Índices ultravioleta em Presidente Prudente e câncer de pele: estudo preliminar
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- Giuliana Assunção Lage
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1 Mesa Redonda: Desastres Naturais Índices ultravioleta em Presidente Prudente e câncer de pele: estudo preliminar Prof. Dr. José Tadeu Garcia Tommaselli DGEO - FCT UNESP - Pres. Prudente
2 Recapitulando: Estratificação da Atmosfera terrestre A camada de ozônio Adaptado de IAFE (2005) Org.: Silva, A. C. (2006) Fonte: Baird (2002) Org.: Silva, A. C. (2006)
3 Agentes atenuantes da radiação ultravioleta solar Elevação solar latitude, estação do ano e hora do dia Altitude da superfície a cada 1000 m, decréscimo de 1% de conteúdo de ozônio, aumento de 6 a 8% no fluxo de RUV Albedo da superfície superfícies refletoras potencializam o fluxo de RUV Cobertura nebulosa espessura das nuvens Difusão atmosférica vapor d água, aerossóis, moléculas do ar Ozônio fonte absorvedora da RUV (100 a 315 nm) = UVC + UVB latitude e estação do ano - maiores níveis no início da primavera e os menores no outono
4 O desastre A constatação Monitoramento na Antártida (Grã Bretanha) Valores muito baixos! Trocas de equipamentos e sensores Novas leituras ==> confirmação. Dados dos sensores TOMS (Total Ozone Mapping Spectrometer) Não mostraram esta redução dramática Processamento dos dados brutos ==> valores muito baixos = leituras ruins! As análises posteriores + dados da Antártida redução rápida e em grande escala (Antártida).
5 60 o North and 60 o South. WMO Report (1995). O tamanho do desastre
6 Ozônio versus Radiação Ultra-Violeta k lectures/ozone_health/index.html
7 Ozônio versus Cloro
8 Ozônio versus CFC's
9 Recapitulando: Espectro eletromagnético (simplificado) Fonte: Corrêa, 2003 Org.: Silva, A. C., 2006
10 Espectro de ação eritêmica proposto por McKinlay e Diffey (1987) Org.: Silva, A. C., 2006
11 Penetração da radiação UV na pele humana Fonte: Corrêa (2005)
12 Efeitos da radiação UV na pele humana Efeitos imediatos na pele humana a. b. c. d. e. Eritema (queimadura solar) Bronzeamento Miliária solar (brotoeja) Herpes simples facial-oral (imunossupressão) Produção de vitamina D3 (ossos, intestinos e rins) Efeitos tardios na pele humana a. b. c. d. e. f. g. Fotoenvelhecimento Melanose solar (mancha senil) Queratose actínica ou solar (escamamento) Elastose solar Xeroderma pigmentoso Lupus erimatoso Pelagra h. Câncer de pele
13 Tipos de câncer de pele CBC, CEC, MM CBC raramente produz metástase quase 100% de cura Fonte: Sampaio e Revitti (2001) Fonte: Sampaio e Revitti (2001) Fonte: Sampaio e Revitti (2001) Fonte: Sampaio e Revitti (2001) CEC grande risco de metástase alto índice de cura se diagnosticado precocemente
14 Tipos de câncer de pele MM alto potencial de metástase e mortalidade Taxa média de sobrevida de 5 anos Relação MM x RUV questionada outros fatores determinantes (fatores genéticos e as diferenças étnicas) (Christophers, 1998; Diffey, 2000). Fonte: Sampaio e Revitti (2001) Estudos epidemiológicos recentes Aumento dos casos de MM ==> histórico de queimaduras solares ao longo da vida (Souza, 2001; Okuno e Vilela, 2005). Fonte: Sampaio e Revitti (2001)
15 Orientação para diagnóstico do melanoma maligno R E G R A B E N IG N O M A L IG N O S ã o r e d o n d a s e s im é t r ic a s. A s m e t a d e s s ã o a s s im é t r ic a s. A s b o r d a s s ã o r e g u la r e s. B o r d a s ir r e g u la r e s, c o m r e e n t r â n c ia s. A p r e s e n t a m u m a ú n ic a c o r. A p r e s e n t a m v a r ie d a d e d e c o r e s. S ã o m e n o re s q u e 6 m m. G e r a lm e n t e s ã o m a io r e s q u e 6 m m. A s s im e t r ia B o rd a s C or D iâ m e t r o Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia (2004)
16 Fototipos cutâneos e sensibilidade à radiação UVB TIPO COR DA PELE NÃO EXPOSTA I Branca (alva) COR DOS OLHOS Azuis ou verdes COR DOS DEM REAÇÕES DA PELE 2 CABELOS (mj/cm ) Loiros ou Sempre se queima de maneira severa (queimadura dolorosa); nunca ruivos se bronzeia; a pele sempre descasca. Claros ou castanhos claro Loiros ou ruivos Geralmente se queima de maneira severa (queimadura dolorosa); bronzeamento muito fraco; a pele também descasca Castanhos claro Loiros escuro ou castanhos Queima moderadamente e apresenta bronzeamento médio IV Morena (moderada) Castanhos escuro Castanhos escuro Mínima queimadura, bronzeia-se facilmente e acima da média em cada exposição; geralmente exibe reações de IPD (Immediate Pigment Darkening) V Mulata (morena escura) Castanhos escuro ou negros Castanhos escuro ou negros Raramente se queima, bronzeia-se facilmente e substancialmente; sempre exibe IPD VI Negra Negros negros Nunca queima e se bronzeia abundantemente; sempre exibe IPD II Branca Branca III (média dos caucasianos) Adaptado de Fitzpatrick (1988) e Diffey (1991) - Org.: Silva, A. C. e Tommaselli, J. T.G. (2006)
17 Tempo máximo de exposição
18 O Índice UV
19 O Índice UV
20 Proteção Protetores: químicos (absorção e dissipação) e/ou físicos (reflexão) Fator de Proteção Solar (FPS) - razão entre a RUV necessária para eritema da pele protegida e da pele sem proteção solar - Não linear (FPS 30 bloqueia 96,7% da radiação UVB, FPS 40 bloqueia 97,5%) FPS NÍVEL DE PROTEÇÃO 2 Mínima proteção. Para pessoas que raramente se queimam e tem um bom bronzeado. Não deve ser usado por pessoas de pele muito clara nem crianças. 4 Proteção moderada, indicado para pessoas que normalmente se bronzeiam adequadamente e raramente se queimam. 6 Extra proteção. Para pessoas de pele sensível (bronzeiam e se queimam na maioria das vezes). Há algum bronzeamento. 8 Máxima proteção para pessoas que se queimam moderadamente. Permite um bronzeamento gradual limitado. 15 Ultra proteção (loiros, ruivos, pele clara). Protege durante longos períodos sob o sol. Muito pouco bronzeamento. 30 Bloqueador solar. Para pessoas que possuem uma pele pré-cancerosa. Bloqueia quase todos os raios danosos. Fonte: Juchem et al., 2001.
21 O CASO DE PRESIDENTE PRUDENTE (SP) OBS: Todos os dados deste estudo foram coletados nos três laboratórios de análises patológicas que atendem a região de estudo: LAPC, UNOESTE e MICROMED
22 Localização da área de estudo Fonte: Silva, A. C. e Tommaselli, J. T. G. (2006)
23 Comparação entre a média mensal de conteúdo de ozônio coletado pelo sensor TOMS entre jan/1999 e dez/2004. Fonte: Silva, A. C. e Tommaselli, J. T. G. (2006) Presidente Prudente/SP, 436 m, 22º 07 S, 51º 24 W Natal/RN, 32 m, 5º 84 S, 35º 21 W Santa Maria/RS, 102 m, 29º 50 S, 53º 50 W.
24 Ângulo solar zenital, IUV sem a presença de nuvens e conteúdo de ozônio, ao meio dia solar, na região oeste do Estado de São Paulo (jan/1999 a dez/2004) Fonte: Silva, A. C. e Tommaselli, J. T. G. (2006)
25 Casos novos de câncer de pele registrados no oeste paulista (1999 a 2004) C A S O S R E G IS T R A D O S ANO CBC Fonte: Silva, A. C. e Tommaselli, J. T. G. (2006) CEC M M 2004
26 Incidência de câncer de pele, de acordo com o gênero e tipologia, diagnosticados no oeste paulista (1999 a 2004) Fonte: Silva, A. C. e Tommaselli, J. T. G. (2006)
27 Incidência de câncer de pele, de acordo com o gênero e a faixa etária, diagnosticados no oeste paulista (1999 a 2004) Feminino Fonte: Silva, A. C. e Tommaselli, J. T. G. (2006) Masculino
28 Fonte: Silva, A. C. e Tommaselli, J. T. G. (2006) Incidência de câncer de pele, de acordo com o gênero, o tipo e a faixa etária, diagnosticados no oeste paulista (1999 a 2004)
29 Distribuição da incidência do câncer de pele, de acordo com o local anatômico, diagnosticados na região oeste do Estado de São Paulo ( ) L O C A L A N A T Ô M IC O C A B E Ç A M a io r e s in c id ê n c ia s TR O N C O M a io r e s in c id ê n c ia s M E M B R O S M a io r e s in c id ê n c ia s C B C N º 4692 C EC % 82 nasal fa c e o r b itá r ia 828 N º % N º % ,4 34 0,6 la b ia l fa c e nasal 7 0,1 tó ra x c e rv ic a l d o rs a l 499 M M 298 nasal fa c e o rb itá r ia 2 5,2 c e rv ic a l tó ra x d o rs a l 3 9, d o rs a l tó ra x c e r v ic a l 5 3,4 97 b ra ç o a n te b ra ç o a n te b ra ç o m ão pé p e rn a d e ltó id e a p e rn a b ra ç o Fonte: Silva, A. C. e Tommaselli, J. T. G. (2006) 4,7 7,6
30 Características físicas e sensibilidade ao sol Q UESTÕES C A R A C T E R ÍS T IC A S F ÍS IC A S C o r d a p e le C o r d o s o lh o s C o r d o s c a b e lo s QUANDO SE EXPÕE AO SOL A L T E R N A T IV A S N º. (% ) B ra n c a M o re n a M u la t a N e g ra A m a r e la C a s ta n h o s e s c u ro C a s ta n h o s c la r o N e g ro s A z u is e v e r d e s C a s ta n h o s N e g ro s L o ir o s R u iv o s ,1 3 5,2 5,8 5,1 1,8 4 1,5 3 2,8 1 3,1 1 2,6 6 2,9 3 1,1 5,6 0,4 A s v e z e s s e q u e im a, s e m p r e s e b r o n z e i a ,6 N u n c a s e q u e i m a, s e m p r e s e b r o n z e ia ,7 S e m p r e s e q u e im a, n u n c a s e b r o n z e ia , ,1 S e m p r e s e q u e im a, e v e n t u a lm e n t e s e b r o n z e ia N º : f r e q ü ê n c ia a b s o lu t a d a a m o s t r a - ( % ) : f r e q ü ê n c ia r e la t iv a d a a m o s t r a Fonte: Silva, A. C. e Tommaselli, J. T. G. (2006)
31 Exposição ao sol durante a infância e a adolescência Fonte: Silva, A. C. e Tommaselli, J. T. G. (2006)
32 Histórico de enfermidades relacionadas à exposição a radiação solar QUESTÃO JÁ A P R E S E N TO U P R O B LE M A S D E S A Ú D E R E L A C IO N A D O À E X P O S IÇ Ã O A O S O L Q u a is e n f e r m id a d e s A L G U M F A M IL IA R J Á A P R E S E N T O U P R O B L E M A S D E S A Ú D E R E L A C IO N A D O A E X P O S IÇ Ã O A O S O L Q u a is e n f e r m id a d e s A L T E R N A T IV A S im Não M a n c h a s o la r C â n c e r d e p e le C a ta ra ta D or de cabeça F o t o a le r g ia In s o la ç ã o P te ríg e o D e s id r a ta ç ã o S im Não C â n c e r d e p e le M a n c h a s o la r In s o la ç ã o C a ta ra ta Q u e im a d u r a s o la r F o t o a le r g ia D or de cabeça N º: fr e q ü ê n c ia a b s o lu ta d a a m o s tr a - (% ): fr e q ü ê n c ia r e la tiv a d a a m o s tra Fonte: Silva, A. C. e Tommaselli, J. T. G. (2006) N º (% ) 1 3,4 8 6,6 2 6,7 1 8,1 1 5,2 1 5,2 1 2,4 8,6 2,9 0,9 1 4,9 8 5,1 4 3,7 1 7,1 1 3,7 1 1,1 5,9 5,9 2,6
33 Freqüência de uso de protetor solar Fonte: Silva, A. C. e Tommaselli, J. T. G. (2006)
34 Justificativa do não uso do protetor solar Fonte: Silva, A. C. e Tommaselli, J. T. G. (2006)
35 Uso de outras medidas de fotoproteção Fonte: Silva, A. C. e Tommaselli, J. T. G. (2006)
36 Considerações (intermediárias) a) mudanças nos padrões culturais e sociais de exposição individual ao sol b) melhoria nos sistemas de saúde e diagnósticos clínicos c) aumento considerável de atividades realizadas a céu aberto, seja por lazer ou laborais d) aumento da expectativa de vida da população brasileira e) efeito valentão f) óculos de sol uv g) vitamina D (sol x sombra) inibidora de proliferação h) crescimento de câncer de pele (4 a 6% aa) - pandemia
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