UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA DEPARTAMENTO DE CLÍNICA VETERINÁRIA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA DEPARTAMENTO DE CLÍNICA VETERINÁRIA"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA DEPARTAMENTO DE CLÍNICA VETERINÁRIA POTENCIAL EVOCADO AUDITIVO DE TRONCO ENCEFÁLICO EM EQUINOS JULIANA ALMEIDA NOGUEIRA DA GAMA Botucatu SP 2014

2 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA DEPARTAMENTO DE CLÍNICA VETERINÁRIA POTENCIAL EVOCADO AUDITIVO DE TRONCO ENCEFÁLICO EM EQUINOS JULIANA ALMEIDA NOGUEIRA DA GAMA Dissertação apresentada junto ao Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária para obtenção do título de Mestre no Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária. Orientador: Prof. Adj. Alexandre Secorun Borges Botucatu SP 2014

3

4 Nome do Autor: Juliana Almeida Nogueira da Gama Título: PONTENCIAL EVOCADO AUDITIVO DE TRONCO ENCEFÁLICO EM EQUINOS. COMISSÃO EXAMINADORA Prof. Adj. Alexandre Secorun Borges Presidente e Orientador Departamento de Clínica Veterinária Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - Unesp Botucatu/SP Prof. Adj. Luiz Claudio Nogueira Mendes Membro Titular Departamento de Clínica, Cirurgia e Reprodução Animal Faculdade de Medicina Veterinária Unesp- Araçatuba/ SP Prof. Dr. Rogério Martins Amorim Membro Titular Departamento de Clínica Veterinária Faculdade de Medicina Veterinária e Zooctenia Unesp Botucatu/SP Data da defesa: 29 de setembro de 2014

5 Agradecimentos Agradeço primeiro a Deus por ter me proporcionado está aqui nesse momento conquistando mais uma etapa na minha vida profissional. Aos meus pais, Eliene e Luciano, pelo amor incondicional, educação e criação e dedicação que me fizeram transformar nessa pessoa que eu sou hoje. Pelo apoio e compreensão que tiveram na minha escolha, entendendo a minha ausência. Agradeço principalmente ao meu pai que apresentou ao mundo dos cavalos quando eu ainda era apenas um bebê e fez com que eu amasse tanto esses animais como ele. Muitas vezes não tenho palavras para expressar a minha eterna gratidão por tudo que vocês fizeram e fazem por mim até hoje. Ao meu irmão Pedro, carinho, amor, apoio durante todos esses anos. Ao meu namorado Henrique pela paciência principalmente nesta etapa final. Obrigada pelo carinho, amor, companheirismos, amizade, incentivo apoio, cuidado e preocupação. Aos meus sogros Fátima e Sérgio Henrique que me acolheram e fizeram eu me sentir amparada como se eu fosse da família. Obrigada pelo apoio carinho, amor, por tudo. Ao Médico Veterinário Adelcio Barbosa da Silva Junior que através dele eu pude conhecer Botucatu, e me incentivou a sempre seguir em frente e nunca desistir. Ás queridas amigas Mariana Zorzeto e Renata Tenório pela ajuda principalmente no começo do mestrado. Obrigada pela amizade e carinho. Ao meu orientador Alexandre Secorun Borges, por ter primeiramente aceitado me orientar, pela confiança, carinho durante todos esses anos. À Marianha Isa Poci Palumbo, pela ajuda durante todo esse tempo de mestrado. Não tenho palavras para agradecer tudo que você fez por mim durante todo o experimento e mestrado. Ao Giovane Olivo e Nádia Crosignani pela ajuda durante o experimento. Aos amigos da salinha por tornarem meus dias mais alegres. Às minhas amigas Vanessa Palonio, Sofia Domiciano e Thaís Alves, por seres ótimas companheiras de casa. Obrigada por tornarem meus dias mais felizes. À minha amiga Roberta Aline, que mesmo agente só se vendo um final de semana por mês e morando longe está comigo todos os dias.

6 amizade. À minha Denise Nardin, obrigada pelo incentivo, carinho e Aos funcionários Marco Antônio Simão da Silva e Cézar Leme da Silva da Clínica Médica de Grandes Animais FMVZ-UNESP Botucatu, obrigada pela paciência. Aos cavalos que fizeram parte do meu experimento. Obrigada por contribuírem no meu aprendizado. Aos professores Rogério Martim Amorim e Marcos Jun Watanabe por gentilmente terem disponibilizado a utilização dos seus cavalos na realização do experimento. À todas aquelas pessoas que contribuíram diretamente ou indireta e realização do experimento e passaram na minha vida durante o mestrado.

7 LISTA DE FIGURAS Figura 1. Representação da orelha média e interna de um equino...9 Figura 2. Representação esquemática da cóclea...9 Figura 3. Representação esquemática do Órgão de Corti...10 Figura 4. Representação esquemática das vias auditivas centrais...11 Figura 4. Mostra a colocação dos eletrodos onde A eletrodo terra, B eletrodo de referência e C eletrodo ativo...17 Figura 6. BAEP de equino adulto. Note a identificação das ondas I, II, III, IV e V. A letra A representa o lado esquerdo e B o lado direito do mesmo animal...18

8 LISTA DE TABELAS Tabela 1. Média, mínimos, máximos e desvios padrão das latências das ondas (I, II, III, IV e V) e interpicos (I-III, III-V e I-V) em uma intensidade de 90 db em 21 equinos...19 Tabela 2. Médias, mínimos, máximos e desvios padrão das latências das ondas (I, II, III, IV e V) e interpicos (I-III, III-V e I-V) em uma intensidade de 90 db em machos...19 Tabela 3. Médias, mínimos, máximos e desvios padrão das latências das ondas (I, II, III, IV e V) e interpicos (I-III, III-V e I-V) em uma intensidade de 90 db em fêmeas...20

9 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1. Mostra ao lado esquerdo a latência da onda I de machos e o lado direito mostra a latência da onda I das fêmeas...21 Gráfico 2. Mostra a latência da onda II dos machos (lado esquerdo) e das fêmeas (lado direito)...21 Gráfico 3. Mostra a latência da onda III dos machos no lado esquerdo e a das fêmeas no lado direito...22 Gráfico 4. Mostra a latência da onda IV de machos (esquerdo) e fêmeas (direito)...22 Gráfico 5. Mostra do lado esquerdo a latência da onda V de machos e lado direito a das fêmeas...22 Gráfico 6. Mostra a latência do interpico I-III de machos (esquerdo) e fêmeas (dirieto)...23 Gráfico 7. Mostra a latência do interpico III-V de machos (lado esquerdo) e fêmeas (lado direito)...23 Gráfico 8. Mostra a latência do interpico I-V de machos (lado esquerdo e fêmeas (lado direito)...23

10 SUMÁRIO RESUMO... 1 ABSTRACT Introdução Revisão de Literatura Anatomia Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico Objetivos Material e métodos Resultados Discussão Conclusão Referências NORMAS DA REVISTA ARTIGO... 39

11 1 GAMA, J. A. N. Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico em Equinos. Botucatu, Dissertação (Mestrado) Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Campus de Botucatu, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. RESUMO A audição é um dos principais pontos do processo de comunicação com o meio ambiente tanto de seres humanos quanto de animais. O potencial evocado auditivo de tronco encefálico (BAEP-Brainstem Auditory Evoked Potential) é um método que tem sido utilizado em seres humanos, cães, gatos, bovinos e equinos com a finalidade de identificar possíveis alterações auditivas que não podem ser diagnosticadas durante o exame físico. O BAEP avalia a integridade das vias auditivas, desde a cóclea até o tronco encefálico e permite a identificação de animais com surdez neurossensorial e condutiva. Apesar da importância do BAEP, não foi encontrado nenhum estudo de padronização do seu uso em equinos no Brasil. Dessa maneira, o objetivo deste trabalho foi padronizar a metodologia para obtenção de registros que permitam verificar a latência das ondas obtidas no exame para essa espécie. Foram utilizados 21 equinos adultos, machos e fêmeas, sem histórico prévio de alterações auditivas. Para realização do teste, os animais foram sedados com cloridrato de detomidina. Foram identificadas as latências das ondas I, II, III, IV e V, bem como dos intervalos I-III, III-V e I-V. As médias das latências das ondas foram, onda I 2,4 ms; onda II 2,74 ms; onda III 3,61 ms; onda IV 4,61 ms e onda V 5,49 ms. As médias das latências dos interpicos foram I-III 1,37 ms; III-V 1,88 ms e I-V 3,26 ms. A descrição da metodologia utilizada e a disponibilização dos registros e das latências obtidas podem servir de referência para estudos realizados nessa espécie. Palavras- chave: surdez, latência, ondas, interpicos, cavalos.

12 2 GAMA, J. A. N. Brainstem Auditory Evoked Potential in Equine. Botucatu, Dissertação (Mestrado) Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Campus de Botucatu, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. ABSTRACT Hearing is one of the main points of the communication process with the environment both humans and animals. The Auditory brainstem response (BAEP Brainstem Auditory-Evoked Potential) is a method that has been used in humans, dogs, cats, cattle and horses in order to identify possible hearing impairment that can t be diagnosed during physical examination. The BAEP evaluates the integrity of the auditory pathway from the cochlea to the brainstem and allows the identification of animals with sensorineural and conductive deafness. Despite the importance of BAEP, no study to standardize its use in horses in Brazil was found. Thus, the objective of this study was to standardize the methodology for obtaining records to verify the wave latencies obtained in the examination for this species. 21 adult horses, males and females were used without previous history of hearing disorders. To perform the test, the animals were sedated with detomidine hydrochloride. Latencies of waves I, II, III, IV and V, as well as the intervals I-III, III-V and IV were identified. The mean latencies of the waves were, I wave 2.4 ms; wave II 2.74 ms ; wave III 3.61 ms; wave IV 4.61 ms and wave V 5.49 ms. The mean latencies of interpeaks were I-III 1.37; III-V 1.88 and I-V The description of the methodology used and the availability of records and latencies can serve as a reference for studies in this species. Keywords: deafness, latency, waves, interpeak, horses.

13 3 1. Introdução O sistema auditivo é importante para a sobrevivência das espécies. Tanto os animais que vivem em seu hábitat natural como aqueles criados em ambiente humanizado precisam da audição para detectar perigos, tais como predadores e veículos motorizados, responder a verbalização de animais da mesma ou de outras espécies (Strain e Myers, 2006). Médicos veterinários e criadores de equinos têm demonstrado interesse cada vez maior de avaliar a audição desses animais. A ocorrência de surdez já foi descrita em alguns equinos e parece ser mais frequente nos cavalos que apresentam áreas de despigmentação na face e íris com coloração azul (Harland et al., 2006; Magdesian et al., 2009). Segundo Heffner e Heffner (1983), existem vários padrões comportamentais utilizados para determinar a capacidade auditiva em cavalos. Um dos procedimentos utilizados por eles é conhecido como go/ no go, um método em que o animal é recompensado por fazer respostas inespecíficas quando ouve um som. No teste realizado, o animal é treinado para encostar o focinho em uma placa localizada em frente a um autofalante. O teste consiste em reduzir gradativamente a intensidade do som até que o animal não consiga escutar mais e, assim, é possível determinar um limiar auditivo da intensidade em que o som foi detectado pelo animal. Esses limiares permitem a construção de um audiograma. O audiograma nada mais é do que uma representação gráfica do limiar auditivo de cada uma das orelhas. Para a formação do audiograma é necessária a realização de uma audiometria que consiste na produção de estímulos sonoros, com decréscimo na intensidade capaz de provocar resposta neurológica na orelha que estará sendo testada (Costa e Silva, 2003). As perdas auditivas podem ser classificadas em condutiva, neurossensorial e central. A condutiva ou de condução está relacionada a alterações na orelha externa e/ou média, como em casos de obstrução e alteração dos ossículos. Por exemplo, infecções do canal auditivo como otites, produção excessiva de cerume, presença de carrapatos, podendo variar de

14 4 redução da audição a surdez completa no ouvido afetado (Costa e Silva, 2003; Henkel, 2006). A perda auditiva neurossensorial (neurológica) é resultado de lesão da cóclea ou da raiz nervosa do nervo coclear. As causas são variáveis, incluindo exposição a ruídos altos, otite interna e traumas nos ossos do crânio (Henkel, 2006). A perda auditiva central ocorre pela lesão no núcleo coclear e/ou das vias auditivas centrais que levam as informações auditivas ao córtex. A presença de lesão nos núcleos cocleares ou outras lesões centrais, como no interior do tronco encefálico, podem ser a causa de surdez unilateral (Henkel, 2006). O potencial evocado auditivo de tronco encefálico (BAEP - Brainstem Auditory Evoked Potential) é um teste objetivo que avalia a integridade da via auditiva. A interpretação da resposta em forma de ondas pode auxiliar o médico veterinário no diagnóstico de surdez e, em até certo grau, no estabelecimento da gravidade da lesão da via auditiva (Mayhew e Washbourne, 1990; Strain, 1996). O BAEP é obtido como uma resposta neuroelétrica ocorrendo dentro de 10 ms após um estímulo sonoro da via auditiva (Mayhew, 1997). No animal normal, existem até sete picos reconhecíveis que se apresentam em forma de onda. Os cinco primeiros picos são de maior importância clínica, sendo que os picos I, III e V sempre estarão presentes em intensidade de estímulo de db (Mayhew, 1992). Estudos com a utilização de BAEP têm sido realizados em humanos adultos e crianças (Jiang et al., 1991), cães (Holliday e Te Selle, 1985; Kawasaki e Inada, 1994; Uzuka et al., 1998; Murrell et al., 2005; Wilson e Mills, 2005; Palumbo et al., 2012), bovinos (Arai, 2008) e em equinos anestesiados (Rolf et al., 1987; Mayhew, 1997; Mayhew, 2003; Wilson et al., 2011 ) e não anestesiados (Marshall, 1985; Mayhew e Washbourne, 1992; Magdesian et al., 2009). O BAEP tem sido utilizado para avaliar a função auditiva dos cavalos desde a década de 1980 (Marshall, 1981, 1985).

15 5 2. Revisão de Literatura 2.1 Anatomia A orelha também é chamada de órgão vestibulococlear, pois participa da audição e da manutenção do equilíbrio (Dyce et al., 2010; Liebich e König, 2011). A orelha é dividida em três compartimentos: externo, médio e interno. A orelha externa consiste em aurícula (pina ou pavilhão auricular) e meato acústico externo (canal auditivo). O pavilhão auricular (cartilagem articular coberta pela pele) apresenta-se em forma de funil e serve como uma estrutura captadora de sons, podendo ser direcionada em qualquer direção, particularmente no cavalo. Essa mobilidade da orelha é de grande importância para a captação do som (Frandson, 1979; Liebich e König, 2011). O meato acústico externo é um canal que se estende até a membrana timpânica. A função desse canal é direcionar o som captado pelo pavilhão auricular até a membrana timpânica. A membrana timpânica ou tímpano separa o meato acústico externo da orelha média (Strain e Myers, 2006). A orelha média é uma cavidade preenchida por ar no osso temporal (cavidade timpânica) e se comunica com a faringe pelas tubas auditivas (Getty, 1986). Em equinos, há a presença de um extenso divertículo chamado de bolsa gutural. A tuba auditiva tem, também, a função de equilibrar a pressão dos dois lados da membrana timpânica (Dyce et al., 2010). A cavidade timpânica está localizada no interior do osso petroso temporal e pode ser dividida em três partes: dorsal, média e ventral. A parte dorsal, ou epitímpano, é onde estão presentes os três ossículos auditivos: martelo, bigorna e estribo. A parte média, ou mesotímpano, abre-se rostralmente à laringe, através da tuba auditiva. A parte ventral, ou bula timpânica, é uma expressão bulbosa do osso temporal. O martelo é o ossículo mais lateral, composto de cabeça (que se liga ao corpo da bigorna), corpo e cabo que estão ligados à membrana timpânica. A bigorna se divide em um corpo que se conecta com a cabeça do estribo e dois ramos (longo e curto). O estribo possui uma cabeça, um colo, dois ramos, uma base que se liga a um anel fibrocartilaginoso, que circunda a janela do vestíbulo e um processo muscular (Dyce et al., 2010; Liebich e König, 2011). A janela do vestíbulo conecta a cavidade timpânica ao ouvido interno. A janela da cóclea

16 6 apresenta um formato redondo e conduz à cavidade da cóclea. A cóclea se localiza em uma proeminência óssea e se projeta da parede medial da cavidade timpânica (Liebich e König, 2011). A orelha interna ou cóclea consiste de dois labirintos: o membranoso, que contém um líquido (endolinfa) e o ósseo. Os dois labirintos estão separados pelo espaço perilinfático, ocupado por um líquido denominado perilinfa (Getty, 1986). O ouvido interno pode ser dividido em duas partes (coclear e vestibular), conforme a sua função. A porção coclear recebe inervação do ramo coclear do VIII par craniano para o sentido de audição. A parte vestibular funciona principalmente para o equilíbrio e é inervada pelo ramo vestibular do VIII par de nervo craniano (Frandson, 1979). O labirinto membranoso está localizado dentro do labirinto ósseo, mas não o ocupa totalmente (Getty, 1986). Existem duas dilatações no centro do labirinto vestibular, conhecidas como utrículo e sáculo. Essas duas estruturas possuem inúmeras células mecanorreceptivas que envolvem o sistema do equilíbrio. Estão presentes inúmeros otólitos que são pequenos cristais de carbonato de cálcio dispersamente distribuídos em uma matriz gelatinosa, compondo uma membrana chamada mácula, que está localizada acima das células ciliadas. A mácula monitora o posicionamento da cabeça em relação à gravidade. As células ciliadas são estimuladas quando os otólitos e as massas gelatinosas das máculas utricular e sacular se inclinam sobre as mesmas, isso ocorre, por exemplo, quando a cabeça é movimentada para um determinado lado. A mácula do utrículo responde a movimentos no plano horizontal, pois é nesse plano que ela está orientada na orelha e a mácula do sáculo, orientada em plano vertical, sendo assim, detecta movimentos no plano vertical (Moyes e Schulte, 2010). Do utrículo saem três ductos semicirculares responsáveis pelo equilíbrio; e do sáculo emerge o ducto coclear, responsável pela audição (Dyce et al., 2010; Liebich e König, 2011). Os três ductos semicirculares ocupam os canais semicirculares do labirinto ósseo. Os ductos semicirculares ósseos formam entre si ângulos retos e, de acordo com suas posições, são designados como anterior, posterior e lateral. Cada canal semicircular forma, aproximadamente, dois terços de um círculo, e uma das extremidades é mais dilatada e recebe o

17 7 nome de ampola (Getty, 1986; Dyce et al, 2010; Liebich e König, 2011). Na parede das ampolas dos ductos semicirculares não são encontrados otólitos, como encontrados no utrículo e no sáculo, mas são encontradas células ciliadas (cristas) dentro de uma massa gelatinosa, apresentando um formato de capuz pontudo chamada de cúpula. Essas células detectam aceleração angular e movimentos circulares, como aqueles que são feitos ao balançar a cabeça (Moyes e Schulte, 2010). As estruturas da orelha média e interna estão representadas pela figura 1. A cóclea (figura 2) é um órgão em espiral que se assemelha a uma concha de caramujo. Sendo ela dividida em três ductos membranosos: rampa vestibular (ducto superior), rampa média (mediana, chamada de ducto coclear) e a rampa do tímpano (inferior). Essas três rampas se enrolam em torno do modíolo, que é uma estrutura óssea central e contém células ganglionares da parte auditiva do VIII nervo craniano (Strain e Myers, 2006; Liebich e Könic, 2011). A rampa superior e a inferior se comunicam no ápice da cóclea por uma região chamada de helicotrema. O número de espirais na cóclea varia entre as espécies. Os seres humanos têm 2,75 espirais, cães 3,25 e equinos 2,5 espirais (Strain e Myers, 2006). O Órgão Espiral de Corti (figura 3) é a porção da cóclea sensível ao som. Essa estrutura está localizada sobre a membrana basilar do ducto coclear e possui células ciliadas internas, que detectam o som e células ciliadas externas, que ajudam a amplificar o som (Moyes e Schulte, 2010). Em cada região espiralada da cóclea existe um gânglio espiral, que é um aglomerado de células, de onde saem os axônios dos neurônios e formam o nervo coclear. Esse nervo se une ao nervo vestibular formando o VIII par de nervos cranianos (Henkel, 2006). A pina da orelha externa capta as ondas sonoras e as concentram no meato acústico externo. Animais que possuem uma pina grande conseguem captar mais ondas sonoras de uma determinada intensidade e, consequentemente, têm melhor capacidade de audição. As ondas sonoras que se propagam pelo meato acústico externo fazem a vibração da membrana timpânica e são transmitidas, através da orelha média para a janela oval, pelos

18 8 ossículos auditivos (martelo para bigorna e estribo) que funcionam como alavancas, reduzindo a magnitude dos movimentos da membrana timpânica e aumentando a força sobre a janela oval. O movimento do estribo origina um movimento na perilinfa da rampa do vestíbulo. Esses movimentos são transferidos, através da membrana vestibular para a endolinfa do ducto coclear e são transferidos para a perilinfa da rampa do tímpano pela membrana basilar, resultando, assim, no movimento da membrana que reveste a janela redonda. Esses movimentos estimulam as células ciliadas do Órgão de Corti (Frandson, 1979; Henkel, 2006; Moyes e Schulte, 2010). As células ciliadas possuem vários cílios, um mais longo chamado de cinocílio e outros mais curtos chamados de estereocílios. Estes estão dispostos em um feixe e estão conectados uns aos outros, através de filamentos denominados de pontes apicais. Próximos ao ápice dos estereocílios estão localizados os canais iônicos, que estão envolvidos na transdução sonora. Quando uma célula ciliada recebe um estímulo mecânico (vibração), os estereocílios se dobram sobre sua base na direção do maior estereocílio, ocorrendo a abertura de mais canais iônicos, que não são seletivos, permitindo, assim, a passagem de vários íons, incluíndo K + e Ca 2+. Se o movimento dos estereocílios é na direção do menor estereocílio, muitos canais iônicos são fechados. O neurotransmissor liberado aumenta ou diminui a frequência do potencial de ação, dependendo da movimentação dos estereocílios. Esses neurotransmissores excitam os neurônios sensoriais e o impulso nervoso é conduzido ao longo do nervo auditivo (Moyes e Schulte, 2010). Os nervos vestibulococleares penetram no sistema nervoso central na altura do bulbo, próximos à saída dos nervos facial e trigêmio, e fazem sinapses nos núcleos coclares dorsal e ventrais. Os neurônios dos núcleos cocleares ventrais cruzam o corpo trapezoide e se projetam para o complexo olivar superior na ponte onde fazem sinapses. Os neurônios do núcleo dorsal não fazem sinapse no complexo olivar superior, passam direto e fazem sinapse no colículo inferior no mesencéfalo. A partir desse complexo, são emitidos axônios que formam um feixe chamado de lemnisco lateral (na ponte) e se projetam ao colículo inferior (Dewey et al., 2006; Fernández, 2010; Lent, 2010).

19 9 O colículo inferior recebe todas as fibras auditivas originadas em níveis mais baixos. As fibras nervosas saem do mesencéfalo para o núcleo geniculado medial, localizado no diencéfalo, que emitem fibras nervosas que se projetam até o lobo temporal do córtex cerebral, onde se situam as áreas auditivas (Figura 4) (Dewey et al., 2006; Fernández, 2010, Lent, 2010). Figura 5 Representação da orelha média e interna de um equino (Liebich e König, 2011). Figura 6 Representação esquemática da cóclea (modificado de V. Goodhill, 1979).

20 Figura 7 Representação esquemática do Órgão de Corti (Liebich, 2004). 10

21 Figura 8 Representação esquemática das vias auditivas centrais (adaptado de Sanders e Bagley, 2006). 11

22 Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico Mayhew (2003) define BAEP como sendo um exame que detecta a atividade elétrica gerada nas vias auditivas, em resposta a estímulos auditivos, emitidos por meio de fones de ouvidos e registrados por eletrodos de agulhas posicionados na base de cada orelha. Cada onda registrada no exame está relacionada com uma região neuroanatômica específica das vias auditivas. Stockard et al. (1977) e Chiappa (1990) descreveram em seres humanos o possível local de origem das ondas e Starr e Hamilton (1976) e Achor e Starr (1980) descreveram esses locais em gatos. As referências dos locais de geração das ondas I, II, III, IV e V são: VIII par de nervos craniano ipsilateral, núcleo coclear, ponte, lemnisco lateral e colículo caudal no mesencéfalo, respectivamente. As ondas VI e VII possivelmente são geradas no corpo geniculado medial do tálamo e radiações auditivas. As ondas VI e VII nem sempre estão presentes nos traçados em equinos, além de apresentarem grande variabilidade de tamanho e formato (Mayhew e Washbourne, 1997). Mayhew (2003) descreve a utilização clínica do BAEP para o diagnóstico de surdez congênita ou adquirida em equinos da raça Paint Horse. A surdez completa foi confirmada em quatro dos seis animais avaliados pelo teste de BAEP. Com esses resultados, concluiu-se que equinos que apresentarem uma extensa marcação branca na face e/ou propensos a terem íris branca ou azul, como em animais das raças Appaloosa, Paint Horse, entre outras, seriam mais predispostos a apresentarem surdez congênita neurossensorial. Wilson et al. (2011) destaca a importância da utilização do BAEP para o diagnóstico de surdez em equinos mais velhos. Ele utilizou nove cavalos (sete Standardbred e dois Puro-Sangue-Inglês), em que cinco eram mais jovens (5-8 anos) e quatro mais idosos (17-22 anos). Foram provocados estímulos acústicos com intensidade de 90 a 20 db. Comparando com o grupo de cavalos mais jovens, o grupo mais velho mostrou piores limiares auditivos e

23 13 pior amplitude de ondas V para o nível do estímulo 90 db (p<0.02), mas semelhança nas latências das ondas I, V e I-V e amplitude da onda I para o nível de estímulo de 90 db. Há relatos na literatura da utilização do BAEP em pôneis como os de Mayhew e Washbourne (1997). Esses autores quantificaram os dados normais do exame em 27 pôneis e relacionaram os resultados com dados de resenha, como sexo, idade, raça e tamanho dos animais. Os traços foram obtidos e as latências das ondas I, III e V foram analisadas para diferentes intensidades de estímulo, ipsilateral e contralateral à orelha testada. As latências absolutas das ondas I, III e V e as latências dos interpicos I- III, III-V e I-V foram obtidas e comparadas aos resultados obtidos por Mayhew e Washbourne (1992) que avaliaram os resultados do BAEP em cavalos da raça Puro Sangue. Não houve diferença significativa nas médias de interpicos ipsilaterais com estímulos entre db nos mesmos animais, porém, teve diferença significativa, quando comparados os valores de interpicos de pôneis e cavalos Puro Sangue Inglês. Outro estudo com o objetivo de padronização técnica e avaliação da função auditiva e de tronco encefálico de equinos foi desenvolvido anteriormente por Mayhew e Washbourne (1990), em animais sedados com 0,013 mg/kg de detomidina. O estímulo realizado foi o de condensação, variando de 30 a 100 db, e estímulos de mascaramento da orelha contralateral a menos 10 db de intensidade de estímulo da orelha teste. Eles observaram que havia ligeira alteração no formato das ondas entre os animais, porém os valores da latência, amplitude, forma e duração de cada onda foram semelhantes em todos. Também pode ser observado que a sedação não interferiu no registro das ondas, pois alguns animais não relutaram à realização do exame, depois de passado o efeito sedativo, apresentando mínimas alterações no formato das ondas. Aleman et al. (2008) descreveram o uso do BAEP para determinar as anormalidades auditivas em equinos com osteoartropatia do temporal (THO), uma doença do osso petroso temporal e estiloides em equinos. Foram utilizados 11 animais que apresentavam a doença e oito animais controle. Após

24 14 o diagnóstico de THO por meios de avaliação neurológica e exames de imagem, foram realizados exames BAEP e os resultados obtidos foram comparados com os animais controle. Eles alternaram estímulos de rarefação e condensação em uma intensidade de 90 db e um ruído de mascaramento de 60 db. Foram realizadas gravações simultâneas para duas derivações: uma, vértice a mastoide (V-M) e vértice a C2 (V-C2). Os resultados que eles obtiveram, através do BAEP, foram que nove dos 11 animais testados apresentaram perda auditiva completa, do lado mais afetado; e os outros dois animais tiveram perda auditiva parcial, do lado mais afetado. Como dito anteriormente, o BAEP é um importante método de diagnóstico para surdez como pode ser relatado por Harland et al. (2006) que utilizaram a técnica para confirmar uma suspeita de surdez em um equino da raça Paint Horse, com três anos de idade, que apresentava uma área de despigmentação na face e íris com coloração azul no olho direito e, no esquerdo, uma combinação de azul e marrom. O estímulo foi aplicado com estimulador ósseo posicionado no osso temporal, dorsal à articulação temporomandibular na superfície vestibular no 3 pré-molar, com o auxílio de um abre-bocas. Marshall (1985) descreveu o uso do BAEP em cavalos e pôneis. Foram utilizados 10 cavalos e sete pôneis adultos, todos saudáveis e sem alterações auditivas, quando realizado o exame clínico. Utilizaram-se intensidades de estímulos, variando de 10 db a 90 db, sem uso de ruído de mascaramento. Nenhum registro de onda foi observado a 10 db e apenas um cavalo apresentou resposta com intensidade de estímulo a 20 e 30 db. Ocorreu, também, uma diminuição da latência das ondas na medida em que a intensidade de estímulo era diminuída. Observou-se que houve diferença significativa entre as latências das ondas I, II, III e IV de cavalos e pôneis, porém a onda V não apresentou diferença significativa. Recentemente, a ocorrência de surdez foi relatada em algumas linhagens de equinos da raça Paint Horse. O diagnóstico foi feito com uso do potencial evocado auditivo e observou-se maior predisposição em animais com

25 15 coloração dos olhos azuis e extensas áreas brancas na pelagem de membros e cabeça (Magdesian et al., 2009). Aleman et al. (2014 a) realizaram um estudo retrospectivo com a utilização do BAEP em equinos adultos atendidos no Laboratório de Neurofisiologia. Foram utilizados 76 cavalos, separados em grupos de acordo com afecção e depois comparados com o grupo controle de oito animais. Dos 76 cavalos testados, 57 apresentaram déficit auditivo e 19 animais apresentaram os resultados de BAEP dentro da faixa de referência. As causas mais comuns de alteração do BAEP foram THO, surdez neurossensorial congênita em cavalos Paint Horse, doença cerebral multifocal e otite média/ interna. Aleman et al. (2014 b) utilizaram BAEP em 18 potros com distúrbios neonatais, separados em grupos, conforme a afecção e, posteriormente, os resultados foram comparados aos animais utilizados como controle. Dos 15 potros neonatais, 10 apresentaram ausência bilateral de BAEP e os outros cinco apresentaram valores de BAEP dentro da normalidade. Dos três potros não neonatais, dois apresentaram valores de BAEP dentro da normalidade e um potro, com abscesso intracraniano, não apresentou picos detectáveis bilateralmente. Anormalidades de BAEP foram associadas a doenças com sepses, encefalopatia neonatal, isoeritrólise neonatal e prematuridade. A padronização do BAEP em equinos no Laboratório de Eletroneurodiagnóstico da FMVZ permitirá a interpretação de ondas e suas latências, o que servirá para a identificação de surdez unilateral ou bilateral, disponibilizando um exame complementar importante para identificação de alterações auditivas, em equinos no Brasil, e completar a avaliação de tronco encefálico. 3. Objetivos - Objetivos gerais: padronizar o uso do BAEP em equinos clinicamente normais.

26 16 - Objetivos específicos: caracterizar as latências das ondas geradas em uma determinada intensidade de apresentação do estímulo acústico em uma população de 21 equinos adultos. 4. Material e métodos O BAEP foi realizado no Laboratório de Eletroneurodiagnóstico do Departamento de Clínica Veterinária, FMVZ - UNESP - Botucatu. Foram utilizados 21 equinos, 13 machos e oito fêmeas, de 2 a 15 anos, (dois animais com dois anos de idade; um animal com dois anos e meio; dois animais com três anos; um animal com três anos e meio; dois animais com quatro anos; dois animais com cinco anos; um animal com seis anos e meio; um animal com sete anos; um animal com oito anos; três animais com 10 anos ; um animal com 11 anos ; dois animais com 12 anos e dois animais com 15 anos ). Um animal apresentava pelagem tordilha, cinco animais de pelagem alazã e os outros de pelagem castanha. Todos de propriedade da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia UNESP, campus Botucatu. Para a seleção dos animais, foi realizado exame otoscópico para avaliar a integridade do conduto auditivo e descartar qualquer alteração que pudesse interferir na realização do BAEP. Nas 24 horas antecedentes ao exame, os equinos foram submetidos a jejum sólido até a execução do exame. Para minimizar as interferências no exame e facilitar a avaliação das ondas geradas, os animais foram sedados com administração intravenosa de cloridrato de detomidina (0,013 mg/kg de PV). Todos os testes foram realizados em uma sala silenciosa, mas sem isolamento acústico. O exame teve início 10 minutos após a sedação. Fones de ouvido de inserção foram colocados no conduto auditivo para emissão do estímulo sonoro (Mayhew, 2003). Eletrodos de agulha foram colocados na base de cada orelha (eletrodos ativos), na região frontal (eletrodos de referência) e sobre proeminência óssea da cabeça (eletrodo terra) (Aleman et al., 2008). Foram utilizados filtros com banda passante de 200 a Hz, sensibilidade de 2,5 µv/cm e varredura de 1 ms/cm. O estímulo sonoro utilizado foi na forma de cliques de rarefação, com duração de 0,2 ms a uma intensidade de 90 db na orelha estimulada e um

27 17 ruído de mascaramento de 40 db na orelha contralateral. Em cada orelha, obtiveram-se, pelo menos, duas séries de 500 promediações, utilizando o equipamento Viasys Healthcare, modelo Teca Synergy de dois canais. Em cada exame, identificaram-se as ondas I, II, III, IV e V, e obtiveramos valores das latências de cada onda como os valores dos interpicos I-III, III-V e I-V. Esses valores foram fornecidos pelo software do equipamento utilizado. Com esses valores, foram calculados a média e o desvio padrão de cada onda e de cada interpico. Figura 9 Mostra a colocação dos eletrodos em que A eletrodo terra, B eletrodo de referência e C eletrodo ativo.

28 18 5. Resultados O tempo total do exame em cada cavalo foi cerca de 30 minutos, incluindo o tempo de sedação até o início do exame e o tempo necessário, para que se recuperasse da sedação e pudesse ser levado de volta à baia. A figura 6 mostra a identificação das ondas registradas no BAEP de um equino adulto. A tabela 1 mostra os valores das médias, desvios padrão, máximos e mínimos das latências de cada uma das cinco ondas e de cada um dos três interpicos. Figura 6. BAEP de equino adulto. Note a identificação das ondas I, II, III, IV e V. A letra A representa o lado esquerdo e B o lado direito do mesmo animal.

29 19 Tabela 1: Médias, mínimos, máximos e desvios padrão das latências das ondas (I, II, III, IV e V) e interpicos (I-III, III-V e I-V) em uma intensidade de 90 db em 21 equinos. Média Latência (ms) Mínimo - Máximo (ms) Desvio padrão (ms) I 2,24 2,1-2,34 0,06 II 2,74 2,58 2,92 0,08 III 3,61 3,36 3,88 0,12 IV 4,61 4,22 4,86 0,17 V 5,49 5,24 5, 92 0,15 I-III 1,37 1,16 1,64 0,11 III-V 1,88 1,46 2,18 0,16 I-V 3,26 2,98 3,7 0,16 Tabela 2: Médias, mínimos, máximos e desvios padrão das latências das ondas (I, II, III, IV e V) e interpicos (I-III, III-V e I-V) em uma intensidade de 90 db em machos. Média Latência (ms) Mínimo - Máximo (ms) Desvio padrão (ms) I 2,25 2,16-2,34 0,05 II 2,75 2,58 2,92 0,08 III 3,65 3,44 3,88 0,12 IV 4,64 4,34 4,84 0,16 V 5,50 5,24 5, 92 0,18 I-III 1,40 1,16 1,64 0,12 III-V 1,85 1,46 2,06 0,17 I-V 3,25 2,98 3,7 0,18

30 20 Tabela 3: Médias, mínimos, máximos e desvios padrão das latências das ondas (I, II, III, IV e V) e interpicos (I-III, III-V e I-V) em uma intensidade de 90 db em fêmeas. Média Latência (ms) Mínimo - Máximo (ms) Desvio padrão (ms) I 2,22 2,1-2,3 0,06 II 2,72 2,6 2,82 0,08 III 3,55 3,36 3,72 0,11 IV 4,56 4,22 4,86 0,18 V 5,48 5,32 5,62 0,11 I-III 1,33 1,16 1,44 0,07 III-V 1,93 1,64 2,18 0,16 I-V 3,26 3,08 3,42 0,11 6. Discussão Muitos cavalos não gostam que manuseiem suas orelhas e, como esse exame envolve a manipulação constante, os animais foram sedados para que não sentissem incômodo com os fones introduzidos em suas orelhas e permanecessem com eles durante todo o exame, a fim de evitar possíveis alterações no resultado e, também, para proteger a equipe e o aparelho. Doses terapêuticas de sedativos não alteram o resultado do BAEP (Mayhew e Washbourne, 1990). Como podemos observar na figura 6, existe uma pequena variação do formato das ondas de cada orelha do mesmo animal. Essas variações ocorrem pelo fato de cada lado de um individuo, tanto animal como humano, não ser igual (Mayhew e Washbourne, 1990). Ao término do exame, foi observado que nenhum dos 21 animais testados apresentou atraso no aparecimento das ondas, o que descartou qualquer alteração na condução do som, assim como o aumento da latência das ondas que, se estivesse presente, indicaria alguma alteração na via

31 21 auditiva. Os valores obtidos poderão ser utilizados como valores de normalidade. Ao compararmos as ondas e o interpicos entre os machos e fêmeas, somente a onda III apresentou uma diferença estatística (P = 0,0082), porém os valores foram similares com um baixo desvio padrão, que não influencia na clínica (teste T pareado). Os valores das médias, mínimos, máximos e desvios padrão das ondas e interpicos dos machos estão apresentados na tabela 2 e das fêmeas, na tabela 3. Gráfico 1 mostra, ao lado esquerdo, a latência da onda I de machos e o lado direito mostra a latência da onda I das fêmeas. Gráfico 2 mostra a latência da onda II dos machos (lado esquerdo) e das fêmeas (lado direito).

32 22 Gráfico 3 mostra a onda III dos machos no lado esquerdo; e a das fêmeas, no ladodireito. Gráfico 4 mostra a latência da onda IV de machos (esquerdo) e fêmeas (direito). Gráfico 5 mostra, do lado esquerdo, a latência da onda V de machos; e lado direito, a das fêmeas.

33 23 Gráfico 6 mostra a latência do interpico I-III de machos (esquerdo) e fêmeas (direito). Gráfico 7 mostra a latência do interpico III-V de machos (lado esquerdo) e fêmeas (lado direito). Gráfico 8 mostra a latência do interpico I-V de machos (lado esquerdo) e fêmeas (lado direito).

34 24 Após a marcação de cada onda, o software do aparelho forneceu os valores das latências das ondas. Ao comparar os valores das ondas dos exames realizados do lado direito e esquerdo do mesmo animal, não houve diferença estatística (Graphpad instat). Quando comparados os resultados obtidos com os de outros autores (Mayhew e Washbourne, 1990, 1992, 1997; Mayhew, 2003), observou-se, nitidamente, uma diferença nos valores da onda I. Essa diferença ocorreu devido a um atraso no estímulo auditivo dentro do fone de ouvido,ou seja, o estímulo foi produzido pelo fone e demorou 1,0 ms a mais para percorrer toda a estrutura do fone de ouvido, até alcançar o ouvido do animal e gerar uma resposta auditiva. O fone de ouvido utilizado, dentro da orelha do animal, foi o de inserção, o mesmo tipo de fone utilizado por Mayhew e Washbourne (1990, 1992, 1997) e Mayhew (2003). A provável causa da diferença na onda I pode ser pelo fato de os fones serem de diferentes fabricantes, o que poderia provocar uma pequena variação no início do estímulo gerado. Essa variação poderia ter sido gerada por um atraso não qualificado no fone de ouvido (Mayhew e Washbourne, 1992). Isso reforça a importância de cada laboratório realizar seus próprios estudos normativos, pois os resultados obtidos podem variar de acordo com o equipamento e com a metodologia utilizada. Os valores das latências em ms do grupo controle obtidos por Aleman et al. (2014 a) foram onda I, 2,12 (0,06); III 3,61 (0,17); V 5,36 (0,16), dos interpicos I-III 1,40 (0,15); III-V 1,74 (0,15) e I-V 3,14 (0,12). Ao observarmos esses valores, vimos que os valores obtidos por esses autores foram semelhantes aos do presente estudo. Não houve diferença estatística significativa quando comparadas as ondas e interpicos entre o lado esquerdo e direito, utilizando o teste pareado. Wilson e Mills (2005) descrevem que o BAEP pode variar em função da idade, sexo, raça, tamanho da cabeça e entre espécies. A raça não foi um critério usado para seleção dos animais, não sendo, portanto, investigada. O tamanho da cabeça pode influenciar nos resultados, principalmente, quando comparadas entre as espécies, pois quanto maior a cabeça, mais tempo para obter uma resposta ao estímulo (Wilson e Mills, 2005). Quando comparamos o exame de um cavalo com o de um cão, vemos que a formação das ondas do BAEP de um cavalo tem maior tempo de latência que a de um cão.

35 25 7. Conclusão A partir dos resultados obtidos e nas condições em que o experimento foi realizado, foi possível concluir que o BAEP é um exame útil e seguro para avaliação da atividade elétrica da via auditiva de equinos. O baixo valor do desvio padrão das ondas, associado à alta repetibilidade do exame, faz com que o mesmo forneça informações mais precisas. Esse exame é pouco conhecido no Brasil e é de grande importância no diagnóstico de alterações auditivas que não são diagnosticadas clinicamente.

36 26 8. Referências ACHOR, L. J., STARR, A. Auditory brainstem responses in the cat. II. Effects of lesions. Electroencephalography and Clinical Neurophysiology. v.48, p , ALEMAN, M.; PUCHALSKI, S. M.; WILLIAMS, D. C.; KASS P. H.; HOLLIDAY, T. A. Brainstem Auditory-Evoked Responses in Horses with Temporohyoid Osteoarthropathy. Journal of Veterinary Internal Medicine. v.22, p , ALEMAN, M.; HOLLIDAY, T. A.; NIETO, J. E.; WILLIAMS, D. C. Brainstem Auditory Evoked Responses in an Equine Patient Population: Part I Adult Horses. Journal of Veterinary Internal Medicine. v.28. n.13, p , 2014 a. ALEMAN, M.; MADIGAN, J. E.; WILLIAMS, D. C.; HOLLIDAY, T. A. Brainstem Auditory Evoked Responses in an Equine Patient Population. Part II: Foals. Journal of Veterinary Internal Medicine. v.28. n.13, p , 2014 b. ARAI, S. Brainstem auditory evoked potentials in cattle sedated with xylazine. The Canadian Journal of Veterinary Research. v.72, p , CHIAPPA, K. H. Evoked Potentials in Clinical Medicine. 3 ed. Lippincott Raven. Filadélfia,1997. COSTA, E. A,; SILVA, A. A. Audiometria Tonal Limiar. In: Tratado de Otorinolaringologia Vol 1 Fundamentos. Roca LTDA: São Paulo, p DEWEY, C. W.; HOFFMAN, A. G.; RUDOWSKY, C. Neurologia de Cães e Gatos Guia Prático. Editora Roca: São Paulo, p

37 27 DYCE, K. M.; SACK, W. O.; WENSING, C. J. G. Tratado de Anatomia Veterinária. 4 ed. Editora Saunder Elservier: Rio de Janeiro, p FERNÁNDEZ, V. L.; BERNARDINI, M. Neurologia em Cães e Gatos. Editora Medvet: São Paulo, p FRANDSON, R. D. Anatomia e Fisiologia dos Animais Domésticos. 5 ed. Editora Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, p GETTY, R. Sisson e Grossman Anatomia dos Animais Domésticos volume 1. 5 ed. Editora Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, p HARLAND, M. M.; STEWART, A. J.; MARSHALL, A. E.; BELKNAP E. B. Diagnosis of deafness in a horse by brainstem auditory evoked potential. Canadian Veterinary Journal. v.47, p , HEFFNER, H. E.; HEFFNER, R. S. The hearing ability of horses. Equine Practice. v.5. n.3, p.27 32, HENKEL, C. K. Sistema Auditivo. In: HAINES, D. E. Neurociência Fundamental para Aplicações Básicas e Clínicas. 3 ed. Elsevier: Rio de Janeiro, p HOLLIDAY, T. A.; TE SELLE, M. E. Brain stem auditory-evoked potentials of dogs: wave forms and effects of recording electrode positions. American Journal of Veterinary Research. v.46, p , JIANG, Z. D.; ZHENG, M. S.; SUN, D. K.; LIU, X. Y. Brainstem auditory evoked responses from birth to adulthood: Normative data of latency and interval. Hearing Research. v.54, p.67-74, KAWASAKI, Y.; INADA, S. Peaks of brainstem auditory evoked potentials in dogs. Veterinary Research Communications. v.18, p , 1994.

38 28 KURK, M.; AMATUZZI, M. G. Anatomia e Fisiologia da Orelha Interna. In: Tratado de Otorinolaringologia Vol 1 Fundamentos. Roca LTDA: São Paulo, p LENT, R. Os Sons do Mundo, Estrutura e Função do Sistema Auditivo. In:. Cem Bilhões de Neurônios? Conceitos Fundamentais de Neurociência. 2 ed. Atheneu: Belo Horizonte, p LIEBICH, H. G.; KÖNIG, H. E. Órgão Vestibulococlear. In:.Anatomia dos Animais Domésticos. 4 ed. Artmed Editora LTDA.: Porto Alegre, p MAGDESIAN, K. G.; WILLIAMS,D.C.; ALEMAN, M.; LECOUTEUR, R.A.; MADIGAN, J.E. Evaluation of deafness in American Paint Horses by phenotype, brainstem auditory-evoked responses, and endothelin receptor B genotype. Journal of the American Veterinary Medical Association. v.235, n.10, p , MARSHALL, A. E.; BYARS, T. D.; WHITLOCK, R. H.; et al. Brainstem auditory evoked response in the diagnosis of inner ear injury in the horse. Journal of the American Veterinary Medical Association. v.178, p , MARSHALL, A. E. Brain stem auditory evoked response in the nonanesthetized horse and pony. American Journal of Veterinary Research. v.46, p , MAYHEW, I. G.; WASHBOURNE, J. R. A method of assessing auditory and brainstem function in horses. British Veterinary Journal. v.146, p , MAYHEW, I. G.; WASHBOURNE, J. R. Short latency auditory evoked potentials recorded from non-anaesthetized thoroughbred horses. British Veterinary Journal. v.148, p , 1992.

39 29 MAYHEW, I. G.; WASHBOURNE, J. R. Brainstem auditory evoked potentials in horses and ponies. The Veterinary Journal. v.153, p , MAYHEW, I. G. The clinical utility of brainstem auditory evoked response testing in horses. Equine Veterinary Education. v.15, p.31 33, MOYES, C. D.; SCHULTE, P. M. Princípios da Fisiologia Animal. 2 ed. Artmed Editora LTDA : Porto Alegre, p MURRELL, J. C.; HELLEBREKERS, L. J. Investigation of changes in the middle latency auditory evoked potential during anesthesia with sevoflurane in dogs. American Journal of Veterinary Research. v.66, n.7, p , NÓBREGA, M. Anatomia e Fisiologia da Orelha Média. In: Tratado de Otorrinolaringologia Vol 1. Fundamentos. Roca LTDA: São Paulo, p PALUMBO, M. I. P.; REZENDE, L. A. L.; MACHADO, L. H. A.; BORGES. A. S. Potencial evocado auditivo para diagnóstico de surdez bilateral em dois cães. Ciência Rural. v.42, n.3, p , ROLF, S. L.; REED, S. M.; MELNICK, W.; ANDREWS, F. M. Auditory brain stem response testing in anesthetized horses. American Journal of Veterinary Research. v.48, p , STARR, A.; HAMILTON, A. E. Correlation between confirmed sites of neurological lesions and abnormalities of far-field auditory brainstem responses. Electroencephalography and Clinical Neurophysiology.v.41, p , SCHIMIDT- NIELSEN, K. Fisiologia Animal Adaptação e meio Ambiente. 5 ed. Editora Santos: Santos, p

40 30 STRAIN, G. M. Aetiology prevalence and diagnosis of deafness in dogs and cats. British Veterinary Journal. v.152, p.17-36, STRAIN, G. M; MYERS, L. J. Audição e equilíbrio. In: REECE, W. Dukes Fisiologia dos Animais domésticos I. 12 ed. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, p UZUKA, Y.; FUKAKI, M.; HARA, Y.; MATSUMOTO, H. Brainstem auditory evoked responses elicited by tone-burst stimuli in clinically normal dogs. Journal of Veterinary Internal Medicine. v.12, p.22-25,1998. WILSON, W. J.; MILLS, P. C. Brainstem auditory-evoked response in dogs. American Journal of Veterinary Research. v.66, n.12, p , WILSON, W. J.; MILLS, P. C.; DZULKARNAIN, A. A. Use of BAER to identify loss of auditory function in older horses. Australian Veterinary Journal. v.89, n.3, p.73-76, 2011.

41 31 Normas para publicação 1. CIÊNCIA RURAL - Revista Científica do Centro de Ciências Rurais da Universidade Federal de Santa Maria publica artigos científicos, revisões bibliográficas e notas referentes à área de Ciências Agrárias, que deverão ser destinados com exclusividade. 2. Os artigos científicos, revisões e notas devem ser encaminhados via eletrônica e editados em idioma Português ou Inglês. Todas as linhas deverão ser numeradas e paginadas no lado inferior direito. O trabalho deverá ser digitado em tamanho A4 210 x 297mm com, no máximo, 25 linhas por página em espaço duplo, com margens superior, inferior, esquerda e direita em 2,5cm, fonte Times New Roman e tamanho 12. O máximo de páginas será 15 para artigo científico, 20 para revisão bibliográfica e 8 para nota, incluindo tabelas, gráficos e figuras. Figuras, gráficos e tabelas devem ser disponibilizados ao final do texto e individualmente por página, sendo que não poderão ultrapassar as margens e nem estar com apresentação paisagem. 3. O artigo científico (Modelo.doc,.pdf) deverá conter os seguintes tópicos: Título (Português e Inglês); Resumo; Palavras-chave; Abstract; Key words; Introdução com Revisão de Literatura; Material e Métodos; Resultados e Discussão; Conclusão e Referências; Agradecimento(s) e Apresentação; Fontes de Aquisição; Informe Verbal; Comitê de Ética e Biossegurança devem aparecer antes das referências. Pesquisa envolvendo seres humanos e animais obrigatoriamente devem apresentar parecer de aprovação de um comitê de ética institucional já na submissão. Alternativamente pode ser enviado um dos modelos ao lado (Declaração Modelo Humano, Declaração Modelo Animal). 4. A revisão bibliográfica (Modelo.doc,.pdf) deverá conter os seguintes tópicos: Título (Português e Inglês); Resumo; Palavras-chave; Abstract; Key words; Introdução; Desenvolvimento; Conclusão; e Referências. Agradecimento(s) e Apresentação; Fontes de Aquisição e Informe Verbal; Comitê de Ética e Biossegurança devem aparecer antes das referências. Pesquisa envolvendo seres humanos e animais obrigatoriamente devem apresentar parecer de aprovação de um comitê de ética institucional já na submissão. Alternativamente pode ser enviado um dos modelos ao lado (Declaração Modelo Humano, Declaração Modelo Animal). 5. A nota (Modelo.doc,.pdf) deverá conter os seguintes tópicos: Título (Português e Inglês); Resumo; Palavras-chave; Abstract; Key words; Texto (sem subdivisão, porém com introdução; metodologia; resultados e discussão e conclusão; podendo conter tabelas ou figuras); Referências. Agradecimento(s) e Apresentação; Fontes de Aquisição e Informe Verbal; Comitê de Ética e Biossegurança devem aparecer antes das referências. Pesquisa envolvendo seres humanos e animais obrigatoriamente devem apresentar parecer de aprovação de um comitê de ética institucional já na submissão. Alternativamente pode ser enviado um dos modelos ao lado (Declaração Modelo Humano, Declaração Modelo Animal).

42 32 6. Não serão fornecidas separatas. Os artigos encontram-se disponíveis no formato pdf no endereço eletrônico da revista 7. Descrever o título em português e inglês (caso o artigo seja em português) - inglês e português (caso o artigo seja em inglês). Somente a primeira letra do título do artigo deve ser maiúscula exceto no caso de nomes próprios. Evitar abreviaturas e nomes científicos no título. O nome científico só deve ser empregado quando estritamente necessário. Esses devem aparecer nas palavras-chave, resumo e demais seções quando necessários. 8. As citações dos autores, no texto, deverão ser feitas com letras maiúsculas seguidas do ano de publicação, conforme exemplos: Esses resultados estão de acordo com os reportados por MILLER & KIPLINGER (1966) e LEE et al. (1996), como uma má formação congênita (MOULTON, 1978). 9. As Referências deverão ser efetuadas no estilo ABNT (NBR 6023/2000) conforme normas próprias da revista Citação de livro: JENNINGS, P.B. The practice of large animal surgery. Philadelphia : Saunders, v. TOKARNIA, C.H. et al. (Mais de dois autores) Plantas tóxicas da Amazônia a bovinos e outros herbívoros. Manaus : INPA, p Capítulo de livro com autoria: GORBAMAN, A. A comparative pathology of thyroid. In: HAZARD, J.B.; SMITH, D.E. The thyroid. Baltimore : Williams & Wilkins, Cap.2, p Capítulo de livro sem autoria: COCHRAN, W.C. The estimation of sample size. In:. Sampling techniques. 3.ed. New York : John Willey, Cap.4, p TURNER, A.S.; McILWRAITH, C.W. Fluidoterapia. In:. Técnicas cirúrgicas em animais de grande porte. São Paulo : Roca, p Artigo completo: O autor deverá acrescentar a url para o artigo referenciado e o número de identificação DOI (Digital Object Identifiers), conforme exemplos abaixo: MEWIS, I.; ULRICHS, CH. Action of amorphous diatomaceous earth against different stages of the stored product pests Tribolium confusum(coleoptera: Tenebrionidae), Tenebrio molitor (Coleoptera: Tenebrionidae), Sitophilus granarius (Coleoptera: Curculionidae) and Plodia interpunctella (Lepidoptera: Pyralidae). Journal of Stored Product Research, Amsterdam (Cidade opcional), v.37, p , Disponível em: < Acesso em: 20 nov doi: /S X(00) PINTO JUNIOR, A.R. et al (Mais de 2 autores). Resposta de Sitophilus oryzae (L.), Cryptolestes ferrugineus (Stephens) e Oryzaephilus surinamensis (L.) a

43 33 diferentes concentrações de terra de diatomácea em trigo armazenado a granel. Ciência Rural, Santa Maria (Cidade opcional), v. 38, n. 8, p , nov Disponível em: < Acesso em: 25 nov doi: /S Resumos: RIZZARDI, M.A.; MILGIORANÇA, M.E. Avaliação de cultivares do ensaio nacional de girassol, Passo Fundo, RS, 1991/92. In: JORNADA DE PESQUISA DA UFSM, 1., 1992, Santa Maria, RS. Anais... Santa Maria : Pró-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa, V p. p Tese, dissertação: COSTA, J.M.B. Estudo comparativo de algumas caracterísitcas digestivas entre bovinos (Charolês) e bubalinos (Jafarabad) f. Monografia/Dissertação/Tese (Especialização/ Mestrado/Doutorado em Zootecnia) - Curso de Pós-graduação em Zootecnia, Universidade Federal de Santa Maria Boletim: ROGIK, F.A. Indústria da lactose. São Paulo : Departamento de Produção Animal, p. (Boletim Técnico, 20) Informação verbal: Identificada no próprio texto logo após a informação, através da expressão entre parênteses. Exemplo:... são achados descritos por Vieira ( Informe verbal). Ao final do texto, antes das Referências Bibliográficas, citar o endereço completo do autor (incluir ), e/ou local, evento, data e tipo de apresentação na qual foi emitida a informação Documentos eletrônicos: MATERA, J.M. Afecções cirúrgicas da coluna vertebral: análise sobre as possibilidades do tratamento cirúrgico. São Paulo : Departamento de Cirurgia, FMVZ-USP, CD. GRIFON, D.M. Artroscopic diagnosis of elbow displasia. In: WORLD SMALL ANIMAL VETERINARY CONGRESS, 31., 2006, Prague, Czech Republic.Proceedings Prague: WSAVA, p Acessado em 12 fev Online. Disponível em: UFRGS. Transgênicos. Zero Hora Digital, Porto Alegre, 23 mar Especiais. Acessado em 23 mar Online. Disponível em: ONGPHIPHADHANAKUL, B. Prevention of postmenopausal bone loss by low and conventional doses of calcitriol or conjugated equine estrogen.maturitas, (Ireland), v.34, n.2, p , Feb 15, Obtido via base de dados MEDLINE Acessado em 23 mar Online. Disponível em: Medscape.com/server-java/MedlineSearchForm

44 34 MARCHIONATTI, A.; PIPPI, N.L. Análise comparativa entre duas técnicas de recuperação de úlcera de córnea não infectada em nível de estroma médio. In: SEMINARIO LATINOAMERICANO DE CIRURGIA VETERINÁRIA, 3., 1997, Corrientes, Argentina. Anais... Corrientes : Facultad de Ciencias Veterinarias - UNNE, Disquete. 1 disquete de 31/2. Para uso em PC. 10. Desenhos, gráficos e fotografias serão denominados figuras e terão o número de ordem em algarismos arábicos. A revista não usa a denominação quadro. As figuras devem ser disponibilizadas individualmente por página. Os desenhos figuras e gráficos (com largura de no máximo 16cm) devem ser feitos em editor gráfico sempre em qualidade máxima com pelo menos 300 dpi em extensão.tiff. As tabelas devem conter a palavra tabela, seguida do número de ordem em algarismo arábico e não devem exceder uma lauda. 11. Os conceitos e afirmações contidos nos artigos serão de inteira responsabilidade do(s) autor(es). 12. Será obrigatório o cadastro de todos autores nos metadados de submissão. O artigo não tramitará enquanto o referido item não for atendido. Excepcionalmente, mediante consulta prévia para a Comissão Editorial outro expediente poderá ser utilizado. 13. Lista de verificação (Checklist.doc,.pdf). 14. Os artigos serão publicados em ordem de aprovação. 15. Os artigos não aprovados serão arquivados havendo, no entanto, o encaminhamento de uma justificativa pelo indeferimento. 16. Em caso de dúvida, consultar artigos de fascículos já publicados antes de dirigir-se à Comissão Editorial.

45 Potencial evocado auditivo de tronco encefálico em equinos Brainstem auditory evoked potential in horses Juliana Almeida Nogueira da Gama I Mariana Isa Poci Palumbo III Giovane Olivo I Nadia Crosignani Outeda I Luiz Antônio de Lima Resende II Alexandre Secorun Borges I* 7 8 RESUMO O Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (BAEP-Brainstem Auditory Evoked Potential) avalia a integridade das vias auditivas até o tronco encefálico.o objetivo da pesquisa foi padronizar o uso do BAEP em 21 equinos sem aparente anormalidade auditiva. Para isso, foram. Os animais foram sedados com cloridrato de detomidina (0,013 mg/kg de PV). Foram utilizados cliques de rarefação a 90 db e um ruído de mascaramento de 40 db. Foram identificadas as latências das ondas I, II, III, IV e V e dos interpicos I-III, III-V e I-V. As médias das latências das ondas foram, onda I 2,4 ms; onda II 2,74 ms; onda III 3,61 ms; onda IV 4,61 ms e onda V 5,49 ms. As médias das latências dos interpicos foram I-III 1,37 ms; III-V 1,88 ms e I-V 3,26 ms. Este é o primeiro estudo utilizando o BAEP em equinos no Brasil e as latências observadas serão utilizadas como dados normativos para interpretação de exames de cavalos com anormalidades auditivas ou neurológicas. 20 Palavras-chave: amplitude, cavalos, interpicos, latência, surdez. 21 ABSTRACT The brainstem auditory evoked potential (BAEP-Brainstem Auditory Evoked Potential) evaluates the integrity of the auditory pathways to the brain stem. The aim of this study was to I Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Rubião Júnior s/n, , Botucatu, SP, Brasil. asborges@fmvz.unesp.br. *Autor para correspondência. II Departamento de Neurologia, Psicologia e Psiquiatria, Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB), Botucatu, SP, Brasil. III Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), Campo Grande, MS, Brasil.

46 perform BAEP in 21 horses clinically normal horses were selected. The animals were sedated with detomidine hydrochloride (0, 013 mg / kg BW). Rarefaction clicks at 90 db, and a noise masking of 40 db, one at a time stimulated ear were used. After performing the test waves I, II, III, IV and V and interpeak I-III, III-V and IV were identified. The mean latencies of the waves were, wave I 2.4 ms; wave II 2.74 ms; wave III 3.61 ms; wave IV 4.61 ms and V 5.49 ms. The mean latencies of interpeaks were I-III 1.37 ms; III-V 1.88 ms and I-V 3.26 ms. This is the first study using the BAEP in horses in Brazil and latencies will be used as normative data for interpretation of tests performed in horses with changes with auditory or neurologic abnormalities. 10 Keywords: horses, interpeaks, latency, waves INTRODUÇÃO A audição é um dos principais meios para interação com o meio ambiente, sendo importante para a sobrevivência e possibilitando a percepção de outros animais e de possíveis predadores (Strain e Myers, 2006). O potencial evocado auditivo de tronco encefálico (BAEP-Brainstem Auditory Evoked Potential) é um teste objetivo que avalia a integridade da via auditiva. A interpretação dos resultados auxilia o médico veterinário no diagnóstico de surdez e no estabelecimento da gravidade da lesão na via auditiva (MAYHEW E WASHBOURNE, 1990; STRAIN, 1996). Quando o exame é realizado em um animal normal podem ser encontrados até sete picos em formato de onda. Os cinco primeiros picos são os mais importantes para a informação clínica, e os picos I, III e V os mais fáceis de serem identificados em intensidades de 70 a 90 db (MAYHEW E WASHBOURNE, 1992). Cada onda corresponde a uma região específica da neuroanatomia da via auditiva. As ondas I, II, III, IV e V são provenientes do VIII par de nervo craniano ipsilateral, núcleo coclear, ponte, lemnisco lateral e colículo caudal do mesencéfalo. As ondas VI e VII são

47 geradas no corpo geniculado medial do tálamo e nas radiações auditivas. Essas duas últimas ondas nem sempre estão presente nos equinos (MAYHEW E WASHBOURNE, 1997). O uso do BAEP para avaliar a função auditiva dos cavalos é estudada desde 1980 (MARSHALL, 1981, 1985). Além de equinos (ROLF et al., 1987; MAYHEW E WASHBOURNE, 1997; MAYHEW, 2003; WILSON et al., 2011) esses estudos também já foram realizados em humanos adulto e criança (JIANG et al., 1991), cães (HOLLIDAY E TE SELLE, 1985, KAWASAKI E INADA, 1994; UZUKA et al., 1998; MURRELL et al., 2005; WILSON E MILLS, 2005; PALUMBO et al., 2012) e bovinos (ARAI, 2008). O objetivo deste trabalho foi padronizar o BAEP em equinos hígidos e caracterizar as latências das ondas geradas em uma determinada intensidade de apresentação do estímulo acústico em 21 equinos adultos MATERIAL E MÉTODOS Para a realização dos exames de potencial evocado auditivo em equinos, foram utilizados 21 animais, 13 machos e oito fêmeas, com idades entre 2 a 12 anos. A pesquisa foi realizada no Laboratório de Eletroneurodiagnóstico do Departamento de Clínica Veterinária, FMVZ, UNESP Botucatu, e teve início após aprovação pelo Comitê de Ética (protocolo: 201/2012). Como critério de seleção dos animais, foi realizada otoscopia para certificar-se de que o conduto auditivo e pavilhão interno apresentavam-se íntegros, sem qualquer alteração que pudesse interferir no resultado do exame. Foi realizado jejum sólido de 12 horas antes do procedimento. Os animais foram sedados com cloridrato de detomidina, (0,013 mg/kg de PV) por via intravenosa. O exame teve início 10 minutos após a sedação. Eletrodos de agulha foram inseridos no subcutâneo em cada base da orelha (O1 e O2- eletrodos ativos), na região frontal (Fpz - eletrodo de refêrencia) e sobre o vértice da cabeça (Cz - eletrodo terra) (fig., 1). Foram utilizados filtros

48 com banda passante de 200 a Hz, sensibilidade de 2,5 µv/cm e varredura de 1 ms/cm. Foram utilizados fones de inserção para a emissão dos estímulos sonoros. Foram utilizados cliques de rarefação de com 2 ms de duração e intensidade de 90 db na orelha testada e na orelha contralateral, um ruído de mascaramento com intensidade de 40 db. Em cada lado, foram obtidas pelo menos duas séries de 500 promediações utilizando-se equipamento Viasys Healthcare, modelo Teca Synergy de 2 canais. Em cada teste foram medidas as latências absolutas em milissegundos das ondas I, III e V, bem como os intervalos I-III, III-V e I-V para cada lado. A obtenção dos valores permitiu calcular e interpretar as médias e os desvios padrões das variáveis. Foram comparados (teste T pareado) os valores obtidos dos lados direito e esquerdo e entre machos e fêmeas RESULTADOS A figura 2 ilustra o potencial evocado auditivo obtido de um equino adulto. A tabela 1 representa os valores das médias, mínimo e máximo e desvios padrões das ondas I, II, III, IV e V e interpicos I-III, IIII-V e I-V de 21 animais em uma intensidade de 90 db. Não houve diferença estatística quando foram comparados os valores de latência obtidos do lado esquerdo e direito dos animais. Com exceção da onda III (P=0,0082), as demais ondas e os interpicos não apresentaram diferença estatística significativa (P 0,05) quando os valores obtidos para machos e fêmeas foram comparados DISCUSSÃO Apesar de não ter sido observado relatos do uso do BAEP em equinos no Brasil, o exame tem sido utilizado para diferentes finalidades em outros países. Em 2008, ALEMAN et al. (2008) utilizaram o BAEP para diagnóstico de surdez em cavalos com osteoartropatia do tempohioídea (THO). ALEMAN et al. (2014a) identificaram deficiência auditiva em 57 equinos, após realizarem o BAEP em 76 animais. As causas mais comuns de alteração do

49 BAEP foram THO, surdez neurossensorial congênita em cavalos Paint Horse, doença cerebral multifocal e otite média/ interna. HARLAND et al. (2006) também descreveram o uso do BAEP para o diagnóstico de surdez em um equino da raça Paint Horse com área de despigmentação na face e coloração azul da íris. ALEMAN et al. (2014b) associaram alterações nos potenciais de potros com doenças como sepse, encefalopatia neonatal, isoeritrólise neonatal e prematuridade. Os resultados obtidos no presente estudo serão utilizados como referência para comparar com as latências obtidas de equinos com diferentes alterações nas vias auditivas. Os valores das latências obtidos no presente estudo foram semelhantes aos obtidos por ALEMAN et al. (2014 a) tais como a onda I 2,12 (0,06); III 3,61 (0,17); V 5,36 (0,16), dos interpicos I-III 1,40 (0,15); III-V 1,74 (0,15) e I-V 3,14 (0,12). A onda I no BAEP realizado em equinos demorou 1,0 ms a mais para percorrer as estrutura do fone de ouvido e chegar na orelha do animal quando comparados com resultados de outros autores (MAYHEW & WASHBOURNE, 1990, 1992, 1997; MAYHEW, 2003). Essa possível diferença pode ser justificada pelo atraso não qualificado no fone de ouvido em comparação ao uso do fone de ouvido externo (MAYHEW & WASHBOURNE, 1992). Existem fatores que podem influenciar a variação dos resultados do BAEP, como os descritos por Wilson & Mills (2005). Esses autores descrevem a idade, o sexo, raça, e o tamanho da cabeça entre as espécies. Quanto maior a cabeça do animal maior o tempo necessário para se obter uma resposta ao estímulo gerado. A raça não foi um critério utilizado para a seleção dos animais, por isso não foi investigada. No presente estudo, quando foram comparadas as latências de machos e fêmeas, apenas a onda III foi estatisticamente maior em machos. Como não houve diferença estatística para as outras latências, este aumento pode não ter influência clínica.

50 WILSON et al. (2011) descrevem a utilização do BAEP para o diagnóstico de surdez em equinos idosos. No seu estudo foram utilizados nove cavalos, sendo cinco jovens e quatro idosos. Estímulos com intensidades de 90 a 20 db foram utilizados. Quando comparado os 2 grupos, o grupo de animais mais velhos apresentou piores limiares auditivos e amplitude para a onda V em uma intensidade de estímulo a 90 db. No presente estudo, foram selecionados animais com idades entre 2 e 12 anos, para que a idade não interferisse nas latências obtidas e a variação na intensidade deo estímulo não foi realizada. Existem alguns fármacos como os aminoglicosídeos (CROWELL, 1981; NOSTRANDT, 1991) que podem apresentar efeito tóxico, afetando as células ciliadas da cóclea, alterando os resultados do BAEP. Neste estudo, apesar do histórico dos animais sobre e uso de medicações prévias não ser conhecido, nenhum dos 21 equinos testados apresentou qualquer alteração no traçado, descartando a possibilidade de qualquer alteração na via auditiva. Alguns anestésicos podem alterar a latência e amplitude das ondas (Wilson e Mills, 2005), porém, eles podem ser usados para facilitar a captação e interpretação dos resultados (POMIANOWSKI E ADAMIAK, 2010). A detomidina foi utilizada para registro do BAEP em equinos por outros autores, sem interferir nos resultados obtidos (MAYHEW E WASHBOURNE, 1990; HARLAND et al., 2006; MAYHEW E WASBOURNE,1992; MAYHEW E WASHBOURNE,1997; WILSON et al., 2011). Como os equinos ficam agitados com a manipulação das orelhas e com o posicionamento dos fones intra-auriculares, a sedação permitiu o registro de potenciais com menor interferência e estresse para os animais CONCLUSÃO

51 De acordo com a revisão de literatura realizada, este é o primeiro estudo de normatização da técnica para equinos desenvolvido no Brasil, sendo de grande importância no diagnóstico de alterações auditivas que não são identificadas clinicamente. A partir dos resultados obtidos e nas condições em que o experimento foi realizado, foi possível concluir que o BAEP é um exame útil e seguro para avaliação da atividade elétrica da via auditiva de equinos. O baixo valor do desvio padrão das ondas associado à alta repetibilidade do exame mostra a confiabilidade nos resultados obtidos AGRADECIMENTO Os autores agradecem o apoio fornecido pela Fapesp na forma de auxílio (Processo 2010/ ) REFERÊNCIAS ALEMAN, M. et al. Brainstem Auditory-Evoked Responses in Horses with Temporohyoid Osteoarthropathy. Journal of Veterinary Internal Medicine, v.22, p , ALEMAN, M. et al. Brainstem Auditory Evoked Responses in an Equine Patient Population: Part I Adult Horses. Journal of Veterinary Internal Medicine, v.28, n.13, p , 2014a ALEMAN, M. et al. Brainstem Auditory Evoked Responses in an Equine Patient Population. Part II: Foals. Journal of Veterinary Internal Medicine, v.28, n.13, p , 2014b ARAI, S. Brainstem auditory evoked potentials in cattle sedated with xylazine. The Canadian Journal of Veterinary Research, v.72, p , 2008.

52 CROWELL, W. A. et al. Neomycin Toxicosis in Calves American Journal of Veterinary Research, v.42. n.1, p.29-34, HARLAND, M. et al. Diagnosis of deafness in a horse by brainstem auditory evoked potential. Canadian Veterinary Journal, v.47, p , HEFFNER, H. E.; HEFFNER, R. S. The hearing ability of horses. Equine Practice, v.5, n.3, p.27-32, HOLLIDAY, T. A.; TE SELLE, M. E. Brain stem auditory-evoked potentials of dogs: wave forms and effects of recording electrode positions. American Journal of Veterinary Research, v.46, p , JIANG, Z. D. et al. Brainstem auditory evoked responses from birth to adulthood: Normative data of latency and interval. Hearing Research, v.54, p.67-74, KAWASAKI, Y.; INADA, S. Peaks of brainstem auditory evoked potentials in dogs. Veterinary Research Communications, v.18, p , MARSHALL, A. E. Brain stem auditory evoked response in the non-anesthetized horse and pony. American Journal of Veterinary Research, v.46, p , MARSHALL, A. et al. Brainstem auditory evoked response in the diagnosis of inner ear injury in the horse. Journal of the American Veterinary Medical Association, v.178, p , MAYHEW, I. G.; WASHBOURNE, J. R. A method of assessing auditory and brainstem function in horses. British Veterinary Journal, v.146, p , 1990.

53 MAYHEW, I. G.; WASHBOURNE, J. R. Short latency auditory evoked potentials recorded from non-anaesthetized thoroughbred horses. British Veterinary Journal, v.148, p , MAYHEW, I. G.; WASHBOURNE, J. R. Brainstem auditory evoked potentials in horses and ponies. The Veterinary Journal, v.153, p , MAYHEW, I. G. The clinical utility of brainstem auditory evoked response testing in horses. Equine Veterinary Education, v.15, p.31 33, MURRELL, J. C.; HELLEBREKERS, L. J. Investigation of changes in the middle latency auditory evoked potential during anesthesia with sevoflurane in dogs. American Journal of Veterinary Research, v.66, n.7, p , NOSTRANDT, A. C. et al. Ototoxic potential of gentamicin in ponies. American Journal of Veterinary Research, v. 52. n. 3, , PALUMBO, M. I. P. et al. Potencial evocado auditivo para diagnóstico de surdez bilateral em dois cães. Ciência. Rural, v.42, n.3, p , POMIANOWSKI, A.; ADAMIAK, Z. Bone-conducted brainstem auditory evoked response in a dog with total bilateral ear canal ablation: a case report. Veterinarni Medicina, v.55, p.39 41, ROLF, S. L. et al. Auditory brain stem response testing in anesthetized horses. American Journal of Veterinary Research, v.48, p , STRAIN, G. M. Aetiology prevalence and diagnosis of deafness in dogs and cats.. British Veterinary Journal, v.152, p.17-36, 1996.

54 STRAIN, G. M; MYERS, L. J. Audição e equilíbrio. In: REECE, W. Dukes Fisiologia dos Animais domésticos I. 12 ed. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, 2006, p UZUKA, Y. et al. Brainstem auditory evoked responses elicited by tone-burst stimuli in clinically normal dogs. Journal of Veterinary Internal Medicine. v.12, p.22-25, WILSON, W. J.; MILLS, P. C. Brainstem auditory-evoked response in dogs. American Journal of Veterinary Research, v.66, n.12, p , WILSON, W. J. et al. Use of BAER to identify loss of auditory function in older horses. Australian Veterinary Journal, v.89, n.3, p.73-76,

55 Figura 10. Posicionamento dos eletrodos para realização do BAEP. A) eletrodo terra, B) eletrodo de referência, C) e eletrodo ativo Figura 2. BAEP de um animal normal. A) Lado esquerdo. B) Lado direito. Note a identificação das ondas I, II, III, IV e V (divisão vertical: 1µV; divisão horizontal: 1 ms).

ANATOMIA FUNCIONAL DA ORELHA. (a nova nomenclatura substitui o termo ouvido por orelha)

ANATOMIA FUNCIONAL DA ORELHA. (a nova nomenclatura substitui o termo ouvido por orelha) ANATOMIA DA ORELHA ANATOMIA FUNCIONAL DA ORELHA (a nova nomenclatura substitui o termo ouvido por orelha) O aparelho auditivo humano e dos demais mamíferos é formado pela orelha externa, a orelha média

Leia mais

Sistema Sensorial. Biofísica da Audição

Sistema Sensorial. Biofísica da Audição Sistema Sensorial Biofísica da Audição Falar pelos cotovelos... Ouvir pelos joelhos... SENTIDO DA AUDIÇÃO - FINALIDADE Detectar predadores, presas e perigo Comunicação acústica intra - específica Som propagação

Leia mais

SENTIDO DA AUDIÇÃO. Detectar predadores, presas e perigo. Comunicação acústica intra e inter específica

SENTIDO DA AUDIÇÃO. Detectar predadores, presas e perigo. Comunicação acústica intra e inter específica SENTIDO DA AUDIÇÃO FINALIDADE Percepção do som Detectar predadores, presas e perigo Comunicação acústica intra e inter específica Sobrevivência Alytes muletensis Fêmeas só maturam seus óvulos na presença

Leia mais

Sistema Sensorial. Biofísica da Audição. Biofísica Vet FCAV/UNESP

Sistema Sensorial. Biofísica da Audição. Biofísica Vet FCAV/UNESP Sistema Sensorial Biofísica da Audição Biofísica Vet. 2019 - FCAV/UNESP Falar pelos cotovelos... Ouvir pelos joelhos... O que vamos estudar? Modelo ouvido humano / associação a animais Características

Leia mais

Sistemas coclear e vestibular

Sistemas coclear e vestibular Sistemas coclear e vestibular Desenvolvimento, Organização Anatômica. Vias e Conexões. Aspectos Funcionais e Aplicados Luiza da Silva Lopes FMRP-USP O sistema coclear, também chamado de sistema auditivo,

Leia mais

Neurofisiologia da Audição

Neurofisiologia da Audição Universidade de São Paulo Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Fisiologia Humana - RFM 0006 Neurofisiologia da Audição Willian Lazarini Lopes, MSc. Doutorando em Neurologia/Neurociências Laboratório

Leia mais

ÓRGÃO DA VISÃO. Constituição do Bulbo Ocular: Túnica Fibrosa: Túnica Vascular: Túnica nervosa: Túnica Nervosa. Túnica Vascular.

ÓRGÃO DA VISÃO. Constituição do Bulbo Ocular: Túnica Fibrosa: Túnica Vascular: Túnica nervosa: Túnica Nervosa. Túnica Vascular. ÓRGÃO DA VISÃO Constituição do Bulbo Ocular: Túnica Fibrosa: Túnica Vascular: Túnica nervosa: Túnica Nervosa Túnica Vascular Túnica Fibrosa ÓRGÃO DA VISÃO Constituição do Bulbo Ocular: Túnica Fibrosa:

Leia mais

Profa Silvia Mitiko Nishida Depto de Fisiologia FISIOLOGIA DA AUDIÇÃO

Profa Silvia Mitiko Nishida Depto de Fisiologia FISIOLOGIA DA AUDIÇÃO Profa Silvia Mitiko Nishida Depto de Fisiologia FISIOLOGIA DA AUDIÇÃO FISIOLOGIA DA AUDIÇAO Porém não me foi possível dizer às pessoas: Falem mais alto, gritem, porque sou surdo...ai de mim! Como poderia

Leia mais

Sistema Auditivo Humano

Sistema Auditivo Humano Sistema Auditivo Humano Tecnologias de Reabilitação Aplicações de Processamento de Sinal Constituição do Ouvido Humano JPT 2 1 Constituição do Ouvido Humano JPT 3 Constituição do Ouvido Humano O ouvido

Leia mais

Receptores. Estímulo SNC. Células ciliadas da cóclea CODIFICAÇÃO TRANSDUÇÃO NVIII

Receptores. Estímulo SNC. Células ciliadas da cóclea CODIFICAÇÃO TRANSDUÇÃO NVIII SISTEMA AUDITIVO Estímulo Receptores NVIII SNC Som Células ciliadas da cóclea CODIFICAÇÃO TRANSDUÇÃO Fisiologia Básica, R. Curi, J. Procópio Som Ondas Sonoras Ondas Sonoras Espectro Audível 20-20.000 Hz

Leia mais

ÓRGÃOS DOS SENTIDOS. Prof. MSc. Cristiano Rosa de Moura Médico Veterinário

ÓRGÃOS DOS SENTIDOS. Prof. MSc. Cristiano Rosa de Moura Médico Veterinário UNIÃO EDUCACIONAL DO PLANALTO CENTRAL FACULDADES INTEGRADAS DA UNIÃO EDUCACIONAL DO PLANALTO CENTRAL Curso de Medicina Veterinária Disciplina de Anatomia Veterinária I ÓRGÃOS DOS SENTIDOS Médico Veterinário

Leia mais

O ser Humano e o Ecossistema

O ser Humano e o Ecossistema SISTEMA SENSORIAL O ser Humano e o Ecossistema Assistir a prática esportiva Ouvir o canto de um pássaro Sentir o vento no rosto Sabor de uma fruta gostosa Sentir o perfume de uma flor Isso ocorre graças

Leia mais

29/05/14. Anatomo-fisiologia da audição. Revisão. Orelha externa. Orelha externa. Pavilhão. Pavilhão

29/05/14. Anatomo-fisiologia da audição. Revisão. Orelha externa. Orelha externa. Pavilhão. Pavilhão Anatomo-fisiologia da audição Pavilhão Pavilhão Concentração da energia sonora na entrada do conduto Localização de fontes sonoras no eixo sagital- mediano Ressonância Ressonância da orelha externa Ressonância

Leia mais

Renata Valadão Bittar ANATOMIA E FISIOLOGIA DO EQUILÍBRIO

Renata Valadão Bittar ANATOMIA E FISIOLOGIA DO EQUILÍBRIO Equilíbrio é a complexa função sensório-motora. Renata Valadão Bittar Equilíbrio = VISÃO + PROPRIOCEPÇÃO modulada pelo CEREBELO. A visão dá a referência espacial ao indivíduo. A propriocepção é composta

Leia mais

06/01/2011. Audição no útero materno. Os primeiros sons que você já escutou. Pedro de Lemos Menezes. Anatomo-fisiologia da audição.

06/01/2011. Audição no útero materno. Os primeiros sons que você já escutou. Pedro de Lemos Menezes. Anatomo-fisiologia da audição. Audição no útero materno Os primeiros sons que você já escutou Pedro de Lemos Menezes Anatomo-fisiologia da audição Orelha externa Pavilhão Orelha externa Orelha externa Pavilhão Ressonância Concentração

Leia mais

FISIOLOGIA DO LABIRINTO POSTERIOR (APARELHO VESTIBULAR)

FISIOLOGIA DO LABIRINTO POSTERIOR (APARELHO VESTIBULAR) FISIOLOGIA DO LABIRINTO POSTERIOR (APARELHO VESTIBULAR) INTRODUÇÃO Controle da Postura e Equilíbrio Estabilização da imagem Orientação Espacial/Gravitacional Filogênese do aparelho vestibular/auditivo

Leia mais

Fisiologia. Vias aferentes. Sistema Nervoso

Fisiologia. Vias aferentes. Sistema Nervoso Fisiologia 2 Sistema Nervoso Vias aferentes Os sistemas sensoriais Os sistemas sensoriais compõem parte das vias aferentes do sistema nervoso periférico e podem ser classificados em três funções principais:

Leia mais

Sistema Vestibular Equilíbrio (movimento e posição)

Sistema Vestibular Equilíbrio (movimento e posição) Sistema Vestibular Equilíbrio (movimento e posição) Qual a relevância do tema no curso de Medicina? Principais sinais e sintomas decorrentes de alterações do sistema vestibular. Tontura Desequilíbrio Nistagmo

Leia mais

SISTEMA NERVOSO SENSORIAL AUDIÇÃO & EQUILÍBRIO

SISTEMA NERVOSO SENSORIAL AUDIÇÃO & EQUILÍBRIO SISTEMA NERVOSO SENSORIAL AUDIÇÃO & EQUILÍBRIO Audição e Equilíbrio Embora esses dois sistemas tenham funções muito diferentes eles apresentam estruturas e mecanismos de estimulação muito semelhantes.

Leia mais

Universidade de São Paulo Instituto de Física de São Carlos - IFSC. FFI0210 Acústica Física. Sistema auditivo. Prof. Dr.

Universidade de São Paulo Instituto de Física de São Carlos - IFSC. FFI0210 Acústica Física. Sistema auditivo. Prof. Dr. Universidade de São Paulo Instituto de Física de São Carlos - IFSC FFI0210 Acústica Física Sistema auditivo Prof. Dr. José Pedro Donoso Agradescimentos Os docentes da disciplina gostariam de expressar

Leia mais

TRONCO ENCEFÁLICO 25/05/2010

TRONCO ENCEFÁLICO 25/05/2010 TRONCO ENCEFÁLICO Localização: entre diencéfalo e medula, ventralmente ao cerebelo Constituição: Substância cinzenta (núcleos) Substância branca (tratos, fascículos e lemniscos) Formação reticular Divisão:

Leia mais

O que ele faz? Responsável pela captação de odores. Qual órgão é responsável pelo olfato? O nariz.

O que ele faz? Responsável pela captação de odores. Qual órgão é responsável pelo olfato? O nariz. O que ele faz? Responsável pela captação de odores. Qual órgão é responsável pelo olfato? O nariz. Como ele faz? Células quimiorreceptoras do epitélio olfatório; As moléculas de odor são dissolvidas no

Leia mais

Módulo interação com o Ambiente - Sentidos I Sentidos especiais: olfato, gustação e audição

Módulo interação com o Ambiente - Sentidos I Sentidos especiais: olfato, gustação e audição ACH 4106 - Biologia do Corpo Humano Módulo interação com o Ambiente - Sentidos I Sentidos especiais: olfato, gustação e audição Profa Dra Patricia Targon Campana 2016 Olfato e gosto Olfato: sentido com

Leia mais

AUDIÇÃO SISTEMA NERVOSO SENSORIAL. O valor da comunicação verbal faz com que a audição, em alguns momentos, seja ainda mais importante que a visão.

AUDIÇÃO SISTEMA NERVOSO SENSORIAL. O valor da comunicação verbal faz com que a audição, em alguns momentos, seja ainda mais importante que a visão. SISTEMA NERVOSO SENSORIAL Sunol Alvar O valor da comunicação verbal faz com que a audição, em alguns momentos, seja ainda mais importante que a visão. 1 CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS

Leia mais

O Ouvido Humano e a Audição

O Ouvido Humano e a Audição 36 Capítulo 4 O Ouvido Humano e a Audição Neste capítulo faremos um estudo sobre o ouvido humano, a fisiologia da audição e a sensibilidade do nosso sistema auditivo. 1. Conceitos básicos sobre a anatomia

Leia mais

Engenharia Biomédica - UFABC

Engenharia Biomédica - UFABC Engenharia de Reabilitação e Biofeedback Deficiência Auditiva Professor: Pai Chi Nan 1 2 1 Ouvido externo Orelha Canal auditivo externo Função Coleta de sons 3 Ouvido médio Tímpano Ossículos Martelo Bigorna

Leia mais

06/01/2011. Desenvolvendo equipamentos para a avaliação eletrofisiológica. Introdução. Introdução. Potenciais evocados. Avaliação do PEA e do VEMP

06/01/2011. Desenvolvendo equipamentos para a avaliação eletrofisiológica. Introdução. Introdução. Potenciais evocados. Avaliação do PEA e do VEMP Desenvolvendo equipamentos para a avaliação eletrofisiológica Introdução Potenciais evocados auditivos (PEA) e Miogênicos vestibulares (VEMP) Método objetivo considerado eficiente na observação da integridade

Leia mais

OS MARCOS DO DESENVOLVIMENTO DA COMUNICAÇÃO NAS CRIANÇAS

OS MARCOS DO DESENVOLVIMENTO DA COMUNICAÇÃO NAS CRIANÇAS Compartilhe conhecimento: Em mais uma análise de nossa colaboradora, Dra Milene Bissoli, especialista em otorrinolaringologia, conheça em detalhes os sete testes objetivos e subjetivos de avaliação auditiva

Leia mais

6/18/2015 ANATOMIA DO OLHO ANATOMIA DO OLHO CÓRNEA CRISTALINO RETINA EPITÉLIO PIGMENTAR NERVO ÓPTICO

6/18/2015 ANATOMIA DO OLHO ANATOMIA DO OLHO CÓRNEA CRISTALINO RETINA EPITÉLIO PIGMENTAR NERVO ÓPTICO ANATOMIA DO OLHO CÓRNEA CRISTALINO RETINA EPITÉLIO PIGMENTAR NERVO ÓPTICO CÂMARA ANTERIOR IRIS CORPO CILIAR ANATOMIA DO OLHO CÓRNEA CRISTALINO RETINA EPITÉLIO PIGMENTAR NERVO ÓPTICO CÂMARA ANTERIOR IRIS

Leia mais

07/03/2018. Tronco Encefálico. M.Sc. Profª Viviane Marques. Profª Viviane Marques. Profª Viviane Marques. Telencéfalo. Diencéfalo

07/03/2018. Tronco Encefálico. M.Sc. Profª Viviane Marques. Profª Viviane Marques. Profª Viviane Marques. Telencéfalo. Diencéfalo Tronco Encefálico M.Sc. Telencéfalo Diencéfalo M P B 1 O Tronco Encefálico limita-se superiormente com o diencéfalo e inferiormente com a medula. M P B Na constituição do T.E. estão corpos de neurônios,

Leia mais

Audição. Profa. Dra. Eliane Comoli Departamento de Fisiologia da FMRP

Audição. Profa. Dra. Eliane Comoli Departamento de Fisiologia da FMRP Audição Profa. Dra. Eliane Comoli Departamento de Fisiologia da FMRP ROTEIRO DE AULA TEÓRICA: AUDIÇÃO 1. O que é o som? Características da onda sonora: a. Comprimento da onda; b. Velocidade da onda e c.

Leia mais

OS ÓRGÃOS DOS SENTIDOS

OS ÓRGÃOS DOS SENTIDOS OS SENTIDOS OS ÓRGÃOS DOS SENTIDOS As terminações sensitivas do sistema nervoso periférico são encontradas nos órgãos dos sentidos: pele, ouvido, olhos, língua e fossas nasais. IMPORTÂNCIA DOS SENTIDOS

Leia mais

Estudo normativo e avaliação da influência da idade no potencial evocado auditivo em cães sem raça definida

Estudo normativo e avaliação da influência da idade no potencial evocado auditivo em cães sem raça definida Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.65, n.3, p.631-636, 2013 Estudo normativo e avaliação da influência da idade no potencial evocado auditivo em cães sem raça definida [Normative study and evaluation of age

Leia mais

SISTEMA SENSORIAL TATO, VISÃO, AUDIÇÃO, PALADAR E OLFATO

SISTEMA SENSORIAL TATO, VISÃO, AUDIÇÃO, PALADAR E OLFATO SISTEMA SENSORIAL TATO, VISÃO, AUDIÇÃO, PALADAR E OLFATO TATO Pele (ou cútis): órgão de revestimento externo do corpo o maior órgão do corpo humano e o mais pesado responsável pela proteção do organismo

Leia mais

ÓRGÃOS DOS SENTIDOS (2)

ÓRGÃOS DOS SENTIDOS (2) Disciplina: Biologia Série: 6ª série - 1º TRIM Professora: Ivone Azevedo da Fonseca Assunto: Órgãos dos sentidos (2) ÓRGÃOS DOS SENTIDOS (2) A Audição O ouvido é o órgão coletor dos estímulos externos,

Leia mais

Sistema Vestíbulo-Coclear. Matheus Lordelo Camila Paula Graduandos em Medicina pela EBMSP

Sistema Vestíbulo-Coclear. Matheus Lordelo Camila Paula Graduandos em Medicina pela EBMSP Sistema Vestíbulo-Coclear Matheus Lordelo Camila Paula Graduandos em Medicina pela EBMSP Salvador BA 27 de março de 2012 Componentes Orelha Externa Pavilhão Auditivo Meato Acústico Externo até a membrana

Leia mais

BIOFÍSICA DA VISÃO E DA AUDIÇÃO

BIOFÍSICA DA VISÃO E DA AUDIÇÃO Universidade Estadual de Santa Cruz Departamento de Ciência Biológicas Matéria Biofísica BIOFÍSICA DA VISÃO E DA AUDIÇÃO -Bianca Mendes Maciel - Objetivo da aula Compreender os fenômenos biofísicos necessários

Leia mais

Órgãos dos Sentidos. Profª Fernanda Jacobus de Moraes

Órgãos dos Sentidos. Profª Fernanda Jacobus de Moraes Órgãos dos Sentidos Profª Fernanda Jacobus de Moraes Introdução Sentidos: Meio pelo qual o corpo recebe a informação do ambiente: Externo: exterocepção -> detectam estímulos próximos a superfície externa

Leia mais

VIII Curso de Anatomia e Dissecção do Osso Temporal. Programação 16/10/2013 QUARTA FEIRA

VIII Curso de Anatomia e Dissecção do Osso Temporal. Programação 16/10/2013 QUARTA FEIRA 16/10/2013 QUARTA FEIRA ANFITEATRO DO COMPLEXO HOSPITALAR EDMUNDO VASCONCELOS 07:45 8:00 hs Recepção dos Participantes / Entrega de Material Dr Aldo Stamm 8:15 8:45 hs 9:00 9:20 hs 9:20 12:00 hs Aula Teórica

Leia mais

Thanis G. B. Q. Bifaroni

Thanis G. B. Q. Bifaroni Libras Thanis G. B. Q. Bifaroni thanisbifaroni@hotmail.com Surdez conceito, causas e classificações A surdez é uma deficiência que fisicamente não é visível, e atinge uma pequena parte da anatomia do indivíduo.

Leia mais

NERVOS CRANIANOS. Prof. João M. Bernardes

NERVOS CRANIANOS. Prof. João M. Bernardes NERVOS CRANIANOS Prof. João M. Bernardes Doze pares de nervos se originam no cérebro, eles são denominados nervos cranianos; A maioria dos nervos cranianos são mistos, compostos por fibras sensitivas e

Leia mais

Ouvir é bom? Fga Cristina Simonek Mestre em Ciências UNIFESP Doutor em Fonoaudiologia

Ouvir é bom? Fga Cristina Simonek Mestre em Ciências UNIFESP Doutor em Fonoaudiologia Ouvir é bom? Fga Cristina Simonek Mestre em Ciências UNIFESP Doutor em Fonoaudiologia Como será que ele ouve? Será que ele percebe os parâmetros do som? Frequência, intensidade e duração de forma adequada?

Leia mais

Temas: A Voz e o Ouvido Humanos

Temas: A Voz e o Ouvido Humanos Biofísica Aulas Teóricas (20 de Maio de 2010) Temas: A Voz e o Ouvido Humanos A voz humana Definição No seu sentido mais restrito a voz corresponde aos sons produzidos pela vibração das cordas vocais.

Leia mais

Audição. Audição. Audição e equilíbrio. Capta e direcciona as ondas sonoras para o canal auditivo externo.

Audição. Audição. Audição e equilíbrio. Capta e direcciona as ondas sonoras para o canal auditivo externo. Sistema auditivo Audição Audição Audição e equilíbrio Capta e direcciona as ondas sonoras para o canal auditivo externo. Possui glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas apócrinas modificadas glândulas

Leia mais

INVESTIGAR AS EMISSÕES OTOACÚSTICAS PRODUTO DE DISTORÇÃO EM TRABALHADORES DE UMA MADEREIRA DO INTERIOR DO PARANÁ

INVESTIGAR AS EMISSÕES OTOACÚSTICAS PRODUTO DE DISTORÇÃO EM TRABALHADORES DE UMA MADEREIRA DO INTERIOR DO PARANÁ INVESTIGAR AS EMISSÕES OTOACÚSTICAS PRODUTO DE DISTORÇÃO EM TRABALHADORES DE UMA MADEREIRA DO INTERIOR DO PARANÁ Jéssica Padilha Santos (PIBIC/CNPq-UNICENTRO - ESCOLHER PROGRAMA), Juliana De Conto(Orientador),

Leia mais

Sistema sensorial. Sistema motor

Sistema sensorial. Sistema motor Estímulos ambientais Sistema sensorial Sistema nervoso Resposta Sistema motor Divisão funcional do Sistema Nervoso Sensorial CATEGORIA ORIGEM ORGANIZAÇÃO SENSIBILIDADE Geral (SOMESTESIA) Calor e Frio Dor

Leia mais

Percepção Auditiva. PTC2547 Princípios de Televisão Digital. Guido Stolfi 10 / EPUSP - Guido Stolfi 1 / 67

Percepção Auditiva. PTC2547 Princípios de Televisão Digital. Guido Stolfi 10 / EPUSP - Guido Stolfi 1 / 67 Percepção Auditiva PTC2547 Princípios de Televisão Digital Guido Stolfi 10 / 2015 EPUSP - Guido Stolfi 1 / 67 Som e Percepção Auditiva Fisiologia do Ouvido Humano Acústica Física Mascaramento Voz Humana

Leia mais

Tronco Encefálico. M.Sc. Profª Viviane Marques

Tronco Encefálico. M.Sc. Profª Viviane Marques Tronco Encefálico M.Sc. Profª Viviane Marques Coordenadora da Pós-graduação em Fonoaudiologia Hospitalar UVA Docente do mestrado de HIV/AIDS e Hepatites Virais UNIRIO Tutora da Residência Multiprofissional

Leia mais

Sistema Sensorial. Biofísica da Audição

Sistema Sensorial. Biofísica da Audição Sistema Sensorial Biofísica da Audição Falar pelos cotovelos... Ouvir pelos joelhos... SENTIDO DA AUDIÇÃO - FINALIDADE Detectar predadores, presas e perigo Comunicação acústica intra - específica Som propagação

Leia mais

1. O atributo que permite distinguir sons fortes de sons fracos chama-se: (A) Timbre. (B) Altura. (C) Intensidade.

1. O atributo que permite distinguir sons fortes de sons fracos chama-se: (A) Timbre. (B) Altura. (C) Intensidade. 1. O atributo que permite distinguir sons fortes de sons fracos chama-se: (A) Timbre. (B) Altura. (C) Intensidade. 2. Altura do som é o atributo que permite distinguir: (A) Sons puros de sons complexos.

Leia mais

ANATOMIA DO TRONCO ENCEFÁLICO

ANATOMIA DO TRONCO ENCEFÁLICO TRONCO ENCEFÁLICO ANATOMIA DO TRONCO ENCEFÁLICO Localizado entre a medula e o diencéfalo; Ventralmente ao cerebelo. Constituído por três estruturas: Bulbo (medula oblonga); Ponte; Mesencéfalo; O tronco

Leia mais

Nervos Cranianos 24/04/2018

Nervos Cranianos 24/04/2018 Nervos Cranianos M.Sc. Coordenadora da Pós-graduação em Fonoaudiologia Hospitalar UVA Os nervos cranianos são os nervos que são ligados ao encéfalo. A maior parte deles são ligados ao tronco encefálico,

Leia mais

Módulo: Neuroanatomofisiologia da Deglutição e da Comunicação Verbal Conteúdo: Tronco Encefálico

Módulo: Neuroanatomofisiologia da Deglutição e da Comunicação Verbal Conteúdo: Tronco Encefálico Módulo: Neuroanatomofisiologia da Deglutição e da Comunicação Verbal Conteúdo: Tronco Encefálico M.Sc. Prof.ª Viviane Marques Fonoaudióloga, Neurofisiologista e Mestre em Fonoaudiologia Coordenadora da

Leia mais

Potencial Evocado Auditivo de Estado Estável (ASSR) / Neuro-Audio. Fga. Mara Rosana Araújo

Potencial Evocado Auditivo de Estado Estável (ASSR) / Neuro-Audio. Fga. Mara Rosana Araújo Potencial Evocado Auditivo de Estado Estável (ASSR) / Neuro-Audio Fga. Mara Rosana Araújo mara@neurosoftbrasil.com.br Atividade bioelétrica provocada por uma estimulação auditiva. Os potenciais evocados

Leia mais

Nervos Cranianos. Prof. Gerardo Cristino. Nervios Craneanos - Anatomía y clínica - Pauwels, Akesson, Stewart

Nervos Cranianos. Prof. Gerardo Cristino.  Nervios Craneanos - Anatomía y clínica - Pauwels, Akesson, Stewart Nervos Cranianos Prof. Gerardo Cristino www.gerardocristino.com.br Classificação das fibras dos Nervos Cranianos AFERENTES Fibras aferentes somáticas Dor, temperatura, tato, pressão, propriocepção Fibras

Leia mais

Universidade de São Paulo Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Departamento de Tecnologia da Arquitetura

Universidade de São Paulo Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Departamento de Tecnologia da Arquitetura Universidade de São Paulo Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Departamento de Tecnologia da Arquitetura AUT 0278 - Desempenho Acústico, Arquitetura e Urbanismo Som Ranny L. X. N. Michalski e-mail: rannyxavier@gmail.com

Leia mais

Osteologia Introdução

Osteologia Introdução Universidade Federal do Acre Curso de Medicina Veterinária Osteologia Introdução Prof. Adj. Dr. Yuri Karaccas de Carvalho Anatomia Descritiva Animal I Objetivos da Aula Composição dos ossos Função dos

Leia mais

Sistemas Humanos. Sistema Nervoso

Sistemas Humanos. Sistema Nervoso Sistemas Humanos Prof. Leonardo F. Stahnke NEURÔNIOS: São células especializadas na condução de impulsos nervosos. Quanto a sua função podem ser classificados em: sensitivos, motores ou associativos. 1

Leia mais

BIOFÍSICA. Prof. Dr. Celso Xavier Cardoso

BIOFÍSICA. Prof. Dr. Celso Xavier Cardoso BIOFÍSICA Prof. Dr. Celso Xavier Cardoso BIOFÍSICA A ciência não orbita suas disciplinas de forma diferente, mas sim como um conjunto interdisciplinar: Física, Química e Biologia, por exemplo, trabalham

Leia mais

O Nosso Corpo Volume XXIV O Ouvido Parte 2

O Nosso Corpo Volume XXIV O Ouvido Parte 2 O Nosso Corpo Volume XXIV um Guia de O Portal Saúde Outubro de 2010 O Portal Saúde Rua Braancamp, 52-4º 1250-051 Lisboa Tel. 212476500 geral@oportalsaude.com Copyright O Portal Saúde, todos os direitos

Leia mais

- CAPÍTULO 9 - SISTEMA SENSORIAL

- CAPÍTULO 9 - SISTEMA SENSORIAL - CAPÍTULO 9 - SISTEMA SENSORIAL GABARITO 1. LETRA ESTRUTURA LETRA ESTRUTURA A córnea G humor aquoso B retina H nervo óptico C fóvea I coróide D íris J esclerótica E cristalino K corpo vítreo F ponto cego

Leia mais

Técnicas Adicionais de Estudo dos Nervos (Nervos que Raramente São Estudados)

Técnicas Adicionais de Estudo dos Nervos (Nervos que Raramente São Estudados) Técnicas Adicionais de Estudo dos Nervos (Nervos que Raramente São Estudados) Sergey Nickolaev www.neurosoftbrasil.com.br Estudo do Nervo Cutâneo Lateral do Antebraço Anatomia: O nervo cutâneo do antebraço

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ CARLOS RENATO PFAU EFICÁCIA DO SULFETO DE SELÊNIO EM DIFERENTES CONCENTRAÇÕES SOBRE Malassezia pachydermatis EM CÃES: ESTUDO IN VITRO E IN VIVO. Dissertação apresentada ao

Leia mais

RECEPTORES SENSORIAIS DA PELE

RECEPTORES SENSORIAIS DA PELE SISTEMA SENSORIAL DOR FANTASMA TATO RECEPTORES SENSORIAIS DA PELE Disco de Merkel Terminal de Ruffini Corpúsculo de Paccini Corpúsculo de Meissner Terminações nervosas livres Receptor do Folículo Piloso

Leia mais

Os sons e a audição. Breve descrição da forma como percebemos os sons e de como funciona a audição

Os sons e a audição. Breve descrição da forma como percebemos os sons e de como funciona a audição Os sons e a audição 1 Breve descrição da forma como percebemos os sons e de como funciona a audição Esta brochura é o número 1 de uma série da Widex sobre audição e aparelhos auditivos. O que são sons?

Leia mais

1. Introdução. Os sistemas auditivos periférico e central são interdependentes e devem ser vistos dessa maneira. Anatomicamente a maior parte do

1. Introdução. Os sistemas auditivos periférico e central são interdependentes e devem ser vistos dessa maneira. Anatomicamente a maior parte do INTRODUÇÃO 2 1. Introdução A utilização de métodos objetivos de avaliação da audição, associados aos métodos comportamentais, vem se tornando cada vez mais freqüente no campo da Audiologia Clínica contribuindo

Leia mais

OSSOS TEMPORAIS(OUVIDO)

OSSOS TEMPORAIS(OUVIDO) OSSOS TEMPORAIS(OUVIDO) A avaliação de perda auditiva ou tiníto quase sempre inclui a investigação do osso temporal através de imagens. Há uma grande variedade de processos de doenças congênitas e adquiridas

Leia mais

Sistema Nervoso Periférico

Sistema Nervoso Periférico Sistema Nervoso Periférico Divisão anatômica do SN Cérebro SNC Encéfalo Cerebelo Tronco encefálico Mesencéfalo Ponte Medula espinal Bulbo SNP Nervos Gânglios Cranianos Espinais Terminações nervosas Consideração

Leia mais

Ondas Sonoras. Profo Josevi Carvalho

Ondas Sonoras. Profo Josevi Carvalho Ondas Sonoras Profo Josevi Carvalho INTRODUÇÃO É o ramo da Física que interpreta o comportamento das ondas sonoras audíveis frente aos diversos fenômenos ondulatórios. ONDA SONORA: Onda mecânica, longitudinal

Leia mais

Anatomia e Fisiologia Sistema Nervoso Profª Andrelisa V. Parra

Anatomia e Fisiologia Sistema Nervoso Profª Andrelisa V. Parra Tecido nervoso Principal tecido do sistema nervoso Anatomia e Fisiologia Sistema Nervoso Profª Andrelisa V. Parra Tipos celulares: - Neurônios condução de impulsos nervosos - Células da Glia manutenção

Leia mais

Tronco Encefálico, Cerebelo e Suas Conexões

Tronco Encefálico, Cerebelo e Suas Conexões Curso de Pós-graduaP graduação - IPUB Neurociências Aplicadas Ciclo Básico B Núcleo Comum Disciplina de Neuroanatomia Prof: Alfred Sholl Tronco Encefálico, Cerebelo e Suas Conexões 27/04/2010 Anatomia

Leia mais

Anatomia nasal: sustentação óssea

Anatomia nasal: sustentação óssea CAPÍTULO 1 Anatomia nasal: sustentação óssea A estrutura óssea do nariz é composta de dois ossos semirretangulares oblíquos que se estendem aproximadamente ao longo de um terço do dorso nasal (Figuras

Leia mais

TRONCO ENCEFÁLICO FUNÇÃO. Prof. João M. Bernardes

TRONCO ENCEFÁLICO FUNÇÃO. Prof. João M. Bernardes TRONCO ENCEFÁLICO Prof. João M. Bernardes FUNÇÃO O tronco encefálico funciona como uma área de passagem para muitas vias descendentes e ascendentes; Está envolvido no controle da respiração, funções do

Leia mais

Fisiologia do Sistema Motor Somático

Fisiologia do Sistema Motor Somático Fisiologia do Sistema Motor Somático Controle Motor Efetores executam o trabalho (músculos); Ordenadores transmitem aos efetores o comando para a ação (ME, TE e CC); Controladores garantem a execução adequada

Leia mais

COLEÇÃO MONOGRAFIAS NEUROANATÔMICAS MORFO-FUNCIONAIS

COLEÇÃO MONOGRAFIAS NEUROANATÔMICAS MORFO-FUNCIONAIS COLEÇÃO MONOGRAFIAS NEUROANATÔMICAS MORFO-FUNCIONAIS VOLUME 8 O TRONCO ENCEFÁLICO: SUAS IMPORTANTES FUNÇÕES, O SISTEMA VESTÍBULO-COCLEAR E AS FIBRAS AFERENTES SOMÁTICAS ESPECIAIS (F.A.S.E.) Prof. Édisom

Leia mais

Crocodilianos são os únicos representantes dentre os répteis que apresentam um ouvido externo.

Crocodilianos são os únicos representantes dentre os répteis que apresentam um ouvido externo. Maioria das espécies de répteis: membrana timpânica coberta por uma pele modificada Crocodilianos são os únicos representantes dentre os répteis que apresentam um ouvido externo. Sentido bem apurado nesses

Leia mais

Neurofisiologia. Profa. Dra. Eliane Comoli Depto de Fisiologia da FMRP

Neurofisiologia. Profa. Dra. Eliane Comoli Depto de Fisiologia da FMRP Neurofisiologia Profa. Dra. Eliane Comoli Depto de Fisiologia da FMRP ROTEIRO DE AULA TEÓRICA: SENSIBILIDADE SOMÁTICA 1. Codificação da informação sensorial: a. transdução, modalidade sensorial, receptores

Leia mais

MEDULA ESPINHAL FUNÇÃO. Prof. João M. Bernardes. A medula desempenha duas funções principais:

MEDULA ESPINHAL FUNÇÃO. Prof. João M. Bernardes. A medula desempenha duas funções principais: MEDULA ESPINHAL Prof. João M. Bernardes FUNÇÃO A medula desempenha duas funções principais: Conduz os impulsos nervosos do encéfalo para a periferia e vice-versa; Processa informações sensitivas de forma

Leia mais

ROTEIRO DE AULA PRÁTICA - ANATOMIA I

ROTEIRO DE AULA PRÁTICA - ANATOMIA I MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA ANIMAL - DCAn ANATOMIA DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS I PROF.: JOSÉ FERNANDO G. DE ALBUQUERQUE ROTEIRO DE AULA PRÁTICA -

Leia mais

BIOLOGIA IV - Cap. 25 Profa. Marcela Matteuzzo. Sistema Nervoso

BIOLOGIA IV - Cap. 25 Profa. Marcela Matteuzzo. Sistema Nervoso Sistema Nervoso Dispões de mensagens elétricas que caminham por nervos; Coordena diversas funções do organismo; Reação rápida aos estímulos; Equilíbrio e movimento. Sistema Nervoso Central - SNC Medula

Leia mais

CIRURGIA DE TIMPANOMASTOIDECTOMIA. Termo de ciência e consentimento

CIRURGIA DE TIMPANOMASTOIDECTOMIA. Termo de ciência e consentimento CIRURGIA DE TIMPANOMASTOIDECTOMIA Termo de ciência e consentimento Por este instrumento particular o (a) paciente ou seu responsável, Sr. (a), declara, para todos os fins legais, que dá plena autorização

Leia mais

Axônios motores somáticos (eferentes somáticos gerais): Axônios motores branquiais (eferentes viscerais especiais):

Axônios motores somáticos (eferentes somáticos gerais): Axônios motores branquiais (eferentes viscerais especiais): Nervos Cranianos: Função: Axônios motores somáticos (eferentes somáticos gerais): Axônios motores branquiais (eferentes viscerais especiais): Axônios motores viscerais (eferentes viscerais gerais): Fibras

Leia mais

www.fisicanaveia.com.br www.fisicanaveia.com.br/cei Física 3 Tetra Medicina (conteúdo estudado) Termofísica: Óptica Geométrica: Oscilações Ondulatória TERMOFÍSICA 01 2015 Certa quantidade de gás sofre

Leia mais

pela Física Acús5ca A perceção da intensidade não ser linear pela sistema audi5vo

pela Física Acús5ca A perceção da intensidade não ser linear pela sistema audi5vo Propriedade *sica do som Física Unidade pela Física Acús5ca Unidade pela Acús5ca Psicoacús5ca Amplitude Potência OU Pressão Wa7 (w) Pascal (a) Intensidade db Loudness Criação de novas unidades, apenas

Leia mais

26/06/2013. Sexta passada Aula de HOJE As Estruturas Faciais derivam primariamente dos Arcos Branquiais. Os Arcos Branquiais são separados por Fendas

26/06/2013. Sexta passada Aula de HOJE As Estruturas Faciais derivam primariamente dos Arcos Branquiais. Os Arcos Branquiais são separados por Fendas Sexta passada Aula de HOJE As Estruturas Faciais derivam primariamente dos Arcos Branquiais 6 Os Arcos Branquiais são separados por Fendas O ESTOMODEU (ou boca primitiva) se forma após o rompimento da

Leia mais

1 T. Ondas acústicas ONDAS. Formalismo válido para diversos fenómenos: o som e a luz, por exemplo, relacionados com dois importantes sentidos.

1 T. Ondas acústicas ONDAS. Formalismo válido para diversos fenómenos: o som e a luz, por exemplo, relacionados com dois importantes sentidos. Ondas acústicas ONDAS Formalismo válido para diversos fenómenos: o som e a luz, por exemplo, relacionados com dois importantes sentidos. Descrição válida para fenómenos periódicos ALGUNS CONCEITOS RELACIONADOS

Leia mais

Universidade Federal do Acre Curso de Medicina Veterinária

Universidade Federal do Acre Curso de Medicina Veterinária Universidade Federal do Acre Curso de Medicina Veterinária Sistema Circulatório II Artérias Prof. Adj. Dr. Yuri Karaccas de Carvalho Anatomia Descritiva Animal I 1 Objetivos da Aula Diferenciar: Veia X

Leia mais

The sedation on the auditory brainstem responses in dogs

The sedation on the auditory brainstem responses in dogs Ciência Rural, Santa Maria, v.44, n.5, p.891-896, A sedação mai, sobre 2014 os potenciais evocados auditivos em cães. ISSN 0103-8478 891 A sedação sobre os potenciais evocados auditivos em cães The sedation

Leia mais

CONTROLE MOTOR: DA ATIVIDADE REFLEXA AOS MOVIMENTOS VOLUNTÁRIOS I - TRONCO CEREBRAL -

CONTROLE MOTOR: DA ATIVIDADE REFLEXA AOS MOVIMENTOS VOLUNTÁRIOS I - TRONCO CEREBRAL - CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FISIOLOGIA HUMANA TURMA 11-2014 CONTROLE MOTOR: DA ATIVIDADE REFLEXA AOS MOVIMENTOS VOLUNTÁRIOS I - TRONCO CEREBRAL - PROFª DRª VILMA G. 2. NÍVEL DE CONTROLE INTERMEDIÁRIO O

Leia mais

Fisiologia Humana Sistema Nervoso. 3 ano - Biologia I 1 período / 2016 Equipe Biologia

Fisiologia Humana Sistema Nervoso. 3 ano - Biologia I 1 período / 2016 Equipe Biologia Fisiologia Humana Sistema Nervoso 3 ano - Biologia I 1 período / 2016 Equipe Biologia ! Função: processamento e integração das informações.! Faz a integração do animal ao meio ambiente! Juntamente com

Leia mais

BIOLOGIA. Identidade do Seres Vivos. Sistema Nervoso Humano Parte 1. Prof. ª Daniele Duó

BIOLOGIA. Identidade do Seres Vivos. Sistema Nervoso Humano Parte 1. Prof. ª Daniele Duó BIOLOGIA Identidade do Seres Vivos Parte 1 Prof. ª Daniele Duó O sistema nervoso é o mais complexo e diferenciado do organismo, sendo o primeiro a se diferenciar embriologicamente e o último a completar

Leia mais

P7 Ondas estacionárias, ressonância e produção da voz. Ficha resolvida

P7 Ondas estacionárias, ressonância e produção da voz. Ficha resolvida P7 Ondas estacionárias, ressonância e produção da voz Ficha resolvida 1. Numa onda estacionária numa coluna fechada numa das extremidades a) O número de nodos é sempre inferior ao número de antinodos b)

Leia mais

ENFERMAGEM ANATOMIA. SISTEMA NERVOSO Aula 1. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM ANATOMIA. SISTEMA NERVOSO Aula 1. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM ANATOMIA SISTEMA NERVOSO Aula 1 Profª. Tatiane da Silva Campos Sistema nervoso (SN) controla e coordena todos os processos vitais que se desenvolvem involuntariamente nos órgãos internos (atividade

Leia mais

CURSO DE FONOAUDIOLOGIA 1º ANO 2º SEMESTRE. RFO 3015 Anatomofisiologia do Sistema Auditivo e Vestibular

CURSO DE FONOAUDIOLOGIA 1º ANO 2º SEMESTRE. RFO 3015 Anatomofisiologia do Sistema Auditivo e Vestibular CURSO DE FONOAUDIOLOGIA 1º ANO 2º SEMESTRE RFO 3015 Anatomofisiologia do Sistema Auditivo e Vestibular TRABALHO INDIVIDUAL DE RECUPERAÇÃO INSTRUÇÕES Transcrever as questões abaixo, preenchendo os espaços.

Leia mais

Anatomia e Fisiologia Animal Sistema Nervoso

Anatomia e Fisiologia Animal Sistema Nervoso O que é o sistema nervoso? Como é constituído? Quais são suas funções? Qual é a sua importância para o organismo? : Anatomia e Fisiologia Animal É uma rede de comunicações Capacitam animal a se ajustar

Leia mais

Anatomia e Fisiologia Humana OUVIDO: SENTIDO DA AUDIÇÃO E DO EQUILÍBRIO. DEMONSTRAÇÃO (páginas iniciais)

Anatomia e Fisiologia Humana OUVIDO: SENTIDO DA AUDIÇÃO E DO EQUILÍBRIO. DEMONSTRAÇÃO (páginas iniciais) Anatomia e Fisiologia Humana OUVIDO: SENTIDO DA AUDIÇÃO E DO EQUILÍBRIO DEMONSTRAÇÃO (páginas iniciais) 1ª edição novembro/2006 OUVIDO: SENTIDO DA AUDIÇÃO E DO EQUILÍBRIO SUMÁRIO Sobre a Bio Aulas... 03

Leia mais

Fisiologia animal Regulação sistêmica

Fisiologia animal Regulação sistêmica Percepção sensorial Fisiologia animal Regulação sistêmica 1 Estímulo interno ou externo; Receptores - células sensoriais - órgãos sensoriais; olhos, orelhas, nariz, língua, pele, entre outros. Receptores

Leia mais

Tronco Encefálio e Formação Reticular. Msc. Roberpaulo Anacleto

Tronco Encefálio e Formação Reticular. Msc. Roberpaulo Anacleto Tronco Encefálio e Formação Reticular Msc. Roberpaulo Anacleto TRONCO ENCEFÁLICO -Área do encéfalo que estende-se desde a medula espinhal até o diencéfalo TRONCO ENCEFÁLICO = BULBO + PONTE + MESENCÉFALO

Leia mais

Ouvido artificial e aparelhos auxiliares de audição

Ouvido artificial e aparelhos auxiliares de audição Ouvido artificial e aparelhos auxiliares de audição FRANCISCO RABAÇA MOLLER FREIRIA DOCENTES: PROF.DOUTOR FELIPPE DE SOUZA E PROF JOÃO FERMEIRO UNIDADE CURRICULAR: INTRODUÇÃO À ELETRÓNICA MÉDICA 2017/2018

Leia mais