ANEXO I PLANO NACIONAL DE FORMAÇÃO DOS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA PARFOR

Transcrição

1 ANEXO I PLANO NACIONAL DE FORMAÇÃO DOS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA PARFOR Orientações gerais às Instituições Formadoras de Educação Superior para o desenvolvimento dos CURSOS ESPECIAIS PRESENCIAIS I - Considerações preliminares Em 2009, o Ministério da Educação MEC lançou o Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica (PARFOR), que efetiva, por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), os princípios e objetivos da Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação, no âmbito do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação. Estruturado em regime de colaboração da União com os Estados e Municípios, o PARFOR articula a oferta de cursos de licenciatura, nas modalidades presencial e a distância, para professores em exercício dos sistemas públicos da educação básica sem formação adequada à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). A organização dos cursos do PARFOR deve atender os Planos Estratégicos formulados nos Fóruns Estaduais de Apoio à Formação Docente, de acordo com as necessidades da região. O MEC fomenta e avalia a formação em âmbito nacional e os Estados e Municípios são responsáveis em promover o acesso e permanência do professores nos cursos. As Instituições de Educação Superior (IES) ofertam, viabilizam e avaliam os cursos, conforme seus regulamentos. Os cursos são viabilizados por meio da assinatura de Acordos de Cooperação Técnica (ACT) da CAPES com as Secretarias de Educação dos Estados que aderiram ao PARFOR e as IES Federais, Estaduais e Comunitárias assinam Termos de Adesão aos ACTs dos estados em que estão sediadas, tendo como anexo as planilhas com cronogramas e ofertas de cursos e vagas. A projeção até 2014 é proporcionar formação inicial a cerca de 450 mil professores da educação básica. Na primeira oferta do PARFOR, no segundo semestre de 2009, foram confirmadas mais de 40 mil novas vagas para professores em exercício. Em 2010, o total de vagas deve passar de 180 mil. Os cursos especiais presenciais de formação inicial do PARFOR dividem-se em três categorias: a) 1ª licenciatura para professores sem formação superior; b) 2ª licenciatura para professores que atuam fora de sua formação específica; c) formação pedagógica para bacharéis sem licenciatura. Para participar dos cursos, o professor deve cadastrar-se na Plataforma Freire, um sistema informatizado elaborado pelo MEC para a gestão do PARFOR, registrar seu currículo e atualizá-lo periodicamente. Após o cadastro, o professor deve fazer uma pré-inscrição nos cursos oferecidos pelas IES de seu estado. As Secretarias Estaduais e Municipais de Educação às quais estão vinculados os professores realizam a validação das inscrições, que são submetidas às IES escolhidas. A prioridade do Plano é atender os professores que ainda não têm a primeira graduação. 1

2 II - Orientações gerais às Instituições de Educação Superior para desenvolvimento dos cursos especiais presenciais em A IES formadora será responsável pela indicação do Coordenador Geral dos cursos especiais presenciais do PARFOR, formalizado por meio de Ato da Reitoria, a ser enviado à CAPES, e respectivos Coordenadores de Cursos, designados entre os professores efetivos do quadro. 2. O Coordenador Geral do PARFOR na IES deverá comparecer às reuniões convocadas pela Diretoria de Educação Básica Presencial (DEB/CAPES), para discutir, no âmbito da CAPES, os assuntos relativos aos cursos oferecidos no Plano. Não é permitido enviar representante. 3. A concessão de bolsas destinadas à execução dos cursos especiais presenciais do PARFOR é regulamentada pela Resolução do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (FNDE) nº 48, de 8 de setembro de 2009, sendo atribuição da DEB/ CAPES garantir a sua observância. 4. A definição da carga horária do professor responsável por ministrar as disciplinas dos cursos é de responsabilidade da IES e deverá ser definida a partir das necessidades e características dos projetos político-pedagógicos (PPP) de cada curso, de acordo com a legislação vigente e os critérios da CAPES para concessão de bolsas. 5. Os professores formadores que ministrarão as disciplinas poderão receber até seis mensalidades de bolsas por semestre, permitida a renovação, quando necessário. A adequação do número de mensalidades a serem concedidas para o professor é de responsabilidade da IES e sua forma de aplicação deverá ser informada e aprovada pela CGDOC/DEB/CAPES por meio de formulário específico. 6. Os recursos de custeio do PARFOR têm como estimativa, para fins de elaboração da proposta orçamentária da CAPES, o valor de referência de R$ 3.000,00 por disciplina semestral, considerando o quantitativo mínimo de 30 alunos por turma. Cursos com turmas com número inferior ao mínimo estabelecido deverão ser submetidos à análise e aprovação da CGDOC/DEB/CAPES. Cada IES deverá elaborar para os cursos especiais presenciais aprovados os Planos de Trabalho, em que deverão constar os custos efetivos de execução. Os casos especiais de despesas com passagens e estadia de professores em municípios fora da sede da IES deverão ser objeto de aprovação pela DEB/CAPES. 7. A contratação eventual de profissionais extra-quadro, de necessidade imperiosa à execução dos cursos especiais presenciais do PARFOR, deverá obedecer à legislação vigente e às normas internas da IES. 8. Os projetos político-pedagógicos dos cursos especiais presenciais do PARFOR devem ser encarados como laboratórios de aprimoramento das licenciaturas, sendo essencial considerar que os professores cursistas são, em geral, detentores de experiência significativa na escola pública. 9. As estratégias para transporte, acesso e sustento dos cursistas nas atividades presenciais nas IES deverão ser objeto de arranjo especial pelas Secretarias Estadual e Municipais de Educação, conforme a rede a que esteja vinculado o professor. Esse 2

3 arranjo é também pertinente ao Fórum Permanente de Apoio à Formação Docente, instância reguladora no Estado das questões da Política Nacional de Formação de Professores. 10. O Coordenador Geral do PARFOR na IES deverá participar das reuniões do respectivo Fórum Estadual Permanente de Apoio à Formação Docente, para discussão e encaminhamento de questões pertinentes, além de manter contato permanente com as Secretarias Estaduais e Municipais de Educação. 11. Os cursos especiais presenciais do PARFOR devem ser objeto de processo sistemático de avaliação interna na IES, desde sua fase de implantação, sob a responsabilidade do Coordenador Geral e dos Coordenadores de Cursos, em consonância com as Secretarias Estadual e Municipais de Educação e o Fórum Estadual Permanente de Apoio à Formação Docente. Esse processo será analisado e acompanhado pela DEB/CAPES, por meio de instrumentos próprios, em que estão previstas visitas técnicas de seus analistas de C&T e consultores ad-hoc. 12. O desenvolvimento dos cursos especiais presenciais nas IES deverá obedecer às demais disposições das normas referentes ao PARFOR. Legislação de apoio ao PARFOR Lei nº , de 11 de julho de Modifica as competências e a estrutura organizacional da fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, de que trata a Lei n o 8.405, de 9 de janeiro de 1992; e altera as Leis n os 8.405, de 9 de janeiro de 1992, e , de 6 de fevereiro de 2006, que autoriza a concessão de bolsas de estudo e de pesquisa a participantes de programas de formação inicial e continuada de professores para a educação básica. Decreto nº 6.755, de 29 de janeiro de Institui a Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica, disciplina a atuação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES no fomento a programas de formação inicial e continuada, e dá outras providências. Portaria Normativa MEC nº 9, de 30 de junho de 2009 Institui o Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica no âmbito do Ministério da Educação. Portaria Normativa MEC nº 883, de 16 de setembro de Estabelece as diretrizes nacionais para o funcionamento dos Fóruns Estaduais Permanentes de Apoio à Formação Docente, criados pelo Decreto 6.755, de 29 de Janeiro de Portaria Normativa MEC nº 1.243, de 30 de dezembro de 2009 Reajusta os valores previstos no art. 2º da lei , de 6 de fevereiro de 2006, com base no art. 7º da mesma lei, referentes ao pagamento de bolsas a participantes de programas de formação inicial e continuada de professores. Resolução CNE/CP nº 2, de 26 de junho de Dispõe sobre os programas especiais de formação pedagógica de docentes para as disciplinas do currículo do ensino fundamental, do ensino médio e da educação profissional em nível médio. Resolução CNE/CP nº 1, de 18 de fevereiro de 2002 Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Resolução CNE/CP nº 2, de 19 de fevereiro de Institui a duração e a carga horária dos cursos de licenciatura, de graduação plena, de formação de professores da Educação Básica em nível superior. 3

4 Parecer CNE/CP, de 8 de dezembro de 2008 Diretrizes Operacionais para a implantação do Programa Emergencial de Segunda Licenciatura para professores em exercício na Educação Básica a ser coordenado pelo MEC em regime de colaboração com os sistemas de ensino e realizado por instituições públicas de Educação Superior. Resolução CNE/CP nº 1, de 11 de fevereiro de Estabelece Diretrizes Operacionais para a implantação do Programa Emergencial de Segunda Licenciatura para professores em exercício na Educação Básica a ser coordenado pelo MEC em regime de colaboração com os sistemas de ensino e realizado por instituições públicas de Educação Superior. Resolução FNDE nº 44, de 14 de agosto de Estabelece orientações e diretrizes para o apoio financeiro às Instituições Públicas de Educação Superior participantes do Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica. Resolução FNDE nº 48, de 04 de setembro de Estabelece orientações e diretrizes para concessão e pagamento de bolsas de estudo e de pesquisa a participantes das instituições públicas de educação superior que atuam nos cursos especiais presenciais de primeira e segunda licenciatura e de formação pedagógica do Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica, a serem pagas pelo FNDE. Parecer CONJUR/MEC sobre Nota Técnica DEB/CAPES nº 01/2009, de 16 de abril de Destinação Emergencial de vagas para professores em exercício das escolas públicas. Brasília, 23 de abril de 2010 João Carlos Teatini Diretor de Educação Básica Presencial DEB 4

5 ANEXO II PLATAFORMA FREIRE - 2º. SEMESTRE/2010 Cursos de Licenciatura As ofertas do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica - PARFOR no 2º. Semestre de 2010, via Plataforma Freire, serão restritas à Formação Inicial cursos de Primeira e Segunda Licenciaturas e Formação Pedagógica, como abaixo disposto: Cursos Especiais Presenciais: oferta em todas as unidades federativas (exceto Acre e Distrito Federal), sob coordenação da Diretoria de Educação Básica Presencial - DEB/CAPES. Cursos a Distância do Sistema Universidade Aberta do Brasil: oferta apenas em estados pré-determinados, a critério da Diretoria de Educação a Distância - DED/CAPES. CRONOGRAMA (Aprovado no Comitê Gestor da Plataforma Freire, em 14/4/2010) 10 de maio: Abertura de pré-inscrições aos professores interessados, permitida a préinscrição do candidato em apenas um curso. 29 de maio: Encerramento das pré-inscrições. 01 de junho: Abertura das validações de inscrições pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Educação. 17 de julho: Encerramento das validações e envio de inscrições às Instituições Formadoras de Educação Superior (IES). 19 de julho: Início de processo seletivo pelas IES. Brasília, 23 de abril de 2010 João Carlos Teatini Diretor de Educação Básica Presencial DEB 5