MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL
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2 COLEÇÃO PREPARANDO PARA CONCURSOS QUESTÕES DISCURSIVAS COMENTADAS MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL PROMOTOR DE JUSTIÇA ESTADUAL 140 questões discursivas comentadas. Extraídas exclusivamente de concursos para os cargos de Promotor de Justiça estadual. Analisadas e respondidas por membros de carreira e analistas do Ministério Público. Separadas por ramo do direito e por assunto. 9 - Ministério Público Estadual - Col. Preparando Concursos.indd 1 03/09/15 16:05
3 MINISTÉRIO PÚBLICO DIREITO AMBIENTAL DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO DO CONSUMIDOR Renato Bretz Pereira DIREITO FINANCEIRO Alexandre Schneider DIREITO PROCESSUAL CIVIL Renato Bretz Pereira DIREITO ADMINISTRATIVO Carlos Vinícius Alves Ribeiro DIREITO CIVIL Reyvani Jabour DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DIREITO ELEITORAL DIREITO PENAL Alexandre Salim DIREITO PROCESSUAL CONSTITUCIONAL Alexandre Schneider DIREITO PROCESSUAL PENAL Rômulo de Andrade Moreira DIREITO TRIBUTÁRIO Alexandre Schneider DIREITOS DIFUSOS E COLETIVOS DIREITOS HUMANOS EXECUÇÃO PENAL Alexandre Salim LEIS CIVIS ESPECIAIS Reyvani Jabour LEIS PENAIS ESPECIAIS Alexandre Salim TEMAS ESPARSOS 9 - Ministério Público Estadual - Col. Preparando Concursos.indd 5 03/09/15 16:05
4 AUTORES Alexandre Salim Promotor de Justiça no Rio Grande do Sul. Doutor em Direito pela Universidade de Roma Tre. Professor de Direito Penal na Escola da Magistratura do Trabalho do Rio Grande do Sul, na Escola da Defensoria Pública do Rio Grande do Sul, na Escola Superior do Ministério Público de Minas Gerais e nos Cursos Verbo Jurídico e IOB/ Marcato. Coordenador do Curso de Pós- Graduação da Unifeob. Alexandre Schneider Procurador da República desde 2002, integrante de grupos de trabalho relacionados ao controle externo da atividade policial e sistema prisional, docente da Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU), integrante de forças-tarefa de combate à corrupção no MPF/RS, com ênfase atual na tutela de direitos e interesses difusos e coletivos. Carlos Vinícius Alves Ribeiro Promotor de Justiça na Região Metropolitana de Goiânia. Membro do Conselho Nacional do Ministério Público. Mestre em Direito Administrativo pela USP. Doutor em Direito Administrativo pela USP. Professor de Direito Administrativo na PUC-GO. Professor de Direito Administrativo na ESA da OAB de Goiás e São Paulo. Autor de diversos livros jurídicos e artigos acadêmicos. Palestrante no Brasil e no Exterior. Membro do CEDAU (Centro de Estudos de Direito Administrativo, Ambiental e Urbanístico da USP). Analista do Ministério Público do Estado de Minas Gerais. Graduada em Direito pela Faculdade de Direito Milton Campos. Pós-Graduada em Direito Processual pela Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), em Controle Externo pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), em Direito Penal pelas Faculdades Integradas Jacarepaguá (FIJ), e em Direito de Família e Sucessões pela Faculdade Internacional Signorelli. Analista do Ministério Público do Estado de Minas Gerais. Graduada em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Pós-Graduada em Direito Público pelo Instituto Metodista Izabela Hendrix em convênio com o Praetorium, em Gestão Pública pela Universidade Cândido Mendes em convênio com o Praetorium, em Direito de Família e Sucessões pelas Faculdades Integradas Jacarepaguá (FIJ). Renato Bretz Pereira Promotor de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais. Professor da Universidade FUMEC e do Curso Preparatório para Ingresso no Ministério Público da Fundação Escola Superior do Ministério Público de Minas Gerais, atuando principalmente nos seguintes temas: teoria geral do processo, processo de conhecimento, direito coletivo, direito individual homogêneo, processo e direito difuso. Possui graduação em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (1997) e mestrado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2007). Reyvani Jabour Procuradora de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais. Professora de Direito Civil nos Cursos de Pósgraduação da Faculdades Milton Campos e Fundação Escola Superior do Ministério de Minas Gerais. Professora de Direito Civil no Curso de Especialização do Instituto Elpídio Donizetti e Escola Superior dos Notários e Registradores do Estado de Minas Gerais. Professora de Direito Civil Ministério Público Estadual - Col. Preparando Concursos.indd 7 03/09/15 16:05
5 COLEÇÃO PREPARANDO PARA CONCURSOS dos cursos preparatórios para concursos Supremos Concursos (Belo Horizonte) e Aprova (Curitiba). Palestrante. Graduada em Direito pela PUC-Minas. Rômulo de Andrade Moreira Procurador de Justiça do Ministério Público da Bahia. Professor de Direito Processual Penal da Universidade Salvador. Pósgraduado, lato sensu, pela Universidade de Salamanca/Espanha (Direito Processual Penal). Especialista em Processo pela Universidade Salvador. Membro da Association Internationale de Droit Penal, da Associação Brasileira de Professores de Ciências Penais, do Instituto Brasileiro de Direito Processual e Membro fundador do Instituto Baiano de Direito Processual Penal. Integrante, por quatro vezes, de bancas de concursos públicos para ingresso na carreira do MP-BA. LEONARDO BARRETO MOREIRA ALVES Coordenador do Livro Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado de Minas Gerais. Bacharel em Direito pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Especialista em Direito Civil pela PUC/MG. Mestre em Direito Privado pela PUC/MG. Professor de Direito Processual Penal dos cursos Supremo Concursos, Pro Labore e Portal IED. Professor de Direito Processual Penal da Fundação Escola Superior do Ministério Público de Minas Gerais (FESMPMG). Membro do Conselho Editorial do Ministério Público do Estado de Minas Gerais. Membro do Conselho Editorial da Revista de Doutrina e Jurisprudência do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios. Site pessoal: Ministério Público Estadual - Col. Preparando Concursos.indd 8 03/09/15 16:05
6 DIREITO PENAL 1. DO CRIME (MPE/PR/Promotor/2012) Crimes de omissão de ação: (i) descrever a estrutura dos tipos de omissão de ação; (ii) explicar as fontes formal e material da posição de garantidor na omissão imprópria. DIRECIONAMENTO DA RESPOSTA Item (i): nos tipos de omissão de ação própria há elementos objetivos (exposição do bem jurídico a perigo; possibilidade concreta de agir para evitar o resultado; omissão do comportamento devido) e subjetivos (dolo); nos tipos de omissão de ação imprópria, igualmente, há elementos objetivos (os três referidos anteriormente somados a outros dois: produção do resultado naturalístico e posição de garante) e subjetivos (dolo e culpa). Item (ii): o candidato deverá diferenciar a fonte clássica ou formal (cujos critérios são conferidos pela lei CP, art. 13, 2º) da fonte moderna ou material (cujos critérios são conferidos pela doutrina) da posição de garantidor na omissão imprópria. SUGESTÃO DE RESPOSTA ta mista. Enquanto nos delitos comissivos o tipo penal descreve uma conduta positiva (ação/fazer), nos delitos omissivos o tipo descreve uma conduta negativa (omissão/não fazer). Já os crimes de conduta mista são aqueles em que o tipo penal prevê os dois comportamentos, uma ação seguida de uma omissão, como no caso da apropriação de coisa achada (CP, art. 169, par. único, II). Os crimes omissivos podem ser próprios (ou puros) e impróprios (impuros ou comissivos por omissão). A omissão de ação própria está fundada na solidariedade humana entre os membros da sociedade (dever genérico de agir). Já a omissão de ação imprópria tem como fundamento a posição de garantidor do bem jurídico, obrigando a um determinado gru- Item (i). No que se refere à estrutura dos tipos de omissão de ação, há aspectos objetivos e subjetivos. O tipo objetivo da omissão de ação traz os seguintes elementos (comuns Ministério Público Estadual - Col. Preparando Concursos.indd /09/15 16:05
7 COLEÇÃO PREPARANDO PARA CONCURSOS aos crimes omissivos puros e impuros): a) exposição do bem jurídico a perigo; b) possibilidade concreta de agir para evitar o resultado; e c) omissão do comportamento devido. Os crimes omissivos impróprios ainda exigem outros dois elementos objetivos es- do comportamento devido e (e) posição de garante ou garantidor. Já o tipo subjetivo da omissão pode ser apenas o dolo (nos crimes omissivos próprios) ou o dolo e a culpa (nos crimes omissivos impróprios). Item (ii). omissivos impróprios: uma formal e outra material (v. g. Juarez Santos, in Direito Penal, Parte Geral). O critério formal está disposto no art. 13, 2º, do CP, e leva em conta a lei (alínea a), o contrato (alínea b) e a ingerência (conduta anterior perigosa alínea c). Já o critério material utiliza aspectos mais abrangentes, como (i) a garantia de proteção de bem jurídico determinado e (ii) a garantia de segurança de fontes de perigo determinadas para a proteção de bens jurídicos indeterminados. (MPE/PR/Promotor/2012) Tentativa: (i) apresentar as teorias da tentativa; (ii) descrever a versão dominante e a versão minoritária da teoria objetiva individual, indicando qual a variante mais adequada ao direito penal brasileiro. DIRECIONAMENTO DA RESPOSTA Nesta questão o candidato deve discorrer sobre o iter criminis nal, a importância da diferenciação entre preparação (em regra impunível) e execução (punível). Item (i): abordagem das teorias que tratam da transição dos atos preparatórios para os atos executórios (teorias negativa, subjetiva e objetivas). Item (ii): devem ser enfrentados os aspectos subjetivo (plano do autor) e objetivo (início da tentativa) da teoria objetivo-individual, informando-se que, em relação a este último, há duas posições, uma majoritária e outra minoritária (sendo esta a que mais se aproxima de um Direito Penal fundado nos princípios da legalidade e ofensividade). SUGESTÃO DE RESPOSTA O caminho percorrido pelo agente para a prática do delito é conhecido como iter criminis, e abrange quatro fases: cogitação, preparação, execução e consumação 5. Tanto a cogitação (intenção de praticar o crime) quanto a preparação (atos necessários para o agente iniciar a execução do crime) são impuníveis, já que ainda não há efetiva ofensa 5. Rogério Greco (Curso de Direito Penal Parte Geral), em posição minoritária, acrescenta uma quinta fase: exaurimento Ministério Público Estadual - Col. Preparando Concursos.indd /09/15 16:05
8 DIREITO PENAL ao bem jurídico, salvo quando, na última hipótese, os atos preparatórios constituírem delito autônomo. É somente com a prática da execução que o fato passa a ser punido, razão pela qual surgem inúmeras teorias que procuram diferenciar atos preparatórios e atos executórios. Item (i). Decorrente da Escola Positiva, a teoria negativa prega a impossibilidade de ser te início dos atos executórios, devendo a questão ser resolvida pelo arbítrio judicial. Defende que mais importante do que estabelecer o iter criminis seria evitar a impunidade do autor, razão pela qual a divisão do crime em fases seria de certa forma inútil. Para a teoria subjetiva não há passagem dos atos preparatórios para os atos executórios, pois o que interessa é a representação do autor e sua consequente vontade de cometer o delito. Como consequência, são puníveis tanto a fase preparatória quanto a fase executória do crime. As teorias objetivas partem da premissa de que o dolo é o mesmo em todas as fases do iter criminis, razão pela qual o início da execução depende de uma inequívoca manifestação externa. Para a teoria objetivo-formal há início da execução quando o autor, concretamente, pratica uma parte do núcleo do tipo. A teoria objetivo-material sus- grante do tipo, sendo necessária a existência de um perigo direto para o bem jurídico tutelado. Por sua vez, a teoria objetivo-individual, também conhecida como objetivo- -subjetiva, considera o plano delitivo do agente: a execução tem início quando é colocado em prática o plano concreto do autor, que é imediatamente anterior ao início da execução do núcleo do tipo. Item (ii). A teoria objetivo-individual possui um aspecto subjetivo, que é o plano do autor, e um aspecto objetivo, relacionado ao comportamento que delimita o início da tentativa. Em relação ao aspecto objetivo, há duas posições: a) a versão dominante defende ser necessária uma imediata relação com o tipo, ou seja, a prática de uma conduta (ainda que atípica) diretamente relacionada ao núcleo do tipo; b) a versão minoritária defen- nante admite a punição de condutas externas ou anteriores ao tipo, haveria violação ao princípio da reserva legal, bem como responsabilização do agente independentemente de lesão ao bem jurídico tutelado. Daí porque a versão minoritária, que limita a punibilidade da tentativa pela legalidade, é mais adequada ao Direito Penal brasileiro. (MPE/PR/Promotor/2012) Crimes dolosos: (i) descrever a estrutura do tipo objetivo; (ii) explicar os elementos do tipo subjetivo Ministério Público Estadual - Col. Preparando Concursos.indd /09/15 16:05
9 COLEÇÃO PREPARANDO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO DA RESPOSTA Nesta questão o candidato deve esclarecer que o tipo penal (gênero) é formado pelo tipo objetivo e pelo tipo subjetivo (espécies). Item (i): dissertação sobre os elementos que compõem o tipo objetivo (elementos objetivos descritivos e elementos objetivos normativos, bem como causação do resultado e imputação do resultado). Item (ii): dissertação sobre os elementos que compõem o tipo subjetivo (dolo e elementos subjetivos especiais). SUGESTÃO DE RESPOSTA Ao gênero tipo penal correspondem as espécies tipo objetivo e tipo subjetivo. Item (i). O tipo objetivo é formado por elementos objetivos descritivos (descrevem os aspectos materiais da conduta, como a forma de execução do crime) e por elementos objetivos normativos (exigem um juízo valorativo por parte do magistrado, como documento, cheque, decoro, pudor). Nos crimes dolosos, o tipo objetivo ainda pressupõe a causação do resultado e a imputação do resultado. A causação do resultado, no Direito Penal brasileiro (art. 13, caput, do CP), é explicada pela teoria da equivalência das condições (ou da conditio sine qua non), segundo a qual causa é qualquer condição que contribua para a produção do resultado naturalístico. Para a imputação do resultado, um resultado causado pelo agente somente lhe pode ser imputado quando (i) a conduta cria ou incrementa um risco não permitido para o objeto da ação, (ii) o risco se realiza no resultado concreto e (iii) o resultado se encontra dentro do alcance do tipo (teoria da imputação objetiva de Roxin). Item (ii). O tipo subjetivo, por sua vez, é formado pelo elemento subjetivo geral (dolo) e Dolo consiste em consciência e vontade de realizar os elementos descritos no tipo objetivo, ou seja, ocorre quando o agente quis o resultado (dolo direto) ou assumiu o risco de produzi-lo (dolo eventual), nos termos do art. 18, I, do CP. Além do dolo, alguns tipos dolosos são também constituídos de elementos subjetivos especiais (chamados de dolo (MPE/PR/Promotor/2012) Crimes culposos: (i) descrever os critérios de definição do dever de cuidado (ou risco permitido); (ii) descrever os fundamentos de imputação e de exclusão da imputação do resultado Ministério Público Estadual - Col. Preparando Concursos.indd /09/15 16:05
10 DIREITO PENAL DIRECIONAMENTO DA RESPOSTA Nesta questão o candidato deve iniciar fazendo referência aos elementos do crime culposo. Item (i): violação do dever de cuidado objetivo, o candidato deve falar dos seus (atenção do homem prudente + dever de informação sobre riscos e de abstenção de comportamentos perigosos). Item (ii): na sequência, devem ser explicados os fundamentos de imputação do resultado ao causador de um crime culposo (relação de causalidade + realização do risco criado pela inobservância do dever de cuidado objetivo), bem como as várias hipóteses de exclusão da imputação do resultado nos delitos culposos (fatalidade do resultado, resulta- SUGESTÃO DE RESPOSTA O crime culposo é formado pelos seguintes elementos: a) conduta inicial voluntária; b) violação do dever de cuidado objetivo (que emana da imprudência, negligência ou imperícia); c) resultado naturalístico involuntário; d) nexo causal; e) previsibilidade objetiva do resultado; f) ausência de previsão (com exceção da culpa consciente); e g) tipicidade (os crimes culposos são tipos penais abertos). Item (i). A violação do dever de cuidado objetivo, como se observa, é um dos elementos do crime culposo, e consiste em um comportamento imposto pelo ordenamento jurídico a um dever geral de cuidado, sobretudo com o chamado risco permitido (condutas relacionadas com a circulação de automóveis, com o meio ambiente, com a atividade industrial, com as obras de engenharia etc.). Esse dever geral de cuidado pode decorrer de normas jurídicas, como no caso do motorista que deve observar as regras de tráfego dispostas no CTB, ou de dados de experiência, como no caso da cozinheira que tem a obrigação de evitar que a criança se aproxime da panela com água que está sendo fervida no fogão. São : (i) a atenção do homem prudente: deve-se analisar como agiria diante de determinada situação o homem prudente, que, ao ver de informação sobre riscos e de abstenção de comportamentos perigosos: um engenheiro, por exemplo, ao realizar um cálculo estrutural, tem a obrigação de conhecer as re- fazê-lo; (iii) correlação risco/utilidade na aferição de comportamentos perigosos: em face co permitido, como a prioridade no tráfego automotivo de ambulâncias ou carros de bom- seia-se na expectativa de que as outras pessoas irão agir de um modo já esperado, ou seja, normal. É por isso que tal princípio se encontra vinculado com aspectos atinentes à segurança, relacionando-se à previsibilidade e calculabilidade dos comportamentos Ministério Público Estadual - Col. Preparando Concursos.indd /09/15 16:05
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