sem informação 32 Total 198 Centralizada 138 Descentralizada 55 Sem informação 5 Total 198

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45 CensoEAD.BR 29 A maioria das instituições respondentes (81,3%) desenvolve as duas modalidades de ensino (EAD e EP). A quase totalidade delas (91,9%) atua por parceria e somente 6,1% de forma independente. A maioria dos respondentes (33,3%) informou que sua instituição tem de três a cinco anos de atuação em EAD. Entre seis e mais de dez anos de atuação em EAD temos 38,9% das instituições respondentes e, até dois anos, temos 22,2% das instituições. Esses dados apontam para a modalidade de EAD em instituições que também desenvolvem EP e com mais de cinco anos de atuação. Esse perfil apresentado pelos respondentes indica que a modalidade EAD vai se consolidando cada vez mais nas instituições. Outro aspecto que merece atenção é a existência de preocupação, por parte das empresas, com ações inclusivas por meio do atendimento a alunos com necessidades especiais. Das 198 instituições participantes, pelo menos cerca de 40% já atendem a esse tipo de educando e 25% preveem realizar ações inclusivas por meio de seus cursos ou produtos. Em relação à organização interna das empresas respondentes, pode-se verificar o modo como as ações de EAD se estruturam dentro das instituições, ou seja, 70% centralizadamente e 27% descentralizadamente. Um aspecto de extrema importância refere-se ao levantamento do meio-mestre, ou meio principal utilizado para a mediação entre educadores e educandos, ou seja, Internet, meio impresso, CD-ROM ou outros. Os cursos de EAD podem ser produzidos com a inserção de diversas mídias, como material impresso, vídeos, animações, recursos ou ferramentas de interação como chats, videoconferência, fóruns etc. Contudo, sempre haverá um meio-mestre, ou meio principal, para a organização e veiculação do conteúdo. O meio-mestre corresponde ao recurso principal de veiculação do conteúdo do curso. Este pode ser apenas o veículo das informações, funcionando em apenas uma direção, ou pode ser um meio interativo, em que o aluno tem condições de participar e interagir. Por exemplo, se o meio-mestre é o texto, o aluno recebe as informações e a forma de ele interagir pode ser solucionando suas dúvidas com o professor por , chat, fórum ou mesmo no tira-dúvidas. Por outro lado, se o meio-mestre é um simulador, um circuito realizado em 3D com animação, que convida o aluno a interagir e oferece as respostas em função da intervenção dele por exemplo, acendendo ou apagando a luz de acordo com a montagem das peças, constitui-se em um recurso que exige interatividade do aluno. Cabe ressaltar que em 2009, dentre as tecnologias usadas na produção de cursos de EAD, o e-learning correspondeu a 76%, o vídeo, a 61%, e o material impresso, a 40%. Em 2010, a entrada dos tablets levou algumas instituições a substituir os textos impressos por eles. Já na matrícula o aluno recebe um tablet com o material didático para os cursos. A questão é: como essa tecnologia vai influenciar a EAD? Apesar da experiência de algumas instituições da substituição do meio impresso por tablets, mantivemos como hipótese para 2010 que, mesmo usando os recursos de e-learning, o material impresso ainda é usado como meio principal para a transmissão da informação. Assim, em 2010 buscou-se investigar qual o meio-mestre ou o meio principal mais usado nos cursos de EAD e conseguiu-se observar que o meio impresso continua dominante. A Tabela 2.17 contempla esses aspectos que também compõem o perfil das instituições que atuam em EAD. Tabela 2.17 Meio-mestre utilizado pelas instituições em seus cursos Meio-mestre utilizado Instituições Meio impresso 38 Internet 22 CD-ROM e outras mídias 23 Sem informação 115 Total 198 Pela Tabela 2.17, pode-se perceber que mais da metade das instituições não informou qual o meio-mestre utilizado em seus cursos; no entanto, entre as que responderam, a maioria adota o material impresso como o principal recurso de mediação entre educadores e educandos nos cursos oferecidos. Volume de matrículas nas instituições Ainda em relação ao perfil das instituições também é importante analisar como se apresentam as características das matrículas nos cursos oferecidos. A Tabela 2.18 possibilita essa análise. A Tabela 2.18 indica, no caso dos cursos autorizados, que nos últimos três anos, para a maioria dos respondentes (64,7%), houve um aumento nas matrículas em EAD. De janeiro de 2010 a janeiro de 2011, 61% afirmam que houve aumento de matrículas e 74,2% apontam que há uma expectativa de crescimento para os próximos três anos. Os que consideram que as matrículas permaneceram as mesmas nos cursos autorizados são 10,3% dos respondentes, tanto nos últimos três anos como de janeiro de 2010 a janeiro de Houve diminuição das matrículas nos últimos três anos, segundo 8,8% das respostas; para 12,5% houve, também, diminuição de matrículas no período de janeiro de 2010 a janeiro de 2011 e somente 1,5% acreditam que as matrículas diminuirão nos próximos três anos. Nos cursos livres, 67,1% dos respondentes informaram que as matrículas permaneceram as mesmas nos últimos três anos, 62,2% que elas aumentaram de janeiro de 2010 a janeiro de 2011 e 75,6% que aumentarão nos próximos três anos. Os que informaram que as matrículas diminuíram ou diminuirão correspondem a menos de 5% das respostas. Nos cursos corporativos os dados informam que houve aumento de matrículas nos últimos três anos (71,4%), de janeiro de 2010 a janeiro de 2011 (68,6%); indicam também expectativa de aumento nos próximos três anos (65,7%). Não houve nenhuma resposta para a diminuição das matrículas

46 30 CensoEAD.BR Tabela 2.18 Evolução das matrículas das instituições educacionais respondentes em 2010 Evolução Nível Autorizados N * = 136 Livres N = 82 Corporativos N = 35 Diminuiu Últimos 3 anos Permaneceu igual Aumentou Sem informação Diminuiu Jan 2010/jan 2011 Permaneceu igual Aumentou Sem informação Diminuirá Próximos 3 anos Permanecerá igual Aumentará Sem informação * N = Número de questionários respondidos. e somente 2,8% apontam para uma matrícula estável entre janeiro de 2010 e janeiro de As matrículas serão iguais nos próximos três anos para 5,7% dos respondentes. No geral, observa-se que está havendo um aumento de matrículas na modalidade EAD em cursos autorizados, livres e corporativos, e a expectativa é que elas cresçam ainda mais nos próximos três anos. É importante notar, no entanto, o número dos que não responderam a essas questões. Nos cursos autorizados e livres, são menos de 20% e nos corporativos, 28,6%. Os cursos de EAD O Censo do Inep do ensino superior de 2009, com a participação de instituições de ensino superior (IES), registrou cursos de graduação e 295 sequenciais de formação específica. Em relação a 2008, os cursos presenciais cresceram 12,5%, enquanto os cursos de EAD aumentaram 30,5%. Segundo a modalidade de ensino, 71% dos cursos presenciais são de bacharelado, ao passo que metade dos cursos de EAD é de licenciatura. Os cursos de EAD com maior número de matrículas são os de Pedagogia e Administração, com 61,5% do total de matrículas. Os cursos tecnológicos nas IES têm aumentado significativamente o número de matrículas, de em 2004 para em O crescimento do número de matrículas nos cursos tecnológicos é mais acentuado nas entidades privadas do que nas públicas. No Censo da Abed 2009, dos cursos livres mais oferecidos, 50% eram na área de educação. Empatados no segundo lugar, com 45%, estavam os cursos nas áreas de empreendedorismo e gestão e, em terceiro lugar, os cursos de tecnologia. Pode-se observar, na Tabela 2.19, a distribuição, em 2010, de alguns dos cursos autorizados por área de conhecimento e nível acadêmico a partir das informações das instituições. É importante frisar que, dos cursos autorizados arrolados por este Censo, foi possível obter informações sobre 975 deles, como se pode observar a seguir. Pela Tabela 2.19, pode-se verificar que, dos 975 cursos indicados, a maior frequência, 35,2%, corresponde aos cursos na área de ciências sociais, negócios e direito e em educação, com 33,2%. Tabela 2.19 Distribuição dos cursos autorizados por área de conhecimento Áreas de conhecimento Cursos autorizados Educação 324 Humanidades e artes 71 Ciências sociais, negócios e direito 343 Ciências, matemática e computação 99 Engenharia, produção e construção 27 Agricultura e veterinária 5 Saúde e bem-estar social 66 Serviços 40 Total 975

47 CensoEAD.BR 31 Na área de ciências, matemática e computação, tem-se 10,1%, humanidades e artes, 7,3%, saúde e bem-estar social, 6,8%, serviços, 4,1%, e engenharia, produção e construção, 2,8%. A menor frequência de cursos autorizados indicados corresponde à área de agricultura e veterinária, com 0,5%. Recursos utilizados Os cursos ofertados podem ser produzidos pelas próprias instituições ou serem adquiridos. No Censo Abed 2009, com respeito ao conteúdo para os cursos livres de EAD, 78% das instituições desenvolveram o próprio conteúdo, enquanto 22% o adquiriram externamente. As formas de desenvolvimento/aquisição desses conteúdos contaram com 79% das instituições com desenvolvimento interno realizado pela própria equipe e 21% com a colaboração de outras instituições de ensino. Apenas 14% dessas instituições adquiriram conteúdos de outras empresas e 2% utilizaram especialistas externos trabalhando com a equipe da instituição. Em relação a 2010, observou-se que cerca de 80% das instituições desenvolveram seus próprios conteúdos e 21% os adquiriram de outras instituições, educacionais ou não. Algumas delas produziram tanto internamente quanto em parceria com outras instituições, ou mesmo obtiveram conteúdos de outras instituições. O parque tecnológico e os recursos didático-pedagógicos Além dos recursos humanos, uma boa infraestrutura tecnológica é indispensável para o bom funcionamento de um curso a distância. Se o curso contempla o uso de computador, é necessário pensar em hardwares, servidores exclusivos, dedicados, de alta velocidade e que permitam conexão por link. O uso de servidores (hardware) que compartilhem dados administrativos das instituições pode trazer dificuldades operacionais que acabam prejudicando os cursos e os atores envolvidos. Em relação aos softwares, é importante decidir o ambiente virtual da aprendizagem, que pode ser configurado a partir de um LMS (Learning Management System). O LMS permite o gerenciamento administrativo e pedagógico dos cursos. Ele pode ter sido desenvolvido pela própria instituição ou pode ser gratuito, locado ou comprado. Têm-se observado, ultimamente, mudanças na seleção do LMS pelas instituições, com critérios que têm alterado sua seleção em função da facilidade de uso. Essa mudança de critérios de seleção do LMS é esperada, uma vez que, na prática, os usuários, professores e alunos passam a identificar dificuldades e limites no uso, bem como identificam outros LMSs, no mercado, que seriam mais adequados aos cursos desenvolvidos. Na Tabela 2.20, a seguir, é possível identificar alguns aspectos fundamentais em relação à presença de servidor (hard) dedicado à EAD, softwares de gestão e aprendizagem. Como algumas instituições, para facilitar o acesso dos alunos à Internet, oferecem salas com computadores que podem ser usadas em horários determinados, essa tabela também contempla a disponibilidade de salas com computadores para uso específico dos alunos. Das instituições que desenvolvem cursos autorizados, observa- -se que 83% afirmam possuir servidor próprio, 11% locam e somente 7% partilham o servidor. Nas 55 respostas das Tabela 2.20 Perfil do parque tecnológico institucional Instituições Tipos de cursos Servidor (hard) De- LMS utilizado Situação do LMS Disponibilidade de salas para alunos Número de micros Próprio Locado Partilhado sen- volvi- do na insti- Comprado de outra Locado Gratuito Em revisão Será substituído Será mantido Não Sim < 5 5 a a a 20 > 20 tuição Cursos autorizados Cursos livres Cursos corporativos

48 32 instituições que desenvolvem cursos livres, observa-se que 58% afirmam possuir servidor próprio, 36% locam e 6% partilham o servidor. Nas 16 respostas das instituições que desenvolvem cursos corporativos, 75% afirmam possuir servidor próprio, 19% locam e 7% partilham o mesmo servidor. A grande maioria, portanto, das instituições possui servidor próprio. Das 96 respostas dadas pelas instituições que desenvolvem cursos autorizados, em relação ao LMS utilizado, observa-se que 67% usam por locação, 15% o desenvolveram na própria instituição, 12% compraram e 6% usam LMS gratuito. Em relação às 50 respostas obtidas pelas instituições que desenvolvem cursos livres, pode-se observar que a maioria (46%) usa LMS gratuito, 26% desenvolveram o próprio, 18% locam e 10% o compraram de outra instituição. Nas 19 respostas das instituições que desenvolvem cursos corporativos, observa-se também o uso de 53% de LMS gratuito, 37% locado e 11% desenvolvido na própria instituição. Nos cursos livres e corporativos, predomina o LMS gratuito e, nas autorizadas, o LMS por meio de locação. Mas é importante notar que o desenvolvimento do LMS pela própria instituição supera a compra. Nos cursos autorizados, das 91 respostas, 69% indicam que o LMS será mantido; nos cursos livres, pelas 45 respostas obtidas, 69% também informam que manterão o LMS e, nos cursos corporativos, das 18 respostas obtidas, 61% informam que o LMS está em revisão. Há uma tendência à manutenção do LMS nos cursos autorizados e livres e uma tendência à substituição nos cursos corporativos. As 107 respostas das instituições que desenvolvem cursos autorizados indicaram que 88% disponibilizam salas para alunos. As 29 respostas das instituições que desenvolvem cursos livres indicaram que 55% disponibilizam salas para os alunos e, das 17 respostas das instituições que desenvolvem cursos corporativos, 82% também possuem salas para os alunos. O número de micros por sala informado pelos respondentes é, na maioria, de mais de 20 micros (53% nos cursos autorizados, 39% nos cursos livres e 31% nos cursos corporativos). Quanto à utilização de LMS para fazer a gestão do processo de aprendizagem, alguns aspectos merecem atenção, ou seja: quais os critérios utilizados para escolha do software, em que sua utilização impacta na dinâmica institucional e em que aspectos o LMS representa uma dificuldade. A Tabela 2.21 apresenta dados a respeito. Em relação ao LMS utilizado pelas empresas, a tabela indica o número de respondentes ao item respectivo. No que diz respeito ao critério de escolha do LMS, 25% dos respondentes apontaram o preço, 22%, a compatibilidade com o padrão SCORM e 20%, o fornecimento de serviços agregados. A menor porcentagem de escolha ficou com a forma de pagamento. Em relação à necessidade decorrente do uso do LMS, 44% dos respondentes escolheram a manutenção do sistema/suporte técnico e o treinamento de pessoal para o uso. A adaptação de produto gratuito foi escolhida por 37,5% dos respondentes. Tabela 2.21 O LMS utilizado pelas instituições Critério para a escolha do LMS Necessidade decorrente do uso do LMS Aspecto mais difícil para uso do LMS Aspectos a considerar sobre o uso do LMS CensoEAD.BR Instituições N = 198* Preço 50 Forma de pagamento 12 Suporte técnico 31 Indicação de consultores ou de outras empresas Fornecimento de serviços agregados Compatibilidade com padrão SCORM Em relação ao aspecto que apresenta maior dificuldade para o uso do LMS, muitos respondentes não apresentaram respostas e a porcentagem de maior escolha, 12%, foi para manutenção/suporte técnico e a customização para diferentes metodologias de EAD. O custo por aluno foi o aspecto menos escolhido 0,5% dos respondentes. A compatibilidade do padrão SCORM foi um aspecto relevante para o critério de escolha (22%), mas não foi considerado como um aspecto de dificuldade para o uso (1%) Adaptação de produto gratuito 74 Manutenção do sistema/suporte técnico Treinamento de pessoal para utilização Adaptação de produto gratuito 17 Manutenção do sistema/suporte técnico Treinamento de pessoal para utilização Custo por aluno 1 Utilização do mesmo LMS para EP e EAD Administração dos pagamentos feitos pelos alunos Customização para diferentes metodologias de EAD Relação de dependência com fornecedor Incompatibilidade com padrão SCORM * Os respondentes podiam escolher mais de uma alternativa por questão

49 CensoEAD.BR 33 Infraestrutura de pessoal A EAD contempla várias configurações para o desenvolvimento dos cursos, o que permite uma composição diferenciada de profissionais para a estruturação e o funcionamento dessa modalidade de ensino. A pluralidade de configurações sempre contará com equipe multidisciplinar, com funções voltadas para a produção dos cursos, sua implantação, suporte administrativo e suporte tecnológico. Os profissionais devem ter um preparo que lhes permita funcionar como equipe no atendimento ao aluno. A coerência dessa equipe é que permite fornecer ao aluno acolhimento e a sensação de pertencimento que fará a diferença entre sua permanência ou desistência. No Censo do ensino superior de 2009, o número de docentes vinculados à IES contou com ; destes, estão em exercício e estão afastados por motivos de qualificação, exercício em outros órgãos e entidades e outros motivos. A soma de mestres e doutores nas instituições públicas corresponde a 75%, enquanto nas instituições privadas é de 55%. Nas instituições públicas encontra-se o maior número de doutores e, nas instituições privadas, o de mestres. O típico docente das escolas públicas corresponde a profissionais do sexo masculino, com idade média de 44 anos, nacionalidade brasileira, com doutorado e em regime integral de trabalho. Nas instituições privadas, o docente típico também é do sexo masculino, nacionalidade brasileira, com idade média de 34 anos e em regime de trabalho horista. No Censo da Abed de 2009, as informações indicaram que 76% dos docentes possuíam treinamento tecnológico prévio e 24% não contavam com esse treinamento. Dos profissionais que trabalhavam em EAD, somente 40% possuíam formação nessa modalidade de ensino com certificação não acadêmica, 16% estavam em formação de EAD, 14% possuíam especialização em EAD, 1% estava em formação em EAD em graduação e apenas 2% possuíam mestrado ou doutorado em EAD. Não possuíam formação específica em EAD 27% dos profissionais. Esses dados indicaram que a formação direcionada e consistente em EAD mostrava-se precária. Quanto a 2010, a Tabela 2.22, a seguir, oferece as informações coletadas sobre a formação dos profissionais, tendo em vista a natureza jurídica das instituições e o tipo de cursos que oferecem. Das respostas obtidas ao item referente à formação dos profissionais da modalidade de EAD, foi arrolado o número de profissionais, vinculados aos cursos autorizados e vinculados a cursos livres. Esse aspecto não foi levantado em relação aos cursos corporativos. Nos cursos autorizados os respondentes informaram que contam com 48% dos profissionais com formação PhD, 6% com mestrado, 14% com graduação e 7% com certificado. Nos cursos autorizados a maioria dos PhDs faz parte do quadro de instituições pública federal (44%) e privada no sentido restrito (33%). Os profissionais que possuem apenas o certificado também estão na maioria nas instituições privada de uso restrito (40%) e pública federal, 30%. Nos cursos livres foram relacionados 77% com formação em doutorado, 10% com mestrado, 3% com graduação, 7% com especialização, 2% somente com o certificado. A maioria dos profissionais PhD é encontrada nas instituições filantrópicas (33%) e nas privadas no sentido restrito (33%). A maioria dos mestres e especialistas também faz parte das instituições privadas de sentido restrito. Além disso, observa-se que, para concretizar as ofertas dos cursos de EAD, muitas instituições contam com um número de profissionais efetivos ou terceirizados que são responsáveis pelo atendimento administrativo, pela produção dos cursos, pela implantação ou pelo suporte tecnológico oferecido aos docentes e alunos. As diversas funções dessas equipes de profissionais podem ser centralizadas atendendo a todos os cursos de EAD ofertados pela instituição ou podem ser Tabela 2.22 Formação dos profissionais que atuam em EAD Instituição Autorizados PhD Mestrado Graduação Especialização Só certificação PhD Mestrado Graduação Especialização Só certificação Livres Federal Pública Estadual Natureza jurídica Privada Municipal Restrito Comunitária Confessional Filantrópica Total

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52 36 descentralizadas em decorrência das ofertas como cursos livres, corporativos, autorizados/reconhecidos. A Tabela 2.23 apresenta as informações coletadas em relação ao perfil da infraestrutura de pessoal, tendo em vista as características das empresas e a região geográfica em que se localizam. A partir das respostas fornecidas a esse item, foi possível identificar profissionais trabalhando na modalidade EAD. Desses profissionais, temos 39% desenvolvendo atividades nas equipes administrativas, 38% na implantação dos cursos, 18% na produção e 6% nas equipes tecnológicas. Desses profissionais, 65% são efetivos e 35% são profissionais terceirizados. O maior número de profissionais encontra-se nas equipes administrativas e de implantação da educação a distância e são, em maior número, efetivos. Nas equipes administrativas, 75% dos profissionais são efetivos e 25% são terceirizados. Nas equipes de produção, 64% são profissionais efetivos e 36% são terceirizados. Nas equipes de implantação, 54% são efetivos e 46% são terceirizados. Nas equipes tecnológicas, 78% são efetivos e 22% são terceirizados. As equipes administrativas e tecnológicas possuem maioria absoluta de profissionais efetivos (acima de 75%). Nas equipes de implantação, a diferença entre o número de efetivos e terceirizados é de 8%. Gestão da EAD em 2010 CensoEAD.BR O modelo de organização de EAD é complexo, distinto do modelo presencial. Nessa modalidade, para propiciar o diálogo, a participação e a troca, elementos que possibilitam a aprendizagem colaborativa, o processo educativo é assumido por toda a instituição e o elemento fundamental não é a espacialidade e sim a comunicação, o espaço não é físico e sim comunicativo (Almaraz, 1999). O modelo de gestão de EAD pode ser centralizado ou não e ter, como setor, diferentes níveis hierárquicos. Para a produção dos cursos, pode contar com a equipe de efetivos da instituição ou justificar a contratação de serviços de fornecedores em que os critérios para a contratação podem variar. É necessário, ainda, prever a evolução da contratação de serviços e a distribuição dos custos e dos investimentos. A lucratividade pode ou não ser uma meta sendo observada e prevista para os cursos autorizados e/ou livres. Assim, as tabelas a seguir apresentam as informações obtidas das instituições respondentes em relação às ofertas de cursos, natureza e porte das instituições e à região em que se localizam. Pela Tabela 2.24, é possível verificar como se apresentavam, em 2010, as instituições quanto às características gerais de gestão, intenção do uso de contratação de terceiros e critérios para contratar esse tipo de pessoal. Nessas questões, os respondentes podiam dar mais que uma resposta aos itens; por isso, a análise contempla a frequência das respostas apresentadas. Em relação ao item Características gerais do setor responsável por EAD, foram obtidas 156 respostas das instituições para os cursos autorizados, 83 para os cursos livres e 28 para os corporativos. Nos cursos autorizados, 10% não indicaram qualquer item em relação às características gerais do setor responsável por EAD. A maior frequência das respostas, 31%, foi observada em relação à informação de que já reorganizaram os cursos de EAD nos últimos dois anos e 24% das respostas informam que reorganizarão os cursos nos próximos dois anos. O setor responsável por EAD apresenta o próprio balanço em 24% das respostas. O setor de EAD opera seu próprio sistema de Tabela 2.23 Perfil da infraestrutura de pessoal Número de profissionais Equipe administrativa Equipe de produção Equipe de implantação Equipe tecnológica Instituição Efetivos Terceirizados Efetivos Terceirizados Efetivos Terceirizados Efetivos Terceirizados Autorizados Livres Corporativos Autorizados Livres Corporativos Autorizados Livres Corporativos Autorizados Livres Corporativos Autorizados Livres Corporativos Autorizados Livres Pública Natureza jurídica Privada Corporativos Autorizados Livres Corporativos Autorizados Livres Corporativos Federal Estadual Municipal Restrito Comunitária Confessional Filantrópica

53 CensoEAD.BR 37 Tabela 2.24 Características da atuação do setor responsável pela EAD na instituição Porte da empresa Curso Autorizado Curso Livre Curso Corporativo Setor responsável pela EAD Micro Pequena Média Grande Não informado Total * Micro Pequena Média Grande Não informado Total Micro Pequena Média Grande Não informado Total Apresenta seu próprio balanço Características gerais Opera um escritório de recursos humanos separado Opera um setor de marketing separado Opera seu próprio sistema de bolsas de estudo Já reorganizou os cursos nos dois últimos anos Reorganizará os cursos nos próximos dois anos Capacitação de docentes para EAD Planejamento pedagógico Objetivo de contratação de serviços de terceiros em 2010 Design instrucional Desenvolvimento de metodologia de EAD Produção de conteúdos Arte e programação de cursos on-line Diagramação de texto Produção de vídeo Produção de simuladores Produção de jogos Produção de objetos de aprendizagem Infraestrutura física (servidor, LMS etc.) Preço Critérios de contratação de serviços terceirizados Agilidade de fornecimento Capacitação dos consultores Confiança baseada na carteira de clientes Qualidade de serviços avaliada por portfólio Indicação de parceiros Marca (imagem) do fornecedor no mercado * Os respondentes podiam indicar mais de uma alternativa. bolsas de estudo em 9% das respostas, 7% operam um setor separado de recursos humanos e 6% operam um setor de marketing também separado. Observa-se que a maioria das respostas foi dada por empresas de grande porte (72%). Nos cursos livres, 6% não deram informação em relação ao setor responsável por EAD. Das respostas, observa-se que 31% das empresas pretendem reorganizar os cursos nos próximos dois anos, 25% já reorganizaram os cursos nos dois últimos anos, 29% indicaram que fazem o próprio balanço e 8,5% operam seu próprio sistema de bolsas de estudo. Apenas 5% operam separadamente o setor de marketing e 1% opera seu próprio setor de recursos humanos. A maioria das respostas (69%) foi fornecida pelas empresas de grande porte. Nos cursos corporativos todos deram informação, e 39% informaram que apresentam o próprio balanço, 25% já reorganizaram os cursos e 25% indicaram que reorganizarão os cursos nos próximos dois anos. Nenhuma das instituições opera o setor de marketing separado, somente 4% operam seu próprio sistema de bolsas de estudo. A maioria das respostas foi dada por empresas de grande porte (93%).

54 38 No geral, as respostas indicam que o setor responsável de EAD, embora apresente hoje apenas um pequeno número, possui independência completa e isso pode se mostrar como tendência, pois a maioria das respostas das empresas de grande porte indicou já operar seu próprio balanço. Além disso, já reorganizaram e pretendem reorganizar os cursos nos próximos dois anos. Não há diferenças significativas nas respostas das instituições que desenvolvem cursos autorizados, livres e corporativos. Em relação ao objetivo de contratação de serviços, os cursos autorizados tiveram 216 respostas, com 8% delas não informadas; os cursos livres tiveram uma frequência de 123 respostas e os cursos corporativos, 54 respostas, com 4% sem informação. Para os cursos autorizados e livres, em relação aos objetivos de contratação de serviços de terceiros em 2010, as respostas indicaram, em termos de maior frequência, a produção de conteúdos (autorizados, 15%, e livres, 15%). A infraestrutura física nos cursos autorizados é a segunda maior frequência (15%), seguida da diagramação de textos (13%). Nos cursos livres a segunda maior frequência de respostas é a contratação de terceiros para produção de vídeo (12%) e a terceira é a arte e programação de cursos on-line (11%). A menor frequência de respostas para a contratação de serviços de terceiros nos cursos autorizados foi para a produção de jogos (3%) e, nos cursos livres, a produção de objetos de aprendizagem (2%). Nos cursos corporativos, as respostas indicaram maior frequência na contratação de serviços terceirizados para a produção de objetos de aprendizagem (37%), seguida da produção de conteúdos (17%) e arte e programação de cursos on-line. Possivelmente a contratação de serviços para objetos de aprendizagem nos cursos corporativos tem a ver com a possibilidade de reutilização desses objetos em módulos ou cursos diferentes, permitindo uma atualização mais rápida dos cursos. A diagramação de textos, embora seja para os cursos autorizados (13%) e livres (10%) objeto de contratação, nos cursos corporativos a resposta foi menor para esse item (5,5%), o que pode indicar que os textos têm sido menos usados nos cursos livres e corporativos. Outro destaque é que o item Desenvolvimento de metodologia para EAD teve pouco investimento na contratação de serviços de terceiros nos cursos autorizados (3%), nos cursos livres (6%) e nos corporativos (5,5%), o que indica que novas metodologias estejam sendo desenvolvidas pelas próprias instituições ou não têm sido objeto de preocupação. Em relação aos critérios de contratação de serviços terceirizados, foram obtidas 165 respostas das instituições que desenvolvem cursos autorizados, e não foram obtidas respostas em 11,5%; 60 respostas das instituições que desenvolvem cursos livres, com ausência de respostas em 3%, e 54 respostas das instituições que desenvolvem cursos corporativos. A maior frequência de respostas sobre os critérios de contratação das instituições que desenvolvem cursos autorizados foi em qualidade dos serviços por portfólio (22%), preço (21%) e agilidade de fornecimento (18%). As instituições que desenvolvem cursos livres consideraram os principais critérios para CensoEAD.BR a contratação preço (20%), agilidade no fornecimento (20%) e qualidade de serviços avaliados em portfólio (20%). As instituições que desenvolvem cursos corporativos consideram como principais critérios a qualidade de serviços avaliada por portfólio (26%), preço (18,5%) e capacitação dos consultores (16,6%). O critério de menor relevância para a contratação de terceiros foi a marca (imagem) que o fornecedor tem no mercado (cursos autorizados e livres, com 7%, e cursos corporativos, com 5,5%). A tendência em termos de critérios para a contratação de serviços de terceiros das instituições se baseia fundamentalmente na qualidade do portfólio, agilidade e preço, o que indica que as instituições mostram-se cuidadosas nas contratações, exigindo experiência dos fornecedores comprovada por produtos. As tabelas 2.25 e 2.26, a seguir, oferecem uma visão mais particularizada dos investimentos e da lucratividade das instituições respondentes. Por essas tabelas, pode-se observar que, em relação aos investimentos, a maioria informou que houve aumento, sendo 44% cursos autorizados, 38% cursos livres e 37% cursos corporativos. Contudo, é importante observar que não houve informação de 29% dos respondentes dos cursos autorizados, 39% dos cursos livres e 47% dos cursos corporativos. Quanto à lucratividade institucional observada em 2010 em relação aos anos anteriores, a maioria indicou a opção estabilidade, ou seja, nem aumentou nem diminuiu, o que corresponde a 27% dos respondentes nos cursos autorizados, 32,5% nos cursos livres. O índice de não respostas a esse item foi de 52% nos cursos autorizados e 48% nos cursos livres. Em relação à expectativa de lucratividade para os próximos anos, a maioria dos respondentes dos cursos autorizados indicou estabilidade (32%) e os dos cursos livres (34%) indicaram a diminuição da lucratividade. O índice de não resposta a esse item correspondeu a 54% nos cursos autorizados e 48% nos cursos livres. Não foi solicitada aos respondentes dos cursos corporativos a questão sobre lucratividade, pois a crença era de que esses cursos fossem gratuitos e, portanto, não deveriam oferecer lucratividade financeira. Tabela 2.25 Evolução dos investimentos das instituições em 2010 em relação a anos anteriores Evolução Investimentos Nível Autorizado N * = 136 Livre N = 82 Corporativo N = 35 Diminuiu Estável Aumentou Sem informação * N = número de questionários respondidos.

55 CensoEAD.BR 39 Tabela 2.26 Evolução da lucratividade institucional em 2010 em relação aos anos anteriores e posteriores Autorizado Livre Corporativo Evolução Nível N = 136 N = 82 N = 35 Observado Previsto Observado Previsto - Diminuição Lucratividade Estabilidade Aumento Sem informação A divulgação dos cursos A modalidade de EAD é, hoje, a que mais busca divulgação no país, colocando em destaque sua relevância. Essa modalidade de ensino busca sua concretização em espaços educacionais como escolas, centros de formação e universidades, que permitem oferecer sistemas tecnológicos que ampliem o potencial de recursos para que a aprendizagem seja efetivada. A EAD, em sua divulgação, visa democratizar as oportunidades de estudo, familiarizando o educando com as novas tecnologias, oferecendo meios de atualização profissional permanente e contínua. Com o grande número de instituições que têm aderido à modalidade de EAD, o planejamento e a divulgação das ações educacionais podem ser um diferencial na captação de alunos. O marketing das ações é indispensável para a construção de uma marca sólida para atender ao público em uma sociedade em mudança. As instituições educacionais muitas vezes acreditam que, se fizerem um bom trabalho educativo, o aumento dos alunos acontecerá normalmente pela estratégia boca a boca. Contudo, atualmente se sabe que essa estratégia é limitada e, diante da concorrência de mercado, é necessário um planejamento cuidadoso da divulgação para sensibilizar e atender ao público-alvo. A adesão de funcionários de instituições a seus programas de treinamento e capacitação corporativos na modalidade de EAD também exige formas específicas de divulgação para que os funcionários cheguem motivados e entusiasmados para a preparação necessária para a melhora dos resultados esperados. Além das instituições educacionais e de formação corporativa, temos as empresas que oferecem produtos de EAD e que também necessitam realizar a divulgação desses produtos e serviços para os possíveis clientes e encontrar diferenciais de mercado para o desenvolvimento de suas ações. No Censo Abed de 2009, a divulgação para captação dos alunos era realizada em ambiente virtual (89%), em marketing interno (58%), marketing com peças impressas e publicitárias (49%) e em jornais e revistas (24%). O telemarketing foi usado por apenas 9% das instituições. Quanto a 2010, as tabelas 2.27 e 2.28, a seguir, apresentam informações referentes ao tipo de meio usado para a divulgação dos cursos livres e cursos autorizados/reconhecidos. Observa-se, na Tabela 2.27, que as formas de divulgação das instituições mais usadas para os cursos autorizados são o uso do site da instituição ou dos cursos (68%), mala direta e folders (56%), o direto (54%) e o boca a boca (48%). Para os cursos livres, a forma de divulgação concentra-se no site da instituição (60%), mala direta e folders (49%), boca a boca (46%) e direto (40%). Observa-se, na Tabela 2.28, que os cursos corporativos usam o direto (37%), a intranet (34%) e o boca a boca (29%). É importante ressaltar que, dos 35 questionários do segmento corporativo, 19 indicaram que a divulgação dos cursos corporativos é feita por departamento interno dedicado ao marketing institucional e com recursos próprios. É interessante notar que as instituições acreditam que a qualidade do curso pode trazer novos alunos por uma forma de divulgação sem custo direto, realizada por meio do boca a boca. Além disso, é possível observar que as instituições que desenvolvem cursos autorizados e livres usam diversos meios de divulgação para atrair alunos para os cursos, inclusive os meios de comunicação de massa, como rádio, televisão e jornais e revistas locais e regionais/nacionais. Uma informação interessante diz respeito à participação das instituições em redes sociais. Das 198 instituições respondentes, 28% informaram que não participam e 11% das instituições participam de mais de uma rede social. Das 120 instituições que participam em uma única rede social, o Twitter foi o mais citado, com 41% das respostas, e o Facebook o segundo, com 23%. As instituições que participam da rede social da própria empresa representaram 22% das respostas. Possivelmente, as redes sociais podem se tornar uma forma alternativa de divulgação dos cursos, produtos e serviços de EAD das instituições.

56 40 CensoEAD.BR Tabela 2.27 Recursos de divulgação dos cursos de EAD utilizados nos segmentos de cursos autorizados e livres Meios de divulgação utilizados Autorizados (136 questionários) Indicações Porcentagem Segmento institucional Total de respostas Indicações Livres (82 questionários) Porcentagem Total de respostas Mala direta/folders 76 55, ,8 82 Rádio 46 33, ,6 82 Televisão 39 28, ,2 82 direto 73 53, ,7 82 Ligações telefônicas para os possíveis alunos e participantes 46 33, ,3 82 Exposição em eventos 51 37, ,8 82 Jornais e revistas locais (marketing de massa) 57 41, ,6 82 Jornais e revistas regionais/nacionais (marketing de massa) 34 25, ,4 82 Boca a boca 65 47, ,3 82 Outdoors/pôsteres 43 31, ,6 82 Por meio do site da instituição ou dos cursos 92 67, ,8 82 Mecanismos de busca (espontâneos) 30 22, ,6 82 Anúncios em mecanismos de busca (Google, Yahoo etc.) 32 23, ,3 82 Abed ou outras instituições similares 24 17, ,7 82 Outro 10 7, ,3 82 Tabela 2.28 Recursos de divulgação dos cursos de EAD utilizados no segmento de cursos corporativos Meios de divulgação utilizados Cursos corporativos (35 questionários) Indicações Porcentagem Total de respostas Boca a boca 10 28,6 35 Intranet 12 34,3 35 Jornal da empresa 2 5,7 35 Memorando aos dirigentes/gerentes 3 8,6 35 Mural de avisos 5 14,3 35 Associação de funcionários Sindicatos Mala direta/folders 8 22,9 35 direto 13 37,1 35 Referências ALMARAZ, J. Alguns pré-requisitos funcionais dos Sistemas de educação à distância. Anais do XVII Curso Ibero-Americano de Educación a distancia. Madrid: IUED/UNED, MOORE, Michael; KEARLEY, Greg. Educação a distância: uma visãointegrada. São Paulo, Thompson, 2007.

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59 3 Casos particulares da EAD no Brasil Esta terceira parte do relatório busca explorar algumas situações específicas da EAD no país. São considerados, aqui, casos particulares: a evasão, a tutoria, o fornecimento de produtos e serviços de EAD e os professores independentes. Busca-se, nessa organização, um olhar mais detalhado sobre esses elementos peculiares em relação à modalidade EAD no Brasil. A evasão segundo a percepção das instituições Vargas (2007) apresenta diferentes definições e amplitudes para o conceito de evasão, segundo os diferentes critérios para categorizar os processos de entrada e saída dos alunos. As definições e amplitudes são apresentadas na Tabela 3.1, a seguir. As diferenças nos conceitos de evasão não foram contempladas no presente Censo, que não especificou a amplitude do conceito. Assim foram considerados alunos evadidos os que não iniciaram os cursos na modalidade a distância, ou que os abandonaram, de uma forma ou outra. Os índices de evasão atribuídos aos cursos a distância têm sido altos; contudo, o Censo Abed de 2009 revelou um índice médio de evasão, somados todas as instituições e segmentos, de 18,5% na EAD. Esse índice surpreendeu a todos e se mostrou menor que a evasão nos cursos superiores, que tiveram 42% de evasão, e, nas instituições privadas, o índice foi de 45%, embora Maria Inês Pestana, diretora de estatísticas do Inep, faça a seguinte ressalva: O tempo médio de um curso superior é de quatro anos de duração. Assim, analisamos, por exemplo, quantos estudantes ingressaram em 2002 e, desse total, quantos finalizaram o curso ao fim do período. Mas não sabemos se, nesse intervalo, o aluno mudou de curso, repetiu alguma matéria ou se, de fato, saiu da faculdade. As pesquisas têm indicado que a evasão está relacionada à dificuldade e à longa duração dos cursos; à pouca adequação dos cursos às necessidades dos alunos; à complexidade e à quantidade de atividades escritas exigidas; à falta de tempo do aluno; aos problemas financeiros; às más condições de estudo no trabalho e em casa e à falta de acompanhamento dos alunos pela tutoria. Um curso a distância concorre com a vida do aluno. Como é possível realizar o curso a qualquer tempo e em qualquer lugar, muitas vezes as atividades de estudo são adiadas várias vezes e, quando o aluno decide retomar o curso, nem sempre tem condições de acompanhá-lo e acaba desistindo. É preciso empenho e disciplina para conseguir completar um curso a distância. E sempre o término de um curso está associado ao sucesso e não conseguir terminar, ao fracasso sentido pelo aluno. Neste Censo, não investigamos as causas da evasão junto aos alunos, mas a percepção que as instituições têm em relação às causas da evasão. Tabela 3.1 Definição de evasão e amplitude do conceito Autores Definição Amplitude do conceito Utiyama e Borba (2003) Maia e Meireles (2005) Abbad, Carvalho e Zerbini (2005) Evasão é entendida como a saída definitiva do aluno de seu curso de origem, sem concluí-lo. Evasão consiste em alunos que não completam cursos ou programas de estudo, podendo ser considerados como evadidos alunos que se matriculam e desistem antes mesmo de iniciar o curso. Evasão refere-se à desistência definitiva do aluno em qualquer etapa do curso. Ampla. Não foi estabelecido nenhum critério de tempo no curso para a saída do aluno. Especifica que mesmo os alunos que nunca começaram o curso devem ser considerados evadidos. Não deixa claro se evasão se aplicaria apenas aos alunos que chegaram a iniciar o curso ou se abrangeria também os que apenas se matricularam e nunca iniciaram o curso. Fonte: VARGAS, M. R. M. Implantação de programas de educação a distância. Material didático do curso de pós-graduação em educação a distância. Centro de Educação a Distância, Universidade de Brasília, 2007.

60 44 A Tabela 3.2 apresenta dados sobre a evasão segundo a percepção dos respondentes, classificados pelas seguintes características: natureza jurídica, porte, região em que se localizam e tipo de curso (autorizados e livres). Tabela 3.2 A evasão nos cursos de EAD no Brasil em 2010, quanto às características institucionais Características institucionais Natureza jurídica Região Porte Tipo de curso Autorizados (%) Tipos de cursos Livres (%) Pública 22,16 30,9 Privada 15,8 20 N - 18,7 NO 14,8 33,8 CO 18 19,8 SE 21,75 21,1 S 16,4 16,4 Micro 5,5 18,3 Pequena 12,7 18,6 Média 13,2 20 Grande 18,5 23,3 EAD 10,6 20,5 EAD + EP 20,7 22,4 Total (Média) 18,6 (Média) 22,3 CensoEAD.BR Em termos médios, os cursos autorizados apresentam um índice de evasão de 18,6%, ao passo que, nos cursos livres, observa-se uma evasão média de 22,3%. Com relação aos cursos corporativos, com base nos dados disponíveis, considerando-se o número de concluintes e de não concluintes, observa-se um índice de evasão de aproximadamente 7,6%. A evasão é maior nas instituições públicas em relação às instituições privadas nos cursos autorizados e livres. A evasão está acima da média nacional nas instituições públicas, 3,6% nos cursos autorizados e 8,6% nos livres. Na região Sudeste, a evasão nos cursos autorizados é 3,15% acima da média nacional, na região Nordeste, 3,8%, e na região Sul, 2,2% menor que a média nacional. Nos cursos livres, a região Nordeste tem taxa de evasão 9,5% acima da média nacional (22,3%). Na região Sul está o menor índice de evasão dos cursos livres, 9,5% a menos que a média nacional. As instituições consideradas micro pelo padrão do Sebrae têm nos cursos autorizados o menor índice de evasão (5,5%), que corresponde a 13% a menos que a média nacional. As instituições que desenvolvem somente a modalidade a distância têm menor porcentagem de evasão que a média nacional nos cursos autorizados (8%) e livres (1,8%). Quanto às razões pelas quais os alunos se evadem dos cursos, a Tabela 3.3 apresenta um retrato a respeito. Do total de 255 respostas dos questionários das instituições, no que se refere às causas da evasão dos alunos dos cursos na modalidade de EAD, segundo a visão dos respondentes, as maiores frequências de respostas, no caso dos cursos autori- Tabela 3.3 Causas de evasão segundo a percepção das instituições Causas de evasão Cursos autorizados Frequência de respostas Cursos livres Cursos corporativos Falta de tempo para estudar e participar do curso Custo da matrícula e/ou mensalidades do curso Viagens a trabalho Desemprego Falta de adaptação à metodologia Acúmulo de atividades no trabalho Impedimentos criados pela(s) chefia(s) 1 1 2

61 CensoEAD.BR 45 zados e livres, foram a falta de tempo do aluno para estudar e participar do curso, o acúmulo de atividades no trabalho e a falta de adaptação à metodologia. As respostas aos questionários dos cursos corporativos apontaram também, segundo a visão dos respondentes, que as duas principais causas para a evasão foram a falta de tempo do aluno para estudar e o acúmulo de atividades. É interessante notar que somente nos cursos autorizados houve uma frequência significativa em relação ao custo do curso ou da mensalidade, o que não foi indicado nos outros dois tipos de cursos (corporativos e livres). A causa menos citada pelas instituições para a evasão são os impedimentos criados pela chefia, que variam entre 0,6% nos cursos autorizados, 1,7% nos cursos livres e 4,2% nos cursos corporativos. Como os cursos corporativos provavelmente são realizados pela própria empresa, a flexibilidade pode ser menor que nos outros tipos de cursos. A falta de adaptação à metodologia é outra causa comum a todos os tipos de curso. Seria interessante analisar como essa falta de adaptação acontece. Será que é relativa à modalidade a distância ou às características específicas dos cursos? A tutoria A educação a distância exige, em seu planejamento, desenvolvimento e implantação, uma equipe multidisciplinar. Se o planejamento e a produção dos cursos necessitam de profissionais experientes, com domínio de conteúdo e linguagem dos meios, a implantação exige educadores com diversas competências, que vão desde as administrativas até as tecnológicas, todas focadas nos aspectos educacionais de atendimento ao aluno. O aluno de educação a distância é diferente do aluno da educação presencial. Ele acessa o curso a qualquer momento e pode não encontrar, quando o faz, alguém com quem se comunicar, seja virtualmente, seja por telefone ou fax. Apesar de haver muitas e diferenciadas possibilidades de contato no espaço virtual, o aluno pode se sentir só. Apesar da diferença entre o real e o virtual, a importância dos vínculos permanece. Se o aluno se sente sozinho e incapaz de prosseguir no curso, é possível que atribua essa dificuldade a ele mesmo e acabe abandonando-o. Para haver o sentimento de pertencimento, de o aluno se sentir como parte de um grupo, a equipe de atendimento e acompanhamento é muito importante e pode fazer a diferença entre a permanência e o abandono do curso. Há diversos modelos de educação a distância, mas, na implantação dos cursos, o acompanhamento dos alunos por profissionais da área de educação faz parte de todos eles. Ao trabalho conjunto dessa equipe de acompanhamento costuma-se chamar de tutoria de curso. A nomenclatura a respeito de quem participa da tutoria é muito variada. Para algumas instituições, o tutor é aquele que acompanha o curso e é especialista no conteúdo, podendo até ser seu autor. Para outras instituições, o responsável pelo curso é chamado de professor, e o tutor é uma espécie de ajudante do professor. Para o apoio em todos os aspectos do aluno, em algumas instituições há um profissional, às vezes chamado de mediador pedagógico, às vezes de facilitador ou mesmo de monitor. Quando há mais de uma turma, costuma existir a figura do coordenador, que acaba apoiando os diversos tutores e facilitadores dos cursos. Enfim, esse universo de acompanhamento e de apoio ao aluno recebe diferentes papéis e nomenclaturas, o que muitas vezes dificulta a coleta das informações. O mais importante, no entanto, é observar que a educação a distância, inicialmente, preocupava-se com o conteúdo do curso e os materiais de ensino, e hoje há quase uma unanimidade na valorização do acompanhamento e apoio ao aluno como um dos critérios de qualidade dos cursos e de condição para diminuição da evasão. A tutoria tornou-se uma preocupação das instituições que oferecem educação a distância, seja nos cursos autorizados, seja nos livres ou corporativos. O apoio da tutoria para oferecer suporte ao aluno em termos pedagógico, de conteúdo, tecnológico e afetivo está sendo um esforço constante das instituições. As informações organizadas nas tabelas a seguir visam apresentar um retrato da tutoria nos cursos a distância nas diversas instituições. Para iniciar, a Tabela 3.4 apresenta o número de profissionais que atuam em cursos de diferentes naturezas, considerando a função que exercem e o tipo de contrato que estabelecem com as instituições. O maior número de profissionais terceirizados contratados para os cursos autorizados é de tutores (45,2%) e de professores (42,5%). O número maior de efetivos, nos cursos autorizados, é de tutores (45,2%) e de facilitadores, monitores (39,2%). Os monitores e facilitadores terceirizados correspondem a 3,7%. O menor número de contratação de profissionais terceirizados para os cursos autorizados é o de coordenadores, que corresponde a 0,5%. Outros profissionais correspondem a 5% nos cursos autorizados. O maior número de contratações de profissionais terceirizados nos cursos livres (68,9%) e nos cursos corporativos (43,7%) é de tutores, seguidos de facilitadores e mediadores. Os tutores efetivos dos cursos livres correspondem a 38,3% dos contratados e os facilitadores e monitores correspondem a 26,6% do quadro efetivo. Visando conhecer melhor a nomenclatura usada pelas instituições para as diversas funções exercidas pela tutoria, as informações coletadas foram organizadas na Tabela 3.5, na página a seguir. As instituições que desenvolvem cursos a distância apresentaram o número de contratações segundo a nomenclatura que utilizam para se referirem ao trabalho exercido pela tutoria de cursos.

62 46 CensoEAD.BR Tabela 3.4 A tutoria nos cursos de EAD no Brasil em 2010 número de profissionais por função exercida Número de profissionais Aspectos gerais de tutoria Cursos autorizados Cursos livres Cursos corporativos Efetivos Terceirizados Efetivos Terceirizados Efetivos Terceirizados Coordenadores Professores Função exercida Tutores Facilitadores, monitores Outros TOTAL Pode-se observar que a maioria dos contratados é chamada de tutores (61,5%), nos cursos autorizados, 82,3% nos cursos livres e 84,5% nos cursos corporativos. Os denominados professores correspondem a 31,1% nos cursos autorizados e 12,7% nos cursos livres e corporativos. Os chamados assistentes pedagógicos e assistentes de coordenação correspondem a 1% nos cursos autorizados, a 2,5% nos cursos livres e a 0,2% nos cursos corporativos. Os indicados como auxiliares administrativos correspondem a 1,9% nos cursos autorizados, a 0,6% nos cursos livres e a 0,3% nos cursos corporativos. Os estagiários atuam em cursos autorizados (0,3%) e nos cursos livres (0,5%), e não foram indicados nos cursos corporativos. Os bolsistas correspondem a 3,6% nos cursos autorizados, a 0,5% nos cursos livres e a 0,08% nos cursos corporativos. Esse quadro indica que as contratações são basicamente de profissionais qualificados e que bolsistas e estagiários fazem parte de uma porcentagem mínima das instituições. Pode-se inferir, ainda, uma tendência ao uso da nomenclatura tutores nas instituições para a contratação de profissionais responsáveis pelos cursos na modalidade EAD. Em relação à contratação dos profissionais que atuam na tutoria, as faixas salariais e os tipos de contrato variam segundo o tipo de curso. A Tabela 3.6 apresenta informações em relação a esses aspectos. A maioria dos tutores recebe na faixa de R$ 500,00 a R$ 800,00 por mês (51%) nos cursos autorizados, na faixa de R$ 800,00 a R$ 1.100,00 (44%) nos cursos livres e acima de R$ 1.500,00 por mês (97%) nos cursos corporativos. Nos cursos autorizados, 28% dos tutores recebem acima de R$ 1.500,00 por mês e, nos cursos livres, 15%.Os tutores mais bem remunerados são os dos cursos corporativos, seguidos dos autorizados e livres. Recebem, mensalmente, valor menor que R$ 500,00 5% dos tutores de cursos autorizados, 18% dos de cursos livres e nenhum dos tutores de cursos corporativos. Tabela 3.5 A tutoria nos cursos de EAD no Brasil em 2010 distribuição quantitativa segundo nomenclatura adotada na instituição Nomenclatura adotada para tutoria Número de profissionais Cursos autorizados Cursos livres Cursos corporativos Professor Tutor Assistente pedagógico Assistente de coordenação Auxiliar administrativo Estagiário Bolsista Outro

63 CensoEAD.BR 47 Tabela 3.6 A tutoria nos cursos de EAD no Brasil em 2010 faixas salariais e tipo de contrato Aspectos de tutoria Profissionais em % Autorizados Livres Corporativos Até R$ 500,00/mês 5% 18% - Entre R$ 500,00 e R$ 800,00/mês 51% 15% 1,3% Tutoria Faixas salariais Entre R$ 800,00 e R$ 1.100,00/mês 9% 44% 0,8% Entre R$ 1.100,00 e R$ 1.500,00/mês 7% 8% 0,9% Acima de R$ 1.500,00/mês 28% 15% 97% Total 100% 100% 100% Efetivos (quadro permanente) 54% 48% 8% Tutores Tipo de contrato Terceirizados por curso oferecido 24% 34% 92% Terceirizados por semestre letivo 5% 2% 0% Outros 17% 16% 0% Total 100% 100% 100% Efetivos (quadro permanente) 78% 28% - Facilitadores, mediadores etc. Terceirizados por curso oferecido 7% 63% - Terceirizados por semestre letivo 3% 5% - Outros 12% 4% - Total 100% 100% - A contratação dos tutores nos cursos autorizados é de 54% do quadro de efetivos, sendo 24% contratados como terceirizados por curso oferecido. Nos cursos livres, a contratação corresponde a 48% de tutores efetivos e 34% contratados, por curso oferecido. Nos cursos corporativos, somente 8% pertencem ao quadro de efetivos e 92% são terceirizados por curso oferecido. Assim, observa-se que os tutores dos cursos corporativos são mais bem remunerados e são, na quase totalidade, contratados por curso oferecido. Nos cursos autorizados, os facilitadores/mediadores são do quadro efetivo (78%), sendo apenas 7% contratados por curso oferecido e 3% por semestre letivo. Nos cursos livres, a maioria dos facilitadores (63%) é contratada por curso oferecido e 28% fazem parte do quadro permanente. Os profissionais envolvidos na tutoria dos cursos das diversas instituições estão voltados para diferentes áreas de conhecimento. A Tabela 3.7, a seguir, apresenta o quadro quantitativo referente às áreas a que os tutores estão associados. A formação dos tutores está mais voltada, nos cursos autorizados, para as áreas de educação (35%), ciências sociais e direito (27%) e ciências, matemática e computação (13%). A formação dos tutores dos cursos livres está mais voltada para as áreas de ciências sociais, negócios e direito (37%), educação (18%) e ciências, matemática e computação (14%). A formação dos tutores nos cursos corporativos está voltada principalmente para a àrea de ciências sociais, negócios e direito (72%). A formação dos tutores nos cursos autorizados, livres e corporativos é menor na área de agricultura e veterinária. Essa tendência possivelmente tem a ver com as características dos cursos desenvolvidos pelas instituições, mais focados na área de educação, humanidades e artes, ciências sociais, negócios e direito. A preocupação com a capacitação dos profissionais que trabalham em EAD tem sido uma constante. Na Tabela 3.8, a seguir, pode-se verificar o número de instituições que se preocupam em capacitar seus tutores ou professores e de que forma o fazem. Além disso, também é possível identificar quais as exigências das instituições para que um profissional possa atuar como tutor, tanto do ponto de vista da formação como em relação aos conhecimentos de informática. O domínio da informática está associado à maioria dos cursos on-line ofertados pelas instituições.

64 48 CensoEAD.BR Tabela 3.7 A tutoria nos cursos de EAD no Brasil em 2010 distribuição percentual por área de conhecimento Profissionais (%) Área de conhecimento Cursos autorizados Cursos livres Cursos corporativos Educação 35% 18% 2% Humanidades e artes 9% 8% 1% Ciências sociais, negócios e direito 27% 4% 72% Ciências, matemática e computação 13% 37% 9% Engenharia, produção e construção 5% 14% 5% Agricultura e veterinária 1% 0,06% - Saúde e bem-estar social 7% 7% 9% Serviços 2% 2% 2% Total 100% 100% 100% Tabela 3.8 A tutoria nos cursos de EAD no Brasil em 2010 capacitação para o exercício da função Aspectos gerais de tutoria Frequência de respostas aos questionários Autorizados Livres Corporativos Instituição não oferece capacitação Por cursos on-line Capacitação para tutores/professores Por capacitação em serviço Outras formas de capacitação Não respondido Total Técnico profissionalizante Graduação Capacitação mínima para atuar como tutor Pós-graduação lato sensu Pós-graduação stricto sensu Não respondido Total Nenhum Conhecimentos mínimos de informática Básico Intermediário Avançado Não respondido Total Observa-se na Tabela 3.8 que, nos cursos autorizados, livres e corporativos, os tutores/professores são capacitados por meio de cursos on-line pela maioria das instituições (autorizados, 30,8% das respostas; livres, 31,7% das respostas; e corporativos, 25,7% das respostas). Para as instituições que desenvolvem cursos autorizados e livres, a segunda forma em termos de frequência de respostas é a capacitação em serviço. Nas instituições que desenvolvem cursos corporativos, a segunda maior frequência foi em Outros (20%), e a terceira foi capacitação em serviço (14,3%). É importante notar que houve um número de questionários que não trouxeram essa informação. Dos cursos autorizados, 14,7% não responderam, dos livres, 32,9%, e dos corporativos, 40%. Embora as informações apresentem uma tendência, ela não se refere ao total de instituições respondentes. A capacitação mínima para atuar como tutor nos cursos autorizados é de 34,6% com nível de pós-graduação lato sensu e 30,1% com graduação. Nos cursos livres, as respostas indicam o nível de graduação e pós-graduação de 25,6%, em termos de frequência de respostas. Nos cursos corpora-

65

66 50 tivos, 50% das respostas referem-se à graduação e 38,9%, à pós-graduação. Assim, pode-se observar que a exigência mínima para a tutoria, independentemente do curso, é de nível de graduação e, para outros, de pós-graduação lato sensu. Deve-se, contudo, levar em conta a ausência de respostas nesse item em 22,8% das instituições que desenvolvem cursos autorizados e em 32,9% das dos cursos livres. Houve uma frequência baixa para respostas que exigem apenas o técnico profissionalizante ou, no outro extremo, formação em pós-graduação stricto sensu dos profissionais para atuarem como tutores. Em relação aos conhecimentos mínimos de informática exigidos dos tutores, nos cursos autorizados os conhecimentos básicos correspondem a 30,1% e os conhecimentos intermediários, a 34,6%. Nos cursos livres, as respostas mais frequentes se dividiram igualmente em 25,6% para conhecimentos básicos e intermediários. Nos cursos corporativos, a exigência de conhecimentos básicos apareceu em 25,7% das respostas CensoEAD.BR e de conhecimentos intermediários, em 20%. Pouquíssimas instituições (menos de 10%) não exigem nenhum conhecimento ou conhecimento avançado em informática. O índice de não respostas dos questionários a esse item correspondeu a 22,8% dos cursos autorizados, 32,9% dos cursos livres e 48,6% dos cursos corporativos. Assim deve-se analisar a tendência, mas levar em conta o número de não respondentes a esse item. O perfil do tutor, pela maioria das respostas apresentadas, dispõe de capacitação on-line ou em serviço da instituição, tem formação em graduação de nível superior ou pós-graduação lato sensu e tem conhecimentos de informática no mínimo básicos ou de nível intermediário. A qualidade do acompanhamento da tutoria depende do número de alunos que deve atender e a quantidade que cada profissional tem condições de acompanhar. A Tabela 3.9, a seguir, apresenta as informações em relação ao número de alunos aten- Tabela 3.9 A tutoria nos cursos de EAD no Brasil em 2010 condições de atendimento Número de alunos atendidos por tutores Número de alunos atendidos por facilitadores Número de cursos atendidos por coordenadores Atendimento Frequência de respostas aos questionários Cursos autorizados Cursos livres Cursos corporativos Até 20 alunos Entre 20 e 30 alunos Entre 30 e 40 alunos Entre 40 e 50 alunos Entre 50 e 70 alunos Entre 70 e 100 alunos Acima de 100 alunos Não respondido Total Até 20 alunos Entre 20 e 30 alunos Entre 30 e 40 alunos Entre 40 e 50 alunos Entre 50 e 70 alunos Entre 70 e 100 alunos Acima de 100 alunos Não respondido Total Até 20 cursos Entre 20 e 30 cursos Entre 30 e 40 cursos Entre 40 e 50 cursos Entre 50 e 70 cursos Entre 70 e 100 cursos Acima de 100 cursos Não respondido Total

67 CensoEAD.BR 51 didos por tutor e facilitador e o número de cursos atendidos pela coordenação nos cursos livres, autorizados e corporativos. Em relação ao número de alunos atendidos pelos tutores, pode-se observar que a maior frequência de respostas é entre 20 e 30 alunos nos cursos autorizados (19,9%), acima de 100 nos cursos livres (17,0%) e nos cursos corporativos houve a mesma porcentagem (11,5%) para atendimentos entre 20 e 70 alunos. Observa-se, no entanto, que esse item não foi respondido por um número significativo de respondentes: 26,5% nos cursos autorizados, 31,7% nos cursos livres e 53,1% nos cursos corporativos. Em relação ao número de alunos atendidos por monitores/ facilitadores/mediadores, a maior frequência está nos cursos autorizados (11,8%), entre 40 e 50 alunos; nos cursos livres, está acima de 100 (14,6%) e, nos corporativos, empatadas em termos de frequência, estão as respostas entre 40 e 50 e entre 50 e 70 alunos. Observa-se, em relação aos tutores, que os monitores/facilitadores/mediadores atendem mais alunos que os tutores, correspondendo, no geral, a quase o dobro do atendimento dos tutores. O número de não respostas a esse item também é significativo: 45,6% nos cursos autorizados, 34,1% nos cursos livres e 40% nos cursos corporativos. Em relação ao número de cursos atendidos por um coordenador, temos a maior frequência de respostas (45,6%) para a relação de um coordenador para até 20 cursos nos cursos autorizados, 34,1% nos cursos livres e 40% nos cursos corporativos, embora também haja um número significativo de não respostas a esse item (37,5% nos cursos autorizados, 35,5% nos cursos livres e 51,5% nos cursos corporativos). A tutoria nos cursos autorizados se caracteriza, então, em termos de tendência, pela relação de um tutor para cada 20 a 30 alunos, um facilitador para 40 a 50 alunos e um coordenador para até 20 cursos. Nos cursos livres, o tutor atende a mais de 100 alunos, embora apresente uma porcentagem de 13,5% para o atendimento a até 20 alunos, um facilitador para mais de 100 alunos e um coordenador para cada 20 cursos. Nos cursos corporativos, a relação do tutor é entre 20 e 70 alunos, com um facilitador para 40 a 70 alunos e um coordenador para cada 20 cursos. Em termos de tendência, o monitor/facilitador/mediador atende ao dobro de alunos que o tutor. A forma de tutoria oferecida aos alunos também é um indicador da qualidade do atendimento. O vínculo entre professor e aluno geralmente é estabelecido pela forma de comunicação. A superação geográfica exige um atendimento mais pessoal e as possibilidades de ele se estabelecer, ou não, podem depender da forma de atendimento, ou seja, de forma síncrona ou assíncrona. Na Tabela 3.10, a seguir, encontram-se as informações organizadas pelo tipo de tutoria oferecida e pelas formas de tutoria on-line em relação aos cursos autorizados, livres e corporativos. Tabela 3.10 A tutoria nos cursos de EAD no Brasil em 2010 configuração da tutoria Características da tutoria Frequência de respostas* Autorizados Livres Corporativos Presencial On-line individual On-line por reunião virtual Tipo de tutoria oferecida Por telefone Por carta Por Por fax Outros Total Por chats Por mensagens instantâneas Por fórum de discussão Formas de tutoria on-line Por intranet Por terminal remoto Por videoconferência Outros Total * Poderiam ser indicadas várias alternativas.

68 52 A maior frequência das respostas relativas ao atendimento da tutoria nos cursos autorizados apontou para três formas: presencial (22,4%), on-line de forma individual (22,1%) e por (17,8%). Nos cursos livres, a maior frequência de respostas em relação ao tipo de atendimento da tutoria indicou on-line individual (21,7%), por (21,2%) e empatadas on-line por reunião virtual e telefone (14,7%). Nos cursos corporativos, o tipo de tutoria mais frequente é por (28,1%), on-line individual (25%) e por telefone (14%). A maior frequência de atendimento presencial pela tutoria é nos cursos autorizados, o que é justificável, uma vez que a maioria desses cursos on-line consiste em disciplinas de cursos presenciais. O atendimento por também é bastante significativo nos três tipos de cursos (livres, autorizados e corporativos). Nos cursos livres e corporativos, o telefone aparece como a terceira resposta mais frequente de atendimento aos alunos. O fórum de discussão foi a resposta mais frequente como forma de tutoria on-line das instituições nos cursos autorizados (32,6%) e nos cursos livres (34,6%), assim como o chat nos cursos autorizados (28,3%) e livres (27,8%). Nos cursos corporativos, a frequência maior de respostas foi de atendimento da tutoria por meio de mensagens instantâneas (35,7%), seguida do uso da intranet (19%). O uso da video-conferência para a tutoria on-line variou de 6% nos cursos livres, 8,9% nos cursos autorizados a 9,5% nos cursos corporativos. Assim, pode-se observar que as formas de tutoria on-line são realizadas, basicamente, a partir de textos, seja no fórum, seja no chat ou em mensagens instantâneas. O fornecimento de produtos e serviços de EAD A demanda por cursos a distância no Brasil é cada vez maior. Pesquisa divulgada no início de abril de 2011 pelo Centro de Estudos sobre Tecnologia da Informação e Comunicação (Cetic), órgão do Comitê Gestor da Internet no Brasil, que investigou, junto aos usuários de Internet no país, sua utilização para fins educacionais, mais especificamente em cursos a distância, identificou 11% dos sete milhões de brasileiros usuários. A busca pela qualidade dos cursos que envolvem o uso de tecnologias da informação e comunicação tem exigido maior especialidade nessa área para os produtos e serviços na EAD. A competitividade no mercado tem exigido um domínio específico para a apresentação de produtos e serviços que interessem ao potencial aluno em sua formação e/ou capacitação. Hoje, esse usuário é mais exigente, pela experiência que tem em acessar sites, blogs e redes sociais, nos quais a interatividade é um fator importante. A informação deve ser complementada por criatividade nas propostas de entrega e nos desafios para que a aprendizagem aconteça. CensoEAD.BR O número crescente de usuários e as exigências de qualidade de produtos e serviços que se apresentam na Internet indicam um nicho de mercado para a área de EAD que vem sendo atendido por empresas/instituições fornecedoras, que podem ser públicas ou privadas. O presente Censo definiu como empresas/instituições fornecedoras de produtos e serviços aquelas que desenvolvem produtos e fornecem serviços para o desenvolvimento e implantação de cursos a distância para outras instituições ou empresas. Os produtos podem variar de cursos completos, em diversas mídias, até parte deles, como arte e produção de vídeos, animações etc. A prestação de serviços inclui desde o desenvolvimento de conteúdo até a locação de LMS e de servidores para a implantação dos cursos. As próprias instituições/empresas classificaram-se como tais. Dos respondentes a este Censo, 31 instituições apresentaram-se como fornecedoras de produtos e serviços em EAD; destas, apenas dez instituições atuam somente como tais. Do total de fornecedores, 20 são de natureza privada e nove são públicos; dois não indicaram a natureza jurídica de sua empresa. Em relação ao porte da empresa e distribuição por região, temos os números apresentados nas Tabelas 3.11 e A totalidade das empresas respondentes que fornecem apenas produtos e serviços de EAD está localizada nas regiões Sul (20%) e Sudeste (80%) e corresponde a 32,2% do total de respondentes. As demais empresas, além de serem fornecedoras de produtos e serviços, desenvolvem cursos que podem ser livres, autorizados e corporativos, e delas 29% desenvolvem todos esses tipos de cursos. A maioria das instituições respondentes que fornecem produtos e serviços de EAD está localizada no Sudeste, correspondendo a 54,8%, e 29,0%, na região Sul. As instituições que desenvolvem produtos e serviços de EAD e são consideradas empresas de grande porte correspondem a 61,3% dos respondentes. São empresas de grande porte, 88,9% das instituições, que desenvolvem, além dos produtos e serviços de EAD, cursos livres, autorizados e corporativos. Das empresas que desenvolvem exclusivamente produtos e serviços de EAD, 50% são consideradas de pequeno porte e 30% são microempresas. Apenas 10% correspondem a empresas de grande porte. Além dessas características mais amplas, observou-se que, quanto ao setor de atuação, muitas das fornecedoras atuam em mais de um setor, e o de educação concentra a maioria das empresas (30%), seguido pelo de tecnologia da informação (12%). A concentração em setores como comércio, alimentos e eletrônica, entre outros, fica em torno dos 4%. Quanto aos projetos desenvolvidos pelas empresas, a Tabela 3.13 apresenta o quadro obtido. Os 31 fornecedores apresentaram, para a relação de projetos de produtos e serviços de EAD, 171 respostas, contemplando de menos de dez projetos até mais de cem, com os devidos produtos desenvolvidos.

69 CensoEAD.BR 53 Tabela 3.11 Distribuição geográfica das instituições fornecedoras de serviços e produtos de EAD segundo o tipo de curso/ produto oferecido ao público Tipos de cursos, serviços ou produtos oferecidos Norte Regiões geográficas Nordeste Centro- -Oeste Sudeste Sul Total de instituições respondentes Apenas produtos e serviços de EAD Apenas cursos livres e produtos e serviços de EAD Apenas cursos autorizados e produtos e serviços de EAD Apenas cursos corporativos e produtos e serviços de EAD Apenas cursos autorizados, corporativos e produtos e serviços de EAD Apenas cursos livres, corporativos e produtos e serviços de EAD Apenas cursos autorizados, livres e produtos e serviços de EAD Cursos autorizados, livres e corporativos e produtos e serviços de EAD Total Tabela 3.12 Distribuição das instituições fornecedoras de serviços e produtos de EAD segundo o porte da empresa e o tipo de curso/produto oferecido ao público Tipos de cursos, serviços ou produtos oferecidos Microempresa Pequena empresa Porte da empresa/instituição Média empresa Grande empresa Não informado Total Apenas produtos e serviços de EAD Apenas cursos livres e produtos e serviços de EAD Apenas cursos autorizados e produtos e serviços de EAD Apenas cursos corporativos e produtos e serviços de EAD Apenas cursos autorizados, corporativos e produtos e serviços de EAD Apenas cursos livres, corporativos e produtos e serviços de EAD Apenas cursos autorizados, livres e produtos e serviços de EAD Cursos autorizados, livres e corporativos e produtos e serviços de EAD Total Observa-se, na tabela, que as respostas dos 31 fornecedores concentram-se no desenvolvimento de menos de dez projetos de produtos, com 46,8%, entre dez a 25 projetos, com 20,5%, e mais de cem projetos corresponderam a 12,3% das respostas. Em relação aos produtos e serviços desenvolvidos, 12,3% das respostas referem-se a cursos completos a distância e 10% referem-se a produção de conteúdo, design instrucional e implantação de cursos de EAD. Animações, arte e programação correspondem a 8,1% das respostas; vídeos, objetos de aprendizagem e simuladores correspondem a 6,4%. O menor número de respostas foi para os produtos LMS, locação de provedor e produção de slides, com 4% das respostas. Quanto aos produtos mais procurados pelos clientes, observou-se que 70% incidiram sobre cursos completos a distância; os demais 30% incidiram sobre aquisição ou locação de LMS, objetos de aprendizagem e implantação de cursos de EAD, entre outros. Em relação à evolução da produção de cursos de EAD, observou-se que, segundo 64% dos respondentes (n = 31), verificou-se aumento do número de produtos oferecidos ao mercado. Em relação aos recursos utilizados nos produtos de EAD desenvolvidos pelos fornecedores, as informações estão organizadas na Tabela 3.14, a seguir.

70 54 CensoEAD.BR Tabela 3.13 Desenvolvimento de projetos de produtos ou serviços de EAD Número de respostas por número de projetos* Produtos/serviços Menos de 10 Entre 10 e 25 Entre 25 e 50 Entre 50 e 75 Entre 75 e 100 Mais de 100 Cursos completos a distância Produção de conteúdo Design instrucional Animações, arte e programação Simuladores Jogos Locação de provedor LMS Objetos de aprendizagem Vídeos Produção de slides Cursos presenciais Implantação de cursos de EAD Capacitação de tutores para EAD * Podiam indicar várias alternativas. Tabela 3.14 Recursos utilizados nos produtos de EAD desenvolvidos pelos fornecedores Recursos utilizados nos produtos Frequência (respostas aos questionários) Livros e materiais impressos disponíveis no mercado 4 Livros e materiais impressos produzidos para o curso 16 Livros eletrônicos (tablets) 4 Multimídias em CDs e DVDs 11 Teleaulas (aulas gravadas com um professor expondo conteúdos) 8 Áudios pré-gravados (incluindo podcasts) 9 Vídeos curtos (menos de 10 minutos) 14 Vídeos longos (mais de 10 minutos) 6 Whiteboard (lousa eletrônica) 2 Animação 14 Simulações 11 Jogos 9 Estudos de casos 11 Discussões em pequenos grupos 14 Solução de problemas como forma de aprendizagem 11 (continua)

71 CensoEAD.BR 55 (continuação) Recursos utilizados nos produtos Frequência (respostas aos questionários) Objetos de aprendizagem livres 9 Objetos de aprendizagem licenciados 0 Redes sociais (Orkut, Facebook, LinkedIn etc.) 6 Blogs 8 Microblogs (Twitter) 4 Dispositivos móveis de aprendizagem (celulares, 3G, PDAs etc.) 3 Fórum Lista de discussão 10 Chat 17 MSN 2 LMS (software de gestão e aprendizagem) 14 Mundos virtuais (Second Life) 0 Avaliações a distância (banco de questões) 13 Avaliações presenciais (banco de questões) 10 Tutoria remota por computador 12 Outros 4 Os respondentes podiam apresentar mais de uma resposta para esse item, obtendo-se um total de 290 respostas. Pode-se observar, pela tabela, que os recursos mais usados são, em primeiro lugar, o fórum, com 6,5% das respostas, em segundo lugar, o chat, com 5,9%, em terceiro lugar, livros e materiais impressos produzidos para o curso, com 5,5%, e em quarto lugar, o , com 5,1% das respostas. Em quinto lugar, empatados, o LMS, discussões em pequenos grupos, animação e vídeos curtos, com 4,8%. Em sexto lugar, estão os bancos de questões para avaliação a distância com 4,5% de respostas; em sétimo, a tutoria remota por computador e, empatados em oitavo lugar, a solução de problemas e estudos de caso como forma de aprendizagem e multimídias em CDs e DVDs e simulações. Os objetos de aprendizagem licenciados e os mundos virtuais não receberam nenhuma resposta, a lousa eletrônica (whiteboard) foi a segunda menos citada e os terceiros menos selecionados foram os livros eletrônicos (tablets) e os microblogs (Twitter). Assim, pode-se observar que os produtos considerados como recursos mais usados em EAD usam a comunicação escrita por fórum, chat, e materiais impressos. Ainda não incorporaram os livros eletrônicos e os microblogs, que são tecnologias mais recentes. Os recursos citados como fórum, chat e indicam uma preocupação com a interação, o que possivelmente deverá influenciar o uso maior de outros recursos, hoje não tão frequentes. Os produtos que as empresas apresentaram como sendo os mais fortes desenvolvidos por elas estão indicados a seguir. Observar, no entanto, que, quando apresentada a questão a respeito desses produtos, os fornecedores deveriam indicar os três mais fortes. A Tabela 3.15 apresenta, nesses termos, dados inclusivos. Tabela 3.15 Produtos considerados como os mais fortes pelas empresas fornecedoras Produtos Fornecedores (%) N = 31* Conteúdo 14 45% Planejamento pedagógico 10 32% Design instrucional 9 30% Produção e adequação de mídia 6 20% Tutoria e apoio técnico e pedagógico 12 39% Avaliação da aprendizagem 4 13% * Podiam indicar várias alternativas. Os produtos considerados como os mais fortes pelos fornecedores são o conteúdo, a tutoria e apoio técnico pedagógico e o planejamento pedagógico. O conteúdo e o planejamento pedagógico referem-se ao desenvolvimento dos cursos e a tutoria e o apoio técnico pedagógico, à implantação dos cursos.

72 56 É interessante observar que a avaliação da aprendizagem foi considerada pelo menor número de respondentes (13%). Sobre os aspectos que os fornecedores consideram como os mais fortes de suas empresas, a Tabela 3.16 apresenta um quadro percentual. Os aspectos considerados mais fortes pelas empresas fornecedoras de produtos e serviços para EAD são a qualidade do produto oferecido (58%), a qualidade dos profissionais de que ela dispõe (52%) e o atendimento que fornece ao cliente (39%). O preço foi citado por 26%. Os aspectos assistência técnica (3%), suporte pós-venda e marketing (6%) foram os menos citados pelos respondentes. Sobre os maiores obstáculos enfrentados pelos fornecedores em 2010, foram apontados aqueles apresentados na Tabela Tabela 3.16 Aspectos considerados pelos fornecedores, em 2010, como os mais fortes das suas empresas Aspectos mais fortes Tabela 3.17 Obstáculos enfrentados pelas fornecedoras em 2010 Obstáculos enfrentados em 2010 Fornecedores (%) n = 31* Custo da produção de cursos 5 16% Suporte de TI 6 19% Suporte técnico e de TI para os clientes 5 16% Falta de equipe treinada para atender aos clientes 2 6% Custo das soluções tecnológicas 3 10% Evasão dos participantes dos cursos 4 13% Tempo exigido pelos clientes para entrega dos trabalhos Resistência dos funcionários e dos clientes aos cursos de EAD 5 16% 2 6% Dificuldade na produção de conteúdos 1 3% Customização de soluções para clientes 2 6% Adequação dos cursos para alunos com necessidades educacionais especiais 3 10% Incorporação de TICs aos cursos 3 10% * Podiam indicar várias alternativas. Fornecedores (%) n = 31* Marketing 2 6% Atendimento ao cliente 12 39% Qualidade do produto oferecido 18 58% Preço 8 26% Assistência técnica 1 3% Suporte pós-venda 2 6% Qualidade dos profissionais 16 52% * Podiam indicar várias alternativas. CensoEAD.BR Os respondentes podiam dar mais de uma resposta. A porcentagem refere-se ao número de instituições que selecionaram cada um dos obstáculos enfrentados em Os principais obstáculos enfrentados em 2010 pelas instituições fornecedoras foram o suporte de TI (19%), seguido de suporte técnico e de TI para os clientes, custo da produção dos cursos e tempo exigido pelos clientes para a entrega dos trabalhos (16%). Em terceiro lugar, há a evasão dos participantes, com 13%. Em seguida, o custo das soluções tecnológicas, a adequação dos cursos para alunos com necessidades especiais e a incorporação de TICs aos cursos (10%). Um dos destaques nos obstáculos é a TI, seja em termos de suporte aos fornecedores aos clientes, seja em termos de custo das soluções tecnológicas e nas incorporações de TICs a serem realizadas nos cursos. O obstáculo menos citado foi dificuldade na produção de conteúdos, que corresponde à escolha de 3% do total das instituições. Em relação aos projetos de cursos de EAD fornecidos ao mercado pelas empresas, os obstáculos que poderão ser enfrentados em 2011 estão indicados na Tabela Para 2011, as instituições fornecedoras de produtos e serviços para EAD têm como expectativa enfrentar, como principais obstáculos referentes ao desenvolvimento de projetos de curso, em primeiro lugar, o custo de produção dos cursos e a incorporação de TICs aos cursos (16%). Em segundo lugar, o suporte de TI para docentes e participantes dos cursos e a Tabela 3.18 Obstáculos que os projetos de curso da empresa poderão enfrentar em 2011 Obstáculos aos projetos da empresa que poderão ocorrer em 2011 Fornecedores (%) n = 31* Custo da produção de cursos 5 16% Suporte de TI para docentes 4 13% Suporte técnico e de TI para participantes dos cursos Uso do tempo no trabalho para a realização de cursos Restrições legais (educacionais, normas de segurança etc.) 4 13% 3 10% 2 6% Desafios organizacionais 2 6% Evasão dos participantes 4 13% Avaliação dos cursos 1 3% Resistência dos funcionários 2 6% Resistência das chefias 1 3% Adequação dos cursos para alunos com necessidades educacionais especiais 1 3% Incorporação de TICs aos cursos 5 16% * Podiam indicar várias alternativas.

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