A IMPORTÂNCIA DO USO DO FOTOPROTETOR. Thais Mendes do Prado 1, Neiva Lubi 2.

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1 A IMPORTÂNCIA DO USO DO FOTOPROTETOR. Thais Mendes do Prado 1, Neiva Lubi 2. 1 Acadêmico do curso de Tecnologia em Estética e Imagem Pessoal da Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba, PR); 2 Tecnólogo em Estética, Prof. Dr. Universidade Tuiuti. Endereço para correspondência: Thais Mendes do Prado, tais_mp@yahoo.com,br RESUMO: Os efeitos causados a saúde humana devido à ação solar são em sua maioria cumulativos e irreversíveis sendo capazes de produzir alterações normalmente imperceptíveis em curto prazo. A exposição solar excessiva sem proteção adequada representa um dos maiores riscos para a ocorrência do câncer de pele, fotoenvelhecimento e alterações imunológicas. Podemos observar através deste estudo que os perigos relacionados com a radiação ultravioleta diminuem através da fotoproteção. Esta pesquisa teve como objetivo analisar a importância do uso de fotoprotetores, sendo uma pesquisa qualitativa descritiva de revisão bibliográfica que visou contribuir para que os profissionais atuantes desta área obtenham o conhecimento sobre a temática em questão e orientem a população. Palavras-chave: Fotoprotetor, Exposição Solar, Fator de Proteção. ABSTRACT: The effects on human health due to sun radiation are cumulative and mostly being able to produce irreversible changes often imperceptible in the short term. It is undisputed as the concern for personal image is becoming more popular in today's society about aging, pressure by society and the media in general becomes a tireless search for a pattern often difficult to achieve. Then comes the need for concientizar the population of the importance of using sunscreen. Excessive sun exposure without proper protection represents a major risk for the occurrence of skin cancer, photoaging and immunological changes. We can see from this study that the dangers associated with ultraviolet radiation decreases by photoprotection. This research aimed to examine the importance of using sunscreen, and a descriptive qualitative research literature review that aimed to help the profession als working in this area to gain knowledge about the topic in question, and guide the population. Keywords: Sunscreen, Sun exposure, Protection Factor. 1

2 1. INTRODUÇÃO O sol é uma fonte de luz e calor essencial para a vida na Terra, porém a exposição intensa e frequente as radiações solares, sem os devidos cuidados podem causar danos ao organismo, como queimaduras solares, fotoenvelhecimento e até mesmo câncer de pele. 1 As radiações responsáveis pelos efeitos fisiológicos são a UVA e a UVB. A UVA é responsável por pequenas alterações nas fibras elásticas, pelo bronzeamento da pele e pode causar câncer de pele e também pode ajudar na formação dos radicais livres. A UVB penetra pouco na pele, mas devido a sua alta energia é responsável pelos maiores danos imediato causados pela radiação e por danos tardios. Tem a função de transformar o ergosterol epidérmico em vitamina D. Esse tipo de radiação pode causar lesões no DNA, podendo assim causar envelhecimento precoce das células além de diminuir a imunidade da pele, aumentando risco de mutações fatais como o câncer. 2 A pele fornece certa proteção contra a radiação através do extrato córneo, mas a mesma não é suficiente, precisando ser complementada com o uso do fotoprotetor. Os fotoprotetores têm a função de prevenir possíveis queimaduras, e diminuir o acúmulo de lesões causadas à pele pela radiação UV, através de uma ação física ou química. Os filtros químicos absorvem a radiação, por exemplo, derivados de ácidos para aminobenzóico (PABA), ácido cinâmico, ácido gálico, entre outros (filtros inorgânicos). Já os filtros físicos são formulações refletoras de radiação, exemplo o dióxido de titânio, talco, oxido de zinco, entre outros (filtros orgânicos). 3 Para que o filtro solar seja disponibilizado ao consumidor é necessário que esteja incorporado a um veículo, o resultado dessa associação denomina-se fotoprotetor ou protetor solar. O veículo tem influência direta no fator de proteção, devendo formar um filme uniforme e homogêneo sobre a pele. O fator de proteção solar (FPS) tem a função de indicar ao consumidor a capacidade de proteção do produto, através da quantidade de energia ultravioleta requerida para produzir eritema em uma pele protegida em relação a uma pele sem proteção. 1 2

3 Este trabalho tem como objetivo mostrar os efeitos da radiação solar sobre a pele. As formulações de fotoprotetores, o mecanismo de ação e sua eficácia e importância da utilização correta pela população. 2. CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE PELE A pele é divida em três camadas: epiderme, derme e hipoderme. Além dos vários órgãos anexos, como glândulas sebáceas e sudoríparas, pelos e unhas. 2 Na epiderme encontramos três tipos de células: os queratinócitos, os melanócitos e as células de Langerhans, que vivem em uma constante relação para construir um formidável aparelho de defesa. 4 A epiderme é o tecido mais superficial da pele, e sua camada superior o extrato córneo é seu principal elemento de resistência, formados células mortas queratinizadas. 3 Os melanócitos são responsáveis pela produção de melanina, que dão pigmentação a pele, e tem capacidade de absorver e refletir as radiações visíveis e os raios UV. 1 As células de Langerhans têm capacidade de captar antígenos que chegam à epiderme e processá-los e apresentar aos linfócitos T imunocompetentes, produzindo uma resposta imunitária. 4 A derme é o tecido de nutrição e sustentação da epiderme, no qual se encontram implantados os anexos cutâneos. 5 A hipoderme constitui uma almofada celulosa adiposa, de espessuras diferentes de acordo com a localização, no qual repousa a derme. Ela se molda sobre a musculatura e os ossos subjacentes. 5 Esse tecido adiposo forma o panículo adiposo que tem ação isolante térmica contra o frio. 6 A classificação que mais se utilizada para os tipos de pele é a de Fitzpatrick, que tem base na capacidade da pele bronzear ou queimar, com a exposição às radiações UV. 2 3

4 Tabela 1 Classificação dos tipos de pele Tipos de pele Cor Reação a exposição Solar I Claro Sempre queima e nunca bronzeia. II Claro Sempre queima e brônzea pouco. III Claro Queima e bronzeia pouco. IV Moreno-claro Raramente queima e bronzeia fácil. V Moreno Muito raramente queima e bronzeia fácil. VI Negro Não queima e bronzeia facilmente. Fonte: Wippel (2010, p. 38) 2 Pessoas de tipos de pele de I a III tem poucas chance desenvolvem hiperpigmentação, podem desenvolvem menos rugas, mas são mais profundas. Já pessoas de pele IV a VI as chances de desenvolver hiperpigmentação são maiores, porém as rugas desenvolvidas são mais finas e superficiais. 2 Para quantificar o nível de fotoenvelhecimento cutâneo, pode se utilizar a classificação de Glogau. 7 Grupo Classificação Idade I II III Envelhecimento leve Envelhecimento Moderado Envelhecimento avançado Tabela 2 Classificação do envelhecimento da pele do rosto Típica Descrição Característica da pele Sem rugas envelhecimento: alterações Rugas em movimento,ou de expressão Rugas em repouso,mesmo sem pigmentares suave(manchas de pele), sem queratose (aquelas manchas mais avermelhadas e ásperas), sem rugas. manchas marrons visíveis,pele áspera e palpáveis mas não visível, linhas paralelas ao sorriso,inclusive o bigode chinês e pés de galinha,começam a aparecer, Manchas escuras,avermelhadas,ás vezes 4

5 expressão IV Envelhecimento Apenas rugas e grave da pele extrema do rosto flacidez da pele Fonte: Wippel (2010, p.39)2 algumas esbranquiçadas e ásperas (queratose) visíveis,teleangiectasias,que são aqueles vasinhos na face,principalmente em torno do nariz;os pés de galinha e as linhas e sulcos aparecem mesmo em repouso,ou seja,mesmo sem expressão facial as rugas são visíveis. manchas escuras,brancas e vermelhas podem coexistir, neoplasias cutâneas(câncer de pele) prévias, rugas por todo o rosto,maior parte da face sem pele normal, flacidez pela falta de colágeno,não podem usar maquiagem, porque ela borra e forma grumos grossos O envelhecimento da pele representa o conjunto de modificações que acontecem no organismo desde o nascimento, como o resultado do tempo vivido. Ocorre de duas maneiras: o envelhecimento intrínseco que é decorrente da passagem do tempo; o extrínseco, dos fatores ambientais, sendo o mais importante o fotoenvelhecimento, causado pelos raios UV RADIAÇÕES A radiação solar é policromática, ou seja, composta por radiação com diferentes comprimentos de onda incluindo a região visível e ultravioleta do espectro eletromagnético. Tais radiações agem na estrutura do nosso organismo, particularmente na pele, acumulando-se em alguns receptores e provocando reações de metabolismo tecidual, existe um mecanismo de adaptação do organismo a quantidade de radiação solar, com o decréscimo da taxa de síntese da melanina. 9 5

6 As radiações têm a mesma natureza, a diferença é que o olho receptor seletivo só é sensível a radiações visíveis e não consegue ver nem os infravermelhos nem os ultravioletas. 3 Radiações infravermelhas são responsáveis pelo calor, as radiações visíveis pela luz e a radiação ultravioleta têm uma ação química e biológica. Estas radiações são diferenciadas pelo comprimento de suas ondas, uma unidade física de medida o nm (nanômetro) que caracteriza a propagação da radiação. 3 A radiação emitida pelo sol engloba todo o espectro eletromagnético, mais a faixa de interesse é o ultravioleta A, B e C (UVA, UVB, UVC), considerando suas características de propagação e efeitos fisiológicos. 9 O UVA ( nm): penetram profundamente na pele, podendo atingir tecidos dérmicos, os tornando-os tão perigosos quanto os raios UVB. A faixa UVA se subdivide em UVA baixa, de nm responsável por grande parte dos efeitos fisiológicos do UVA na pele, e UVA alto de nm responsável por pequenas alterações nas fibras elásticas 9. A radiação UVA induz a pigmentação da pele deixando-a bronzeada por meio do escurecimento da melanina pela fotooxidação da leuco melanina, que se localiza na epiderme nas camadas externas. Há 95% da radiação UVA e 5% UVB na superfície terrestre. Podem causar danos como câncer de pele, dependendo do tempo, intensidade de exposição ao sol e tipo de pele. A radiação UVA pode atingir também de maneira indireta formando radicais livres. 10 O UVB ( nm): possui pequena penetração na pele, porém devido à sua alta energia são responsáveis pelos maiores danos imediatos da radiação solar e por danos tardios. O UVB também é responsável pela transformação de ergosterol epidérmico em vitamina D 9. A frequente e intensa exposição a este tipo de radiação pode causar lesões no DNA, podendo causar envelhecimento precoce das células. Além de diminuir a resposta imunológica da pele, aumentando os riscos de mutações fatais. 10 O UVC ( nm): são filtrados pela camada de ozônio nenhuma radiação UVC e pequena quantidade da e UVB chega a Terra, devido a fatores ambientais a redução na camada de ozônio, aumentou a radiação UVB na superfície terrestre, ocasionando maior índices de queimaduras, conseqüentemente, câncer de pele. 10 6

7 lesões. 6 A carcitogênese cutânea é causada pela mutação do gene supressor 4. EFEITOS CAUSADOS PELA EXPOSIÇÃO AO SOL O sol fornece luz e calor, sendo um elemento muito importante na vida do homem fisiologicamente e psicologicamente e indispensável para o bom funcionamento do organismo. 3 A radiação solar pode causar eritema, alterações imunes, fotossensibilidade, fotoenvelhecimento, foto carcinogênese. 6 O eritema é o avermelhamento da pele causado pela exposição ao sol que causa vasodilatação fazendo com que o volume sanguíneo da derme aumente. O eritema é compatível à quantidade de radiação a que se expôs a pele, se o eritema for muito intenso é considerado queimadura solar. 9 As alterações imunes são provocadas pelos raios UV, podem ajudar a na instalação de doenças como hanseníase, candidíase e herpes simples. 6 O fotoenvelhecimento é um conjunto de sinais resultados de alterações que ocorrem nas células pela frequente e intensa exposição ao sol, 9 e pelos efeitos deletérios dos raios UV. 11 O nível de lipoperoxidação da pele aumenta descontroladamente, e libera os radicais livres que causam a lipoperoxidação, quando os fótons da luz UV interagem com as moléculas componentes da pele. 8 Essas alterações clinicamente se identificando por rugas, atrofia,telangiectasias, áreas da pele despigmentadas. Podendo ocorrer também rosácea entre outras tumoral, decorrente da exposição excessiva aos raios UV. O nome dos tipos de câncer de pele tem origem das células onde se instalam. 9 O carcinoma basocelular é considerado o mais benigno dos tumores malignos, não produz metástases, mas em nível local pode atingir e destruir tecidos adjacentes chegando até o osso. Esse tipo de tumor epitelial é o mais comum com 65% de casos, pode ser desenvolvido pela intensa exposição a radiação solar e é raro em pessoas negras. A cura desse tipo de câncer é pela destruição e retirada do tecido atingido. 12 O carcinoma espino celular possui maior risco, pois pode causar metástase, sendo o menos freqüente, com 15% dos casos de câncer cutâneo. 7

8 Mais comum após os 50 anos com maior incidência nos homens por terem maior contanto com agentes cancerígenos,como por exemplo o fumo e o sol. 9 O melanoma maligno ou melanocarcinoma dos tumores cutâneos é o mais maligno. É mais comum entre pessoas com 30 e 60 anos de idade, atinge na maior parte o sexo feminino e de pele branca. A cirurgia é o único tratamento, o sucesso da retirada dependera da rapidez que for diagnosticado o câncer. A localização desse tipo de tumor na maioria dos casos é no rosto principalmente em pessoas de pele clara. Tem sido óbvia a ligação com a luz UV FATOR DE PROTEÇÃO SOLAR O fator de proteção solar tem a função de indicar ao consumidor a capacidade de proteção do produto contra queimaduras causadas pela radiação UV, quanto tempo leva para causar eritema sem proteção e com proteção. Pode ser definido como uma equação matemática que relaciona Dose Eritematógena Mínima (DEM) o mínimo da pele protegida com a não protegida. 9 DEM é a quantidade de energia requerida para produzir a primeira reação eritemática perceptível, que podem ser observadas entre horas após a exposição à radiação ultravioleta. Portanto, o FPS se define como a relação entre a quantidade de energia ultravioleta requerida para produzir uma dose de eritema em relação à energia requerida para produzir uma dose de eritema em uma pele não protegida FOTOPROTETORES O objetivo de um fotoprotetor é evitar o eritema solar e o envelhecimento cutâneo, e proteger as pessoas atingidas por fotodermatoses. Os UVA são penetrantes e envelhecem prematuramente a pele; os UVB são mais eritemagêneos, portanto, queimam mais e os infra-vermelhos provocam vasodilatação e vermelhidão. Eles potencializam os efeitos nefastos dos UV. Os filtros solares têm a função de proteger a pele contra queimaduras causadas pela radiação UV, através de uma ação física ou química. 9 8

9 (UVA). 6 A utilização dos filtros solares naturais ainda é discutível, mas podem ser Os filtros químicos absorvem primordialmente as radiações UVB. Nesses produtos as moléculas têm duas porções: uma porção cromófora e uma porção auxocrômica. A porção cromófora tem a capacidade de absorver radiações de determinado comprimento de onda, e a porção auxocrômica modifica a capacidade de absorção do componente cromóforo. 6 Os filtros sintéticos são divididos em grupos químicos, por exemplo, os derivados de ácido para aminobenzoico (PABA), da benzofenona, do ácido cinâmico, do acido gálico,dobenzoxazol, do benznidazol, da cânfora e dos cumarínicos. 9 Os filtros físicos são formulações opacas refletoras de radiação. Dentre os filtros físicos mais utilizados encontram-se o dióxido de titânio, talco, óxido de zinco, caulim e ictamol. Devido as formulações desses filtros serem oclusivas, de características sensoriais mais oleosas pode causar comedões, foliculite, por isso seu uso cosmético não é bem aceito. Produtos com alto FPS que se utilizam tanto de filtros químicos e físicos, apresentam melhores características sensoriais tem melhor aceitação do consumidor. 9 Alguns óleos vegetais podem absorver radiação UVB na faixa entre 290 e 320nm. O óleo de gergelim absorve 39%, óleo de coco 23%, o óleo de amendoim 24%, o óleo de algodão 26%. 6 Há também os extratos vegetais que possuem substâncias químicas capazes de absorver radiação UV exemplos o extrato de aloé (UVB), extratos de camomila e calêndula (UVB), extrato de alecrim (UVB), extrato de amor-perfeito associados aos filtros sintéticos como coadjuvantes. 6 Para que um filtro solar seja disponibilizado ao consumidor o mesmo precisa estar incorporado a um veículo; esta associação denomina-se protetor solar ou fotoprotetor. O preparo de um protetor solar é necessário o ativo (filtros orgânicos e inorgânicos) e os veículos. 2 O veículo tem influência direta no fator de proteção, para eficácia do produto, formando um filme uniforme e homogêneo sobre a pele. 11 Além disso, é necessário ser resistente a água, se manter na superfície da pele, ser atóxico, não ser irritante ou sensibilizante. 10 9

10 O veículo adequado deve ter uma boa espalhabilidade sobre a pele, possuir menor viscosidade para contribuir para o aumento do FPS. O valor do HLB do sistema emulsionante deve ser por volta de 6 para uma resistência á água adequada. Os componentes oleosos devem ter a tensão superficial com valor semelhante ajudando na homogeneidade da fórmula. 9 As emulsões A/O (água em óleo) têm maior resistência à água, mas não possuem uma boa espalhabilidade, na formulação o óleo deve ter a quantidade de 30-50% em relação a quantidade de filtros químicos. 9 Nenhum fotoprotetor conseguirá absorver 100% da radiação UV, o que quer dizer que alguns raios atravessaram a pele danificando as células. Por isso, a necessidade de usar um fotoprotetor adequado ao tipo de pele 9. Um protetor solar bom deve prevenir não só possíveis queimaduras, mas também diminuir o acúmulo de lesões casadas pela radiação UV. 10 Existem vários fatores que interferem na eficácia destes produtos, como se a quantidade aplicada do produto é a indicada pelo fabricante. Testes usam 2,0 mg/cm 2 para determinar o FPS. Essa quantidade é muito superior a que é utilizada pelos consumidores que costumam utilizar de 0,5 a 1,5 mg/cm 2 do fotoprotetor, atingindo, assim, de 20% a 50% a menos do valor de FPS esperado. Reaplicar o produto também é muito importante, a maioria das recomendações indica reaplicar de 2 a 3 horas após a aplicação, o que também é ignorado pelas pessoas. 13 A população passou, a saber, mais sobre o assunto e o setor cosmético evoluiu, com o avanço da tecnologia, a fotoprotetores com FPS altos como 40 e 50. Essas formulações bloqueiam apenas 2% a mais do que os de FPS 25 que bloqueiam 96% dos efeitos dos raios UV. E quanto maior o FPS, maior a chance de irritar a pele, pois é maior a quantidade de filtro na formulação. Na opinião de alguns autores essas formulações deixam as pessoas mais seguras na questão da exposição a sol cometendo exageros aumentando os riscos de desenvolver câncer. 13 Conforme as novas regras da ANVISA para os produtos de proteção solar o valor mínimo do Fator de Proteção Solar (FPS) vai aumentar de 2 para 6 e a proteção contra os raios UVA terá que ser de no mínimo 1/3 do valor do FPS declarado. O FPS mede a proteção contra os raios UVB, já o FP UVA mede a proteção contra os raios UVA. Para tais comprovações, as metodologias aceitas 10

11 pela Anvisa foram atualizadas e foi estabelecida uma metodologia específica para a comprovação contra raios UVA, que, até então, não estava definida METODOLOGIA Este estudo trata-se de uma revisão bibliográfica qualitativa descritiva, a partir de artigos publicados e bibliotecas da área da saúde, pesquisados em sites como SCIELO (Scientific Library Online). Durante o período de 1994 a DISCUSSÃO Nas últimas décadas, a incidência de câncer de pele aumentou significativamente, correspondendo a um problema de saúde pública em diversos países. A pele é o órgão mais atingido pelos efeitos da radiação ultravioleta, e está associado a fotoexposição e neoplasias cutâneas. Estudos revelam que a radiação UVA é mais imunossupressora do que a UVB, enquanto UVB é mais carcinogênica que UVA. Porém, deve-se destacar que tanto UVA quanto UVB podem provocar imunossupressão e carcinogênese A radiação ultravioleta pode provocar danos ao DNA, imunossupressão, alterações químicas e histológicas na epiderme, envelhecimento precoce, cataratas e carcinogênese, dentre outras deteriorações. A fotoproteção previne estes e outros efeitos danosos da radiação ultravioleta. Protetores solares, vestimentas, acessórios adequados e exposição segura ao sol são ferramentas essenciais da fotoproteção Observa-se, ao longo dos anos, evolução no desenvolvimento de fotoprotetores, visando à obtenção de formulações seguras e eficazes, capazes de fornecer proteção UV ampla. Pesquisas relacionadas ao desenvolvimento de novas moléculas, menos alergênicas e com melhor fotoestabilização, são necessárias para obtenção de fotoprotetores ideais. Segundo os autores a eficácia da utilização dos fotoprotetores depende muito da conscientização da população sobre os efeitos causados pela exposição desmedida aos raios UV, 11

12 como o fotoenvelhecimento, eritemas, alterações imunes e até mesmo câncer de pele, que podem ser evitados com o uso correto do fotoprotetor. A preocupação com o envelhecer é grande e atinge homens e mulheres de todas as idades. A conscientização com os cuidados adequados estão crescendo, mas ainda não o bastante. Apesar do conhecimento da importância do uso diário de um fotoprotetor, são poucas as pessoas que fazem o uso de maneira correta durante todo o ano. Este hábito ajudaria na diminuição dos casos de lesões malignas na pele e os sinais do tempo As eficácias dos protetores solares dependente da sua capacidade de absorção, que é proporcional à sua concentração, intervalo de absorção e comprimento de onda, onde ocorre absorção máxima. Quando se utiliza uma combinação de filtros UVA e UVB, permite-se uma proteção maior à pele. Além de absorver a radiação ultravioleta, o produto para proteção solar deve ser compatível à pele humana e suportar o calor. Sob a luz do sol deve permitir proteção durante várias horas, evitando contato com produtos que possam culminar na remoção do fotoprotetor. 9 Os fotoprotetores ainda não devem ser irritantes, sensibilizantes ou agredirem a pele. Cuidados simples durante a formulação, pode-se obter o máximo de proteção de um filtro solar, e a técnica certa de preparação permitem a obtenção de um produto de qualidade, com utilização facilitada e altos valores de FPS. Devem ser tomados devidos cuidados, na aplicação do produto para assim gerar um melhor aproveitamento do filtro solar e obter a proteção desejada contra queimaduras e outras consequências mais graves como manchas de pele e o fotoenvelhecimeto. A proteção obtida por um fotoprotetor depende da quantidade de produto aplicada sobre a pele, do período de aplicação e reaplicação, e da intensidade das atividades que a pessoa possa praticar, podendo assim conduzir à produção excessiva de suor ou exposição à água, que eliminarão o produto aplicado. 14 A importância da proteção contra a radiação solar é cada vez mais prudente e evidente, sendo assim, o aperfeiçoamento de novos produtos acessíveis ao consumidor, aliado ao aperfeiçoamento de técnicas conhecidas, é apenas uma maneira de aumentar a utilização dos fotoprotetores. Estes fatores fazem parte de um processo de conscientização dos seus benefícios e malefícios 12

13 que ocorrem por não utilizá-los para a sociedade. Desta forma, difundir sua utilização e manuseio correto e tornar seu uso diário difundindo sua eficácia é de suma importância para a prevenção contra o fotoenvelhecimento e doenças cutâneas CONCLUSÃO A utilizar do fotoprotetor é ideal e indiscutível e as pesquisas vêm demonstrando e ressaltando sua relevância. A falta do protetor solar adequado causa o envelhecimento da pele podendo levar a carcinogênese e outros efeitos indesejáveis, pois a exposição ao sol é o primeiro fator do fotoenvelhecimento conforme citado nas publicações pesquisadas. É de pouco conhecimento da população sobre a necessidade da aplicação correta do produto sobre a pele. Cada tipo de filtro solar apresenta melhor desempenho quando associado à matérias-primas específicas, criando uma grande diversidade de produtos e permitindo a busca constante por protetores melhores. As campanhas de prevenção ao câncer de pele e saúde pública devem enfatizar a importância do uso dos filtros solares, sobre a quantidade adequada, aplicação uniforme, necessidade de reaplicação a cada duas horas, sudorese intensa ou imersão na água, havendo necessidade de rótulos mais esclarecedores quanto a proteção ampla, resistência à água, modo de usar, e principalmente, a quantidade e importância de reaplicações. As recomendações gerais de fotoproteção devem ser mantidas durante todo o ano, no entanto, não é do conhecimento de muitos sua eficácia, pois pouco se discute e pouco se propaga sobre o assunto, tanto do ponto de vista qualitativo como quantitativo. 10. AGRADECIMENTOS 13

14 Agradeço primeiramente a Deus, aos meus pais e a professora Neiva que esteve orientando e passando todo seu conhecimento para conclusão deste artigo. 11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Mariana Sato de S B Monteiro. Filtros Solares em Nanocosméticos. Dissertação de mestrado. Rio de Janeiro Tese para obtenção do titulo em mestrado em Ciências Farmacêuticas na Universidade Federal do Rio de Janeiro. 2. WIPPEL, Maria Luiza Michelini.Uma arma contra as rugas. Curitiba BARATA, F.A. Eduardo. A Cosmetologia. 2ª edição. Lisboa PEYREFITT, Gerard. Cosmetologia, biologiageral, biologia da pele. São Paulo PRUNIÉRAS, M. Manual de cosmetologia dermatológica. 2ª edição. São Paulo MAIO, Maurício. Tratamento de medicina estetica. 2ª edição vol.1. São Paulo KEDE, Maria P. V., Dermatologia Estética, Novo Ateneu, São Paulo, DRAELOS, Zoe Diana. Cosméticos em Dermatologia. 2ª edição. Rio de Janeiro, MATHEUS, Martins Gustavo Luiz. A Radiação Ultravioleta e sua Influência na Pele e nos Cabelos. 1ª edição. São Paulo

15 10. FLOR, Juliana e Davolos, Rosaly, Marian. Protetores Solares. São Paulo LÉPORI, Luis Raúl. A pele. São Paulo FONSECA, Aureliano da; PRISTA, L. Nogueira.Manual de Terapêutica Dermatológica e Cosmetologia. São Paulo: Roca, MILESI, S.S e Guterres, S.S. Fatores determinantes da eficácia de fotoprotetores. Porto Alegre HERNANDES, Micheline; Madeleine, Marie e Fresnel, Mercier. Manual de Cosmetologia. 3ª edição ANVISA. Disponível em: Acesso em 19 de outubro de